Massa, volume e porcentagem Bloco de Conteúdo Física Conteúdo Temperatura e dilatação Objetivos Entender as variações no volume de um líquido de acordo com a temperatura à que é exposto. Compreender como são feitos os cálculos de porcentagem. Conteúdos Massa e volume; porcentagem Tempo estimado Duas aulas Introdução VEJA traz em uma de suas reportagens sobre o aumento do comércio de azeite em países como Brasil, Rússia, Índia e China. O texto mostra que, mesmo sendo líquidos, muitos produtos são vendidos pela sua massa – e não pelo seu volume - evitando sérios problemas no comércio internacional. Aproveite a reportagem e este plano de aula para discutir por que isso acontece e para retomar questões relativas a porcentagem. Atividades 1ª aula Comece a aula perguntando aos alunos se eles costumam utilizar azeite em alguma refeição. Em seguida questione-os se eles sabem do que é feito esse produto e qual a diferença entre ele e o óleo. Explique que, assim como temos o óleo de algodão, de soja, de canola ou de milho, também temos o óleo de azeitona, chamado de azeite. O que diferencia este produto dos demais, além da composição e o gosto, são suas propriedades para a saúde e seu preço. Em seguida, peça à moçada que leiam a reportagem O Óleo da Massa, publicada em VEJA. Quando terminarem, pergunte por que, se o azeite é um líquido, o consumo do produto é medido em toneladas, uma unidade de massa, e não em litros ou metros cúbicos, unidades de volume. Aguarde as hipóteses da turma antes de concluir que a massa é constante e o volume depende da temperatura. Portanto, se as transações comerciais forem realizadas por litros, corre-se o risco de receber um volume maior ou menor do aquele comprado, dependendo da temperatura no país de origem do líquido estar mais fria ou mais quente do que no local de entrega do produto. Isso acontece também com o petróleo, por exemplo, que é negociado por massa e não por volume. Para se ter uma ideia do que pode acontecer, proponha o seguinte problema para a turma: Um navio é carregado com 50.000 toneladas de azeite, na Grécia, sob uma temperatura de 42ºC e é descarregado num dia frio em Porto Alegre, sob temperatura de 2ºC. Quantos litros teriam “sumido” nessa negociação? Lembre os alunos que, inicialmente, deve-se calcular o volume de azeite carregado. Para isso, é necessário utilizar a densidade do azeite, que vale 0.9113 g/cm3. Assim sendo, o volume inicial de azeite será de, aproximadamente, 54.866.674 litros. Lembrando que a variação de volume (ΔV) pode ser calculada pela equação: Como o coeficiente de dilatação do azeite (y) é de 7,2.10-4 ºC-1 e a variação de temperatura (ΔT) foi de 40ºC, teríamos uma perda de 1.580.160 litros! Para completar o problema, peça que os alunos calculem o prejuízo financeiro dessa transação, supondo que o litro do azeite custe 15 reais. Aguarde a turma realizar as contas e confirme que teriam sido perdidos 23,7 milhões de reais. Para finalizar, comente que tanto a água como a gasolina que consumimos são vendidas por volume e não por massa. A classe considera isso justo? Por que a transação não é feita por massa? Explique a eles que, ao longo do ano, a temperatura aumenta e diminui e isso acaba equilibrando os efeitos de perda e ganho de volume, fazendo com que, ao final, nem vendedor nem consumidor percam dinheiro. 2ª aula Retome com a turma a reportagem de VEJA e avise que hoje a conversa será sobre porcentagem. Peça que os alunos observem atentamente o gráfico apresentado na revista – que mostra o consumo de azeite nos diferentes países. Questione: Qual país teve o maior aumento absoluto de consumo? Qual teve o maior aumento relativo de consumo? Para ajudar na análise, peça que a turma faça uma tabela, contendo o país, seu consumo em 2005 e em 2010, a variação no consumo e o aumento percentual. Eles devem construir uma tabela como a que aparece abaixo: País 2005 (ton) 2010 (ton) Variação Variação absoluta (ton) percentual Brasil 26000 50000 Rússia 9000 18000 Índia 2000 9000 China 5000 25000 Em seguida, explique à classe que o aumento absoluto pode ser facilmente determinado pela diferença entre o valor consumido em 2010 e a quantidade consumida em 2005. Peça que os alunos façam os cálculos por país e completem a tabela. Eles devem chegar a 24 mil para o Brasil, 9 mil para a Rússia, 7 mil para a Índia e 20 mil para a China. Explique que, para determinar a variação relativa, pode-se calcular o aumento do consumo em porcentagem. Tome o exemplo do Brasil e chame a atenção da turma para o fato de que nosso consumo praticamente dobrou – de 26 mil para 50 mil. Mostre a eles que o cálculo da porcentagem não pode ser obtido simplesmente dividindo o consumo em 2005 (26 mil) pelo consumo em 2010 (50 mil), pois isto daria apenas 52%. O que houve, de fato, foi um consumo de 24 mil toneladas de azeite além das 26 mil toneladas consumidas inicialmente. Então, se o consumo inicial equivale a 100%, o que queremos calcular é: 24 mil equivale a quantos por cento de 26 mil? Sendo assim, basta fazermos a regra de três: 26.000 ---- 100% 24.000 ---- X% Assim, teremos que: x=24000x100 ou seja x= 92,3% 26000 Peça que os alunos utilizem o mesmo raciocínio para calcular a porcentagem de aumento nos demais países e coloquem os dados na tabela. Eles vão encontrar os valores de 100% para a Rússia; 350% para a Índia e 400% para a China. Em seguida, peça que observem a tabela completa e ressalte que, mesmo o Brasil sendo o país que mais aumentou o consumo em termos absolutos, foi a China que teve o maior aumento relativo nesse período. País 2005 (ton) 2010 (ton) Variação absoluta (ton) Variação percentual Brasil 26000 50000 24000 92,30% Rússia 9000 18000 9000 100,00% Índia 2000 9000 7000 350,00% China 5000 25000 20000 400,00% Questione os alunos sobre qual foi o aumento percentual geral dos Bric. Dê um tempo para eles calcularem e depois confira o resultado com o valor apresentado na reportagem da revista. Cabe lembrar que, para esse cálculo, é necessário somar o consumo total em 2005 (42 mil toneladas) e comparar com a variação total (60 mil toneladas), obtendo um resultado de aproximadamente 143%. Para encerrar a atividade, pergunte à turma como seria possível facilitar a visualização desses aumentos percentuais e peça a produção de um gráfico de barras com os resultados encontrados. Os alunos devem chegar ao gráfico abaixo. Avaliação Na avaliação dos alunos considere as habilidades de leitura e interpretação do gráfico, a competência nos cálculos de dilatação e porcentagem e suas habilidades de elaboração do gráfico com os novos dados. Considere, também, a participação deles na discussão e na realização das atividades propostas. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/massa-volume-porcentagem-36709.shtml> Acesso em: 30 jun. 2010