Universidade Federal Fluminense Instituto de Matemática e Estatı́stica Departamento de Matemática Aplicada Cálculo 3A – Lista 2 Exercı́cio 1: Use a mudança u = x+y e v = x−y e calcule a integral de f (x, y) = (x+y)2 sen2 (x−y) sobre a região D : |x| + |y| ≤ π. Solução: O esboço da região D está representado na figura que se segue. y x − y = −π π x+y =π D −π x + y = −π u+v π −π x x−y =π u−v ey= . Portanto, o jacobiano da mudança é dado De u = x + y e v = x − y temos x = 2 2 por: ∂x ∂x 1 1 ∂(x, y) 1 1 −1 2 ∂u ∂v 2 J= − =− . = = = 4 4 2 1 1 ∂(u, v) ∂y ∂y − 2 2 ∂u ∂v 1 Como dxdy = |J| dudv então dxdy = dudv. A função f (x, y) = (x+y)2 sen2 (x−y) transforma-se 2 em u2 sen2 v. Como D é limitada pelas retas x + y = π, x + y = −π, x − y = π e x − y = −π, então Duv é limitada pelas retas u = π, u = −π, v = π e v = −π. Cálculo 3A Lista 2 24 v π Duv −π u π −π Assim, pela fórmula da mudança de variáveis temos: ZZ ZZ f (x, y) dxdy = (x + y)2 sen2 (x − y) dxdy = D = D ZZ 2 1 2 Z dv = 1 2 1 2 2 (u sen v) dudv = Duv = 1 2 Z π 2 sen v −π h u3 3 iπ −π π 2 sen v −π · Z π u2 dudv = −π 2π 3 3 Z π sen2 v dv = −π h i π3 1 π4 sen 2v π = · v− = . 3 2 2 −π 3 Exercı́cio 2: Use a mudança de variáveis u = xy e v = y/x, e calcule a integral dupla ZZ (x2 + D 2y 2) dA, sendo D a região do plano xy no primeiro quadrante, delimitada pelas curvas xy = 1, xy = 2, y = x e y = 2x. u Solução: Se u = xy e v = y/x vemos que uv = y 2 e v outro lado ∂u ∂u ∂x ∂y y ∂(u, v) 1 = J −1 = = = J ∂(x, y) ∂v ∂v −y x2 ∂u Logo, J = 1 2v ∂y . Como dA = |J| dudv, então dA = 1 2v = x2 . Assim, x2 + 2y 2 = u v + 2uv. Por x 2y y y 1 = x + x = x = 2v . x dudv . Como D está limitada por xy = 1, xy = 2, y = x (ou y/x = 1) e y = 2x (ou y/x = 2) então Duv está limitada por u = 1, u = 2, v = 1 e v = 2. UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 25 v 2 Duv 1 1 u 2 Logo, pela fórmula de mudança de variáveis, temos: ZZ ZZ 1 u 2 2 + 2uv dudv = (x + 2y ) dA = 2v v D = Duv ZZ 1 2 u v2 + 2u dudv = Duv = Z 1 2 1 2 1 v2 +2 h u2 2 i2 1 1 2 dv = Z 2Z 1 3 4 1 Z 1 2 2 1 v2 1 v2 + 2 u dudv = + 2 dv = i2 i h h 3 3 15 1 1 = − + 2v = − + 4 − (−1 + 2) = . 4 Exercı́cio 3: Calcule ZZ v 1 4 2 8 xy 3 dA da região D do primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, D xy = 1 e xy = 4. Solução: O esboço da região D está representado na figura que se segue. y v 4 y = 3x Duv y=x D 1 xy = 4 1 xy = 1 3 u x Com a transformação u = y/x, v = xy, a região D transforma-se na região Duv limitada pelas retas UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 u = 1, u = 3, v = 1 e v = 4. Temos: ∂u ∂u −y ∂x ∂y ∂(u, v) x2 = J −1 = = ∂(x, y) ∂v ∂v y ∂x ∂y Logo: 26 = − y − y = − 2y = −2u . x x x x 1 x ∂(x, y) 1 1 1 =− . = −1 = J −2u 2u ∂(u, v) De u = y/x e v = xy temos que uv = y 2 . Portanto, o integrando xy 3 = xy · y 2 transforma-se em v · uv = uv 2 . Assim, da fórmula da mudança de variáveis temos: ZZ ZZ ZZ 1 3 2 ∂(x, y) 2 xy dA = uv dudv = uv − dudv = 2u ∂(u, v) D = Duv 1 2 ZZ 2 v dudv = Duv 1 2 Duv = 1 (64 − 1) 6 Z 1 3 du = Z 3Z 1 4 2 v dvdu = 1 63 3 u 1 3 = 1 2 21 (3 − 1) 2 Z 1 3 h v3 3 i4 1 du = = 21 . Exercı́cio 4: Use coordenadas polares para calcular as seguintes integrais duplas: a) ZZ b) ZZ x2 + y 2 ZZ ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2 p x2 + y 2 dxdy, sendo D o disco de centro na origem e raio 2. D D c) 2 D d) Z a Z √ a2 −x2 dA, onde D é a região dada por x2 + y 2 ≤ 4, com x ≥ 0. dxdy, sendo D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ e2 , com y ≥ 0. e−x 2 −y 2 dydx. −a 0 e) ZZ D f) ZZ D 1 p 2 x + y2 dA, sendo D : 1 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ x. (x + y) dA, sendo D : x2 + y 2 − 2y ≤ 0. Solução: a) O esboço da região D está representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 27 y sai em r = 2 2 D 2 x entra em r = 0 Em coordenadas polares temos p x2 + y 2 = √ r 2 = r e dxdy = rdrdθ. Descrição de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo, vemos que 0 ≤ θ ≤ 2π. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferênciaonde r = 2. Então, 0 ≤ r ≤ 2. Assim, a 0≤r≤2 . região D é transformada na região Drθ dada por Drθ : 0 ≤ θ ≤ 2π θ 2π Drθ 2 Logo: r ZZ ZZ Z 2Z ZZ p 2 2 2 x + y dxdy = r · r drdθ = r drdθ = Drθ D = 2π Z 2 2 r dr = 2π 0 h 3 i2 r 3 0 Drθ = 16π 3 0 2π r 2 dθdr = 0 . Observação: Notem que em coordenadas polares qualquer disco de centro na origem transforma-se em um retângulo com os lados paralelos aos eixos coordenados. b) O esboço da região D está representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 28 y 2 D x 2 −2 Descrição de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, a partir do eixo y negativo, onde θ = −π/2 até o eixo y positivo onde θ = π/2, vemos que −π/2 ≤ θ ≤ π/2. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferência onde r = 2. Logo, 0 ≤ r ≤ 2. Assim, 0≤r≤2 . a região D é transformada na região Drθ dada por Drθ : −π/2 ≤ θ ≤ π/2 θ π 2 Drθ 2 r − π2 Logo: ZZ 2 2 2 (x + y ) dA = D = ZZ 4 r · r drdθ = Drθ Z 0 2 r5 Z π/2 dθdr = π −π/2 ZZ r 5 drdθ = Drθ Z 0 2 r 5 dr = π h 6 i2 r 6 0 = 32π 3 . c) O esboço da região D está representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 29 y e sai em r = e 1 D −e −1 ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2 Em coordenadas polares temos P = e x entra em r = 1 1 ln(r2 ) 2 ln r = 2 2 r r e dxdy = r drdθ. Descrição de D em coordenadas polares Efetuando 0 ≤ θ ≤ π. uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, vemos que Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em um ponto da circunferência x2 + y 2 = 1 onde r = 1 e sai de D em um ponto da circunferência x2 + y 2 =e2 onde r = e. Então, 1 ≤ r ≤ e. Assim, a região D é transformada na região Drθ dada 1≤r≤e por Drθ : . 0≤θ≤π θ π Drθ Logo: ZZ ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2 dxdy = D =2 r e 1 ZZ 2 ln r r2 · r drdθ = 2 Drθ Z e 1 ln r r Z π dθdr = 2π 0 ln r r drdθ = Drθ Z 1 1 ZZ e ln r r dr . Fazendo u = ln r temos du = dr. Por outro lado, para r = 1 temos u = ln 1 = r = 0 e para r = e temos u = ln e = 1. Então: Z 1 Z e h 2 i1 1 u ln r = . dr = u du = 0 r 0 2 0 2 Substituindo acima temos: ZZ ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2 dxdy = 2π · 1 2 = π. D UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 d) Temos I= Z a −a Z √ a2 −x2 −x2 −y 2 e 30 dydx = 0 ZZ e−x 2 −y 2 dxdy D −a ≤ x ≤ √a cujo esboço está represen0 ≤ y ≤ a2 − x2 ⇒ x2 + y 2 = a2 , y ≥ 0 tado na figura que se segue. onde D é dada por D : y a D −a a 2 2 x 2 −(x +y ) Passando para = e−r e dxdy = r drdθ e a região D transforma coordenadas polares temos e 0≤r≤a . Logo: se em Drθ : 0≤θ≤π ZZ Z a Z π Z a 2 −r 2 −r 2 I= e r drdθ = e r dθdr = π e−r r dr = 0 Drθ = π −2 Z a 0 2 0 e−r (−2r)dr = − π 2 0 h 2 ia 2 π e−r = 1 − e−a . 0 2 e) O esboço da região D está representado na figura que se segue. y y=x D 1 Por coordenadas polares temos p 1 x2 + y 2 3 1 dA = √ r2 x · r drdθ = drdθ. Descrição de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 até a reta y = x onde θ = π/4, vemos que 0 ≤ θ ≤ π/4. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D na 1 = sec θ e sai de D na reta vertical x = 3 ou reta vertical x = 1 ou r cos θ = 1 donde r = cos θ UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 3 cos θ = 3 sec θ. Então, sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ. Assim, a região D é transformada sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ . Logo: dada por Drθ : 0 ≤ θ ≤ π/4 r cos θ = 3 donde r = na região Drθ 31 ZZ 1 p x2 + y 2 D = Z 0 dA = ZZ drdθ = Z 0 Drθ π/4 (3 sec θ − sec θ)dθ = 2 Z π/4 Z 3 sec θ π/4 0 drdθ = sec θ π/4 sec θ dθ = 3 ln(sec θ + tg θ) 0 = i h π π − ln(sec 0 + tg 0) = = 3 ln sec + tg 4 4 √ = 3 ln( 2 + 1) − ln(1 + 0) = 3 ln( 2 + 1) . √ f) De x2 + y 2 − 2y = 0 temos x2 + (y − 1)2 = 1. Assim, o esboço da região D está representado na figura a seguir. y 2 D 1 sai em r = 2 sen θ P x entra em r = 0 Temos: ZZ (x + y) dA = D ZZ x dA + D ZZ y dA . D Como f (x, y) = x é uma função ı́mpar na variável x e a região D tem simetria em relação ao eixo y, então: ZZ ZZ f (x, y) dA = x dA = 0 . D Assim: D ZZ (x + y) dA = D ZZ y dA . D Em coordenadas polares temos ydA = (r sen θ)r drdθ = r 2 sen θ drdθ. Descrição de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 até o eixo x negativo onde θ = π, vemos que 0 ≤ θ ≤ π. UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 32 Considerando um ponto P qualquer no interior de D, não situado no eixo y, vemos que a semirreta OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferência x2 + y 2 = 2y ou r 2 = 2r sen θ donde r = 2 sen θ, para r6= 0. Então, 0 ≤ r ≤ 2 sen θ. Assim, a região D é 0 ≤ r ≤ 2 sen θ transformada na região Drθ dada por Drθ : . Logo: 0≤θ≤π ZZ (x + y)dA = D = = = y dA = D Z π 8 3 Z sen θ 0 = ZZ Z 2 sen θ 2 r drdθ = 4 sen θ dθ = 0 8 12 Z π 2 3 1 2 Z Z π 0 Z π 0 1 − cos 2θ 2 h 3 i2 sen θ r 3 sen θ 2 0 dθ = dθ = 1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ dθ = 0 · 8 3 r 2 sen θ drdθ = Drθ 0 π ZZ π 0 1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ d(2θ) = h i 1 1 sen 4θ π 1 = (2π + π) = π . 2θ − 2 sen 2θ + 2θ + = 3 2 2 0 3 Exercı́cio 5: Calcule a área da região no primeiro quadrante, fora da circunferência x2 + y 2 = 4 e dentro da circunferência x2 + y 2 = 4x. Solução: O esboço da região D está representado na figura que se segue. y sai em r = 4 cos θ 2 √ (1, 3) √ 3 P θ 1 D θ 2 4 x entra em r = 2 Da teoria, temos que: A(D) = ZZ D dxdy = ZZ r drdθ . Drθ Descrição de D em coordenadas polares De x2 + y 2 = 4 e x2 + y 2 = 4x temos 4x = 4 donde x = 1 e, portanto, y = UFF √ 3 . Assim, a interseção IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 33 √ √ √ 3 é o ponto (1, 3). No triângulo retângulo acima, temos que tg θ = = 3 donde θ = π/3. 1 Assim, efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-horário a partir do eixo x positivo, vemos que 0 ≤ θ ≤ π/3. Considerando um ponto P qualquer no interior de D vemos que a semirrreta OP entra em D na circunferência x2 +y 2 = 4 donde r = 2 e sai de D na circunferência x2+y 2 = 4x donde r 2 = 4r cos θ 2 ≤ r ≤ 4 cos θ . Então: ou r = 4 cos θ, se r 6= 0. Assim, 2 ≤ r ≤ 4 cos θ. Logo temos Drθ : 0 ≤ θ ≤ π/3 A(D) = Z 0 Z 4 cos θ π/3 r drdθ = 2 Z π/3 0 h 2 i4 cos θ r 2 2 dθ = 1 2 Z 0 π/3 (16 cos2 θ − 4) dθ = h iπ/3 1 1 2π π 1 sen 2θ π = = −4· 16 · θ+ − 4θ 8 · + 4 sen = 2 = 1 2 2 4π 3 + 2 √ 4 3 2 = 2 0 2π 3 √ + 3 3 3 3 u.a. Exercı́cio 6: Seja dada a integral dupla ZZ f (x, y) dxdy = Z 1Z 0 D x f (x, y) dydx + 0 Z 1 √Z √ 2 2−x2 f (x, y) dydx . 0 a) Esboce a região D. b) Expresse a soma das integrais do segundo membro como uma só integral na qual a ordem de integração esteja invertida. c) Calcule a integral dupla para a função f (x, y) = ln (1 + x2 + y 2 ). Solução: a) Temos I = ZZ f (x, y) dxdy com D = D1 ∪ D2 , onde D1 = (x, y); 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ x e D √ √ D2 = (x, y); 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2 − x2 . Os esboços de D1 e D2 são: y y 1 (1, 1) y=x 1 (1, 1) D2 D1 1 x 1 √ 2 x Logo, o esboço de D está representado na figura que se segue. UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 34 y (1, 1) 1 x=y x= D √ 2 1 b) Enquadrando D como tipo II, temos D : I= f (x, y) dxdy . y c) Expressando D como coordenadas polares, temos D : I= ZZ ln 1 + r Drθ = π 4 Z 0 √ 2 x 0 ≤ y ≤ 1p . Então: y ≤ x ≤ 2 − y2 Z 1Z √2−y2 0 p 2 − y2 r drdθ = Z 0 √Z 2 π/4 0 0≤θ≤√ π/4 . Então: 0≤r≤ 2 ln 1 + r 2 r dθdr = 2 ln 1 + r 2 r dr . dy Fazendo y = 1 + r 2 , temos dy = 2r dr, donde r dr = . Para r = 0, temos y = 1 e para r = 2 temos y = 3. Então: Z 3 Z 3 π dy π = ln y ln y dy . I= 4 2 1 8 √ 2 1 Aplicando integração por partes, temos: u = ln y , dv = dy ⇒ du = Como Z u dv = uv − Z 3 Z π y ln y − I= 8 = ou dy , v = y . v du, então: " π 8 1 y 1 1 3 ! 3 ln 3 − y 3 y· 1 y # dy = π 8 Z 3 ln 3 − ln 1 − 1 3 dy = 1 I= π 8 (3 ln 3 − 2) . Exercı́cio 7: Passe para coordenadas polares e calcule: UFF IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 a) I = 1−y 2 Z 1Z 1+ Z aZ √ a2 −x2 0 b) I = √ 0 1− √ 35 xy dxdy 1−y 2 0 p a2 − x2 − y 2 dydx, a > 0 Solução: a) A D: integral I está definida sobre a região D descrita pelas desigualdades 0≤y≤1 p p . Observe que D está descrita como uma região do tipo 1 − 1 − y2 ≤ x ≤ 1 + 1 − y2 II. Examinemos a fronteira da esquerda de D: p p x = 1 − 1 − y 2 , 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ x − 1 = − 1 − y 2 , 0 ≤ y ≤ 1(∴ x ≤ 1) . Elevando ao quadrado, tem-se: (x − 1)2 = 1 − y 2, 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1 o que implica (x − 1)2 + y 2 = 1, 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1 . Então a fronteira da esquerda é a parte da circunferência (x − 1)2 + y 2 = 1 com 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1. Examinando a fronteira da direita, temos que consiste da parte da mesma circunferência com 0 ≤ y ≤ 1 e x ≥ 1. Assim, o esboço de D está representado na figura que se segue. y r = 2 cos θ (x, y) 1 r=0 x 2 Portanto D se transforma em: Drθ = (r, θ); 0 ≤ r ≤ 2 cos θ , 0 ≤ θ ≤ π/2 . Temos: I= ZZ r cos θr sen θr drdθ = Drθ = Z =4 0 UFF 3 r cos θ sen θ drdθ = 0 0 r 3 cos θ sen θ drdθ = Drθ π/2Z 2 cos θ Z ZZ π/2 cos5 θ sen θ dθ = −4 Z π/2 cos θ sen θ 0 cos6 θ π/2 6 0 = 2 3 h 4 i2 cos θ r 4 0 dθ = . IME - GMA Cálculo 3A b) Lista 2 36 A integral I está definida sobre a região D descrita pelas desigualdades √ 0≤x≤√ a a2 − x2 que é do tipo I. A fronteira superior de D é a curva y = D : 0 ≤ y ≤ a2 − x2 com 0 ≤ x ≤ a e y ≥ 0 que corresponde à parte da circunferência x2 + y 2 = a2 com 0 ≤ x ≤ a e y ≥ 0. A fronteira inferior de D é o segmento de reta y = 0 com 0 ≤ x ≤ a. Assim, o esboço de D está representado na figura que se segue. y a r=a D (x, y) a x r=0 O ponto (x, y) = (r cos θ, r sen θ) 0 ≤ θ ≤ π/2 e r varia segundo 0 ≤ r ≤ a. ∈ D é tal que θ varia segundo Portanto D se transforma em: Drθ = (r, θ); 0 ≤ r ≤ a , 0 ≤ θ ≤ π/2 . Então: I= ZZ √ a2 − r2 r drdθ = 0 Drθ = π 2 Z a 2 0 a −r Z aZ 2 1/2 r dr = π/2 √ 0 1 − 2 · π 2 Z 0 a2 − r 2 r dθdr = a a2 − r 2 a πa3 π 2 2 π 2 3/2 3 =− · a −r = − . 0 − a = 4 3 6 6 0 1/2 d a2 − r 2 = Exercı́cio 8: A base de um sólido é a região do plano xy delimitada pelo disco x2 + y 2 ≤ a2 , com a > 0. e a parte superior é a superfı́cie do parabolóide az = x2 + y 2. Calcule o volume do sólido. x2 + y 2 Solução: Seja D o disco x2 + y 2 ≤ a2 e seja z = f (x, y) = a que é contı́nua em D. Então o volume do sólido W de base D z = f (x, y) = x2 + y 2 a V (W ) = é dado por: ZZ D UFF ≥ 0, e “teto” f (x, y) dxdy = ZZ D x2 + y 2 a dxdy = 1 a ZZ (x2 + y 2 ) dxdy . D IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 37 2 2 2 3 Passando para coordenadas polares, temos (x + y ) dxdy = r r drdθ = r drdθ e o disco D 0≤r≤a . Logo: transforma-se em Drθ : 0 ≤ θ ≤ 2π/ V (W ) = 1 a ZZ 3 r drdθ = Drθ = 2π a h 4 ia r 4 0 = a3 π 2 1 a Z a r 0 3 Z 2π dθdr = 0 2π a Z a r 3 dr = 0 u.v. Exercı́cio 9: Achar o volume do sólido limitado superiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, inferiormente pelo plano xy e lateralmente pelo cilindro x2 + y 2 = 1. Solução: O esboço de W está representado na figura que se segue. z 2 “teto” W x 1 1 y D (“piso”) Observemos que o “teto” do sólido W é uma porção da esfera p x2 + y 2 + z 2 = 4, donde z = 4 − x2 − y 2 = f (x, y). O “piso” de W é o disco D : x2 + y 2 ≤ 1. Então ZZ ZZ p 4 − x2 − y 2 dxdy . V (W ) = f (x, y) dxdy = D D Passando para coordenadas polares, temos x= y= dxdy = 2 x + y2 = UFF r cos θ r sen θ rdrdθ r2 IME - GMA Cálculo 3A Lista 2 38 O conjunto Drθ é dado por: 0 ≤ r ≤ 1 e 0 ≤ θ ≤ 2π. Então: ZZ √ Z 1 Z 2 1/2 2 4 − r · r drdθ = V (W ) = 4−r r 0 Drθ = 2π Z 1 0 4 − r2 1/2 2π dθdr = 0 r dr . 1 Temos d(4 − r 2 ) = −2r dr, donde r dr = − d(4 − r 2 ). Logo: 2 Z 1 1/2 1 4 − r2 d(4 − r 2 ) = V (W ) = 2π − 2 0 h i1 √ 2π 2 2π 2 3/2 = −π · · (4 − r ) =− 33/2 − 43/2 = 8 − 3 3 u.v. 3 0 3 3 Exercı́cio 10: Determine o volume do sólido W limitado pelo parabolóide z = 4 − x2 − y 2 e pelo plano xy. Solução: O esboço de W está representado na figura que se segue. z 4 y 2 D W 2 2 x y 2 x “piso” D : x2 + y 2 ≤ 4 Temos: V (W ) = ZZ f (x, y) dxdy = D D Passando para coordenadas polares temos UFF ZZ x y dxdy 2 x + y2 = = = = 4 − x2 − y 2 dxdy . r cos θ r sen θ r drdθ r2 IME - GMA Cálculo 3A e Drθ : Lista 2 0 ≤ θ ≤ 2π . Então: 0≤r≤2 V (W ) = ZZ Drθ = 2π Z 0 UFF 39 2 4−r 2 r drdθ = Z 2 4r − r 0 3 Z 2π dθdr = 0 i h r4 2 = 2π(8 − 4) = 8π u.v. 4r − r 3 dr = 2π 2r 2 − 4 0 IME - GMA