Fontes estressoras na instituição escolar.
Como evitá-las ou amenizá-las?
Prezado profissional da educação, decidi abordar este tema, por levar em consideração, o momento atual que é caracterizado por rápidas
e complexas transições que acontecem em nossa sociedade e que o segmento da educação precisa estar preparado para enfrentar e
acompanhar. Portanto, apesar de a matéria ser longa, solicito principalmente ao leitor, que é gestor e empreendedor da educação, que a
acompanhe até o fim.
Muitas organizações sentirão certo prazer em ler este material, pois afinal de contas perceberão que estão no caminho. Outras poderão
sentir um pouco de angústia, pelo fato de detectarem algumas situações que possam estar acontecendo na sua realidade escolar. Se tal
condição estiver ocorrendo, não se frustrem ou se apavorem! Sempre é tempo de recomeçar! Pois com um bom plano de ação, a escola
poderá aumentar a probabilidade de evitar, sanar ou pelo menos amenizar algumas fontes estressantes que acontecem na sua rotina escolar.
Você quer aceitar o desafio de abordar este complexo assunto? Está pronto? Então vamos lá!
Dividiremos este material em etapas, que serão apresentadas a seguir. São elas: 1) Cenário da Educação, 2) Questões para reflexão e
sugestão de roteiro para combate às fontes estressoras e 3) Conclusão.
1. Cenário da Educação:
Em nossa vivência profissional, temos tido muito contato com a área educacional, seja de forma
direta, através do relacionamento com as próprias escolas; seja de forma indireta, através da interação
com a clientela que são encaminhadas por estas instituições, para atendimento clínico. Neste período de
experiência, pudemos concluir que trabalhar com educação foi e é desafiante, principalmente nos tempos
atuais, pois lida com variáveis que são complexas e estão presentes na rotina escolar, como por exemplo:
Rua Clélia, 1.375 - São Paulo - SP - CEP: 05042-000 – Fone: (11) 3864-1084 – www.ndh.com.br
A mudança do perfil de jovens e crianças
Atualmente e com mais frequência, os alunos têm acesso à tecnologia, em que uma série de informações são obtidas através da web
e das redes sociais. Ritmo este, que nem sempre os educadores conseguem acompanhar, tornando muitas vezes, o modelo de aprendizado
em sala de aula, desinteressante.
Além disso, estes profissionais também precisam estar preparados para lidar com alguns educandos que apresentam pouca habilidade
social e/ou intolerância à frustração. Lamentavelmente, tais comportamentos podem estar sendo inconscientemente reforçados por pais, que
apesar de terem “boa intenção”, possuem uma série de crenças, que acabam por reforçar este padrão de conduta disfuncional.
A mudança do modelo familiar
A maioria das pessoas que são responsáveis pela tutela da(s) criança(s) no ambiente
familiar, tem que sair para o mercado de trabalho para promover a subsistência da família,
diminuindo consequentemente o tempo quantitativo para estar com seus entes queridos. Frente
a esta condição, alguns destes provedores ficam perdidos em como se posicionar perante o
educando, principalmente em situações que envolvam disciplina, planejamento de tarefas,
intolerância à frustração e habilidade social, fatores fundamentais para o desenvolvimento sadio
da saúde mental, das relações sociais e inteligência emocional da criança /jovem.
Em casos extremos, há familiares que delegam totalmente a missão de disciplina,
planejamento e acompanhamento de tarefas escolares para a escola. Existem outros que, frente à ocorrência de qualquer situação que possa
frustrar o aluno no ambiente escolar, adotam uma postura de superproteção. A atitude de defesa, sem averiguar claramente as causas que
geram o evento estressor e a falta de disponibilidade para ouvir todas as versões que participaram do processo, pode levar a alguns pais e/ou
responsáveis construir conclusões precipitadas e muitas vezes distorcidas, responsabilizando injustamente a escola pelo ocorrido. Se tal
condição repetir-se sistematicamente, ela poderá estar reforçando comportamentos pouco funcionais no aluno, cujas consequências poderão
acarretar prejuízos e sofrimento para a vida futura deste educando.
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A instabilidade do mercado e excesso de ofertas no ramo de educação
A questão da competitividade e a instabilidade econômica de nosso país estão cada vez maiores. Diante
destas variáveis, algumas organizações acabam cedendo frente a alguns apelos disfuncionais de alguns pais
e/ou responsáveis, com receio de perder a clientela, o que acabará ocorrendo mais cedo ou mais tarde, pois
provavelmente o processo de desenvolvimento do educando será prejudicado justamente por consequência da
interferência de tais condutas.
Formação deficiente de profissionais
Cada vez mais, a profissão de professor tem sido pouco atraente para os jovens, em que se verifica um apagão de mão de obra. Tal
condição nos remete à reflexão de quanto é e será importante criar ferramentas para identificar os talentos no processo de admissão e também
estratégias de reter estes profissionais nas organizações escolares.
Como podemos constatar existem muitos desafios para serem superados. Contudo, há razões para crer que o enfrentamento deles
valha à pena, pois afinal de contas, as bases de desenvolvimento de uma sociedade estão ancoradas no processo de educação, pois todo
profissional do futuro, certamente passa ou passará por um educador.
Creio que TODA ESCOLA que queira persistir nesta sagrada missão, tenha que ter energia e motivação para enfrentar os desafios que
não são poucos. Sendo assim, para as escolas que estejam dispostas em fazer uma análise, proporemos um roteiro. Para aquelas que já são
parceiras e pertencem ao Nível Golden do plano de Fidelidade do NDH, enviaremos um MAPA, em que levantaremos questionamentos mais
aprofundados e que convidem o leitor a refletir sobre a sua dinâmica escolar, com possibilidade de ampliar a percepção de situações que
podem estar ocorrendo no seu ambiente de trabalho. Esta ação ajudará a organização escolar a esmiuçar o primeiro passo (avaliação), que
será apresentado a seguir:
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2) Questões para reflexão e sugestão de roteiro para combate às fontes estressoras
Se você não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve”
(Trecho do Filme Alice no País das Maravilhas)
Observações:
Para algumas organizações, o roteiro que será apresentado, já faz parte da rotina escolar, porém para
outras nem tanto. Por esta razão, optamos por apresentá-los na íntegra, para que este material sirva para todos
os desenhos e perfis. Sugerimos também ao leitor, que tenha um bloco de anotações ao lado, caso tenha
necessidade de fazer observações relativas ao que será apresentado a seguir
Roteiro de combate às fontes estressoras:
a) Avaliação - As questões apresentadas abaixo remetem à fase de avaliação, cujo objetivo consiste em realizar um mapeamento para
identificar possíveis fontes estressoras. Através desta identificação, a organização terá possibilidade de promover e construir práticas
preventivas para evitar, sanar ou pelo menos amenizar alguns estressores que acontecem no cotidiano escolar e nem sempre são detectados
de forma transparente. Algumas perguntas são pertinentes para esta investigação, como:
 Qual é metodologia de ensino, missão e valores da sua organização escolar? Sua equipe conhece claramente estas variáveis?
Os valores de cada membro de sua equipe estão alinhados com o método de ensino, missão, valores e objetivos de sua
organização?
 Como acontece o processo de comunicação entre os vários departamentos e profissionais?
Você incentiva a troca de
experiências e informações dentro de sua equipe? Os funcionários sabem nitidamente o que a organização espera dele?
 Você sabe quais são as competências que espera encontrar em seus colaboradores?
Como faz para aproveitá-las em sua
potencialidade? Quando não há as competências necessárias, o que você faz com sua equipe? Os profissionais estão motivados
a trabalhar na sua organização?
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 Como está a saúde e produtividade de seus colaboradores? Uma possível queda de
produtividade impactam nas contas da organização? Como? Como está a saúde financeira
da sua organização? Se está mal, você tem consciência de quais são as variáveis que
desencadeiam este processo de adoecimento?
 E sua clientela? Qual é o perfil? O que ela espera de sua escola? Ela entende quais são
os parâmetros que norteiam sua organização e qual é a razão de eles existirem? (valores,
objetivos, normas de funcionamento, etc)? Vocês conseguem envolve-la de forma
participativa no contexto escolar?
Todas estas questões, entre tantas outras, levam à construção de um mapa que possibilita a identificação de fontes estressoras, que ao
não serem identificadas previamente, geram grandes transtornos para a saúde da organização. Contudo, ao serem detectadas, podem gerar
soluções e crescimento para a empresa escolar, pois permitem a execução da próxima fase .
b) Criação de objetivos e metas - Uma vez realizada a etapa anterior, em que foi realizado o processo de avaliação e identificadas as
fontes estressoras, o próximo passo consiste em criar os objetivos e metas para sanar ou pelo menos amenizar, o que está comprometendo o
desempenho e saúde de sua organização. Os objetivos consistem em averiguar aonde a escola pretende chegar (resultado final) e quais serão
as metas para atingir este fim. Estabelecer metas consiste em traçar o passo a passo, com seus respectivos cronogramas, para se ter claro
COMO chegar ao RESULTADO que se quer e QUANDO;
c) Monitoramento - E finalmente o monitoramento que consiste em fazer levantamento de ferramentas e estratégias que verifiquem se
o processo está ocorrendo, conforme o planejado. Se o processo não estiver acontecendo de acordo com as diretrizes estabelecidas,
aconselha-se verificar quais são as causas e realinhar o processo para retornar ao caminho de desenvolvimento. Esta tarefa deve ser contínua
e regular.
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3) Conclusão:
Existem muitos desafios? Mas você gostaria de mudar a realidade de sua escola e está comprometida em tomar a
iniciativa? Não se intimide!
Se você não fez as anotações sugeridas no início deste artigo, volte e faça agora.
Em relação ao levantamento de possíveis estratégias que você tenha levantado para a melhoria de sua empresa, esteja
atento a algumas variáveis.
A.
Pergunte-se se estas estratégias são concretas (comportamentos que são alcançáveis e mensuráveis);
B.
Tente verificar quais são as factíveis de serem colocadas em práticas já, colocando prazos de realização. Pense se não é
interessante caminhar do simples para o complexo;
C.
Entre as iniciativas levantadas, existem aquelas que são mais urgentes?
D.
No levantamento de ações, há aquelas que impactarão positivamente nas demais metas. Talvez esta, seja o começo.
Ao realizar o cruzamento destas variáveis, provavelmente, você terá condições de estabelecer uma ordem de prioridade.
Desejamos que em futuro próximo, as urgências sejam menores e os resultados promissores, pois possivelmente com planejamento,
você terá mais tempo para investir no crescimento e desenvolvimento de sua organização.
Caso precise de ajuda, entre em contato conosco e aproveite para conferir as dicas da Fonoaudióloga Nilza Martins Gimenes, sobre
cuidados com a Voz e sobre comunicação que proporcionamos para você, neste informativo.
Shirleine Ap. Larubia Gimenes
Psicóloga e Consultora do NDH
CRP 06/40017
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Como evita-las ou ameniza-las?