Sistema de Informação Abrasca
às Companhias Abertas
NESTA EDIÇÃO
Conselho Diretor discute custeio do
Código de Autorregulação da Abrasca, pág. 2
CVM altera Instrução sobre OPA – Oferta Pública
de Aquisições de Ações, pág. 4
CVM cria Comitê de Identificação de Risco, pág. 4
CANC discute as informações que devem estar contidas
nos ITRs e o planejamento do SPED para 2011, pág. 5
Expediente
Sistema de Informação Abrasca às Companhias Abertas SIA & CIA é editado pela Associação Brasileira das Companhias
Abertas, São Paulo: Av. Brig. Luis Antônio, 2504 - Conj 151 CEP 01402-000 - tel e fax (11) 3107-5557; Rio de Janeiro:
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Spínola Santos, Paulo Setubal Neto - Vice-Presidentes;
Luis Fernando Costa Estima, Maurício Perez Botelho, Morvan
Figueiredo Paula e Silva, Osvaldo Burgos Schirmer, Paulo Cezar
Aragão, Roberto Terziani, Thomás Tosta de Sá - Diretores
Antonio D. C. Castro - Presidente; Frederico Carlos Gerdau
Johannpeter - 1º Vice-Presidente; Alfried Plöger, Luiz Serafim
É permitida a transcrição das matérias, desde que citada a
fonte. Solicita-se a remessa de um exemplar da publicação.
Eduardo Lucano da Ponte - Superintendente Geral; Ivanildi
Lustosa de Sousa Augusto - Supervisora Financeira
Edição semanal • 5 páginas • Número 1038 • 14/03/2011
Conselho Diretor
discute custeio
do Código de
Autorregulação
da Abrasca
O presidente da Abrasca apresentou
os seus agradecimentos à associada
Fipecafi, representada pelo seu presidente, Iran Siqueira Lima, pela excelente
recepção oferecida ao grupo e, em seguida, passou a palavra a seu anfitrião.
Iran Siqueira Lima agradeceu a presença de todos e manifestou a imensa
satisfação da Fipecafi em receber o
Conselho Diretor da Abrasca.
O presidente da Abrasca falou da
movimentação do quadro associativo,
cujas inclusões foram:
• Lobo & Rizzo Advogados, cujo
representante junto à Abrasca é a
advogada, Ana Paula Miguel;
• Dias de Souza Advogados Associados, cujo representante junto à Abrasca
é o sócio, Hugo Funaro; e
• Campos Mello Advogados, cujo
representante junto à Abrasca é o
sócio, Fabiano Gallo.
Ressaltou que no mesmo período
tivemos as seguintes exclusões:
• Vitor Costa Advogados – redução
orçamentária.
• COELBA – Cia de Eletricidade da
Bahia – decisão da diretoria.
• TAM S.A. – fechamento de capital.
• Tauil & Chequer Associados a Mayer
Brown LLP – redução orçamentária.
• Tractebel Energia – decisão da
diretoria.
Assim, segundo Antonio D.C. Castro o número total de associados é de
198 e o valor de mercado das companhias associadas da Abrasca, segundo a BM&FBovespa, em 31/01/2011, é
de cerca de US$ 1,27 trilhão que
corresponde a 89% do valor total de
mercado das empresas listadas.
As comunicações do presidente
foram as seguintes:
• A próxima reunião do Conselho
Diretor, seguida da Assembléia Geral
Ordinária, será no dia 28 de abril,
em São Paulo, no escritório do nosso
associado Pinheiro Neto Advogados.
• No início de fevereiro, a Abrasca enviou correspondência para o Plano
Diretor do Mercado de Capitais com as
prioridades da entidade para o ano que
se inicia, entre elas, o posicionamento
2
das companhias abertas pelo fim da
obrigatoriedade da publicação de balanços no Diário Oficial. A proposta da
Abrasca é a de substituir a obrigatoriedade da publicação dos balanços no
Diário Oficial pela alimentação dos dados de balanço na CENTRAL DE BALANÇOS, que será criada no âmbito do
SPED. O representante da Abrasca, em
conjunto com o Dr. Bernard Appy, está
encarregado de desenvolver o projeto.
• No dia 3 de fevereiro a Abrasca
encaminhou correspondência à CVM
respondendo à audiência pública sobre
a MP 517/10, que altera dispositivos
da Lei n° 6.404/76, com o objetivo
de flexibilizar as emissões das debêntures e viabilizar a formação de um
mercado secundário mais dinâmico
para esses papéis. Foi ressaltado
que a ANBIMA está trabalhando o
assunto e pediu uma data de reunião
para a exposição do trabalho da
ANBIMA à Abrasca.
• No dia 25 de fevereiro o Plano Diretor do Mercado de Capitais se reuniu e
decidiu, entre outras coisas, incluir no
planejamento estratégico para 2011 o
tema: tributação sobre ganho de capital
em ações no longo prazo. Antonio Castro ressaltou que a próxima reunião ocorrerá em 25/03, contando com a presença do Secretário Executivo do Ministério
da Fazenda, Sr. Nelson Barbosa.
Antonio Castro relatou as principais atividades do vice-presidente
Alfried Plöger:
• 03/02 – Seminário latino-americano sobre “Adoção das IFRSs: Avanços
e Desafios”;
• 04/02 – Reunião de normatizadores,
no Conselho Federal de Contabilidade;
• 10/02 – Jantar entre os membros
do CPC com o trustee do IASB,
Sr. Amaro Gomes; e
• 11/02 – Participação na reunião
ordinária do CPC.
O presidente da Abrasca, Antônio
D.C. Castro, relatou suas principais atividades no cargo:
• 10/02 – Reunião do Conselho
editorial da revista Transparências
do IBRACON;
• 10/02 – Reunião do Conselho de
Supervisão de Analistas de Valores
Mobiliários;
• 16/02 – Reunião da Câmara Consultiva de Listagem da BM&FBOVESPA,
onde ficou claro que o problema das
empresas em abrir capital não é o custo
inicial do lançamento, mas sim os custos de manutenção como companhia
aberta. Nesse sentido, voltou a ressaltar a importância do fim da obrigatoriedade da publicação de balanços nos
diários oficiais;
• 25/02 – Reunião do Plano Diretor
do Mercado de Capitais;
• 28/02 – Reunião do GT do projeto
de autorregulação da Abrasca, onde foram apreciadas todas as contribuições
recebidas pela Abrasca de suas associadas à minuta do Código de
Autorregulação e Boas Práticas das
Companhias Abertas.
Passou-se a palavra para o Superintendente geral da Abrasca, Eduardo
Lucano, que relatou a reunião conjunta
COMEC/COJUR, ocorrida na parte da
manhã, com especial atenção ao projeto de Autorregulação da Associação.
Eduardo Lucano informou que o
andamento do projeto foi relatado às comissões COMEC e COJUR da Abrasca
e que os representantes das companhias presentes à reunião lamentaram não
poder dispensar maior atenção ao processo dado o encerramento do exercício de 2010, a preparação das assembléias e a carga extra de exigências no
que diz respeito à implantação do Formulário de Referência e a adoção das
IFRSs. Segundo os membros presentes à reunião, até o final de abril a agenda seguirá especialmente atribulada.
Eduardo confirmou que diversas
companhias responderam à comunicação do Código informando que gostariam de manifestar sua adesão, mas que
ainda não tiveram tempo de apreciar
todo o documento tampouco de
submetê-lo à já atribulada agenda de
seus conselhos de administração.
Isso posto, o Sr. Lucano relatou que
as comissões técnicas recomendaram
ao Conselho Diretor expandir o
cronograma do processo. Segundo a
sugestão da COMEC/COJUR, a nova
versão do texto do código seria distribuída no dia 14/03, como no cronograma inicial, com data limite para
entrega de sugestões ao texto no
dia 06 de maio de 2011. Nova versão
seria consolidada em reunião do Grupo
de Trabalho do Código, que ocorreria
no dia 09 de maio, e circulada para
as associadas até o dia 11/05, pedindo
adesão até 06 de junho.
A partir das adesões manifestadas,
o Conselho Diretor da Abrasca irá
definir, na reunião de 09 de junho, quais
14 de março de 2011
as providências para a aprovação
definitiva do processo em assembleia
geral extraordinária.
Sobre o custeio da atividade de
autorregulação, o coordenador do Projeto, Luiz Spínola, explicitou aos presentes que o modelo de financiamento
do processo de acompanhamento teria
os mesmos moldes que aquele utilizado pelas entidades de mercado que já
atuam como autorreguladoras, ou seja,
cobrar uma taxa sobre os volumes emitidos, lembrando que o momento da
emissão de títulos pelas companhias é
quando as aderentes melhor capturarão o ganho trazido por sua adesão ao
processo, uma vez que o mercado irá
precificar melhor seus títulos.
Alfried Plöger reiterou sua posição
manifestada à COMEC/COJUR de que
o custo da operação de autorregulação
será fixo sendo que, para evitar o risco
de descasamento gerando dano econômico para a Abrasca, a receita também
deveria ser fixa.
Eduardo Lucano afirmou que, em linha com essa pertinente preocupação,
as comissões técnicas sugeriram ao
Conselho Diretor que o melhor seria um
modelo híbrido, considerando uma parcela de custeio fixa e outra variável, esta
calculada como um percentual sobre o
volume da emissão.
Antonio D.C. Castro lembrou que o
alongamento do cronograma também
possibilitará que a Abrasca organize
encontros com associadas fora do eixo
Rio-São Paulo, possibilitando que os
executivos mais atribulados, que não
têm condições de se deslocar a São
Paulo nesta época de divulgação de
resultados, possam participar e tirar
suas dúvidas quanto ao Código.
Isso posto, o Conselho Diretor deliberou pelo alongamento do cronograma
e pelo modelo de custeio híbrido, de
acordo com a sugestão das comissões
técnicas, devendo o assunto ser deliberado na reunião de 28/04/2011.
Passou-se a palavra para o professor Carlos Rocca que fez uma apresentação sobre a Análise do desempenho
do Mercado de Capitais e dos indicadores de custo de capital no Brasil.
O Professor Rocca iniciou apresentando o CEMEC, Centro de Estudos
do Mercado de Capitais, como um
sucessor às atividades originais do
IBMEC, quais sejam, estudos para
o desenvolvimento do mercado de
capitais. O IBMEC licitou permissões
de uso da sua marca para faculdades,
14 de março de 2011
cedendo ao CEMEC o papel de centro
de estudos do mercado. Hoje o CEMEC
possui aproximadamente, 600 séries
atualizadas mensalmente.
Rocca apresentou quadros mostrando que a carteira consolidada de ativos
financeiros mudou muito entre 2000
e 2010. A captação de recursos no
sistema bancário saiu de 36% do PIB
para 43% no período, e que os instrumentos do mercado de capitais, no
mesmo período, passaram de 65,6% do
PIB para 130%, sendo que o total de
alavancagem financeira da economia
brasileira saiu de cerca de 110% do PIB
em 2000 para mais que 170% do produto ao final de 2010.
Segundo o pesquisador do
CEMEC, os investidores institucionais
praticamente não participaram do desenvolvimento do mercado nesta última década, tendo mantido sua participação na capitalização total. Segundo os dados apresentados pelo
Prof. Rocca, o grande impulso dado
ao mercado nesses dez anos é
proveniente dos investidores estrangeiros. Não à toa a correlação entre
o influxo de recursos externos nas
bolsas e o Ibovespa é de 96%.
Por isso, segundo Rocca, houve
enorme sensação de iliquidez entre
ao longo do último trimestre de 2008
e primeiro de 2009 dada a maior
demanda por recursos para fazer
frente às perdas das instituições
internacionais nos mercado de
derivativos financeiros.
Rocca também mostrou aos conselheiros da Abrasca, que o exigível financeiro externo alterou consideravelmente, reduzindo a participação da captação de dívida bancária no exterior e aumentando a participação dos bancos
brasileiros no processo. Segundo ele,
esse movimento é positivo e fortalece
o nosso sistema bancário.
O custo do capital próprio, conforme quadro do CEMEC, teve pico em
dezembro de 2008, quando atingiu
18,74%, encerrando o ano de 2010
pouco abaixo de 15%. A expectativa
é que sofra alguma elevação ao longo de 2011, em linha com a elevação
da taxa básica de juros pelo Banco
Central. Ressaltou ainda que o custo
do capital próprio é maior que o custo
de capital de terceiros uma vez que o
acionista conhece - e precifica - melhor os riscos da operação.
Ressaltou que, infelizmente, a dívida pública segue disputando a pou-
pança doméstica e que as debêntures hoje são emitidas sempre
indexadas ao DI uma vez que seu
principal concorrente, o título público, também tem grande parcela
indexada, sendo que é fundamental
que os agentes de mercado atuem
pedindo o fim da emissão de títulos
indexados pelo governo brasileiro.
Concluiu com uma análise de que a
MP 517, citando que a medida cria ativos tóxicos ao mercado uma vez que
isenta o financiamento à infra-estrutura, direcionando recursos das demais
atividades produtivas e reduzindo a eficiência do capital.
Os presentes saudaram a excelente
apresentação do Professor Rocca e o
presidente Antonio D.C. Castro, passou
a palavra para o presidente da CANC,
Arthur Santos, para falar sobre os
trabalhos da Comissão.
Arthur Santos relatou que a CANC
fez uma reunião, onde foram tratados
os três pontos destacados abaixo:
1) Balanço fiscal: representantes junto ao SPED ressaltaram a reunião do
grupo do SPED para tratar do programa
validador do FCONT. Na reunião, apresentaram o novo layout definindo prazo
para sugestões em 09/03;
2) Nota Fiscal eletrônica: relatou a
sugestão de padronização do modelo
de nota fiscal eletrônica entre os diversos municípios brasileiros, assunto
de enorme sensibilidade para as
companhias telefônicas e de energia
elétrica. O pleito será encaminhado à
Receita Federal brasileiro, endossado
pela Abrasca;
3) Pronunciamento técnico nº 21/
CPC: Arthur Santos relatou que em
05 de janeiro último, a Superintendência
de Registro de Valores Mobiliários, SER/
CVM exigiu que as informações trimestrais devam conter todas as informações
disponíveis, desprezando o OCPC nº 21.
A CANC da Abrasca enviou Minuta de
correspondência com objetivo de agendar
uma reunião com a SER/CVM para que
o Pronunciamento Técnico nº 21 seja
aceito, possibilitando que os ITR´s sejam aceitos na mais reduzida. O ideal é
levar a carta pessoalmente.
Alfried Plöger pediu ao Conselho
Diretor, e foi atendido, para manifestar
levar este posicionamento ao CPC em
11/03, para que o Comitê também se
pronuncie à CVM.
3
Por último, mas não menos importante, o Dr. Arthur Santos ressaltou o enorme
êxito da Comissão em conseguir fazer valer
seu ponto de vista sobre a metodologia de
reconhecimento de receitas a ser utilizada nas demonstrações financeiras das
entidades de incorporação imobiliária,
ratificada pela CVM através do Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 002/2011.
Passou-se a palavra para o representante da Abrasca no CPC, Alfried Plöger,
para relatar os trabalhos do Comitê.
Este comentou que estes primeiros dois
meses do ano foram direcionados ao
IASB, ressaltando que nunca uma equipe tão grande do IASB ficou em um
único país por tanto tempo.
Também foi informado que a assembleia da Fundação CPC não ocorrerá
no dia 11/03, devido a um atraso na
concessão do CNPJ da entidade. O
documento foi concedido apenas ontem,
02 de março, e que a assembleia será
marcada para o mês de abril.
Alfried Plöger citou a frustração que o
Comitê teve ao ver uma de suas orientação – a OCPC 05 – ser questionada
por um de seus integrantes: o IBRACON,
ainda em janeiro. Nesse sentido, ressaltou o forte e decisivo posicionamento do
Sr. Aldo Bertolucci, quem se pronunciou
firmemente em favor da Orientação se
recusando, inclusive, a reinserir a discussão na pauta, uma vez que o Parecer de
Orientação fora aprovado em dezembro.
O Sr. Plöger ainda citou que a reunião
ainda apresentou a definição dos trabalhos do CPC para o ano de 2011.
No item referente a “Outros Assuntos de Interesse Geral” da pauta, o presidente comunicou a substituição de
Fábio Mentone por Renato Ejnisman
como representante suplente do Banco
Bradesco no Conselho Diretor.
Passados todos os assuntos da pauta, o presidente da Abrasca, Antonio
D.C. Castro agradeceu a presença de
todos, a hospitalidade da anfitriã
Fipecafi e encerrou a reunião.
Participantes: Antonio D.C. Castro,
Alexandre Fischer, Eduardo Lucano,
Nilson Martins de A. Jr. (Abrasca); Alfried
Plöger (Melhoramentos); Arthur Alexandre dos Santos Filho (PWC); Carlos A.
Rocca (CEMEC); Cassio Namur (Souza
Sescon Adv.); Domingos Figueiredo de
Abreu (Bradesco); Elizabeth Benamor e
Jurema Mellone (Souza Cruz); Flávio
Donatteli (Duratex); Iran Siqueira Lima
(Fipecafi); Leopoldo Saboya (BRF); Luiz
Spínola (Cremer); Marcos Vinícius Vieira
Macedo (CCR).
4
CVM altera
Instrução sobre
OPA – Oferta
Pública de
Aquisições
de Ações
A Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) editou, em
fevereiro, a Instrução CVM
nº 492, que altera a redação
da Instrução CVM nº 361/02,
referente às ofertas públicas
de aquisição de ações.
Dois artigos da Instrução
foram alterados, os artigos
35-A e 37 passam a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 35-A. A pedido do
acionista controlador, a CVM
poderá autorizar que sejam
realizados ajustes no número
de ações em circulação que
serve de base para cálculo do
limite de 1/3 (um terço) previsto nos arts. 15, inciso I e 26,
caso esse número tenha se
alterado de maneira significativa após as datas estabelecidas nos referidos dispositivos
e no art. 37, §1º, em razão de
aumentos de capital, ofertas
públicas de distribuição ou
operações societárias.” (NR)
“Art. 37 §1º Para efeito da
aplicação às companhias
abertas existentes na data da
entrada em vigor desta Instrução do disposto nos arts. 15,
inciso I e 26, o limite de 1/3
das ações em circulação ali
referido deverá ser calculado
considerando-se as ações em
circulação na data da entrada
em vigor da Instrução CVM
nº 345, de 4 de setembro de
2000, de modo que as ações
adquiridas pelo ofertante, por
meio de oferta pública, desde
aquela data, sejam deduzidas
do saldo a adquirir.
Para ler a Instrução CVM
nº 492 na íntegra acesse o
site: www.cvm.gov.br.
CVM cria Comitê de
Identificação de Risco
A Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) criou, em fevereiro, o CIR –
Comitê de Identificação de Riscos,
que será composto pelos membros
do Colegiado, pelos titulares das Superintendências e pelos titulares da
Procuradoria Federal Especializada
(PFE) e da recém-criada, Assessoria
de Análise e Pesquisa – ASA. A entidade ainda poderá convidar participantes do mercado para as reuniões,
quando achar necessário.
O novo Comitê tem o objetivo de
examinar regularmente as atividades
do mercado e de seus participantes,
em particular os impactos de novos
produtos, atividades e serviços. Além
disso, ele vai analisar se os poderes
do regulador, sua estrutura operacional e seus regulamentos são suficientes para suavizar os potenciais
riscos emergentes identificados.
Segundo a autarquia, o Comitê
complementa os diversos mecanismos de identificação e monitoramento
de riscos já existentes na CVM, como
é o caso, por exemplo, da supervisão
preventiva orientada pelo modelo de
supervisão baseada em risco, além
de formalizar e conferir um caráter
mais sistemático à atividade de avaliação dos mercados.
A constituição do CIR reflete a conclusão a que chegaram reguladores
do mundo todo quanto a formas de
prevenção de novas crises como a
crise financeira internacional que
eclodiu em 2008. O consenso internacional aponta para a necessidade
de uma atuação permanente dos
supervisores e reguladores dos mercados na identificação de inovações
e mudanças significativas, e dos mecanismos de abrandamento de riscos
que devem ser implementados para
lidar com novas realidades.
O CIR permitirá à CVM atender
aos princípios da IOSCO –
International Organization of
Securities Commissions – aprovados
em 2010 e que estabelecem a necessidade do regulador adotar um processo de monitoramento/gerenciamento/
suavização do risco sistêmico e a
necessidade do regulador implantar
um processo regular de revisão do
perímetro regulatório ou contribuir
para essa ação.
14 de março de 2011
CANC discute
as informações
que devem estar
contidas nos ITRs
e o planejamento
do SPED para 2011
O presidente da CANC, Arthur
Santos, iniciou a reunião da Comissão
pelo terceiro item da pauta: discussão
sobre as informações mínimas obrigatórias que devem constar nas ITRs
(Informações Trimestrais).
A preocupação das companhias é
saber quais as informações que devem
estar contidas nas Demonstrações
Intermediárias, de acordo com as
melhores práticas de divulgação das
informações e pleno atendimento das
regulações. O assunto urge, pois há
entendimentos distintos sobre o tema.
Por um lado, a elaboração das
Demonstrações Intermediárias deve
atender o contido no Pronunciamento
Técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária – aprovado pela Deliberação
CVM 581. Mas, por outro lado, a CVM
no início de janeiro emitiu o Ofício-Circular/CVM/SEP nº 02/2011, que ressalta, no segundo parágrafo do item 2, que,
“o formulário de informações trimestrais
– ITR devem ser preenchidos, nos termos dos artigos 25 a 27 e 29 da Instrução CVM nº 480/09, com os dados das
informações trimestrais elaboradas em
conformidade com as regras aplicáveis
ao conjunto completo de demonstrações
financeiras individuais e consolidadas,
assim como descrito no pronunciamento técnico CPC que trata da apresentação das Demonstrações Contábeis”.
Dessa forma, as companhias estão
confusas. As opiniões dos membros da
CANC vão na linha de que se deve seguir o Pronunciamento CPC 21.
Para dirimir essa questão, ficou
decidido pela CANC, que a Abrasca
consultaria a CVM através de carta,
apoiando tecnicamente a divulgação de
informação através do Pronunciamento
14 de março de 2011
CPC 21 e perguntando se a interpretação das companhias está correta. Ficou também decidido que se agendaria
uma audiência com o representante da
Superintendência de Relação com Empresas, área responsável pela emissão
do Ofício Circular, para consultá-los
presencialmente sobre o tema.
Em seguida, o presidente da CANC,
Arthur Santos, passou para o segundo
e terceiro itens da pauta, passando a
palavra para a representante da
Abrasca no Grupo de Trabalho do
SPED, Alessandra Heloise, que apresentou os temas mais relevantes
do Sistema da Receita, para as companhias, no ano de 2011.
Relatou que haverá reunião do
Grupo de Trabalho do SPED no dia
25 de fevereiro, cujo assunto principal
será a possível mudança do “layout”
do FCONT. Segundo informações não
oficiais, a Receita Federal ainda
não está completamente satisfeita
com os dados recebidos das empresas
através desse sistema.
Outra informação não oficial é a intenção da Receita em elaborar um novo
Decreto Lei para adequar a legislação
tributária à Lei 11.638/07, o que seria
feito nos mesmos moldes do Decreto
elaborado em 1977 (Decreto Lei 1598),
que veio, na época, para adequar a legislação tributária à Lei 6404/76.
Vale ressaltar que tal Ato viria ao
encontro do que a Abrasca solicitou
após a criação do RTT – Regime Transitório Tributário – com a participação
das entidades civis na elaboração do
texto do novo Decreto Lei.
Em seguida, a representante da
Abrasca no SPED, colocou para apreciação dos presentes a minuta de carta
pedindo prioridade para a Receita
Federal incluir no cronograma de 2011
a criação de um modelo único de NFe –
Nota Fiscal eletrônica - de serviços para
o município, no mesmo feitio da utilizada pelos Estados.
Os membros da CANC pré aprovaram a solicitação à RFB, porém,
ressaltaram a importância de se fazer
isso com cautela para que os represen-
tantes dos municípios não voltassem a
reivindicar informações descentralizadas por cada ente.
A minuta de carta será circulada
pelos membros da CANC para apreciação e comentários, antes do envio para
a Receita Federal.
Outro ponto que se deve pedir prioridade em 2011 é a elaboração da Central de Balanços do SPED. No momento existe um Grupo de Trabalho liderado pela CVM e CFC cujo estudo ainda
está focado na adequação da linguagem XBRL aos balanços brasileiros.
O cronograma já divulgado do
Projeto SPED para o ano de 2011 é
o seguinte:
1) CIAP – entrega até o dia 25
de fevereiro;
2) EFD/PIS COFINS – PVA – entrega até o dia 7 de junho;
3) E-fopag – entrega até o dia 1º de
janeiro de 2012.
Não havendo mais assunto a
ser discutido, Arthur Santos encerrou
a reunião.
Participantes: Arthur Santos
(Pricewaterhousecoopers), Alessandra
Heloise (Claro), Alexandre Furtado
(Abrasca), Agnaldo Resende de
Miranda (CSN), Antônio Roque Soares
Filho (Csn), Agnaldo Ribeiro Da Silva
(Trisul), André Joaquim Muniz (Camargo
Côrrea), Bruna Ceolin (Wtorres), Cláudia Campos (Wtorres), Danilo Castilho
(Camargo Côrrea), Daniel Maia (Arezzo),
Izilda Madureira(Rota Das Bandeiras),
Fausto Ambrosio Dos Santos (Rossi),
Gilciana Brasil (Camargo Côrrea), Jorge L. S. Cerqueira (Energisa), Jesus
Alvaro Gouveia (Unipar), Karina Correa
Dos Santos (Rossi), Lilian Maia De Souza (Rota Das Bandeiras), Leandro
Nunes (Fibria), Marcus Vinícius Pereira
(Bradesco), Marco Aurélio Nascimento
(Bradesco), Priscilla Batista (Wtorres),
Pedro Pedroso(Claro), Rodrigo Prado
Alves (Rossi), Roberto Cunha (KPMG),
Reinaldo Luz (Petrobras), Rita Adriana
(Fibria), Sérgio Marostica (Camargo
Côrrea), Sergio Nobue (Net), Weberthon
Correia Nunes (Dasa).
5
SISTEMA DE INFORMAÇÃO ABRASCA ÀS COMPANHIAS ABERTAS
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