Sistema de Informação Abrasca às Companhias Abertas NESTA EDIÇÃO Conselho Diretor discute custeio do Código de Autorregulação da Abrasca, pág. 2 CVM altera Instrução sobre OPA – Oferta Pública de Aquisições de Ações, pág. 4 CVM cria Comitê de Identificação de Risco, pág. 4 CANC discute as informações que devem estar contidas nos ITRs e o planejamento do SPED para 2011, pág. 5 Expediente Sistema de Informação Abrasca às Companhias Abertas SIA & CIA é editado pela Associação Brasileira das Companhias Abertas, São Paulo: Av. Brig. Luis Antônio, 2504 - Conj 151 CEP 01402-000 - tel e fax (11) 3107-5557; Rio de Janeiro: Av. Rio Branco, 12 - 6º andar - CEP 20090-000 e Rua da Conceição, 105 - Sala 1305 - CEP 20051-010 - tel (21) 2223-3656, fax (21) 2233-2741 - www.abrasca.org.br - [email protected] Spínola Santos, Paulo Setubal Neto - Vice-Presidentes; Luis Fernando Costa Estima, Maurício Perez Botelho, Morvan Figueiredo Paula e Silva, Osvaldo Burgos Schirmer, Paulo Cezar Aragão, Roberto Terziani, Thomás Tosta de Sá - Diretores Antonio D. C. Castro - Presidente; Frederico Carlos Gerdau Johannpeter - 1º Vice-Presidente; Alfried Plöger, Luiz Serafim É permitida a transcrição das matérias, desde que citada a fonte. Solicita-se a remessa de um exemplar da publicação. Eduardo Lucano da Ponte - Superintendente Geral; Ivanildi Lustosa de Sousa Augusto - Supervisora Financeira Edição semanal • 5 páginas • Número 1038 • 14/03/2011 Conselho Diretor discute custeio do Código de Autorregulação da Abrasca O presidente da Abrasca apresentou os seus agradecimentos à associada Fipecafi, representada pelo seu presidente, Iran Siqueira Lima, pela excelente recepção oferecida ao grupo e, em seguida, passou a palavra a seu anfitrião. Iran Siqueira Lima agradeceu a presença de todos e manifestou a imensa satisfação da Fipecafi em receber o Conselho Diretor da Abrasca. O presidente da Abrasca falou da movimentação do quadro associativo, cujas inclusões foram: • Lobo & Rizzo Advogados, cujo representante junto à Abrasca é a advogada, Ana Paula Miguel; • Dias de Souza Advogados Associados, cujo representante junto à Abrasca é o sócio, Hugo Funaro; e • Campos Mello Advogados, cujo representante junto à Abrasca é o sócio, Fabiano Gallo. Ressaltou que no mesmo período tivemos as seguintes exclusões: • Vitor Costa Advogados – redução orçamentária. • COELBA – Cia de Eletricidade da Bahia – decisão da diretoria. • TAM S.A. – fechamento de capital. • Tauil & Chequer Associados a Mayer Brown LLP – redução orçamentária. • Tractebel Energia – decisão da diretoria. Assim, segundo Antonio D.C. Castro o número total de associados é de 198 e o valor de mercado das companhias associadas da Abrasca, segundo a BM&FBovespa, em 31/01/2011, é de cerca de US$ 1,27 trilhão que corresponde a 89% do valor total de mercado das empresas listadas. As comunicações do presidente foram as seguintes: • A próxima reunião do Conselho Diretor, seguida da Assembléia Geral Ordinária, será no dia 28 de abril, em São Paulo, no escritório do nosso associado Pinheiro Neto Advogados. • No início de fevereiro, a Abrasca enviou correspondência para o Plano Diretor do Mercado de Capitais com as prioridades da entidade para o ano que se inicia, entre elas, o posicionamento 2 das companhias abertas pelo fim da obrigatoriedade da publicação de balanços no Diário Oficial. A proposta da Abrasca é a de substituir a obrigatoriedade da publicação dos balanços no Diário Oficial pela alimentação dos dados de balanço na CENTRAL DE BALANÇOS, que será criada no âmbito do SPED. O representante da Abrasca, em conjunto com o Dr. Bernard Appy, está encarregado de desenvolver o projeto. • No dia 3 de fevereiro a Abrasca encaminhou correspondência à CVM respondendo à audiência pública sobre a MP 517/10, que altera dispositivos da Lei n° 6.404/76, com o objetivo de flexibilizar as emissões das debêntures e viabilizar a formação de um mercado secundário mais dinâmico para esses papéis. Foi ressaltado que a ANBIMA está trabalhando o assunto e pediu uma data de reunião para a exposição do trabalho da ANBIMA à Abrasca. • No dia 25 de fevereiro o Plano Diretor do Mercado de Capitais se reuniu e decidiu, entre outras coisas, incluir no planejamento estratégico para 2011 o tema: tributação sobre ganho de capital em ações no longo prazo. Antonio Castro ressaltou que a próxima reunião ocorrerá em 25/03, contando com a presença do Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Sr. Nelson Barbosa. Antonio Castro relatou as principais atividades do vice-presidente Alfried Plöger: • 03/02 – Seminário latino-americano sobre “Adoção das IFRSs: Avanços e Desafios”; • 04/02 – Reunião de normatizadores, no Conselho Federal de Contabilidade; • 10/02 – Jantar entre os membros do CPC com o trustee do IASB, Sr. Amaro Gomes; e • 11/02 – Participação na reunião ordinária do CPC. O presidente da Abrasca, Antônio D.C. Castro, relatou suas principais atividades no cargo: • 10/02 – Reunião do Conselho editorial da revista Transparências do IBRACON; • 10/02 – Reunião do Conselho de Supervisão de Analistas de Valores Mobiliários; • 16/02 – Reunião da Câmara Consultiva de Listagem da BM&FBOVESPA, onde ficou claro que o problema das empresas em abrir capital não é o custo inicial do lançamento, mas sim os custos de manutenção como companhia aberta. Nesse sentido, voltou a ressaltar a importância do fim da obrigatoriedade da publicação de balanços nos diários oficiais; • 25/02 – Reunião do Plano Diretor do Mercado de Capitais; • 28/02 – Reunião do GT do projeto de autorregulação da Abrasca, onde foram apreciadas todas as contribuições recebidas pela Abrasca de suas associadas à minuta do Código de Autorregulação e Boas Práticas das Companhias Abertas. Passou-se a palavra para o Superintendente geral da Abrasca, Eduardo Lucano, que relatou a reunião conjunta COMEC/COJUR, ocorrida na parte da manhã, com especial atenção ao projeto de Autorregulação da Associação. Eduardo Lucano informou que o andamento do projeto foi relatado às comissões COMEC e COJUR da Abrasca e que os representantes das companhias presentes à reunião lamentaram não poder dispensar maior atenção ao processo dado o encerramento do exercício de 2010, a preparação das assembléias e a carga extra de exigências no que diz respeito à implantação do Formulário de Referência e a adoção das IFRSs. Segundo os membros presentes à reunião, até o final de abril a agenda seguirá especialmente atribulada. Eduardo confirmou que diversas companhias responderam à comunicação do Código informando que gostariam de manifestar sua adesão, mas que ainda não tiveram tempo de apreciar todo o documento tampouco de submetê-lo à já atribulada agenda de seus conselhos de administração. Isso posto, o Sr. Lucano relatou que as comissões técnicas recomendaram ao Conselho Diretor expandir o cronograma do processo. Segundo a sugestão da COMEC/COJUR, a nova versão do texto do código seria distribuída no dia 14/03, como no cronograma inicial, com data limite para entrega de sugestões ao texto no dia 06 de maio de 2011. Nova versão seria consolidada em reunião do Grupo de Trabalho do Código, que ocorreria no dia 09 de maio, e circulada para as associadas até o dia 11/05, pedindo adesão até 06 de junho. A partir das adesões manifestadas, o Conselho Diretor da Abrasca irá definir, na reunião de 09 de junho, quais 14 de março de 2011 as providências para a aprovação definitiva do processo em assembleia geral extraordinária. Sobre o custeio da atividade de autorregulação, o coordenador do Projeto, Luiz Spínola, explicitou aos presentes que o modelo de financiamento do processo de acompanhamento teria os mesmos moldes que aquele utilizado pelas entidades de mercado que já atuam como autorreguladoras, ou seja, cobrar uma taxa sobre os volumes emitidos, lembrando que o momento da emissão de títulos pelas companhias é quando as aderentes melhor capturarão o ganho trazido por sua adesão ao processo, uma vez que o mercado irá precificar melhor seus títulos. Alfried Plöger reiterou sua posição manifestada à COMEC/COJUR de que o custo da operação de autorregulação será fixo sendo que, para evitar o risco de descasamento gerando dano econômico para a Abrasca, a receita também deveria ser fixa. Eduardo Lucano afirmou que, em linha com essa pertinente preocupação, as comissões técnicas sugeriram ao Conselho Diretor que o melhor seria um modelo híbrido, considerando uma parcela de custeio fixa e outra variável, esta calculada como um percentual sobre o volume da emissão. Antonio D.C. Castro lembrou que o alongamento do cronograma também possibilitará que a Abrasca organize encontros com associadas fora do eixo Rio-São Paulo, possibilitando que os executivos mais atribulados, que não têm condições de se deslocar a São Paulo nesta época de divulgação de resultados, possam participar e tirar suas dúvidas quanto ao Código. Isso posto, o Conselho Diretor deliberou pelo alongamento do cronograma e pelo modelo de custeio híbrido, de acordo com a sugestão das comissões técnicas, devendo o assunto ser deliberado na reunião de 28/04/2011. Passou-se a palavra para o professor Carlos Rocca que fez uma apresentação sobre a Análise do desempenho do Mercado de Capitais e dos indicadores de custo de capital no Brasil. O Professor Rocca iniciou apresentando o CEMEC, Centro de Estudos do Mercado de Capitais, como um sucessor às atividades originais do IBMEC, quais sejam, estudos para o desenvolvimento do mercado de capitais. O IBMEC licitou permissões de uso da sua marca para faculdades, 14 de março de 2011 cedendo ao CEMEC o papel de centro de estudos do mercado. Hoje o CEMEC possui aproximadamente, 600 séries atualizadas mensalmente. Rocca apresentou quadros mostrando que a carteira consolidada de ativos financeiros mudou muito entre 2000 e 2010. A captação de recursos no sistema bancário saiu de 36% do PIB para 43% no período, e que os instrumentos do mercado de capitais, no mesmo período, passaram de 65,6% do PIB para 130%, sendo que o total de alavancagem financeira da economia brasileira saiu de cerca de 110% do PIB em 2000 para mais que 170% do produto ao final de 2010. Segundo o pesquisador do CEMEC, os investidores institucionais praticamente não participaram do desenvolvimento do mercado nesta última década, tendo mantido sua participação na capitalização total. Segundo os dados apresentados pelo Prof. Rocca, o grande impulso dado ao mercado nesses dez anos é proveniente dos investidores estrangeiros. Não à toa a correlação entre o influxo de recursos externos nas bolsas e o Ibovespa é de 96%. Por isso, segundo Rocca, houve enorme sensação de iliquidez entre ao longo do último trimestre de 2008 e primeiro de 2009 dada a maior demanda por recursos para fazer frente às perdas das instituições internacionais nos mercado de derivativos financeiros. Rocca também mostrou aos conselheiros da Abrasca, que o exigível financeiro externo alterou consideravelmente, reduzindo a participação da captação de dívida bancária no exterior e aumentando a participação dos bancos brasileiros no processo. Segundo ele, esse movimento é positivo e fortalece o nosso sistema bancário. O custo do capital próprio, conforme quadro do CEMEC, teve pico em dezembro de 2008, quando atingiu 18,74%, encerrando o ano de 2010 pouco abaixo de 15%. A expectativa é que sofra alguma elevação ao longo de 2011, em linha com a elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central. Ressaltou ainda que o custo do capital próprio é maior que o custo de capital de terceiros uma vez que o acionista conhece - e precifica - melhor os riscos da operação. Ressaltou que, infelizmente, a dívida pública segue disputando a pou- pança doméstica e que as debêntures hoje são emitidas sempre indexadas ao DI uma vez que seu principal concorrente, o título público, também tem grande parcela indexada, sendo que é fundamental que os agentes de mercado atuem pedindo o fim da emissão de títulos indexados pelo governo brasileiro. Concluiu com uma análise de que a MP 517, citando que a medida cria ativos tóxicos ao mercado uma vez que isenta o financiamento à infra-estrutura, direcionando recursos das demais atividades produtivas e reduzindo a eficiência do capital. Os presentes saudaram a excelente apresentação do Professor Rocca e o presidente Antonio D.C. Castro, passou a palavra para o presidente da CANC, Arthur Santos, para falar sobre os trabalhos da Comissão. Arthur Santos relatou que a CANC fez uma reunião, onde foram tratados os três pontos destacados abaixo: 1) Balanço fiscal: representantes junto ao SPED ressaltaram a reunião do grupo do SPED para tratar do programa validador do FCONT. Na reunião, apresentaram o novo layout definindo prazo para sugestões em 09/03; 2) Nota Fiscal eletrônica: relatou a sugestão de padronização do modelo de nota fiscal eletrônica entre os diversos municípios brasileiros, assunto de enorme sensibilidade para as companhias telefônicas e de energia elétrica. O pleito será encaminhado à Receita Federal brasileiro, endossado pela Abrasca; 3) Pronunciamento técnico nº 21/ CPC: Arthur Santos relatou que em 05 de janeiro último, a Superintendência de Registro de Valores Mobiliários, SER/ CVM exigiu que as informações trimestrais devam conter todas as informações disponíveis, desprezando o OCPC nº 21. A CANC da Abrasca enviou Minuta de correspondência com objetivo de agendar uma reunião com a SER/CVM para que o Pronunciamento Técnico nº 21 seja aceito, possibilitando que os ITR´s sejam aceitos na mais reduzida. O ideal é levar a carta pessoalmente. Alfried Plöger pediu ao Conselho Diretor, e foi atendido, para manifestar levar este posicionamento ao CPC em 11/03, para que o Comitê também se pronuncie à CVM. 3 Por último, mas não menos importante, o Dr. Arthur Santos ressaltou o enorme êxito da Comissão em conseguir fazer valer seu ponto de vista sobre a metodologia de reconhecimento de receitas a ser utilizada nas demonstrações financeiras das entidades de incorporação imobiliária, ratificada pela CVM através do Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 002/2011. Passou-se a palavra para o representante da Abrasca no CPC, Alfried Plöger, para relatar os trabalhos do Comitê. Este comentou que estes primeiros dois meses do ano foram direcionados ao IASB, ressaltando que nunca uma equipe tão grande do IASB ficou em um único país por tanto tempo. Também foi informado que a assembleia da Fundação CPC não ocorrerá no dia 11/03, devido a um atraso na concessão do CNPJ da entidade. O documento foi concedido apenas ontem, 02 de março, e que a assembleia será marcada para o mês de abril. Alfried Plöger citou a frustração que o Comitê teve ao ver uma de suas orientação – a OCPC 05 – ser questionada por um de seus integrantes: o IBRACON, ainda em janeiro. Nesse sentido, ressaltou o forte e decisivo posicionamento do Sr. Aldo Bertolucci, quem se pronunciou firmemente em favor da Orientação se recusando, inclusive, a reinserir a discussão na pauta, uma vez que o Parecer de Orientação fora aprovado em dezembro. O Sr. Plöger ainda citou que a reunião ainda apresentou a definição dos trabalhos do CPC para o ano de 2011. No item referente a “Outros Assuntos de Interesse Geral” da pauta, o presidente comunicou a substituição de Fábio Mentone por Renato Ejnisman como representante suplente do Banco Bradesco no Conselho Diretor. Passados todos os assuntos da pauta, o presidente da Abrasca, Antonio D.C. Castro agradeceu a presença de todos, a hospitalidade da anfitriã Fipecafi e encerrou a reunião. Participantes: Antonio D.C. Castro, Alexandre Fischer, Eduardo Lucano, Nilson Martins de A. Jr. (Abrasca); Alfried Plöger (Melhoramentos); Arthur Alexandre dos Santos Filho (PWC); Carlos A. Rocca (CEMEC); Cassio Namur (Souza Sescon Adv.); Domingos Figueiredo de Abreu (Bradesco); Elizabeth Benamor e Jurema Mellone (Souza Cruz); Flávio Donatteli (Duratex); Iran Siqueira Lima (Fipecafi); Leopoldo Saboya (BRF); Luiz Spínola (Cremer); Marcos Vinícius Vieira Macedo (CCR). 4 CVM altera Instrução sobre OPA – Oferta Pública de Aquisições de Ações A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou, em fevereiro, a Instrução CVM nº 492, que altera a redação da Instrução CVM nº 361/02, referente às ofertas públicas de aquisição de ações. Dois artigos da Instrução foram alterados, os artigos 35-A e 37 passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 35-A. A pedido do acionista controlador, a CVM poderá autorizar que sejam realizados ajustes no número de ações em circulação que serve de base para cálculo do limite de 1/3 (um terço) previsto nos arts. 15, inciso I e 26, caso esse número tenha se alterado de maneira significativa após as datas estabelecidas nos referidos dispositivos e no art. 37, §1º, em razão de aumentos de capital, ofertas públicas de distribuição ou operações societárias.” (NR) “Art. 37 §1º Para efeito da aplicação às companhias abertas existentes na data da entrada em vigor desta Instrução do disposto nos arts. 15, inciso I e 26, o limite de 1/3 das ações em circulação ali referido deverá ser calculado considerando-se as ações em circulação na data da entrada em vigor da Instrução CVM nº 345, de 4 de setembro de 2000, de modo que as ações adquiridas pelo ofertante, por meio de oferta pública, desde aquela data, sejam deduzidas do saldo a adquirir. Para ler a Instrução CVM nº 492 na íntegra acesse o site: www.cvm.gov.br. CVM cria Comitê de Identificação de Risco A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criou, em fevereiro, o CIR – Comitê de Identificação de Riscos, que será composto pelos membros do Colegiado, pelos titulares das Superintendências e pelos titulares da Procuradoria Federal Especializada (PFE) e da recém-criada, Assessoria de Análise e Pesquisa – ASA. A entidade ainda poderá convidar participantes do mercado para as reuniões, quando achar necessário. O novo Comitê tem o objetivo de examinar regularmente as atividades do mercado e de seus participantes, em particular os impactos de novos produtos, atividades e serviços. Além disso, ele vai analisar se os poderes do regulador, sua estrutura operacional e seus regulamentos são suficientes para suavizar os potenciais riscos emergentes identificados. Segundo a autarquia, o Comitê complementa os diversos mecanismos de identificação e monitoramento de riscos já existentes na CVM, como é o caso, por exemplo, da supervisão preventiva orientada pelo modelo de supervisão baseada em risco, além de formalizar e conferir um caráter mais sistemático à atividade de avaliação dos mercados. A constituição do CIR reflete a conclusão a que chegaram reguladores do mundo todo quanto a formas de prevenção de novas crises como a crise financeira internacional que eclodiu em 2008. O consenso internacional aponta para a necessidade de uma atuação permanente dos supervisores e reguladores dos mercados na identificação de inovações e mudanças significativas, e dos mecanismos de abrandamento de riscos que devem ser implementados para lidar com novas realidades. O CIR permitirá à CVM atender aos princípios da IOSCO – International Organization of Securities Commissions – aprovados em 2010 e que estabelecem a necessidade do regulador adotar um processo de monitoramento/gerenciamento/ suavização do risco sistêmico e a necessidade do regulador implantar um processo regular de revisão do perímetro regulatório ou contribuir para essa ação. 14 de março de 2011 CANC discute as informações que devem estar contidas nos ITRs e o planejamento do SPED para 2011 O presidente da CANC, Arthur Santos, iniciou a reunião da Comissão pelo terceiro item da pauta: discussão sobre as informações mínimas obrigatórias que devem constar nas ITRs (Informações Trimestrais). A preocupação das companhias é saber quais as informações que devem estar contidas nas Demonstrações Intermediárias, de acordo com as melhores práticas de divulgação das informações e pleno atendimento das regulações. O assunto urge, pois há entendimentos distintos sobre o tema. Por um lado, a elaboração das Demonstrações Intermediárias deve atender o contido no Pronunciamento Técnico CPC 21 – Demonstração Intermediária – aprovado pela Deliberação CVM 581. Mas, por outro lado, a CVM no início de janeiro emitiu o Ofício-Circular/CVM/SEP nº 02/2011, que ressalta, no segundo parágrafo do item 2, que, “o formulário de informações trimestrais – ITR devem ser preenchidos, nos termos dos artigos 25 a 27 e 29 da Instrução CVM nº 480/09, com os dados das informações trimestrais elaboradas em conformidade com as regras aplicáveis ao conjunto completo de demonstrações financeiras individuais e consolidadas, assim como descrito no pronunciamento técnico CPC que trata da apresentação das Demonstrações Contábeis”. Dessa forma, as companhias estão confusas. As opiniões dos membros da CANC vão na linha de que se deve seguir o Pronunciamento CPC 21. Para dirimir essa questão, ficou decidido pela CANC, que a Abrasca consultaria a CVM através de carta, apoiando tecnicamente a divulgação de informação através do Pronunciamento 14 de março de 2011 CPC 21 e perguntando se a interpretação das companhias está correta. Ficou também decidido que se agendaria uma audiência com o representante da Superintendência de Relação com Empresas, área responsável pela emissão do Ofício Circular, para consultá-los presencialmente sobre o tema. Em seguida, o presidente da CANC, Arthur Santos, passou para o segundo e terceiro itens da pauta, passando a palavra para a representante da Abrasca no Grupo de Trabalho do SPED, Alessandra Heloise, que apresentou os temas mais relevantes do Sistema da Receita, para as companhias, no ano de 2011. Relatou que haverá reunião do Grupo de Trabalho do SPED no dia 25 de fevereiro, cujo assunto principal será a possível mudança do “layout” do FCONT. Segundo informações não oficiais, a Receita Federal ainda não está completamente satisfeita com os dados recebidos das empresas através desse sistema. Outra informação não oficial é a intenção da Receita em elaborar um novo Decreto Lei para adequar a legislação tributária à Lei 11.638/07, o que seria feito nos mesmos moldes do Decreto elaborado em 1977 (Decreto Lei 1598), que veio, na época, para adequar a legislação tributária à Lei 6404/76. Vale ressaltar que tal Ato viria ao encontro do que a Abrasca solicitou após a criação do RTT – Regime Transitório Tributário – com a participação das entidades civis na elaboração do texto do novo Decreto Lei. Em seguida, a representante da Abrasca no SPED, colocou para apreciação dos presentes a minuta de carta pedindo prioridade para a Receita Federal incluir no cronograma de 2011 a criação de um modelo único de NFe – Nota Fiscal eletrônica - de serviços para o município, no mesmo feitio da utilizada pelos Estados. Os membros da CANC pré aprovaram a solicitação à RFB, porém, ressaltaram a importância de se fazer isso com cautela para que os represen- tantes dos municípios não voltassem a reivindicar informações descentralizadas por cada ente. A minuta de carta será circulada pelos membros da CANC para apreciação e comentários, antes do envio para a Receita Federal. Outro ponto que se deve pedir prioridade em 2011 é a elaboração da Central de Balanços do SPED. No momento existe um Grupo de Trabalho liderado pela CVM e CFC cujo estudo ainda está focado na adequação da linguagem XBRL aos balanços brasileiros. O cronograma já divulgado do Projeto SPED para o ano de 2011 é o seguinte: 1) CIAP – entrega até o dia 25 de fevereiro; 2) EFD/PIS COFINS – PVA – entrega até o dia 7 de junho; 3) E-fopag – entrega até o dia 1º de janeiro de 2012. Não havendo mais assunto a ser discutido, Arthur Santos encerrou a reunião. Participantes: Arthur Santos (Pricewaterhousecoopers), Alessandra Heloise (Claro), Alexandre Furtado (Abrasca), Agnaldo Resende de Miranda (CSN), Antônio Roque Soares Filho (Csn), Agnaldo Ribeiro Da Silva (Trisul), André Joaquim Muniz (Camargo Côrrea), Bruna Ceolin (Wtorres), Cláudia Campos (Wtorres), Danilo Castilho (Camargo Côrrea), Daniel Maia (Arezzo), Izilda Madureira(Rota Das Bandeiras), Fausto Ambrosio Dos Santos (Rossi), Gilciana Brasil (Camargo Côrrea), Jorge L. S. Cerqueira (Energisa), Jesus Alvaro Gouveia (Unipar), Karina Correa Dos Santos (Rossi), Lilian Maia De Souza (Rota Das Bandeiras), Leandro Nunes (Fibria), Marcus Vinícius Pereira (Bradesco), Marco Aurélio Nascimento (Bradesco), Priscilla Batista (Wtorres), Pedro Pedroso(Claro), Rodrigo Prado Alves (Rossi), Roberto Cunha (KPMG), Reinaldo Luz (Petrobras), Rita Adriana (Fibria), Sérgio Marostica (Camargo Côrrea), Sergio Nobue (Net), Weberthon Correia Nunes (Dasa). 5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO ABRASCA ÀS COMPANHIAS ABERTAS Av. Rio Branco, 12 • 6º andar • CEP 20090-000 e Rua da Conceição, 105 • Sala 1305 • CEP 20051-010 • Rio de Janeiro • RJ Tel (21) 2223 3656 • Fax (21) 2233 2741 Av. Brig. Luis Antônio, 2504 • Conj 151 • CEP 01402-000 • São Paulo • SP • Tel e Fax (11) 3107 5557 Internet: http://www.abrasca.org.br • E-mail: [email protected] IMPRESSO