Jornal informativo do Centro Espírita Maria Angélica
Ano 1
Mensagem
Caros Amigos ,
N
este segundo número do nosso jornal, trazemos com
especial carinho a mensagem de nossa querida mentora
espiritual, Maria Angélica, recebida pelo médium José Medrado, durante a prece final na reunião comemorativa do 13º
aniversário do CEMA.
A Irmã destacou a importância de perseverarmos no
bem, apesar das dificuldades do dia-a-dia.
“Meus filhos,
No ideal de fazermos o bem, os percalços surgem até como teste.
Teste à nossa fé, à nossa esperança e, acima de tudo, à nossa
perseverança, neste que é o caminho para o reconforto do nosso
desajuizado coração. É claro que nós aprendemos que momentos
de bênçãos são empréstimos de Deus às nossas almas sôfregas e
cansadas, onde a desistência significa retardo do processo de conquista da paz.
Assim, nós unimo-nos a vocês em atitude gratulatória ao
Senhor da Vida, pela oportunidade bendita de realizarmos o bem,
de realizarmos a permuta de diferenças no somatório das qualidades e potenciais para a construção do edifício comum de amparo a
nós e aos necessitados.
Há momentos, filhos, que haveremos de repreender, de admoestar com veemência, porque exalamos com amor eivado, ainda, no sentimento forte de implantação da consciência de que o
dever precisa ser cumprido. E este cumprimento do dever é a senha
misericordiosa de todos vocês para o acesso ao mundo de regeneração, de paz e de quietude, que cada um de nos auguramos neste
final bendito, mas que pode, vez por outra, ser desditoso por conta
exatamente das nossas inquietudes.
Sou levada a dizer que não mereço sentimentos de tanto
amor, revestido, ainda que compreendido, pela generosidade de
todos os corações.
Não podemos nem dizer que somos poeira cósmica, porque,
em verdade, somos da terra batida, compactada pelo sangue e suor
de todos os cristãos de tempos todos, que deram muitas vezes suas
Nº 2
agosto setembro 2002
vidas ao holocausto do ideal do amor de Cristo. Ainda que não
tenha sido a vida física, mas a vida familiar com as suas turbulências, a vida profissional com os seus reclames. Mas o bendito “sim”
ao Senhor impôs a renúncia necessária, o saber vencer o conflito
indispensável.
Ah, meus filhos, Jesus é o nosso farol. Abre clareiras nesta
selva de conflitos, de desmandos e violências de toda natureza.
Mas, graças a Deus, estamos vencendo desafio por desafio neste
ideal de fazer de cada coração aqui presente o pequeno vaso da flor
da esperança a exalar a sua fragrância, o seu hálito bendito de
bênçãos e de amor ao próximo.
É incontestável, e o orador dissera isto, que podemos não ser
os trabalhadores ideais e seguramente não o somos. Mas, podemos
ser trabalhadores disponíveis a arregaçarmos a manga e pegar no
arado. Que Jesus nos abençoe, nos dando sempre luz.
E quando aqui estava a meditar, com o coração em lágrimas
de reconhecimento, quando pude, por acréscimo, sempre da misericórdia do Pai, pela primeira vez falar à Terra, pela mediunidade
deste, que agora utilizo outra vez, eu jamais, meus filhos, concebi
desde então a possibilidade de estar em uma casa onde seria, reconhecendo não merecer, mas tão amada por tantos.
Cabe-nos, portanto, neste momento, agradecer a todos a
generosidade e dizer que somos mais uma a segurar esta charrua,
a não olhar para trás e a dar graças a Deus e a Maria, mãe de
Jesus, que sempre nos fora modelo e que precisamos, sim, e cada
vez mais, trabalhar, trabalhar e trabalhar. E quando acharmos
que já trabalhamos suficientemente, é sinal de que precisamos trabalhar mais.
Que Jesus nos dê a sua paz, nos abençoe e que Ele possa
sempre ser o guia, o mentor maior desta nossa singela plaga, onde
as sementes do amor e da fraternidade possam germinar em nossos
empedernidos corações.
Fiquemos em paz e muito grata por tudo, inclusive pela
tolerância de sempre.”
Maria Angélica
Cema, 15 de junho de 2002.
Neste número
Ceminha
O concurso para a escolha do nosso mascote está
chegando ao fim. Participe! Mesmo que você não seja
uma craque no desenho, o que vale é a sua idéia.
Entregue a sua sugestão na secretaria. O resultado será
divulgado no próximo número.
n Jovem Aprendiz
Novidade no CEMA pg 2
n Grupo Simeão
Praticando a terapia do amor pg 2
n O Pentateuco
Doutrina espírita - pg 6
n Pluralidade dos Mundos Habitados - pg 3
n Dentes Felizes - pg 5
1
GRUPO SIMEÃO
Praticando a terapia do amor
Estante
Espírita
“A velhice recapitula todo o livro da vida, resume os dons das outras épocas da existência,
sem as ilusões, nem as paixões, nem os erros” (Léon Denis, O Grande Enigma).
O
Autor espiritual:Antonio Carlos Tonini
Psicografia: Luiz Antonio Ferraz
Editora Didier
E
O JOVEM APRENDIZ
ste livro é o relato de um trabalhador espírita recém-desencarnado
sobre as atividades desempenhadas pela
espiritualidade superior em um Centro Espírita antes, durante e após uma
palestra pública. O autor descreve as
inúmeras tarefas realizadas pela equipe
espiritual para dar suporte às atividades
da Casa Espírita, atendendo a encarnados e a desencarnados. Narra os preparativos e a ação dos espíritos durante
uma palestra pública, explica o funcionamento dos setores que garantem o
bom andamento dos trabalhos, a
fluidificação das águas, a evangelização
infantil, os passes, o atendimento fraterno e muitos outros trabalhos. Os
ensinamentos contidos neste livro fortalecem nossa confiança no amparo
celeste e na valorização das bênçãos
recebidas. Após a sua leitura, passamos
a compreender melhor a afirmativa do
Mestre: “Onde dois ou mais se reunirem
em meu nome, eu ali estarei”.
2
A
mais nova atividade do
Cema é o curso de informática para os jovens assistidos da
turma da Evangelização, coordenados por voluntários trabalhadores da Casa.
As aulas de noções básicas
de computação são ministradas
aos sábados e domingos no laboratório montado no 4º andar,
que tem 6 computadores, equipamentos de multimídia e impressora.
Iniciado em abril, o curso
conta com três turmas de jovens
na faixa etária de 14 a 18 anos,
num total de 22 alunos e já tem
uma fila de espera para a abertura de novos horários.
Grupo Simeão foi criado para desenvolver um trabalho voltado para
as pessoas de mais de 60 anos de idade
que pertençam às comunidades assistidas pelo Cema.
Todas as manhãs de sextas-feiras,
cerca de 30 idosos participam de uma
série de atividades doutrinárias, complementadas por oficinas lúdicas e atendimento médico.
O objetivo deste trabalho é desenvolver nestas pessoas a sua auto-estima,
resgatar sua cidadania, promover a sua
reintegração à comunidade e à sua própria família, além de conscientizá-los
quanto à continuidade da vida, levando-os a assimilarem os ensinamentos da
Doutrina Espírita.
Antes de entrarem no salão, os assistidos tomam o café-da-manhã. Após
a prece e o passe, é hora de se descontraírem com uma atividade física, que
inclui relaxamento, alongamento e um
pouco de dança.
Em seguida, as turmas se dirigem
para as salas de aula, onde estudam o
Evangelho segundo a Doutrina Espírita, fechando com o “Momento Amigo”, quando falam um pouco de si e
trocam experiências sobre suas vidas.
As atividades seguem com as oficinas de artesanato, onde o grupo faz
A equipe de professores está entusiasmada com o interesse demonstrado
pelos alunos e o progresso alcançado
em tão pouco tempo.
Bruna, com a professora Débora: “É muito bom estar
nesta turma de informática, porque a gente aprende
coisas incríveis, que poderão ser utilizadas quando eu
estiver trabalhando”.
trabalhos com tecido, reciclagem de
papel, desenho e pintura, desenvolvendo talentos artísticos que muitas vezes
estavam escondidos. De volta ao salão
é hora da “consciência corporal”, com
atendimentos médicos e encaminhamento para exames de laboratório e
consultas hospitalares.
Após a prece de encerramento é
servido o almoço, finalizando as atividades de uma manhã muito proveitosa
e feliz tanto para os assistidos quanto
para os trabalhadores da Cema.
na Internet
Q
ueremos fazer de nosso site
www.cema.org.br um canal de
comunicação sempre dinâmico e atualizado, para informamos aos internautas
sobre todas as atividades de nossa Casa
e a programação de eventos para o ano
de 2002.
Clicando o botão “Eventos” na
página principal, você ficará sabendo
de tudo o que Aconteceu, como os últimos Encontros e o Arraiá do Cema.
Por falar em Arraiá, as fotos da festa
julina ficaram tão boas que resolvemos
colocar todas – são mais de 100 – para
você relembrar os bons momentos,
podendo ampliar e até imprimir as
melhores fotos. Confira mais esta novidade!
No item Vai Acontecer, você verifica a agenda dos próximos Encontros
deste ano. Não perca !
Breve, teremos outras boas notícias via web para você. Fique linkado!
Jornal informativo do Centro Espírita Maria Angélica
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Pluralidade dos Mundos Habitados
U
Cláudio L Zanatta
m dos conceitos mais divulgados pela Doutrina dos Espíritos, desde a sua revelação no século XIX, é a crença
na pluralidade dos mundos habitados.
No Capítulo III de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, encontramos um estudo acerca das diferentes categorias dos mundos e da sua progressão.
No Capítulo VI de “A Gênese”, o espírito Galileu
descreve com detalhes os mecanismos que regulam
a solidariedade universal.
Mais adiante, no Capítulo XI,
encontramos no item “Raça
Adâmica” informações sobre a
imigração para a Terra de espíritos de um sistema planetário próximo ao nosso, ocorrida a cerca
de 40.000 anos atrás.
A literatura espírita em geral
é pródiga em relatos acerca dos
intercâmbios que ocorrem entre os
orbes deste e de outros sistemas
planetários.
No romance “Renúncia”,
ditado pelo espírito Emmanuel e
psicografado por Francisco Cândido Xavier, temos o relato da saga
do espírito Alcíone que imigra de
um dos orbes da estrela Sírius para
socorrer o seu amado Pólux, às
voltas com as suas lutas evolutivas.
A ciência sempre se mostrou
céptica em relação à questão da
existência da vida fora do nosso planeta,
que dirá de Humanidades.
Mas, de uns cinco anos para cá, a comunidade
científica dedicada ao estudo da astrofísica, a partir do
uso de novas técnicas de observação, vem divulgando descobertas de planetas orbitando sistemas planetários próximos.
E, mais recentemente, astrônomos da Universidade de
Toronto concluíram que mais da metade das 400 bilhões de
estrelas da Via-Láctea podem ser orbitadas por planetas de
tamanho similar ao da Terra, favorecendo a tese de que
pode haver vida abundante em outros sistemas planetários.
Os pesquisadores canadenses estudaram a luz emitida
por estrelas semelhantes ao Sol e concluíram que pelo menos metade delas e possivelmente até 90% em toda a galáxia
queimam grandes quantidades de ferro, um indício da presença de planetas rochosos como a Terra.
Os resultados não apenas indicam que pode haver vida
fora da Terra, mas que essa vida pode estar distribuída por
toda a Via-Láctea.
Os cientistas analisaram a luz de 640 estrelas e encontraram evidências da queima de ferro em 466 delas.
Os resultados foram então extrapolados para abranger
toda a galáxia.
Segundo esses cientistas, mesmo se apenas 1% das estrelas da Via-Láctea tiver planetas rochosos à sua volta, isso
ainda representaria bilhões de sistemas solares com o potencial para abrigar vida.
Um outro grupo de cientistas, os exobiólogos, anunciou ter encontrado moléculas de carbono e grandes quantidades de vapor d’água – dois dos
principais ingredientes para a vida – próximo de regiões de formação de estrelas.
Segundo o pesquisador Martin
Kessler, da Agencia Espacial Européia
(ESA), isso fortalece bastante a possibilidade de existir vida além do nosso
sistema. Mostra também que a complexidade química do carbono não é
exclusividade da Terra.
Segundo os pesquisadores, no
universo há muito oxigênio e muito
hidrogênio e a reação química para
formar água ocorre com extrema facilidade.
Existe água congelada na poeira
de todas as nuvens estelares, mas ela
só pode ser detectada quando é vaporizada pelo calor de uma estrela
jovem.
Para nós, espíritas, sempre ficou
muito claro que a vida no Universo
não ocorre apenas nos moldes conhecidos na Terra, ou seja, a partir de moléculas orgânicas baseadas no átomo de carbono, formando células vivendo em um meio aquoso,
nas condições normais de temperatura e pressão e respirando oxigênio.
Mesmo no nosso planeta, a vida se desenvolveu numa
diversidade imensa, incluindo os extremófilos, organismos
que se alimentam de ferro e sobrevivem em um ambiente
de elevadas temperaturas e pressões.
O que se dirá, então, da diversidade dos seres vivos e
humanidades que habitam os mundos que orbitam os bilhões de sistemas planetários que compõem as incontáveis
galáxias do nosso Universo?
Como nos ensina o Espírito Galileu no capítulo VI de
“A Gênese”, a lei universal do princípio material pode ser
resumida como sendo a “Unidade do Princípio e Diversidade das Manifestações”.
Assim, a Doutrina dos Espíritos, sempre atualizada e concorde com as descobertas científicas, mais uma vez vê serem
paulatinamente confirmados os conhecimentos transmitidos
pela espiritualidade e codificados por Allan Kardec.
3
CONSTRUINDO O
DO AMANHÃ
Q
uem conhece o CEMA hoje ficaria admirado em saber que a
Casa foi fundada há 13 anos, numa
sala emprestada de uma escola, onde
cabiam cerca de 50 pessoas.
De lá para cá, percorremos um
caminho de muito trabalho e superação. Graças à cooperação da equipe de
trabalhadores voluntários, conseguimos
construir a nossa sede própria, este prédio
bonito e bem cuidado que nos acolhe, que só se
tornou possível em 1997, após muito trabalho e dedicação.
Estamos falando de uma obra que se propõe a plantar a
semente do bem no coração de todos os que aqui chegam.
Mas esta tarefa de natureza essencialmente espiritual
precisa ser viabilizada através de meios materiais, que são
os recursos físicos que nos possibilitam dar continuidade às
atividades já estabelecidas e planejar o futuro.
Há algum tempo notamos a necessidade de expandir a
nossa sede, pois os necessitados de toda ordem não param
de chegar à procura de ajuda.
Sendo uma entidade sem fins lucrativos, precisamos
angariar recursos para ampliar nossas instalações e então aumentarmos o leque de atividades oferecidas à comunidade assistida e aos
freqüentadores em geral.
Assim sendo, desenvolvemos uma nova forma de contribuição – o boleto bancário.
Através dele e do nosso carnê,
será possível, para os que desejam contribuir com qualquer valor, ajudar o CEMA na manutenção
e ampliação das instalações.
Sabemos que Deus, Pai de amor e bondade,
nunca nos desampara. Ele nos inspira a encontrarmos as
respostas aos desafios, não através de soluções miraculosas,
mas com muito trabalho e participação das pessoas – pessoas comuns que podem fazer a diferença. Não uns poucos
que dão muito, mas sim muitos que contribuem com um
pouco, com o possível.
Assim, contando com a colaboração de muitos, esperamos conseguir transformar os nossos sonhos em realidade. Como diria o poeta, “o amanhã começa agora”, então,
mãos à obra! Que cada um faça a sua parte, ajudando-nos a
ajudar a quem precisa.
TUDO O QUE DEUS FAZ É BOM
H
Para Ler
e Refletir
avia um rei que era sempre aconselhado por seu ministro: “Tudo o que Deus
faz é bom”, ele dizia sempre ao rei.
Uma vez, por acaso, o rei cortou seu
dedo e, tendo ficado muito angustiado, perguntou ao seu ministro:
– Tenho cumprido com meus deveres
religiosos. Porque Deus fez esta injustiça comigo?
– Tudo o que Deus faz é bom, respondeu o ministro.
O rei ficou muito irritado com esta resposta e decidiu castigá-lo, prendendo-o na
cadeia.
Na manhã seguinte, o rei, que sempre
saía para caçar com seu ministro, decidiu ir
sozinho, mantendo-o preso. Porém, na floresta, ele foi capturado por índios canibais,
que queriam oferecê-lo em sacrifício.Ele foi
banhado e preparado para ir para o caldeirão.
Porém, no último momento, investigando seu corpo, os canibais viram que ele
estava incompleto, pois faltava um dedo.
Não podendo oferecê-lo assim, resolveram
soltá-lo.
Sentindo-se aliviado, o rei voltou ao seu
palácio e foi correndo soltar seu ministro, dizendo-lhe:
– Agora entendo o que você queria dizer com “Tudo o que Deus faz é bom”. Estava a ponto de ser morto e, quando viram
que me faltava um dedo, decidiram me soltar. Estou arrependido de ter cometido uma
injustiça com você, meu fiel conselheiro.
Perdoe a minha arrogância.
– Tudo o que Deus faz é bom, repetiu o
ministro. Eu sempre vou caçar com você na
floresta. Se o tivesse acompanhado, eu é que
teria sido oferecido em sacrifício em seu lugar, pois tenho todos os meus dedos.
EXPEDIENTE
O jornal O APRENDIZ é uma publicação bimestral do CEMA - Centro Espírita Maria Angélica
Rua Odilon Duarte Braga, nº 240 - Recreio dos Bandeirantes – Rio de Janeiro - CEP 22.790-220 - CNPJ - 35.799.030/00001-94
Telefone: (21) 2437-5947 - Este jornal foi impresso gratuitamente. Distribuição interna
3.000 exemplares - Jornalista responsável: Gustavo Poli - DRT/RJ: 9019198
4
PERSONALIDADE
ESPÍRITA DO MÊS
Vida em Família
P
ADOLESCÊNCIA E VIDA
ais, educadores
e a sociedade em
geral têm buscado,
incessantemente, soluções eficazes para
melhor compreender as ambigüidades
características da adolescência de hoje,
procurando “fórmulas” para melhor
orientar e educar o adulto de amanhã.
São diversas as dificuldades: desde
as rebeldias e irreverências naturais do
jovem, até os comportamentos delinqüentes e patológicos que chocam e
amedrontam toda a sociedade.
E todos perguntam em uníssono:
“O que fazer para colaborar na orientação e
formação do nosso jovem?” Os pais reiteram: “Como educar para liberdade, sem
incentivar a irresponsabilidade e o egoísmo?”
É claro que psicólogos, educadores e
cientistas já editaram um sem número
de obras literárias para elucidar o assunto. Entretanto, as dificuldades persistem e, por que não dizer, cada vez
mais se intensificam.
A chave da questão é que – embora não existam regras mágicas – à luz
do Evangelho de Jesus e dos conceitos
libertadores trazidos pela Doutrina Espírita, fica mais fácil compreender a situação e encontrar soluções simples,
mas consistentes para orientar nossos adolescentes.
Portanto, não há outra alternativa,
senão, educar com Jesus, levando às crianças, desde a primeira infância, os conceitos ensinados pelo Cristo. É a utilização
da “evangelhoterapia”, através de métodos
bastante simples, mas muitos eficazes se
utilizados continuamente, que compreendem o Culto do Evangelho no Lar semanalmente, as aulas de evangelização e,
principalmente, o diálogo e exemplos sistemáticos dos próprios pais, que são os
maiores responsáveis pela orientação daquele que, hoje, recebe como filho.
Segundo Hermínio C. Miranda, no
livro “Nossos filhos são espíritos”, é preciso equilíbrio e postura ativa: “Não há
porém, a menor dúvida de que,se temos
em relação aos filhos uma grande responsabilidade, cabe-nos uma cota de autoridade. Essa autoridade deve e precisa ser
exercida, com amor, mas também, com
firmeza: sem berros e pancadarias, mas
sem tibiezas. Há o momento do Não!,
tanto quanto do Sim!”
O assunto é tão amplo que não poderia ser esgotado neste artigo. Para os
pais que quiserem se aprofundar, indicamos os livros “SOS Família” e “Adolescência e Vida”, ditados por Joana de
Ângelis, sob a psicografia de Divaldo Pereira Franco.
ACONTECE NO
P
Dentes felizes, crianças felizes
revenir é melhor do que remediar,
diz o sábio ditado popular.
Para reduzir e evitar os problemas
de cáries das crianças que freqüentam a
Evangelização, o Cema vem desenvolvendo, desde abril de 2002, um programa de promoção de saúde bucal,
denominado “Dentes e Crianças Felizes”.
Este Projeto tem como objetivo
complementar o tratamento clínico
realizado no consultório dentário do
Cema de forma voluntária por alguns
profissionais da área, através de aplicações terapêuticas de flúor pelos odontólogos e também de escovações supervisionadas pelos professores, pais e
responsáveis das crianças.
As crianças são
motivadas através de atividades lúdicas, como a “oficina do ovo”,
que reproduz na casca do ovo a ação da
placa bacteriana no dente, além de murais com assuntos relacionados à saúde,
uma vez que elas serão os agentes
multiplicadores em suas famílias e comunidades.
Mais do que um projeto de conscientização sobre a importância da boa
escovação, o “Dentes e Crianças Felizes”
é um projeto de amor, porque pretende,
a médio prazo, substituir as dores de dente
pela saúde bucal, e permitir que as crianças cresçam exercitando seu potencial de
cidadania na busca de condições mais dignas de vida.
BEZERRA DE MENEZES
A
dolfo Bezerra de Menezes nas
ceu em 29 de agosto de 1831,
no Ceará.
Aos 20 anos foi para o Rio de
Janeiro estudar medicina. Dizia que
a função de médico era uma sublime
missão. Dedicou-se principalmente
aos mais carentes, dos quais nada cobrava, sendo chamado de “o médico dos pobres”. Foi médico militar,
carreira que deixou para entrar para a
política, tendo sido Vereador, Presidente da Câmara e Deputado Geral.
Em 1875, recebeu de presente
um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, identificando-se de imediato
com os ensinamentos ali contidos:
“Parece que eu era espírita inconsciente, de nascença”. Tal como
Kardec, logo que soou a hora de iniciar o trabalho em prol do Espiritismo, Dr. Bezerra não hesitou, dedicando sua vida a serviço do Amor.
Foi presidente da Federação Espírita
Brasileira em duas gestões, cargo que
ocupou até 11 de abril de 1900,
quando desencarnou, no Rio de Janeiro. Fortaleceu, de acordo com as
instruções que recebera da Espiritualidade Superior, a feição evangélica
do Espiritismo. Até hoje, segue trabalhando, atendendo aos apelos de
milhões de vozes que rogam o seu
socorro e que agradecem a esse benfeitor as dádivas de seu amor! Se no
Espiritismo planetário Kardec é, seu
maior expoente, para o Espiritismo
no Brasil Bezerra pode ser considerado o “Kardec brasileiro”!
ERRATA - No primeiro número de
O Aprendiz, na seção Expediente, o número de nosso telefone saiu errado.Anote
em sua agenda o número correto:
2437-5947
5
O Pentateuco
Vera Marsillac
V
ocê que chegou à nossa casa, trazendo tantas dúvidas,
questionamentos e necessidade de consolo, sinta-se mais
um membro desta grande família que é o CEMA.
Neste turbilhão de idéias, que afloram sempre que buscamos um novo caminho para as nossas vidas, lembramos a
importância de duas grandes ferramentas para alcançar o êxito
de nossos propósitos: ESTUDO e TRABALHO.
O iniciante espírita deve conhecer os cinco livros da
codificação: “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Livro do Médiuns”, “O Céu e
O Inferno” e “A Gênese”, que formam o Pentateuco.
Qual deve ser o primeiro curso?
O Livro dos Espíritos, obra basilar da Doutrina Espírita,
publicado em 18 de abril de 1857, fruto de
um árduo trabalho de codificação realizado por Allan Kardec, que recebeu a missão
de reunir os ensinamentos dos espíritos. A
obra de Kardec, portanto, constituiu em
distribuir e colocar as matérias em ordem,
escrever as notas de rodapé e dar forma a
algumas partes da redação.
Esta obra divide-se em quatro partes e
cada uma delas deu origem às outras obras que compõem o
Pentateuco, conforme quadro a seguir:
Livro dos Espíritos
a
Livro a que deu origem
1 parte
Das causas primárias
A Gênese
(1868)
2a parte
Do Mundo Espírita ou
Mundo dos Espíritos
O Livro dos Médiuns
( 1861)
3a parte:
Das Leis Morais
O Evangelho Segundo
O Espiritismo
( 1864-1865)
4a fase:
Das Esperanças e
Consolações
Céu e Inferno
(1865)
O Evangelho, terceira obra de Allan
Kardec, editado em abril de 1864, recebeu,
inicialmente, o nome de Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo. O título atual foi
inserido a partir da terceira edição, em 1865,
por orientação dos espíritos a Kardec.
O objetivo de O Evangelho é ser um
código moral universal, sem distinção de culto, ao alcance
Cartas e Sugestões
■ Como funciona o trabalho de prece para as pessoas
cujos nomes são colocados nas caixinhas de irradiação?
Todos os nomes das pessoas encarnadas ou
desencarnadas são levados para a irradiação, que é um trabalho de prece à distância, feita pela equipe de médiuns do
Cema, sob a orientação espiritual de Maria Angélica.
Este trabalho é realizado às segundas-feiras, nos horários de 9 e 17 horas. Neste momento, cada caso é examinado e a equipe espiritual visita as pessoas necessitadas. Por
6
de qualquer pessoa. O conteúdo da obra é a moral do Cristo à luz da doutrina espírita e se resume na análise profunda
do Sermão da Montanha, o mais lindo poema que a humanidade já ouviu.
O Livro dos Médiuns é o livro básico da
ciência espírita, trazendo um guia seguro aos
que se dedicam ao intercâmbio com os espíritos. A tese fundamental desta obra é a existência do perispírito ou corpo energético dos espíritos, elemento de ligação do espírito ao corpo material. Esta ligação, de tipo energético
ou vibratório, é o princípio da mediunidade.
No Livro O Céu e O Inferno, Kardec faz
um balanço da evolução moral e espiritual da
humanidade. O grave problema da continuidade da vida após a morte despede-se dos aparatos mitológicos para mostrar-se com a nudez da verdade à luz da razão esclarecida.
Nas palavras de Herculano Pires: “... O
Céu e O Inferno antecipou em mais de um
século as transformações que hoje se operam no seio de
várias igrejas. Se os teólogos, que pretendem ser “homens
mais do que homens,” como Descartes os classificou, pudessem ter a humildade suficiente para consultá-lo, encontrariam nestas páginas a solução dos seus mais angustiantes
problemas.”
A Gênese é mais um passo dado no terreno das conseqüências e das aplicações do Espiritismo. O livro trata da gênese, dos milagres
e das predições com as novas Leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas.
Após este conhecimento básico dos postulados da Doutrina Espírita, outros cursos são
recomendados, como as obras de André Luiz,
Léon Denis, Gabriel Delanne etc.
Porém, o estudo deve ser complementado pelo trabalho, para colocarmos em prática tudo o que aprendemos
nos livros.
Quem quiser se unir à equipe de trabalhadores voluntários da Casa deve se dirigir ao setor Paulo de Tarso, que
funciona todas as sextas–feiras, às 8.30h.
Seja feliz e lembre-se: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos”.
isso é importante que a pessoa que colocou o nome fique
neste horário em prece, sintonizada com o trabalho.
No caso dos encarnados, não se esqueça de colocar cada
nome em um papel separado, contendo também o endereço completo, bairro, cidade e país (se for no exterior). Para
o caso dos desencarnados, você pode colocar vários nomes
no mesmo papel.
É sempre bom lembrarmos que a prece é o nosso canal
direto de comunicação com a espiritualidade amiga, que sempre vem em nosso socorro. Bem diz o ditado: “Ora que
melhora”.
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O Aprendiz nº 2