INDICADORES Brasil Econom ico Ações da Embraer ON (em R$) 17,97 17,80 17,65 17,73 17,34 www.brasileconomico.com.br 21/11 22/11 25/11 26/11 27/11 Murillo Constantino PUBLISHER RAMIRO ALVES . CHEFE DE REDAÇÃO OCTÁVIO COSTA . EDITORA CHEFE SONIA SOARES . EDITORA CHEFE (SP) ADRIANA TEIXEIRA . QUINTA-FEIRA 28 DE NOVEMBRO DE 2013 . ANO 5 . Nº 1.068 . R$ 3,00 Odebrecht leva mais uma Nacho Doce/Reuters A Odebrecht Transport arrematou a concessão da BR-163 (Mato Grosso) em leilão realizado ontem, desbancando seis concorrentes ao apresentar proposta de deságio de 52,03% na tarifa teto estipulada pelo governo. O grupo Odebrecht tem arrematado as principais obras do país, incluindo quatro arenas esportivas, o aeroporto do Galeão no Rio e a linha 6 do metrô de São Paulo. P10e11 ITAQUERÃO A alegria da Odebrecht foi ofuscada pelo acidente que matou dois operários na Arena Corinthians, que sediará a abertura da Copa 2014. P10 CLIENTE & CIA Recall: ruim com eles, muito pior sem eles. P15 ALÉM DA TAÇA Moët & Chandon lança edições especiais. P18 AUTOMÓVEIS Brasileiro ainda prefere loja na hora da compra. P12e13 Decisão sobre correção da poupança só em 2014 O STF adiou para fevereiro do ano que vem a votação que determinará se haverá ou não correção referente a planos econômicos. P8 CVM reduz entraves para pequenas e médias Nova regulamentação flexibiliza regras para os aportes de fundos de investimentos. P20 Taxa de juros volta aos dois dígitos e fica em 10% Com a decisão de ontem do Comitê de Política Monetária do Banco Central, a Selic aumentou pela sexta vez consecutiva e voltou ao nível de março de 2012, quando estava em 10,5%. Ao manter o comunicado utilizado desde maio, o BC sinalizou que deverá fazer mais uma alta de 0,50 ponto percentual na próxima reunião em janeiro. P21e24 2 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 MOSAICO POLÍTICO SONIA FILGUEIRAS (interina) [email protected] PSB REFORÇA PALANQUES “ Final de ano melancólico: a reboque do governo, não votamos nada há três semanas. E não deveremos votar mais nada, fora o Orçamento” D epois de atrair Marina Silva e sua Rede, o PSB parte para a amarração dos palanques estaduais. No Distrito Federal, o senador Rodrigo Rollemberg será o candidato ao governo do partido e aliança será com o PDT. Segundo comentários, o deputado Antônio Reguffe, recordista de votos em 2010, deve concorrer à vaga única do Senado, hoje ocupada por Gim Argello (PTB-DF), suplente do ex-governador da capital Joaquim Roriz. O principal adversário do PSB será o PT, que hoje tem Agnelo Queiroz no governo do DF. Com Agnelo disputando a reeleição, a aliança PT-PMDB deve se repetir. Rollemberg tem amealhado prestígio no PSB. Foi em sua casa, em Brasília, a reunião com o deputado paulista Walter Feldman que costurou a estratégia do convite para Marina integrar o partido. Reguffe seria o preferido de Marina Silva. Moreira Mariz/Ag Senado Em São Paulo, um integrante da cúpula do partido diz que, do ponto de vista do PSB, a aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin está selada e sacramentada, independente das resistências manifestadas por Marina. A ex-senadora, segundo fontes próximas, preferiria uma candidatura própria à agregação com os tucanos. Integrantes da cúpula do partido também dão como confirmado o vice de Alckmin na chapa paulista: será mesmo o deputado federal Márcio França (PSB-SP), um dos principais patrocinadores da aliança. Está prevista a presença do governador paulista na reunião programática PSB-Rede, marcada para hoje em São Paulo. Seria uma estratégia para superar as resistências de Marina e evitar que a definição do palanque paulista se mantenha na esfera da negociação e não degenere em uma disputa maior, a ser decidida na base do voto. Deputado Julio Delgado (PSB-MG) Divulgação Ação da poupança: novos lances Chegou ao governo a informação de que, caso o STF decida a favor dos poupadores, os bancos considerariam a possibilidade de acionar a União na Justiça para tentar reaver os custos com a reposição, nas cadernetas de poupança, da correção monetária expurgada pelos planos econômicos. Os bancos argumentam que apenas cumpriram a lei. Uma fonte do Executivo que acompanha o assunto garante que o governo tem argumentos jurídicos para ganhar a briga, se acontecer. A Federação Brasileira dos Bancos informou que não comentaria o tema. Peter Foley/Bloomberg Câmbio não vai ser usado para combater inflação Só se for daqui para frente Nova corrida do ouro Eleição do PT no Maranhão Depois de retirar o apoio ao projeto que troca o indexador das dívidas dos estados e municípios com a União, o governo tem indicado que está disposto a rediscutir a substituição, desde que não seja retroativa. Só na dívida futura. Nos últimos três dias, 11 deputados que ocupavam secretarias nos governos estaduais reassumiram as vagas. Hoje acaba o prazo para apresentação de emendas ao Orçamento, e o parlamentar deve estar no exercício do mandato. A direção nacional do PT vai se reunir na próxima quarta-feira, em Brasília, para se posicionar sobre a eleição do diretório estadual do Maranhão. O atual presidente Raimundo Monteiro recebeu 241 votos no segundo turno. CARTAS Inconformado com o enxugamento da pauta pelo governo Na reunião fechada que teve com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), na última terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o câmbio não será usado para combater a inflação, ainda que, na história econômica brasileira recente, ele tenha sido considerado um instrumento eficaz. A declaração, segundo um participante, foi bem recebida. Cartas para a redação: Rua dos Inválidos, 198, 1º andar, CEP 20231-048, Lapa, Rio de Janeiro (RJ). E-mail: [email protected] As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, Brasil Econômico reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em www.brasileconomico.com.br Selic não é a culpada pela inadimplência Infraestrutura tem que ir dos planos para a ação Carro elétrico não resolve mas minimiza danos Não se constrói um país vendendo geladeira em 36 prestações. São necessários bons projetos, investimentos privados em infraestrutura com rentabilidade, aplicações financeiras que incentivem as pessoas a poupar. Quem defende o consumo desesperado e juro zero deve refletir sobre o momento econômico atual. Espero que grande parte destes projetos de infraestrutura aconteça, que saia do papel. Nosso país tem tudo para se destacar nesta área. Precisamos nos desenvolver com solidez. Quanto mais rápido estas concessões acontecerem, melhor para o Brasil. O governo já deu provas que não tem condições de tocar tudo isso sozinho. Na torcida pela chegada do carro elétrico. Precisamos cada vez mais deste tipo de transporte. O trânsito em nossas cidades só piora. A quantidade de veículos não deve cair, pelo contrário, a facilidade da compra só aumenta a frota nas ruas. Com o investimento em tecnologia verde, pelo menos a situação melhora por um lado. Luiz Carlos Braum Fabio Alves Mauro Ferreira Porto Alegre, RS São Paulo, SP Rio de Janeiro, RJ INDICADORES Ancorado na alta dos papéis de bancos e da mineradora Vale, o principal índice brasileiro encerrou em alta ontem, quando o STF decidiu deixar para o ano que vem o julgamento final sobre a correção da poupança. TAXAS DE CÂMBIO ▲ Dólar comercial (R$ / US$) COMPRA VENDA 2,3220 2,3240 ▲ Euro (R$ / E) 3,1298 3,1315 JUROS ■ Selic (ao ano) META BOLSAS ▲ Bovespa - São Paulo ▲ Dow Jones - Nova York ▲ FTSE 100 - Londres 9,5% VAR. % EFETIVA 9,4% ÍNDICES 0,81 51.861,00 0,18 16.102,09 0,20 6.649,47 Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 3 ▲ BRASIL Arquivo FUTEBOL O Brasil perde Nilton Santos O mais importante jogador brasileiro ainda em vida, depois de Pelé, morreu ontem. Nilton Santos, lateral-esquerdo do Botafogo do Rio por 16 anos, carinhosamente apelidado de “Enciclopédia do Futebol”, jogou as Copas do Mundo de 1950 e 54 e foi bicampeão mundial em 58 e 62. No Botafogo, ganhou 20 títulos e jogou 729 partidas. Ele sofria de Mal de Alzheimer desde 2008. Redação Editor: Paulo Henrique de Noronha [email protected] PSDB aproveita atraso dos governistas e aprova o PNE Em apenas dois minutos, texto do senador Álvaro Dias, que desagradou ao governo, foi aprovado sem a presença de qualquer parlamentar da base aliada. Agora, o Plano Nacional de Educação irá a plenário em duas semanas Geraldo Magela/Ag. Senado Edla Lula PRINCIPAIS PONTOS [email protected] Brasília Se fosse uma prova do Enem, o governo estaria eliminado: por causa de um atraso de apenas 2 minutos, a bancada governista teve que engolir a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), numa versão da qual ela discordava radicalmente. No Plenário da Comissão havia apenas 2 senadores, ambos do PSDB, além do presidente Cyro Miranda (PSDB-GO) e do relator, Álvaro Dias (PSDB-GO). Contando apenas com tucanos, a reunião teve início na hora marcada, às 14h30. Em apenas dois minutos, o relatório de Dias foi aprovado na íntegra — e, para completar, com pedido de urgência para votação no plenário. A manobra provocou a ira do líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), que chegou a anunciar que pediria a impugnação da votação. O líder do PT e da base governista, Wellington Dias (PT-PI), classificou a atitude como “no mínimo pouco republicana”. Álvaro Dias, autor das modificações, era só sorrisos. “O problema é que eles (os governistas) vivem atrasados”, brincou. Dias sustenta que a votação foi feita dentro das normas regimentais. “O que houve na CE foi a repetição de uma prática constante no Congresso. Havia número regimental de assinaturas no livro de presença. Como não havia necessidade do voto nominal, a comissão aprovou”, argumentou o senador, ao citar a reunião, no dia anterior, da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que aprovou, também sem parlamentares presentes, empréstimo de US$ 600 milhões para o Estado do Rio de Janeiro. Após intenso debate no plenário, os governistas acabaram concordando com a proposta conciliadora do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O projeto da PNE vai a plenário, mas sem urgência. A discussão do tema ficou marcada para o dia 11 de dezembro, tendo assegurado prazo para apresentação de emendas. A manobra de Dias e Miranda teve apoio da plateia, composta ■ Meta 4 — OtextodeÁlvaro Diasretomaaproposta enviadapelaCâmaraque mantémasescolaseclasses especiaisexclusivas.Com isso,instituiçõesquetratam depessoascomdeficiência, comoasApaes,ficam classificadascomo regularesenãoapenas complementares aoensinoregular. ■ Meta 5 — Consiste em alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 7 anos de idade ou o 2º ano do ensino fundamental. Setores educacionais defendem a educação aos 8 ou 9 anos, por defender a alfabetização plena, que inclui a capacidade interpretativa. ■ Meta 11 — O relator substitui aexpressão “ofertagratuita”por “ofertapública”quando tratadareserva de50% daexpansãodaeducação profissional técnica denível médio. Assim,restringe essa reservaa dinheiropúblico, oque podeexcluir, porexemplo, parcerias cominstituições privadas eo SistemaS. O senador Álvaro Dias ironizou a bancada governista: “O problema é que eles vivem atrasados” por membros do movimento nacional em defesa do “PNE pra Valer”. O movimento — composto por representantes do setor que, na Conferência Nacional de Educação de 2010, construíram o anteprojeto do PNE — defende o texto da forma como redigido pelo relator na CE, semelhante ao que saiu da Câmara e que, por orientação do governo, sofreu modificações nas Comissões de Justiça e de Assuntos Econômicos. Entre as alterações mais comemoradas está a meta 20, que amplia, no prazo de dez anos, a destinação dos recursos públicos para educação. O relatório de Álvaro Dias deixa claro que se trata de “investimento público em educação pública”, enquanto o governo propunha “investimento público em educação”, suprimindo a expressão pública. O líder do PT comenta que o termo é restritivo, mas destaca o fato de o relator ter preservado programas como Fies, Prouni e Pronatec O Pronatec, que financia a formação regular e profissional no ensino médio, é considerado um dos mais exitosos do governo e, por isso, e deve ser usado por ambas as partes na eleição de 2014. Após negociação, a base governista aceitou proposta de Renan e conseguiu que a votação em plenário perca o caráter de urgência. O projeto só será votado em 11 de dezembro ■ Meta 12 — Álvaro Dias manteve a proposta de expansão da matrícula específica para o setor público correspondente a 40% do total. O governo é contrário à restrição ao termo “setor público”. ■ Meta 20 – Mais uma vez, o nó está na expressão “público”. O relatório de Álvaro Dias fala em “investimento público em educação pública”, enquanto o governo defende o termo “investimento público em educação”. O relator também manteve metas intermediárias para o investimento em educação, o que contraria o governo. 4 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ BRASIL Jean-Pierre Pingoud/Bloomberg News No médio e longo prazos, o governo aposta que as concessões de rodovias, principalmente a BR-163, trarão melhorias na logística do setor, ao abrir novas rotas de escoamento Terminal graneleiro em Santos: porto é responsável por 59% dos embarques de soja do país e deve sofrer com excesso de caminhões Produtores tentam evitar novo caos na safra de soja Sem obras de infraestrutura, a melhoria da gestão dos embarques é considerada solução Mariana Mainenti [email protected] Brasília A três meses do início dos embarques da soja da próxima safra, o governo inicia uma gestão intensiva para que a logística de transporte dê vazão às necessidades de escoamento. Amanhã, os ministros da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, dos Transportes, César Borges, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, vão se reunir para discutir medidas para enfrentar os problemas provocados nas cidades pelo escoamento da safra de grãos. As medidas adotadas recentemente pelo governo somente surtirão efeito em médio e longo prazos. Por isso, os produtores também adotaram medidas por conta própria, como o aumento do prazo para as exportações, pa- ra minimizar o risco de problemas na operação em 2014. “Temos uma preocupação conjuntural, principalmente na relação porto-cidade. Vamos dar um primeiro passo na coordenação de esforços para que o processo possa ser feito da forma mais ágil possível”, informou o ministro Silveira, ao participar de seminário sobre logística na semana passada. O ministro reconheceu que não há tempo para a entrega de obras e disse que a preocupação agora é com a gestão. “Estamos planejando uma gestão intensiva para que haja a menor interferência possível do escoamento da safra na vida urbana”, disse Silveira. “Ainda temos uma grande concentração das exportações no Porto de Santos e as obras de expansão nos outros portos não foram concluídas a tempo do escoamento da próxima safra”, afirmou a ge- Como a safra do ano que vem deve ser novamente recorde, um grupo de trabalho interministerial está estudando medidas para melhorar o sistema de transporte de produtos agrícolas rente de Relações Institucionais da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Maria Amélia Zanini. Segundo dados da Associação, 59% dos embarques são realizados pelo Porto de Santos; 12% por Paranaguá; 10% por Manaus; 7% por Vitória; 5% por Santarém e 4% por São Francisco do Sul. “Para não repetirmos o caos que aconteceu no escoamento da safra passada, os produtores estão programando os contratos de exportação para entrega em um prazo maior. Normalmente, as entregas começam em fevereiro, e se intensificam em março, abril e maio. Mas, em 2014, elas estão sendo programadas também para junho e julho”, informou Maria Amélia. Para o diretor-técnico da Associação Nacional dos Usuários dos Transportes de Carga (Anut), Re- nato Voltaire, a conclusão de algumas obras no país vai reduzir os problemas de escoamento na próxima safra, mas não o suficiente para evitar congestionamentos. “Muitos problemas importantes já estão sendo equacionados mas ainda estão sendo feitos ajustes em Santos/Paranaguá. No momento, há um problema no fluxo de descarregamento de caminhões e carregamento de trens. Por isso, ainda deve haver engarrafamentos”, afirmou Voltaire. Segundo ele, no entanto, as perspectivas para o futuro são mais animadoras. “Principalmente, pela evolução das obras no eixo Norte, podemos ter uma visão otimista de que boa parte dos problemas de escoamento do país estarão equacionados em dois ou três anos”, previu. Como a safra do ano que vem deve ser novamente recorde, um grupo de trabalho formado pelos ministérios dos Transportes e Agricultura e Secretaria Especial de Portos está estudando medidas de curto, médio e longo prazos para melhorar a logística do escoamento da produção, visando a atenuar os congestionamentos de veículos que poderão ocorrer durante a movimentação da safra. No médio e longo prazos, o governo aposta que as concessões de rodovias, como a anunciada ontem, trarão melhorias significativas para o escoamento de grãos. “A concessão da BR-163, no Mato Grosso, faz parte do planejamento logístico de transportes como uma das principais vias de escoamento da produção das regiões Centro-Oeste, notadamente do Mato Grosso, e Norte do país. No dia 17 de dezembro, mais um trecho da BR-163, agora no Mato Grosso do Sul, será leiloado. Essas concessões demonstram a importância da BR-163 na logística. Os demais trechos previstos para os leilões de concessão também compõem a meta do governo federal para aumentar significativamente a malha rodoviária do país com mais de 7 mil quilômetros de estradas”, informou o Ministério dos Transportes. Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 5 Divulgação AGRICULTURA Emergência fitossanitária em GO e MG Depois da Bahia e de Mato Grosso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento declarou também Goiás e Minas Gerais em estado de emergência fitossanitária devido à lagarta Helicoverpa Armigera. O inseto causa prejuízo principalmente às lavouras de milho, soja e algodão. Com a medida, os locais poderão adotar ações emergenciais para o manejo integrado da lagarta. ABr Controle do desmatamento intensificado O Ministério de Meio Ambiente promete aumentar a fiscalização sobre o corte de madeira na Amazônia com novas tecnologias O governo vai intensificar as ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que teve um aumento de 28% este ano, informou a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira. Segundo ela, em 2014, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai usar imagens de satéli- tes que vão enxergar desmatamentos de até três hectares, o equivalente a três campos de futebol. Atualmente, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) detecta devastações acima de 25 hectares. A ministra também adiantou que o Inpe vai usar novas tecnolo- gias por radar que “enxergam por meio das nuvens e abaixo do dossel das árvores. Vamos pegar o desmatamento da exploração seletiva das árvores”, disse Izabella, durante a abertura da 112ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Atualmente, o monitoramento por ima- gens de satélite do desmatamento e da degradação da Floresta Amazônica é dificultado pela cobertura de nuvens e o corte seletivo de madeira é de difícil detecção. Para intensificar o trabalho de fiscalização, a ministra informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está estudando o uso de drones (aviões não tripulados) para acabar com o crime ambiental na Amazônia. Izabella ressaltou que vai ampliar o número de municípios na lista de desmatadores. “Vamos endurecer as restrições”, afirmou a ministra. ABr Empresários estão mais confiantes Alimentos sobem em São Paulo Importação reduz venda de máquinas Após cinco quedas seguidas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,2% em novembro em relação ao que foi registrado no final do mês anterior. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta quarta-feira, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,8%. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou pelo segundo mês, 0,6%. Reuters O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,52% na terceira quadrissemana de novembro, ante alta de 0,55% na segunda quadrissemana, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A alimentação teve alta de 1,17%, o maior impacto sobre o índice, embora tenha desacelerado ante a semana anterior. Reuters O faturamento bruto da indústria de máquinas e equipamentos do Brasil recuou 1,2% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 7,174 bilhões, puxado pela queda nas exportações e pela alta das importações, segundo a Abimaq, representante do setor. Ante setembro, houve alta de 1,4% no faturamento. Reuters CURTAS Divulgação 6 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ BRASIL Encomendas de ônibus caem 20% após protestos Fabricantes de veículos confirmam parada na renovação da frota de coletivos urbanos após redução das tarifas nas cidades do país. Perda de receita chega a R$ 800 milhões Alexandre Brum Daniel Pereira [email protected] A redução das tarifas do transporte urbano na maioria das grandes cidades do país fez cair as vendas dos fabricantes de ônibus em 20% a partir de setembro, o que comprova a queda da renovação da frota de coletivos urbanos pelas empresas de transporte. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus), José Antônio Fernandes Martins, o setor de carrocerias e chassis fatura R$ 12 bilhões ao ano e a perda de receita nos últimos três meses do ano deve ficar em torno de R$ 800 milhões. De acordo com o executivo, que também é diretor da Marcopolo, as vendas vinham crescendo em 2013, mas mudaram o rumo depois das manifestações populares. “O crescimento de 18% divulgado pela Anfavea (associação dos fabricantes de veículos) é real, mas foi até setembro. Agora estamos com um cenário completamente diferente. A produção de ônibus deve cair entre 15% e 20% neste último trimestre. Se não houver alguma ação, o nível de emprego pode estar comprometido”, disse. Martins contou que os impactos da redução das tarifas em junho só chegaram agora, porque ainda havia encomendas sendo entregues. As informações da prefeitura de cidades como o Rio de Janeiro confirmam o alarme de Martins. Segundo a Secretaria de Transportes carioca, a renovação da frota de coletivos urbanos era de 15% a 20% ao ano e, em 2013, caiu para apenas 4% e fez o órgão rever os planos de ter 100% dos ônibus com ar-condicionado até 2016. Atualmente, os fabricantes de ônibus empregam 30 mil funcionários diretos e o executivo alerta sobre o risco de diminuição de postos de trabalho. “As manifestações acertaram em cheio o segmento de ônibus urbanos. O setor de veículos rodoviários também parou em função das incertezas sobre a licitação dos serviços interestaduais e internacionais pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT)”, explicou o presidente da Fabus, defendendo que o governo respeite os contratos de concessão de transpor- No Rio de Janeiro, a renovação da frota de ônibus urbanos caiu de cerca de 20%, ao ano, para 4% em 2013, segundo a prefeitura te, mantendo a segurança jurídica para o investidor. Enquanto Martins reclama da queda nas vendas, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemora o melhor ano da história na produção de carros, com alta de de 3,5% a 4,5% em relação a 2012. Por trás dessa diferença, dizem especialistas, está uma política do governo federal que incentiva o transporte individual em detrimento do coletivo. Determinar uma fonte dos recursos para as gratuidades do transporte é crucial. Segundo a NTU, elas têm um peso de 20% nas tarifas de ônibus, já que são custeadas somente pelos usuários Sem recursos, aumento da qualidade é difícil A melhoria da qualidade dos transportes urbanos demanda mais recursos. E, para isso, segundo especialistas, não há como fugir das seguintes opções: aumento das tarifas ou subsídios e desoneração dos custos com isenção fiscal e ganhos operacionais (pistas exclusivas para ônibus). Sobre a primeira opção, acredita-se que o clima político é adverso após as manifestações de rua, apesar de, no caso do Rio, o prefeito Eduardo Paes já ter defendido o próximo reajuste em janeiro. Portanto, as demais medidas são necessidades urgentes. Para o urbanista Nazareno Stanislau Affonso, coordenador do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (MDT), o governo federal precisa desonerar totalmente o setor e fazer pressão para a aprovação imediata na Câmara do projeto de lei do Reitup (Regime Especial de Incentivos para o Transporte Urbano de Passageiros). O Reitup, que já foi aprovado no Senado e aguarda tramitação na Câmara desde agosto, elimina o que resta dos tributos federais e obriga os estados a retirar também o ICMS dos ônibus e insumos, como o diesel. “A estimativa do Senado é de que o Reitup possa desonerar as tarifas em 15% em média”, explica Nazareno. Outra recomendação dele é priorizar o espaço para o transporte público, executando, com as prefeituras, o plano emergencial de construir 4 mil quilômetros de corredores de ônibus nas grandes cidades do país. A compensação pelas gratuidades é outra questão crucial. Segundo o diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) Marcos Bicalho, o peso médio das gratuidades nas tarifas é de 20% e, em alguns lugares, como no Rio, esse percentual é ainda mais elevado. “Resolver essa questão é um dos principais desafios dos prefeitos. No Brasil inteiro, o que se vê é uma injustiça, porque o passageiro não sabe que é ele quem paga pelos estudantes, idosos e pessoas com necessidades especiais. Fica parecendo que isso vem dos governos”, afirma Bicalho. Estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) recomenda mais subsídios ao transporte público e compara o Brasil com países europeus, onde a ajuda governamental chega a 50% das tarifas, em média. Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 7 Divulgação AJUDA HUMANITÁRIA Moeda do Haiti produzida no Brasil A Casa da Moeda do Brasil entregou nesta semana 47,4 milhões de cédulas ao Haiti. As cédulas são de 20 gourdes (moeda do Haiti) e foram doadas pelo governo brasileiro. Essa doação faz parte da ajuda humanitária do Brasil ao país, após o terremoto de janeiro de 2010, que devastou o Haiti. A destruição atingiu vários bancos, informou a Casa da Moeda. ABr Leilão de gás tem poucas empresas e muitas dúvidas Limitações ambientais, regulatórias e de infraestrutura reduzem apetite pela 12ª Rodada de Licitações da ANP, que se inicia hoje Mladen Antonov/AFP Poço de gás não convencional nos EUA: tecnologia é arriscada, dizem órgãos ambientais brasileiros O leilão de áreas de exploração de gás não convencional, que começa hoje, esbarra em limitações ambientais, regulatórias e de infraestrutura que deverão enfraquecer o apetite de investidores. A 12ª Rodada de Licitações de áreas exploratórias da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será bem menos concorrida que as demais rodadas que ofertaram áreas terrestres, considerando o histórico de empresas candidatas aos leilões. Vinte e uma companhias se qualificaram para a disputa, mas apenas 12 entregaram garantias necessárias para fazer ofertas no leilão, informou a ANP. O total de empresas que se qualificaram equivale a apenas metade das companhias qualificadas para a 10ª rodada, licitação que também só ofertou áreas em terra. Entre as empresas habilitadas para a licitação desta semana estão Petrobras, Eneva, Shell e Total, além de companhias de menor porte. A 12ª Rodada, exclusiva para a oferta de áreas com gás, estreia a possibilidade de exploração de gás não convencional, contido dentro das rochas. De um lado, ambientalistas bombardeiam a ideia de permitir explosões no subsolo sem sequer haver no país regras que resguardem aquíferos e limitem os impactos dessas operações. De outro, investidores se preocupam com a viabilidade econômica do negócio, que demanda a perfuração de um número bem maior de poços em relação à exploração tradicional, além de técnicas de fraturamento que demandam equipamentos em falta ou ainda inexistentes no Brasil. Além de ofertar áreas que possibilitam um tipo de exploração ainda sem regulamentação no Brasil, o leilão esbarra em limitações de infraestrutura para escoar o gás, do ponto de produção até os mercados consumidores. “As condições no Brasil são bem diferentes das encontradas pelas empresas nos Estados Unidos”, afirma o diretor do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Flávio Ofugi, citando a vasta malha de gasodutos em território norte-americano, que torna economicamente viável a exploração de gás, ao contrário do que ocorre no Brasil. Além de ofertar áreas que possibilitam um tipo de exploração ainda sem regulamentação no Brasil, o leilão esbarra em limitações de infraestrutura para escoar o gás Vinte e uma empresas se qualificaram para a disputa, mas apenas 12 entregaram garantias necessárias para fazer ofertas. O total de qualificadas equivale a metade do registrado na 10ª rodada A 12ª Rodada também enfrenta avaliações negativas de órgãos ambientais a respeito do fraturamento hidráulico, uma técnica necessária à exploração de gás não convencional que prevê explosões no subsolo com a utilização de enormes volumes de água a altas pressões. O Brasil não possui estudos geológicos suficientes que permitam uma avaliação segura para a exploração de gás não convencional, conclui um parecer elaborado por membros do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão que administra as reservas ambientais brasileiras. “Os principais riscos dessa atividade são a contaminação de águas e lençóis freáticos e do solo e explosão pela liberação de gás metano”, afirma o biólogo André Nahur, coordenador interino de Mudanças Climáticas e Energia da ONG WWF-Brasil. Já o Greenpeace alerta para o uso de mais de 600 produtos químicos nas técnicas de exploração de gás não convencional, que podem resultar na contaminação de lençóis freáticos. “O ICMBio e o Ibama se posicionaram contra a exploração antes de maiores estudos, assim como países na Europa como Alemanha, Espanha, Irlanda, decretando uma moratória para antes de se entender o seu impacto. Outros proibiram, como na França e na Bulgária”, acrescenta Nahur. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a inclusão de um total de 240 blocos de áreas exploratórias de gás em terra na 12ª Rodada. O leilão apresenta alguns blocos que se sobrepõem a áreas prioritárias para conservação ambiental, com necessidade de adequações, segundo o parecer elaborado por técnicos de autoridades ambientais. O documento sugere adequação de áreas escolhidas para a licitação de bacias como Acre, Paraná, Parecis, Parnaíba e São Francisco. Em resposta ao parecer, a ANP publicou uma nota na qual informa que alerta aos potenciais concessionários quanto à proibição de atividades de exploração e produção de petróleo e gás no interior de unidades de conservação. Reuters 8 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ BRASIL STF adia votação dos planos Cerca de 390 mil ações aguardam decisão do Supremo sobre legalidade de correções na poupança Carlos Humberto/SCO/STF A votação sobre a constitucionalidade das medidas dos planos econômicos dos anos 80 e 90 — que, segundo o governo, pode causar um risco sistêmico na economia e reduzir drasticamente a oferta de crédito dos bancos privados, essencial para o crescimento econômico do país — foi adiada ontem, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para o início de 2014. Logo no início da abertura dos trabalhos, o plenário do Supremo decidiu que a sessão seria reservada apenas para a leitura de relatórios e sustentações orais. O voto dos ministros do STF sobre as ações de perdas no rendimento de cadernetas de poupança por causa de planos econômicos será proferido somente em fevereiro do ano que vem. O adiamento da conclusão do julgamento partiu de um pedido do ministro Marco Aurélio, que considerou inadequado iniciar a análise do processo a poucas sessões do começo do recesso no Judiciário. A proposta foi aceita pela maioria do plenário. “O que proponho é que não julguemos esses processos que estão pautados no dia de hoje. E que deixemos já agendado para o início do ano judiciário de 2014, com sessões contínuas, o julgamento desses cinco processos”, afirmou Marco Aurélio Mello. O julgamento vai definir se os bancos têm de pagar a diferença A proposta de Marco Aurélio Mello, de adiar a votação para 2014, foi aprovada por unanimidade das perdas no rendimento de cadernetas de poupança causadas pelos planos econômicos Cruzado (1986), Bresser (1998), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991). Ao todo, cerca de 390 mil processos estão parados em várias instâncias do Judiciário aguardando a decisão do Supremo. A principal ação em julgamento é a da Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif), que pede confirmação da constitucionalidade dos planos econômicos. Os ministros do Supremo O Banco Central estima em R$ 149 bi as perdas para o sistema bancário, além de redução de até R$ 1 trilhão na oferta de crédito bancário. Já o Idec diz que o total não passa de R$ 9 bi também vão analisar conjuntamente ações dos bancos do Brasil, Itaú e Santander. Na mesma ação, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pede que os bancos paguem aos poupadores os prejuízos financeiros causados pelos índices de correção dos planos inflacionários. Segundo o procurador do Banco Central, Isaac Sidney Menezes Ferreira, o sistema bancário pode ter prejuízo estimado em R$ 149 bilhões se o Supremo decidir que os bancos devem pagar a diferen- ça. De acordo com o procurador, o governo federal prevê retração de crédito nos bancos públicos e privados, com a redução de crédito no sistema financeiro. O Idec discorda da estimativa de perdas feitas pelo Banco Central. Para o instituto, o montante a ser pago pelos bancos aos poupadores é R$ 8,465 bilhões. Uma curiosidade no julgamento de ontem foi a presença do exmionistro do SUpremo Eros Grau, que, três anos após deixar o cargo no STF, onde atuou de 2004 a 2010, volta a atuar na Corte. O agora advogado está defendendo o Banco do Brasil (BB) nos processos sobre as perdas da poupança, e enfrentará um ex-colega com mais tempo de casa: em favor da Associação de Proteção dos Direitos do Consumidor (APDC) está Ilm a r Na s c i m e n to G a l vã o (1991-2003). Eros Grau foi registrado como representante “com reservas” do BB ontem. Procurados, nem o jurista nem representantes do BB comentaram a informação e a razão das reservas. O BB seria o responsável pela segunda maior fatia — atrás apenas da Caixa Econômica Federal (CEF) — dos cerca de R$ 150 bilhões estimados pelo governo em indenizações que os bancos terão que pagar aos milhares de poupadores com açõs na Justiça. ABr e iG CURTA LOG-IN - LOGÍSTICA INTERMODAL S.A. COMPANHIA ABERTA CNPJ Nº 42.278.291/0001-24 - NIRE Nº 3.330.026.074-9 FATO RELEVANTE Log-In aliena participação societária na Lajes Logística S.A. e celebra acordo operacional de longo prazo para utilização do Terminal Portuário das Lajes Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2013 - A Log-In Logística Intermodal S/A (“Log-In” - BM&FBovespa: !"#$!$ #$%'")"#$*+,! !.$ 01! 2 3 456 0 7 $8,! 9!'")$ !5$5 01;2 <=> ) ?5 $ @" C ; @" D E= 0 ' # ; 01'#2 3 G.$G H 3 C5 A transação 0 @" 8 # !.$ 0 D '# J ; D ! 4==K 3 3 3 G.$G 3 3 7 D # " G 3 3 4N= ',O 01'#2P 0 $H E 4=E @" ; %Q EK ? 0 ? P 0 ; 3 '# 6 4=EE C 3 3 3 '# $7 ' $ 01$'$R2 P 0 $ 3 '# @ 3 %3 ) T E45UN<.$G V ! 'C W 01!'W2 ; C C 1, X2 Y 3 '#P 0 $ @" ! %Q N= ? 0 ? CZ 3 D 3 ; %Q 4N ? 0 7 ? ? E= 0 pro rata die 3 9 # G 0"#G 3 ; @" E= 0 5 0 $ 3 3 ; 3 )? $ [ ,Z \ )$[, 3 3 Z5 Posicionamento Estratégico da operação para a Log-In “A Log-In entende que a efetivação da alienação de sua participação societária para a SIPASA possibilitará a aceleração das etapas faltantes para construção do TPL. A Log-In deu sua parcela de contribuição nas etapas iniciais de concepção desta opção logística essencial ao Pólo Industrial de Manaus/AM. O acordo operacional com a Lajes, quando implantado o TPL, aumentará a competitividade, com o crescimento dos ! " # econômica.”, ] 8 [ # @"5 Vital Jorge Lopes [ # % " Assinatura eletrônica em PLs MARINHA DO BRASIL CENTRO DE OBTENÇÃO DA MARINHA NO RIO DE JANEIRO (COMRJ) AVISO DO PREGÃO ELETRÔNICO N° 93/2013 OBJETO: AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS EDITAL: Disponível das 09:00hs às 11:00hs e das 14:00hs às 16:00hs, nos dias úteis, no COMRJ. a) Recebimento das propostas de preços até às 10:00 horas do dia 06/12/2013, exclusivamente por meio eletrônico, conforme formulário disponibilizado no endereço www.comprasnet.gov.br. b) Sessão pública na Internet para recebimento dos lances: aberta às 10:00 horas do dia 06/12/2013, no mesmo endereço www.comprasnet.gov.br. End. Av. Brasil 10.500/Olaria/ Rio de Janeiro, RJ - Tel. (21) 2101-0845 ou Fax (21) 2101-0815 Acesso ao Edital no site-www.comrj.mar.mil.br A coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular, como por exemplo o que resultou na Lei da Ficha Limpa, poderá ser feita por meio eletrônico e não mais só em papel, como prevê a legislação atual. O projeto (PLS 129/2010) que abre essa possibilidade foi aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em decisão terminativa. Se não houver nenhum recurso para análise no plenário, a proposta segue direto para a Câmara dos Deputados. Atualmente, para propor um projeto ao Congresso, entidades da sociedade precisam recolher assinaturas de mais de 1,3 milhão de assinaturas. ABr Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 9 Divulgação JULGAMENTO Mensalão mineiro em ano de eleição O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, estimou que o processo do chamado mensalão mineiro será julgado em breve. Para o ministro aposentado, o fato de 2014 ser um ano eleitoral não vai afetar a apreciação das denúncias pelo STF. O ministro Gilmar Mendes também admitiu que o julgamento do caso pode ocorrer no próximo ano. ABr Cartilha de prevenção a vírus auxilia internautas Comitê Gestor da Internet no Brasil montou um passo a passo de segurança na web DISPOSITIVOS MÓVEIS ■ Assim como os computadores, os dispositivos móveis, como tablets, smartphones e celulares, estão suscetíveis a fazer parte de softwares maliciosos e, assim, serem usados para disparar ataques na internet e para a prática de furto de dados, envio de spam e a propagação de códigos indevidos. Gabo Morales/FolhaPress ■ As mesmas proteções pensadas para os computadores convencionais devem ser consideradas para os dispositivos móveis. O usuário deve mantê-los sempre atualizados e com mecanismos de segurança instalados. Aline Salgado [email protected] Na batalha contra os vírus digitais e hackers, o Brasil é o segundo país mais vulnerável no mundo. De acordo com ranking de empresas especializadas em segurança na internet, perdemos só para a China. E, segundo analistas em Tecnologia da Informação, a falta de esclarecimento sobre os riscos e meios de prevenção na navegação na web é o principal inimigo dos usuários brasileiros. Para virar esse jogo, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT. br), braço do Comitê Gestor da Internet no Brasil, criou um passo a passo ilustrado na web com dicas de como se prevenir de ataques virtuais e golpes. Através do portal http://cartilha.cert.br/, é possível ter acesso às dicas que o Centro de Estudo montou, apresentando 14 pontos básicos para uma navegação segura. Lá, o usuário conhece os vírus mais comuns e como eles invadem o computador de forma quase imperceptível; a melhor forma de manter a máquina segura; os cuidados ao usar computadores de terceiros; como acessar a Internet Banking sem ser vítima de golpes; os principais mecanismos para deixar celulares e tablets longes de vírus; dicas para preservar a privacidade, inclusive nas redes sociais e para se proteger de extorsões aplicadas na internet; como armazenar senhas de forma segura, dentro e fora do computador; e, por fim, orientações de como fazer compras pela internet. Para quem pensa que a segurança na rede mundial de computadores passa, necessariamente, por altos gastos com antivírus, a cartilha traz uma lista com exemplos de soluções anti-malware (proteção contra infiltrações em sistemas) gratuitas. O documento sugere sites que apresentam comparativos entre os programas de diferentes fabricantes, que podem guiar o usuário na escolha da solução que melhor irá atendê-lo. “É importante observar que não há relaçãoentre ocusto e a eficiência de um programa antivírus, pois há versões gratuitas que apresentam maisfuncionalidadesqueversõespagas de outros fabricantes”, enfatiza a analista de segurança do Cert.br, Miriam von Zuben. Ela lembra ain- ■ Antes de adquirir o dispositivo móvel, o consumidor deve considerar os mecanismos de segurança disponibilizadas por diferentes fabricantes e escolher o que considerar mais seguro. ■ Caso opte por um modelo já usado, deve restaurar as configurações originais, ou de fábrica, antes de começar a usá-lo. ■ O ideal é não adquirir um dispositivo móvel que tenha sido ilegalmente desbloqueado ou cujas permissões de acesso tenham sido alteradas. Essa prática, além de ser ilegal, pode violar os termos de garantia e comprometer a segurança e o funcionamento do aparelho. Assim como os computadores de mesa ou portáteis, os dispositivos móveis estão suscetíveis a vírus Divulgação “ Os vetores de ataque mais comuns são, sem dúvida, a pirataria. Os jogos piratas ou baixados de sites são fantásticos para os hackers. Mal sabem que no pacote está escondido um vírus” Marco de Mello ■ Antes de usar o aparelho, é conveniente instalar um programa anti-malware antes de qualquer tipo de aplicativo, principalmente aquelas desenvolvidas por terceiros; ■ O usuário deve manter o sistema operacional e as aplicações instaladas sempre com a versão mais recente e com todas as atualizações. ■ É preciso cuidado ao instalar aplicativos desenvolvidos por terceiros, como complementos, extensões e plug-ins. O ideal são programas de fontes confiáveis e que sejam bem avaliadas pelos usuários. Presidente do Grupo Xangô da que manter o computador com softwaresatualizados eser cuidadosonanavegaçãonainternetsãohábitosbásicosecomplementaresàescolha de um bom antivírus. Presidente do Grupo Xangô, da área de segurança da informação e armazenamento em nuvem, Marco de Mello destaca que, em média, são criados no Brasil de 15 a 20 mil variações de vírus. “Os vetores de ataque mais comuns são, sem dúvida, a pirataria. Os jogos piratas ou baixados de sites são fantásticos para os hackers. Mal sabem os usuários que no pacote que veio o conteúdo, está escondido um vírus”, diz o especialista, que destaca ainda a pornografia na internet e os e-mails ou posts com animações que percorrem pelas mídias sociais como meios comuns de infecção. Marco de Mello averte que é comum o usuário identificar tarde demais que a máquina foi violada. “Geralmente, só se percebe o vírus quando ele causa transtornos, como golpes financeiros ou documentos que somem. A menos que se tenha um bom antivírus, que neutraliza a ação antes”. ■ Outra dica é verificar os comentários de outros usuários e se as permissões necessárias para a execução são coerentes com a destinação do aplicativo. ■ Aplicativos de redes sociais requerem cuidado, principalmente os baseados em geolocalização, pois podem comprometer a privacidade do usuário do computador. 10 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Divulgação ▲ BRASIL RODOVIAS TCU aprova concessão da BR-040 O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, sem ressalvas, os estudos para a concessão à iniciativa privada da BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora (MG). Com isso, o governo poderá publicar o edital para a licitação do trecho de 940 quilômetros. A previsão do governo é que a rodovia seja concedida à inciativa privada no dia 27 de dezembro. ABr Odebrecht vence leilão da BR-163 com desagío de 52% Empresa, que já havia ganhado o leilão do Aeroporto do Galeão (RJ) na sexta-feira, derrotou seis concorrentes Murillo Constantino Patrycia Monteiro Rizzotto [email protected] São Paulo A Odebrecht Transport foi a vencedora do leilão da concessão da BR-163 realizado ontem pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A proposta da empresa apresentou tarifa de pedágio de R$ 0,02638 por quilômetro, o que representa um deságio de 52,03% em relação ao teto de R$ 0,055/quilômetro estabelecido pelo governo, desbancando seis concorrentes. O trecho leiloado tem 850 quilômetros de extensão e é situado no estado do Mato Grosso, interligando os municípios de Sinop e Itiquira (divisa com o Mato Grosso do Sul). O contrato de concessão de 30 anos prevê a recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação da capacidade da BR-163. No total, estão previstos R$ 3,6 bilhões em investimentos. Pela regras do edital, a cobrança de pedágio só pode ser iniciada após a conclusão de 10% das obras de duplicação previstas. “Dedicamos um ano e meio de estudo à BR-163 e analisamos a logística da rodovia. Por ela é realizado o escoamento de grãos do Mato Grosso, região cuja economia cresce acima das médias do PIB brasileiro. Talvez nossos concorrentes tenham despertado um pouco tarde para esses diferenciais”, afirmou Renato Mello, diretor da Odebrecht Transport. Segundo ele, mesmo depois de abocanhar a BR-163 e o aeroporto Galeão em leilão realizado na última sextafeira, sua empresa ainda mantém interesse em outras concessões. “Estamos de olho em todos os projetos com bom potencial de negócios”, ressaltou. Na opinião do ministro César Borges o leilão da BR-163 atingiu os objetivos iniciais: atrair o investimentos e melhorar a infraestrutura rodoviária do país, com uma tarifa modesta para os usuários. Ele informou que até o fim do ano outros três leilões de rodovias devem ser realizados. O próximo está marcado para o dia 4 de dezembro, no qual serão licitados trechos das BRs 060, 153 e 262. No dia 17, está programado a licitação da BR-163 no trecho localizado no Mato Grosso do Sul. Representantes da Odebrecht Transport e o ministro dos Transportes Cesar Borges batem martelo para celebrar resultado da licitação Após acidente, obras do ‘Itaquerão’ podem ser embargadas Marcelo Camargo/ABr Ministério Público de São Paulo aguarda laudo da Polícia Científica para paralisar canteiro de obra Acidente poderá atrasar estádio, que já está 94% concluído No mesmo dia em que a Odebrecht arrematava a segunda concessão em menos de uma semana (na sexta-feira ganhou o leilão do aeroporto do Galeão, no Rio), uma importante obra sob sua responsabilidade, a Arena Corinthians — o “Itaquerão”, estádio que sediará o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 — sofreu um sério acidente que poderá até mesmo levar à interrupção da construção. A queda de uma grua, que levantava parte da cobertura do estádio, caiu, causando a morte de dois operários de empresas que trabalhavam no projeto. O Ministério Público de São Paulo informou que irá aguardar laudo da Polícia Científica para de- cidir se pedirá a suspensão das obras do estádio, que fica em Itaquera, na Zona Leste da capital paulsitana. Após o acidente, a Odebrecht Infraestrutura, empreiteira responsável pela obra, e o Sport Club Corinthians Paulista divulgaram nota conjunta, onde afirmam que “pouco antes das 13 horas o guindaste, que içava o último módulo da estrutura da cobertura metálica do estádio, tombou provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste – atingindo parcialmente a fachada em LED”. A nota assegura que “a estrutura da arquibancada não foi comprometida”. De acordo com a Fifa, o estádio do Corinthians já estava com 94% das obras concluídas e deveria estar pronto dentro do prazo estabelecido, até o final de dezembro. Com o acidente, a obra pode ter seu cronograma prejudicado. Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 11 ▲ EMPRESAS Editora: Flavia Galembeck [email protected] CONSTRUÇÃO Lafarge terá centro de pesquisa no Rio A fabricante francesa de materiais de construção Lafarge investirá R$ 4 milhões na montagem de sua unidade de pesquisa de materiais, na zona norte do Rio. Os recursos se somam aos quase R$ 70 milhões que a companhia já está investindo para a construção de uma fábrica no Distrito Industrial da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), em Santa Cruz, na Grande Rio, que será inaugurada em 2014. Tentáculos baianos na condução de obras bilionárias Com as maiores concessões de infraestrutura do Brasil, Odebrecht atua em 26 países e soma 175 mil funcionários Rodrigo Carro [email protected] Fundada como uma pequena construtora em 1944, na Bahia, a Odebrecht se transformou ao longo de quase sete décadas numa multinacional brasileira com negócios em 26 países e receita bruta de R$ 84,4 bilhões em 2012. Embora tenha diversificado seus negócios nesse período, com atuação em 15 áreas distintas, o segmento de engenharia e construção ainda é o segundo mais importante em termos de faturamento — respondeu por 34,6% da receita bruta no ano passado. Entre as principais obras recentes da Odebrecht Infraestrutura no Brasil estão quatro estádios que serão usados durante a Copa do Mundo de 2014; as instalações da Embraport, maior terminal privado multiuso do país, em Santos; e o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe (BA). No setor de energia, o portfólio de construções soma 78 usinas hidrelétricas, 17 térmicas, duas nucleares, barragens para diversos fins, além de cerca de 5,7 mil quilômetros de linhas de transmissão. No total, são mais de 59 mil megawatts em obras, no Brasil e no exterior. A joia da coroa do grupo é a Braskem, maior companhia petroquímica da América do Sul. Isoladamente, a empresa — que tem unidades nos Estados Unidos e na Europa — foi responsável por 49,9% da receita bruta da organização em 2012. No terceiro trimestre deste ano, a Braskem registrou lucro de R$ 394 milhões, contra um prejuízo de R$ 128 milhões nos três meses anteriores. E as perspectivas para o próximo ano são positivas, na avaliação da analista Carolina Flesch, da gestora de recursos BB Investimentos. “A Braskem deve se beneficiar no próximo ano da provável recuperação da atividade industrial brasileira”, diz Carolina. Um dos investimentos mais ambiciosos da Braskem é a planta petroquímica que está em construção no México. Orçada em US$ 4,5 bilhões, a fábrica tem entrada em operação prevista para o primeiro semestre de 2015. Serão produzidos um milhão de toneladas por ano de polietileno e igual quantidade de etileno. “É uma unidade estratégica para a companhia”, afirma a analista da BB Investimentos. As recentes vitórias nos leilões do Galeão — em parceria com a “ Quando a Odebrecht iniciou sua estratégia de diversificação de negócios, essa era uma forma de adquirir mercados. Atualmente, a questão é crescer para sobreviver, para não ser comprado” Fábio Lotti Oliveira Professor associado da USP Changi Airports International (Cingapura) — e da BR-163 deixam claro o apetite do grupo por concessões públicas no setor de infraestrutura. Entre 2011 e 2012, a Odebrecht Transport ampliou sua participação nas receitas do grupo de 1,6% para 1,8%. No caso do Galeão, o consórcio vencedor assume a responsabilidade pelo aeroporto em agosto de 2014, depois da Copa do Mundo. Os principais investimentos serão feitos até 2016. Entre as melhorias previstas estão 74 pontes de embarque adicionais e mais 101 balcões. A área total de pátio para aeronaves será duplicada para 1,5 milhão de metros quadrados. A expansão internacional teve início na década de 70 e se acelerou nas décadas seguintes. Em 2012, as operações no Brasil respondiam por 56,6% da receita bruta da Odebrecht, enquanto os 43,4% restantes estavam divididos entre América Latina e Caribe , América do Norte, Europa, Ásia e Oriente Médio e África. Ao todo, o quadro de funcionários da empresa somava 175.031 integrantes, de 32 nacionalidades distintas, em 2012. “Somos o segundo maior empregador em Angola, depois do governo. Temos 22 mil integrantes no país, sendo que 20 mil são angolanos”, disse Roberto Simões, vice-presidente executivo da Odebrecht Óleo e Gás, em debate realizado no último dia 6 dezembro, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), do Rio. “Quando a Odebrecht iniciou sua estratégia de diversificação de negócios, nos anos 70, essa era uma forma de adquirir mercados e e aproveitar oportunidades de expansão. Hoje, a questão é crescer para sobreviver, para não ser comprado”, explica Fábio Lotti Oliveira, professor associado da Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Universidade de São Paulo (USP). Mesmo com uma participação relativamente pequena dos EUA e da Europa no seu faturamento, a Odebrecht pode — na opinião de Oliveira — aumentar suas atividades em mercados maduros. “São mercados que vêm atraindo as empresas brasileiras, apesar das margens de lucro menores”, conclui. 12 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ EMPRESAS Carro na internet só para marketing Brasileiros ainda preferem a tradição na hora de comprar automóveis, visitando as concessionárias, embora pesquisem na rede e cheguem às lojas já sabendo de tudo Daniel Carmona [email protected] São Paulo Há um ano e meio, Luiz Augusto Federico, proprietário da concessionária de veículos seminovos e usados Vip Motors, na Zona Sul de São Paulo, encontrou em Leila Ramos o perfil que buscava. Com uma ferramenta para postagem dos carros nos mais diferentes sites de anúncio, era preciso ter um(a) profissional que, além da curiosidade pelas quatro rodas e uma certa experiência em vendas, soubesse avaliar o comportamento desses dois elementos no mundo online. Diferentemente do modelo tradicional, que é pautado na comissão e na relação direta com o cliente em busca de um desfecho das negociações, Leila faz parte de uma nova geração de vendedores. Nada de cafezinho, balões para ascriançasou aperto de mão. A relação de Leila com os clientes é desenvolvida virtualmente. “É uma profissional que traz gente para a loja ao fotografar e anunciar os carros, fazer o primeiro contato com os clientes e abrir as portas para os negócios”, diz Augusto. “Me sinto prestigiada porque é com o meu trabalho que a loja aparece para o Brasil. Há muitas concessionárias buscando gente com esse perfil”, completa Leila. Ainda que a venda de veículos através do mouse (ou por meio de toques na tela) seja oficial- NÚMEROS 3, 7 mi Veículos devem ser emplacados no Brasil neste ano, segundo a Fenabrave. 20,6% É a projeção de crescimento do comércio eletrônico de veículos em 2013, segundo a consultoria E-Consulting. O segmento, no entanto, cresce menos que o turismo (31%) e o varejo (26%). mente inexistente, é através do computador que muitas concessionárias fazem seus negócios prosperarem. “Eu diria que 30% dos clientes que entram na loja hoje já tiveram contato conosco através da internet. Sãoclientesmais determinados em busca do veículo”. Entre diversos sites que hoje alavancam a publicidade dos seminovos, como Webmotors, iCarros, Mercado Livre, Zap Carros e Carsale, Francisco Quintas Junior, o Kiko, encontrou uma excelente oportunidade. Depoisde13anosnoWebmotors, o ex-avaliador de veículos apostou em uma ferramenta de publicação de ofertas para superar a pulverização do mercado. “Antigamente eram poucos sites, mas isso ampliou consideravelmente nos últimos anos. Apostamos em um site em que o concessionário cataloga seuveículo eescolhe em quais plataformas ele quer disponibilizar a oferta, de acordo com o produto e o público que ele quer alcançar”, diz Kiko, que gerencia o DS Auto Estoque. Mas o número de produtos que já entraram e saíram de seu sistema,assim como a quantidade de lojistas que utilizam o dispositivo, são mantidas em total sigilo. “Só posso dizer que estamos indo bem”. Ao contrário dos Estados Unidos,quejá contacominiciativasclaras de e-commerce de veículos, no Brasil essa questão ainda é vista sob certa desconfiança. Do poder da internet ninguém duvida, assim como seu potencial para engajar consumidores na escolha de um novo modelo. Mas daí a efetivamente comprar vai uma distância grande. “Isso é algo que não existe. Nunca vai acontecer. Para carros, a internet é um sistema de divulgação como era o jornal antigamente. Isso cresceu de uns cinco anos para cá. Mas o processo de compra de um carro é algo prazeroso, que envolve a família, sonhos e desejos. É precisoprovar antes de comprar”, destaca Flávio Meneghetti, presidente executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O próprio Augusto também compartilha desta visão. “Ela trouxe uma evolução e quebrou paradigmas na relação com o cliente. Mas daí a apostar que a internet vai substituir os vendedores “ Apostamos em um site em que o concessionário cataloga seu veículo e escolhe em quais plataformas ele quer disponibilizar a oferta, de acordo com o produto e o público que ele quer alcançar” Francisco Quintas Junior Proprietário do DS Auto Estoque “ Acho muito complicado, especialmente para seminovos e usados no qual é importantíssima a avaliação do cliente sobre o estado do carro. Já no caso dos zero quilômetros, a venda pela internet é possível” Ilídio Gonçalves Presidente da Fenauto vaiuma distância grande”,diz.E Kiko completa: “Ninguém entrega o carro em casa. Mesmo se você comprar um veículo na internet, vai ter que retirá-lo na concessionária. É por isso também que é difícilter números claros desse movimento”. Ilídio Gonçalves, que preside a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto),é quemtenta fazer um contraponto. “Acho muito complicado, especialmente para seminovos e usados no qual é importantíssima a avaliação do cliente sobre o estado do produto que ele deseja adquirir. Mas no caso dos zero quilômetros, é possível sim vender em larga escala pela internettendoem vistaquesãoprodutos idênticos e em perfeito estado”. É nessa linha que algumas montadoras americanas tentam largar na frente e entender como costurar ummodelo sem desagradar os lojistas. Em 2009, a General Motors realizou um programa experimental junto aos concessionários da Califórnia e o site de leilões online eBay em que erapossívelao usuárionegociar os valores dos carros disponíveis nos estoques dos revendedores. Mas a não continuidade do projeto, que deveria ter sido expandido a todo país se vingasse, dá uma ideia dos desafios que ainda estão em aberto. Em 2012, a mesma fabricante apostou no projeto ClickShop-Drive, que permite aos seus clientes procurar a melhor proposta por meio de uma ferramenta na internet junto a 100 lojistas. Mas, desde então, apenas cinco transações foram feitas integralmente no ambiente online. Ainda assim, em declaração dada no início do mês a um grupo de analistas do mercado, Dan Akerson, CEO da GM, reforçou que a empresa segue em sua busca para que “as pessoas comecem a comprar carros pela internet”. Umdospoucosexemplosevidentes de sucesso é o da montadora de carros elétricos premium Tesla, que alavancou um crescimento de 33.000% na Califórnia, do ano passado até agora, depois de permitir a comercialização online de todos os seus modelos. De algumas poucas dezenasdeunidadesvendidas,oveículoSacumulaquase5milemplacamentos em 2013. Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 13 Mario Proenca/Bloomberg AVIAÇÃO Azul e TAP assinam acordo para bilhetes A Azul Linhas Aéreas e a TAP assinaram acordo que permite à portuguesa a emissão de bilhetes para os destinos oferecidos pela brasileira. Segundo uma fonte, a parceria pode ter sido alinhavada pelo operador do aeroporto de Viracopos, hub da Azul, para aumento do fluxo de passageiros. A aquisição da TAP pela Azul voltou a ser assunto há seis meses, mas o acordo não significa a concretização do negócio. Marco Alves/Divulgação Há um ano, Luiz Augusto Federico contratou uma profissional dedicada integralmente à internet “ Isso é algo que não existe. Nunca vai acontecer. Para carros, a internet é um sistema de divulgação. O processo de compra é algo prazeroso. É preciso provar antes de comprar” Flávio Meneghetti Presidente da Fenabrave Baixa adoção de tecnologias pelas concessionárias é o principal entrave para venda online Quem tentou abrir caminho de modo mais intenso na internet no Brasil foi o empreendedor Eduardo Medeiros, que em 2010 colocou no ar a startup “EuDecido. com”. A proposta era reunir pessoas que quisessem comprar o mesmo carro, o que teoricamente aumentaria o poder de barganha na negociação com as concessionárias até o desfecho do processo de compra e venda. O modelo prosperou durante quase dois anos, mas o início da fase de IPI reduzido anunciada pelo governo exterminou a necessidade dos lojistas em apostarem em iniciativas alternativas de venda. “Ao invés de melhorar as vendas do site obtivemos uma piora, “ A prosperidade depende do amadurecimento do mercado brasileiro (e dos concessionários) em relação à venda de carros pela internet. A maioria das concessionárias nem sistema interno possui” Eduardo Medeiros Empreendedor pois não recebíamos boas ofertas”, recorda ele, que ainda reflete sobre os entraves do mercado nacional: “A prosperidade do modelo depende muito mais do amadurecimento do mercado brasileiro (e dos concessionários) em relação à venda de carros pela internet. A maioria das concessionárias nem sistema interno possui. São traços de uma geração antitecnologia, algo muito diferente do mercado americano onde hoje há um numero alto de indicativos de venda que nascem através da internet. Podemos contar nos dedos quantas concessionárias fazem um bom trabalho na internet”. Apesar do feedback negativo, o empreendedor considera que o Brasil atravessa um momento transitório que pode vir a concretizar uma mudança mais profunda nos próximos anos. “Os concessionários estão ainda aprendendo a vender carro, pois a sua grande margem era a comissão do financiamento (o famoso rebate), antes na casa dos 7% e que agora está abaixo de 1%. E outro grande aprendizado que vão ter que ter é aprender a vender os carros usados, já que depois da redução do IPI mais de 300 lojas no Brasil faliram devido ao tamanho de seu estoque de seminovos”, finaliza Medeiros, que hoje vive no México onde conduz a internacionalização do “ClickBus.com”, plataforma de venda de passagens de ônibus. 14 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ EMPRESAS Samsung cria divisão de entretenimento CURTAS Divulgação/Sony Nova área disponibilizará filmes, games e séries para serem acessados em celulares, tablets, Pcs eTVs. No Brasil, foi criado um estúdio de games, em Manaus Henrique Manreza Moacir Drska [email protected] São Paulo A explosão dos diversos dispositivos nas mãos — ou ao alcance — dos consumidores e as múltiplas telas que disputam hoje a atenção desses usuários é uma tendência que está movimentando as estratégias de diversas empresas, de fabricantes de equipamentos aos prestadores de serviços. Como uma resposta a esse cenário, a Samsung apresentou ontem oficialmente sua mais nova unidade de negócios na América Latina, batizada de Media Solution Center. Em operação há onze meses, a divisão vai responder pelas estratégias de desenvolvimento de conteúdos e serviços da empresa na região. “Estamos falando de um mercado que movimentou cerca de US$ 1,5 bilhão em 2012 e que tem previsão de crescimento anual de 20% até 2017”, disse Fiamma Zarife, vice-presidente da divisão para a América Latina, durante encontro com jornalistas em São Paulo. “Estamos vivendo uma revolução na forma como interagimos, consumimos conteúdo, compramos e pagamos as nossas con- “ Queremos ir muito além do dispositivo. Nossa ideia é criar um ecossistema ao redor dos nossos produtos e trazer conteúdos e serviços relevantes, com uma experiência localizada” Fiamma Zarife VP do MSC da Samsung para a AL tas. A Samsung não poderia deixar de prestar atenção a todas essas oportunidades”, afirmou. Com doze anos de experiência em telecomunicações e passagens por Oi e Claro, Fiamma disse que um dos pilares da divisão será a oferta de conteúdos locais. O pacote inclui ainda o foco em experiências de navegação e interface adaptadas ao gosto dos consumidores da região, bem como benefícios e promoções exclusivas para esses usuários. Como reflexo dessa abordagem, a Samsung vai investir no fortalecimento de acordos já existentes com desenvolvedores de conteúdo local, bem como na busca de novos parceiros. Estão previstas também ações de estímulo ao desenvolvimento dessa indústria, por meio de ações em conjunto com universidades. Sob essa orientação, a primeira iniciativa no Brasil é o investimento em um estúdio de produção de jogos em Manaus. A ideia é capacitar profissionais e empresas do setor para o desenvolvimento de games, com o auxílio e a aplicação de tecnologias da Samsung. A possibilidade de distribuir esses conteúdos em diversos dispositivos da marca — inclusive no exterior — será um dos fatores de atração. “É só uma primeira iniciativa. Queremos estender essa prática para todos os segmentos de conteúdo”, afirmou. Outra ação no Brasil foi a criação do Samsung Hub, que centraliza as lojas digitais da marca. Por meio da plataforma, o usuário pode navegar por serviços de música, vídeos, games, livros e educação. As lojas reúnem conteúdos de parceiros como Sony, Warner, Gameloft, Electronic Arts e TV Escola. Até o fim do ano, o serviço estará disponível para grande parte dos smartphones e tablets da Samsung. “Nosso grande desafio é fazer com que esses serviços estejam também em outras telas. O ideal é que um consumidor possa começar a assistir um filme na TV da Samsung e continuar no tablet”, disse Fiamma. “Vamos começar a montar esse quebra-cabeça. Essa integração ainda não foi feita porque até então não tínhamos uma área para olhar essa estratégia como um todo. Cada produto tinha sua divisão”. Sony pede patente de peruca inteligente A Sony Corp está tentando registrar uma patente nos Estados Unidos para a “SmartWig”, uma peruca inteligente que se comunicaria com outros gadgets sem fio, como tablet e computador, adicionando funcionalidades como medição de pressão sanguínea, transmissão de slides de uma apresentação, entre outras. Dependendo do modelo, a peruca poderia incluir uma câmera, um apontador laser ou um sensor de GPS, disse a companhia. Bloomberg Smartwatch com chip de celular Herdeiros de Abir Magid, fundador da Nelima, fabricante de relógios criada no final dos anos 60 em Manaus e que foi responsável pelas marcas Dumont, Condor e Mirvaine, além da Magnum, anunciaram ontem o lançamento do primeiro smartwatch com suporte para chip de celular (SIM) do mercado brasileiro. O relógio da marca Locke chega ao país em 2014. “Esperamos iniciar a produção local no 2º semestre de 2014”, disse Francisco Magid, proprietário da Locke. Vendas da HP cresceram 2% Fiamma: mercado movimentou US$ 1,5 bi em 2012 O plano de reestruturação da HP começa a mostrar seus primeiros resultados na bolsa, com alta de 9% nas ações da fabricante de PCs. Ontem, a empresa divulgou que suas vendas no quarto trimestre tiveram 2% de alta em relação ao mesmo período do ano passado — 12% em relação ao terceiro trimestre deste ano. A receita como um todo no quarto trimestre somou US$ 29,1 bilhões, acima da previsão dos analistas. Reuters Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 15 CLIENTE & CIA. NADJA SAMPAIO [email protected] NEM TÃO RUIM QUANTO PARECE Editoria de Arte/Cida Calu R elatório sobre recalls da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do período de 2008 a 2013, mostra que de 2012 para cá houve aumento em oito das 20 categorias elencadas. Como sempre, o aumento foi maior no setor de automóveis. As categorias que elevaram o número de recalls de 2012 para 2013 foram: bebidas (de zero em 2012 para quatro em 2013); automóveis (de 33 para 53); caminhões (de dois para três); brinquedos (de zero para quatro); peças e componentes mecânicos (de um para dois); peças e componentes elétricos (de um para dois); lavadoras (de zero para um); refrigeradores (de zero para um). Quando ouvimos que o número de recall aumentou temos uma sensação dúbia. Primeiro, pensamos que isso indica que os produtos estão piorando. Depois, refletimos que, como recall significa consertos recomendados pelos fabricantes, em função de preservar a segurança do consumidor, este aumento significa maior responsabilidade dos fabricantes. Ou seja, ter um aumento de recall não é tão ruim quanto parece. Ao contrário, à luz do Código de Defesa do Consumidor (CDC), esse é um bom comportamento das empresas, que estão cumprindo com o que prevê a lei. O artigo sexto do CDC diz que é direito básico do consumidor “a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos”. Existem três formas de se saber se um produto é perigoso ou nocivo: se o problema for divulgado pelo próprio fabricante; se o consumidor sofre um acidente de consumo; ou se é detectado por testes e fiscalizações. A Senacon e os Procons estaduais vêm trabalhando as duas faces desta moeda: aumentando a divulgação dos recalls e ensinando o conceito de acidente de consumo. Falta de segurança nos produtos causa acidentes. Mas, não é fácil para o consumidor entender o que é um acidente de consumo. Se um filho engole uma peça de um brinquedo, o responsável tende a achar que não teve atenção suficiente, não lhe passa pela cabeça que aquela peça não deveria se desprender do brinquedo. Quando uma cadeira de plástico quebra quando se senta nela, o primeiro pensamento é que o consumidor está gordo e não que a cadeira é que está fora do padrão. O consumidor corta o dedo quando abre uma lata e pensa que não teve destreza para abri-la e não que aquele tipo de abertura propiciou o acidente. O desafio da Senacon, dos Procons e dos órgãos reguladores, como o Inmetro e a Anvisa, é fazer com que os consumidores relatem seus acidentes de consumo, pois este é um indicador dos produtos que devem ser mais testados e fiscalizados. A partir destes indica- dores, houve aumento de teste em cadeirinhas, bebê-conforto e berços para bebês; em cadeiras de plástico, e tantos outros produtos que provocaram acidentes, incluindo automóveis. Aliás, foi o problema no rebaixamento do banco traseiro do Fox, que cortou o dedo de um consumidor, o estopim que elevou o Brasil a um nível mais alto no controle dos acidentes de consumo. Na época deste episódio, a Senacon descobriu que vários órgãos estavam investigando o mesmo problema (Senacon, Anvisa, Denatran, Inmetro). Juntaram, então, todas as investigações num mesmo processo. E, a partir daí, passaram a trabalhar no sentido de interligar as informações espalhadas pelos diversos órgãos em um mesmo banco de dados. O segundo passo foi fazer parcerias com os órgãos fiscalizados dos países ligados ao Mercosul, de forma que todos compartilhassem as informações de recalls e acidentes de consumo. E o terceiro passo do Brasil foi se integrar à Rede de Consumo Seguro e Saúde das Américas, um órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Essa inserção do Brasil na troca de informação sobre segurança de produtos é de fundamental importância para que não nos empur- A Senacon e os Procons estaduais vêm trabalhando as duas faces desta moeda: aumentando a divulgação dos recalls e ensinando o conceito de acidente de consumo rem os refugos do primeiro mundo. Quanto mais restritivo em termos de segurança um país é, melhores serão os produtos consumidos por seus cidadãos. Hoje, as empresas são multinacionais, cada peça vem de um país diferente, a produção é transnacional e o consumidor também é global. A troca de informações, portanto, é a base da vigilância. Para melhorar a informação que chega aos bancos de dados de acidente de consumo, a Senacon começouagoraa implantarumformulário a ser preenchido pelos médicos, pois eles têm uma visão privilegiada para analisar os acidentescausados por produtos. A ideia é cruzar os dados cadastrados pelos médicos para se ter uma indicação de quais produtos são nocivos ou trazem insegurança ao consumidor. Cabe ao consumidor ajudar nesta batalha contando seus acidentes de consumo no site do Inmetro, no site da Senacon ou aos Procons. Todos juntos de olho na segurança dos produtos Os fabricantes estão sendo mais vigiados em todo o mundo, o que os leva a serem mais responsáveis nos alertas de recall, principalmente as montadoras de automóveis. O consumidor, por sua vez, também está respeitando mais estes avisos e respondendo aos chamados. Os órgãos de defesa do consumidor estão se unindo para detectar falhas, testar produtos, e chamar os fabricantes às favas. Cabe ao consumidor ajudar nesta batalha contando seus acidentes de consumo no site do Inmetro, no site da Senacon ou aos Procons. Todos juntos de olho na segurança dos produtos, pois como já dizia Thomas Jefferson, “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Coluna publicada às quintas-feiras 16 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ EMPRESAS Os bastidores da Black Friday Varejistas finalizam os últimos detalhes da promoção, que terá espaço para denúncias no site do organizador Na próxima sexta-feira, ocorre mais uma edição brasileira da Black Friday, dia de promoções especiais inspirado no que ocorre nos Estados Unidos após o feriado de Ação de Graças. De acordo com o organizador da versão brasileira da promoção, o portal Busca Desconto, o número de empresas participantes aumentou de 77 do ano passado para 120 empresas neste ano. A expectativa, segundo o presidente do Busca Desconto, Pedro Eugênio, é que o volume de vendas alcance R$ 340 milhões, com um total de 850 mil pedidos. Em 2012, as vendas chegaram a R$ 200 milhões, com 500 mil pedidos, recorde de vendas pela internet em um único dia. “Tem muita coisa para amadurecer, para planejar, mas já notamos neste ano um aumento de interesse de todos os lados”, disse. Eugênio teve a ideia de trazer para o país um site que agregasse ofertas dos principais lojas do mercado depois de viajar ao exterior e acompanhar a movimentação dos consumidores em dias de Black Friday. “Percebi que tinha tudo a ver com o meu negócio. Com isso, divulgaria o meu portal através do Black Friday”, afirmou. Para esta edição, houve uma mobilização maior por parte de fornecedores e lojistas para descontos maiores. “Os lojistas já perceberam que o objetivo não é ficar milionário nessa data. É uma estratégia de marketing. No ano passado, tivemos casos de lojas que tiveram lucro zero com as vendas do Black Friday, mas trouxeram o consumidor para dentro e eles compraram lá no Natal. A cada dez pessoas que compraram, seis voltaram no Natal”, afirmou. Empolgada com esses números, o Magazine Luíza vai ofertar 3 mil itens com descontos de até 70%. “O Black Friday é cada vez “ O Black Friday é uma estratégia de marketing. Em 2012, tivemos casos de lojas que tiveram lucro zero com as vendas deste dia, mas a data fez com que o consumidor comprasse de novo para o Natal” Pedro Eugênio Presidente do Busca Desconto mais aguardado pelos clientes. Acreditamos que o volume de vendas, assim como o número de pessoas participantes desta ação, será expressivamente superior ao último ano”, disse o diretor de e-commerce da Magazine Luiza, Decio Yuiti Sonohara. Segundo o executivo, a edição anterior representou 20% das ven- das de todo o mês, o que exige um grande planejamento que envolve negociação de produtos e preços com os fornecedores. A Privalia, loja de roupas e acessórios multimarcas, vai oferecer frete grátis para todo o Brasil durante a Black Friday. A expectativa é triplicar o número de vendas de um dia normal e dobrar em comparação com a data do ano passado . Consumidor poderá denunciar ofertas enganosas em site Apesar do sucesso de vendas na edição de 2012, algumas lojas foram acusadas de maquiar os preços anteriores e divulgar descontos inexistentes. Para evitar que a imagem do varejo ficasse arranhada, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico criou um código de ética para a data. O código pune as lojas que não oferecerem desconto real. A partir desde ano, será possível ao consumidor fazer denúncias de ofertas enganosas no site da Black Friday. Por Douglas Nunes Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 17 Maurice Tsai/Bloomberg SIDERURGIA ArcelorMittal vai aumentar produção de aço A ArcelorMittal retomará a produção de aço no terceiro alto-forno na usina de Tubarão (ES) em junho de 2014, disse ontem o presidente da siderúrgica no Brasil, Benjamin Baptista. A unidade capixaba está com dois de seus altos-fornos em funcionamento, com capacidade anual de produção de 5 milhões de toneladas de aço. Com o terceiro alto-forno, a capacidade salta para 7,5 milhões de ton ao ano. Reuters Fernando Borba Preços recordes vão gerar US$ 5 mi ao Flamengo CompreçosentreUS$110 eUS$350,ingressosestavamesgotados Entre os gestores do time, um ex-presidente do Banco Central e um ex-executivo do BNDES. Meta é organizar as finanças do time Não são os preços recordes dos ingressos que impedem Adriana Oliveira de assistir a seu amado Flamengo na final da Copa do Brasil. Ela simplesmente não consegue achar um à venda.“Vi muitas pessoas reclamando dos preços dos ingressos, mas para mim não faz diferença”, disse Adriana, que trabalha de garçonete na maior favela da América Latina, a Rocinha. Após um ano de redução de custos, o time que se gaba de ser “o clube mais querido do mundo” está próximo de ver o maior dia de pagamento na história da Copa do Brasil, depois de anular um mandado judicial que almejava reduzir o preço dos ingressos. As autoridades reclamaram que os preços dos ingressos para o jogo de ontem — US$ 110 e US$ 350 —, eram abusivos. O Flamengo argumentou com sucesso que seus preços de venda eram justos, dado o interesse pela partida. Carlos Langoni, vice-presidente de negociação de dívidas do Flamengo, disse que o time ganhará US$ 5 milhões quando jogar na decisiva partida de volta contra o Atlético Paranaense. O jogo será disputado no Maracanã, no Rio de Janeiro, sede da final da Copa do Mundo do ano que vem. No primeiro jogo da série, as equipes empataram 1 a 1 em 20 de novembro. No começo da temporada, o Flamengo devia R$ 750 milhões (US$ 326 milhões), mais do que qualquer outro time no Brasil, e tinha uma reputação de má gestão financeira. Os torcedores votaram por um conselho que incluiu Langoni, ex-presidente do Banco Central, e o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, que já foi executivo do BNDES, para organizar as finanças do clube. Há dois dias, o clube disse que conseguiu conter custos e reduzir as perdas, o que não acontecia “há muito tempo”, disse Pedro Daniel, economista especializado em futebol na auditora BDO Brasil. No mês que vem, espera-se que o Flamengo e outros times assinem um acordo com o governo para pagar R$ 4,5 bilhões em dívidas impositivas acumuladas durante vinte anos, disse Daniel. Bloomberg 18 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ALÉM DA TAÇA FÁBIO DOBBS [email protected] PARA BRILHAR NO RÉVEILLON A sofisticação e o luxo do champanhe foram redimensionados pela Moët & Chandon. Neste fim de ano, a marca lança três edições especiais de suas garrafas e até mesmo uma nova forma de tomar a bebida. Para aplacar o calor do verão, a Moët Ice Imperial (R$350) chega para ser servida com gelo, em taças de boca larga de estilo cabernet. Ela também pode ser acompanhada de folhas de hortelã, lascas de casca de limão ou grapefruit, raspas de gengibre ou frutas vermelhas como morangos e framboesas. Para aqueles que buscam um presente personalizado para o fim de ano, a sugestão é a edição Swarovski Elements. As garrafas podem ser encomendadas online, através da loja virtual ateliermoet.com.br. A loja vai funcionar até o dia 30 de dezembro e apenas mil garrafas — incluindo os tamanhos Magnum, 1,5 litros (R$395,00), e Jeroboam, 3 litros (R$2.980,00) — estarão disponíveis, podendo ser decoradas com os cristais austríacos também na cor Golden Shadow! Outra opção para ter um fim de ano dourado é a Moët Golden Glimmer (R$ 300). Nessa edição, a garrafa de Moët Imperial Brut 750ml vem acompanhada de um exclusivo estojo laqueado em dourado. O estojo mantém o champanhe na temperatura ideal por até 2 horas e pode ser reutilizado. Agora, para a festa ficar completa, a Moët & Chandon criou a edição limitada Moët Ice Summer Escape Trunk. Feito na França, o Trunk se parece com um sofisticado baú de viagem branco. Depois de aberto, ele se transforma em um bar móvel com 24 garrafas de Moët Ice Imperial 750ml, 2 baldes para garrafa, 3 pás de gelo, 12 taças de acrílico transparente 12 taças brancas de acrílico e 2 baldinhos para gelo. Preço do mimo: R$ 32 mil. É realmente para garantir um Feliz Ano Novo. Tudo acaba em pizza A Pizzaria Stravaganze vai realizar sua última harmonização do ano no próximo dia 3. Ela será comandada pelo sommelier Arruda, do Copacabana Palace, que selecionou o espumante Santa Digna Estelado Rosé, o branco Garcia Viadero Albillo e o Moscatel de Portugal para acompanhar as pizzas e sobremesas. Extra virgem com estilo A marca grega Ilíada lança seu azeite extra virgem gourmet. Produzido a partir da azeitona Koroneïki, ele tem aroma frutado que lembra maçã e amêndoa. O sabor é suave, com equilíbrio entre o amargo e picante. Há também versões aromatizadas de laranja, manjericão e essência de trufa negra. Em harmonia com o bom bacalhau OUTROS COPOS ■ DOSE SOLIDÁRIA A vodca superpremium Belvedere anuncia o terceiro ano de sua parceria com a (RED)TM e traz novamente ao Brasil a edição especial (BELVEDERE)RED TM. A (RED)TM é uma fundação criada por Bono Vox, vocalista e líder da banda U2, e Bobby Shriver para engajar empresas e pessoas a lutarem contra a AIDS. A vodca BELVEDERE é elaborada com um único tipo de grão, o centeio dourado Dankowskie, que só se desenvolve na região de Mazovia, na Polônia. A tradição seguida há mais de quinhentos anos deu origem à primeira vodca super premium do mundo. A BELVEDERE Pure é produzida em pequenos lotes e passa por quatro processos de destilação, número ideal para obter o seu caráter único e suave. ■ EMPACOTADO PARA O NATAL A vinícola Concha y Toro resolveu mudar a cara do lendário rótulo Casillero del Diablo para o Natal. Ele ganhou uma bela lata estilizada na cor prata. Além da excelente qualidade, essa marca é conhecida pela sua história. Em 1883, Don Melchor de Concha y Toro, fundador da vinícola, levou para o Chile algumas cepas de Bordeaux, França. Elas foram guardadas em um lugar especial da adega e os barris, com melhores resultados dos vinhos fabricados com estas uvas, serviam para seu consumo pessoal. Entretanto, por conta de sua alta qualidade, frequentemente estes vinhos eram furtados e, para evitar que isso ocorresse, ele espalhou um boato de que o diabo habitava sua adega. O Garden, em Ipanema, fechou parceria com a importadora World Wine para oferecer os vinhos chilenos Reserva Petirrojo Carménerè 2012 e Chardonna y 2012 com desconto de 18% (R$ 59 a garrafa e R$ 18 a taça). Eles são perfeitos para harmonizar com os pratos do Festival de Bacalhau, que está em cartaz no restaurante até o final de dezembro. Coluna publicada às quintas-feiras Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 19 ▲ EMPRESAS Aumenta a demanda por crowdfunding no país O financiamento coletivo auxilia o Médico Sem Fronteiras a conseguir doações no Brasil Apesar do mercado de crowdfunding — financiamento coletivo de projetos — ainda não ser tão difundido no Brasil como em outros países, plataformas como o Kickante já dão retorno aos projetos cadastrados. Segundo Candice Pascoal, sócia da startup, o mercado do fi- nanciamento coletivo é promissor no Brasil, mas ainda precisa de forte trabalho para ensinar aos brasileiros o que é o crowdfunding. “Criou-se uma ideia de que vaquinha, esmola. Mas, na verdade, é ele pode ir além disso. O crowdfunding pode ser uma forma mais rápida e segura de conseguir dinheiro, do que o investidor-anjo ou um empréstimo. Além disso, a resposta do mercado sobre o projeto é mais rápida. No Brasil, plataformas como essa podem tirar projetos interessantes do papel”, explica. Atualmente, estão na plataforma mais de 20 projetos e, segundo Candice, muitos outros estão na fila. A campanha do Médicos Sem Fronteira Brasil (MSF Brasil), por exemplo, conseguiu ultrapassar a meta de R$ 30 mil antes do prazo final. “Precisamos sempre de doações, então tentamos constantemente novas formas de pedir ajuda. O crowdfunding sempre nos interessou, mas antes do Kickante, os sites do país estipulavam uma meta, que se não for atingida, a empresa não recebe nada. Diferente de um show, que só é realizado com um valor certo, qualquer valor é importante para nós”, diz a diretora de Captação de Recursos de MSF Brasil, Flavia Tenenbaum. “Essa foi a primeira experiência e como vimos que deu certo, já pensamos em usar em outras campanhas, como para angariar recursos para as Filipinas”, acrescenta ela. Outro projeto bem sucedido é o do atleta Gustavo Agne de Oliveira, o Guga, que busca apoio para participar da Super Final da Copa do Mundo de Parapente e a meta de R$ 2.800 já foi ultrapassada. “Não participei no ano passado, pois não tive patrocínio. Este ano, fiz uma conta simples de que para atingir o montante, precisava de 140 pessoas com cotas de R$ 20. Alguns valores foram maiores. Então, já penso em projetos maiores”, comemora. Gabriela Murno ESTE ANÚNCIO É DE CARÁTER EXCLUSIVAMENTE INFORMATIVO, NÃO SE TRATANDO DE OFERTA DE VENDA DE COTAS.” Coordenadora e Instituição Administradora ANÚNCIO DE ENCERRAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA DE COTAS DA 12ª EMISSÃO DO FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO VIA PARQUE SHOPPING - FII CNPJ/MF n.º 00.332.266/0001-31 Código ISIN nº BRFVPQCTF015 Código de Negociação na BM&FBOVESPA: FVPQ11 A RIO BRAVO INVESTIMENTOS DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS LTDA. TDA., com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Chedid Jafet 222, bloco B, 3º andar, inscrita no (“CNPJ/MF”) sob nº 72.600.026/0001-81, na qualidade de coordenadora da Oferta e instituição administradora do Fundo (“Rio Bravo” ou “Coordenadora” e “Instituição Administradora”), comunica que foram subscritas o total de 235.955 (duzentas e trinta e cinco mil, novecentas e cinquenta e cinco) Cotas, sendo que 107 cotas já foram integralizadas no ato da subscrição. As cotas foram emitidas sob a forma escritural, com valor unitário de R$178,00 (cento e setenta e oito reais), nas datas indicadas na tabela abaixo (“Cotas”), no âmbito da oferta pública de distribuição de Cotas da décima segunda nda emissão do FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO VIA PARQUE SHOPPING - FII (“Fundo”), inscrito no CNPJ/MF sob o nº 00.332.266/0001-31 (“Oferta”), perfazendo o montante de: A OFERTA FOI REGISTRADA SOB O Nº CVM/SRE/RFI/2013/024, EM 19 de SETEMBRO de 2013. INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA E COORDENADORA E INSTITUIÇÃO ESCRITURADORA DAS COTAS: Instituição Administradora e Coordenadora: Rio Bravo Investimentos Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Avenida Chedid Jafet nº 222, bloco B, 3º andar São Paulo, SP CNPJ/MF sob o nº 72.600.026/0001-81 R$ 41.999.990,00 (Quarenta e um milhões, novecentos e noventa e nove mil, novecentos e noventa reais) por meio da ata da “Assembleia Geral de Constituição do Fundo de Investimento Imobiliário Via Parque Shopping”, datada de 06 de novembro de 1995, sendo o respectivo regulamento datado de 15 de agosto de 2013, devidamente registrado em 19 de agosto de 2013, sob o nº 1.324.944, perante o 8º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital de São Paulo, conforme aditado. (“Regulamento”). A Oferta foi aprovada pelos cotistas do Fundo (“Cotistas”) na Assembleia Geral de Cotistas realizada em 29 de abril de 2013, cuja ata foi registrada em 03 de maio de 2013 perante o 8º Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da Capital de São Paulo sob o nº 1.314.712, em conformidade com o disposto no artigo 40, inciso IV, alínea b do Regulamento e no inciso IV do artigo 18 da Instrução CVM 472, de 31 de outubro de 2008 (“Instrução CVM 472”). Os termos aqui iniciados em letra maiúscula, estejam no singular ou no plural, e não definidos terão o significado que lhes é atribuído no prospecto definitivo da Oferta (“Prospecto”). As Cotas foram colocadas conforme o seguinte demonstrativo: Data da Subscrição Nº de Subscritores Volume Total Subscrito (em R$) 107 25/10/2013 e 25/11/2013 6 19.046 Fundos de Investimento Imobiliário 43.815 25/10/2013 e 21/11/2013 1 7.799.070 Demais Pessoas Jurídicas 192.033 24/10/2013 e 21/11/2013 1 34.181.874 Total 235.955 24/10, 25/10, 21/11 e 25/11/2013 8 41.999.990 Pessoas Físicas Banco Bradesco S.A. Cidade de Osasco no Estado de São Paulo, na Cidade de Deus, S/Nº - Prédio Amarelo CNPJ/MF sob o nº 60.746.948/0001-12. “O REGISTRO DA PRESENTE OFERTA NÃO IMPLICA, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS OU EM JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, BEM COMO SOBRE AS COTAS A SEREM DISTRIBUÍDAS” “O FUNDO NÃO CONTA COM GARANTIA DE SUA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA OU DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO” “NÃO HÁ COMPROMISSO OU GARANTIA POR PARTE DA INSTITUIÇÃO ADMINISTRADORA E/OU DA Nº de Cotas Tipo de Investidor Escriturador das Cotas COORDENADORA DA OFERTA DE QUE O OBJETIVO DE INVESTIMENTO DO FUNDO SERÁ ATINGIDO” “AO INVESTIDOR É RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO, EM ESPECIAL A SEÇÃO “FATORES DE RISCO”, AO APLICAR SEUS RECURSOS.” Coordenadora e Instituição Administradora 20 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ FINANÇAS Editora: Eliane Velloso [email protected] BOVESPA Vale e bancos puxam índice para cima O índice Ibovespa encerrou o pregão de ontem com alta de 0,81%, a 51.861 pontos, puxado pelas ações da mineradora Vale e dos bancos, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu deixar para o início de 2014 o julgamento final sobre a correção das cadernetas de poupança decorrente de planos econômicos dos anos 80 e 90. O giro financeiro da sessão foi de R$ 6 bilhões. Reuters Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados Na Câmara dos Deputados, parlamentares e Governo debateram sobre o incentivo fiscal às ofertas de ações e de dívidas das PMEs, que também estão no foco da CVM Presença de PMEs na bolsa começa a ser destravada CVM baixa nova regulamentação para viabilizar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais; Instrução 540 flexibiliza regras para os aportes de Fundos de Investimento em Participações (FIP) Marcelo Loureiro [email protected] O acesso de pequenas e médias empresas (PMEs) ao mercado de capitais ganha cada vez mais incentivos. Ontem, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou a Instrução 540, que flexibilizou as regras para os aportes de Fundos de Investimento em Participações (FIP) nas empresas consideradas de menor porte enquanto, em Brasília, deputados e representantes do Governo participaram de audiência pública sobre o Projeto de Lei 6.558/13, que propõe incentivos para as ofertas públicas de PMEs e para seus investidores. A nova norma da CVM é resultado de uma consulta pública realizada pela autarquia entre julho e agosto desse ano, e reforma a Instrução 390, que regulava esse tipo de carteira. “A grande mudança é que os FIPs deixam de ser obrigados a participar da gestão e da política estratégica das investidas”, explica Flavia Mouta, Superintendente de Desenvolvimento de Mercado da autarquia. Dessa forma, o gestor do FIP ganha liberdade para aportar recursos em em- “ A regra vale para a BM&FBovespa e para qualquer outra bolsa que venha a surgir e que se disponha a criar um segmento de acesso voltado para as PMEs” Flavia Mouta Super. de Desenvolvimento de Mercado da CVM presas bem encaminhadas, sem que tenha de dedicar tempo para assessorar o dia a dia da investida. Para tanto, a companhia deve ser listada em um segmento especial de acesso instituído por alguma bolsa ou mercado de balcão. “Importante notar que a regra vale para a BM&FBovespa e para qualquer outra bolsa que venha a surgir e que se disponha a criar um segmento de acesso voltado para as PMEs”, destacou Flavia. De acordo com a nova norma, esses segmentos devem exigir padrões de governança corporativa mais estritos que os previstos por lei e será a instituição que definirá o perfil de PMEs, como o tamanho da receita. O limite de alocação por empresa foi elevado de 20% para 35% do patrimônio líquido do fundo. As mudanças tiveram origem no Comitê Técnico para Ofertas Menores, grupo composto por instituições como a BM&FBovespa, o BNDES e a própria CVM. “Foi questionado o porquê de o tamanho médio das ofertas no Brasil ser muito maior do que se vê em outros países, até entre os emergentes. Algumas soluções foram pro- postas e parte delas está na Instrução 540. Esse foi o primeiro passo porque era o mais simples. Mas muitos outros serão dados para melhorar o acesso das PMEs ao mercado de capitais”, explica Francisco José Bastos Santos, Superintendente de Relações com Investidores Institucionais da CVM. Para tanto, outras normas serão reformadas ao longo de 2014, adiantou o executivo. O movimento parece ser articulado com outros setores do Governo. Em Brasília, representantes do Ministério da Fazenda, do Desenvolvimento e do Banco Central participaram de audiência pública sobre o projeto de lei 6.558/13, que sugere benefícios fiscais às PMEs que acessarem o mercado de capitais. “A Instrução da CVM e a audiência de hoje mostram que o esforço para destravar o acesso das PMEs a outras formas de captação está ganhando corpo. É preciso criar a cultura de investir nesse tipo de empresa, que cria tantos empregos. Estou confiante que essas ofertas se tornarão habituais no nosso mercado”, comemorou o deputado federal Otávio Leite (PSDBRJ), idealizador do projeto. IPOS DESDE 2004 12 Empresascom valordemercado deaté R$700milhões —perfil deelegibilidade definidopelo ComitêdeOfertasMenores— que acessaramomercadodecapitais 20 Companhias com valor de mercado entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão 80 Empresas com valor de mercado entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões 14 Empresas que abriram capital com valor de mercado acima de R$ 5 bilhões Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 21 O MERCADO COMO ELE É... LUIZ SÉRGIO GUIMARÃES [email protected] SELIC DEVE IR A 10,5% EM JANEIRO Editoria de Arte E m sua última reunião de 2013, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cumpriu o prometido ao elevar a Selic de 9,5% para 10%. Foi a quarta alta consecutiva de 0,50 ponto. E, ao manter a linha básica do comunicado utilizado após a reunião para informar a decisão, sinalizou que deverá fazer mais uma elevação do mesmo tamanho no primeiro encontro de 2014, agendado para 15 de janeiro. “Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10% ao ano, sem viés”, foi o teor da nota. Mas foi ainda mais lacônica ao suprimir a frase “o Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano”, que fechava as quatro notas anteriores. Compromissar-se com Selic de 10,5% em janeiro não significa a intenção de interromper nessa oportunidade o ciclo de alta iniciado em abril, quando a taxa básica encontrava-se no piso histórico de 7,25%. Mas, na média, os analistas acreditam que se a Selic de encerramento do aperto não for esta de 10,5%, não estará muito longe disso. Isso se não houver nenhum atropelo externo ou interno de natureza eleitoral. As decisões de política monetária estarão, em primeiro lugar, condicionadas à reação dos mercados globais ao início, previsto para o primeiro trimestre do ano que vem, dos cortes nas injeções mensais de liquidez feitas pelo Federal Reserve (Fed). Embora em momentos de frenesi os mercados tenham o costume de dar preferência mais à segurança do que à rentabilidade, o ciclo de expansão da Selic pode ser preservado com o objetivo de atrair capitais especulativos e suavizar a curva de valorização do dólar. Em segundo lugar, as deliberações do BC estarão submetidas ao calendário eleitoral. Por isso, será bom concentrar todos os aumentos de juros necessários até maio. Na expectativa pelas decisões do Copom, os juros oscilaram intensamente no mercado futuro da BM&F. De manhã, ensaiaram um movimento de baixa. Prevaleceu a ala do mercado que via a possibilidade de o BC ter de afrouxar o aperto monetário na hipótese de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pró-poupadores elevar o risco de uma recessão econômica. O raciocínio foi o de que, para contrabalançar uma sentença desfavorável aos bancos, seria melhor se BC desapertasse as condições monetárias do que a Fazenda passar a ampliar ainda mais os gastos públicos. Depois que o Supremo optou por fazer o julgamento somente em 2014, as taxas puderam acompanhar a escalada do dólar. O contrato para a virada de 2015 para 2016, depois de ter recuado a 10,78%, fechou estável em 10,84%, enquanto a taxa para janeiro de 2017, após ceder a 12,08%, fechou a 12,21%, ante 12,11% no encerramento anterior. Para subir ontem 1,22%, cotado a R$ 2,3240, o dólar buscou amparo no comportamento do mercado americano de títulos da dívida dos EUA. Dados mais positivos do que se esperava sobre o grau de recuperação da econômica americana provocaram ontem forte alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro. Os yields das treasuries de 10 anos avançaram de 2,71% no fechamento da véspera para até 2,77%. Por causa do feriado americano de hoje, Dia de Ação de Graças, a divulgação de indicadores foi concentrada ontem. Os mais importantes foram sobre atividade e mercado de trabalho. O número de novas solicitações de seguro-desemprego recuou para 316 mil na semana passada, quando a previsão era de uma baixa menos acentuada, para 330 mil. O PMI de Chicago caiu menos do que apostavam os analistas. Para uma estimativa mediana de 60, o índice de atividade nacional calculado pela regional do Fed de Chicago recuou a 63 em novembro, vindo de 65,9 no mês passado. Já o indicador de confiança do consumidor, aferido pela Universidade de Michigan, avançou de 73,2 em outubro para 75,1 este mês, quando as projeções eram de um pequeno recuo para 73,1. E o indicador antecedente do Conference Board mostrou alta de 0,2% em outubro em relação a setembro, enquanto o mercado previa variação zero. Depois de divulgados esses dados cresceu a expectativa de que o Fed poderá iniciar o desmonte do seu programa de compras de títulos já na reunião do mês que vem. O dólar só não subiu mais por causa da surpresa vinda da área externa brasileira. Cansado de publicar dados ruins sobre o setor externo, o BC pôde, enfim, comemorar ontem um indicador bem vistoso. O resultado positivo exibido pela balança cambial na semana passada foi não só suficiente para reverter o déficit até então registrado em novembro como também redu- Ao manter a linha básica do comunicado utilizado após a reunião para informar a decisão, BC sinalizou que deverá fazer mais uma elevação do mesmo tamanho em janeiro zir acentuadamente as posições vendidas à vista dos bancos. No período de 18 a 22 deste mês, as duas contas do câmbio contratado mostraram vigoroso superávit. Pelo lado financeiro, o ingresso líquido de capitais alcançou US$ 1,916 bilhão. E, pelo lado comercial, a contratação de câmbio para exportação superou em US$ 2,632 bilhões o câmbio fechado para importação. O resultado das duas contas foi um superávit na semana de US$ 4,55 bilhões. Depois dele, a balança cambial até o dia 22 passou a ostentar saldo positivo de US$ 3,83 bilhões, a maior parte (US$ 3,065 bilhões) procedente das operações de comércio exterior. Os bons números relativos ao fluxo cambial não podem ser atribuídos às entradas cuja finalidade é o pagamento do bônus de assinatura do campo de Libra. O ingresso de US$ 2,833 bilhões acontecido no dia 19 pode ser creditado a essa rubrica. Mas foram as exportações que fizeram a diferença. Em apenas três dias (19, 21 e 22), elas renderam nada menos que US$ 6,92 bilhões. Até mais importante que a reversão em si do estado deficitário da balança cambial, os bancos puderam aliviar as pressões sobre o carregamento das posições vendidas. Estas caíram de US$ 12,28 bilhões no fim de outubro para US$ 8,461 bilhões na sexta-feira. São os bancos instalados no país os agentes incumbidos de garantir a oferta de dólares ao mercado, já que o BC se recusa (corretamente) a vender moeda estocada nas reservas internacionais do país. Se a balança está desequilibrada por excesso de demanda, eles ampliam as posições vendidas, tomando recursos emprestados ou de bancos no exterior ou do próprio BC. Quando o fluxo é positivo como agora, eles liquidam seus débitos e, com isso, ampliam o seu cacife para futuros períodos de vacas magras (quando, por exemplo, for anunciado oficialmente o “tapering” da política monetária americana). 22 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ ESPECIAL PREVIDÊNCIA PRIVADA Editora: Eliane Velloso [email protected] Divulgação Ampliar horizonte de investidores é principal desafio Carteira de investimentos de R$ 358 bilhões em planos para 14 milhões de clientes é prova que o setor dispõe de alta credibilidade Textos: Cezar Faccioli [email protected] “Ninguém vende um apartamento só porque o preço caiu. Espera o melhor momento, se não estiver premido pela necessidade.O mesmo deve acontecer com os títulos de Previdência”. A comparação com o mercado imobiliário é a forma encontrada pelo presidente da Fenaprevi, Osvaldo Nascimento, para abordar o principal desafio do setor no País: ampliar o horizonte da maioria dos investidores. Foram 20 anos para construir o ambiente estável, mas bastaram alguns meses para produzir certo abalo, na avaliação do dirigente da entidade. Com uma carteira de investimentos de R$ 358 bilhões, o setor registrou captação líquida negativa no meio do ano, que se tornou o principal obstáculo para que o setor mantivesse a expansão anual de 20%, trazida do triênio anterior. “As retiradas de junho e julho não se deveram a um problema específico da indústria, mas a um cenário macroeconômico desfavorável”, diz Nascimento. “As curvas de juros estavam descendentes a longo prazo, diante da redução progressiva da taxa Selic, até que as pressões inflacionárias obrigaram a um freio de arrumação. Com a alta da inflação, veio a mudança na política monetária e a curva de juros passou a ter inclinação positiva”, detalha. Com isso, acrescenta Nascimento, os investidores diminuíram o volume das aplicações, num primeiro momento. “O desconhecimento das particularidades levou a resgates desnecessários. Os títulos de Previdência seguem apresentando boa rentabilidade de longo prazo, acima da inflação em até 6%. O aplicador que tinha IPC mais 5% no curto, se sacou, está aplicando agora a IPC mais 2,5%, ou seja, perdendo dinheiro", exemplifica. Gustavo Lendimuth, superintendente de Produtos de Previdência do Santander, acrescenta que a queda no rendimento nominal dos fundos de renda fixa assustaram um pouco aplicadores an- tes acostumados à taxas nominais muito altas. "Na Previdência Privada, a redução de arrecadação e o aumento das saídas, revertido apenas em setembro, levou a que a perspectiva de expansão convergisse para 15% a 16% para CARTEIRA EM ALTA (R$ milhões) Números da previdência privada em 2013* JAN/SET JAN/SET Variação 2012 2013 (%) Receita de planos 48,191 51,386 6.63 Captação líquida 27,183 21,028 -22.64 de planos Carteira de 317,997 358,779 12.82 investimentos Provisões 305,649 350,228 14.58 Fonte: FenaPrevi o ano, abaixo dos 20% anteriormente projetados”, afirmou. Segundo o presidente da Fenaprevi, os planos individuais estão praticamente acabando, por excesso de regulação, sendo que os planos para menores crescem com a população, vegetativamente. Os dados do IBGE revelam que cada vez nascem menos pessoas, o que limita a expansão”, explica Nascimento. O executivo ressalta que o setor atende 14 milhões de cidadãos, na maioria em planos individuais, resultantes, portanto, de decisões voluntárias e da análise de risco por cada poupador. “Não há como manter esse contingente sem dispor de alta credibilidade”, sustenta. Murillo Constantino Nascimento: desconhecimento leva a resgates desnecessários Sergio Prates: trunfo é conhecer a necessidade dos clientes Icatu vê cenário favorável com aumento da expectativa de vida e redução da natalidade Projeção é de que haja no país 172 idosos acima de 60 anos para cada 100 jovens até 18 anos O aumento da expectativa de vida da população brasileira e a redução da natalidade no país criam um cenário favorável ao maior conhecimento das oportunidades e um ganho de confiança pelo investidor de planos de Previdência Privada. A avaliação é do superintendente de Produtos de Previdência da Icatu Seguros, Sergio Prates Nogueira Filho, que prevê maior consciência da importância do serviço. “Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um constante aumento da expectativa de vida no País, em paralelo a uma redução da natalidade. A combinação dos dois processos levará a que haja 172 idosos acima de 60 anos para cada 100 jovens até 18 anos. Os aposentados serão uma proporção cada dia maior da população, o que imporá ajustes na Previdência Oficial e mudanças de mentalidade para a maioria dos brasileiros”, avalia. A customização, pelo conhecimento crescente da clientela, é um trunfo do Icatu para explorar as oportunidades abertas pelo crescimento esperado da demanda por cobertura previdenciária. “Mais de 80% dos recursos resulta de decisões individuais de investimento. É essencial, portanto, buscar a sintonia com as inclinações e necessidades de cada pessoa”, avalia. Segundo o superintendente do Icatu, os produtos baseados em ciclos de vida, como os planos que prevêem a data para aposentadoria, são uma tendência cada dia mais forte nas carteiras. O setor precisa expandir-se acima de 20% ao ano, num momento de PIB inferior a 2%, apenas para manter a taxa de crescimento vegetativo, daí o investimento pesado em divulgação e educação financeira. Não falta ambição às metas, de acordo com o dirigente do Icatu. “O bench mark está em países como Estados Unidos e Holanda, que tem na Previdência Privada respectivamente 70% e 140% do PIB. No Brasil, essa parcela não ultrapassa 16%. É até difícil buscar parâmetros mais próximos de comparação, entre economias de porte semelhante”, afirma Nogueira Filho. “ Os aposentados serão uma proporção cada dia maior da população, o que imporá ajustes na Previdência Oficial e mudanças de mentalidade para a maioria das pessoas” Sergio Prates Nogueira Filho Superintendente da Icatu Seguros Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 23 Foco em planos empresariais Estabilidade econômica e pleno emprego abrem novas oportunidades de negócio para concessão do benefício O mercado de Previdência Privada vai crescer 18% este ano para a Bradesco Vida e Previdência. Segundo o seu presidente, Lucio Flavio de Oliveira, o orçamento da empresa para 2014 está prevendo crescimento de 22%, com o esforço de manter a taxa ao redor de 20% nos próximos anos. A estratégia do banco no setor é construir a cultura de percepção da Previdência Privada como instrumento de acumulação de capital no longo prazo. “A estabilidade da economia, o envelhecimento da população e a evolução, em valores reais, da Previdência Oficial, são fatores que influenciam os clientes a perceberem isso. Estamos construindo essa cultura por meio da oferta massiva de produtos que geram poupança”, afirma o executivo. Para o presidente da Bradesco Vida e Previdência, no cenário atual de pleno emprego, a concessão de planos de Previdência Privada como benefício das empresas abrem novas oportunidades para o negócio. “O crescimento do mercado de planos empresariais é uma prova disso. Os planos de saúde e seguros de vida ainda lideram as prioridades de empresas e funcionários, mas os planos de Previdência Privada vêm ganhando espaço na esteira do aumento da ati- vidade econômica e da oferta de emprego”, afirma. Segundo Lucio Flavio de Oliveira, a estabilidade econômica e o aumento da expectativa de vida do brasileiro está propiciando a queda da faixa de idade dos participantes entrantes nos planos de previdência - antes mais próxima dos 40 anos, hoje dos 30. “Isso também decorre da forma como os planos são estruturados no Brasil, que contribui para a construção da cultura do investimento de longo prazo. “No Brasil, os planos são flexíveis e transparentes, o que possibilita que sejam percebidos como instrumentos de poupança, não somente para a aposentadoria, mas também para vários projetos de vida, como ajudar na educação dos filhos, comprar a casa própria ou iniciar um negócio”, explica Oliveira. O presidente da Bradesco Vida e Previdência não considera como concorrentes opções de investimentos como a poupança ou títulos federais. “Todos esses investimentos são bons e cumprem seu papel, dependendo do perfil do cliente. A Previdência Privada não é a única solução. Porém, para o longo prazo, considerando as suas características, é uma das melhores soluções”, previu Oliveira. Fotos Divulgação “ O reforço de aposentadoria é um benefício forte para a retenção de talentos. Assim, o fundo de pensão pode ser, cada vez mais, o ponto decisivo para atrair ou reter talentos” Soraia Fidalgo Gerente de Inteligência de Negócios da Brasilprev “ Os planos de Previdência Privada vêm ganhando espaço nas empresas como benefício, na esteira do aumento da atividade econômica e da oferta de emprego” Lucio Flavio de Oliveira Presidente da Badesco Vida e Previdência Soraia Fidalgo, gerente de Inteligência de Negócios da Brasilprev, o braço do Banco do Brasil para o setor de Previdência Privada, aposta num rápido crescimento dos planos empresariais, diante da mudança no perfil do mercado de trabalho do País e da consolidação da estabilidade de preços. "O reforço de aposentadoria é um benefício forte para a retenção de talentos. Vale-alimentação, valetransporte, seguros, todos são vantagens já consolidadas na legislação e aprimoradas em empresas mais competitivas. Assim, o fundo de pensão pode ser, cada vez mais, o ponto decisivo para atrair ou reter talentos. Cada vez mais empresas contribuem à razão de um real para cada real descontado do salário do colaborador," conta. O perfil da clientela é outro fator com que a Brsilprev conta para preservar a liderança. Nada menos de 58% dos clientes têm até 40 anos, o que permite prever mais 20 a 25 anos de contribuição, no mínimo. Além disso, 39% dos planos vendidos são para menores. "As classes A e B, que já dispõem de formação superior, pensam em custear pós-graduação, enquanto a classe C identifica a Educação como única forma de ascensão social," destaca a gerente da Brasilprev. 24 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 SeongJoon Cho/Bloomberg ▲ FINANÇAS FLUXO CAMBIAL Saldo mensal fica positivo em US$ 3,8 bi O fluxo cambial brasileiro, entrada e saída de moeda estrangeira do país, ficou positivo em US$ 4,548 bilhões na semana passada, entre os dias 18 e 22, revertendo o déficit acumulado no mês, segundo divulgação do Banco Central ontem. No acumulado de novembro até o dia 22, o saldo do fluxo cambial está positivo em US$ 3,828 bilhões mas, no ano, há déficit de US$ 2,193 bilhões. Reuters Selic deve se manter em dois dígitos em 2014 Copom eleva taxa básica da economia pela sexta vez neste ano, a 10%; efeitos no crédito podem ser limitados, dizem analistas Patricia Stavis Lea De Luca [email protected] São Paulo O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem, por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros da economia, a Selic, pela sexta vez em 2013. Os juros foram fixados em 10% ao ano, sem viés, até a próxima reunião em janeiro. A volta da Selic a dois dígitos é emblemática — e tende a se manter assim em 2014. A mediana das projeções dos economistas do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para a Selic em 2014 é de 10,75% — no começo deste ano, a expectativa era de 9,75%, informou ontem Fernando Honorato, vice presidente do comitê. “A revisão aconteceu devido ao teor do comunicado do Banco Central (BC) após a reunião de outubro. Imaginava-se que o BC fosse sinalizar uma desaceleração da alta dos juros mas isso não aconteceu”, disse. Para Honorato, houve uma mudança importante na avaliação do comitê da Anbima em relação à postura do BC sobre juros, devido à resistência da inflação. Para o economista-chefe do Santander, Maurício Molan, a alta veio em linha com as expectativas — mas houve uma mudança no comunicado, indicando que o BC ficará mais dependente dos dados para decidir uma alta de 0,25 ou 0,50 ponto percentual em janeiro. Para o diretor da Anefac, Miguel de Oliveira, a alta dos juros não terá efeitos importantes sobre o crédito. “A alta de meio ponto não afeta taxas como as dos cartões de crédito, que superam 100% ao ano”, diz. Para ele, porém, a alta é um “mal necessário”: “Isoladamente, não faz muita diferença. Mas a longo prazo, segura a atividade econômica e ajuda a conter a inflação”. O professor de economia da Universidade Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, espera que o ci- Rentabilidade dos bancos brasileiros cai pelo terceiro trimestre seguido A mediana ficou em 12,49% ao ano, segundo cálculos divulgados ontem pela Economatica Copom, presidido por Alexandre Tombini, elevou a Selic a 10% clo de alta continue em 2014, para até 11%, já que “os preços serão impactados pela valorização do dólar e pelo aumento da demanda no fim do ano.” Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, diz que a volta da Selic aos dois dígitos deve-se à manutenção das expectativas de inflação em patamar acima do centro da meta. Em função das incertezas em relação ao comportamento do fluxo de capitais após o desmonte dos estímulos nos EUA, as projeções da Anbima para o câmbio em 2014 apresentam uma grande dispersão. Na média, deve ficar em R$ 2,40. NÚMEROS R$ 2,40 É quanto o Comitê de Acompanhamento Macro da Anbima espera que o dólar esteja valendo no final de 2014 10,75% É o patamar da Selic esperado pela Anbima para 2014 A mediana da rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) dos bancos brasileiros no terceiro trimestre de 2013 ficou em 12,49%, segundo cálculos divulgados ontem pela consultoria Economatica. O valor representa o sexto pior desempenho dos últimos cinco anos. O pior foi o terceiro trimestre de 2009, quando o ROE ficou em 10,06%. A rentabilidade dos bancos brasileiros tem a sua terceira queda consecutiva no terceiro trimestre de 2013. No final de 2012, estava em 17,03% — o segundo maior valor já registrado nos últimos cinco anos. O maior valor atingido aconteceu no terceiro trimestre de 2008: 19,55%. Na direção contrária, a rentabilidade dos bancos americanos no terceiro trimestre de 2013 foi a melhor dos últimos cinco anos: a taxa foi de 8,43%. Ainda assim, os bancos brasileiros continuam mais rentáveis que os americanos: no terceiro trimestre de 2013 a diferença entre os dois mercados é de pouco mais de quatro pontos percentuais. A distância vem, contudo, diminuindo em relação ao que já representou no passado. A diferença da mediana de rentabilidade ficou em 4,06 pontos percentuais no trimestre passado. Depois de passar dois trimestres melhores (o último de 2012 e o primeiro deste ano) a distância voltou a ser reduzida. No terceiro trimestre de 2008, anterior à crise dos mercados financeiros, a rentabilidade dos bancos brasileiros era de 19,55%, ante 6,36% dos americanos. Desde então, esses últimos melhoraram seus índices em dois pontos percentuais — no Brasil, ao contrário, os bancos registraram queda de sete pontos no seus ROEs. Os demonstrativos usados na pesquisa da Economatica são aqueles disponíveis na base de dados da CVM (ou similar para os bancos dos Estados Unidos). Foram considerados os originalmente publicados, não os apresentados junto com o demonstrativo do período seguinte, nem os pro-forma - portanto a comparação de valores dos que tiveram fusões ou cisões no período pode estar prejudicada. O calculo do ROE é efetuado com o lucro liquido acumulado há 12 meses em cada período. Desde a crise de 2008, os bancos americanos recuperaram sua rentabilidade, que passou de 6,36% para 8,43%. Os brasileiros, ao contrário, nunca mais exibiram taxas de 19,55% Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 25 RATING PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO S&P não define nota do Brasil agora A possibilidade de rebaixamento no nível de investimento do Brasil pela Standard & Poor´s levará de 14 meses a dois anos, segundo informou a presidente da agência, Regina Nunes. “A S&P tem uma perspectiva negativa para o Brasil desde junho. O prazo normalmente é entre 14 meses e dois anos. A chance é de uma em três”, disse Nunes, ao participar ontem de evento do IBRI. AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº. 39/2013 Andrew Harrer/Bloomberg P.A. 32.922/2013 – ID: 518028 - Objeto: Registro de Preços para eventual aquisição de estantes em aço para este Tribunal.Data da Sessão: 12.12.2013, às 10h00. Local, Informações/cópias do Edital: Av. da Paz, 2076, sl. 603, Centro, Maceió-AL – Tel.: (82) 2121-8182. Segundas às Quinta- feiras de 08:00 às 17:00 e Sextas-feiras Das 08h às 14h ou sites www.trt19.jus.br,licitacoes-e.com.br. Maria Nely Duarte Ribeiro Pregoeiro SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DIRETORIA DE LOGÍSTICA EDITAL PREGÃO ELETRÔNICO: Nº 099 /2013 - Tipo Menor Preço Global Por Lote OBJETO: Aquisição de Gêneros Alimentícios. REALIZAÇÃO: Dia 12.12.2013 - 10:00h. LOCAL: http://www.compras.rj.gov.br INFORMAÇÕES: Rua Evaristo da Veiga, nº 78 – Centro - RJ TEL/FAX: 2333.2705 Q.G. – DL/3-G.A. * Republicado por ter saído com incorreção no dia 21.11.2013 SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AVISO A Comissão Permanente de Licitação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro torna público e para conhecimento dos interessados que os termos da primeira errata, datada de 30 de agosto de 2013, da segunda errata, datada de 22 de outubro de 2013 e da terceira errata, datada de 27 de novembro de 2013, da CONCORRÊNCIA Nº 001/2013-PMERJ – Processo E-09/094/444/2013, encontram-se à disposição dos interessados junto à Diretoria de Logística – DL/4, situada à Rua Evaristo da Veiga nº 78 – Centro – Rio de Janeiro – RJ, telefone 2333-2712, nos dias úteis no horário das 10:00 às 16:00 horas, mediante a apresentação do carimbo do CNPJ da empresa. JPMorgan tenta evitar que banco de Pittsburgh tenha acesso aos termos da investigação Pressão para o JPMorgan revelar termos do acordo Federal Home Loan Bank, de Pittsburgh, pede na Justiça para ver proposta de acusação que levou o banco a pagar US$ 13 bilhões O JPMorgan Chase & Co deveria revelar os termos da proposta de acusação usados como base para a negociação de um acordo de US$ 13 bilhões que encerrou as investigações sobre as vendas de títulos hipotecários e identificar um empregado que colaborou com a investigação. É o que pedem os advogados de um banco do estado da Pensilvânia, o Federal Home Loan Bank. O banco da cidade de Pittsburgh reclama perdas de mais de US$ 1 bilhão com títulos do JPMorgan lastreados em hipotecas e que não estão cobertos pelo acordo. A instituição entrou na Justiça com um pedido para forçar o banco novaiorquino a cumprir uma ordem judicial para entregar os documentos. Os advogados do FHLB dizem que os termos da proposta de denúncia podem levar à descoberta de evidências úteis em seu próprio caso contra o banco. O juiz Stanton Wettick, do Tribunal do Estado, em Pittsburgh, ordenou em outubro que o JPMorgan revelasse os termos da denúncia formulada por autoridades federais. Os advogados do JPMorgan contestaram essa divulgação em uma audiência no dia 17 de outubro, de acordo com a transcrição do Tribunal. O banco tenta derrubar a ordem judicial. “O JPMorgan agora também tenta se colocar no lugar do governo dos EUA e argumenta que a política de acordos deveria “ As circunstâncias dessa moção levam a uma questão óbvia: o que é que o JPMorgan está tentando esconder?” David Beehler Advogado do FHLB ocultar os termos da proposta de denúncia”, disse David Beehler, advogado do FHLB, nas contestações apresentadas ontem ao Tribunal. “O interesse público - de livre acesso à informação e transparência - exige exatamente o oposto do que o JPMorgan busca. As circunstâncias dessa moção levam a uma questão óbvia: o que é que o JPMorgan está tentando esconder?” O acordo, anunciado um mês depois da audiência de Pittsburgh, põe fim às acusações federais de que o JPMorgan, a maior instituição financeira dos EUA em ativos, enganou os investidores e o público quando vendeu títulos lastreados em hipotecas residenciais de alto risco. O banco de Pittsburgh, que não faz parte do acordo, está processando o JPMorgan e as agências de ratings, incluindo a Moody's, em função dos títulos lastreados em hipotecas que comprou nos anos de 2006 e 2007. A proposta de denúncia pode revelar documentos importantes produzidos pelo JPMorgan para o Departamento de Justiça. Bloomberg SECRETARIA DA SAÚDE AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL Torna público a Abertura de Consulta Pública Consulta Pública nº:005/2013 - Processo nº 2013-0.337.095-2 Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA PATRIMONIAL DESARMADA, SERVIÇOS DE MONITORAMENTO E GERENCIAMENTO LOCAL DE IMAGENS DE CFTV E CONTROLE DE ACESSO, COM INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA DOS EQUIPAMENTOS, NAS DEPENDÊNCIAS DA SEDE E DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS E HOSPITALARES DA AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL. Os interessados poderão consultar a Minuta do Edital que constará do site http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, no período de 28/11/2013 a 06/12/2013. Após a análise da referida Minuta, poderão solicitar esclarecimentos e/ou apresentar sugestões ou opiniões, impreterivelmente dentro do período acima mencionado junto ao Núcleo de Licitações da Autarquia Hospitalar Municipal ou enviando-as para o e-mail [email protected]. CENTRAIS ELÉTRICAS MATOGROSSENSES S.A. - CEMAT CNPJ nº 03.467.321/0001-99 - NIRE 51.300.001.179 - Companhia Aberta Ata de Reunião da Diretoria realizada em 29 de outubro de 2013 1. Data, Hora e Local: Realizada às 10:00 horas do dia 29 de outubro de 2013, na sede social da Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - CEMAT, localizada na Cidade de Cuiabá, Estado do Mato Grosso, na Rua Manoel dos Santos Coimbra, nº 184, CEP: 78.010-900 (“Companhia”), sob intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL (“ANEEL”), nos termos da Resolução Autorizativa 3.647, de 31.08.2012 (“Intervenção”). 2. Presença: (i) o Interventor da Companhia, Sr. Jaconias de Aguiar; (ii) o Diretor Financeiro e Administrativo e de Relações com os Investidores, Sr. Eduardo Augusto Gomes de Assumpção; e (iii) o Contador da Companhia, Sr. Milton Henriques de Carvalho Filho. 3. Mesa: Assumiu a presidência dos trabalhos o Sr. Jaconias de Aguiar, que convidou o Sr. Jean Luís Teixeira para secretariá-lo. 4. Ordem do Dia: Análise e Autorização para publicação do balancete e das demais Demonstrações Financeiras Trimestrais da Companhia, referentes ao nonamestre do exercício social de 2013. 5. Deliberações: Iniciados os trabalhos, o Diretor Financeiro e Administrativo e de Relações com Investidores da Companhia, Sr. Eduardo Augusto Gomes de Assumpção, e o Contador da Companhia, Sr. Milton Henriques de Carvalho Filho, apresentaram explanação acerca do balancete e das demais demonstrações financeiras relativas ao nonamestre do exercício social de 2013. 5.1. Em seguida, o Interventor Jaconias de Aguiar analisou e autorizou a disponibilização das informações e documentos no endereço eletrônico da Companhia (www.cemat.com.br/investidores), bem como nas páginas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM (www.cvm.gov.br) e da BM&FBovespa - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros S.A. (www.bmfbovespa.com.br). 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente ata, que lida e achada conforme, foi assinada por todos os presentes. Cuiabá-MT, 29 de outubro de 2013. Jaconias de Aguiar - Interventor Presidente. Jean Luís Teixeira - Secretário. Eduardo Augusto Gomes de Assumpção - Diretor Financeiro e Administrativo e de Relações com os Investidores. Milton Henriques de Carvalho Filho - Contador CRC MT 008306-O-0. JUCEMAT - Certifico o registro em 12/11/2013 sob o nº 20131341499. Narjara Bairros - Secretária Geral. POSITIVO INFORMÁTICA S.A. Companhia Aberta - CNPJ/MF: 81.243.735/0001-48 FATO RELEVANTE Em atendimento às disposições da Instrução CVM nº 358, de 03 de janeiro de 2002, os Administradores da Positivo Informática S.A. (“Companhia”) comunicam a seus acionistas e ao mercado em geral que, em reunião do Conselho de Administração, realizada em 26/11/2013, foi deliberado por autorizar a recompra de ações pela Companhia, nos moldes do disposto no art. 14, xiii, de seu Estatuto Social, corroborado pelo disposto na Instrução CVM nº 10/80, competindo à Diretoria da Companhia definir o momento e a quantidade de ações a ser efetivamente adquirida, nas seguintes condições: (i) Objetivo da Companhia na operação: manutenção na tesouraria da Companhia para posterior cancelamento e/ou alienação sem redução do capital social, podendo ainda estas ações serem utilizadas para atender ao eventual exercício de opções no âmbito de futuros programas de opção de compra de ações da Companhia, bem como maximizar a geração de valor para os acionistas, tendo em vista o atual valor de cotação das ações da Companhia na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. (ii) Quantidade de ações em circulação: a quantidade de ações em circulação no mercado, conforme definição do artigo 5º da Instrução CVM nº 10/80, é de 25.706.906 (vinte e cinco milhões, setecentos e seis mil e novecentos e seis) ações. (iii) Quantidade de ações a serem adquiridas: a aquisição respeitará o limite de até 875.183 (oitocentos e setenta e cinco mil e cento e oitenta e três) ações previsto no artigo 3º da Instrução CVM nº 10/80, considerando que a Companhia já mantém ações em tesouraria. (iv) Quantidade de ações atualmente mantidas em tesouraria: 1.695.508 (um milhão seiscentos e noventa e cinco mil e quinhentos e oito) ações. (v) Prazo para aquisição: o prazo máximo para aquisição é de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, com início em 27/11/2013 e término em 26/11/2014. A aquisição de ações deverá ser feita no pregão da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, a preço de mercado. (vi) Instituição financeira autorizada: BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A., com sede na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3477, 15º andar, na cidade de São Paulo, Estado do São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 43.815.158/0001-22. Cumpre informar que a Companhia se encontra momentaneamente impedida de negociar ações de sua própria emissão em função da existência de estudos de reestruturação societária, para os quais, neste momento, não são possíveis prever desfechos e nem garantir que quaisquer projetos serão de fato implementados. A Companhia voltará a comunicar sobre este tema tão logo alguma decisão seja tomada, ou os projetos sejam encerrados. Curitiba, 26 de novembro de 2013. Lincon Lopes Ferraz - Diretor de Relações com Investidores. 26 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ MUNDO Editor: Gabriel de Sales [email protected] Dia de Ação de Graças expõe efeitos dos cortes orçamentários nos EUA Instituições de caridade se organizam para atender maior número de pessoas sem acesso ao tradicional peru, depois da redução de US$ 5 bilhões no programa alimentar do país Mandel Ngan/AFP Os Estados Unidos, “a terra da abundância”, comemoram, hoje, o Dia de Ação de Graças mas, para os mais pobres, haverá menos comida na mesa depois que o Congresso cortou parte da ajuda governamental para a alimentação. Enquanto grande parte dos americanos prepara o tradicional peru para o jantar de Ação de Graças, as instituições de caridade se organizam para responder a uma demanda maior, após o corte de US$ 5 bilhões da maior rede de segurança alimentar do país. Os parlamentares, que têm por objetivo reduzir o déficit orçamentário, aprovaram cortes na assistência alimentar dirigida aos pobres: o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP, na sigla em inglês), uma iniciativa que ajuda a alimentar cerca de 48 milhões de pessoas, ou um em cada sete americanos. Determinados a reduzir a enorme dívida do governo e o crônico déficit, democratas e republicanos discutem no Congresso a aplicação de mais cortes na assistência alimentar, de US$ 5 bilhões a US$ 40 bilhões ao longo de 10 anos. Em Washington, a capital dos Estados Unidos, uma em cada três crianças luta contra fome. Tratase da segunda pior taxa do país, ficando atrás apenas do estado do Novo México, de acordo com a Feeding America, uma rede nacional de 200 bancos de alimentos. A Feeding America informou que o número de pessoas de baixa renda que a instituição alimenta “ Para quem vive na extremidade inferior do espectro socioeconômico, a recessão não acabou” George Jones Executivo-chefe da “Bread for the City” anualmente cresceu 46% desde 2006, de 25 milhões para 37 milhões de pessoas. Na capital, o centro de uma das regiões mais ricas do país, legiões de desabrigados se enfileiram diariamente na frente dos caminhões que oferecem alimentos. Essas instituições se veem desafiadas pela necessidade de atender a crescente demanda de pessoas que convivem com a “insegurança alimentar” — termo usado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, responsável pelo SNAP. A organização sem fins lucrativos de Washington “Bread for the City” (Pão para a Cidade) identificou um aumento de 10% a 15% no número de pessoas e famílias atendidas por suas duas despensas de alimentos em Washington desde a crise econômica de 2008, afirmou seu executivo-chefe, George Jones. “Para quem vive na extremidade inferior do espectro socioeconômico, a recessão não acabou”, disse Jones, que argumenta que os cortes na assistência alimentar afetam pessoas que já precisam lutar para pagar o aluguel, despesas médicas e custos de transporte. Em 2012, o Banco Alimentar da Capital (CAFB, na sigla em inglês) distribuiu 20 milhões de quilos de alimentos, ou 37,5 milhões de refeições, ajudando cerca de 500 mil pessoas. A instituição precisou trocar de sede no ano passado após ser obrigada a devolver milhões de quilos de doações porque a sede antiga, com metade do tamanho da atual, não tinha como armazenar os alimentos. O diretor de políticas públicas da CAFB, Brian Banks, disse que o volume de suprimentos precisa ser reforçado nos feriados. Mas, com os cortes na assistência alimentar aprovados pelos legisladores, os suprimentos foram reforçados ainda mais porque o desejo era o de “se preparar para o pior”. Banks explica que o problema não se resume ao desemprego. De acordo com ele, a maioria das pessoas que buscam ajuda, tanto na capital como no resto do país, tem emprego, mas não consegue receber o suficiente para arcar com todas as despesas. Uma pesquisa publicada esta semana também revela que mais de 20% — ou um quinto — das crianças de Nova York vivem em casas onde não têm o suficiente para comer. O relatório anual da Coalizão da Cidade de Nova York contra a Fome, que viu um aumento em 10% neste número com relação ao período anterior estudado, é a evidência mais recente a apontar níveis elevados de desigualdade entre os super-ricos da cidade e o resto da população. A coalizão atribuiu este aumento ao furacão Sandy, que devastou a cidade no ano passado e deixou, até hoje, muitas pessoas sem casa, a cortes incapacitantes no orçamento e à economia americana pós-crise ainda combalida. Veronica Smith, AFP Menos pedidos de auxílio-desemprego e cautela na indústria O número de norte-americanos que solicitou novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu inesperadamente na semana passada, mas a contínua fraqueza nos gastos corporativos com bens de capital sugere crescimento econômico mais lento dos Estados Unidos no quarto trimestre. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 10 mil, para 316 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou ontem o Departamento do Trabalho. Empregadores adicionaram 204 mil novos postos de trabalho às folhas de pagamento no mês passado, mais do que o esperado, dando fôlego a especulações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode começar a retirar seu estímulo econômico mais cedo do que se esperava. Mas, embora os dados de emprego estejam melhorando, empresas parecem estar cautelosas em gastar com bens de capital nos EUA. Outro relatório do Departamento do Comércio mostrou que as encomendas de bens de capital fora do setor de Defesa excluindo aeronaves, uma medida dos planos de gastos das empresas, caíram 1,2% em outubro. Lucia Mutikani, Reuters Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 27 Alessandro Bianchi/Reuters DECISÃO HISTÓRICA Silvio Berlusconi é expulso do Senado O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, líder da direita italiana há duas décadas, foi expulso do Senado ontem, uma decisão histórica que representa a perda de sua imunidade parlamentar. O magnata, que havia sido condenado a quatro anos de prisão por fraude fiscal, mostrou-se desafiante, enquanto o Senado fazia a votação. “É um dia de luto” para a Itália e sua democracia, disse ele diante de centenas de manifestantes. AFP Jim Watson/AFP Johannes Eisele/AFP Mantendo a tradição na véspera do Dia de Ação de Graças, o presidente Barack Obama “perdoou”, ontem, dois perus: Popcorn (foto) e Caramel, escolhidos pela Federação Nacional do Peru dos Estados Unidos Conservadores cederam em itens sociais, como o salário mínimo Merkel terá o apoio da coalizão de direita com centro-esquerda Reunião dos dois grupos que garante um terceiro mandato para Merkel terminou de madrugada O partido conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, e os sociais-democratas, de centro-esquerda, fecharam acordo na madrugada de ontem para formar uma “grande coalizão” após negociações que avançaram pela noite, o que significa que a chanceler deve conseguir formar um novo governo até o Natal. “O resultado é bom para o nosso país e tem um tom conservador”, disse Hermann Groehe, secretário-geral do partido de Merkel, a União Democrata-Cristã (CDU). Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu e negociador do Partido Social-Democrata (SPD), descreveu o acordo como um “resultado excelente” para o partido, cuja participação no governo de Merkel ainda depende, de uma votação interna entre os 474 mil filiados à legenda. Se a base do SPD aprovar, Merkel deve ser eleita em 17 de dezembro pelos deputados do Bundestag para comandar um governo de ampla coalizão em um ter- ceiro mandato de quatro anos. A chanceler aceitou várias concessões importantes que poderiam ajudar a superar as dúvidas dos militantes do SPD, que hesitam ante a ideia de uma aliança com um partido de direita. Fontes ligadas aos partidos indicaram que os conservadores aceitaram criar um salário mínimo na Alemanha de 8,50 euros a hora a partir de 2015, mas que só será aplicado a todos os setores a partir de 2017. O salário mínimo seria uma novidade na Alemanha, país que até agora deixava nas mãos dos interlocutores sociais as questões salariais. Segundo o instituto econômico DIW, 5,6 milhões de pessoas, 17% da força de trabalho alemã, recebem atualmente menos de 8,50 euros por hora. Após mais de um mês de negociações, os sociais-democratas também podem celebrar o acordo que abre a possibilidade de aposentadoria aos 63 anos (contra 67) para os trabalhadores com 45 anos de contribuição. O SPD também conquistou uma de suas principais reivindicações na área social: a possibilidade de conceder a dupla cidadania aos filhos de estrangeiros nascidos na Alemanha. Agências 28 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ▲ MUNDO Cresce abismo entre a elite e as pequenas equipes da Fórmula 1 Custos elevados beneficiam escuderias vencedoras, que atraem patrocinadores em detrimento das menores Nacho Doce/Reuters As equipes de Fórmula 1 concordam que o custo do esporte é muito alto, mas não conseguem chegar a um consenso sobre o que fazer a respeito. No paddock do Grande Prêmio do Brasil, que encerrou a temporada no último final de semana, em São Paulo, as equipes da maior série de automobilismo do mundo discordaram a respeito de como atacar os crescentes custos que o ex-proprietário de equipe Eddie Jordan disse que poderiam levar a “uma enorme implosão se algo não for feito rapidamente”. Equipes pequenas e classificadas no meio da tabela, como Sauber e Lotus, sofreram crises financeiras nesta temporada e estão pedindo um limite para gastos com sanções similares às do novo acordo no futebol europeu. A Red Bull, que conquistou seu quarto título consecutivo como construtora e no mundial de pilotos, e a McLaren, que é regular na Fórmula 1 desde 1966, acreditam que impor um limite não é algo prático porque as equipes encontrariam formas de driblar as regras. “Eu adoraria ver os custos sob controle, claro”, disse o chefe da Red Bull, Christian Horner, em uma entrevista. Um limite seria “impossível de fiscalizar porque há muitas estruturas diferentes, muitas entidades diferentes. Eu simplesmente não consigo ver como isso poderia ser fiscalizado”. A disparidade financeira pode ser vista nas contas da Red Bull, cujo campeão mundial Sebastian Vettel venceu a nona corrida consecutiva em São Paulo, fixando um novo recorde para uma só temporada, e Marussia, cujos carros ocuparam os dois últimos lugares no grid de largada do GP do Brasil. trou vendas de 28,3 milhões de libras e custos de 54,4 milhões de libras no mesmo período. A Red Bull conquistou 596 pontos nesta temporada, enquanto a Marussia não conseguiu nenhum. Neste ano, Red Bull, Ferrari e McLaren entraram em um acordo com os proprietários da série que permite que as escuderias compartilhem US$ 180 milhões em pagamentos por assinatura, enquanto a Mercedes e a Williams também chegaram a acordos. Equipes menores podem entrar em um círculo vicioso de gastos excessivos para subir na classificação e atrair patrocinadores, segundo a chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn. A Sauber, com sede na Suíça, foi salva por investidores russos em julho, quando estava com dificuldades para honrar dívidas, incluindo o salário do piloto Nico Hulkenberg. “Se você não é tão bom, é muito difícil atrair patrocinadores”, disse Kaltenborn, a única mulher que é chefe de uma equipe na Fórmula 1, em entrevista. “É um círculo muito, muito vicioso do qual é muito, muito difícil sair”. Elas só gastam, reage Bernie Ecclestone Atingidas pela baixa receita e altos custos, pequenas equipes da Fórmula 1 pedem limites nos gastos Um círculo vicioso com os gastos excessivos A Red Bull Technology, empresa que desenha e fabrica o carro vencedor do campeonato, teve vendas de 231,9 milhões de libras (US$ 375 milhões) e custos de 201,3 milhões de libras até o final de 2012. A Red Bull Racing, uma subsidiária que gerencia a equipe, teve vendas de 176,3 milhões de libras e custos de 170,3 milhões de libras. A Manor Grand Prix Racing, empresa-mãe da Marussia, regis- RESUMO DA HISTÓRIA Os altos custos da competição beneficiam as escuderias mais fortes, que conseguem atrair grandes patrocinadores, distanciando-se das pequenas, cujos prejuízos tendem a aumentar 1 2 3 ARed Bull Technology, que fabrica o carro vencedor do campeonato, teve vendas de 231,9 milhões de libras e custos de 201,3 milhões até o final de 2012. Enquanto disso, a Manor Grand Prix Racing, empresa-mãe da Marussia, registrou vendas de 28,3 milhões de libras e custos de 54,4 milhões no mesmo período. Embora as equipes tenham assinado contratos até 2020, é provável que o desequilíbrio das transações financeiras seja revisto, Bob Fernley, da Force India. O CEO da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, de 83 anos de idade, diz que as equipes deveriam culpar a si mesmas se não estão satisfeitas com os acordos financeiros da categoria. “Elas têm contrato assinado até 2020”, disse Ecclestone, em uma entrevista concedida enquanto caminhava pelo paddock de Interlagos. “Elas não deveriam ter assinado se não concordavam. Por mais que você dê para essas pessoas, nunca será o suficiente. Elas só gastam”. Embora as equipes tenham assinado contratos até 2020, é provável que o desequilíbrio das transações financeiras seja revisto, disse Bob Fernley, vice-diretor da Force India, que terminou a temporada em sexto lugar. “Uma semana na Fórmula 1 é muito tempo e as coisas podem mudar muito rapidamente”, disse ele. “Eu acho que haverá algumas mudanças. Haverá a constatação de que o enriquecimento de equipes escolhidas talvez tenha sido o caminho errado”. Tariq Panja, Bloomberg News Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 29 Scott Eells/Bloomberg LETÔNIA Desabamento provoca queda de premiê O primeiro-ministro da Letônia, Valdis Dombrovskis, renunciou devido ao desabamento do teto de um supermercado na capital Riga, que matou mais de 50 pessoas. A renúncia provoca uma crise política no Estado báltico, que está previsto para ser integrado à zona do euro em janeiro e é visto como um exemplo de prudência fiscal. As causas para o desabamento continuam desconhecidas. Reuters AFP Infraestrutura de transporte ajuda Dubai a vencer disputa para sediar a Exposição Mundial de 2020 São Paulo, que disputava a indicação, obteve só 13 votos e foi eliminada na primeira votação Investidores ocidentais correm para Teerã em busca de negócios Conferência automotiva, na capital iraniana, surpreende e atrai grande número de europeus Sasan Ghorbani diz que a conferência sobre a indústria automobilística iraniana que ele está organizando para o próximo final de semana, em Teerã, de repente se tornou mais atrativa do que esperava. Os vistos serão disponibilizados nomomentodachegada paraatender a um aumento na demanda após o acordo do final de semana passado, em Genebra, para relaxar as restrições comerciais em relação ao Irã, disse Ghorbani, diretor da associação de fabricantes de autopeças da república islâmica. “Todos nos perguntam, ‘você sabia que as sanções seriam retiradas dias antes dessa conferência?’”, disse ele em entrevista por telefone. “Sinceramente, não sabíamos”. Entre os participantes confirmadospara a Conferência Internacional da Indústria Automotiva do Irã estão a Renault e a Pininfarina, da Itália, segundo o site do evento. A chegada delas sustenta a promessa de investimento em uma economia levada à recessão devido a sanções e pode se somar ao otimismo pós-Genebra, que tam- bém está deslumbrando os mercados de câmbio não oficiais do Irã, onde a moeda local, o rial, subiu desde que o acordo foi assinado. O acordo, que os diplomatas esperam substituir por uma resolução definitiva daqui a seis meses, levantará algumas restrições comerciais em troca de freios ao trabalho nuclear do Irã. Isso abre a porta para empresas internacionais entrarem em um país de cerca de 77 milhões de pessoas. Os EUA dizem que o acordo trará benefícios de US$ 7 bilhões ao Irã nos próximos seis meses, o equivalente a cerca de 2,7% da produção do país no período, com base em dados do Banco Mundial. Isso inclui US$ 1,5 bilhão em receita da suspensão de sanções sobre indústrias como a Acordo de Genebra levantará algumas restrições comerciais em troca de freios ao trabalho nuclear do Irã. Isso abre a porta para empresas estrangeiras entrarem em um país de 77 milhões de pessoas de carros e a petroquímica. O rial havia perdido mais da metade de seu valor antes da eleição do presidente Hassan Rouhani, em junho, porque a produção de petróleo atingiu a maior baixa em duas décadas. Rouhani, que em campanha prometeu relaxar as sanções, herdou uma economia que encolheu mais de 5% no ano fiscal até março e uma taxa de inflação de cerca de 40%. Os EUA informaram que o acordo pode possibilitar que o Irã repatrie cerca de US$ 4,2 bilhões em ativos congelados. O governo de Rouhani “parece mais contido e menos orientado a gastos populistas” do que a administração anterior de Mahmoud Ahmadinejad, e provavelmente usará o dinheiro para reforçar as reservas do Banco Central e dar apoio ao câmbio, disse Edward Bell, analista do Médio Oriente na Economist Intelligence Unit. Isso pode não ser suficiente para reverter a queda da economia porque a inflação “fez muito dano ao poder de compra e distorceu o real valor dos produtos”, disse ele. Ghorbani disse que tem esperança de que essa era está caminhando para o final após a eleição de Rouhani. “Às vezes coisas boas acontecem”, disse ele. Bloomberg News O BAÚ DO LUXO NA PRAÇA VERMELHA Tatyana Makeyeva/Reuters A capital iraniana, que reúne beleza e história, volta a se abrir para o Ocidente, atrás de recursos Dubai venceu a disputa para sediar a Exposição Mundial de 2020, desbancando a concorrência de São Paulo, Yekaterinburgo (Rússia) e Izmir (Turquia) em votação do, ontem, Bureau Internacional de Exposições,com sede em Paris.Dubai recebeu o apoio de 116 dos 164 membros votantes do órgão na rodada final da votação contra a cidade russa. Essa é a primeira vez que uma cidade do Oriente Médio é escolhida para realizar o evento. São Paulo foi eliminada ainda na primeira rodada de votação, quando recebeu apenas 13 votos. Uma multidão de centenas de pessoas se reuniu diante de grandes telões em frente ao Burj Khalifa, o edifíciomaisaltodomundo,em Dubai, para acompanhar a votação. O governodeemiradofezumfortelobby para sediar a feira em 2020, dando destaque à sua infraestrutura de transportesedizendoque asinstalações vão ser transformadas depois da Expo em um centro de comércio. Exposições mundiais, nas quais os países participantes aproveitam para mostrar seu poder tecnológico,cultura e arquitetura, sãorealizadas a cada cinco anos, durante um período de seis meses. Milão será a sede da próxima, em 2015. Reuters ■ O Kremlin exigiu que seja desmontado o baú gigante com as cores da marca francesa de luxo Louis Vuitton instalado na Praça Vermelha e cuja presença provocou indignação em Moscou. A instalação que reproduz o baú da marca Louis Vuitton tem nove metros de altura e 30 de comprimento, e deveria acolher a partir de 2 de dezembro e até 19 de janeiro uma exposição de malas e bolsas da marca. AFP 30 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 OPINIÃO Editoria de Arte O projeto e-Social: risco ou oportunidade? Antonio Gesteira* [email protected] slogan do Governo “uma nova era nas relações entre os empregados, empregadores e o Governo” nos convida à seguinte reflexão: Estamos diante de mais uma obrigação complexa que irá consumir uma quantia enorme de recursos dos contribuintes? Ou diante de uma oportunidade de melhorar os nossos processos internos visando reduzir o retrabalho e criarmos uma agenda única entre os departamentos de gestão de pessoas, departamento de pessoal, tecnologia da informação, jurídico e a contabilidade? Sabemos que o objetivo do projeto e-Social é aumentar ainda mais a transparência nas relações entre as empresas e seus empregados, além de melhorar a eficiência na fiscalização, reduzir a burocracia e reduzir as fraudes que ultrapassam a casa do bilhão. O e-Social é um projeto do governo federal que vai coletar as informações descritas no Objeto do e-Social, armazenando-as no Ambiente Nacional do e-Social, possibilitando aos órgãos participantes do projeto sua efetiva utilização para fins previdenciários, fiscais e de apuração de tributos e do FGTS. Foi aprovado, com a publicação Ato Declaratório Executivo SUFIS Nº 05/13 (DOU de 18/07/2013), o leiaute dos arquivosque compõemo e-Social, que será exigido para os eventos ocorridos a partir da competência de janeiro de 2014. O empregador deverá transmitir o arquivo/lote com 50 empregados, cada arquivo terá um recibo de envio e inicialmente será utilizado o modelo de transmissão assíncrona, quando não é estabelecido, no receptor, nenhum mecanismo de sincronização relativamente ao emissor, e futuramente será síncrona, quando, no dispositivo receptor, é ativado um mecanismo de sincronização relativamente ao fluxo de dados proveniente do emissor. O programa de recepção levará em conta a integridade das informações referentes ao CNPJ do empregador, número do PIS, data de nascimento do funcionário, número de identificação do trabalhador, CPF, inscrição do contribuinte individual e outros dados. O cronograma de implantação estabelecido pelo e-Social seguirá a seguinte ordem: ■ Empresas tributadas pelo Lucro Real O Elevar o nível de maturidade com transparência e qualidade das informações e atendimento inequívoco dos prazos é o sonho de consumo de qualquer empresa ■ Cadastramento inicial deve ser feito até 30/04/2014 ■ O envio de eventos mensais de folha e apuração de tributos deve iniciar até 30/05/2014 ■ Substituição da GFIP a partir de 07/2014 ■ MEI e Pequeno Produtor Rural ■ Implantação do e-Social com Recolhimento unificado — final do 1º semestre de 2014 ■ Empresas tributadas pelo Lucro Presumido e Empresas do Simples Nacional ■ O Cadastramento inicial deve ser feito até 30/09/2014 ■ O envio de eventos mensais de folha e apuração de tributos deve iniciar até 30/10/2014 ■ Substituição da GFIP a partir de 11/2014 Considerando a complexidade na captura, organização, adequação ao leiaute e envio das informações, recomenda-se um processo de gestão de arquivos digitais que contemple as informações de folha, saúde e segurança do trabalho, cadastro de processos judiciais e administrativos e autônomos. Seguem algumas orientações que acredito que possam ajudar na realização do projeto: ■ Revise os processos internos ■ Elabore um plano de ação ■ Ajuste os prazos de acordo com o cronograma do e-Social ■ Envolva o departamento jurídico ■ Verifique as verbas e as incidências. ■ Considere a disponibilidade de infraes- trutura para o armazenamento dos recibos ■ Dimensione os links de comunicação de dados ■ Busque apoio dos especialistas O prazo de 30/04 para carga inicial trará inúmeros riscos para as empresas o que já demanda toda a atenção com relação ao cadastro dos funcionários, dados do empregado e empregador, identidade do funcionário, conta corrente, tabela de cargos e salários e tabela dos estabelecimentos, dentre outros riscos inerentes a todo o processo de mudança do meio físico para o eletrônico. Entretanto, para as empresas que enxergarem o projeto como uma oportunidade será um ótimo momento para a criação de um modelo de governança de processos, orientado a gestão de eventos e não apenas ao atendimento das obrigações sem capturar benefícios. Além disso, elevar o nível de maturidade com transparência e qualidade das informações e atendimento inequívoco dos prazos é o sonho de consumo de qualquer empresa. *Antonio Gesteira é diretor executivo da Vinco Soluções Tecnológicas Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 Brasil Econômico 31 RUBENS BATISTA JR FABIO FELDMANN Diretor geral da Próximo, rede especializada em games Consultor em sustentabilidade O preço do PS4 ‘deu’ no Jornal Nacional A volta do anti-semitismo na Europa? O anúncio do preço de venda ao consumidor do PS4 — R$ 3.999 — no Brasil foi recebido com surpresa e gerou indignação imediata nos consumidores. Esse preço quando comparado ao preço de venda no varejo dos Estados Unidos é de mais fácil explicação por parte do fabricante, que se municia de planilhas e cálculos, e muito mais de difícil compreensão por parte dos consumidores, que arcarão com o custo de comprar ou a frustração de “ficar na vontade”. Notícias recentes publicadas em vários jornais revelam o crescimento da extrema direita em vários países da Europa. Além disso, aponta-se também um aumento do anti-semitismo com especial ênfase na Hungria. Apenas para registro, meus avós paternos vieram de lá no período entre as duas guerras mundiais, fugindo exatamente de manifestações contra judeus por parte de estudantes. Aliás, um filme referência é “Sunshine — O despertar de um século” (1999). É complicado para qualquer consumidor entender como US$ 399,99, preço final nos EUA computados custo, impostos e lucro — o equivalente a R$ 900,00 à taxa de câmbio de R$ 2,25— émultiplicado por4,4para ser vendido no Brasil! E o ‘timing’ para a Sony não poderia ser pior, por suceder um erro no lançamento do título Beyond Two Souls, que apresentou problema na dublagem. O filme relata a história de uma família judia na Hungria, perfeitamente inserida na sociedade, sendo formada por praticantes de esgrima, que tiveram uma participação destacada nas Olimpíadas como integrantes da delegação do país. Existem muitas tentativas de explicação sobre o crescimento do antisemitismo tal como a situação da economia húngara, mas de fato nada justifica a depredação de cemitérios, grafites nazistas, abuso verbal e até mesmo intimidação em jogos de futebol, como ocorrido com o presidente da Associação Raoul Wallenberg, Ferenc Orosz. É complicado para o consumidor entender como US$ 399,99, preço final nos EUA, equivalente a R$ 900, ao câmbio de R$ 2,25, é multiplicado por 4,4 para ser vendido no Brasil Característica típica do brasileiro, a indignação deu lugar à chacota e galhofa. E, claro, o “jeitinho”, reagiu, criativamente, com a imaginação — e em alguns casos com a prática — de estratégias de aquisição mais econômicas, tais como: compra via sites de e-commerce estrangeiros (mesmo correndo o risco ou se sujeitando ao pagamento da taxa de importação); a programação de viagens ao Chile ou aos EUA, que feitas as contas, renderiam um passeio, além da aquisição do console ao preço — passagem, estadia e console inclusos — igual ou inferior ao preço a ser praticado no varejo local. Houve espaço, também, para as “teorias conspiratórias” de que tudo não passava de uma estratégia de marketing para gerar discussão e, que posteriormente, o preço “correto” será anunciado, o que, aparentemente, são será o caso. Indignação e especulações à parte, nós varejistas começamos a refa- zer as contas, tentando antecipar o impacto que tal preço terá no consumo e, consequentemente, no mix de produtos que serão vendidos. Até porque o Xbox One foi lançado ao preço de R$ 2.299,00 (na pré-venda) e a R$ 2.399,00 a partir de sua disponibilização nas lojas (22 de novembro). Outra preocupação é quanto isso poderia vir a afetar o mercado formal, que hoje se encontra em franca expansão em detrimento do mercado “cinza”. O impacto do preço do PS4 é, em nossa opinião, momentâneo. O varejo formal — e quiçá o fabricante — irá, de alguma maneira, criar condições para facilitar a aquisição do produto por parte do cliente, fiel à plataforma. O mais importante desta polêmica foi evidenciar o quão importante e crescente é esse mercado. A publicidade dada na mídia impressa, audiovisual - com destaque para a veiculação no Jornal Nacional - e a repercussão nas redes sociais demonstrou claramente isso. Os números agregados atestam o mesmo fato. Segundo a IDG (International Data Group) as vendas de hardware e software (de jogos) no Brasil, em 2012,atingiram US$ 674 milhões, representando 36% das vendas na América Latina. Em 2013 este número é estimado em US$ 793 milhões, com elevação da participação do Brasil para 38%. O potencial de crescimento é elevado, uma vez que se estima que menos de 33% das casas contam com consoles. Essa é a razão pela qual não temos dúvidas de que a tendência é de que cada vez mais os consumidores brasileiros serão mais bem tratados pelos fabricantes de consoles e pelos desenvolvedores e distribuidores dos jogos. O futuro é promissor e, seguramente, tende a ser mais barato! “Engenhos do mal” como o holocausto podem voltar a ocorrer caso não estejamos aptos a combatê-los desde suas manifestações mais primárias Apenas a título de informação, Raoul Wallenberg foi o diplomata sueco responsável por salvar milhares de judeus húngaros no final da 2ª Guerra Mundial e que, em razão desta sua atitude, dá hoje o nome da avenida onde se localiza a sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Desapareceu misteriosamente com a invasão russa, sendo que até hoje não são conhecidos os fatos relativos ao seu desaparecimento. É importante dar atenção à volta do anti-semitismo pelo fato de que ainda que muitos possam considerar essas manifestações irrelevantes, elas merecem total repúdio por razões éticas e legais, mas, sobretudo, para se evitar espaço para o seu crescimento. Sempre é bom lembrar que o holocausto que provocou a morte de 6 milhões de judeus ocorreu há pouco mais de 70 anos, ou seja, na geração de nossos pais e avós. Atingiu também ciganos, comunistas, homossexuais, sendo que o mesmo ocorreu simplesmente porque as pessoas, à época, não souberam dimensionar o perigo representado por uma extrema direita capaz de mobilizar os piores sentimentos da humanidade. O que torna mais difícil de explicar a “industrialização da morte” é o fato de que a população da maior parte dos países onde ela foi praticada foi participante ativa em todo esse processo, sendo, desse modo, importante se manter uma postura sentinela. Na França, os franceses se calaram e a polícia assumiu o papel de capturar os judeus do país e enviálos para os campos. Poloneses, húngaros, ucranianos, muitos outros e, obviamente, os alemães não exerceram papel diferente. Todos os relatos demonstram que foram capazes de tomar para si requintes de crueldade contra seus vizinhos e colegas de classe, além de se apropriarem, sem qualquer prurido, de suas casas e bens. Exemplo disso é a recente descoberta de pinturas de valor inestimável na Alemanha, no que é considerada a maior descoberta, desde a 2ª Guerra Mundial, de arte confiscada pelos nazistas. De tudo isso, uma coisa é líquida e certa: há que se combater o antisemitismo em toda e qualquer modalidade e se partir sempre da premissa de que “engenhos do mal” como o holocausto podem voltar a ocorrer caso não estejamos aptos a combatê-los desde suas manifestações mais primárias. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Diretor Presidente José Mascarenhas BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Publisher Ramiro Alves Chefe de Redação Octávio Costa Editora-Chefe Sonia Soares Editora-Chefe (SP) Adriana Teixeira Diretor de arte André Hippertt Editora de arte Renata Maneschy Redação (RJ) Rua dos Inválidos, 198, Centro, CEP 20231-048, Rio de Janeiro Tels.: (21) 2222-8000 e 2222-8200 Redação (SP) Rua Guararapes, 2064, Térreo, Brooklin Novo, CEP 04561-004, São Paulo E-mail [email protected] CONTATOS Redação Tels.: (21) 2222-8000 e (11) 3320-2000 Administração Tels. : (21) 2222-8050 e (11) 3320-2128 Publicidade Tels.: (21) 2222-8151 e (11) 3320-2182 Condições especiais para pacotes e projetos corporativos [email protected] Tel.: (11) 3320-2017 (circulação de segunda à sexta, exceto nos feriados nacionais) Atendimento ao assinante / leitor Rio de Janeiro (Capital) — Tels.: (21) 3878-9100 São Paulo e demais localidades — Tels.: 0800 021-0118 De segunda a sexta-feira — das 6h30 às 18h30 Sábados, domingos e feriados — das 7h às 14h www.brasileconomico.com.br/assine [email protected] Central de Atendimento ao Jornaleiro Tel.: (11) 3320-2112 Impressão Editora O DIA S.A. (RJ) 32 Brasil Econômico Quinta-feira, 28 de novembro, 2013 ASSINE JÁ! São Paulo e demais localidades: 0800 021 0118 Rio de Janeiro (Capital) : (21) 3878-9100 [email protected] Empresa Jornalística Econômico S. A. Rua dos Inválidos, 198, Centro - CEP: 20231-048, Rio de Janeiro (RJ) - Tels.: (21) 2222-8000 e 2222-8200 www.brasileconomico.com.br PONTO FINAL OCTÁVIO COSTA Chefe de Redação [email protected] Os argumentos contra o fim do voto aberto nos casos de indicação de autoridades têm respaldo entre os senadores. A ampla maioria considera que é arriscado se opôr abertamente à aprovação de nomes avalizados pelo Palácio do Planalto para vagas no Supremo Tribunal Federal e para o comando da Procuradoria Geral da Repúbli- AROEIRA ca. Haveria risco de represália, dizem os parlamentares. Porém, mesmo nesses casos, alguns observadores da cena política dizem que tal temor fazia sentido ao tempo do regime autoritário. Mas, hoje, quando o país vive dias de plenitude democrática e tem ampla liberdade de imprensa, tais pressões certamente viriam à tona, A manutenção do sigilo na eleição das Mesas Diretoras de Senado e da Câmara mostra o que está em jogo nessas escolhas portes diplomáticos para os deputados (2º), controlar o fornecimento de passagens aéreas (3º) e administrar os imóveis funcionais (4º). O mandato é de dois anos, sem direito a reeleição, a não ser em legislaturas diferentes, exatamente o que vai acontecer em 2015. Portanto, Renan Calheiros legislou em causa própria. Com voto secreto ele terá grande chance de se reeleger presidente do Senado em fevereiro do ano que vem. E continuará a dar a palavra final, por exemplo, sobre a ordem de votações, urgência de cassações e prioridade para exame de vetos presidenciais. Com o voto aberto, a reeleição de Renan não seria fácil. Para Rodrigo Rollemberg, a prática de voto secreto no Congresso é motivo de vergonha. “Já houve tempo no país em que as mulheres e os analfabetos não tinham direito a voto. Daqui a alguns anos, causará a mesma surpresa a informação de que o Congresso tomava decisões por voto secreto”, compara o líder do PSB no Senado. SOBE E DESCE Antonio Cruz/ABr N a sessão de terça-feira, o Senado tomou uma decisão histórica ao acabar com as votações secretas nas cassações de parlamentares e no exame de vetos presidenciais pelo Congresso. Mas a PEC do Voto Aberto foi aprovada parcialmente, porque, por pressão do presidente da Casa, Renan Calheiros, manteve-se o sigilo na indicação de autoridades pelo Executivo e na eleição da Mesa Diretora do Senado e da Câmara. O líder do PSB, senador Rodrigo Rollemberg (DF), bem que tentou evitar o fatiamento da PEC. Levantou questões regimentais, defendeu o texto integral, mas, ao fim, viu-se forçado a recuar quando Renan ameaçou devolver a emenda constitucional para nova análise da Comissão de Constituição e Justiça. Caso isso acontecesse, o tema voltaria à estaca zero. desmoralizando e desqualificando seus autores. A outra barreira, contudo, parece injustificável. Mas, ao armar um verdadeiro cavalo de batalha para manter o voto secreto na eleição das Mesas Diretoras do Congresso, Renan Calheiros mostrou os interesses que existem por trás dessas escolhas. “Isso foi coisa do Renan para se reeleger em 2015. A Mesa sobrou”, explicou o senador Walter Pinheiro, ao criticar o fatiamento do texto. Renan não tem nada de bobo e sabe muito bem o que faz. O presidente do Senado tem nas mãos um orçamento de R$ 3,5 bilhões e o presidente da Câmara dispõe de R$ 5 bilhões. Ao todo, o Orçamento do Legislativo somou R$ 8,5 bilhões este ano, o que é mais do que orçamentos de oito Estados. A Mesa Diretora é composta pelo presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários, além dos suplentes. Cada secretário tem atribuições específicas, como administrar o pessoal da Câmara (1º secretário), providenciar passa- Aministra doMeio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que vai intensificar as ações de combate aodesmatamento ilegal na Amazônia,que teve umaumento de 28% este ano. Serão usadas tecnologias mais avançadas. Moreira Mariz/Ag. Senado POR TRÁS DO VOTO SECRETO O senador Wellington Dias, líder da base aliada, chegou atrasado na votação do Plano Nacional de Educação, aprovado ontem de forma meteórica. A reunião durou cerca de 10 minutos, e o texto foi enviado ao Plenário do Senado.