De (por)que continuam a adoecer e
morrer os trabalhadores: entraves e
desafios do campo Saúde do Trabalhador
Francisco Antonio de Castro Lacaz
Escola Paulista de Medicina,
Universidade Federal de São Paulo
Junho 2015
Sobre título e Barbárie Hodierna
Em 1984 Diesat publica livro De que adoecem e
morrem os trabalhadores, aponta taxa letalidade
média por AT de 42/10 mil (contribuintes: 60% FT)
• Anos 1990 taxa foi 85/10 mil;
• Anos 2000: 59/10 mil (BRASIL, 2012 a)
• Em 2010: 710 mil AT; 2500 mortes (taxa 35/10
mil); 15 mil incapacidades permanentes; custo
R$ 11 bilhões; alvo pacote levyano (ou leviano?)
• Em 2013 custo  R$ 32 bilhões (IV CNST)
Sobre título e Barbárie Hodierna
Em 1916 Rosa Luxemburgo cunhou frase:
“Socialismo ou Barbárie”.
Em 2014, Capitalismo resulta na equação:
85=3,5 bilhões (ARBEX, 2015)
No Brasil, entre 2013/14 aumentou 350%
número de milionários
EUA aumento foi de 20% (ROSSI, 2015)
Sobre título e Barbárie Hodierna
É falso dizer que com o PT houve queda na
desigualdade de renda!
Há queda, se é que houve, na diferença de
renda entre assalariados, mas...
não
na diferença renda entre Capital e Trabalho.
(ROSSI, 2015)
Sobre título e Barbárie Hodierna
OCDE, clube dos ricos sobre a Barbárie, cf. Rossi
(2015)
“... não é mais apenas uma questão ética há
custos econômicos, restringe a recuperação
[econômica] de base ampla, sustentada.
Elevada desigualdade leva a reduzida
mobilidade entre gerações.”
Sobre título e Barbárie Hodierna
Na relação Trabalho-Saúde-Ambiente, processos
produção destroem regiões pelo mundo onde a
exploração degrada a natureza (ARBEX, 2015):
“liberando gás, petróleo do xisto e ... envenenando
lençóis freáticos expulsando famílias de
trabalhadores de suas terras, contaminam
pastos, produtos agrícolas, elevando a níveis
epidêmicos taxas de câncer.”
Cf. Engels; Marx (Ideologia Alemã): as forças
produtivas agora são forças destrutivas.
Sobre título e Barbárie Hodierna
Se ciência/tecnologia atuassem p/ produzir
valores de uso não haveria fome (ARBEX, 2015)
“... agricultura produz quase 3 mil
calorias/dia/hab. mais que suficiente para
dar alimento ao mundo.
Técnicas de manejo permitiriam abrigar 7 bi
de pessoas em habitações cômodas,
decentes ecologicamente sustentáveis.”
Campo ST: velhas-novas questões
“Sus atende trabalhador por AT... tem que
ficar afastado. Mas PS não reconhece os
exames já realizados, há demora para
conceder o benefício, trabalhador obrigado
a refazer exames cf. exigências do INSS.”
“São ministérios que dialogam muito pouco
criando situações de demora e gastos
desnecessários.” (CNST[T]1986 ou 2014?)
Campo ST: velhas-novas questões
“No Brasil estamos produzindo exército de
mutilados, de adoentados. O processo
produtivo leva ao AT. Este processo deve
ser modificado, substituído por um novo,
focado no ser humano, na sustentabilidade
e na saúde das pessoas.” (1994 ou 2014?)
Campo ST: velhas-novas questões
Sus como sistema não incorporou trabalho
como categoria central para análise da
determinação social do processo S-D!
Ações ST tem entraves: condições T; falta
qualificação,vínculos instáveis,terceirização.
ST no centro da contradição K-T e seu uso
Político. (RIBEIRO; LEÃO; COUTINHO, 2013)
Campo ST: velhas-novas questões
“Política integral-intersetorial ST está longe
de prioridade no modelo desenvolvimento
adotado no Brasil.” (PORTO, 2013)
Papel do Estado X Visat: enfrentamento K
Novas formas de “trabalho” e APS
Movimentos sociais e ST
Terceirização e ST
Agrotóxicos-Defensivos agrícolas (IV CNST)
Campo ST: velhas-novas questões
Como podem ser institucionalizadas ações
ST sem enfrentar as contradições K-T se a
política real conjuga interesses do Estado-K
pautando-se pelo neoliberalismo, dando ao
Estado um espaço mínimo na construção
das Políticas Sociais?
Como superar uma situação da Renast em
sequer o conflito interesses é resolvido?
ST campo na encruzilhada
O movimento social hoje: cooptação e
fragilidade, buscar novos interlocutores
A Academia hoje: produtivismo e inércia
O Sus hoje: entre a privatização, o
descompromisso e perda de financiamento
Como enfrentar a “ajuste levyano” (ou
leviano?) e sua incidência no campo ST?
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