UNIVERSIDADE SÃO MARCOS FACULDADE DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE – I MÓDULO 6 – TEOREMA DA MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA PARTE TEÓRICA 1. OBJETIVOS Uma vez completado este módulo, deveremos estar capacitados para: a) Calcular a potência em uma carga elétrica que está conectada a uma fonte de tensão real. b) Calcular a potência em uma resistência interna de uma fonte de tensão real, conectada a uma carga elétrica. c) Relembrar a relação entre a resistência interna e a resistência de carga que produz a potência máxima na carga elétrica. 2. NOÇÕES TEÓRICAS As fontes de tensão reais têm o circuito equivalente conforme o mostrado na Figura 1(a). Já sabemos que a equação das tensões de Kirchhoff para o circuito é: Figura 1(a) Já sabemos que a equação das tensões de Kirchhoff para o circuito é: VNL = I.RI + VL Se o valor da resistência interna RI for alto, na carga aparece somente uma pequena parte da tensão devido a queda de tensão através da resistência interna. Para os valores baixos de resistência interna das baterias novas, quase toda a tensão aparece na carga. 2.1 POTÊNCIA EM UMA CARGA Para o circuito da Figura 1(a), a corrente é: VNL 24 I = ------------ = ---------- = 3 A RI + RL 4+4 A tensão através da carga será: VL = I.RL = 3 x 4 = 12 V Somente a metade da tensão aparece através do resistor de carga. A outra metade fica configurada na resistência interna. A potência (energia) na resistência de carga será: PL = I2.RL = (3)2 x 4 = 36 W A potência na resistência interna será: PI = I2.RI = (3)2 x 4 = 36 W A potência dissipada na resistência interna equivale aos mesmos 36 W. Isto, aparentemente, pode se constituir numa grande perda de energia quando o propósito consiste em transferir potência desde uma fonte de tensão a uma carga. Na Figura 1(b), a resistência interna da fonte de tensão permanece com os mesmos 4 Ω, mas a carga é reduzida a 2 Ω. Figura 1(b) Repetimos os cálculos para determinar se há mais potência disponível na carga. VNL 24 I = ------------ = ---------- = 4 A RI + RL 4+2 A potência (energia) na resistência de carga passará a ser: PL = I2.RL = (4)2 x 2 = 32 W Ao diminuirmos o valor da resistência de carga de 4 para 2 Ω, observamos uma redução da potência de 36 para 32 W. Isto em absoluto corresponde a uma melhora. Na Figura 1(c), a resistência interna da fonte de tensão permanece com os mesmos 4 Ω, mas a carga é aumentada para 8 Ω, com o objetivo de dispormos de mais potência na carga. 2 Figura 1(c) Repetimos, então, os cálculos para determinar se há mais potência disponível na carga. VNL 24 I = ------------ = ---------- = 2 A RI + RL 4+8 A potência (energia) na resistência de carga passará a ser: PL = I2.RL = (2)2 x 8 = 32 W Novamente observamos uma diminuição da potência na carga. Na carga houve a máxima potência quando a resistência de carga era igual à resistência interna da fonte. O teorema da máxima transferência de energia estabelece que: “A potência máxima a ser dissipada numa carga ocorre quando a resistência da carga for igual à resistência interna da fonte de tensão”. Quando for necessário dispormos da máxima potência, a carga será adaptada à fonte de tensão. 3. TESTE 3.1 Uma bateria tem uma tensão de 6 V e uma resistência interna de 400 Ω, e está conectada a uma carga de 800 Ω. Calculemos: a) A potência na carga. b) A potência dissipada na resistência interna da bateria.. 3.2 Se o objetivo consistia em dispormos da potência máxima na carga conectada à bateria descrita no item 3.1, qual será o valor que deverá assumir a resistência de carga? Qual a potência a ser entregue nestas condições? Agora estamos preparados para começar as atividades de aprendizagem no laboratório em Teorema da Máxima Transferência de Energia. Referência: EB – 102 – Circuitos de Corrente Contínua II – DEGEM SYSTEMS (Antecedentes Teóricos) 3 Apostila Traduzida pelo Professor Carlos Henrique Faria 4