Briófitas: O grande pulo na evolução de plantas terrestres Um dos grandes desafios enfrentados por todos os seres ao passar da vida na água para a vida na terra foi evitar a morte por ressecamento. As briófitas venceram essa batalha com duas estratégias principais: entrando em dormência quando submetidas à seca, como acontece com as briófitas amazônicas entre os meses de Julho e Setembro, e especializando-se para viver em locais muito úmidos. Briófitas: O grande pulo na evolução de plantas terrestres Briófitas são as plantas terrestres vivas mais parecidas com os primeiros vegetais que saíram da água para a terra. Além de se manterem pequenas, elas possuem células reprodutivas que “nadam” para fazer a fecundação, e captam todos os nutrientes que precisam diretamente da água, através de suas minúsculas folhas, enquanto os rizóides, estruturas parecidas com raízes, servem somente para prendêlas ao solo. Briófitas: O grande pulo na evolução de plantas terrestres Com características de plantas que viveram há 300 milhões de anos três vezes mais antigas que plantas com flores -, as briófitas conseguiram ocupar praticamente todos os ambientes e são hoje o segundo maior grupo de plantas terrestres do mundo: estima-se que existam entre 15 e 25 mil espécies, 437 delas vivendo no Amazonas. Briófitas: O grande pulo na evolução de plantas terrestres Briófitas são boas indicadoras da qualidade do solo, da água e do ar, pois acumulam poluentes com facilidade. Essas pequenas plantas também prestam um grande serviço ambiental: ao crescerem sobre folhas, elas criam o ambiente ideal para o desenvolvimento de cianobactérias, algas que transformam o nitrogênio do ar, que as plantas não conseguem utilizar, em nitrogênio captável pelos vegetais. Acredita-se que 20% de todo o nitrogênio disponível para as plantas na Amazônia resulte da interação entre briófitas, folhas e algas.