Junho/2013 - Nº 283 CAMPANHA SALARIAL 2013 Sindicato inicia preparação para a greve A direção do Sindicato dos Metalúrgicos participou de mais uma rodada de negociações na quarta-feira, 12 de junho. Nela, mais uma vez, o sindicato patronal manteve sua contraproposta rebaixada: 7,5% de reajuste salarial, que mal repõe a inflação de 7,16% (INPC), 0% de aumento para o piso salarial e um grande NÃO! a todas as demais propostas que buscam avanços em benefícios e direitos sociais de nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Os patrões só falam em “crise”, apesar de terem recebido inúmeros benefícios governamentais (desoneração da folha, ações cambiais, redução de taxas e impostos, ampliação de linhas de crédito para financiar a produção etc) e da CNI (maior entidade patronal do país) ter reconhecido que a atividade industrial teve o maior crescimento em três anos e o faturamento da indústria ter crescido no mês passado cerca de 5%. Por outro lado, nosso sindicato reafirmou a proposta original que é um reajuste salarial de 10% (a inflação do período + aumento real), piso salarial 10% maior que o piso regional do RS e avanços para itens como alimentação, Cipa, rescisões, aviso prévio, adicionais noturno, de hora extra e de tempo de serviço, auxílios maternidade, creche e paternidade, e relacionados à jornada (40 horas semanais, compensação de folgas, licenças remuneradas para acompanhamento de familiar no médico), entre outros. Diante do impasse, embora as negociações não tenham sido encerradas e se tenha a esperança de que os patrões melhorem sua proposta, a direção do sindicato iniciou a preparação da categoria para uma possível greve nas próximas semanas. A preparação já iniciou e a receptividade dos trabalhadores e trabalhadoras nas portas de fábrica tem sido extraordinária, tanto que, em algumas empresas, querem permanecer parados por mais tempo após a realização de assembleias com atraso de pegada. Companheiros/as: a nossa pauta de reivindicações foi encaminhada ao sindicato patronal em abril e já estamos na segunda quinzena de junho sem que tenha havido qualquer avanço. É hora de acirrarmos ainda mais as mobilizações da campanha salarial, rumo à decretação de uma greve geral da categoria. Participe! CAMPANHA SALARIAL / GIRO DAS FÁBRICAS www.stimepa.org.br 2 Patrões só querem explorar governos e classe trabalhadora. Tá na hora de dar a resposta O sindicato iniciou na semana do dia 10 de junho uma série de mobilizações nos portões de importantes fábricas da categoria, entre as quais a GKN, DHB, Taurus, Elster, Merkantil e Hidrojet (veja abaixo). Essas mobilizações vão continuar nos próximos dias, em outras empresas. O objetivo, além de tratar de problemas específicos das fábricas e relatar o andamento da campanha salarial, é preparar a categoria para mobilizações cada vez mais fortes. Não está descartada a realização de uma greve que pode parar, simultaneamente ou não, pequenas, médias e grandes empresas metalúrgicas de Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Guaíba e Viamão. O motivo: os patrões foram os maiores beneficiários das políticas governamentais e a indústria está “bombando”, produzindo e lucrando como nunca. Não se justifica, portanto, a contraproposta rebaixada apresentada pelo sindicato patronal nas mesas de negociação. ELSTER Chuva atrapalhou O Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre promoveu a partir do fim da madrugada da segundafeira, 10 de junho, uma assembleia geral no portão da fábrica Elster, de Cachoeirinha. A mobilização iniciou às 5h30min da madrugada e foi encerrada às 7h da manhã, atrasando a pegada do pessoal da produção. A intenção era manter a paralisação até a chegada dos funcionários das áreas administrativas, mas uma inesperada chuva impediu a continuidade da mobilização. Num primeiro momento, os dirigentes sindicais falaram sobre os problemas internos denunciados e enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras, entre ODERICH Chapa 1 se reelege no CSE Comitê Sindical da Empresa os quais a PLR (com metas impossíveis de serem atingidas), a pressão para que trabalhadores testemunhem contra colegas na Justiça do Trabalho, a pressão por mais produção, com aumento de ritmo e horas trabalhadas, que podem gerar acidentes e doenças do trabalho, a não emissão da CAT para quem se acidenta ou adoece no trabalho, entre outras questões que seriam pautadas numa reunião posterior com a direção da empresa. Num segundo momento, o presidente Lirio Segalla falou da campanha salarial e disse que, depois de várias reuniões de negociação, pouco se avançou. Os patrões rejeitaram as propostas que tratam dos benefícios e avanços nos direitos trabalhistas, e ofereciam apenas 7,5% de reajuste salarial e 0% de aumento para o piso salarial da categoria. GKN Trabalhadores/as mostram força Os trabalhadores e trabalhadoras da Conservas Oderich, fábrica de embalagens metálicas de Eldorado do Sul, reelegeram no dia 21 de maio os três companheiros que fizeram história no ano passado, compondo o primeiro CSE - Comitê Sindical de Empresa na base do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre. Desta vez os reeleitos pela Chapa 1, Cláudia Fabiane Olin, Diego Cardoso Pereira e Geison da Fontoura Machado, enfrentaram uma chapa adversária que teve indicações e apoio discreto das chefias e, supostamente, de uma central sindical opositora da CUT. Mesmo enfrentando o voto induzido pelas chefias para a oposição, a chapa de situação fez mais de 67% dos votos válidos, sinal de que o trabalho feitos pelos companheiros Geison, Diego e Cláudia foi plenamente aprovado pela maioria. Cabe lembrar que os CSEs foram criados na base do Sindicato dos Metalúrgicos, entidade filiada à CUT, a partir do XVI Congresso reali- zado em 2011, construindo as condições legais e necessárias para formar e eleger comitês sindicais nas principais empresas das cidades que compõem a base da entidade (Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Guaíba e Viamão), sendo os trabalhadores da Oderich os precursores desta nova forma de organização no local de trabalho. “Os comitês sindicais vieram para somar, levar o sindicato para o local de trabalho, nos ajudar a negociar e solucionar os conflitos e problemas existentes principalmente nas fábricas com pouca ou nenhuma representação sindical”, resumiu o presidente do sindicato, Lirio Segalla. “A longo prazo, queremos implantar comitês sindicais em todas as empresas da categoria”, revelou. Segundo o coordenador da subsede do sindicato em Guaíba, Rudinei Fernandes, após a apuração dos votos e da assinatura da ata, foi dada de imediato a posse dos três componentes do CSE da Oderich Na terça-feira, 11 de junho, foi a vez dos trabalhadores da GKN realizarem assembleia e atrasar a pegada. A mobilização iniciou sob forte cerração às 6h e foi encerrada às 8h da manhã, atrasando a pegada do pessoal da produção. A mobilização contou com a presença do presidente da Federação dos Metalúrgicos, Jairo Carneiro. Um mês antes, na noite do domingo, 12 de maio, e na tarde da segunda-feira, 13 de maio, eles já haviam participado de mobilizações semelhantes, mostrando força e combatividade na campanha salarial. Num primeiro momento, os dirigentes sindicais falaram sobre os assuntos internos denunciados e enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras, entre os quais o plano de saúde, a falta de valorização dos funcionários, a tolerância nos horários de entrada e saída, o plano de carreira deficiente, a falta de respeito e o assédio moral sofrido por muitos dos trabalhadores e trabalhadoras da produção, entre outros assuntos. Posteriormente os dirigentes, falaram do andamento da campanha salarial e da importância da união, organização e mobilização da categoria frente ao impasse nas negociações salariais e a postura desrespeitosa demonstrada por um dirigente da GKN na mesa de negociação, que tratou as reivindicações dos trabalhadores com desconsideração e ironia. CAMPANHA SALARIAL / GIRO DAS FÁBRICAS www.twitter.com/stimepa 3 DHB Trabalhadores questionam moral da empresa O Sindicato dos Metalúrgicos promoveu na tarde do dia 12 de junho a segunda assembleia geral no portão da DHB, de Porto Alegre, em menos de um mês, com o objetivo de relatar informações sobre a Campanha Salarial e para tratar de problemas específicos que estão preocupando os trabalhadores e trabalhadoras daquela empresa. A mobilização iniciou às 14h e foi encerrada por volta das 15h30min, atrasando a pegada do pessoal da produção. Mais uma vez, a não emissão da CAT, a falta de cumprimento do aviso de férias, o não depósito do FGTS, a falta de respeito e o assédio moral sofrido por muitos dos trabalhadores e trabalhadoras da produção, a pressão por mais produção e para assinar listas de compensação, o controle abusivo de horário para ir ao banheiro, entre outros assuntos, foram motivos de protesto. Os trabalhadores também ficaram cientes que a demora da campanha salarial é culpa da patronal, que se dispõe conceder apenas um reajuste que mal repõe as perdas inflacionárias e diz um sonoro NÃO! a praticamente todas as reivindicações da categoria. Sem moral para punir O Sindicato dos Metalúrgicos já havia realizado na manhã do dia 23 de maio uma assembleia geral no portão da DHB, em Porto Alegre, com a presença do presidente da CUT-RS e ex-presidente de nosso sindicato, Claudir Nespolo, para informar sobre a campanha salarial, alertar sobre uma futura necessidade de a categoria parar o Brasil, caso o Trabalhadores realizam assembleia no pátio categoria, oferecendo um reajuste bem abaixo do aumento reivindicado (10%) e rejeitando todas as outras propostas de cláusulas salariais e sociais. A assembleia serviu para mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras para as fortes mobilizações - entre as quais a greve - caso o sindicato patronal mantenha sua postura, continue oferecendo migalhas e negando todas as outras reivindicações não salariais. Trabalhadores solidários na luta! O processo de construção da greve geral da categoria, caso as negociações da campanha salarial não avancem, deu mais um importante passo na quintafeira, 13 de junho. O primeiro apoio conquistado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre na base de Alvorada aconteceu na empresa Merkantil. Todos os trabalhadores ficaram do lado de fora para participar da assembléia junto ao portão da empresa e aplaudiram o presidente do sindicato, Lirio segalla, quando ele afirmou que era necessário a categoria se mobilizar ainda mais para arrancar um bom reajuste salarial. “Os patrões aparentemente estão apostando na falta de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicas. Por isso, temos que dar a resposta na hora certa. Hoje ainda não é a greve, mas estamos preparando essa mobilização e a categoria está demonstrando união e comprometimento”, disse o presidente. A mobilização iniciou às 6h e foi encerrada às 7h30min, atrasando a pegada do pessoal da produção. Durante a assembleia, os dirigentes sindicais falaram sobre a discussão da PLR, que deve começar a ser negociada em breve, e o impasse na mesa de negociação da campanha salarial. Depois de várias reuniões de negociação, pouco se avançou, pois o sindicato patronal não quer elevar o piso e quer conceder aos salários apenas 7,5%, índice que mal repõe as perdas inflacionárias (7,16%). Além disso, os patrões disseram não a praticamente todas as HIDROJET Más condições de trabalho na pauta de reivindicações Na sexta-feira, 14 de junho, foi a vez dos trabalhadores e trabalhadoras da Hidrojet, de Porto Alegre, se mobilizarem. Uma assembleia junto ao portão da empresa foi realizada das 6h30min às 7h30min, atrasando a pegada. Na ocasião, os trabalhadores protestaram contra as más condições de trabalho na empresa. Segundo mente os trabalhadores e trabalhadoras. Na ocasião, se questionou: “Que moral a empresa tem para punir e assediar, se ela não cumpre a Convenção Coletiva e a CLT?”. MERKANTIL TAURUS Os trabalhadores e trabalhadoras da produção da Taurus realizaram uma assembleia dentro do pátio da empresa no dia 12 de junho, a partir das 9h da manhã, horário de intervalo para o café. Na ocasião, a comissão de delegados sindicais fez um relato do processo de negociação da campanha salarial, principalmente o fato de os patrões não estarem valorizando os trabalhadores da projeto da terceirização e da volta da Emenda 3 continue avançando no Congresso Nacional, e para protestar contra a postura de chefias e médicos da empresa, que estão assediando moral- relatos, o maquinário da empresa está muito defasado e o telhado da produção é bastante precário. A empresa não faz investimentos na estrutura e estas situações podem gerar acidentes graves. A assembleia também serviu para o sindicato expor a oferta rebaixada dos patrões nesta campanha salarial: apenas 7,5% de reajuste, muito distante dos reivindicações que buscam avanços nos benefícios e direitos trabalhistas de nossa convenção coletiva de trabalho. “Estamos contando com a força, a união e mobilização de toda a categoria, especialmente os trabalhadores da Merkantil, que são solidários e participativos na luta”, disse o presidente do sindicato. INFORME ECONÔMICO TRABALHADOR ASSALARIADO / INSS Contribuição (R$) Alíquota - Até R$ 1.247,70 8% - De R$ 1.247,71 até R$ 2.079,50 9% - De R$ 2.079,51 até R$ 4.159,00 11% PISO METALÚRGICO - FEVEREIRO/2013 - Piso: R$3,81 por hora - Aprendiz Cotista do Senai: R$3,08 por hora PISO REPARAÇÃO DE VEÍCULOSFEV/2013 - Piso: R$ 837,40 p/m ou R$ 3,81 p/h - Aprendiz e borracheiro: R$ 748,73 p/m ou R$ 3,40 p/h PISO MÁQUINAS AGRÍCOLAS - FEV/2013 - Piso: R$ 3,89 por hora - Aprendiz do Senai: R$ 3,12 por hora SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL - R$ 678,00 por mês PISO REGIONAL - RS - De R$ 770,00 a R$ 837,40 por mês SALÁRIO FAMÍLIA - Até R$ 646,55: - De R$ 646,55 a R$ 971,78: - Acima de R$ 971,78: R$ 33,16 por filho R$ 23,36 por filho Não tem direito IMPOSTO DE RENDA - Tabela para 2013 Base de Cálculo Até R$ 1.710,78 Alíquota - R$ 1.710,79 até R$ 2.563,91 R$ 2.563,92 até R$ 3.418,59 R$ 3.418,60 até R$ 4.271,59 Acima de R$ 4.271,59 10% reivindicados. A direção da entidade alertou que, neste caso, não só os trabalhadores e trabalhadoras da Hidrojet, mas toda a ca- tegoria, terá de arregaçar as mangas, firmar o pé e acirrar as mobilizações de campanha, se preparando para uma possível greve. 7,5% 15% 22,5% 27,5% Parcela a deduzir: Isento R$ 128,31 R$ 320,60 R$ 577,00 R$ 790,58 Deduções: R$ 171,97 por dependente. AUXÍLIO-CRECHE Reembolso de R$ 174,97 por filho, por um período de 18 meses, a contar do retorno do auxílio-maternidade. O benefício é válido apenas nas empresas com, no mínimo, 15 empregadas, desde que estas empresas não possuam creche própria ou convênio com creches particulares, em condições mais favoráveis. GERAL www.facebook.com/stimepars 4 Taurus Bons Amigos é campeã da 2ª Copa Stimepa de Futebol Sete DHB mais uma vez fica com o vice-campeonato. TMSA fica em 3° lugar e MPE, em 4º lugar A equipe Taurus Bons Amigos venceu a equipe da DHB por 4 a 2 e sagrou-se campeã da 2ª Copa Stimepa de Futebol Sete, realizada nas quadras de grama sintética do Centro Esportivo MCM, no Bairro Sarandi, em Porto Alegre, no domingo, 26 de maio. A equipe TMSA disputou o 3° lugar com a MPE e também levou o troféu disciplina da competição. As quatro equipes foram as que mais Equipe da Taurus Bons Amigos sagrou-se campeã e teve o atleta João Carlos como goleiro “menos vazado” da competição venceram e se destacaram entre as 12 equipes que passaram para a fase semifinal. As duas equipes vencedoras também tiveram os dois atletas destaques. Vagner Guimarães, da DHB, foi o goleador da competição, com 12 gols, e João Carlos Barreto, da Taurus Bons Amigos, foi o goleiro “menos vazado” da compeA equipe da MPE também fez bonito e ficou em 4º lugar tição. VETERANOS: Apenas três equipes se inscreveram para o torneio veteranos da 2ª Copa Stimepa de Futebol Sete: a equipe Vetera FC (campeã), a equipe Taurus Bons Amigos (vice-campeã) e a equipe Veterano Quebrador de Bola, 3° lugar. O goleiro Julio, do Vetera FC, foi o “menos vazado”, e o atacante Alexsandro, da Taurus Bons Amigos, o goleador. O troféu disciplina ficou com a equipe Veterano Quebrador de Bola, formada por dirigentes do sindicato e outros companheiros da luta sindical. Equipe da DHB sagrou-se vice-campeã pelo 2º ano consecutivo e teve o atleta Vagner Guimarães como goleador da competição A forte e organizada equipe da TMSA ficou em 3° lugar Na modalidade Veteranos, atletas da Vetera FC e da Taurus Bons Amigos deram exemplo de integração, companheirismo e disciplina para os mais jovens ACERTO DE CONTAS Ford condenada por abandonar fábrica em Guaíba A Ford foi mais uma vez condenada pela 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre a ressarcir o RS em R$ 162 milhões, valor relativo aos investimentos feitos pelo governo para a instalação da fábrica da empresa em Guaíba, valor que pode chegar à R$ 1,4 bilhão com os juros e correções monetárias do período. A decisão é passível de recurso. A empresa assinou contrato para implementar a fábrica num valor total de R$ 210 milhões a ser pago em parcelas, mas desistiu logo após o pagamento da primeira parte do montante, alegando atraso da segunda parcela e problemas políticos com o governo que assumia (Olívio Dutra - PT), que, na verdade, apenas questionava a negociação Folha Metalúrgica Jornal do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre feita para beneficiar a Ford pelo governador Antonio Britto, sem muitas contrapartidas sociais e que lesava os cofres públicos. A atitude inescrupulosa da empresa de abandonar Guaíba e se bandear para Camaçari, na Bahia, custou caro ao RS, ao governo e ao principal partido de sustentação, o PT. Na época, o governo Olívio Dutra sofreu duríssimas críticas que foram utilizadas politicamente pelos adversários, gerando um desgaste político sem precedentes. A oposição criou até a chamada “CPI da Ford” que não deu em nada porque os argumentos eram falsos. A mentira de que o PT havia mandado a Ford embora foi tão insistentemente repetida, inclusive pela grande mídia gaúcha, especialmente todos os veículos de comunicação do Grupo RBS, que muita gente acabou acreditando. A opinião pública foi feita de boba na época e ao longo de outras eleições. Muitos políticos, empresários, e segmentos sociais como a FIERGS, colaram ao governo Olívio o “título” de “exterminador do futuro”, por ter “mandado a Ford embora”. Por meio de má fé, durante muitos anos, a direita neoliberal bateu na tecla de que o governo Olívio havia prejudicado o RS e o município de Guaíba. Com esse discurso, aproveitou para eleger governos neoliberais, privatistas, que, como se vê, são os verdadeiros responsáveis pela exterminação dos empregos, dos serviços públicos e da riqueza brasileira representada por estatais como a CEEE, CRT, a Vale e tantas outras companhias vendidas a preços de banana. Agora, a Justiça faz justiça e mostra quem, efetivamente, exterminou com boa parte do futuro do RS. Infelizmente, a mesma grande mídia que fez eco ao discurso rasteiro e oportunista da direita – e que abomina a atual proposta Sede: Rua Francisco Trein, n° 116 - Bairro Cristo Redentor Fones: 3341.1900 e 3371.9000 - Fax: 3362.3735 Subsede Guaíba: Rua 20 de Setembro, n° 623 - Fone: 3480.1676 Subsede Cachoeirinha: Rua Fernando Ferrari, n° 136 - Fone: 3041.1303 Site: www.stimepa.org.br / E-mail: [email protected] de submeter-se à chamada “democratização dos meios de comunicação”, por meio de um controle social da mídia, que ela chama de “censura” – não deu e não dará a mesma importância e publicidade que foi dada a saída da Ford e aos motivos mentirosos engendrados pelos partidos que ela sempre apoiou, especialmente o PMDB, PSDB, PPS, DEM e PP. Presidente: Lírio Segalla Martins Rosa Diretor responsável: Antônio Carlos Medeiros Jornalista: Geraldo Muzykant (Reg. Prof. n° 8658) Edição Gráfica e Diagramação: Jean Lazarotto Santos Impressão: Editora VT Propaganda (51) 3232.9739