SINAL INFORMA BOLETIM SEMANAL 21/2013 Sinal resgate raízes e volta a ser filiado à CUT Sindicato nasceu em berço cutista e, agora, retoma suas raízes O Sindicato da Alimentação (Sinal) de Catanduva e região resgatou suas raízes: é a mais nova entidade filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). A assembleia que definiu a desfiliação da Força Sindical e promoveu a filiação à CUT aconteceu na sexta-feira, 22 de novembro, no Clube dos Bancários, em Catanduva. Estiveram presentes todos os membros da diretoria do Sinal, trabalhadores de diversas empresas, como JMarino, Noble Brasil e Citrosuco, além de autoridades, como: Sebastião Geraldo Cardozo, secretário geral da CUT/SP, Nelson Morelli, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, Agroindústria, Cooperativas de Cereais e Assalariados Rurais (Contac), Warley Gonçalles, presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), Luiz César de Freitas, Alemão, presidente da Federação dos Bancários (Fetec), Paulo Eduardo Bellucci Franco, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva, e Amarildo Davoli, vereador. Segundo o presidente do Sinal, Sérgio Augusto Urize, a entidade nasceu em berço cutista e, agora, retoma suas raízes. “O Sindicato dos Bancários, que é filiado à CUT, nos ajudou muito na fundação do Sindicato, após a greve dos trabalhadores da Cocam, em 1987. As primeiras instalações da entidade foram numa sala aos fundos do Sindicato dos Bancários”, lembra Urize, um dos fundadores do Sinal. Em 2012, durante as eleições sindicais do Sindicato, novamente, a CUT apoiou a chapa encabeçada pelo atual presidente, que também contou com a ajuda do Sindicato dos Bancários. “Nada mais justo que ‘retornarmos para nossa casa’. Estamos muito felizes e temos a certeza que teremos apoio incondicional e muita luta pelos trabalhadores da categoria”, salienta. E por falar em trabalhadores, os mesmos aprovaram, por unanimidade, a filiação à CUT. O presidente da Fetec, Alemão, ressaltou a importância de unir os trabalhadores em torno de discussões fundamentais, como as más condições de trabalho, que estão em todos os setores, e a terceirização, que vai gerar desemprego. Já o presidente da Cobap, Gonçalles, destacou a importância do que aprendeu enquanto integrante da diretoria do Sinal. “Há pouco tempo, estive nos EUA, onde falei sobre o movimento sindical e tudo que demonstrei ali, eu aprendi durante minha militância no Sindicato da Alimentação”, diz. O vereador Amarildo Davoli destacou a coragem do atual presidente do Sinal em se filiar à CUT e deixou, mais uma vez, as portas do Legislativo abertas caso a entidade necessite de ajuda. Secretário geral da CUT fala sobre a filiação do Sinal 01. Quais as principais bandeiras de luta defendidas pela CUT? Sebastião: Primeiramente, é importante falarmos dos princípios em que essas bandeiras se encaixam. São eles: princípio classista, que defende o trabalhador em todas as instâncias, princípio democrático na plenitude, que quer oportunidades iguais para todos os trabalhadores, e a solidariedade de classe, independente da atividade, local e País. Quanto às bandeiras, as mesmas dependem do momento conjuntural, que, neste momento, são: reforma agrária, reforma tributária, saúde, educação plena, condições de transporte, alimentação de qualidade, trabalho decente, moradia, participação da mulher, do jovem e do negro, democratização da comunicação, fim da terceirização. 02. Por que a CUT se diferencia das outras centrais? Sebastião: Pelo comprometimento com lutas e transformações. Não fazemos conciliação de classe. O capital é um predador e, num momento de crise, parte para cima de seus trabalhadores, cortando funcionários, diminuindo salários, tirando benefícios. Não concordamos com isso nunca; nada pode interferir no direito do trabalhador. 03. Qual a importância de receber esse novo filiado: o Sindicato da Alimentação de Catanduva? Sebastião: Para a CUT é fundamental, pois se trata de uma entidade que vai trabalhar com os princípios e bandeiras da central. Fará parte de um universo para a mudança social, agregando valores a outros sindicatos. É importante, ainda, para fortalecer e organizar o setor, que é um dos que mais crescem, pois as principais empresas do País são do ramo alimentício. Essa filiação representa um marco em São Paulo. 04. O que os trabalhadores do setor da Alimentação podem esperar dessa nova parceria? Sebastião: Luta e solidariedade com outras categorias, além de amparo na busca por melhores condições de trabalho. É preciso somar forças, associando-se ao seu sindicato, pois quando a força do trabalhador aparece, o patrão respeita. Sozinho, ninguém chega a lugar algum. É preciso unir forças. 05. A relação entre a CUT e o PT: acredita que as pessoas veem a central mais com cunho político que sindical? Sebastião: Não. Do ponto de vista social, o cidadão tem garantias constitucionais, que são as mesmas para todos. Porém, a condição de vida de cada um é diferente. Portanto, é preciso fazer as oportunidades chegar a todos e quem fornece isso é o Estado, é o Governo. É necessário fazer a vinculação política para que não se perca o que se conquistou, pois o Estado tem esse poder. Veja só: dos 513 deputados, apenas 100 defendem os interesses dos trabalhadores. Por isso, a vinculação do movimento sindical e do movimento político partidário é importante, para que possamos ter ainda mais força para conquistar benefícios aos trabalhadores e não perder aquilo que já foi conquistado. É preciso que os trabalhadores votem naqueles que lutam pelos seus direitos, para que possamos promover uma inversão de valores. Fonte: Livia Gandolfi – Assessoria de Comunicação/Sinal