UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA TESE Obtenção de derivados do lapachol e de compostos relacionados. ANDREA ROSANE DA SILVA Sob a Orientação do Professor Aurélio Baird Buarque Ferreira Tese submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Ciências, no Programa de Pós-Graduação em Química, Área de Concentração em Química Orgânica. Seropédica, RJ UFRRJ – Agosto 2009 Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. ii 547 S586o T Silva, Andrea Rosane da, 1975Obtenção de derivados do lapachol e de compostos relacionados / Andrea Rosane da Silva – 2009. 300 f. : il. Aurélio Baird Orientador: Buarque Ferreira. Tese (doutorado) – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Química. Bibliografia: f. 129-135. 1. Química orgânica - Teses. 2. Compostos organometálicos - Teses. 3. Compostos orgânicos – Teses. I. Ferreira, Aurélio Baird Buarque, 1945-. II. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Química. III. Título. Dedico este trabalho aos meus familiares, e a todos os amigos que me ajudaram. iii Agradecimentos A toda minha família, por todo suporte e encorajamento necessários para este trabalho. Ao Professor Aurélio, pela amizade e confiança. A todos os amigos da pós-graduação em química da UFRRJ. Em especial aos grandes companheiros de laboratório Ari Miranda da Silva e Bauer de oliveira Bernardes. Aos todos os funcionários ICE/DeQuim, por suas colaborações e pelo convívio cordial ao longo dos anos. A todos os Professores do ICE/DeQuim, que participaram e têm acompanhado o meu processo de formação. A Central Analítica de Farmanguinhos-FIOCruz/RJ, pelos e espectros de RMN e massas, inclusive espectros de massas de alta resolução. Em especial ao Drs. Leonardo Coutada, Erika Martins e Carlos B. Bizarri e a Msc. Eliane G. Carvalho. A FioCruz-BA e a FioCruz-RJ pelas colaborações. A CAPES pela bolsa concedida. A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro pela oportunidade. A Deus por tudo. iv RESUMO Da Silva, Andrea Rosane. Obtenção de derivados do lapachol e de compostos relacionados. UFRRJ, 2009. (Tese de doutorado em química). O lapachol (3) é extraído da madeira do ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa). Outras naftoquinonas são obtidas a partir dele, como α e β-lapachonas (4), (5) e também o 2-metóxi-lapachol (6). Ultimamente tem ocorrido um grande interesse pela química das quinonas principalmente devido a suas atividades biológicas. Este trabalho teve como objetivo obter derivados destas naftoquinonas através de reações com organometálicos gerados in situ. Os quinóis obtidos (álcoois terciários) foram sempre produtos de monoadição. Estudou-se a possibilidade de desidratação destes álcoois com aquecimento em meio ácido e também utilizando-se o sistema trifenilfosfina-iodo; para este último foram analisadas também reações com álcoois terciários obtidos a partir da fenantrenoquinona e difenil-dicetona. Investigou-se a reatividade de 6 e do 3 frente a compostos nitrogenados em meio básico (base em excesso) e em ausência de base. Observou-se que nas reações com 6 em ausência de base obteve-se em todos os casos adição à carbonila C1 gerando produtos com estereoquímica Z, pois foi observado, em cada caso, um sinal bem característico no espectro de RMN 1H, de ligação de hidrogênio intramolecular. Nas reações feitas em meio básico (base em excesso) obtevese em um caso substituição da metoxila gerando provavelmente α-xiloidona, e esta reagiu com a semicarbazida gerando produto de adição à carbonila não-conjugada à alcoxila. Em outro caso obteve-se a formação de um composto cíclico com substituição da metoxila pelo átomo de nitrogênio do reagente nitrogenado; para este produto observou-se no espectro de RMN 13C dois sinais referentes a carbonilas de cetona. Nas reações feitas com 3 nenhum produto de substituição foi obtido, apenas confirmando-se adição à carbonila C1. Foram obtidas a oxima da β-lapachona (com estereoquímica Z), e a oxima da α-lapachona, que em solvente orgânico (CDCl3) apresentou estereoquímica Z, mas após a recristalização em etanol apresentou estereoquímica E, formando dímeros com ligações de hidrogênio intermoleculares, o que foi confirmado através de análise de difração de raios-X em fase sólida – também nestes casos a adição ocorreu à carbonila não-conjugada à alcoxila. Por fim foi avaliada a toxicidade dos compostos obtidos frente ao agente causador da doença de Chagas, o Tripanosoma cruzi, e ao da malária, o Plasmidium falciparum, o composto 55 foi o mais ativo em ambos os casos. Palavras chave: lapachol, naftoquinona, organometálico. v ABSTRACT Da Silva, Andrea Rosane. Obtenção de derivados do lapachol e de compostos relacionados. UFRRJ, 2009. (Ph.D. Thesis, Chemistry). Lapachol (3) is extracted from ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) wood. Other naphthoquinones are obtained from it, such as α and β-lapachones (4), (5), and also 2methoxy-lapachol (6). Lately there has been a great interest in quinone cemistry, mainly due to their biological activity. The objective of the present work was the preparation of compounds derived from these naphthoquinones through reaction with in situ generated organometallics. The quinols (tertiary alcohols) which were obtained were monoaddition products in all cases. The possibility of dehydration of these alcohols was studied, both by heating in acidic media and by the use of the iodine/triphenylphosphine system (which was also used in reactions with tertiary alcohols obtained from phenantherenequinone and from 1,2-diphenyl-ethane-dione). Investigated was the reactivity of 3 and 6 towards nucleophilic nitrogen reagents, without or with base (in excess. It was observed that in all cases of reactions with 6 in the absence of base there was addition to the carbonyl at C1 and products with Z stereochemistry, indicated by the characteristic signal at low field in the 1H NMR spectra, due to intramolecular hydrogen bond. Reactions with excess base resulted, in one case, in substitution of the methoxyl, with intermediate formation of α-xyloidone, which then reacted with semicarbazide to generate the carbonyl addition product (at the carbonyl not conjugated with the alkoxy group). In another case, substitution of the methoxyl resulted in replacement by nitrogen and formation of a cyclic product with two ketone carbonyl absorptions in the 13C NMR spectrum. Reactions performed with 3 resulted only in addition to carbonyl (C1), no substitution products being observed. Obtained were the oximes from β-lapachone (Z stereochemistry) and from α-lapachone, which also had Z stereochemistry in CDCl3 solution but in the solid state, after recrystallization from ethanol, showed E configuration and dimers, united by two intramolecular hydrogen bonds, as determined by analysis of X-ray diffraction spectra – in these cases addition also occurred exclusively at the carbonyl not conjugated with the alkoxy group. The toxicity of the synthetized compounds was evaluated for the Chagas desease and malaria agents, Tripanosoma cruzi and Plasmidium falciparum, respectively, compound 55 was the most active in both cases. Key words: lapachol, naphthoquinone, organometallic. vi LISTA DE ABREVIATURAS δ – Deslocamento químico em ppm c.c.f- Cromatografia em camada fina IV – infravermelho E.M. – espectro de massas CG-EM – Cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas RMN 1H – Ressonância magnética nuclear de hidrogênio RMN 13C – Ressonância magnética nuclear de carbono-13 t.a.- temperatura ambiente s – singlete d – dublete dd – duplo dublete ddd – duplo duplo dublete t – triplete m – multipleto td – triplo dublete J – constante de acoplamento p.f. – ponto de fusão TMS – trimetilsilano CDCl3 – clorofórmio deuterado DMSO – dimetilsulfóxido LUMO – Lowest unoccupied molecular orbital CCF – cromatografia em camada fina DBU – 1,8-Diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno Rf – fator de retenção vii LISTA DE TABELAS Tabela 1: Ocorrência do lapachol em algumas espécies...................................................2 Tabela 2: Uso do chá da casca do ipê-roxo em alguns países...........................................7 Tabela 3: Valores de IC50 para ensaios de Ehrlich e K562.............................................15 Tabela 4: Hidrazonas da α-lapachona.............................................................................17 Tabela 5: Potencial de ionização de alguns metais.........................................................19 Tabela 6: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do lapachol (3) em clorofórmio deuterado........................................................67 Tabela 7: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), da β-lapachona (4) em clorofórmio deuterado................................................69 Tabela 8: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do 2-metóxi-lapachol (6) em CDCl3................................................................70 Tabela 9: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 55 em CDCl3...............................................................................72 Tabela 10: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 56 em CDCl3............................................................................73 Tabela 11: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 57 em CDCl3............................................................................75 Tabela 12: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 58 em CDCl3............................................................................76 Tabela 13: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 59 em CDCl3............................................................................78 Tabela 14. Resultados obtidos por modelagem..............................................................79 Tabela 15: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 61 em CDCl3............................................................................80 Tabela 16: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do produto 63 em clorofórmio deuterado......................................................81 Tabela 17: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do produto 64 em clorofórmio deuterado......................................................82 Tabela 18: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 66 em clorofórmio deuterado......................................................83 Tabela 19: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) composto 68 em CDCl3......................................................................................................85 Tabela 20: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 5 em CDCl3 ............................................................................88 Tabela 21: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 71 em CDCl3............................................................................90 Tabela 22: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 73 em clorofórmio deuterado.....................................................92 Tabela 23: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 74 em clorofórmio deuterado.....................................................93 Tabela 24: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 76 em clorofórmio deuterado......................................................95 Tabela 25: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 75 em clorofórmio deuterado......................................................95 Tabela 26: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 77 em clorofórmio deuterado......................................................97 viii Tabela 27: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 78 em CDCl3...........................................................................99 Tabela 28: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 79 em CDCl3.........................................................................100 Tabela 29: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 80Z em CDCl3.......................................................................102 Tabela 30: Ângulos formados entre os átomos.............................................................104 Tabela 31: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 81 em acetona-deuterada.......................................................107 Tabela 32: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 82 em piridina deuterada.......................................................109 Tabela 33: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 83 em DMSO.........................................................................111 Tabela 34: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 84 em CDCl3.........................................................................113 Tabela 35: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz),. do composto 85 em CDCl3..........................................................................114 Tabela 36: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 86 em piridina deuterada.......................................................116 Tabela 37: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 87 em piridina deuterada..........................................................119 Tabela 38: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 88 em DMSO.......................................................................121 Tabela 39: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 89 em DMSO...........................................................................122 Tabela 40: Valores de IC50..........................................................................................123 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Percentagem de inibição para os compostos 60, 79 e 55...........................125 Gráfico 2: Percentagem de inibição para os compostos 68 e 90.................................126 Gráfico 3: Percentagem de inibição para os compostos 83, 69, 84, 88 80,67, 81, 87,57 e 58..................................................................................126 Gráfico 4: Percentagem de inibição em diferentes concentrações para os compostos 90, 79, 60 .............................................................................127 Gráfico 5: Percentagem de inibição em diferentes concentrações para os compostos 68 e 55..................................................................................127 ix LISTA DE FIGURAS Figura 1: Exemplos de quinonas.......................................................................................1 Figura 2: Lausona e alizarina............................................................................................1 Figura 3: Lapachol............................................................................................................2 Figura 4: Benzoquinonas e naftoquinonas naturais..........................................................2 Figura 5: Mitomicinas.......................................................................................................3 Figura 6: Salvicina............................................................................................................3 Figura 7: Naftoquinonas extraídas da Capraria biflora ....................................................3 Figura 8: Avicenona ........................................................................................................4 Figura 9: Naftoquinonas, β-lapachona e α-lapachona......................................................4 Figura 10: Flor de ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha).................................................5 Figura 11: Flor do ipê-branco (Tabebuia roseo-alba)......................................................6 Figura 12: Flor do ipê-roxo (Tabebuia avellanedae)........................................................6 Figura 13: Outras naftoquinonas encontradas no ipê-roxo ..............................................7 Figura 14: Inter-conversão dos isômeros lapachol, α-lapachona e β-lapachona .............8 Figura 15: Naftoquinonas com atividade tripanocida.......................................................8 Figura 16: Derivados da alil-lausona e nor-lapachol........................................................9 Figura 17: Imidazol da β-lapachona.................................................................................9 Figura 18: Imidazóis mais ativos em formas tripomastigotas de T. Cruzi......................10 Figura 19: Modificações na morfologia do T. cruzi........................................................10 Figura 20: Estruturas dos compostos cloroquina e primaquina.......................................11 Figura 21: Naftoquinonas derivadas da lausona..............................................................11 Figura 22: Fenazinas sintetizadas....................................................................................12 Figura 23: Equilíbrio do lapachol ...................................................................................12 Figura 24: Formação da enamina. ..................................................................................12 Figura 25: Formação da oxima derivada do lapachol.....................................................13 Figura 26: Exemplos de algumas reações do lapachol com aminas primárias...............13 Figura 27: Mecanismo proposto para as reações do 2-metóxi-lapachol com aminas primárias....................................................................................14 Figura 28: Produtos das reações do 2-metóxi-lapachol (6) com aminas primárias........14 Figura 29: Iminas da β-lapachona...................................................................................15 Figura 30: Oxima de estereoquímica E da β-lapachona.................................................15 Figura 31: Oximas do lapachol.......................................................................................16 Figura 32: Hidrazonas derivadas da β-lapachona ..........................................................16 Figura 33: Adição de tiossemicarbazidas a lausona ......................................................17 Figura 34: Mecanismo de formação do alil-estanho.......................................................18 Figura 35: Reação de alil-índio com composto carbonílico............................................19 Figura 36: Adição de alil-índio a p-quinonas..................................................................20 Figura 37: Alilações e benzilações..................................................................................21 Figura 38: Exemplos de desidratação com trifenilfosfina e iodo....................................22 Figura 39: Iodação de álcois com trifenilfosfina e iodo feita em microondas................22 Figura 40: Proposta mecanística para a formação do derivado halogenado...................23 Figura 41: formação do alceno........................................................................................23 Figura 42: Mecanismo via carbocátion ..........................................................................23 Figura 43: Alcenos de ésteres terciários..........................................................................24 Figura 44: Álcool terciário com dupla ligação na posição β e trifenilfosfina-iodo.........24 Figura 45: Material particulado.......................................................................................27 Figura 46: Extração do lapachol......................................................................................27 Figura 47: Filtração da fase aquosa.................................................................................28 x Figura 48: Neutralização da fase aquosa.........................................................................28 Figura 49: Recristalização do lapachol............................................................................29 Figura 50: Síntese da β-lapachona (4).....................................................................29 e 68 Figura 51: Síntese do 2-metóxi-lapachol (6)...........................................................30 e 69 Figura 52: Reação da β-lapachona (4) com brometo de benzila e estanho.............31 e 71 Figura 53: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio.......32 e 73 Figura 54: Reação da α-lapachona (5) com brometo de benzila e índio.................33 e 74 Figura 55: Reação do lapachol (3) com brometo de benzila e índio.......................34 e 76 Figura 56: Reação do lapachol (3) com brometo de alila e índio............................35 e 77 Figura 57: Reação da nor-β-lapachona (60) com brometo de alila e índio.............35 e 79 Figura 58: Reação da fenantrenoquinona com brometo de alila e estanho.............36 e 81 Figura 59: Reação 1,2-difenil-etanodiona (65) com brometo de alila e índio........37 e 83 Figura 60: Tentativa de reação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico...38 e 84 Figura 61: Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-toluenossulfônico................................................................................39 e 85 Figura 62: Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico...............................................................................39 e 86 Figura 63: Tentativa de desidratação do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico...............................................................................40 e 86 Figura 64: Tentativa de reação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo............40 e 87 Figura 65: Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo...............................41 e 88 Figura 66: Reação do composto 57 com trifenilfosfina e iodo.......................................42 Figura 67: Reação do composto 70 com trifenilfosfina e iodo.......................................42 Figura 68: Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo...............................43 e 89 Figura 69: Reação do composto 72 com trifenilfosfina e iodo.......................................44 Figura 70: Reação do composto 59 com trifenilfosfina e iodo.......................................44 Figura 71: Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo................................45 e 91 Figura 72: Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo................................46 e 93 Figura 73: Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo................................47 e 96 Figura 74: Reação do composto 71 com DBU........................................................48 e 98 Figura 75: Reação da β-lapachona (4) com hidroxilamina......................................49 e 99 Figura 76: Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina....................................50 e 101 Figura 77: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina em presença de hidróxido de sódio.....................................................................................50 Figura 78: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%............................................................................................51 e 106 Figura 79: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de hidroxilamina e metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base).....................52 e 106 Figura 80: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico....................................................................................53 e 108 Figura 81: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base).............54 e 110 Figura 82: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina......55 e 111 Figura 83: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina em meio básico..............................................................................................56 Figura 84: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida....................56 e 113 Figura 85: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida......57 e 115 Figura 86: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzohidrazida em meio básico....................................................................58 e 117 Figura 87: Reação do lapachol (3) com cloridrato de semicarbazida...................59 e 120 xi Figura 88: Reação do lapachol (3) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida......................60 e 121 Figura 89: Reações com organometálicos.......................................................................61 Figura 90: Reações com trifenilfosfina e iodo................................................................62 Figura 91: Reações da β-lapachona e α-lapachona com cloridrato de Hidroxilamina.................................................................................................63 Figura 92: Reações do 2-metóxi-lapachol com compostos nitrogenados.......................63 Figura 93: Reações do lapachol e compostos nitrogenados com excesso de base e sem base..........................................................................................64 Figura 94: Compostos testados em T. cruzi...........................................................64 e 123 Figura 95: Compostos testados em Plasmodium falciparum.................................65 e 125 Figura 96: lapachol (3) e o seu ânion..............................................................................66 Figura 97: Valores calculados para os calores de formação...........................................80 Figura 98: Tentativa de reação dos compostos 70 e 72 com trifenilfosfina e iodo........87 Figura 99: Mecanismo proposto para a formação do composto 5 a partir do composto 67..................................................................................................88 Figura 100: Mecanismo proposto para a formação do composto 71..............................89 Figura 101: Mecanismo proposto para a formação dos compostos 73 e 74...................91 Figura 102: Estruturas em 3D do composto 75..............................................................94 Figura 103: Estruturas em 3D do composto 76..............................................................94 Figura 104: Proposta mecanística para a formação do composto 76.............................94 Figura 105: Reações com DBU......................................................................................98 Figura 106: Barreira de energia para isomerização......................................................102 Figura 107: Isomerização envolvendo espécies com cargas........................................103 Figura 108: Um mecanismo proposto para a formação de 80......................................103 Figura 109: Outro mecanismo proposto para a formação de 80...................................103 Figura 110: Oxima com estereoquímica E...................................................................104 Figura 111: Representação das interações intra e intermoleculares via ligações de hidrogênio não-clássica(C9-H9...O1intra) e clássica( O1-H1O...O3iinter e O1-H1O...N1iinter). Código de simetria (i) = 1-x, 2-y, 1-z...............................105 Figura 112: Vista do dímero formado por duas moléculas no mesmo plano...............105 Figura 113: Mecanismo proposto para a formação de composto 81............................107 Figura 114: Proposta mecanística para a formação do composto 82............................109 Figura 115: Deslocamentos químicos dos carbonos do 2-metóxi-lapachol (6), da α-lapachona (5) e do composto 87......................................................118 Figura 116: Equilíbrio do 2-metóxi-lapachol (6) em meio básico................................118 LISTA DE ESPECTROS Espectro 1: IV do lapachol (3) ....................................................................................139 Espectro 2: EM do lapachol (3) ...................................................................................140 Espectro 3: RMN de 1H do lapachol (3).......................................................................141 Espectro 4: RMN de 13C do lapachol (3)......................................................................142 Espectro 5: IV da β-lapachona (4) ...............................................................................143 Espectro 6: E.M. da β-lapachona (4)............................................................................144 Espectro 7: RMN de 1H da β-lapachona (4) ................................................................145 Espectro 8: RMN de 13C da β-lapachona (4)................................................................146 Espectro 9:IV do 2-metóxi-lapachol (6).......................................................................147 Espectro 10: E.M. do 2-metóxi-lapachol (6)................................................................148 xii Espectro 11:RMN de 1H do 2-metóxi-lapachol (6)......................................................149 Espectro 12: RMN de 13C do 2-metóxi-lapachol (6)....................................................150 Espectro 13: IV do composto 55...................................................................................151 Espectro 14: E. M. do composto 55..............................................................................152 Espectro 15: RMN de 1H do composto 55....................................................................153 Espectro 16: RMN de 13C do composto 55...................................................................154 Espectro 17: IV do composto 56...................................................................................155 Espectro 18: E.M. do composto 56...............................................................................156 Espectro 19: RMN de 1H do composto 56....................................................................157 Espectro 20: RMN de 13C do composto 56...................................................................158 Espectro 21: IV do composto 57...................................................................................159 Espectro 22: E.M. do composto 57...............................................................................160 Espectro 23: RMN de 1H do composto 57....................................................................161 Espectro 24: RMN de 13C do composto 57...................................................................162 Espectro 25: IV do composto 58...................................................................................163 Espectro 26: E.M. do composto 58...............................................................................164 Espectro 27: RMN de 1H do composto 58....................................................................165 Espectro 28: RMN de 13C do composto 58...................................................................166 Espectro 29: IV do composto 59...................................................................................167 Espectro 30: E.M. do composto 59...............................................................................168 Espectro 31: RMN de 1H do composto 59....................................................................169 Espectro 32: RMN de 13C do composto 59...................................................................170 Espectro 33: RMN de H x H COSY do composto 59...................................................171 Espectro 34: RMN de HET-COSY (J2 e J3) do composto 59.......................................172 Espectro 35: IV do composto 61...................................................................................173 Espectro 36: E.M. do composto 61...............................................................................174 Espectro 37: RMN de 1H do composto 61....................................................................175 Espectro 38: RMN de 13C do composto 61...................................................................176 Espectro 39: IV do composto 63...................................................................................177 Espectro 40: E.M. do composto 63...............................................................................178 Espectro 41: RMN 1H do composto 63.........................................................................179 Espectro 42: RMN 13C do composto 63.......................................................................180 Espectro 43: IV do composto 64...................................................................................181 Espectro 44: E.M. do composto 64...............................................................................182 Espectro 45: RMN 1H do composto 64.........................................................................183 Espectro 46: RMN 13C do composto 64........................................................................184 Espectro 47: IV do composto 66...................................................................................185 Espectro 48: E.M. do composto 66...............................................................................186 Espectro 49: RMN 1H do composto 66.........................................................................187 Espectro 50: RMN 13C do composto 66........................................................................188 Espectro 51: E.M do composto 68................................................................................189 Espectro 52: RMN de 1H do composto 68....................................................................190 Espectro 53: RMN de 1H do composto 5......................................................................191 Espectro 54: RMN de 13C do composto 5.....................................................................192 Espectro 55: IV do composto 71...................................................................................193 Espectro 56: E.M do composto 71................................................................................194 Espectro 57: RMN de 1H do composto 71....................................................................195 Espectro 58: RMN de 13C do composto 71...................................................................196 Espectro 59: RMN de H x H COSY do composto 71...................................................197 Espectro 60: RMN HET-COSY (J1) do composto 71...................................................198 xiii Espectro 61: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 71............................................199 Espectro 62: IV do composto 73...................................................................................200 Espectro 63: E.M do composto 73................................................................................201 Espectro 64: RMN 1H do composto 73.........................................................................202 Espectro 65: RMN 13C do composto 73........................................................................203 Espectro 66: IV do composto 74...................................................................................204 Espectro 67: E.M. do composto 74...............................................................................205 Espectro 68: RMN 1H do composto 74.........................................................................206 Espectro 69: RMN 13C do composto 74........................................................................207 Espectro 70: IV do composto 75...................................................................................208 Espectro 71: E.M. do composto 75...............................................................................209 Espectro 72: RMN 1H do composto 75.........................................................................210 Espectro 73: RMN H x H COSY do composto 75........................................................211 Espectro 74: RMN 13C do composto 75........................................................................212 Espectro 75: IV do composto 76...................................................................................213 Espectro 76: E.M. do composto 76...............................................................................214 Espectro 77: RMN 1H do composto 76.........................................................................215 Espectro 78: RMN H x H COSY do composto 76........................................................216 Espectro 79: RMN 13C do composto 76........................................................................217 Espectro 80: IV do composto 77...................................................................................218 Espectro 81: E.M. do composto 77...............................................................................219 Espectro 82: RMN 1H do composto 77.........................................................................220 Espectro 83: RMN 13C do composto 77........................................................................221 Espectro 84: IV do composto 78 ..................................................................................222 Espectro 85: E.M. do composto 78...............................................................................222 Espectro 86: RMN de 1H do composto 78....................................................................223 Espectro 87: RMN de 13C do composto 78...................................................................224 Espectro 88: IV do composto 79...................................................................................225 Espectro 89: E.M. do composto 79...............................................................................226 Espectro 90: RMN de 1H do composto 79....................................................................227 Espectro 91: RMN de 13C do composto 79...................................................................228 Espectro 92: IV do composto 80...................................................................................229 Espectro 93: E.M do composto 80................................................................................230 Espectro 94: RMN de 1H do composto 80....................................................................231 Espectro 95: RMN de 13C do composto 80...................................................................232 Espectro 96: IV do composto 81...................................................................................233 Espectro 97: E.M. do composto 81...............................................................................234 Espectro 98: RMN de 1H do composto 81....................................................................235 Espectro 99: RMN de 13C do composto 81...................................................................236 Espectro 100: RMN H x H COSY do composto 81......................................................237 Espectro 101: RMN HET-COSY (J1) do composto 81.................................................238 Espectro 102: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 81..........................................239 Espectro 103: IV do composto 82.................................................................................240 Espectro 104: E.M. do composto 82.............................................................................241 Espectro 105: RMN de 1H do composto 82..................................................................242 Espectro 106: RMN de 13C do composto 82.................................................................243 Espectro 107 RMN HET-COSY (J2 e J3) composto 82................................................244 Espectro 108: IV do composto 83.................................................................................245 Espectro 109: E.M do composto 83..............................................................................246 Espectro 110: RMN de 1H do composto 83..................................................................247 xiv Espectro 111: RMN de 13C do composto 83.................................................................248 Espectro 112: IV do composto 84.................................................................................249 Espectro 113: E.M do composto 84..............................................................................250 Espectro 114: RMN de 1H do composto 84..................................................................251 Espectro 115: RMN de 13C do composto 84.................................................................252 Espectro 116: IV do composto 85.................................................................................253 Espectro 117: E.M. do composto 85.............................................................................254 Espectro 118: RMN de 1H do composto 85..................................................................255 Espectro 119: RMN de 13C do composto 85.................................................................256 Espectro 120: IV do composto 86.................................................................................257 Espectro 121: E.M. do composto 86.............................................................................258 Espectro 122: RMN de 1H do composto 86..................................................................259 Espectro 123: RMN de 13C do composto 86.................................................................260 Espectro 124: RMN HET-COSY (J1) do composto 86.................................................261 Espectro 125: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 86..........................................262 Espectro 126: IV do composto 87.................................................................................263 Espectro 127: E.M. do composto 87.............................................................................264 Espectro 128: EM-ES íons negativos do composto 87.................................................265 Espectro 129: RMN de 1H do composto 87..................................................................266 Espectro 130: RMN de 13C do composto 87.................................................................267 Espectro 131: RMN H x H COSY do composto 87......................................................268 Espectro 132: RMN HET-COSY (J1) do composto 87.................................................269 Espectro 133: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 87..........................................270 Espectro 134: IV do composto 88.................................................................................271 Espectro 135: E.M. do composto 81.............................................................................272 Espectro 136: EM-ES íons negativos do composto 88.................................................273 Espectro 137: RMN 1H do composto 88 em DMSO....................................................274 Espectro 138: RMN 1H do composto 88 em acetona deuterada...................................275 Espectro 139: RMN 13C do composto 88 em DMSO...................................................276 Espectro 140: IV do composto 89.................................................................................277 Espectro 141: E.M do composto 89..............................................................................278 Espectro 142: RMN 1H do composto 89 em DMSO....................................................279 Espectro 143: RMN 13C do composto 89 em DMSO...................................................280 Espectro 144: RMN 13C do composto 89 em piridina deuterada..................................281 xv SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................1 1.1. Quinonas....................................................................................................................1 1.2. Quinonas naturais de importâcia biológica................................................................2 1.3. Naftoquinonas............................................................................................................4 1.4. Tipos de ipês existentes no Brasil..............................................................................5 1.4.1 Ipê-amarelo..............................................................................................................5 1.4.2. Ipê-Branco...............................................................................................................6 1.4.3. Ipê-roxo...................................................................................................................6 1.5. O lapachol e seus isômeros........................................................................................7 1.6. Naftoquinonas e derivados com atividade tripanocida..............................................8 1.7. Naftoquinonas e derivados, relacionados com a malária.........................................10 1.8. Reações do lapachol e derivados, com compostos nitrogenados.............................12 1.9. Adição de compostos nitrogenados a carbonila de naftoquinonas...........................15 1.10. Organometálicos alílicos........................................................................................18 1.11. Alilação e benzilação de quinonas e dicetonas.......................................................19 1.12. Sistema trifenilfosfina-iodo....................................................................................21 2.OBJETIVOS.................................................................................................................25 3. EXPERIMENTAL......................................................................................................26 3.1. Considerações gerais................................................................................................26 3.2. Extração do lapachol (3)...........................................................................................27 3.3. Síntese da β-lapachona (4)........................................................................................29 3.4. Síntese do 2-metóxi-lapachol (6)..............................................................................30 3.5. Reações com organometálicos.................................................................................31 3.5.1. Reação da β-Lapachona (4) com brometo de benzila e estanho...........................31 3.5.2. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio.......................32 3.5.3. Reação da α-Lapachona com (5) com brometo de benzila e índio........................33 3.5.4. Reação do Lapachol (3) com brometo de benzila e índio.....................................34 3.5.5. Reação do Lapachol (3) com brometo de alila e índio..........................................35 3.5.6. Reação da nor-β-lapachona (60) com brometo de alila e índio............................35 3.5.7. Reação da fenantrenoquinona 62 com brometo de alila e estanho........................36 3.5.8. Reação da 1,2-difenil-etanodiona (65) com brometo de alila e índio....................37 3.6. Reações com ácido p-toluenossulfônico...................................................................38 3.6.1. Desidratação do composto 55 com ácido p-toluenossulfônico.............................38 3.6.2. Tentativa de reação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico...................38 3.6.3. Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-toluenossulfônico..........39 3.6.4. Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico..........39 3.6.5. Tentativa de desidratação do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico e etileno glicol.......................................................................................................40 3.7. Reações com trifenilfosfina.....................................................................................40 3.7.1. Tentativa de desidratação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo.................40 3.7.2. Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo..............................................41 3.7.3. Reação do composto 57 com trifenilfosfina e iodo..............................................42 3.7.4. Reação do composto 70 com trifenilfosfina e iodo..............................................42 3.7.5. Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo..............................................43 3.7.6. Reação do composto 72 com trifenilfosfina e iodo..............................................44 3.7.7. Reação do composto 59 com trifenilfosfina e iodo..............................................44 3.7.8. Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo..............................................45 3.7.9. Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo..............................................46 xvi 3.7.10. Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo.............................................47 3.8. Reações com DBU...................................................................................................48 3.8.1. Reação do composto 71 com DBU (somente agitação)........................................48 3.8.2. Reação do composto 71 com DBU, em refluxo....................................................48 3.9. Reações com naftoquinonas e compostos nitrogenados...........................................49 3.9.1 Reação da β-lapachona (4) com hidroxilamina......................................................49 3.9.2. Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina.....................................................50 3.9.3. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina em presença de hidróxido de sódio.............................................................................................50 3.9.4. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina com carbonato de sódio 5%...........................................................................................51 3.9.5. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%...........................................................................................51 3.9.6. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio em quantidade estequiométrica...............................................................52 3.9.7. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico....................................................................................................53 3.9.8. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base)...............................54 3.9.9. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) e 2,4-dinitro-fenil-hidrazina.............................55 3.9.10. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina em meio básico.....................................................................................................56 3.9.11. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida...................................56 3.9.12. Teantativa de reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiosemicarbazida em meio básico....................................................................................................57 3.9.13. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida......................57 3.9.14. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida em meio básico....................................................................................................58 3.9.15. Reação do lapachol (3) com cloridrato de semicarbazida...................................59 3.9.16. Reação do lapachol (3) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida.....................................60 3.10. Resumo das reações................................................................................................61 3.10.1. Reações com organometálicos.............................................................................61 3.10.2. Reações com trifenilfosfina e iodo......................................................................62 3.10.3. Reações da β-lapachona e α-lapachona com cloridrato de hidroxilamina..........63 3.10.4. Reações do 2-metóxi-lapachol com compostos nitrogenados.............................63 3.10.5. Reações do lapachol e compostos nitrogenados com excesso de base e sem base....................................................................................................64 3.11.Parte biológica.........................................................................................................64 3.11.1. Testes em Trypanosoma cruzi.............................................................................65 3.11.2. Testes em Plasmodium falciparum......................................................................65 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................66 4.1. Obtenção e caracterização do lapachol (3), β-lapachona (4) e 2-metoxi-lapachol (6)...............................................................................................66 4.1.1 Extração do lapachol (3) (2-hidroxi-3-(3-metil-but-2-en-1-il)1,4-naftoquinona)...................................................................................................66 4.1.2. β-Lapachona (4) (2,2-dimetil-3,4-diidro-2H-benzo[h]cromeno-5,6-diona).........68 4.1.3. 2-Metóxi-lapachol (2-metóxi-3-(3-metil-2-butenil)-1,4-naftoquinona)................69 4.2. Reações com nucleófilos de carbono........................................................................71 4.2.1. Reação da β-lapachona com brometo de benzila e estanho: produto 55 (6-benzil-6-hidroxi-2,2-dimetil-2,3,4,6-tetraidro-5H-benzo[h]cromen-5-ona).......71 xvii 4.2.2. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio: produto 56 (4-benzil-4-hydroxi-3-metóxi-2-(3-metil-but-2-en-1-il) naftalen-1(4H)-ona)..............................................................................................73 4.2.3. Reação da α-lapachona (5) com brometo de benzila e índio: Produto 57 (10-benzil-10-hidroxi-2,2-dimetil-2,3,4,10-tetraidro5H-benzo[g]cromen-5-ona)..................................................................................74 4.2.4. Lapachol (3) com brometo de benzila e índio: produto 58 (4-benzil-3,4-diidroxi-2-(3-metil-but-2-en-1-il)-naftalen-1(4H)-ona)..................76 4.2.5. Reação do lapachol (3) com brometo de alila e índio: produto 59 (4-allil-3,4-diidroxi-2-(3-metil-but-2-en-1-il)naftalen-1(4H)-ona).......................77 4.2.6. Reação da Nor-β-lapachona (60) com brometo de alila e índio: produto 61 (5-allil-5-hidroxi-2,2-dimetil-3,5-diidronafto[1,2-b] furan-4(2H)-ona)...................................................................................................79 4.2.7. Reação da fenantrenoquinona (62) com brometo de alila e estanho: produto 63 (10-allil-10-hidroxifenantren-9(10H)-ona), produto 64 (9,10-dialil- 9,10-diidrofenantreno-9,10-diol)....................................81 4.2.8. Reação da 1,2-difenil-etanodiona com brometo de alila e índio: produto 66 (2-hidroxi-1,2-difenilpent-4-en-1-ona)……………….…………..…83 4.3. Tentativa de desidratação dos álcoois terciários.......................................................84 4.3.1. Tentativa de desidratação do composto 55 com ácido p-toluenossulfônico...............................................................................................84 4.3.2. Tentativa de desidratação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico..............................................................................................84 4.3.3. Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-toluenossulfônico e trifenilfosfina: produto 68 (6-alil-6-hidroxi2,2-dimetil-2,3,4,6-tetraidro-5H-benzo[h]cromen-5-ona).....................................85 4.3.4. Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico...............................................................................................86 4.3.5. Tentativa de desidrataçao do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico e etileno glicol.....................................................................86 4.3.6. Tentativa de desidratação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo....................................................................................................................87 4.3.7. Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo: produto 5 (α-lapachona, 2,2-dimetil-3,4-diidro-2H-benzo[g]cromeno-5,10-diona)..............88 4.3.8. Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo...............................................89 4.3.9. Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo Produto 73: 2metilfenantro[9,10-b]furano e produto 74: 2-metil-2,3- diidrofenantro [9,10-b]furano.......................................................................................................91 4.3.10. Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo.............................................93 4.3.11. Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo, produto 77: 5-metil-2,3-difenilfurano.................................................................96 4.4. Reações do composto 71 com DBU.........................................................................98 4.4.1. Reação do composto 71 com DBU com e sem aquecimento................................98 4.5. Reações de heteroátomo nucleofílicos.....................................................................99 4.5.1. Reação da β-lapachona (4) com cloridrato de hidroxilamina: produto 79 ((6Z)-2,2-dimetil-3,4-diidro-2H-benzo[h]cromeno5,6-diona 6-oxima)..............................................................................................99 xviii 4.5.2. Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina: produto 80 (2,2-dimetil-3,4- diidro-2H-benzo[g]cromeno-5,10-diona 10-oxima).................101 4.5.3. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidoxilamina com carbonato de sódio 5%. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidoxilamina e metóxido de sódio 5%........................................................................................106 4.5.4. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%.........................................................................................................106 4.5.5. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio em quantidade estequiométrica: produto 81 (oxima da 3(3-metil-2-but-2-en-1-il)naftaleno-1,2,4(3H)-triona)...........................................106 4.5.6. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico: produto 82 ((1Z) 1-semicarbazida do 2-metóxi-lapachol)........108 4.5.7. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base): produto 83...............110 ((1Z)-2-metóxi-3-(3-metil-but-2-en-1-il)naftoquinona 1-semicarbazona) 4.5.8. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) e 2,4-dinitro-fenil-hidrazina: produto 84 ((1Z)-2-metóxi-3-(3-metil-but-2-en-1-il)naftoquinona 1-[(2,4dinitrofenil)hidrazona)…………………………………………………………111 4.5.9. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina em meio básico.....................................................................................................113 4.5.10. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida: produto 85 ((1Z)-2-metóxi-3-(3-metill-but-2-en-1-il)naftoquinona 1-tiosemicarbazona).........113 4.5.11. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida 4-hidróxi-N´-[(1Z)-2-metóxi-3-(3-metilbut-2-en-1-il)-4-oxonaftalen1(4H)-ilideno] benzo-hidrazida.............................................................................115 4.5.12. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidroxi-benzo-hidrazida em meio básico. Produto 87: N-(2,2-dimetil-5,10-dioxo-5,10-dihidrobenzo[g] quinolina-1(2H)-il)-4-hidróxi-benzamida....................................117 4.5.13. Reação do lapachol (3) com ácido cloridrato de semicarbazida; produto 88: (1Z)-2-hidroxi-3-(3-metilbut-2-em-1-il)naftoquinina 1semicarbazona...................................................................................................120 4.5.14. Reação do lapachol (3) com 4-hidroxi-benzo-hidrazida: produto 89 4-hidroxi-N’-[(1Z)-2-hidroxi-3-(3-metilbut-2-em-il)-4-oxanaftaleno1(4-H)-ilideno]benzohidrazida.............................................................................121 4.6. Parte biológica........................................................................................................123 4.6.1. Testes em Trypanosoma cruzi.............................................................................123 4.6.2. Testes em Plasmodium falciparum......................................................................124 5.0. CONCLUSÕES......................................................................................................128 6.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................129 7.0. ANEXO..................................................................................................................136 7.1. Produção científica.................................................................................................137 7.2. Compostos..............................................................................................................138 7.3. Espectros.................................................................................................................139 xix 1. INTRODUÇÃO 1.1. Quinonas. As quinonas são amplamente encontradas em plantas, fungos, bactérias. Elas são classificadas como benzoquinonas quando apresentam um anel aromático, 1,2 e 1,4 ou orto e para naftoquinonas quando possuem um anel naftalênico, antraquinonas aquelas que tem um anel antracênico; a Figura 1, exemplifica estes compostos (SILVA et al., 2003). O O O O O O Antraquinona 1,4-naftoquinona 1,2-naftoquinona Figura 1: Exemplos de quinonas. As quinonas já eram usadas popularmente pelas civilizações egípcias como pigmento natural, como exemplo pode-se citar a lausona (1) ou 2-hidroxi-1,4naftoquinona (Figura 2), que é um pigmento natural extraído Henna (Lawsonia inermis) (LEMOS, et al., 2007), e alizarina (2) que também é um corante e é extraída da Rubia tictorum (NOVOTNÁ et al., 1999). O O OH OH (1) O Lausona OH (2) O Alizarina Figura 2: Lausona e alizarina. As quinonas são comercialmente usadas como corantes naturais, e amplamente empregadas na indústria farmacêutica (LEMOS et al., 2007). Nas plantas da família bignoniácea encontram-se uma grande diversidade de classes de constituintes químicos, dentre as quais lignanas, flavonóides, monoterpenos, triterpenos, ácidos cinâmicos e benzóicos, sendo as naftoquinonas a classe das substâncias mais encontradas. Estas plantas ocorrem nas regiões tropicais, contando com 100 gêneros (De OLIVEIRA et al., 1990). Em bignoniáceas o lapachol (3) (Figura 3) (que é uma naftoquinona) é abundantemente encontrado no gênero Tabebuia, onde as espécies mais comuns são, T. avellanedae, T. serratifolia, T .heptaphyla entre outros. Ele também é encontrado em plantas de outras famílias (porém em menor quantidade) como, verbenáceas, leguminosas, malvaceáceas, etc. (Tabela 1) (HUSSAIN, et al., 2007 e FONSECA et al., 2003). 1 O OH (3) O Figura 3: Lapachol. Tabela 1: Ocorrência do lapachol em algumas espécies. Família Espécies Bignoniáceas Tabebuia avellanedae Tabebuia serratifolia Tabebuia heptaphyla Zeyhera digitalis Zeyhera tuberculosa, etc. Tectona grandis Avicennia temomentosa Avicenia officinalis Diphysa robinoide Hibiscus tiliaceus Verbenáceas Leguminosas Malvaceáceas 1.2. Quinonas naturais de importâcia biológica. Atualmente sabe-se que muitas quinonas desempenham funções importantes em diversas áreas; dentre alguns exemplos pode-se citar as benzoquinonas, ubiquinonas e plastoquinonas na Figura 4, envolvidas na cadeia respiratória e na fotossíntese de plantas. As naftoquinonas filoquinona (k1), menaquinona (k2) e menadiona (k3) possuem ação controladora na coagulação sanguínea. (SILVA et al., 2003 e Das DÔRES et al., 2001). O O CH3O CH3O ( CH3O O Ubiquinona ) n H O n=6 a 10 )H ( CH3O Plastoquinona n n=9 O O O Filoquinona (k1) O O Menadiona (k3) ( Menaquinona (k2) O )n n=6 Figura 4: Benzoquinonas e naftoquinonas naturais. 2 As mitomicinas mostradas na Figura 5 possuem atividade antibiótica frente a bactérias Gram (+) e (-), a mitomicina C, que pode ser isolada de culturas de fungos Streptomyces caespitosu, e a porfirinomicina possuem atividade antitumoral (De OLIVEIRA & ALVES, 2002). O NH2 O O X Y N CH3 Z N O y x Mitomicica A Mitomicica B Mitomicica C Porfirinomicina z OCH3 OCH3 OCH3 OH H CH3 NH2 OCH3 H NH2 OCH3 CH3 Figura 5: Mitomicinas. A salvicina mostrada na Figura 6, é isolada de uma planta chinesa, Salvia prionitis, e apresenta atividade anticancerígena frente a tumores sólidos e também leucemia (SILVA et al., 2003). HO OH O O Figura 6: Salvicina. Recentemente estudos fitoquímicos realizados nas raízes da Capraria biflora (escrofulariáceas) uma planta popularmente conhecida como “chá-de-calçada”, “chábravo”, etc, coletada em Fortaleza (CE), indicou a presença da naftoquinona biflorina (Figura 7), já conhecida na literatura com atividade antiinflamatória e antimicrobiana, e de uma nova orto-quinona (um dímero), a bis-biflorina (LEMOS et al., 2007). O O O O O O O O O Biflorina Bis-biflorina Figura 7: Naftoquinonas extraídas da Capraria biflora. 3 Derivados de naftoquinonas como os quinóis tem sido explorados ultimamente principalmente devido às suas propriedades bioativas (como por exemplo atividade anticancerígena), como é o caso da avicenona (mostrada na Figura 8), que é um quinol de ocorrência natural (ITOIGAWA et al., 2001). HO O OH O avicenona Figura 8: Avicenona. 1.3. Naftoquinonas. Foram comprovadas diversas atividades biológicas das naftoquinonas: antitumoral (ARAÚJO et al., 2002), bactericida (GUIRAUD et al., 1994), antimalárica (FIESER et al., 1948), inibidora do HIV-1 (LI et al., 1993), moluscicida (Lima et al., 2002) entre outras. Isto fez com que ocorresse um grande interesse pela química das bignoniáceas nas últimas décadas (MÜLLER et al., 1999). Recentemente De Souza e colaboradores mostraram que o lapachol (3), β-lapachona (4) e α-lapachona (5), mostradas na Figura 9, têm atividade contra o fungo Fusarium oxysporum (De SOUZA et al., 2008). O O O (4) O (5) O α- lapachona β- lapachona Figura 9: Naftoquinonas, β-lapachona e α-lapachona. Estudos realizados demonstraram que o lapachol (3) também possui atividade contra larvas do Aedes aegypti (OLIVEIRA et al., 2002). Provavelmente estas atividades estão relacionadas com o ciclo redox das quinonas no sistema biológico, onde pode ocorrer a formação de semiquinonas, intermediáros instáveis que reagem rapidamente com oxigênio molecular (gerando espécies reativas como peróxidos e superóxidos) (PÉREZ-SACAU et al., 2003; De MOURA et al., 2001). O lapachol (3) é considerado de toxidez moderada em relação a outros reagentes anineoplásticos: ele apresentou bom índice terapêutico quando comparado a outras drogas. Os principais sinais observados com doses altas (1600 mg/Kg) de lapachol em animais são: depressão do SNC, exaustão física, dificuldades respiratórias e anemia. Quando utilizado em humanos em doses acima de 1,5 g/dia provoca náuseas e vômitos. O lapachol (3) foi avaliado clinicamente no tratamento do carcinoma de Walker-256, propiciando regressão definitiva de neoplasias em aproximadamente 30% dos portadores (ARAÚJO et al., 2002). 4 Atualmente a sua comercialização é feita pelo LAFEPE (Laboratório Farmacêutico do Estado de Permanbuco) através de cápsulas na dosagem de 250 mg (www.lafepe.pe.gov.br) . Algumas propriedades da β-lapachona (4), chamaram a atenção, principalmente pela sua capacidade de inibir o crescimento de tumores in vivo, e o de bactérias (DUBIN et al.,2001 e SILVA et al., 2003. A β-lapachona (4) é bem tolerada em cachorros, ratos e galinhas, mas altas doses causam úlcera gástrica. Ela é uma forte candidata para o tratamento quimioterápico do câncer, porque ela induz a apoptose (morte celular) (LI et al.,1995). Ela atua como inibidora das enzimas topoisomerase I e IIα. Estas enzimas são críticas para o funcionamento de todas as células (Da SILVA et al.,2002). Atualmente o LAFEPE está desenvolvendo um medicamento à base de βlapachona (4) na forma de cápsula gelatinosa com ação em alguns tipos de câncer (ALVES et al., 2008) . 1.4. Tipos de ipês existentes no Brasil. Ipê em tupi-guarani, significa "árvore de casca grossa" e tabebuia é "pau" ou "madeira que flutua". É apreciado pela qualidade de sua madeira, além de servir para fins ornamentais e decorativos. A árvore do ipê é alta, podendo chegar até 30 m; na época de floração perde totalmente as folhas para dar lugar às flores, das mais variadas cores (brancas, amarelas roxas ou rosa) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ip%C3%AAamarelo). O lapachol (3) pode ser facilmente extraído da serragem de ipê, contudo ele é encontrado em maior quantidade no ipê-roxo podendo chegar até 5% de rendimento (THOMSON & BURNETT, 1967 e DE OLIVEIRA et al., 1990). No Brasil existem aproximadamente 46 tipos de madeiras com a denominação de ipê (SILVA et al., 2003). 1.4.1 Ipê-amarelo. O ipê-amarelo é uma das árvores brasileiras mais conhecidas, e sem dúvida uma das mais bonitas. A floração começa no final de agosto, contudo ela é muito influenciada pela temperatura: quanto mais frio e seco maior será a intensidade da florada (http://www.ipef.br/identificacao/tabebuia.alba.asp). Dentre as espécies conhecidas como ipê-amarelo pode-se citar: Tabebuia alba, da Mata Atlântica, considerada a árvore símbolo do Brasil. T. chrysotricha (Figura 10), da Mata Atlântica. T. ochracea do cerrado. T. vellosoi, da Mata Atlântica (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ip%C3%AAamarelo). Figura 10: Flor de ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha). 5 1.4.2. Ipê-Branco. O ipê-branco (Figura 11) ou Tabebuia roseo-alba, também é uma árvore nativa do Brasil, de grande beleza, porém o seu perído de floração é muito curto, dura somente dois dias, geralmente em agosto, podendo voltar a florir em setembro com menor intensidade (STOCKMAN et al. 2007 e http://www.arvores.brasil.nom.br/florin/ipebr.htm). Figura 11: Flor do ipê-branco (Tabebuia roseo-alba). 1.4.3. Ipê-roxo. É o ipê que floresce mais cedo, geralmente de junho a agosto; tem muitos nomes populares como: ipê-preto, pau d`arco ou lapacho (De OLIVEIRA et al., 1990 e http://www.arvores.brasil.nom.br/florin/iperoxo.htm). Dentre as espécies atribuídas ao ipê-roxo pode-se citar: Tabebuia heptaphylla T. avellanedae T. impetiginosa Figura 12: Flor do ipê-roxo (Tabebuia avellanedae). No ipê-roxo além do lapachol (3), β-lapachona (4) e α-lapachona (5), também são encontradas as naftoquinonas 2-metóxi-lapachol (6) e α-xiloidona mostradas na Figura 13, e também outras antraquinonas, contudo o lapachol é a naftoquinona presente em maior quantidade (THOMSON & BURNETT, 1967). 6 O O O OCH3 (6) O (7) O α Xiloidona 2-Metoxi-lapachol Figura 13: Outras naftoquinonas encontradas no ipê-roxo. De acordo com a cultura popular o chá da casca do ipê-roxo tomado por via oral duas a quatro vezes ao dia tem várias aplicações, como as que são mostradas na Tabela 2 (http://www.rain-tree.com/paudarco.htm) Tabela 2: Uso do chá da casca do ipê-roxo em alguns países. Local Utilização Argentina México Diarréia, infecções respiratórias, infecções do trato urinário. Anemia, febre Estados Unidos Alergias, anti-inflamatórios, artrite, infecções bacterianas, cândida, gripe, infecções fúngicas, leucemia, doenças hepáticas, parasitas, ulcerações cutâneas, antioxidantes. Brasil Artrite, asma, colite, cistite, infecções fúngicas, gastrite, gengivite, leishmaniose, problemas de pele, infecções do trato urinário, feridas, etc. 1.5. O lapachol e seus isômeros. A química do lapachol (3) vem sendo estudada desde o século passado e sua primeira síntese foi descrita por Fieser em 1927 (FIESER, 1927; HOOKER, 1936). Hooker foi o primeiro a estudar a conversão do lapachol nos seus isômeros α-lapachona e β-lapachona (Figura 14), e a interconversão entre as lapachonas (PINTO et al.,1982). 7 O O OH O HCl HOAC 3 5 O H2SO4 O HCl O H2SO4 O 4 O Figura 14: Inter-conversão dos isômeros lapachol, α-lapachona e β-lapachona. 1.6. Naftoquinonas e derivados com atividade tripanocida. A doença de Chagas, é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e afeta aproximadamente 18 milhões de pessoas na América latina. O benzinidazol é o fármaco utilizado para o seu combate, porém este não é totalmente eficaz, devido à baixa eficiência na fase crônica da doença, e resistência do parasita, principalmente na fase aguda. Até o momento não existe nenhum fármaco capaz de curar a Doença de Chagas (De MOURA et al., 2004). A literatura mostra que naftoquinonas possuem atividade frente a formas tripomastigostas do T. cruzi. Na Figura 15, encontram-se algumas naftoquinonas com os seus respectivos valores de IC50 expressos em µM (é importante ressaltar que a droga de referência é o cristal violeta que tem um valor de IC50 de 536 ± 1 µM). Dentre estes compostos pode-se notar que o 2-metóxi-lapachol foi o que se mostrou mais ativo, e lausona, α-lapachona, nor-β-lapachona não são tóxicas o suficiente para se constatar ativididade (De MOURA et al., 2001). O O O O OCH3 OH O O O 410.8 53.5 Lapachol 391.5 15.5 β-Lapachona 164.8 30.5 2-metoxi-lapachol Figura 15: Naftoquinonas com atividade tripanocida. Os autores atribuem a atividade das quinonas a formação de espécies reativas do oxigênio, que induzem o estresse oxidativo, levando as células do parasito à apoptose (SALAS et al., 2008). 8 De posse destas informações, e de muitas outras, atualmente muitos pesquisadores utilizam quinonas como regentes de partida em sínteses, com intuito de aumentar a atividade biológica. Este é o caso dos compostos derivados da alil-lausona e nor-lapachol mostrados na Figura 16; o composto 8 possui um IC50 de 158 ± 9 µM, e o composto 9 um IC50 de 199 ± 19 µM, ambos mais ativos que o seus reagentes de partida (SILVA et al., 2006 e De MOURA et al., 2001) . O O O OH I2 OH O DCM piridina [I] O I O I (8) O Alil lausona IC50=352 2.9 IC50=158 9 O O OH O O Br2 CHCl3 anilina H N O (9) nor-lapachol IC50=1280.6 167.2 IC50=100 19 Figura 16: Derivados da alil-lausona e nor-lapachol. Uma classe de compostos muito importante é a dos imidazóis, recentemente Da Silva e colabores demonstraram que é possível obter imidazóis derivados da βlapachona (4) através de reações em microondas (Da SILVA et al. 2008). Dentre os compostos sintetizados, o mostrado na Figura 17 apresentou uma atividade bem promissora frente a formas tripomastigotas do T. cruzi (IC50=89,5 ± 5,1 µM) (Da SILVA, 2008). N N H O Figura 17: Imidazol da β-lapachona. Outros imidazóis também apresentam grande toxicidade em relação ao T.Cruzi, como é o caso dos compostos da Figura 18, onde os valores de IC50 variam de 15,4 a 37 µM frente a formas tripomastigitas (De MOURA et al., 2004) 9 N N N N H O (10) N N (11) N H O (12) H O Figura 18: Imidazóis mais ativos em formas tripomastigotas de T. Cruzi. Para o imidazol 10 foram feitos também testes em formas epimastigotas. Na Figura 19, a e b mostram que o parasito possui forma alongada, após um período de 24 horas uma concentração de 20 µM o imidazol provoca inchaço na mitocôndria visto em c, e com 40 µM ocorrem alterações na morfologia do parasito (d) o que impede a sua reprodução (MENNA-BARRETO et al., 2005). Figura 19: Modificações na morfologia do T. cruzi.. 1.7. Naftoquinonas e derivados, relacionados com a malária. A malária é uma doença causada por várias espécies do gênero Plasmoduim e dentres elas pode-se destacar, Plasmoduim falciparum, P. vivax, P. ovale e P.malarial, que infectam células do sangue humano. A cada ano 300 milhões de pessoas aproximadamente são infectadas, e 1 a 2 milhões chegam a morrer, sendo as crianças as mais afetadas. Ela é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, e é mais comum em regiões rurais. Os fármacos utilizados atualmente para o tratamento desta endemia são: quinacrina, cloroquina, e primaquina, mostradas na 10 Figura 20, mas estes não são totalmente eficazes (TURRENS 2004; Dos Santos et al. 2004 e http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria). O H N N N N Cl H N H2N Cloroquina Primaquina Figura 20: Estruturas dos compostos cloroquina e primaquina. Loius F. Fieser foi um dos grandes pioneiros na pesquisa de naftoquinonas com atividade anti-malária, e também na síntese de naftoquinonas em geral. Desde de 1948 ele já descreve atividade do lapachol entre outros, P. lophurae (FIESER et al., 1948). Neste mesmo ano outros autores sintetizaram uma série de quinonas derivadas da lausona, através de reações de Mannich utilizando formaldeído e aminas secundárias, mostradas na Figura 21. Sendo o composto 2-hidróxi-3-piperidinometil-1,4naftoquinona (19) o mais ativo contra o mesmo parasito mencionado acima (LEFFLER & HATHAWAY, 1948). O O (13) R=CH2NHC4H9 OH (14) R= CH2NHC5H11 (15) R= CH2NHC10H21 R (16) R=CH2NH ciclohexil (17) R=CH2NHCH2CH2OH (18) R=CH2NH(CH3)2 (19) R=Piperidinometil (20) R= 2-Me-Piperidinometil (21) R= 4-Me-Piperidinometil (22) R= Morfolinometil Figura 21: Naftoquinonas derivadas da lausona. Embora muito tempo tenha se passado, a busca de fármaco eficiente para a malária ainda é uma necessidade no Brasil. Atualmente sabe-se que o lapachol tem atividade contra P. falciparum apenas in vitro; contudo, lapachol e seus isômeros são muito utilizados como reagentes de partida na síntese de diversos compostos. Dentre os quais pode-se mencionar a classe das fenazinas, derivadas do lapachol e da β-lapachona através de reações com ofenilenodiamina. Na figura a seguir encontram-se os compostos obtidos, as fenazinas 23 (IC50=3.14 µM), 24 (IC50=1,9 µM), 25 (IC50=1,74 µM) e 26 (IC50=2,3 µM) (Figura 22), foram ativas contra P. falciparum in vitro e embora estes valores de IC50 sejam mais altos que o padrão que é a cloroquina (IC50=0,2 µM) são considerados bons porque foram ativos em formas de P. falciparum resistentes ao padrão. As demais fenazinas foram consideradas inativas, pois a concentração para inibição do parasito foi superior a 20 µM. 11 As fenazinas mais ativas 24 e 25, também foram avaliadas in vivo em ratos infectados com P. berghei e os resultados mostraram que a fenazina 24 foi inativa e a 25 considerada anti-malarial (De ANDRADE-NETO et al., 2004). N N N N O OH (23) (24) (25) (26) (27) (28) R R=Br R=SO3H R=I R=CH2CH CH2 R=H Figura 22: Fenazinas sintetizadas. 1.8. Reações do lapachol e derivados, com compostos nitrogenados. O lapachol possui, além de duas carbonilas, uma hidroxila fenólica que, devido ao fato de estar conjugada, pode ser considerada também um sítio ativo; isto é possível através do equilíbrio mostrado na Figura 23. Contudo ainda é de se esperar uma reatividade diferenciada em relação às carbonilas. O O 1 OH 1 2 O 2 4 4 OH O (B) (A) Figura 23: Equilíbrio do lapachol. Inicialmente pode-se imaginar que em reações do lapachol com aminas secundárias como morfolina, piperidina e pirrolidina, o produto formado deva ser o de adição na carbonila 1, ou adição seguido de substituição na posição 2, ou até mesmo que ocorra uma mistura de produtos. Contudo, os dados da literatura mostram que somente a enamina é formada (Figura 24), com rendimentos que variam de 77 a 94%, (OLIVEIRA et al., 2002). .. H N O OH O H O N O N OH O- O O O H H - N O Figura 24: Formação da enamina. 12 Quando o composto nitrogenado a ser adicionado é a hidroxilamina (em meio básico) ocorre a formação da oxima esperada mostrada na Figura 25, com 91% de rendimento e não é observada a formação de outro composto (PÉREZ-SACAU et al., 2003). O NOH OH OH NH2OH.HCl NaOH 5% metanol O O Figura 25: Formação da oxima derivada do lapachol. Chaves e colaboradores demonstraram a possibilidade da formação de oxazóis substituídos a partir do lapachol com algumas aminas primárias (Figura 26), com os rendimentos variando de 24 a 90%. Provavelmente ocorre adição à carbonila, perda de água, seguida de isomerização, os pares de elétrons do oxigênio da atacam o carbono SP2 formando um anel de cinco membros, para a obtenção do oxazol deve ocorrer um processo de oxidação. Estas reações foram feitas com aquecimento (CHAVÉS et al., 1990). N O NH2 4h O OH OH N O O NH2 OH R O N OH O N N OH OH R R H N OH NH2 CH2 R O CH2 R O O [O] OH OH oxazol Figura 26: Exemplos de algumas reações do lapachol com aminas primárias. O 2-metóxi-lapachol (6) é obtido através da metilação do lapachol com sulfato de metila em meio básico. Quando este derivado reage com aminas primárias em excesso ocorre algo parecido com as reações do lapachol e aminas secundárias, e também uma ciclização. Um mecanismo proposto é mostrado na Figura 27, onde é possível observar inicialmente uma adição do tipo Michael na dupla ligação da cadeia lateral do 2-metóxi-lapachol (6), seguido de oxidação para a regeneração da naftoquinona. Posteriormente, ocorre o ataque do nitrogênio ao carbono que contém o grupo metoxila e a substituição do mesmo. É observado também o produto de substituição direta sem passar pela etapa da adição de Michael, contudo não é mencionado produto de adição a carbonila. 13 OH O OH OCH3 OCH3 OCH3 R 1NH2 tipo Michael NHR1 O O OH OH O O OCH3 [O] N OCH3 NHR1 R1 NHR1 OH O O Figura 27: Mecanismo proposto para as reações do 2-metóxi-lapachol com aminas primárias. O produto de substituição direta (Figura 28) em quase todas as reações é sempre majoritário, exceto quando as aminas utilizadas são fenil-aminas (simples e parasubtituídas); nestes casos só é obtido o composto cíclico. Estas reações foram feitas tanto em refluxo quanto a temperatura ambiente (CAMARA et al., 2001). Produtos de substituição direta O Produtos de adição de Michael seguido de substituição H N O N R1 O (29) R 1= CH 2 CH CH 2 (30) R 1= PhCH 2 (31) R 1= (H 3 CO)2 CHCH 2 (32) R 1= HOCH 2 CH 2 R2 O R 2 = Ph R 2 = p-(H 3 CO)C 6 H 4 R 2 = p-(H 3 C)C 6 H 4 Figura 28: Produtos das reações do 2-metóxi-lapachol (6) com aminas primárias. Os aminoderivados 29, 30, 31 e 32 vistos na Figura 28, foram avaliadas em testes anticancerígenos com células de carcinoma de Ehrlich e células de leucemia (K562), todos foram mais ativos do que o lapachol e o 2-metóxi-lapachol, para as células de Ehrlich. Nos ensaios com células K562 o controle teve atividade antiproliferativa melhor que os compostos testados, os controles utilizados foram: quercetina (para Ehrlich) IC50= 44 µM e vincristina (para leucemia) IC50= 0,06 µM (ESTEVES-SOUZA et al., 2007). Os resultados são mostrados na Tabela 3. 14 Tabela 3: Valores de IC50 para ensaios de Ehrlich e K562. Compostos Valores de IC50 (Ehrlich) Valores de IC50 (K562) 29 16,94 ± 1.25 14,11 ± 1.39 30 23,70 ± 1.80 18,95 ± 1.80 31 32 25,28 ± 1.73 17,47 ± 1.06 17,8 ± 1.77 23,51 ± 0.816 44 - 0,06 Quercetina Vincristina 1.9. Adição de compostos nitrogenados a carbonila de naftoquinonas. Reações de anilina com β-lapachona geram as iminas mostradas na Figura 29, com estereoquímica bem definda e bons rendimentos, dentre estes os compostos 33 e 34 foram avaliados como anticacerígenas (Di CHENNA et al. 2001). R N O (33) R=H (34) R=CH3 O (35) R= OCH3 (36) R= NO2 Figura 29: Iminas da β-lapachona. PÉREZ-SACAU e colaboradores obtiveram a oxima com estereoquímica E trans da β-lapachona (Figura 30) com 12% de rendimento, através da reação com cloridrato de hidroxilamina em meio básico, esta apresenta atividade moderada em linhagens de células de leucemia humana (HL-60) (PÉREZ-SACAU et al., 2007). HO N O O Figura 30: Oxima de estereoquímica E da β-lapachona. Outras oximas de esteroquímica Z cis mostradas na Figura 31, foram obtidas a partir do lapachol com cloridrato de hidroxilamina, devido ao equilíbrio existente na 15 molécula do lapachol obteve-se dois produtos, não foi mencionado a adição de base nesta reação (LEMOS et al. 2007). O N OH O O OH O NH3OHCl O N OH OH O O O Figura 31: Oximas do lapachol. Cloridrato de fenil-hidrazina reage com β-lapachona em metanol com agitação por 27 horas. Os produtos formados são duas hidrazonas (Figura 32) uma com rendimento de 75% (hidrazona formada na carbonila mais reativa) e outra com 3% (CAVALHO et al., 2002). Segundo a estrutura proposta em ambos os casos, observouse a formação de dois compostos com estereoquímica Z, provavelmente pela possibilidade da existência de ligação de hidrogênio intra-molecular. N N O H O N N O O (75%) H (3%) Figura 32: Hidrazonas derivadas da β-lapachona. De acordo com a literatura outros autores descrevem as sínteses de uma série de aril-hidrazonas derivadas da α-lapachona mostradas na Tabela 4. Os compostos 38 e 39 foram testados in vitro, em células de 6 tipos de câncer e apresentaram atividade antiproliferativa (RENOU et al., 2003). 16 Tabela 4: Hidrazonas da α-lapachona. Estrutura Composto 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 R1 R2 N NH O O R2 R1 -Cl -OCH3 -SO2NH2 -CF3 -CH3 -COOH -F -NO2 -NO2 -OCH3 -H -H -H -H -H -H -H -H -H -H -H -H -H -H -NO2 -NO2 -Cl -CF3 -CH3 -F -H -NO2 Rendimento (%) 74 89 57 77 84 67 64 76 78 75 80 77 69 71 78 78 Chikate e colaboradores mostraram ser possível a adição de tiosemicarbazidas a lausona de duas maneiras, mostradas na Figura 33, uma delas em meio básico e solução aquosa de metanol (50%), onde ocorre adição a carbonila e outra em meio levemente ácido pH=4,5 na mesma mistura metanol-água, provávelmente porque em meio ácido pode ocorrer a protonação da hidroxila, favorecendo saída de água. Neste caso ocorre a adição e substituição da hidroxila (CHIKATE et al., 2005). NHR1 S HN N O S OH NHR2 N H O R1=H R1=CH3 O R2=H R2=CH3 Figura 33: Adição de tiossemicarbazidas a lausona. 17 1.10. Organometálicos alílicos. A alilação de compostos carbonilados gerando álcool homoalílico, consiste em um importante método para formação de ligação C-C. Os metais mais usados para a formação destes organometálicos são: lítio, magnésio, zinco, estanho, alumínio, cobre, índio e manganês, entres outros (CHAN & YANG, 1999; LUCHE & EINHORN, 1987). Em 1983, “Nokami e colaboradores”, observaram a aceleração na velocidade da reação de alilação de compostos carbonilados com o alil-estanho em éter, quando água foi adicionada ao meio. Utilizando uma mistura 1:1 de éter:água, eles conseguiram a adição no benzaldeído com 75% de rendimento em uma hora e meia, em temperatura ambiente, enquanto a mesma reação produz 50% de rendimento em solventes orgânicos como éter, benzeno, ou acetato de etila, em 10 horas de reação. O uso do meio aquoso apresenta uma série de vantagens, pois descarta-se a necessidade de secagem do solvente, muitos grupos funcionais como (OH) não precisam ser protegidos, e compostos que são solúveis em água como carboidratos não necessitam do uso de um co-solvente. Algumas reações precisam de uma quantidade catalítica de ácido bromídrico, ou até mesmo da adição de alumínio em pó ou em lâmina para aumentar a velocidade de formação do produto. Temperaturas mais altas podem ser usadas em vez de alumínio. Um outro artifício muito empregado é o uso do ultra-som, que promove a ativação do metal (LI, 1996). O uso do alumínio é mais comum em reações sem água, nas quais os solventes mais empregados são THF e DMF (TANAKA et al.,1999). Vários mecanismos têm sido propostos para as reações do tipo Barbier, dentre eles o exposto a seguir (Figura 34), estudado por Tak Chan e seus colaboradores, onde ambas as espécies, brometo de alil-estanho 53 e dibrometo de dialil-estanho 54 são formados como intermediários. Cada uma dessas espécies pode reagir com o composto carbonilado formando o álcool alílico (CHAN et al., 1999). Br + Sn H2O aquecimento ou HBr Br SnBr (53) Sn H2O ( (54) H2O _ R`CH_ O ) SnBr 2 2 H2O R` OH Figura 34: Mecanismo de formação do alil-estanho. Na tentativa de provar que a espécie 54 é predominante “Andrews e colaboradores”, reagiram estanho em pó com brometo de alila, água e ultra-som; em seguida foi feita extração do material resultante com éter, e o mesmo foi analisado por CG-EM. Deste modo foi constatado que o composto 54 (m/z=359 (100%)) apresenta-se 18 em maior proporção; isto indica que este intermediário é mais estável (ANDREWS et al., 2002). Alil-índio tem sido muito utilizado em reações em meio aquoso, com uma grande variedade de grupos funcionais como aldeídos, cetonas, anidridos, ácidos orgânicos, etc. (NAIR et al., 2001). O uso do índio em reações do tipo Barbier, foi primeiramente discutido em 1991 (LI & CHAN, 1991). Na Tabela 5 é possível observar que o primeiro potencial de ionização índio é menor é mais baixo em comparação com outros metais, por isso acredita-se que ele consiga reagir com mais facilidade, que os outros (LI & CHAN, 1999). Tabela 5: Potencial de ionização de alguns metais. Metal Índio Magnésio 1° potencial de ionização (ev) 5,79 7,65 Zinco 9,39 Estanho 7,43 Lítio 3,39 Sódio 5,12 Uma outra vantagem deste metal, está em não formar óxido rapidamente com o ar. Assim estas propriedades especiais do índio indicam que ele deve ser, como de fato é, um excelente metal para reações de Barbier. Quando reações de alilação se dão por meio de índio, geralmente elas são feitas em temperatura ambiente e dispensam o uso de catálise ou ultra-som. A reação da cetona mostrada na Figura 35, em presença de índio ocorre tranqüilamente com um rendimento de 70%; a mesma reação feita com zinco ou estanho não é bem sucedida nas condições triviais (ultra-som ou catálise): com zinco ocorre a destruição do material de partida, e com estanho consegue-se somente 10% de rendimento (LI & CHAN, 1999). CH3O CH3O O CH3O + Br In H2 O 70% HO CH3O Figura 35: Reação de alil-índio com composto carbonílico. 1.11. Alilação e benzilação de quinonas e dicetonas. Quinonas assimétricas como, por exemplo, trimetil-benzoquinona (Figura 36), reagem com alil-índio gerando mistura de produtos, onde o majoritário está sempre relacionado à carbonila menos impedida (ARAKI et al., 1991). Porém quando há a presença de hetoátomo próximo a carbonila, a adição se dá preferencialmente próxima ao heteroátomo (independente de impedimento estérico) muito provavelmente por causa da coordenação do metal com o heteroátomo, alguns exemplos são mostrados na Figura abaixo (PAN et al.,2002). 19 O O HO O 23% HO O 76% O SPh O HO SPh O O (1,6) O HO O 39% O SPh 76% HO (1) O HO O OH 61% OH HO OH O OH O Figura 36: Adição de alil-índio a p-quinonas. Nair e colaboradores realizaram várias reações de alilação, benzilação e propargilação do tipo Barbier em quinonas e di-cetonas, utilizando índio como metal, e brometo de alila e benzila. Eles observaram que quando ocorre a adição de NaI (iodeto de sódio) a reação torna-se extremamente rápida. Em todos os casos obtêm-se sempre a monoadição com rendimentos extremamente elevados. As sínteses são feitas utilizandose DMF (em meio anidro) como solvente e não há necessidade de aquecimento, os compostos obtidos são mostrados na Figura 37 (NAIR et al., 2001). 20 O alilação HO 10 min O O 97% O O O HO alilação 2 min 95% O HO O N alilação H O O 4 min N 96% O H O HO Ph benzilação 15 min 90% O O O HO Ph benzilação 3 min 90% Figura 37: Alilações e benzilações. 1.12. Sistema trifenilfosfina-iodo. Iodo tem sido utilizado para a desidratação de álcoois terciários, contudo este oferece baixa reprodutibilidade e pobres rendimentos. O sistema trifenilfosfina-iodo tem sido usado para este fim, e apresenta bons resultados quando comparado aos métodos convencionais de desidratação, principalmente em relação aos rendimentos. Na Figura 38 são mostrados dois exemplos de desidratação de álcoois terciários gerando o alceno mais substituído em cada caso. (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004). 21 PPh3 I2 DCM OH (85%) PPh3 OH I2 DCM (88%) Figura 38: Exemplos de desidratação com trifenilfosfina e iodo. Quando o substrato apresenta uma hidroxila ligada a carbono primário ou secundário, ocorre a substituição do OH pelo iodo em vez da desidratação. Recentemente foi mostrado que isso pode ocorrer tanto em reações com solvente orgânico (o mais comum é o diclorometano) como também em microondas (livre de solvente). Alguns exemplos são mostrados na Figura 39 (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004 e HAJIPOUR, et al., 2006). OH I PPh3 I2 (84%) I OH Ph OH PPh3 I2 PPh3 I2 (78%) Ph I (85%) Figura 39: Iodação de álcois com trifenilfosfina e iodo feita em microondas. Uma proposta mecanística para estas reações é mostrada na Figura 40, onde inicialmente (etapa I) a trifenilfosfina ataca o iodo formando uma espécie reativa dotada de uma carga positiva e iodeto, posteriormente o par de elétrons do oxigênio (proveniente do álcool) ataca o átomo de fósforo seguido de eliminação de ácido iodídrico (HI), como ainda resta iodeto no meio, este ataca o grupo R formando o derivado halogenado, e conseqüentemente o óxido de trifenilfosfina (ROY et al., 2006). 22 I (I) PPh3 (II) ROH .. (III) I + Ph3P + RO I I Ph3P I RO RI PPh3 I HI PPh3 + O PPh3 Figura 40: Proposta mecanística para a formação do derivado halogenado. Para a desidratação deve ocorrer algo parecido sendo que neste caso, na etapa (III) o iodeto deve retirar somente hidrogênio (como mostrado na Figura 41), favorecendo a eliminação de óxido de trifenilfosfina para dar origem ao alceno. H I R1 C H R2 C H O C C PPh3 R1 R3 R2 R3 + O PPh3 Figura 41: formação do alceno. Alvarez-Manzaneda e colaboradores, mostram também, que possivelmente o mecanismo para a formação da olefina ocorra via carbocátion (que seria uma forma de explicar, porque a desidratação não ocorre com álcoois primários e secundários, sabendo que os carbocátions primários e secundários são menos estáveis que o terciário) A Figura 42 exemplifica o proposto pelos autores (ALVAREZ-MANZANEDA, et al., 2005). I OH I OH I Ph3P OH I OH I _ HI O PPh3 I _OPPh 3 _I Figura 42: Mecanismo via carbocátion. Ésteres terciários que possuem hidrogênio β, quando tratados com trifenilfosfina e iodo também dão origem a alcenos (Figura 43), pela eliminação de acetatos e formiatos. Ésteres primários não reagem. 23 OAc OAc H H OAc PPh3 I2 DCM (91%) OAc OAc OAc PPh3 I2 DCM (98%) Figura 43: Alcenos de ésteres terciários. Nas reações com trifenilfosfina-iodo e álcoois terciários contendo uma ligação dupla na posição β (em relação a posição da hidroxila), existe a possibilidade da formação de um intermediário de seis membros, como visto na figura abaixo, que dará origem a composto iodado com liberação de trifenilfosfina (ALVAREZMANZANEDA et al., 2005). Contudo não foram encontrados dados na literatura que mencionem reações de álcoois terciários que possuam dupla ligação no carbono γ e o sistema trifenilfosfina-iodo: este é um dos objetivos deste trabalho. Ph Ph Ph P I O + OH - HI - Ph3O + PPh3 I R I R I R Figura 44: Álcool terciário com dupla ligação na posição β e trifenilfosfina-iodo. 24 2.OBJETIVOS Sintetizar álcoois terciários (quinóis) a partir de naftoquinonas (como as vistas abaixo) através de reações com organométálicos gerados in situ. O O O OH (3) O (4) O O O (5) O O OCH3 O (6) O (60) O Investigar a reatividade destes álcoois e de outros (obtidos anteriormente (Silva, A. R., 2004)) com trifenilfosfina- iodo, e também em reações de desidratação em meio ácido. Investigar a reatividade de naftoquinonas como 2-metóxi-lapachol (6) e lapachol (3) frente a alguns compostos nitrogenados. Sintetizar oximas de algumas naftoquinonas. Testar a atividades dos compostos obtidos em cepas do Plasmodium falciparum e em formas tripomastigotas do T. cruzi. 25 3. EXPERIMENTAL 3.1. Considerações gerais. • Os solventes utilizados, de procedência de vários fornecedores, foram previamente destilados quando necessário. • Para a remoção do solvente foi utilizado um evaporador rotatório IKA-WERK modelo RV0593. • Na cromatrografia em camada fina (c.c.f.) utilizaram-se placas de alumínio com gel sílica Kieselgel 60 F254, Merck, com 0,2 mm de espessura e indicador de fluorescência, reveladas com lâmpadas ultravioleta nos comprimentos de onda 254 nm e 366 nm. Na cromatografia em coluna utilizou-se como adsorvente gel sílica 60, com partículas de 35-70 mesh (Vetec). A cromatografia preparativa em camada fina foi preparada em placas de vidro com 2 mm de espessura com sílica Vetec para cromatografia preparativa com indicador de fluorescência. • Espectros de massa foram obtidos nos aparelhos Varian Saturn 2000 ou Agilent 6890N/5973, e Micromass ZQ. • Espectros de Ressonância Magnética Nuclear de 1H, e 13C, correlações homonuclear (HOMOCOSY) e heteronuclear foram obtidos em espectrômetros Bruker AC200 e Bruker AC400 (UFRRJ), Bruker Advance400 (FIOCRUZ-RJ), como referência interna foi usado tetrametilsilano (TMS), com os deslocamentos químicos dados em ppm(δ) e as constantes de acoplamento (J) dadas em hertz (Hz). • Pontos de fusão foram obtidos no aparelho Büchi 510. • Espectros na região do infra-vermelho foram obtidos em espectrômetro PerkinElmer 1605 ou Nicolet STIR-740. As amostras foram analisadas sob a forma de pastilhas de KBr. 26 3.2. Extração do lapachol (3). Foram triturados (no Instituto de Engenharia Florestal-UFRRJ) aproximadamente 24 kg de madeira (conhecido comercialmente como ipê), deste material triturado foi, recolhido à parte o pó da madeira que ficou suspenso no ar durante o processo de moagem (recolhido em sacos plásticos que foram colocados ao redor do equipamento que triturou a madeira). Obteve-se 415 g (Figura 45) deste material. Este foi solubilizado em 4 L de etanol a quente, fez-se filtração em funil de Büchner e a fase sólida foi descartada. Em seguida a fase orgânica foi concentrada, e recristalizada várias vezes em etanol. Obteve-se 88,9 g de lapachol puro, com p.f. de 141-143 °C. Figura 45: Material particulado. O restante da madeira foi dividido em duas partes para que fosse feita a extração. Metade do pó do ipê, foi colocado em um balde 40 L (que tinha furos no fundo e uma flanela para que o pó da madeira não fosse perdido). Este balde foi imerso em um outro balde que tinha uma solução 2,5% de carbonato de sódio em água; permanecendo por duas horas, como mostrado na Figura 46. Em seguida o balde com o pó da madeira foi removido desta solução (ver Figura 46). O mesmo processo foi repetido para a outra parte da madeira. Fez-se a filtração da fase aquosa como visto na Figura 47, para eliminar pedaços de madeira. Balde com madeira moída imerso no balde com solução de Na2CO3 2,5 %. Figura 46: Extração do lapachol. 27 Figura 47: Filtração da fase aquosa. A fase aquosa foi neutralizada com ácido sulfúrico diluído em água até a mudança da coloração vinho para amarelo (Figura 48). Foi feita filtração à vácuo em funil de Büchner da suspensão neutralizada, para a separação da fase sólida, sendo a fase líquida descartada. A fase sólida foi solubilizada em acetato de etila e filtrada á quente à pressão reduzida, o material que ficou retido no papel de filtro foi descartado (pó de madeira). O solvente foi evaporado sob pressão reduzida e o lapachol foi recristalizado (Figura 49) várias vezes em etanol, chegando-se ao final do processo com 128,0 g de lapachol; somando-se todas as extrações, 216,9 g. Figura 48: Neutralização da fase aquosa. 28 Figura 49: Recristalização do lapachol. Caracterização: p.f.= 141-143 °C. IV: 3351-2967 (OH), 2914-2853 (CH2 e CH3), 1642 (C=O), 1589 (C=C aromático), 791-724 (CH de aromático). Massas: 243 (15%) M+1, 227 (100%), 199 (10%), 214 (5%), 159 (10%), 171 (10%), 227 (100%), 209 (5%), 181 (10%). RMN 1H (CDCl3):δ 1,6 (3H, s), 1,7 (3H, s), 3,2 (1H, d, J= 7,3), 5,1 (1H, m), 7,3 (s, OH), 7,6 (1H, td, J=7,4; 1,1), 7,7 (1H, td, J=7,4; 1,3), 8,0 (1H, dd, J=7,7; 1,1), 8,1 (1H, dd, J=7,4; 1,4).RMN 13C (CDCl3): δ 17,8 (CH3), 22,5 (CH), 25,7 (CH3), 119,6 (CH), 123,4 (C), 126,6 (CH), 129,3 (C), 132,7 (CH), 134,7 (CH), 132,7 (C), 133,7 (C), 152,6 (C), 159,9 (CH), 181,6 (C=O), 184,5 (C=O). 3.3. Síntese da β-lapachona (4). O O OH O (3) O 1) H2SO4 2) H2O O (4) Figura 50: Síntese da β-lapachona (4). Num bécher de 100 mL adicionou-se 5 g (20 mmol) de lapachol (3) e 15 mL de ácido sulfúrico concentrado de uma só vez. Essa mistura foi resfriada em banho de gelo e agitada por aproximadamente 20 minutos. Logo após, verteu-se essa solução em 500 29 mL de água destilada gelada, para a precipitação da β-lapachona (4). Em seguida fez-se filtração à vácuo em funil de Büchner e a fase líquida foi descartada. O produto foi recristalizado em etanol. Após secagem obteve-se um sólido laranja com 3,85 g. O rendimento da reação foi de 77%. Caracterização: p.f.= 155-157 °C. IV: 2975-2928 (CH2 e CH3), 1639 e 1596 (C=O),1565 (C=C aromático), 1224 (C-O), 895 (CH de aromático). Massas: 242 (100%), 227 (10%), 214 (40%), 199 (20%), 158 (40%), 159 (100%), 181 (20%). RMN 1H (CDCl3):δ 1,4 (6H, s ), 1,8 (2H, t , J=6,7), 2,5 (2H, t, J=6,7), 7,5 (1H, td, J=7,4; 1,1), 7,6 (1H, td, J=7,4; 1,3), 7,8 (1H, dd, J=7,7; 1,1), 8,0 (1H, dd, J=7,4; 1,4), RMN 13C (CDCl3): δ 16,0 (CH2), 26,6 (CH3), 31,4 (CH2), 79,1 (C), 112,5 (C), 123,9 (CH), 128,4 (CH), 129,9 (C), 130,5 (CH), 132,4 (C), 134,7 (CH), 161,9 (C), 178,4 (C=O), 179,7 (C=O). 3.4. Síntese do 2-metóxi-lapachol (6). O O OH OCH3 (CH3)2SO4 (3) acetona O (6) O Figura 51: Síntese do 2-metóxi-lapachol (6). Num balão de 500 mL adicionou-se 5,12 g (20 mmol) de lapachol (3) a uma solução de 14,1 g (0,1 mol) de carbonato de potássio em 120 mL de acetona. A reação foi mantida em temperatura ambiente e agitação magnética, e aos poucos adicionou-se 6,6 mL de sulfato de metila. Após seis horas a reação foi concluída, o solvente foi eliminado à pressão reduzida e o sólido foi lavado com solução 10% de NaCl em água destilada, fez-se então extração com diclorometano e água destilada. Adicionou-se sulfato de sódio anidro (Na2SO4) à fase orgânica, filtrou-se o produto em funil simples e o solvente foi evaporado à vácuo (CAMARA et al, 2001). A purificação foi feita em coluna de sílica gel hexano e acetato de etila (5%). Obteve-se 4,6 g (89%), de um sólido amarelo. Caracterização: p.f.= 54-56 °C. IV: 2937-2913 (CH2 e CH3), 1670 e 1607 (C=O), 1262 (C-O), 850 (CH de aromático). 30 Massas: 257 (100%) M+1, 241 (10%), 226 (10%), 213 (20%), 185 (10%), 157 (5%), 129 (5%). RMN 1H (CDCl3):δ 1,6 (3H, s), 1,7 (3H, s), 3,2 (2H, d , J=7,3), 4,1 (3H, s), 5,1 (1H, m) 7,6 (2H, m), 8,0 (2H, m). RMN 13C (CDCl3): δ 17,8 (CH3), 22,9 (CH3), 25,7 (CH2), 61,1 (CH3), 120,0 (CH), 126,0 (CH), 126,1 (CH), 131,4 (C), 131,9 (C), 133,1 (CH), 133,6 (C),133,6 (CH), 134,5 (C), 157,3 (C), 181,7 (C=O), 185,2 (C=O). 3.5. Reações com organometálicos. 3.5.1. Reação da β -Lapachona (4) com brometo de benzila e estanho. O HO O + O (4) Br Sn EtOH/H2O O T.A. 24 hs (55) O Figura 52: Reação da β-lapachona (4) com brometo de benzila e estanho. Num balão de 100 mL adicionou-se, 500 mg (2 mmol) de β-lapachona (4), 8mL de etanol, 6mL de água, 0,6 g (5 mmol) de estanho em pó, e 0,4 mL (3,3 mmol) de brometo de benzila. O balão permaneceu sob ultra-som por 20 minutos e depois agitação por 24 horas. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro, fez-se filtração em funil simples e o solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica-gel com hexano-acetato de etila (15%). O rendimento da reação foi de 66% (sólido laranja claro). Caracterização: p.f.= 102-105 °C. IV: 3390-3070 (OH), 2974-2843 (CH2 e CH3), 1606 (C=O), 1568 (C=C aromático), 1238 (C-O), 886 (CH de aromático). Massas: 316 (10%), 301 (5%), 273 (10%), 243 (100%), 187 (70%), 159 (50%). RMN 1H (CDCl3):δ 1,1 (3H, s), 1,4 (3H, s), 1,6 (2H, m), 2,1 (1H, dt, J=7,4; 16,8), 2,5 (1H, dt, J=6,1; 16,8), 3,0 (2H, s), 3,9 (OH), 6,6 (2H, dd, J=1,9; 7,0), 7,0 (3H, m), 7,3 (1H, td , J=2,0; 7,0), 7,4 (1H, td, J=2,0; 7,0), 7,6 (2H, m). 31 RMN 13C (CDCl3): δ 14,6 (CH2), 24,8 (CH3), 26,5 (CH3), 30,6 (CH2), 53,4 (CH2), 76,1 (C), 75,5 (C), 105,9 (C),121,9 (CH),124,7 (CH), 125,8 (CH), 126,0 (C), 126,5 (CH), 126,6 (CH), 128,7 (CH),129,1 (CH), 134,1 (C), 140,5 (C), 161,2 (C), 199,5 (C=O). 3.5.2. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio. HO O OCH3 + Br OCH3 In EtOH/H2O T.A. (6) O 8 hs (56) O Figura 53: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio. Num balão de 100 mL adicionou-se, 512 mg (2 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 8 mL de etanol, 6 mL de água, 228 mg (2 mmol) de índio em pó, e 0,4 mL (3,3 mmol) de brometo de benzila. O balão permaneceu sob agitação magnética por 8 horas, em seguinda adicionou-se água ao meio e fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro, posteriormente fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão redizida. A purificação foi feita em coluna de sílica-gel com hexano-acetato de etila (15 a 20 %), o rendimento da reação foi de 52% (óleo amarelo claro). Caracterização: IV: 3396 (OH), 2993-2854 (CH2 e CH3), 1630 (C=O), 1596 (C=C aromático), 1294 (CO), 835 (CH de aromático). Massas: 256(60%), 241 (100%), 213 (60%), 157 (25%). RMN 1H (CDCl3):δ 1,6 (3H, d), 1,7 (3H, d), 2,8 (OH), 3,0 (2H, m), 3,1 (1H), d, J=12,0), 3,3 (1H), d, J= 12,0), 4,1 (3H, s), 4,9 (1H, m), 6,4 (1H, dd, J=2,0; 8,0), 6,5 (1H, dd, J= 8,0), 6,9 (1H, m), 7,0 (2H, m), 7,3 (1H, td, J=2,0; 8,0), 7,6 (1H, td, J=2,0; 8,0), 7,7 (1H, dd, J=8,0), 7,8 (1H, dd, J=2,0; 6,0). RMN 13C (CDCl3): δ 17,9 (CH3), 22,8 (CH), 25,5 (CH3), 50,1 (CH2), 61,9 (CH3), 75,4 (C), 121,9 (CH), 123,5 (C), 125,4 (CH), 125,7 (CH), 126,7 (CH), 127,4 (CH), 127,9 (CH), 129,8 (CH), 130,4 (C), 131,7 (C), 132,2 (CH), 134,3 (C), 142,7 (C), 169,2 (C), 185,0 (C=O), 32 3.5.3. Reação da α-Lapachona com (5) com brometo de benzila e índio. HO O O + Br In EtOH/H2O O T.A. (5) O 40 min (57) O Figura 54: Reação da α-lapachona (5) com brometo de benzila e índio. OBS: A α-lapachona (5) não precisou se sintetizada, pois dispúnhamos da mesma no laboratório. Num balão de 50 mL adicionou-se, 242 mg (1 mmol) de α-lapachona (5), 4 mL de etanol, 3 mL de água, 114 mg (1 mmol) de índio em pó, e 0,2 mL (1,65 mmol) de brometo benzila. O balão permaneceu sob agitação magnética por 40 minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica-gel com hexano-acetato de etila (10% a 20%), o rendimento da reação foi de 71% (óleo amarelado). Caracterização: IV: 3412-3064 (OH), 2977-2933 (CH2 e CH3), 1632 (C=O), 1573 (C=C aromático), 1271 (C-O), 831 (CH de aromático). Massas: 334 (5%), 316 (5%), 301 (5%), 273 (5%), 243 (100%), 187 (85%), 159 (45%), 91 (55%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,2 (3H, s), 1,4 (3H, s), 1,6 (2H, m), 2,1 (1H, m), 2,4 (2H, m), 3,0 (1H, s), 3,1 (1H, d , J=12,0), 3,2 (1H, d, J=12,0), 6,5 (2H, d, J=6,0), 7,0 (3H, m), 7,3 (1H, td , J=2,0; 8,0), 7,5 (1H, td, J=2,0; 6,0), 7,7 (1H, dd, J=2,0; 6,0), 7,9 (1H, dd , J=2,0; 8,0). RMN 13C (CDCl3): δ 15,5 (CH2), 24,7 (CH3), 28,5 (CH3), 31,7 (CH2), 50,9 (CH2), 72,8 (C), 78,2 (C), 109,9 (C), 125,5 (CH), 125,6 (CH), 126,9 (CH), 127,5 (CH), 127,9 (CH), 129,6 (CH), 129,6 (CH), 129,9 (CH), 130,3 (C), 131,8 (CH), 134,8 (C), 142,3 (C), 166,1 (C), 183,3 (C=O). 33 3.5.4. Reação do Lapachol (3) com brometo de benzila e índio. HO O OH + Br In EtOH/H2O OH T.A. (3) O 1 hora (58) O Figura 55: Reação do lapachol (3) com brometo de benzila e índio. Num balão de 100 mL adicionou-se, 484 mg (2 mmol) de lapachol (3), 8 mL de etanol, 6 mL de água, 228 mg (2 mmol) de índio em pó, e 0,4 mL (3,3 mmol) de brometo de benzila. O balão permaneceu sob agitação magnética por uma hora. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida e a purificação feita em coluna de sílica-gel com hexano-acetato de etila (10% a 20%), o rendimento da reação foi de 77% (sólido branco). Caracterização: p.f.= 144-146 °C. IV: 34249 (OH), 2964-2915 (CH2 e CH3), 1618 (C=O), 1573 (C=C aromático), 1224 (C-O), 844 (CH de aromático). Massas: 335 (M+1) (50%), 316 (100%), 289 (10%), 266 (20%), 243 (60%), 215 (100%), 243 (100%), 197 (25%), 159 (75%) RMN 1H (CDCl3): δ 1,7 (6H, s), 3,0 (2H, s), 3,1 (2H, d, J=7,0) ,5,1 (1H, m), 6,6 (2H, dd, J=1,9; 7,8), 7,1 (3H, m), 7,3 (OH), 7,3 (1H, m), 7,4 (1H, m), 7,5 (1H, dd, J=1,8; 7,2), 7,7 (1H, dd, J=1,8; 7,7). RMN 13C (CDCl3): δ 19,9 (CH3), 22,2 (CH2), 25,8 (CH3), 53,7 (CH2), 78,4 (C), 109,6 (C), 120,6 (CH), 123,2 (CH), 125,7 (CH), 126,8 (C), 127,5 (CH), 128,3 (CH), 129,1 (CH), 130,1 (CH), 130,2 (C), 134,7 (CH), 138,3 (C), 141,7 (C), 163,9 (C), 201,1 (C=O). 34 3.5.5. Reação do Lapachol (3) com brometo de alila e índio. O OH (3) + Br In EtOH T.A. 30 min O HO OH (59) O Figura 56: Reação do lapachol (3) com brometo de alila e índio. Num balão de 50 mL adicionou-se, 242 mg (1 mmol) de lapachol (3), 4 mL de etanol, 3 mL de água, 114 mg (1 mmol) de índio em pó, e 0,15 mL (1,73 mmol) de brometo de alila. O balão permaneceu sob agitação magnética por 30 minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação feita em coluna de sílica-gel com hexano-acetato de etila (15%), o rendimento da reação foi de 87% (sólido branco). Caracterização: p.f.= 117-120 °C. IV: 3257 (OH), 2973-2958 (CH2 e CH3), 1639 (C=O), 1573 (C=C aromático), 1241 (CO). Massas: 285 (M+1=10%), 266 (25%), 215 (100%), 159 (75%), 175 (40%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,8 (6H, s), 2,4 (2H, d, J=7,2), 3,2 (2H, d, J=7,6), 3,9 (OH), 4,8 (1H, d, J=10,0), 4,9 (1H, d ), 5,3 (1H, m), 5,5 (1H, m), 7,2 (OH), 7,3 (1H, td, J=7,6), 7,4 (1H, d, J=7,2), 7,6 (1H, td, J= 7,6), 7,7 (1H, d, J=8,0). RMN 13C (CDCl3): δ 18,1 (CH3), 22,5 (CH2), 25,9 (CH3), 51,3 (CH2), 78,0 (C), 109,6 (C), 119,3 (CH2), 120,8 (CH), 123,7 (CH), 125,7 (CH), 126,4 (C), 127,7 (CH), 130,5 (CH), 131,8 (CH), 138,5 (C), 142,4 (C), 163,9 (C), 201,6 (C). 3.5.6. Reação da Nor-β β -lapachona (60) com brometo de alila e índio. O O + O (60) OH In ETOH/H 2O Br O T.A. 24 hs O (61) Figura 57: Reação da nor-β-lapachona (60) com brometo de alila e índio. 35 OBS: A nor-β-lapachona não precisou se sintetizada, pois dispúnhamos da mesma no laboratório. Num balão de 50 mL adicionou-se, 40 mg (0,18 mmol) de nor-β-lapachona (60), 4 mL de etanol, 3 mL de água, 41 mg (0,36 mmol) de índio em pó, e 0,1 mL (1,5 mmol) de brometo de alila. O balão permaneceu sob agitação magnética por 24 horas. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida .O rendimento da reação foi de 90% (óleo laranja). OBS: Nesta reação foi utilizada uma quantidade maior de índio, porque foi verificado que após todo índio ter se dissolvido ainda restava muita quinona sem reagir. Caracterização: IV: 3436 (OH), 2971-2931 (CH2 e CH3), 1727 (C=O), 1253 (C-O). Massas: 270 íon molecular (10%), 253 (10%), 229 (100%), 211 (40%), 187 (20%), 159 (10%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,5 (6H, s), 2,5 (2H, d, J=7,5), 2,7 (1H, d, J=7,5), 2,8 (1H, d, J=7,2), 4,8 (1H, dd, J=17,0), 4,9 (1H, dd, J=10,5), 5,4 (1H, m), 7,3 (1H, t, J=7,5), 7,5 (1H, t, J=7,5), 7,6 (2H, d, J=8,0). RMN 13C (CDCl3): δ 28,2 (CH3), 28,3 (CH3), 38,9 (CH2), 51,2 (CH2), 92,3 (C), 108,7(C), 118,8 (CH2), 123,1 (C), 123,7 (CH), 126,2 (CH), 127,4 (CH), 131,4 (CH), 145,0 (C), 169,0 (C), 197,3 (C). 3.5.7. Reação da fenantrenoquinona 62 com brometo de alila e estanho. O HO O O HO HO Br Sn THF/ H2O (62) + 40 min (63) (64) Figura 58: Reação da fenantrenoquinona com brometo de alila e estanho. Num balão de 50 mL adicionou-se, 208 mg (1mmol) de fenantrenoquinona (62), 12 mL de THF, 5 mL de água, 150 mg (1 mmol) de estanho em pó, 0,2 mL (2mmol) de brometo de alila. O balão foi levado ao banho de ultra-som por 40 minutos, em seguida o mesmo permaneceu sob agitação magnética por 3 horas. Em seguida fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. Os produtos foram purificados através de cromatografia em coluna com hexano/ acetato de etila 5% a 10%, obteve-se 48 mg (19 % de rendimento) do composto 36 63 (óleo amarelado) e 62 mg (21 % de rendimento) do composto 64 (sólido amarelo claro). Esta reação foi repetida três vezes. Caracterização do composto 63: IV: 3442 (OH), 2977-2848 (CH2), 1639 (C=C alceno), 1448 (C=C aromático), 767-742 (C-H aromático). Massas: 233 (50%), 209 (100%), 181 (50%), 152 (30%), 126 (5%). RMN 1H (CDCl3): δ 2,3 (2H, m), 3,9 (OH), 4,8 (2H, m), 5,4 (1H, m), 7,2 (2H, m), 7,4 (2H, m), 7,5 (2H, m), 7,7 (2H, m). RMN 13C (CDCl3): δ 41,6 (CH2), 77,4 (C), 119,5 (CH2), 123,1 (CH), 123,9 (CH), 126,0 (CH), 127,2 CH), 128,1 (CH), 128,3 (CH), 128,4 (C), 128,9 (CH), 129,1 (CH), 131,2 (CH), 135,0 (C), 137,4 (C), 140,0 (C), 202,9 (C). Caracterização do composto 64: p.f.= 61-63 °C. IV: 3417 (OH), 2975-2848 (CH2), 1639 (C=C alceno), 1479 (C=C aromático), 740 (CH aromático). Massas: 291, 275 (50%), 233 (100%), 210 (15%), 181 (5%). RMN 1H (CDCl3): δ 2,0 (OH), 2,2 (2H, m), 2,6 (2H, m), 5,0 (4H, m), 5,5 (2H, m), 7,3 (4H, m), 7,7 (2H, dd, J=2,0; 6,0), 7,5 (2H, dd, J=2,0; 6,0). RMN 13C (CDCl3): δ 39,9 (CH2), 78,0 (C), 119,2 (CH2), 123,6 (CH), 125,3 (CH), 127,6 (CH), 127,7 (CH), 131,9 (C), 133,8 (CH), 139,6 (C). 3.5.8. Reação da 1,2-difenil-etanodiona (65) com brometo de alila e índio. HO O + (65) O Br In EtOH/H2O 1 hora O (66) Figura 59: Reação 1,2-difenil-etanodiona (65) com brometo de alila e índio. Num balão de 100 mL adicionou-se, 210 mg (1 mmol) de difenil-dicetona 65, 6 mL de etanol, 4 mL de água, 114 mg (1 mmol) de índio em pó, e 0,15 mL (1,73 mmol) 37 de brometo de alila. O balão permaneceu sob agitação magnética por uma hora. Em seguida fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação feita em coluna de sílica-gel, com hexano-acetato de etila (5 a 10 %), obteve-se 209 mg (80 % de rendimento) de um sólido branco. Esta reação foi feita inicialmente com estanho, contudo o produto obtido não correspondeu ao esperado. Caracterização: p.f.= 86-88 °C IV: 3461 (OH), 3072-3058 (=CH), 2981, 2921 (CH2), 1672 (C=O), 1594 (C=C aromático), 700 (C-H aromático). Massas: 235 (100%), 157 (5%), 105 (60%), 77 (20%). RMN 1H (CDCl3): δ 2,9 (1H, ddt, J=1,2; 2,5; 7,0), 3,1 (1H, ddt, J=1,1; 2,4; 7,6), 4,1 (OH), 5,0 (1H, dd, J=12,5; 15,8), 5,1 (1H, m), 5,7 (1H, m, J=6,9; 10,3), 7,2 (1H, m), 7,3 (3H, m), 7,5 (2H, m), 7,7 (2H, m), 7,40 (1H, dt, J=1,0; 7,0), 7,43 (1H, dt, J=1,5; 7,8). RMN 13C (CDCl3): δ 43,8 (CH2), 81,3 (C), 120,2 (CH2), 125,5 CH), 127,9 CH), 128,0 (CH), 128,8 (CH), 130,0 (C), 132,2 (CH), 132,7 (CH), 134,4 (CH), 141,6 (CH), 202,7 (C). 3.6. Reações com ácido p-toluenossulfônico. 3.6.1. Desidratação do composto 55 com ácido p-toluenossulfônico. Num balão de 50 mL adicionou-se 10 mL de benzeno, 100 mg (0,3 mmol) do reagente 55 e ácido p-toluenossulfônico em quantidade catalítica. A reação permaneceu em refluxo por 48 horas (verificou-se por c.c.f a formação de um produto aparentemente majoritário e outros com manchas bem menores de coloração laranja). Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílicagel com hexano/acetato de etila (5%), contudo após a purificação ocorreu degradação do produto. 3.6.2. Tentativa de reação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico. HO O Ac. p-toluenosulfônico não houve formação de produto Benzeno 48 hs (67) O Figura 60: Tentativa de reação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico. 38 Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg (0,3 mmol) do composto 67 (SILVA A. R., 2004), 10 mL de benzeno, e ácido p-toluenossulfônico em quantidade catalítica. A reação permaneceu em refluxo por 48 horas (verificou-se por CCF. que nenhum produto havia se formado), adicionou-se mais um pouco de ácido p-toluenossulfônico, mas não houve formação de produto. 3.6.3. Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-toluenossulfônico. OH OH OH O Ac. p-toluenossulfônico tolueno 24 hs O (59) (68) O Figura 61: Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-toluenossulfônico. Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg do composto 59 (0,35 mmol) , ácido p-toluenossulfônico em quantidade catalítica e 20 mL de tolueno. A reação permaneceu em refluxo por 24 horas. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel tendo como eluente hexano/acetato de etila 10%. Dois compostos foram isolados o majoritário com rendimento de 64% (óleo laranja) e outro produto apresentou um rendimento muito baixo e observou-se a degradação do mesmo em ausência de solvente. Caracterização: RMN 1H (CDCl3): δ 1,8 (2H, m), 2,3 (1H, ddd, J=6,6; 8,4; 17,6), 2,4 (2H, d, J=7,3), 2,6 (1H, dt, J=6,1; 17,5), 3,9 (OH), 4,8 (1H, m), 5,5 (1H, m), 7,3 (1H, td, J=1,4; 7,5), 7,4 (1H, td, J= 1,5; 7,5), 7,6 (1H, dd, J=1,5; 7,5), 7,7 (1H, dd, J=1,5; 7,5). 3.6.4. Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico. OH OCH3 Ac. p-toluenossulfônico tolueno mistura de produtos 24 hs O (69) Figura 62: Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico. 39 Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg do composto 69 (0,3 mmol) (SILVA A. R. 2004), ácido p-toluenossulfônico em quantidade catalítica e 20 mL de tolueno. A reação permaneceu em refluxo por 24 horas. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em placa preparativa tendo como eluente hexano/acetato 5%. Foram recolhidas três frações, contudo nenhum dos produtos correspondia ao esperado, pois foi verificado a degradação dos mesmos. 3.6.5. Tentativa de desidratação do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico e etileno glicol. OH O Ac. p-toluenossulfônico etileno glicol 72 hs O mistura (68) Figura 63: Tentativa de desidratação do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico. Num balão de 50 mL adicionou-se 200 mg do composto 68 (0,7 mmol) (SILVA A. R. 204) 0,1 mL (1,6 mmol) de etileno glicol, 15 mL de benzeno, e ácido ptoluenossulfônico em quantidade catalítica. A reação permaneceu em aquecimento brando por 72 horas. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em placa preparativa tendo como eluente hexano/acetato 10%. Foram recolhidas três frações, contudo também foi verificado a degradação dos produtos. 3.7. Reações com trifenilfosfina. 3.7.1. Tentativa de desidratação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo. HO O (55) O PPh3 Mistura de produtos I2 diclorometano 24 hs Figura 64: Tentativa de reação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo. 40 Num balão de 50 mL adicionou-se 20 mL de diclorometano, 31 mg (0,02 mmol) de I2, 32 mg (0,02 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004) e 40 mg (0,1 mmol) do composto 55. A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. Esta reação foi repetida algumas vezes em quantidades maiores, mas sempre após a evaporação do solvente e purificação em sílica, observavase a degradação dos produtos formados. 3.7.2. Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo. HO O O trifenilfosfina I2 O diclorometano 24 hs (67) O (5) O Figura 65: Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg (0,35 mmol) do composto 67 (SILVA A. R., 2004) , 20 mL de diclorometano, 100 mg (0,39 mmol) de I2, 100 mg (0,38 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004). A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. Formaram-se dois produtos, mas um deles degradou após a purificação, que foi feita em coluna de sílicagel com hexano/acetato de etila 15%, o outro produto formado foi a α-lapachona (5) com um rendimento de 40%. Caracterização: p.f.= 112-114 °C. RMN 1H (CDCl3): δ 1,4 (6H, s ), 1,8 (2H, t, 6,8), 2,6 (2H, 6,8), 7,6 (2H, m), 8,0 (2H, m), RMN 13C (CDCl3): δ 16,7 (CH2), 26,5 (CH3), 26,5 (CH3), 78,2 (C), 120,1 (C), 126,0 (CH), 126,3 (CH), 131,2 (C), 132,1 (C), 132,9 (CH), 133,8 (CH), 154,6 (C), 179,9 (C=O), 184,3 (C=O). 41 3.7.3. Reação do composto 57 com trifenilfosfina e iodo. HO O O trifenilfosfina I2 O diclorometano (57) O 24 hs (5) O Figura 66: Reação do composto 57 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 20 mL de diclorometano, 110 mg (0, 39 mmol) de I2, 110 mg (0,38 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004), e 100 mg (0,3 mmol) do composto 57. A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna com hexano/acetato de etila 15%. Obteve-se um produto com rendimento de 45% e outro em pouquíssima quantidade que degradou na ausência de solvente. Obs: Nesta reação obteve-se o mesmo produto da reação anterior (item 3.7.2). 3.7.4. Reação do composto 70 com trifenilfosfina e iodo. HO O (70) O trifenilfosfina I2 Mistura de produtos diclorometano 24 hs Figura 67: Reação do composto 70 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg (0,38 mmol) do composto 70 (SILVA A. R., 2004), 20 mL de diclorometano, 100 mg (0,43 mmol) de I2, 100 mg (0,42 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004). A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. Esta gerou mistura de produtos e nenhum deles foi caracterizado com sucesso. 42 3.7.5. Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo. I OH O O (68) O trifenilfosfina I2 diclorometano 24 hs O (71) Figura 68: Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 200 mg (0,7 mmol) do composto 68 (SILVA A. R., 2004), 25 mL de diclorometano, 228 mg (0,9 mmol) de I2, 235 mg (0,9 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004). A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionouse diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida e a purificação foi feita em coluna de sílica gel tendo como eluente hexano/acetato de etila 10%. O rendimento foi de 60 %. Caracterização: p.f.= 116-118 °C IV: 2973-2840 (CH2 e CH3) 1515 (C=C aromático), 1245-1178 (C-O), 836-771 (CH aromático), 611-443 (C-I). Massas: 394 íon molecular (100%), 338 (80%), 267 (10%), 211 (30%), 193 (10%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,6 (3H, s), 1,8 (2H, t, J=6,8), 2,7 (2H, t, J=6,8), 3,0 (1H, dd, J=6,4; 16,0), 3,3 (1H, dd, J=8,6; 10,0), 3,4 (1H, dd, J=9,4; 16,0), 3,5 (1H, dd, J=4,6; 10,0), 5,0 (1H, m), 7,3 (2H, m), 7,8 (1H, dd, J=2,8; 6,4), 8,1 (1H, dd, J=2,4; 7,2), RMN 13C (CDCl3): δ 9,5 (CH2), 20,8 (CH2), 26,6 (CH3), 26,7 (CH3), 32,5 (CH2), 36,0 (CH2), 73,2 (C), 81,9 (CH), 111,7 (C), 117,8 (C), 119,6 (C), 120,8 (CH), 122,0 (CH), 124,7 (CH), 125,1 (CH), 125,3 (C), 143,1 (C), 146,7 (C). 43 3.7.6. Reação do composto 72 com trifenilfosfina e iodo. OH O trifenilfosfina I2 diclorometano (72) O mistura de produtos 24 hs Figura 69: Reação do composto 72 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg (0,38 mmol) do composto 72 (SILVA A. R., 2004), 15 mL de diclorometano, 149 mg (0,58 mmol) de I2, 154 mg (0,58 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004). A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida e a purificação foi feita em coluna de sílica gel tendo como eluente haxano/acetato de etila 10%, foram recolhidas três frações, mas não a caracterização não indicou o produto esperado. 3.7.7. Reação do composto 59 com trifenilfosfina e iodo. OH OH OH trifenilfosfina I2 diclorometano 6 hs (59) O O (68) O Figura 70: Reação do composto 59 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 100 mg (0,35 mmol) do composto 59 (SILVA A. R., 2004), 15 mL de diclorometano, 140 mg (0,55 mmol) de I2, 145 mg (0,55 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004). A reação permaneceu sob agitação magnética por 6 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Adicionou-se diclorometano e água para diluir a reação, fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressãoreduzida e a purificação foi feita em coluna de sílica gel tendo como eluente haxano/acetato de etila (10% a 20%), foram recolhidas duas frações. Obs: Nesta reação obteve-se o mesmo produto da reação do item 3.6.3. 44 Caracterização: RMN 1H (CDCl3): δ 1,8 (2H, m), 2,3 (1H, ddd, J=6,6; 8,4; 17,6), 2,4 (2H, d, J=7,3), 2,6 (1H, dt, J=6,1; 17,5), 3,9 (OH), 4,8 (1H, m), 5,5 (1H, m), 7,3 (1H, td, J=1,4; 7,5), 7,4 (1H, td, J= 1,5; 7,5), 7,6 (1H, dd, J=1,5; 7,5), 7,7 (1H, dd, J=1,5; 7,5). 3.7.8. Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo. HO PPh3/ I2 O O O + diclorometano 72 hs (63) (73) (74) Figura 71: Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 15 mL de diclorometano, 150 mg (0,59 mmol) de I2, 154 mg (0,59 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al, 2004) e 140 mg (0,56 mmol) do composto 63. A reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Em seguida fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 15%, foram isolados dois produtos, o composto 73 com 10 mg, e o compostos 74 com 28 mg, ambos com aspecto de óleo amarelo claro. Caracterização do produto 73: IV: 2929, 2888 (CH3), 1589 (C=C aromático), 1284-1236, (C-O), 750-730 (C-H aromático). Massas: 232 (25%), 231 (100%), 202 (90%), RMN 1H (CDCl3): δ 2,6 (3H, d, 1,0), 6,8 (1H, d, 1,0), 7,6 (4H, m), 8,0 (1H, m), 8,2 (1H, m), 8,6 (2H, m). RMN 13C (CDCl3): δ 14,2 (CH3), 102,4 (CH), 120,1 (CH), 121,3 (C), 122,4 (C), 123,4 (CH), 123,5 (CH), 123,9 (CH), 124,8 (CH), 125,2 (CH), 126,7 (CH), 126,9 (CH), 127,4 (C), 127,9 (C), 128,3 (C), 148,1 (C), 154,3 (C). Caracterização do produto 74: IV: 2956-2925 (CH3 e CH2), 1606 (C=C aromático), 1257-1220, (C-O), 752-725 (C-H aromático) Massas: 234 (100%), 220 (5%) 45 RMN 1H (CDCl3): δ 1,6 (3H, d, J= 6,3), 3,1 (1H, dd, J=7,2; 15,1), 3,7 (1H, dd, J=9,6; 15,1), 5,2 (1H, m), 7,5 (1H, m), 7,6 (4H, m), 8,1 (1H, dd, J=1,3; 7,5), 8,6 (2H, dd, J=1,6; 8,6). RMN 13C (CDCl3): δ 22,4 (CH3), 36,8 (CH2), 80,2 (CH), 113,6 (C), 122,0 (CH), 122,3 (CH), 122,4 (C), 122,9 (CH), 123,0 (CH), 123,2 (CH), 126,3 (CH), 126,6 (CH), 126,7 (C), 126,9 (CH), 130,3 (C), 131,1 (C), 152,7 (C). 3.7.9. Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo. O HO PPh3/ I2 HO O O O + diclorometano 72 hs (64) (75) (76) Figura 72: Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 15 mL de diclorometano, 122 mg (0,48 mmol) de I2, 126 mg (0,48 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004) e 130 mg (0,56 mmol) do composto 64. A reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Em seguida fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 5% a 10%. Obteve-se 50 mg (17 % de rendimento) do composto 76 e 20 mg do composto 75, ambos sólidos amarelo claro. Caracterização do composto 75: p.f.= 120-122 °C. IV: 2983-2867 (CH3 e CH2), 1486(C=C aromático), 1268-1230, (C-O), 840-760 (C-H aromático). Massas: 292 (20%), 248 (100%), 249 (20%), 234 (5%), 205 (5%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,1 (6H, d, J=6,3), 1,6 (2H, dd, J=3,0; 13,0), 2,4 (2H, dd, J=4,9; 12,8), 4,4 (2H, m), 7,3 (4H, m), 7,7 (2H, m), 7,8 (2H, m). RMN 13C (CDCl3): δ 21,5 (CH3), 21,5 (CH3), 48,7 (CH2), 48,7 (CH2), 75,7 (CH), 75,7 (CH), 90,7 (C), 90,7 (C), 122,7 (CH), 122,7 (CH), 127,5 (CH), 127,5 (CH), 127,8 (CH), 127,8 (CH), 128,0 (CH), 128,0 (CH), 129,0 (C), 129,0 (C), 138,4 (C), 138,4 (C). 46 Caracterização do composto 76: p.f.= 116-118 °C. IV: 3066-2888 (CH3 e CH2), 1484(C=C aromático), 1297-1226, (C-O), 879-759 (C-H aromático). Massas: 293 (M+1), 292 (50%), 248 (100%), 249 (25%), 233 (10%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,1 (3H, d, J=6,0), 1,3 (3H, d, J=6,1), 1,5 (1H, dd, J=3,3; 10,0), 2,1 (2H, dd, J=3,7; 9,5), 2,4 (1H, dd, J=5,5; 13,3), 4,3 (1H, m), 4,5 (1H, m), 7,3 (4H, m), 7,7 (2H, m), 7,8 (2H, m). RMN 13C (CDCl3): δ 21,1 (CH3), 21,6 (CH3), 47,3 (CH2), 48,3 (CH2), 73,4 (CH2), 73,9 (CH), 90,9 (C), 91,9 (C), 122,7 (CH), 122,9 (CH), 127,5 (CH), 127,7 (CH), 128,16 (CH), 128,17 (CH), 128,2 (CH), 128,8 (C), 130,8 (C), 136,6 (C), 139,6 (C), 162,2 (CH). 3.7.10. Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo. O PPh3/ I2 HO O diclorometano 72 hs (66) (77) Figura 73: Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo. Num balão de 50 mL adicionou-se 15 mL de diclorometano, 209 mg (0,82 mmol) de I2, 214 mg (0,82 mmol) de trifenilfosfina (ALVAREZ-MANZANEDA et al., 2004) e 204 mg (0,8 mmol) do composto 66. A reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas, em seguida foi adicionado ao meio solução 5% de bissulfito de sódio (NaHSO3) mantendo-se a agitação por mais dez minutos. Em seguida fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 5% a 10%. Obteve-se 64 mg (34 % de rendimento) de um óleo incolor. Caracterização: IV: 2925-2854 (CH3), 1594 (C=C aromático), 1270-1218, (C-O), 856-765 (C-H aromático). Massas: 235 (M+1), 234 (100 %), 191 (10%), 77 (5%), 51 (5%). RMN 1H (CDCl3): δ 2,3 (3H, d, J=0,7), 6,1 (1H, d, J=1,0), 7,1 (1H, m), 7,2(3H, m), 7,3 (2H, m), 7,4 (2H, m), 7,5 (2H, m). 47 RMN 13C (CDCl3): δ 13,5 (CH3), 110,1 (CH), 123,1 (C), 125,8 (CH), 125,8 (CH), 126,9 (CH), 127,0 (CH), 128,2 (CH), 128,2 (CH), 128,2 (CH), 128,54 (CH), 128,54 (CH), 128,52 (CH), 131,4 (C), 134,3 (C), 146,7 (C), 151,2 (C). 3.8. Reações com DBU. 3.8.1. Reação do composto 71 com DBU (somente agitação). I O O DBU (71) O benzeno rt, 72 h O (78) Figura 74: Reação do composto 71 com DBU. Num balão de 50 mL adicionou-se 0,1 mL (0,75 mmol) de DBU, 5 mL de benzeno (LEE & SUK, 2002) e 100 mg (0,25 mmol) do composto 71 a reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas. Em seguida adicionou-se água destilada ao meio reacional, e fez-se a extração com acetato de etila, a fase orgânica foi lavada com solução saturada de NH4Cl em seguida adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi evaporado sob pressão reduzida e a purificação foi feita em placa preparativa com hexano/acetato de etila 5%, obteve-se um óleo amarelo claro com rendimento de 26%, após purificação observou-se que restou muito reagente de partida. Caracterização: IV: 2973-2850 (CH3 e CH2), 1581 (C=C), 1251-1238 (C-O), 879-792 (C-H de aromático). Massas: 266 íon molecular (40%), 210 (100%), 181 (5%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,4 (6H, s), 1,9 (2H, t, J=6,7), 2,5 (3H, s), 2,8 (2H, t, J=6,7), 6,4 (1H, s), 7,3 (1H, t, J=7,6), 7,4 (1H, t, J=7,4), 8,1 (1H, d, J=8,3), 8,2 (1H, d, J=8,3). RMN 13C (CDCl3): δ 14,2 (CH3), 20,3 (CH2), 26,6 (CH3), 26,6 (CH3), 32,4 (CH2), 72,0 (C), 101,8 (CH), 107,2 (C), 119,2 (C), 122,5 (CH), 123,4 (CH), 123,5 (C), 123,5 (C), 124,3 (CH), 125,6 (CH), 143,7 (C), 144,2 (C), 154,3 (C). 3.8.2. Reação do composto 71 com DBU, em refluxo. Num balão de 50 mL adicionou-se 0,1 mL (0,75 mmol) de DBU, 5 mL de tolueno (LEE & SUK, 2002) e 100 mg (0,25 mmol) do regente 71 a reação permaneceu 48 sob refluxo por 2 horas. Em seguida adicionou-se água destilada ao meio reacional, e fez-se a extração com acetato de etila, a fase orgânica foi lavada com solução saturada de NH4Cl em seguida adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi evaporado sob pressão reduzida e a purificação foi feita em coluna em de sílica gel com hexano/acetato 5%. Obteve-se o mesmo óleo amarelo claro, composto 71 da reação anterior, com rendimento de 74%. 3.9. Reações com naftoquinonas e compostos nitrogenados. 3.9.1 Reação da β-lapachona (4) com hidroxilamina. O N O OH O NH2OH.HCl O (4) NaOH 5% metanol 2 hs O (79) Figura 75: Reação da β-lapachona (4) com hidroxilamina. Num balão de 50 mL adicionou-se 10 mL de solução 5% de NaOH em metanol (0,5 g de hidróxido de sódio em 10 mL de metanol) (PÉREZ-SACAU et al., 2003), 242 mg (1mmol) de β-lapachona, 75 mg (1,086 mmol) de cloridrato de hidroxilamina (NH2OH.HCl). A reação permaneceu sob agitação magnética por aproximadamente 2 horas. Em seguida fez-se a neutralização com ácido acético, o solvente foi removido á vácuo. Adicionou-se água e diclorometano e fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro, fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita com recristalização em etanol. Obteve-se um sólido laranja com rendimento de 77%. Caracterização: p.f.= 173-176 °C. IV: 3430 (OH), 2971-2856 (CH3 e CH2), 1614-1591 (C=O e C=N),1527 (C=C aromático), 1257-1236 (C-O), 838-732 (C-H aromático). Massas: 257 íon molecular (100%), 240 (50%), 226 (40%), 201 (40%), 130 (60%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,4 (6H, s), 1,8 (2H, t, J=6,6), 2.6 (2H, t, J=6,6), 7,4 (2H, m), 7,9 (1H, dd, J=1,8; 6,9), 8,2 (1H, dd, J=1,8; 7,0), 17,9 (H). RMN 13C (CDCl3): δ 15,3 (CH2), 26,7 (CH3), 26,7 (CH3), 31,3 (CH2), 79,3 (C), 162,0 (C), 109,0 (C), 122,3 (CH), 123,3 (CH), 125,5 (C), 128,9 (CH), 130,0 (C), 130,5 (CH), 143,0 (C=N), 180,6 (C=O). 49 3.9.2. Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina. NOH O O NH2OH.HCl 8 NaOH 5% metanol 9 7 6 9a 10 5a 5 10a HON 1 O 1' 2 4a 2' 3 4 O O O cristalino solução (80) O Figura 76: Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina. Num balão de 50 mL adicionou-se 10 mL de solução 5% de NaOH em metanol (0,5 g de hidróxido de sódio em 10 mL de metanol) (PÉREZ-SACAU et al., 2003), 242 mg (1, mmol) de α-lapachona (5), 75 mg (1,0 mmol) de cloridrato de hidroxilamina (NH2OH.HCl). A reação permaneceu sob agitação magnética por aproximadamente 2 horas. Em seguida fez-se a neutralização com ácido acético, o solvente foi removido á vácuo. Adicionou-se água e diclorometano e fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro, fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita com recristalização em etanol. Obteve-se 96,2 mg de um sólido amarelo, o rendimento foi de 37%. Caracterização: p.f.= 172-174 °C. IV: 3160 (OH), 2975-2937 (CH2 e CH2), 1639 (C=N ou C=O), 1565 (C=C), 1272-1197 (C-O), 819-765 (C-H). Massas: 257 (80%), 240 (50%), 201 (25%), 158 (20%), 130 (60%). RMN 1H (CDCl3): δ 1.4 (6H, s), 1.8 (2H, t, J=6,6), 2.6 (2H, t, J=6,6), 7,5 (1H, td, J=1,2, 7,7), 7.6 (1H, td, J=1,4; 7,6), 8.2 (1H, dd, J=1,2; 7,6), 9.0 (1H, d, J=7,8), 12.2 (H). RMN 13C (CDCl3): δ 16.9 (CH2), 26.8 (CH3), 26.8 (CH3), 31.8 (CH2), 78.4 (C), 113.6 (C), 126.8 (CH), 126.9 (C), 129.8 (CH), 130.7 (C), 130.7 (CH), 132.6 (CH), 139.7 (C=N), 156.6 (C), 184.0 (C=O). 3.9.3. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina em presença de hidróxido de sódio. O O OCH3 (6) O NH2OH.HCl NaOH 5% metanol 30 min O OH O outros (3) O (7) O Figura 77: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina em presença de hidróxido de sódio. 50 Num balão de 50 mL adicionou-se 20 mL de solução 5% de NaOH em metanol metanol (0,5 g de hidróxido de sódio em 10 mL de metanol) (PÉREZ-SACAU et al., 2003), 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 75 mg (1 mmol) de cloridrato de hidroxilamina (NH2OH.HCl). A reação permaneceu sob agitação magnética por aproximadamente 30 minutos. Em seguida fez-se a neutralização com ácido acético, o solvente foi removido á vácuo. Adicionou-se água e diclorometano e fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro, fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. Observou-se a formação de lapachol (3), α-xiloidona (7) e uma grande mistura de outros produtos. 3.9.4. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina com carbonato de sódio 5%. Num balão de 50 mL adicionou-se 20 mL de uma solução 5% de carbonato de sódio em metanol (0,5 g de carbonato de sódio em 10 mL de metanol), 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6) e 139 mg (2 mmol) de cloridrato de hidroxilamina. A reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas. Em seguida o solvente foi eliminado à pressão reduzida, e fez-se extração com diclorometano e água, adicionou-se sulfato de sódio anidro a fase orgânica, fez-se filtração em funil simples. O solvente foi removido sob pressão reduzida. Obteve-se novamente traços de lapachol (3), αxiloidona (7) e outros sub-produtos. 3.9.5. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%. O OCH3 NH2OH.HCl - (6) O + Mistura de produtos CH3O Na 5% metanol 72 hs Figura 78: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%. Num balão de 50 mL adicionou-se 20 mL de uma solução 5% metóxido de sódio em metanol (0,5 g de metóxido de sódio em 10 mL de metanol), 256 mg (1 mmol) de 2metóxi-lapachol (6) e 139 mg (2 mmol) de cloridrato de hidroxilamina. A reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas. Em seguida o solvente foi removido à pressão reduzida, adicionou-se diclorometano e água destilada e fez-se extração em funil de sepraçao, adicionou-se sulfato de sódio anidro a fase orgânica e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em cromatografia em coluna com hexano/ acetato 10 a 30%. 51 3.9.6. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio em quantidade estequiométrica. O NOH OCH3 - (6) O NOH NH2OH.HCl CH3O Na metanol 72 hs H + (81) O Figura 79: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de hidroxilamina e metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base). Num balão de 50 mL adicionou-se 20 mL de metanol, 108 mg (2 mmol) de metóxido de sódio, 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6) e 139 mg (2 mmol) de hidroxilamina. A reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas. Em seguida o solvente foi evaporado à pressão reduzida. Adicionou-se diclorometano e água destilada e fez-se extração em funil de separação. À fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. O solvente foi removido sob pressão reduzida. A purificação foi feita em cromatografia em coluna com hexano/ acetato 10 a 30% %. Obteve-se 65 mg de um sólido amarelo (23 % de rendimento). Não foi possível obter o ponto de fusão deste composto, pois ele carboniza antes de feundir.Esta reação foi repetida com 1mmol de metóxido de sódio, 1 mmol de hidroxilamina e 1mmol de 2metóxi-lapachol (6), e foi verificado novamente a formação do produto 81, sendo que o rendimento foi bem menor (15%). Caracterização: IV: 3396-3253 (OH), 2967-2923 (CH2 e CH3), 1681 (C=N),1589 (C=O), 890 (CH de aromático). Massas: (5%) íon molecular, 255 (10%), 239 (100%), 212 (70%), 130 (50%). RMN 1H (acetona-deuterada): δ 1,3 (3H, s), 1,4 (3H, s), 2,6 (2H, m), 4,9 (1H, m), 5,5 (1H, t, J=5,7), 7,5 (1H, td, J=1,1; 8,0), 7,6 (1H, td, J=1,3; 8,3), 8,04 (1H, d, J=7,9), 8,09 (1H, dd, J=0,9; 7,8), 11,0 (H), 11,8 (H). RMN 13C (acetona-deuterada): δ 17,7 (CH3), 25,6 (CH3), 29,9 (CH2), 35,1 (CH), 121,2 (CH), 125,0 (CH), 127,7 (CH), 130,6 (CH), 133,5 (C), 134,8 (CH), 135,6 (C), 136,8 (C), 152,2 (C=N), 153,7 (C=N), 182,0 (C=O). 52 3.9.7. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico. O O N OCH3 (6) O NH2 N O NH2CONHNH2.HCl Base metanol 48 hs H (82) O Figura 80: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 223 mg (2 mmol) de cloridrato de semicarbazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4, e 10 mL de uma solução 5% de metóxido de sódio em metanol (5g de metóxido de sódio em 10 mL de metanol), a reação permaneceu sob agitação magnética por 48 horas. Em seguida o solvente foi removido à pressão reduzida. Adicionou-se diclorometano e água destilada e fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Em seguida o solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 10-40% e em placa preparativa, obteve-se 15 mg (5 % de rendimento) de um sólido vermelho. Esta reação também foi repetida em refluxo, contudo o rendimento também foi baixo. Outra reação foi feita utilizando-se as mesmas quantidades mencionados acima substituindo a base por 5 mL de priridina, nesta caso obteve-se após purificação 63 mg (21% de rendimento) do mesmo produto da reação com metóxido de sódio. Caracterização: p.f.= 195-197°. IV: 3477-3446 (NH2), 3286 (NH), 2971 (CH3), 1579 (C=O), 1656 (C=O), 1621 (C=N), 779 (C=H aromático). Massas: 281, 252 (100%), 237 (25%), 224 (15%), 168 (5%), 154 (10%). RMN 1H (piridina-deuterada): δ 1,4 (6H, s), 5,6 (1H, d, J= 9,8), 7,0 (1H, d, J=9,8), 7,4 (1H, td, J= 7,9), 7,6 (1H, td, J=1,1; 7,9), 7,9 (1H, d, J=7,8), 8,3 (1H, d, J=7,8), 14,1 (1H, s). RMN 13C (piridina-deuterada): δ 27,5 (CH3), 27,5 (CH3), 77,7 (C), 110,4 (C), 117,7 (CH), 122,8 (CH), 128,0 (CH), 128,4 (CH), 130,2 (C), 130,7 (C), 133,4 (CH), 134,6 (CH), 135,5 (C), 145,13 (C=N), 157,0 (C=O), 181,1 (C=O). 53 3.9.8. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base). O C O N OCH3 (6) O NH2CONHNH2.HCl MeOH 48 hs (83) NH2 N H OCH3 O Figura 81: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base). Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 223 mg (2 mmol) de cloridrato de semicarbazida, 108 mg (2 mmol) de metóxido de sódio, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 10 mL de metanol, a reação permaneceu sob agitação magnética por 48 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Em seguida o solvente foi eliminado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 20-40%. Obteve-se 60 mg (19% de rendimento) de um sólido laranja. Caracterização: p.f.= 130-132 ° C. IV: 3556-3465 (NH2), 3280 (NH), 2963-2931 (CH3 e CH2), 1685 (C=O), 1645 (C=O), 1600 (C=N), 1531 (C=C aromático), 780 (C=H aromático). Massas: 314 (M+1), 271 (60%), 255 (100%), 242 (75%), 226 (25%), 186 (60%). RMN 1H (DMSO): δ 1,6 (3H, s), 1,7 (3H, s), 3,2 (2H, d, J=7,0), 3,8 (3H, s), 5,0 (1H, m), 7,1 (2H, s), 7,5 (1H, td, J=1,0; 7,8), 7,6 (1H, td, J=1,5; 7,2), 7,9 (1H, dd, J=1,0; 7,8), 8,5 (1H, d, J=7,5), 10,6 (1H, s). RMN 13C (DMSO): δ 17,8 (CH3), 22,3 (CH2), 25,4 (CH3), 61,4 (CH3), 121,2 (C), 124,3 (CH), 125,1 (CH), 128,6 (C=N), 128,7 (CH), 129,2 (C), 130,5 (CH), 131,1 (C), 132,3 (C), 134,0 (CH), 155,1 (C), 157,7 (C=O), 184,0 (C=O). 54 3.9.9. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) e 2,4-dinitro-fenil-hidrazina. NO2 O2N N O OCH3 (6) NH OCH3 2,4-dinitrofenilhidrazina. H2SO4 MeOH O (84) O Figura 82: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 594 mg (2 mmol) de 2,4-dinitro-fenil-hidrazina.H2SO4, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 20 mL metanol, a reação permaneceu sob agitação magnética por 48 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 20-50%. Obteve-se 85 mg (18% de rendimento) de um sólido vermelho. Caracterização: p.f.= 198-200 °C. IV: 3239 (N-H), 2964-2856 (CH3 e CH2), 1635 (C=O), 1616 (C-N), 1589 (NO2), 1500 (C=C aromático), 835-779 (C-H aromático). Massas: 268, 183 (100%), 167 (10%). RMN 1H (CDCl3): δ 1,6 (3H, s), 1,8 (3H, s), 3,3 (2H, d, J=5,5), 3,9 (3H, s), 5,1 (1H, m), 7,5 (1H, t, J=6,8), 7,6 (1H, t, J=7,5), 8,1 (1H, d, J=7,4), 8,3 (1H, m), 8,4 (1H, m), 8,5 (1H, m), 9,1 (1H, s), 13,9 (H). RMN 13C (CDCl3): δ 18,0 (CH3), 20,6 (CH), 25,6 (CH3), 62,1 (CH3), 116,7 (C), 120,3 (CH), 122,8 (CH), 123,6 (CH), 126,3 (CH), 129,6 (CH), 129,9 (CH), 129,9 (C), 131,3 (C=N), 132,4 (C), 132,9 (CH2), 133,5 (C), 133,6 (C), 135,1 (CH), 139,6 (C), 144,0 (C), 157,0 (C), 184,5 (C=O). 55 3.9.10. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina em meio básico. O OCH3 2,4-dinitrofenilhidrazina. H2SO4 Base Metanol (6) O Mistura de produtos 3 hs Figura 83: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina em meio básico. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1, mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 594 mg (2 mmol) de 2,4-dinitro-fenil-hidrazina.H2SO4, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 20 mL de uma solução 5% de metóxido de sódio em metanol (1 g de metóxido de sódio em 20 mL de metanol), a reação permaneceu sob agitação magnética por 3 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 5-50%, contudo após purificação nenhuma das frações isoladas confirmou a presença dos produtos esperados. Esta reação foi repetida utilizando-se as mesmas quantidades mencionadas acima trocando-se o metóxido de sódio por piridina, contudo o resultado também não foi positivo. 3.9.11. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida. S C N O N OCH3 (6) O H OCH3 NH2CSNHNH2 MeOH 24 hs NH2 (85) O Figura 84: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 219 mg (2 mmol) de tiosemicarbazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 10 mL metanol, a reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 20-40%, obteve-se 72 mg (21 % de rendimento) de um sólido laranja. Caracterização: p.f.= 136-138 °C. 56 IV: 3423-3299 (NH2), 3156 (NH), 2964-2923 (CH3 e CH2), 1639 (C=O), 1639 (C=N), 1521 (C=C aromático), 1108 (C=S), 777 (C=H aromático). Massas: 288 (5%), 268 (40%), 254 (20%), 225 (20%), 197 (5%) RMN 1H (CDCl3): δ 1,6 (3H, d, 1,0), 1,7 (3H, s), 3,3 (2H, d, 7,0), 3,8 (3H, s), 5,1 (1H, m), 7,5 (2H, m), 8,0 (1H, m), 8,1 (1H, m), 11,7 (1H, s). RMN 13C (CDCl3): δ 17,8 (CH3), 20,6 (CH2), 25,6 (CH3), 61,7 (CH3), 120,1 (C), 123,1 (CH), 126,4 (CH), 129,5 (CH2), 130,1 (C), 131,5 (C), 132,4 (C), 133,1 (C), 133,3 (CH), 133,6 (CH), 157,3 (C), 179,5 (C=S), 184,5 (C=O). 3.9.12. Teantativa de reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiosemicarbazida em meio básico. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 219 mg (2 mmol) de tiosemicarbazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 10 mL de uma solução 5% de metóxido de sódio em metanol (0,5 g de metóxido de sódio em 10 mL de metanol), a reação permaneceu sob agitação magnética por 24 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A reação apresentou um escurecimento e após a purificação nenhuma fração foi caracterizada com sucesso. 3.9.13. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. OH O O NH O OCH3 N HO OCH3 NHNH2 (6) Metanol O 48 hs (86) O Figura 85: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 304 mg (2 mmol) de 4-hidróxi-benzo-hidrazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 30 mL metanol, a reação permaneceu sob agitação magnética por 48 horas. Em seguida fez-se filtração em funil de büchner para retirar o excesso de hidrazida que não reagiu, o solvente foi removido sob pressão reduzida. Adicionou-se diclorometano e água e fez-se extração em funil de separação, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 30-40%, obteve-se 17 mg (4% de rendimento) de um sólido laranja. 57 Caracterização: p.f.= 215-218 °C. IV: 3430 (NH, OH), 2971-2929 (CH3 e CH2), 1639 (C=N), 1606 (C=O), 1517 (C=C aromático), 760 (C=H aromático). Massas: 281, 255 (100%), 240 (90%), 225 (50%), 195 (20%). RMN 1H (piridina-deuterada): δ 1,6 (3H, s), 1,7 (3H, s), 3,4 (2H, d, J=6,7), 3,8 (3H, s), 5,3 (1H, m), 7,3 (2H, d, J=8,6), 7,4 (1H, td, J=1,0; 8,1), 7,5 (1H, td, J=1,4; 8,1), 8,3 (1H, d, J=7,8), 8,3 (2H, d, J=8,6), 8,7 (1H, d, J= 7,6), 12,7 (1H, s). RMN 13C (piridina-deuterada): δ 18,4 (CH3), 23,7 (CH2), 26,1 (CH3), 62,2 (CH3), 117,1 (C), 117,1 (CH), 117,1 (CH), 122,1 (CH), 124,4 (C), 125,2 (CH), 126,6 (CH), 129,8 (CH), 131,0 (C), 131,2 (CH), 131,2 (CH), 132,9 (C), 133,1 (CH), 133,4 (C), 135,5 (C=N), 158,3 (C), 163,8 (C=O), 163,8 (C), 185,3 (C=O). 3.9.14. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida em meio básico. HO O H O OCH 3 O HO O M e tanol Piridina 72 hs O N NHN H 2 (6) N (87) O Figura 86: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida em meio básico. Num balão de 50 mL adicionou-se 256 mg (1 mmol) de 2-metóxi-lapachol (6), 304 mg (2 mmol) de 4-hidróxi-benzo-hidrazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4, 30 mL metanol e 5 mL de piridina, a reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. Observou-se por c.c.f. a formação de dois produtos. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 30-50%, e cromatografia em camada delgada tendo como eluente acetona/hexano 30%. Obteve-se 68 mg (18 de rendimento %) do produto majoritário (sólido roxo) e 10 mg de um outro sólido violeta, sendo que este último embora tivesse aparência de um produto puro não foi bem caracterizado. Caracterização: p.f.= 210-212 °C. 58 IV: 3344-3197 (NH, OH), 2994 (CH3), 1679 (C=N), 1654 (C=O), 1540 (C=C aromático), 779 (C=H aromático). Massas: 281, 252, 237 (100%), 208 (10%). RMN 1H (piridina-deuterada): δ 1,4 (3H, s), 1,5 (3H, s), 5,6 (1H, d, J=9,8), 7,0 (1H, d, J=9,7), 7,2 (2H, d, J=8,4), 7,4 (1H, t, J=7,4), 7,5 (1H, t, J=7,3), 7,9 (1H, d, J=7,4), 8,1 (1H, d, J=7,5), 8,3 (2H, d, J=8,4), 12,1 (1H, s). RMN 13C (piridina-deuterada): δ 28,7 (CH3), 27,1 (CH3), 62,5 (C), 115,1 (C), 116,2 (CH), 116,2 (CH), 124,7 (C), 125,6 (CH), 126,2 (CH), 130,7 (CH), 130,8 (CH), 130,8 (CH), 132,5 (CH), 132,6 (C), 133,4 (C), 133,7 (CH), 145,7 (C), 162,7 (C), 169,0 (C=O), 177,6 (CH), 179,9 (C=O), 181,3 (C=O). 3.9.15. Reação do lapachol (3) com cloridrato de semicarbazida. O N O NH2 N H OH OH NH2CONHNH2.HCl (3) O MeOH 72 hs (88) O Figura 87: Reação do lapachol (3) com cloridrato de semicarbazida. Num balão de 50 mL adicionou-se 242 mg (1 mmol) de lapachol (3), 223 mg (2 mmol) de cloridrato de semicarbazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 10 mL de uma solução 5% de metóxido de sódio em metanol (0,5 g de metóxido de sódio em 10 mL de metanol), a reação permaneceu sob agitação magnética por 72 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 10-50%. Obteve-se 127 mg (42 % de rendimento) de um sólido laranja. Esta reação foi repetida nas mesmas condições mencionadas acima com exceção do metóxido de sódio, foi confirmado que o produto formado era o mesmo da reação em meio básico. Caracterização: p.f.= 192-194 °C. 59 IV: 3479-3124 (NH, OH), 2948-2856 (CH3 e CH2), 1689-1594 (C=N e C=O), 1575 (C=C aromático), 773 (C=H aromático). Massas: 283 (15%), 282 (50%), 267 (10%), 239 (100%), 211 (15%), 196 (15%). RMN 1H (DMSO): δ 1,6 (3H, s), 1,7 (3H, s), 3,2 (2H, d, J=6,5), 5,0 (1H, m), 7,2 (OH), 7,4 (2H, m), 7,9 (1H, d, J=6,8), 8,4 (1H, d, J= 6,8), 14,3 (1H, s). RMN 13C (DMSO): δ 17,9 (CH3), 21,2 (CH2), 25,6 (CH3), 117,3 (C), 122,1 (CH), 123,5 (CH), 123,6 (CH), 126,3 (CH), 128,2 (C), 129,2 (C), 129,8 (C), 131,2 (CH), 131,6 (C=N), 155,6 (C), 162,8 (C=O), 180,9 (C=O). 3.9.16. Reação do lapachol (3) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. OH O O O OH NH HO N NHNH2 (3) O OH Metanol 48 hs (89) O Figura 88: Reação do lapachol (3) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. Num balão de 50 mL adicionou-se 242 mg (1 mmol) de lapachol (3), 304 mg (2 mmol) de 4-hidróxi-benzo-hidrazida, 240 mg (2 mmol) de MgSO4 e 30 mL metanol, a reação permaneceu sob agitação magnética por 48 horas. Em seguida o solvente foi removido sob pressão reduzida e fez-se extração com diclorometano e água, à fase orgânica adicionou-se sulfato de sódio anidro e fez-se filtração em funil simples. Posteriormente o solvente foi evaporado sob pressão reduzida. A purificação foi feita em coluna de sílica gel com hexano/acetato 40-70%. Obteve-se 54 mg (14 % de rendimento) de um sólido amarelo-alanjado. Esta foi repetida utilizando-se solução 5% de metóxido de sódio em metanol, foi confirmado através da caracterização que o produto obtido foi o mesmo da reação anterior. Caracterização: p.f.= 160 e 162 °C. IV: IV: 3403-3257 (NH, OH), 2925-2852 (CH3 e CH2), 1664-1604 (C=N e C=O), 1596 (C=C aromático), 846-773 (C=H aromático). Massas: 309, 283, 267, 227 (100%), 209 (10%), 199 (10%), 181 (10%). RMN 1H (DMSO): δ 1,6 (3H, s), 1,7 (3H, s), 3,2 (2H, d, J=6,2), 5,0 (1H, m), 6,9 (2H, d, J=8,8), 7,5 (2H, m), 7,8 (2H, d, J=8,7), 8,0 (1H, dd, J=1,0; 7,7), 8,2 (1H, dd, J=1,0; 7,6), 10,4 (OH), 16,1 (1H, s). 60 RMN 13C (DMSO): δ 18,4 (CH3), 21,6 (CH2), 25,9 (CH3), 116,3 (C), 117,9 (CH), 122,7 (CH), 123,0 (C), 123,6 (CH), 124,5 (CH), 127,6 (CH), 129,4 (CH), 130,5 (C), 130,7 (C), 131,6 (CH), 131,6 (CH), 132,1 (C), 134,4 (C=N), 162,4 (C), 164,2 (C), 165,0 (C=O), 181,1 (C=O). 3.10. Resumo das reações. 3.10.1. Reações com organometálicos. O O O (4) O HO brometo de benzila Sn EtOH/H2O O (55) HO (5) O OCH3 O (3) R=H (6) R=OCH3 OH O O brometo de alila (62) (58) R=OH O (56) R=OCH3 brometo de alila O O (60) O HO O O OR O O brometo de alila In EtOH/H2O (61) O HO OR O (57) brometo de benzila In EtOH/H2O In EtOH/H2O (59) O brometo de benzila In EtOH/H2O O HO brometo de alila HO O (65) O In EtOH/H2O HO O (66) HO HO + Sn THF/H2O (64) (63) Figura 89: Reações com organometálicos. 61 3.10.2. Reações com trifenilfosfina e iodo. HO O O O (55) OH OH O (67) O O (57) O OH O O produtos instáveis + (5) (70) O produto instável O OH O HO O O + O (72) O (63) (74) (73) I (68) O HO O O (71) (68) O O HO O O HO O O O OH (59) OH OH OH O O + (64) (66) O (75) (77) (76) Figura 90: Reações com trifenilfosfina e iodo. 62 3.10.3. Reações da β -lapachona e α-lapachona com cloridrato de hidroxilamina. O N OH O O NH2OH.HCl NaOH 5% metanol 2 hs O (4) O (79) O NOH O (5) NH2OH.HCl O cristalino solução NaOH 5% metanol 2 hs O HON O (80) O O Figura 91: Reações da β-lapachona e α-lapachona com cloridrato de hidroxilamina. 3.10.4. Reações do 2-metóxi-lapachol com compostos nitrogenados. HO H O NOH O N NOH N Mistura de produtos - benzo -hidrazida 4-hidroxi - OH - benzo -hidrazida 4-hidroxi - N OCH3 O O N NH2OH.HCl + CH3O Na MeOH O NH (86) (81) MeOH Base O O C NH2OH.HCl CH3O-Na+ 5% MeOH (87) O H mistura de produtos NO2 2,4-dinitro MeOH (6) N N H O NH2CONHNH2.HCl MeOH Base Degradação O C N N NH2 NH2 N H O (82) O H OCH3 OCH3 (84) N NH2CSNHNH2 MeOH S NO2 H OCH3 NH2CONHNH2.HCl MeOH O NH2CSNHNH2 MeOH Base N O OCH3 MeOH 2,4-dinito MeOH Base NH2 (85) O Figura 92: Reações do 2-metóxi-lapachol com compostos nitrogenados. 63 3.10.5. Reações do lapachol e compostos nitrogenados com excesso de base e sem base. O O OH N NH2CONHNH2.HCl NH2 N OH MeOH (3) H O O MeOH OH O NH N OH O Figura 93: Reações do lapachol e compostos nitrogenados com excesso de base e sem base. 3.11.Parte biológica. Os compostos mostrados na Figura 94, foram testados em formas tripomastigotas do Trypanosoma cruzi e os compostos da Figura 95 foram testados em cepas de Plasmodium falciparum. H C I OH OH O O O (71) (78) (55) OH (57) O OH O O (80) O NOH (90) (81) O O (79) NOH OH O NOH O O O O C OH NOH O O O (68) (67) O O OH HO OCH3 (69) O OH OCH3 (56) O (58) O Figura 94: Compostos testados em T. cruzi. 64 H O C NOH O OH NH2 N N O O O H OCH3 O O (60) OH O O C OH (68) O (90) O (55) O (79) O (83) NO2 O NO2 N OH N OCH3 N N H H OH NOH O O OH OCH3 (88) O (69) NH2 (84) (67) O (80) O O O O NOH O NOH (81) O H N (87) OH N OH OH OH O (58) O (57) O O Figura 95: Compostos testados em Plasmodium falciparum. 3.11.1. Testes em Trypanosoma cruzi. Os ensaios foram realizados tratando-se a forma tripomastigota sangüínea (5% do parasita) por 24 h à temperatura de 4οC. As amostras foram solubilizadas em DMSO. 3.11.2. Testes em Plasmodium falciparum. Os testes de proliferação foram realizados utilizando-se a cepa de Plasmodium falciparum clone W2 (cloroquina-resistente, mefloquina-sensível) após 24 horas de incubação parasitodrogas foram adicionados ao meio de cultura 25 µL/ poço de [3H]hipoxantina a [0,5 µCi/poço], e incubados por um período de 24 horas a 37 °C. As placas foram congeladas por 6-18 horas e após este período descongeladas e as células foram colhidas em capilares de vidro, onde as amostras foram colocadas em bolsas e emergidas em cintilação de fluxo, por emissão radioativa de 1205 betaplate. As amostras foram solubilizadas em DMSO, e a concentração deste no meio foi feita por diluições: 15µL da amostra em DMSO puro para 750µL de meio.Os ensaios foram feitos em células sangüíneas infectadas com 5% do parasito. 65 4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Obtenção e caracterização do lapachol (3), β-lapachona (4) e 2-metoxi-lapachol (6). 4.1.1 Extração do lapachol (3) (2-hidroxi-3-(3-metil-but-2-en-1-il)-1,4naftoquinona). O O 8 7 6 5 9 10 1 4 O (3) OH 2 3 O- CO3 2' 3' 4' 1' 5' + CO2 + H2O + H O Figura 96: lapachol (3) e o seu ânion. A extração baseia-se na considerável acidez do lapachol (pKa ≈ 6,2). (OSSOWSKI et al., 2008). Quando a solução de carbonato foi adicionada sobre a madeira moída, imediatamente observou-se o aparecimento de uma coloração roxa. O hidrogênio ácido (do grupo OH) do lapachol (3) é facilmente perdido em presença de base, formando um ânion deslocalizado. Em seguida, quando se adiciona o ácido sulfúrico diluído, ocorre a neutralização do ânion, dando origem a um precipitado de coloração amarela na solução (formação do lapachol) e ao aparecimento de espuma devido à liberação de CO2. Após a filtração, toda a fase aquosa foi descartada. O material sólido foi solubilizado a quente em acetato de etila e filtrado a vácuo, sendo a fase sólida (impurezas escuras) descartada. Em seguida a solução filtrada foi resfriada em banho de gelo e submetida a uma nova filtração a vácuo: grande quantidade de lapachol (3) ficou retida no papel de filtro. Este processo foi repetido várias vezes; posteriormente fez-se a recristalização do material de etanol, quando foi possível obter o lapachol (3) puro (cristais amarelos, p.f. 141-143 °C). OBS: Usou-se carbonato em vez de hidróxido de sódio, porque com esta última ocorre a extração de outros constituintes do pó da madeira, como por exemplo taninos. Dados espectroscópicos do lapachol (3): IV: 3351-2967 (OH), 2914-2853 (CH2 e CH3), 1642 (C=O), 1589 (C=C aromático), 791-724 (CH de aromático), pág. 139 – anexo. Massas: 243 (15%) M+1, 227 (100%), 199 (10%), 214 (5%), 159 (10%), 171 (10%), 227 (100%), 209 (5%), 181 (10%), pág. 140 – anexo. 66 O O OH OH CH3 O O CO O M/Z=243 (15%) M+1 OH M/Z=199 (10%) M/Z=227 (100%) CO CO OH O O OH OH M/Z=214 (< 5%) M/Z=159 (10%) O OH H H2O O M/Z=171 (10%) O OH O H H2O O O M/Z=227 (100%) M/Z=199 (10%) M/Z=181 (10%) M/Z=209 (5%) Tabela 6: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do lapachol (3) em clorofórmio deuterado, pág. 141 e 142 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 181,6 1 152,6 2 123,4 3 184,5 4 126,6 8,1 (1H)/ dd / 7,4; 1,4 5 134,7 7,6 (1H) / td / 7,4; 1,1 6 132,7 7,7 (1H) / td / 7,4; 1,3 7 159,9 8,0 (1H) / dd / 7,7; 1,1 8 129,3 9 132,7 10 22,5 3,2 (1H) / d / 7,3 1’ 119,6 5,1 (1H) / m / 2’ 133,7 3’ 25,7 1,6 (3H) / s / 4’ 17,8 1,7 (3H) / s / 5’ 7,3 / s / OH Obs: As figuras seguintes, tem numeração inferior a última (96), porque elas já estão presentes na parte experimental, elas aparecem novamente na discussão dos resultados afim de facilitar a visualização de cada reação. 67 4.1.2. β-Lapachona (4) (2,2-dimetil-3,4-diidro-2H-benzo[h]cromeno-5,6-diona). O O 7 OH 1) H2SO4 2) H2O 8 9 10 6a 10a O (3) (4) O 6 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' Figura 50: Síntese da β-lapachona (4). OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. Na síntese da β-lapachona (4), quando adiciona-se o ácido sulfúrico ao lapachol (3), imediatamente observa-se o aparecimento de uma coloração vermelha intensa, que indica que a β-lapachona está sendo formada. Dados espectroscópicos: IV: 2975-2928 (CH2 e CH3), 1639 e 1596 (C=O),1565 (C=C aromático), 1224 (C-O), 895 (CH de aromático), pág. 143 – anexo. Massas: 242 (100%), 227 (10%), 214 (40%), 199 (20%), 158 (40%), 159 (100%), 181 (20%), pág. 144 – anexo. O O O O O CH3 CO O O O H M/Z=242 (10%) M/Z=199 (20%) M/Z=227 (10%) CO O O o O O O M/Z=214 (40%) H O M/Z=159 (100%) O O O O - O O M/Z=158 (40%) M/Z=214 (40%) 68 Tabela 7: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), da βlapachona (4) em clorofórmio deuterado, pág. 145 e 146 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 79,1 2 31,4 1,8 (2H) / t / 6,7 3 16,0 2,5 (2H) / t / 6,7 4 112,5 4a 178,4 5 179,7 6 132,4 6a 134,7 8,0 (1H) / dd / 7,4; 1,4 7 130,5 7,5 (1H) / td / 7,4; 1,1 8 128,4 7,6 (1H) / td / 7,4; 1,3 9 123,9 7,8 (1H) / dd / 7,7; 1,1 10 129,9 10a 161,9 10b 26,6 1,4 (3H) / s / 1’ 26,6 1,4 (3H) / s / 2’ 4.1.3. 2-Metóxi-lapachol (2-metóxi-3-(3-metil-2-butenil)-1,4-naftoquinona). O O 8 OH 7 (CH3)2SO4 (3) 9 acetona O 6 5 10 (6) 1 4 O 11 OCH3 2 3 2' 3' 4' 1' 5' Figura 51: Síntese do 2-metóxi-lapachol (6). OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. A reação de síntese do 2-metóxi-lapachol (6) apresentou um excelente rendimento e poucas impurezas estavam presentes ao final do processo. Através do espectro de IV, foi confirmado que a banda de OH, havia desaparecido, o que indica que a metilação foi obtida com sucesso. O ponto de fusão deste composto foi de 47-49° C. (Obs.: a rigor, o nome derivado de lapachol para 6 deve ser 2-O-metil-lapachol e não 2metóxi-lapachol que, entretanto, é usado na literatura (CÂMARA et al., 2001), além de ser mais evocativo. Dados espectroscópicos do 2-metóxi-lapachol (6): IV: 2937-2913 (CH2 e CH3), 1670 e 1607 (C=O), 1262 (C-O), 850 (CH de aromático), pág. 147 – anexo. Massas: 257 (100%) M+1, 241 (10%), 226 (10%), 213 (20%), 185 (10%), 157 (5%), 129 (5%), pág. 148 – anexo. 69 H O O OCH2 O O H CH2 O H O O M/Z=226 (10%) M/Z=257 (100%) M+1 O M/Z=157 (5%) O OCH3 CH3 OCH3 O O CO OCH3 O M/Z=256 (100%) M/Z=241 (10%) O M/Z=213 (20%) CO O H O CO H M/Z=129 (5%) OCH3 M/Z=185 (10%) M/Z=157 (5%) Tabela 8: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz) do 2-metóxi-lapachol (6) em CDCl3, pág. 149 e 150 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 181,7 1 157,3 2 133,6 3 185,2 4 126,1 8,0 (1H) / m / 5 133,6 7,6 (1H) / m / 6 133,1 7,6 (1H)/ m / 7 126,0 8,0 (1H) / m / 8 131,9 9 131,4 10 61,1 4,1 (3H) / s / 11 25,7 3,2 (2H) / d / 7,3 1’ 120,0 5,1 (1H) / m / 2’ 134,5 3’ 22,9 1,6 (3H) / s / 4’ 17,8 1,7 (3H) / s / 5’ 70 4.2. Reações com nucleófilos de carbono. 4.2.1. Reação da β -lapachona com brometo de benzila e estanho: produto 55 (6benzil-6-hidroxi-2,2-dimetil-2,3,4,6-tetraidro-5H-benzo[h]cromen-5-ona). O HO O + O (4) Br Sn EtOH/H2O O T.A. 24 hs (55) O Figura 52: Reação da β-lapachona (4) com brometo de benzila e estanho. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. Este composto havia sido sintetizado por nós anteriormente através de reação de Grignard, bem como os compostos 56 e 57 (SILVA A. R., 2004), porém com rendimento muito baixo, apenas 34%, e muitos subprodutos presentes na reação, que dificultavam a purificação, e também não foi possível caracterizá-los pois estavam todos com contaminantes.Por isso resolveu-se fazer a síntese do mesmo através de reação em meio aquoso que é menos demorada e, praticamente, ocorreu a formação de apenas um produto majoritário, com rendimento de 66%; um sólido laranja claro com ponto de fusão 102-105 °C. Os outros produtos não chegaram a ser caracterizados por haviam apenas traços dos mesmos. Durante o curso da reação observou que a coloração laranja da β-lapachona (4) foi aos poucos desaparecendo, ao final da reação a mesma apresentou um aspéctro branco leitoso. Esta reação também poderia ter sido feita utilizando o metal índio. Dados espectroscópicos do composto 55: IV: 3390-3070 (OH), 2974-2843 (CH2 e CH3), 1606 (C=O), 1568 (C=C aromático), 1238 (C-O), 886 (CH de aromático), pág. 151 – anexo. Massas: 316 (10%), 301 (5%), 273 (10%), 243 (100%), 187 (70%), 159 (50%), pág. 152 – anexo. O pico do íon molecular que seria m/z =334, não apareceu no espectro, porém o fragmento presente m/z =316 indica a perda de água através da desidratação do íon molecular. . 71 H2O HO CH3 O O O O O O M/Z=316 (10%) OH O O M/Z=243 (100%) CO HO CO O O M/Z=301 (5%) M/Z=273 (10%) OH HO O O OH CO O O M/Z=187 (70%) O M/Z=159 (50%) M/Z=243 (100%) M/Z=215 (10%) Tabela 9: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 55 em CDCl3, pág. 153 a 154 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 76,1 2 30,6 1,6 (2H) / m / 3 14,6 2,5 (1H) / dt / 6,1; 16,8 4 2,1 (1H) / dt / 7,4; 16,8 105,9 4a 199,5 5 75,5 6 134,1 6a 124,7 7,6 (1H), m 7 129,1 7,4 (1H) / td / 2,0; 7,0 8 126,5 7,3 (1H) / td / 2,0; 7,0 9 121,9 7,6 (1H) /m / 10 140,5 10a 161,2 10b 3,9 (OH) 11 53,4 3,0 (2H) / s / 12 126,0 1,7 / s / 12a 126,6 6,6 (1H) / dd / 1,9; 7,0 13 128,7 7,0 (1H) / m / 14 126,6 7,0 (1H) / m / 15 128,7 7,0(1H) / m / 16 125,8 6,6 (1H) / dd / 1,9; 7,2 17 26,5 1,4 (3H)/ s / 1’ 24,8 1,1 (3H)/ s / 2’ 72 4.2.2. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio: produto 56 (4-benzil-4-hydroxi-3-metóxi-2-(3-metil-but-2-en-1-il)naftalen-1(4H)-ona). HO O OCH3 Br + OCH3 In EtOH/H2O T.A. (6) 8 hs O (56) O Figura 53: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com brometo de benzila e índio. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se o composto 56, que só foi obtido quando o metal utilizado foi o índio; com estanho praticamente não houve formação de produto, não ocorreu nada durante a reação. No espectro de massas não foi possível observar o íon molecular. Dados espectroscópicos do composto 56: IV: 3396 (OH), 2993-2854 (CH2 e CH3), 1630 (C=O), 1596 (C=C aromático), 1294 (CO), 835 (CH de aromático), pág. 155 – anexo. Massas: 256(60%), 241 (100%), 213 (60%), 157 (25%), pág. 156 – anexo. O OCH3 M/Z=213 (60%) CO O O OCH3 HO OCH3 CH3 O M/Z=256 (60%) O OCH3 O M/Z=241 (100%) Tabela 10: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 56 em CDCl3, pág. 157 a 158 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 1 2 3 4 5 185,0 123,5 169,2 75,4 126,7 7,7 (1H) / dd / 8,0) 73 6 7 8 9 10 11 12 132,2 127,9 125,4 134,3 142,7 61,9 50,1 13 14 15 16’ 17 18 1’ 2’ 3’ 4’ 5’ OH 130,4 129,8 127,4 125,7 127,4 129,8 22,8 121,9 131,7 25,5 17,9 - 7,6 (1H) / td / 2,0; 8,0) 7,3 (1H) / td /2,0; 8,0) 7,8 (1H) / dd / 2,0; 6,0) 4,1 (3H) / s / 3,1 (1H) / d / 12,0 3,3 (1H) / d / 12,0 6,4 (1H) / dd / 2,0 ; 8,0 6,9 (1H) / m / 7,0 (1H) / m / 7,0 (1H) / m / 6,5 (1H) /dd / 8,0 3,0 (2H) / m / 4,9 (1H) / m / 1,6 (3H) / d / 1,7 (3H) / d / 2,8 4.2.3. Reação da α-lapachona (5) com brometo de benzila e índio: Produto 57 (10benzil-10-hidroxi-2,2-dimetil-2,3,4,10-tetraidro-5H-benzo[g]cromen-5-ona). HO O O + Br In EtOH/H2O O T.A. (5) O 40 min (57) O Figura 54: Reação da α-lapachona (5) com brometo de benzila e índio. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. Esta reação foi bem rápida e gerou o produto de adição à carbonila 10 com um rendimento de 71 %; ela também foi bem limpa, sem a formação de sub-produtos. Dados espectroscópicos do composto 57: IV: 3412-3064 (OH), 2977-2933 (CH2 e CH3), 1632 (C=O), 1573 (C=C aromático), 1271 (C-O), 831 (CH de aromático), pág. 159 – anexo. Massas: 334 (5%), 316 (5%), 301 (5%), 273 (5%), 243 (100%), 187 (85%), 159 (45%), 91 (55%), pág. 160 – anexo. 74 H2O HO CH3 O O O O O M/Z=334 (5%) O M/Z=301 (5%) M/Z=316 (5%) CO OH OH O O M/Z=243 (100%) O O M/Z=187 (85%) CO OH O M/Z=159 (45%) O M/Z=273 (5%) Tabela 11: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 57 em CDCl3, pág. 161 a 162 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 78,2 2 31,7 1,6 (2H) /m/ 3 15,5 2,1 (1H) / m / 4 2,4 (2H) / m / 109,9 4a 183,3 5 134,8 5a 126,9 7,9 (1H) / dd / 2,0; 8,0 6 129,9 7,3 (1H) / td / 2,0; 8,0 7 131,8 7,5 (1H) / td / 2,0; 6,0 8 125,6 7,7 (1H) / dd / 2,0; 6,0 9 142,3 9a 72,8 10 166,1 10a 3,0 (1H) / s / 11 50,9 12 130,3 12a 129,6 6,5 (1H) / d / 6,0 13 127,5 7,0 (1H) / m / 14 125,5 7,0 (1H) / m / 15 127,9 7,0 (1H) / m / 16 129,6 6,5 / d / 6,0 17 28,5 1,2 (3H) / s / 1’ 24,7 1,4 (3H) / s / 2’ 75 4.2.4. Lapachol (3) com brometo de benzila e índio: produto 58 (4-benzil-3,4diidroxi-2-(3-metil-but-2-en-1-il)-naftalen-1(4H)-ona). HO O OH Br + In EtOH/H2O OH T.A. (3) 1 hora O (58) O Figura 55: Reação do lapachol (3) com brometo de benzila e índio. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se um sólido branco com um rendimento de 77%, o ponto de fusão foi de 144-146 °C. Este composto é inédito na literatura. Dados espectroscópicos do composto 58: IV: 34249 (OH), 2964-2915 (CH2 e CH3), 1618 (C=O), 1573 (C=C aromático), 1224 (C-O), 844 (CH de aromático), pág. 163 – anexo. Massas: 335 (M+1) (50%), 316 (100%), 289 (10%), 266 (20%), 243 (60%), 215 (100%), 243 (100%), 197 (25%), 159 (75%) pág. 164 – anexo. H2O HO OH O OH O M/Z=316 (100%) OH + OH O M/Z=243(60%) Tabela 12: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 58 em CDCl3, pág. 165 a 166 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 201,1 1 109,6 2 76 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1’ 2’ 3’ 4’ 5’ 163,9 78,4 128,3 129,1 134,7 123,2 138,3 141,7 53,7 130,2 130,1 125,7 127,5 125,7 130,1 22,2 120,6 126,8 25,8 19,9 7,5 (1H) / dd / 1,8; 7,2 7,3 (1H) / m / 7,4 (1H) / m 7,7 (1H) / dd / 1,8; 7,7 3,0 (2H) / s / 6,6 (1H) / dd / 1,9; 7,8 7,1 (1H) / m / 7,1 (1H) / m 7,1 (1H) / m 6,6 (1H) / dd / 1,9; 7,8 7,3 (OH) 3,1 (1H) / d / 7,0 5,1 (1H) / m / 1,7 (3H) / s / 1,7 (3H) / s / 4.2.5. Reação do lapachol (3) com brometo de alila e índio: produto 59 (4-allil-3,4diidroxi-2-(3-metil-but-2-en-1-il)naftalen-1(4H)-ona). O HO OH + Br In EtOH OH T.A. (3) O 30 min (59) O Figura 56: Reação do lapachol (3) com brometo de alila e índio. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação, tal como nas anteriores , ocorreu a adição em apenas uma carbonila com rendimento de 87%, acredita-se que a espécie organometálica possa estar coordenada com o oxigênio da hidroxila no caso do lapachol (3) e 2-metoxilapachol (4), ou com o oxigênio do anel pirânico nas outras quinonas como na αlapachona (5), o que favorece a adição na carbonila da parte superior da molécula. O ponto de fusão do composto 59 foi 117-120 °C. Este composto é inédito na literatura. Dados espectroscópicos do composto 59: IV: 3257 (OH), 2973-2958 (CH2 e CH3), 1639 (C=O), 1573 (C=C aromático), 1241 (CO), pág. 167 – anexo. Massas: 285 (M+1=10%), 266 (25%), 215 (100%), 159 (75%), 175 (40%), pág. 168 – anexo. 77 HO OH H2O OH O O M/Z=266 (100%) OH OH O M/Z=243 (40%) CO OH OH M/Z=215 (100%) Tabela 13: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 59 em CDCl3, pág. 169 a 172 – anexo. 1 1 Posição δ 13C (ppm) δ 1H H x 1H H x 13C COSY 1 (ppm) / mult. / J (Hz) COSY JCH 201,6 1 109,6 2 163,9 3 78,0 4 125,7 7,6 (1H) / td / 7,6 H8 x H7 H8 x C8 5 127,7 7,3 (1H) / td / 7,6 H7 x H5 H7 x C7 6 130,5 7,4 (1H) / d / 7,2 H6 x H7 H6 x H6 7 123,7 7,7 (1H) / d / 8,0 H5 x H6 H5 x C5 8 138,5 9 142,4 10 51,3 2,4 (2H) / d / 7,2 H11 x H12 H11 x C11 11 131,8 5,5 (1H) / m / H12 x H13 H12 x C12 12 119,3 4,8 (1H) / d / 10,0 H13 x C13 13 4,9 (1H) / d / 7,2 14 3,9 15 22,5 3,2 (2H) / d / 7,6 H1’ x H2’ H1’ x C1’ 1’ 120,8 5,3 (1H) / m / H2’ x C2’ 2’ 126,4 3’ 25,9 1,8 (3H) / s / H4’ x C4’ 4’ 18,1 1,8 (3H) / s / H5’ x H1’ H5’ x C5’ 5’ 78 4.2.6. Reação da Nor-β -lapachona (60) com brometo de alila e índio: produto 61 (5allil-5-hidroxi-2,2-dimetil-3,5-diidronafto[1,2-b]furan-4(2H)-ona). O O + OH In ETOH/H 2O Br O T.A. O 24 hs (60) O (61) Figura 57: Reação da nor-β-lapachona (60) com brometo de alila e índio. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 96, porque ela já está presente na parte experimental. A nor-β-lapachona (60) se diferencia da β-lapachona (4) por um CH2 a menos no anel lateral, por este motivo imaginávamos que a adição pudesse ocorrer em C-4 também, pois o impedimento estérico proveniente deste anel seria menor, mas isso não ocorreu: a adição continua ocorrendo exclusivamente na carbonila não conjugada à alcoxila (1). Esta reação foi mais demorada que as demais e mesmo com excesso do organometálico, a adição foi exclusivamente em C-5, gerando o composto 61, este é inédito na literatura. Alguns cálculos de modelagem foram feitos (os resultados são mostrados na tabela abaixo) considerando-se a adição tanto em Cα como em Cβ (ver figura abaixo). As moléculas foram desenhadas no programa de mecânica molecular PH4, e os cálculos semi-empíricos (PM3) feitos com o MOPAC 6.0. O α O β (CH2)n O Tabela 14. Resultados obtidos por modelagem. Quinona β-lapachona (n=2) Átomo Cβ Cα Cβ nor-β β-lapachona (n=1) Cα Coef. LUMO Densidade -0,22185 (Pz) 3,6945 -0,25745 (Pz) 3,7199 0,25101 (Pz) 3,6812 0,26094 (Pz) 3,7263 Observa-se que os carbonos com maiores coeficientes de LUMO são os Cα (onde ocorre a adição) na β-lapachona e na nor-β-lapachona, e embora a densidade eletrônica nestes átomos seja maior, verificou-se que a adição (nucleofílica) ocorre exclusivamente neles. Isto parece indicar que a seletividade é dominada pela interação entre os orbitais de fronteira, e não por atração de cargas opostas. Os calores de formação calculados (Figura 97) dos possíveis produtos (reação com nor-β-lapachona), são praticamente iguais, o que justificaria a adição em qualquer uma das carbonilas. Já para a β-lapachona o produto formado tem energia menor. 79 O HO 5 O 5 4 1O 2 n 4 1O OH 2 n alilação em C-5 alilação em C-6 Produtos obtidos Compostos que não se formam n=1; ∆Hf=-69,559383 Kcal n=1; ∆Hf=-69,573715 Kcal n=2; ∆Hf=-73,11000 Kcal n=2; ∆Hf=-76,600000 Kcal Figura 97: Valores calculados para os calores de formação. Dados espectroscópicos do composto 61: IV: 3436 (OH), 2971-2931 (CH2 e CH3), 1727 (C=O), 1253 (C-O), pág. 173 – anexo. Massas: 270 íon molecular (10%), 253 (10%), 229 (100%), 211 (40%), 187 (20%), 159 (10%), pág. 174 – anexo. OH O HO O OH O O M/Z=229 (100%) O M/Z=270 (10%) O M/Z=253 (10%) Tabela 15: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 61 em CDCl3, pág. 175 a 176 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 92,3 2 51,2 2,7 (1H) / d / 7,5 3 2,8 (1H) / d / 7,2 108,7 3a 197,3 4 123,1 5 123,1 5a 123,7 7,6 (1H) / d / 8,0 6 127,4 7,3 (1H) / t / 7,5 7 131,4 7,5 (1H) / t / 7,5 8 126,2 7,6 (1H) / d / 7,5 9 145,0 9a 169,0 9b 38,9 2,5 (2H) / d / J=7,5) 10 80 11 12 131,4 118,8 1’ 2’ 28,3 28,2 5,4 (1H) / m / 4,8 (1H) / dd / 17,0 4,9 (1H) / dd / 10,5 1,5 (3H) / s / 1,5 (3H) / s / 4.2.7. Reação da fenantrenoquinona (62) com brometo de alila e estanho: produto 63 (10-allil-10-hidroxifenantren-9(10H)-ona), produto 64 (9,10-dialil-9,10diidrofenantreno-9,10-diol). O HO O O HO HO Br Sn THF/ H2O (62) + 40 min (64) (63) Figura 58: Reação da fenantrenoquinona com brometo de alila e estanho. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 97, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se dois produtos (63 e 64), sendo o produto de adição as duas carbonilas o majoritário, o que nos faz acreditar que a reatividade das duas carbonilas é bem semelhante, mesmo antes de toda a fenantrenoquinona (62) acabar de reagir, já observa-se a formação do produto 64. No espectro de CG-EM não foi possível observar o pico m/z = 250 (íon molecular), o último sinal do espectro é o m/z = 233 (referente a perda de OH). Para o composto 64 foi verificado o pico m/z = 291 (M-1). Dados espectroscópicos para o composto 63: IV: 3442 (OH), 2977-2848 (CH2), 1639 (C=C alceno), 1448 (C=C aromático), 767-742 (C-H aromático), pág. 177 – anexo. Massas: 233 (50%), 209 (100%), 181 (50%), 152 (30%), 126 (5%), pág. 178 – anexo. O HO m/z = 209 (100%) HO O O OH m/z = 233 (50%) Tabela 16: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do produto 63 em clorofórmio deuterado, pág. 179 a 180 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 123,1 7,7 (1H) / m / 1 128,3 7,5 (1H) / m / 2 81 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 OH 127,2 123,9 126,0 129,1 128,9 128,1 202,9 77,4 140,0 137,4 135,0 128,4 41,6 131,2 119,5 - 7,4 (1H) / m / 7,2 (1H) / m / 7,2 (1H) / m / 7,4 (1H) / m / 7,5 (1H) / m / 7,7 (1H) / m / 2,3 (2H) / m / 5,4 (1H) / m / 4,8 (2H) / m / 3,9 Como o composto 64 é simétrico no espectro de RMN 13C observa-se apenas sinais para 10 átomos de carbono, o que mostra que não houve formação de diastereo isômeros, ou pelos menos não foi detectado nos espectros de RMN de 1H e 13C, para a mostra que foi analisada. Dados espectroscópicos para o composto 64: IV: 3417 (OH), 2975-2848 (CH2), 1639 (C=C alceno), 1479 (C=C aromático), 740 (CH aromático), pág. 181 – anexo. Massas: 291, 275 (50%), 233 (100%), 210 (15%), 181 (5%),pág. 182 – anexo. HO HO OH H O O m/z = 275 (50%) m/z = 100 (50%) Tabela 17: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do produto 64 em clorofórmio deuterado, pág. 183 a 184 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 123,6 7,7 (2H) / dd / 2,0; 6,0 1, 8 127,7 7,3 (2H) / m / 2,7 127,6 7,3 (2H) / m / 3, 6 125,3 7,5 (2H) / dd / 2,0; 6,0 4,5 131,9 12, 14 139,6 13, 11 82 9, 10 15, 18 78,0 39,9 16, 19 17, 20 OH 133,8 119,2 - 2,2 (2H) / m / 2,6 (2H) / m / 5,5 (2H) / m / 5,0 (4H) / m / 2,0 4.2.8. Reação da 1,2-difenil-etanodiona com brometo de alila e índio: produto 66 (2-hidroxi-1,2-difenilpent-4-en-1-ona). HO O Br + (65) In EtOH/H2O 1 hora O O (66) Figura 59: Reação da 1,2-difenil-etanodiona (65) com brometo de alila e índio. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 97, porque ela já está presente na parte experimental. Esta reação foi feita com brometo de alila e estanho e com brometo de alila e índio, na primeira o produto não correspondia ao esperado no espectro de 1H estavam presentes muitos sinais (espectro confuso), já na reação com brometo de alila e índio obteve-se o composto 66 com um bom rendimento (80%) e não houve formação de subprodutos. O ponto de fusão de 66 foi de 86-88 °C. No espectro de CG-EM não foi observado o íon molecular, contudo o pico m/z= 235 indicou a perda de OH. Dados espectroscópicos para o composto 66: IV: 3461 (OH), 3072-3058 (=CH), 2981, 2921 (CH2), 1672 (C=O), 1594 (C=C aromático), 700 (C-H aromático). pág. 185 – anexo. Massas: 235 (100%), 157 (5%), 105 (60%), 77 (20%) pág. 186 – anexo. OH OH OH O m/z = 105 (60%) O O m/z = 235 (100%) Tabela 18: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 66 em clorofórmio deuterado, pág. 187 a 188 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 202,7 1 83 2 3 81,3 43,8 4 5 134,4 120,2 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 OH 141,6 125,5 128,0 127,9 128,0 125,5 130,0 128,8 132,2 128,8 130,0 132,7 3,1 (1H) / ddt / 1,1; 2,4; 7,6 2,9 (1H) / ddt / 1,2; 2,5; 7,0 5,7 (1H) / m / 6,9; 10,3 5,1 (1H) / m / 5,0 (1H) / dd / 12,5; 15,8 7,5 (1H) / m / 7,33 (1H) / m / 7,2 (1H) / m / 7,3 (1H) / m / 7,5 (1H) / m / 7,7 (1H) / m / 7,40 (1H) / dt / 1,0; 7,0 7,36 (1H) / m / 7,43 (1H) / dt / 1,5; 7,8 7,7 (1H) / m / 4,1 4.3. Tentativa de desidratação dos álcoois terciários. Uma das finalidades previstas para os compostos benzilados e alilados obtidos nos itens anteriores seria a preparação dos respectivos produtos de desidratação (naftoquinonametídeos). Foram testadas duas metodologias, uma foi a desidratação clássica para álcoois terciários utilizando-se ácido-p-tolueno-sulfônico e aquecimento, e uma outra, utilizando-se trifenilfosfina e iodo a temperatura ambiente. 4.3.1. Tentativa de desidratação do composto 55 com ácido p-toluenossulfônico. Nesta reação também não foi possível caracterizar o produto, pois verificou-se a degradação do mesmo. 4.3.2. Tentativa de desidratação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico. HO O Ac. p-toluenosulfônico não houve formação de produto Benzeno 48 hs (67) O Figura 60: Tentativa de reação do composto 67 com ácido p-toluenossulfônico. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 97, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação não foi verificado formação de produto. 84 4.3.3. Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-tolueno-sulfônico e com trifenilfosfina: produto 68 (6-alil-6-hidroxi-2,2-dimetil-2,3,4,6-tetraidro-5Hbenzo[h]cromen-5-ona). OH OH OH O Ac. p-toluenossulfônico tolueno 24 hs O (68) (59) O Figura 61: Tentativa de desidratação do composto 59 com ácido p-toluenossulfônico. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 97, porque ela já está presente na parte experimental. Nestas reações observou-se que utilizando-se tanto o ácido p-toluenossulfônico em quantidade catalítica quanto trifenilfosfina e iodo, ocorre a ciclização análoga à que normalmente acontece com o lapachol em meio de ácido sulfúrico, sendo que neste caso o ácido precisa estar em quantidade estequiométrica. Não foi observada nenhuma mudança no grupo alil. Comparando-se o espectro de 1H, observou-se que este corresponde ao mesmo composto obtido anteriormente (SILVA, A. R., 2004), pois encontram-se os mesmos deslocamentos químicos e as mesmas multiplicidades para os espectros de 1H. Este compostos também poderia ser obtido através da reação da β-lapachona (4) com brometo de alila e índio ou estanho. Dados espectroscópicos do composto 68: Massas: 284 íon molecular (5%), 243 (100%), 225 (10%), pág. 189 – anexo HO OH O O O M/Z=284 (5%) O M/Z=243 (100%) Tabela 19: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) composto 68 em CDCl3, pág. 190 – anexo. Posição δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 2 3 1,8 (2H) / m / 85 4 2,3 (1H) / ddd / 6,6; 8,4; 17,6 2,6 (1H) / dt / 6,1; 17,5 7,7 (1H) / dd / 1,5; 7,5 7,3 (1H) / td / 1,4; 7,5 7,4 (1H) / td / 1,5; 7,5 7,6 (1H) / dd / 1,5; 7,5 3,9 2,4 (2H) / d / 7,3 5,5 (1H) / m / 4,8 (1H) / m / 4,9 (1H) / m / 4a 5 6 6a 7 8 9 10 10a 10b 11 12 13 14 4.3.4. Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico. OH OCH3 Ac. p-toluenossulfônico tolueno mistura de produtos 24 hs O (69) Figura 62: Tentativa de desidratação do composto 69 com ácido p-toluenossulfônico. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 97, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação ocorreu a formação de muitos subprodutos, contudo nenhum destes foi caracterizado com sucesso. 4.3.5. Tentativa de desidrataçao do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico e etileno glicol. OH O Ac. p-toluenossulfônico O etileno glicol 72 hs mistura (68) Figura 63: Tentativa de desidratação do composto 68 com ácido p-toluenossulfônico. 86 OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 97, porque ela já está presente na parte experimental. Como foi observada nas reações anteriores uma persistente degradação dos produtos, resolveu-se tentar a desidratação em presença de etilenoglicol, para tentar proteger a carbonila e diminuir a instabilidade do produto. Para esta reação foram recolhidas três frações após purificação, mas estas também não eram estáveis. O mesmo foi observado na reação com trifenilfosfina e os compostos 70 e 72 mostrados na Figura 98. HO O trifenilfosfina I2 Mistura de produtos diclorometano (70) O OH O trifenilfosfina I2 mistura de produtos diclorometano (72) O Figura 98: Tentativa de reação dos compostos 70 e 72 com trifenilfosfina e iodo. 4.3.6. Tentativa de desidratação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo. HO O (55) O PPh3 Mistura de produtos I2 diclorometano 24 hs Figura 64: Tentativa de reação do composto 55 com trifenilfosfina e iodo. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 98, porque ela já está presente na parte experimental. Esta reação foi repetida várias vezes, pois verificou-se por CCF a formação de pelo menos dois produtos com valores de Rf bem distintos. Mas quando retirava-se o solvente do meio, observava-se na CCF o aparecimento de várias manchas e, principalmente, duas manchas laranja (com valores de Rf muito semelhantes) com eluição em mistura de hexano/acetato 10%. Foram feitos espectros de ressonância magnética de carbono e hidrogênio, porém estes não serviram para a caracterização dos compostos. 87 4.3.7. Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo: produto 5 (α-lapachona, 2,2-dimetil-3,4-diidro-2H-benzo[g]cromeno-5,10-diona). HO O trifenilfosfina I2 O O diclorometano 24 hs (67) (5) O O Figura 65: Reação do composto 67 com trifenilfosfina e iodo.OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 98, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação verificou-se que o sistema trifenilfosfina-iodo, não promoveu a desidratação e sim a eliminação do grupo alil, regenerando a α-lapachona (5), um produto incolor também foi formado, contudo durante a purificação observou-se que o solvente onde este se encontrava (hexano/acetato) passou a apresentar uma coloração esverdeada, e após a evaporação do solvente observou-se um escurecimento do composto, foi verficado por CCF que várias outras manchas haviam aparecido. O ponto de fusão para o composto 5 foi 112-114 °C. Na Figura 99 um mecanismo é proposto pra esta reação. .. OH O O + + Ph3P I O I O PPh3 O + HI H + + O O H h3PP C C C I - H H O Figura 99: Mecanismo proposto para a formação do composto 5 a partir do composto 67. Tabela 20: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 5 em CDCl3, pág. 191 a 192 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 78,2 2 31,5 1,8 (2H) / t / 6,8 3 167,4 2,6 (2H) / 6,8 4 120,1 4a 184,3 5 131,2 5a 126,0 8,0 (1H) / m / 6 133,8 7,6 (1H) / m / 7 132,9 7,6 (1H) / m / 8 126,3 8,0 (1H) / m / 9 132,1 9a 179,9 10 88 10a 1’ 2’ 154,6 26,5 26,5 1,4 (3H) / s / 1,4 (3H) / s / A reação do composto 57 com trifenilfosfina e iodo teve o mesmo comportamento mencionado acima. 4.3.8. Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo. I OH O O O trifenilfosfina I2 diclorometano 24 hs O (68) (71) Figura 68: Reação do composto 68 com trifenilfosfina e iodo. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 99, porque ela já está presente na parte experimental. Esta reação foi bem limpa, e após a purificação da mesma constatou-se que a degradação do produto não ocorreu, e não foi verificado a presença de β-lapachona. Observou-se tanto no espectro de no espectro de infra-vermelho quanto no espectro de RMN de 1H que não havia sinal de hidroxila (o que era esperado) e os sinais dos hidrogênios alílicos também não, porém para nossa surpresa, o sinal referente à carbonila não existia mais no espectro de 13C, o que indicou a possibilidade de uma ciclização. O ponto de fusão para este composto foi 116-118 °C. A análise por CG-EM indicou a presença de apenas uma substância, com pico m/z = 394 referente ao íon molecular. O mecanismo mostrado na Figura 100 foi proposto para tentar explicar o que correu. I+ .. HO I - . O. I HO I - I Ph3P O O O - Ph3P O - I I I O+ Ph3P O I O+ O O O -I 2 O Figura 100: Mecanismo proposto para a formação do composto 71. Dados espectroscópicos para o compostos 71. IV:2973-2840 (CH2 e CH3) 1515 (C=C aromático), 1245-1178 (C-O), 836-771 (CH aromático), 611-443 (C-I), pág. 193 – anexo. 89 Massas: 394 íon molecular (100%), 338 (80%), 267 (10%), 211 (30%), 193 (10%), pág. 194 – anexo. I I O O I O I O O O M/Z=338 (80%) M/Z=394 (100%) M/Z=267 (10%) Tabela 21: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 71 em CDCl3, pág. 195 a 199 – anexo. 1 1 Posição δ 13C H x 1H COSY H x 13C COSY δ 1H 2 3 (ppm) (ppm) / mult. / J (Hz) JCH JCH 73,2 H3, H1’, H4 2 H2’ 32,5 1,8 (2H) / t / 6,8 H3 x H4 H4 3 20,8 2,7 (2H) / t / 6,8 H3 4 111,7 4a 143,1 5 119,6 H11a, H11b H7 6 125,3 H7 H8 6a 122,0 8,1 (1H) / dd / 2,4; 7,2 H7 x H8 7 125,1 7,3 (1H) / m / H8 x H9 H9 8 124,7 7,3 (1H) / m / H9 x H10 H8, H10 9 120,8 7,8 (1H) / dd / 2,8; 6,4 H9 H8 10 117,8 10a 146,7 H10 10b 36,0 3,0 (1H) / dd / 6,4; 16,0 H11a x H11b H13a, 11 3,4 (1H) / dd / 9,4; 16,0 H13b 81,9 5,0 (1H) / m / H12 x H13 H11a, 12 H12 x H11a x H11b, H11b H13a, H13b 9,5 3,5 (1H) / dd / 4,6; 10,0 H13a x H13b H11a, 13 3,3 (1H) / dd / 8,6; 10,0 H11b 26,6 1,3 (3H) / s / H3, H2’ 1’ 26,7 1,3 (3H) / s / H3, H1’ 2’ 90 4.3.9. Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo Produto 73: 2metilfenantro[9,10-b]furano e produto 74: 2-metil-2,3-diidrofenantro[9,10b]furano. 17 HO PPh3/ I2 O 9 10 2 16 15 O diclorometano 1 72 hs (63) 17 16 11 13 8 6 5 4 9 13 10 + 14 12 3 O 7 15 2 (73) 6 12 4 3 7 14 11 1 8 5 (74) Figura 71: Reação do composto 63 com trifenilfosfina e iodo. (nesta figura foi mantida a numeração do fenantreno, usada em 63, nos produtos, 73 e 74, para facilitar comparações nos espectros). OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 100, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação também não foi isolado o produto desidratado, contudo ocorreu ciclização do grupo alil com o oxigênio da carbonila gerando compostos com anel de cinco membros e insaturações, o composto 73 foi obtido em menor quantidade. No espectro de 1H para 73, aparecem apenas sinais para os hidrogênios aromáticos, um dubleto em 6,8 ppm com integração para 2 hidrogênios e outro dublete com integração para três hidrogênios em 2,6 ppm, o acoplamento entre eles é a longa distância e o valor da constante é de 1,0 Hz. Na Figura 101 observa-se um mecanismo proposto para a obtenção dos compostos 73 e 74, acredita-se que para a formação de 73 o composto tenha sofrido oxidação, pois isso torna o anel furânico aromático. OH .. O PPh3 + I I- O [O] (74) .. O O PPh3 I H I + I O I - O PPh3 O - Ph3P O - I -I 2 O (73) Figura 101: Mecanismo proposto para a formação dos compostos 73 e 74. Para o composto 74 observa-se no espectro de 1H um multipleto em 5,2 ppm do hidrogênio H11 acoplando com H9 e H11, e em 3,1 e 3,7 ppm dois duplos dupletes dos hidrogênios ligados carbono 9, estes hidrogênios desdobram o sinal por estarem 91 próximos a um centro assimétrico. O espectro de CG-EM indicou o pico m/z = 234, referente ao íon molecular. Dados espectroscópicos para o composto 73: IV: 2929, 2888 (CH3), 1589 (C=C aromático), 1284-1236, (C-O), 750-730 (C-H aromático). pág. 200 – anexo. Massas: 232 (25%), 231 (100%), 202 (90%), pág. 201 – anexo. H CH2O O H O m/z = 202 (90%) m/z = 232 (25%) m/z = 231 (100%) Tabela 22: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 73 em clorofórmio deuterado, pág. 202 a 203 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 123,9 8,2 (1H) / m / 1 123,5 7,6 (1H) / m / 2 123,4 7,6 (1H) / m / 3 120,1 8,6 (1H) / m / 4 126,9 8,0 (1H) / m / 5 126,7 7,6 (1H) / m / 6 125,2 7,6 (1H) / m / 7 124,8 8,6 (1H) / m / 8 148,1 9 127,4 10 122,4 11 128,3 12 121,3 13 127,9 14 102,4 6,8 (1H) / d / 1,0 15 154,3 16 14,2 2,6 (3H) / d / 1,0 17 Dados espectroscópicos para o composto 74: IV: 2956-2925 (CH3 e CH2), 1606 (C=C aromático), 1257-1220, (C-O), 752-725 (C-H aromático) pág. 204 – anexo. Massas: 234 (100%), 220 (5%) pág. 205 – anexo. 92 Tabela 23: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 74 em clorofórmio deuterado, pág. 206 a 207 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 122,9 7,6 (1H) / m / 1 126,6 7,5 (1H) / m / 2 126,3 7,6 (1H) / m / 3 122,3 8,6 (1H) / dd / 1,6; 8,6 4 122,0 8,6 (1H) / dd / 1,6; 8,6 5 126,9 7,6 (1H) / m / 6 123,2 7,6 (1H) / m / 7 123,0 8,1 (1H) / dd / 1,3; 7,5 8 152,7 9 113,6 10 126,7 11 131,1 12 122,4 13 130,3 14 36,8 3,7 (1H) / dd / 9,6; 15,1 15 3,1 (1H) / dd / 7,2; 15,1 80,2 5,2 (1H) / m / 16 22,4 1,6 (3H) / d / 6,3 17 4.3.10. Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo. 20 16 HO PPh3/ I2 HO diclorometano 72 hs O 1 15 O 10 11 9 13 4 (75) 16 8 7 14 3 19 17 18 12 2 (64) 20 19 17 + O 6 5 1 15 O 10 11 18 9 13 7 14 12 2 8 6 5 4 3 (76) Figura 72: Reação do composto 64 com trifenilfosfina e iodo. (Também nesta figura foi usada nos produtos numeração que facilita comparações dos espectros). OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 101, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação também foram obtidos dois produtos, onde observando-se que em ambos, o sistema trifenilfosfina-iodo favoreceu a ciclização nos dois grupos alil, sendo que neste caso como não havia a presença da carbonila, obteve-se dois anéis de quatro membros em cada molécula. O composto 75 foi minoritário e nos espectros de 1H e 13C observou-se que este apresenta simetria, embora não tendo plano de simetria ele apresenta eixo de simetria. A estrutura em 3D de 75 é mostrada na Figura 102, bem como duas conformações possíveis (endo-endo e exo-exo), cálculos feitos em AM1 mostram que a estrutura exo-exo tem calor de formação menor. 93 O O CH3 CH3 H H H O O H CH3 H3C O O exo-exo 14,1 AM1 endo-endo 14,5 kcal/mol AM1 Figura 102: Estruturas em 3D do composto 75. Já o compostos 76 formou-se em maior quantidade e não é simétrico, ele apresenta o dobro de sinais tanto para o espectro de 1H quanto para o de 13C em relação ao composto 75. Nos espectro de CG-EM para cada produto foi observado o pico m/z = 292, referente ao íon molecular. Na Figura 103 é mostrada a estrutura em 3D do composto 76. Os produtos 75 e 76 são inéditos na literatura. O O Figura 103: Estruturas em 3D do composto 76. Na Figura 104 é mostrado um mecanismo proposto para a esta reação. H HO I I .. OH + Ph3P I - HO I O PPh3 - I - PPh 3 I .. HO O O - I Ph3P O I Figura 104: Proposta mecanística para a formação do composto 76. Dados espectroscópicos para o composto 76: IV: 3066-2888 (CH3 e CH2), 1484(C=C aromático), 1297-1226, (C-O), 879-759 (C-H aromático). pág. 213 – anexo. 94 Massas: 293 (M+1), 292 (50%), 248 (100%), 249 (25%), 233 (10%), pág. 214 – anexo. O O O m/z = 292 (50%) H O O H O m/z = 248 (100%) O m/z = 292 (50%) O m/z = 249 (25%) Tabela 24: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 76 em clorofórmio deuterado, pág. 215 a 217 – anexo. 1 Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) H x 1H COSY 122,9 7,7 (1H) / m / H1 x H2 1 128,2 7,3 (1H) / m / H3 x H2 2 128,17 7,3(1H) / m / 3 127,5 7,8 (1H) / m / H4 x H3 4 162,2 7,8 (1H) / m / H4’ x H3’ 5 127,7 7,3 (1H) / m / 6 128,16 7,3 (1H) / m / H2’ x H3’ 7 122,7 7,7 (1H) / m / H1’ x H2’ 8 90,9 9 91,9 10 139,6 11 130,8 12 136,6 13 128,8 14 48,3 1,5 (1H) / dd / 3,3; 10,0 H9a x H9b 15 2,4 (1H) / dd / 5,5; 13,3 73,9 4,5 (1H) / m / H10 x H9 16 21,6 1,1 (3H) / d / 6,0 H11 x H10 17 47,3 2,1 (2H) / dd / 3,7; 9,5 H9’ x H10’ 18 73,4 4,3 (1H) / m / 19 21,1 1,3 (3H) / d / 6,1 H11’ x H10’ 20 Dados espectroscópicos para o composto 75: IV: 2983-2867 (CH3 e CH2), 1486(C=C aromático), 1268-1230, (C-O), 840-760 (C-H aromático). pág. 208 – anexo. Massas: 292 (20%), 248 (100%), 249 (20%), 234 (5%), 205 (5%), pág. 209 – anexo. Tabela 25: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 75 em clorofórmio deuterado, pág. 210 a 212 – anexo. 1 Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) H x 1H COSY 122,7 7,7 (1H) / m / H1 x H2 1 95 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 128,0 127,8 127,5 127,5 127,8 128,0 122,7 90,7 90,7 138,4 129,0 138,4 129,0 48,7 16 75,7 17 18 21,5 48,7 19 75,7 1,1 (3H) / d / 6,3 1,6 (1H) / dd / 3,0; 13,0 2,4 (1H) / dd / 4,9; 12,8 4,4 (1H) / m / 20 21,5 1,1 (3H) / d / 6,3 7,3 (1H) / m / 7,3 (1H) / m / 7,8 (1H) / m / 7,8 (1H) / m / 7,3 (1H) / m / 7,3 (1H) / m / 7,7 (1H) / m / 1,6 (1H) / dd / 3,0; 13,0 2,4 (1H) / dd / 4,9; 12,8 4,4 (1H) / m / H4 x H3 H4’ x H3’ H1’ x H2’ H9a x H9b H10 x H9a x H9b H10 x H11 H9a’ x H9b’ H10’ x H9’a x H9b’ H10’ x H11’ 4.3.11. Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo, produto 77: 5-metil-2,3difenilfurano. 18 5 PPh3/ I2 HO O (66) O1 4 diclorometano 7 72 hs 3 6 8 9 2 17 12 11 16 15 13 14 10 (77) Figura 73: Reação do composto 66 com trifenilfosfina e iodo. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 104, porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação também foi verificado a ciclização do grupo alil com a carbonila gerando um anel de cinco membros. No espectro de CG-EM observou-se o pico m/z = 234, correspondente ao íon molecular. Em relação a álcoois aromáticos terciários alílicos vizinhos a uma carbonila o sistema trifenilfosfina-iodo promoveu ciclização em todas as reações estudadas, sendo que para o composto 68 foi observado também adição de um átomo de iodo. 96 Dados espectroscópicos para o composto 77: IV: 2925-2854 (CH3), 1594 (C=C aromático), 1270-1218, (C-O), 856-765 (C-H aromático) pág. 218 – anexo. Massas: 235 (M+1), 234 (100 %), 191 (10%), 77 (5%), 51 (5%), pág. 219 – anexo. O O O m/z = 234 (100%) m/z = 191 (10%) O O m/z = 77 (5%) Tabela 26: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 77 em clorofórmio deuterado, pág. 220 a 221 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 123,1 2 146,7 3 110,1 6,1 (1H) / d / 1,0 4 151,2 5 134,3 6 128,2 7,4 (1H) / m / 7 128,2 7,3(1H) / m / 8 126,9 7,2 (1H) / m / 9 128,2 7,3 (1H) / m / 10 128,54 7,4 (1H) / m / 11 125,8 7,5 (1H) / m / 12 128,52 7,2 (1H) / m / 13 127,0 7,1 (1H) / m / 14 128,54 7,2(1H) / m / 15 125,8 7,5 (1H) / m / 16 131,4 17 13,5 2,3 (3H) / d / 0,7 18 97 4.4. Reações do composto 71 com DBU. 4.4.1. Reação do composto 71 com DBU com e sem aquecimento. 13 I 11 7 O DBU (71) O benzeno rt, 72 h 8 12 6a 6 O 5 4a 9 10 10 a 1 (78) 10 b O 1' 2 4 3 2' Figura 74Reação do composto 71 com DBU. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 104, porque ela já está presente na parte experimental. Devido ao fato do composto 71 ser insolúvel em DMSO (solvente utilizado nos testes biológicos), resolveu-se tentar uma modificação na sua estrutura retirando o átomo de iodo, com o intuito de torná-lo. Segundo dados da literatura (LEE & SUK, 2002) compostos iodados tratados com DBU em temperatura ambiente geram olefinas com dupla ligação exocíclica através da eliminação de um átomo de hidrogênio e um átomo de iodo (como visto na Figura 105). Quando a mesma reação ocorre em refluxo forma-se o alceno mais substituído. O O O DBU DBU O benzeno rt, 20 h O I tolueno refluxo, 2 h O Figura 105: Reações com DBU. Em ambas as reações feitas com o composto 71 e DBU (com aquecimento e sem aquecimento) obteve-se a olefina mais substituída (composto 78), não sendo observado o composto com dupla exocíclica, provavelmente devido ao fato 78 ter o anel pirânico aromático. A reação feita sem aquecimento permaneceu sob agitação por 24 horas, contudo após a purificação observou-se que havia muito reagente de partida. Já na reação feita sob refluxo o produto teve um rendimento bem superior (74%) e apenas 2 horas de reação. No espectro de CG-EM foi encontrado o pico m/z = 266, referente ao íon molecular. Dados espesctroscópicos do composto 78: IV: 2973-2850 (CH3 e CH2), 1581 (C=C), 1251-1238 (C-O), 879-792 (C-H de aromático), pág. 222 – anexo. Massas: 266 íon molecular (40%), 210 (100%), 181 (5%), pág. 222– anexo. 98 O O O O M/Z=210 (100%) M/Z=266 (40%) Tabela 27: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100MHz), do composto 78 em CDCl3, pág. 223 e 224 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 72,0 2 32,4 1,9 (2H) / t / 6,7 3 20,3 2,8 (2H) / t / 6,7 4 107,2 4a 143,7 5 123,5 6 123,5 6a 122,5 8,1 (1H) / d / 8,3 7 125,6 7,4 (1H) / t / 7,4 8 124,3 7,3 (1H) / t / 7,6 9 123,4 8,2 (1H) / d / 8,3 10 119,2 10a 154,3 10b 101,8 6,4 (1H) / s / 11 144,2 12 14,2 2,5 (3H) / s / 13 26,6 1,4 (3H) / s / 1’ 26,6 1,4 (3H) / s / 2’ 4.5. Reações de heteroátomo nucleofílicos 4.5.1. Reação da β-lapachona (4) com cloridrato de hidroxilamina: produto 79 ((6Z)-2,2-dimetil-3,4-diidro-2H-benzo[h]cromeno-5,6-diona 6-oxima). 11 O N O 7 NH2OH.HCl NaOH 5% O (4) metanol 2 hs 8 9 10 (79) 6a O 6 10 a OH 5 4a 10 b 1O 1' 2 4 3 1'' Figura 75 Reação da β-lapachona (4) com hidroxilamina. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 105 porque ela já está presente na parte experimental. 99 Nesta reação obteve-se a oxima 79 de estereoquímica Z; este composto foi recristalizado em etanol, obtendo-se agulhas laranjas bem definidas, com p.f. de 173176 °C. O sinal em 17,9 ppm no espectro de RMN 1H indica a presença de ligação de hidrogênio intramolecular, correspondente à estereoquímica . Quando ocorre este tipo de ligação intramolecular o átomo de hidrogênio fica “preso” e isto faz com que o seu deslocamento química seja maior. Neste caso (composto 79) o deslocamento foi bem maior (17,9 ppm) que nos demais compostos que serão vistos a seguir, devido a presença de uma carbonila (oxigênio com hibridação sp2) que pode formar uma anel de seis membros com o átomo de hidrogênio da hidroxila e o átomo de oxigênio (da carbonila), esta ligação é a mais forte possível. Para os outros casos onde existe ligação de hidrogênio com heteroátomo de hidridação sp3, esta ligação de hidrogênio é menos intensa e por isso o deslocamento do sinal é menor, mas ainda assim é possível comprovar a existência da ligação de hidrogênio pois o sinal geralmente cai um pouco acima de 10 ppm. Quando não existe ligação de hidrogênio de hidrogênio intramolecular o sinal do átomo de hidrogênio pode variar (em relação a sua localização) no espectro de RMN 1H, sendo que o deslocamento químico é sempre menor que 10 ppm. Dados espectroscópicos do composto 79: IV:3430 (OH), 2971-2856 (CH3 e CH2), 1614-1591 (C=O e C=N),1527 (C=C aromático), 1257-1236 (C-O), 838-732 (C-H aromático), pág. 225 – anexo. Massas: 257 íon molecular (100%), 240 (50%), 226 (40%), 201 (40%), 130 (60%), pág. 226 – anexo. N OH N OH O O M/Z=201 (40%) N O O M/Z=257 (100%) OH O O M/Z=240 (50%) Tabela 28: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 79 em CDCl3, pág. 227 a 228 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 79,3 2 31,3 1,8 (2H) / t / 6,6 3 15,3 2.6 (2H) / t / 6,6 4 109,0 4a 180,6 5 143,0 6 130,0 6a 122,3 8,2 (1H) / dd / 1,8; 7,0 7 130,5 7,4 (1H) / m / 8 128,9 7,4 (1H) / m / 9 123,3 7,9 (1H) / dd / 1,8; 6,9 10 100 10a 10b 1’ 2’ OH 125,5 162,0 26,7 26,7 - 1,4 (3H) / s / 1,4 (3H) / s / 17,9 4.5.2. Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina: produto 80 (2,2-dimetil-3,4diidro-2H-benzo[g]cromeno-5,10-diona 10-oxima). NOH O O NH2OH.HCl 8 NaOH 5% metanol 9 9a 7 10 1' 2 2' 3 4 O O O 4a 5 5a 6 10a HON 1 O cristalino solução (80) O Figura 76: Reação da α-lapachona (5) com hidroxilamina. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 105 porque ela já está presente na parte experimental. Esta reação produziu um sólido amarelo claro com cristais bem definidos em forma de losango e p.f. de 172-174 °C, após a recristalização em etanol, obteve-se cristais bem definidos em forma de losango. Analisando-se os dados espectroscópicos de RMN 1H do composto 80 observou-se que em fase liquida (solvente CDCl3) a oxima tem estereoquímica Z (como descrito no item 4.5.1), pois verificou-se a presença de um sinal em 12.2 ppm, no espectro de RMN 1H, referente ligação de hidrogênio intramolecular entre o hidrogênio da hidroxila da oxima e o oxigênio do anel pirânico. No espectro de IV a banda de OH está mais larga do que o deveria para a existência de ligação de hidrogênio, mas isto é devido a umidade da amostra ou umidade do KBr. No espectro de CG-EM o pico m/z = 257 corresponde ao íon molecular. Este mesmo composto foi obtido anteriormente (como mostrado na página 16 da introdução) através de outra metodologia, contudo a estereoquímica também foi Z (LEMOS, et al. 2007). Dados espectroscópicos do composto 80. IV: 3160 (OH), 2975-2937 (CH2 e CH2), 1639 (C=N ou C=O), 1565 (C=C), 1272-1197 (C-O), 819-765 (C-H), pág. 229 – anexo Massas: 257 (80%), 240 (50%), 201 (25%), 158 (20%), 130 (60%), pág. 230 – anexo. N NOH O O M/Z=240 (50%) OH O O M/Z=257 (80%) NOH O O M/Z=201 (25%) 101 Tabela 29: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 80Z em CDCl3, pág. 231 a 232 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 78.4 2 31.8 1.8 (2H) / t / 6,6 3 16.9 2.6 (2H) / t / 6,6 4 113.6 4a 184.0 5 130.7 5a 126.8 8.2 (1H) / dd / 1,2; 7,6 6 130.7 7,5 (1H) / td / 1,2, 7,7 7 132.6 7.6 (1H) / td / 1,4; 7,6 8 129.8 9.0 (1H) / d / 7,8 9 126.9 9a 139.7 10 156.6 10a 26.8 1.4 (3H) / s / 1’ 26.8 1.4 (3H) /s / 2’ 12.2 OH Contudo a análise por difração de raios-X mostrou que em fase sólida esta oxima apresenta estereoquímica E (mostrada na Figura 110), a estrutura molecular da oxima favorece a formação de interações secundárias. Foram observadas ligações intrae intermoleculares. Estas interações influenciam o arranjo formado, orientando a posição das moléculas no interior da cela; também são observados efeitos sobre a planaridade total da molécula. Acredita-se que a barreira rotacional para a conversão entre estes isômeros seja relativamente pequena. Valores teóricos calculados para a barreira de energia que separa isômeros Z e E de oximas, correspondendo ao deslocamento lateral do grupo OH e levando a um estado de transição plano, com ângulo CNO = 180o (ver Figura 106), são de 62 kcal/mol para o processo E Z em acetaloxima (ANDRZEJEWSKA et al.,2002), e de 56,8 kcal/mol para formaldoxima (NAGY et al., 2003). Estes valores se referem à fase gasosa, mas a presença de solventes, em fase líquida, não os alteram substancialmente. OH .. N C H H : N OH N: C C H HO H H H Figura 106: Barreira de energia para isomerização. Os resultados calculados de barreiras de ativação altas para isomerização E⇆Z via inversão do grupo C=NOH, explicam porque geralmente é possível separar e purificar (por recristalização, por exemplo) os isômeros quando oximas são usadas como derivados, na identificação de aldeídos e cetonas (apesar do predomínio de uma 102 dos isômeros também contribuir para essa possibilidade). Recentemente foi constatada experimentalmente a inexistência de interconversão entre os isômeros E/Z de acetaldoxima em fase vapor a temperatura ambiente (ANDRZEJEWSKA et al.,2002). Para os casos frequentes em que se observa isomerização E-Z de oximas a temperaturas brandas, existe a possibilidade de envolvimento espécies com carga (Figura 107), esq.) (GLASER & STREITWIESER, 1989) o que parece ser restrito a casos especiais, na presença de bases fortes (como em metalações). Ou, ao contrário, em presença de ácidos e água, a isomerização poderia ocorrer através de um intermediário catiônico (Figura 108, dir.), que seria comum à hidrólise ou a síntese de oximas (O’FERRALL & O’BRIEN, 2004). N - H2C H - N OH OH H2C H H H3C HO H + OH N H Figura 107: Isomerização envolvendo espécies com cargas. Dois outros mecanismos foram propostos para explicar os casos de isomerização de oximas em condições brandas: intervenção do equilíbrio oxima ⇆ nitroso-composto (LONG et. al., 2001), e catálise por água (NSIKABAKA et al., 2006). Aplicados à isomerização de 80 ficaria (ver Figura 108 e 109): H O N O H O O N O N N O EtOH O O OH O EtOH O OH Figura 108: Um mecanismo proposto para a formação de 80. + H O N H O + OH2 H + (C,C)C H H C(C,O) + N H2 O OH C(C,O) (C,C)C :N OH OH OH (C,C)C :N C(C,O) H H O O N O + H + (C,C)C HO C(C,O) + N H H2O HO (C,C)C OH2 N .. H C(C,O) O Figura 109: Outro mecanismo proposto para a formação de 80. 103 O2 H11A H11B H12B C12 C4 H6 C11 C3 H14A C14 C6 C2 C5 H14B H12A C13 H7 C10 C7 O3 C1 H8 C8 H14C H15C H15B C15 H15A C9 N1 H9 O1 H1O Figura 110: Oxima com estereoquímica E. Esta oxima com estereoquímica E é inédita na literatura. Na Tabela 30, então os valores dos ângulos formados entre os átomos. Tabela 30: Ângulos formados entre os átomos. Átomos Ângulos (°) C(11)-C(12)-C(13) O(3)-C(13)-C(15) O(3)-C(13)-C(14) C(15)-C(13)-C(14) O(3)-C(13)-C(12) C(15)-C(13)-C(12) C(14)-C(13)-C(12) 111.59(14) 103.65(13) 107.83(14) 112.00(16) 108.49(12) 111.81(15) 112.53(15) Os ângulos entre os átomos dos fragmentos O(3)-C(13)-C(12) e C(11)-C(12)C(13) são mais aberto que o ângulo ideal de 104,9°, possivelmente esta distorção é efeito da compressão do anel C2/O3/C13/C12/C11/C3. As interações intermoleculares observadas proporcionaram a formação de dímeros. Estas ligações de hidrogênio clássicas formam anéis de 5 e 6 membros bem planos, como mostrado na Figura 111. 104 Figura 111: Representação das interações intra e intermoleculares via ligações de hidrogênio não-clássica(C9-H9...O1intra) e clássica( O1-H1O...O3iinter e O1H1O...N1iinter). Código de simetria (i) = 1-x, 2-y, 1-z O ângulo entre os planos formados pelos átomos N1/O1/H1O/ N1i/O1i/H1Oi e N1/C1/C2/O3/H1Oi é 1.2(1)°. Este ângulo confirma que as duas moléculas que formam o dímero estão praticamente no mesmo plano, como mostrado na Figura 112. Figura 112: Vista do dímero formado por duas moléculas no mesmo plano. 105 4.5.3. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidoxilamina com carbonato de sódio 5%. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidoxilamina e metóxido de sódio 5%. Para estas reações verificou-se que a presença da base interfere na formação dos produtos, pois observou-se por CCF duas manchas com os mesmos fatores de retenção que o lapachol (3) e α-xiloidona (7) e a mesma coloração também, além de outras manchas não identificadas. 4.5.4. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%. O OCH3 NH2OH.HCl - (6) Mistura de produtos + CH3O Na 5% metanol 72 hs O Figura 78: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio 5%. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 112 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação verificou-se a formação de vários subprodutos, contudo estes não se assemelhavam aos obtidos nas duas reações mencionadas acima (item 4.22), por isso decidiu-se repetir a reação com quantidades estequiométricas de base e cloridrato de hidroxilamina; a base escolhida foi o metóxido de sódio. 4.5.5. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com hidroxilamina e metóxido de sódio em quantidade estequiométrica: produto 81 (oxima da 3-(3-metil-2-but-2-en-1il)naftaleno-1,2,4(3H)-triona). 12 O OCH3 8 NH2OH.HCl - CH3O Na (6) O metanol 72 hs + 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 4' 1' O 5' Figura 79: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de hidroxilamina e metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base). OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 112 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação como em todas as outras feitas com 2-metóxi-lapachol (6) sempre sobra reagente de partida que não reage. Obteve-se adição à carbonila C1 e também 106 substituição da metoxila através da eliminação de metanol; após esta etapa provavelmente ocorreu uma isomerização devido à migração do hidrogênio ligado ao nitrogênio, como mostrado na Figura 113. Em relação aos sinais que caem 11,0 e 11,8 ppm são dos hidrogênio da oxima 11 e 12, os espectros de 2D não mostram relução suficiente para distinguir os sinais, portanto H11 pode ser referente ao sinal em 11,0 ou 11,8 ppm, ou então H12 pode ser referente ao sinal em 11,0 ou 11,8 ppm. Não foi possível determinar o ponto de fusão para o composto 81, pois verificou-se que o mesmo carbonizou antes de fundir. HO HO N H OCH3 O OCH3 NH2OH.HCl - CH3O Na NOH OHH N H OCH3 - CH3O Na O O NOH OH N - CH OH 3 - NH2OH.HCl MeOH NOH NOH H H O O O OCH3 -H O 2 + MeOH O NOH Figura 113: Mecanismo proposto para a formação de composto 81. Analisando os espectros de 1H observa-se um tripleto em 5,5 ppm do hidrogênio H3 acoplando com os dois hidrogênios H1’, têm-se também um singleto bem definido em 11,0 ppm característico de hidroxila em ligação de hidrogênio. A longa distância observa-se o carbono C2’ acoplando com H3. No espectro de CG-EM o pico m/z = 272, representa o íon molecular. O produto 81 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos do composto 81: IV: 3396-3253 (OH), 2967-2923 (CH2 e CH3), 1681 (C=N),1589 (C=O), 890 (CH de aromático), pág. 233 – anexo. Massas: 272 (5%) íon molecular, 255 (10%), 239 (100%), 212 (70%), 130 (50%), pág. 234 – anexo. NOH NOH OH N H O M/Z=272 (5%) H N CH4 NOH NOH H H O C C O M/Z=255 (10%) M/Z=239 (100%) 1 13 Tabela 31: Deslocamentos químicos de RMN H (400 MHz) e C (100MHz), do composto 81 em acetona-deuterada, pág. 235 e 239 – anexo. 1 1 Posição δ 13C H x 1H COSY H x 13C COSY δ 1H 2 3 (ppm) (ppm) / mult. / J (Hz) JCH JCH 152,2 H8 1 153,7 H3 H1’ 2 107 + 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1’ 2’ 3’ 4’ 5’ 35,1 182,0 125,0 134,8 130,6 127,7 133,5 136,8 29,9 121,2 135,6 25,6 17,7 5,5 (1H) / t / 5,7 8,09 (1H) / dd / 0,9; 7,8 7,6 (1H) / td / 1,3; 8,3 7,5 (1H) / td / 1,1; 8,0 8,04 (1H) / d / 7,9 11,8 (1H) / s / 11,0 (1H) / s / 2,6 (2H) / m / 4,9 (1H) / m / 1,3 (3H) / s / 1,4 (3H) / s / H3 x H1’ H5 x H6 H6 x H7 H7 x H8 H2’ x H1’ - H1’ H3 H7 H8 H8 H5 H3 H1’ - H5 H7 H6 H6 H3, H4’, H5’ H5’ H4’ 4.5.6. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico: produto 82 ((1Z) 1-semicarbazida do 2-metóxi-lapachol). O NH2 12 O N OCH3 (6) O NH2CONHNH2.HCl Base metanol 48 hs 9 8 9a 10 5a 7 6 5 (82) O N 10a H 11 O 1' 1 2 4a 4 2' 3 Figura 80: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em meio básico. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 113 porque ela já está presente na parte experimental. Foram feitas duas reações duas reações com excesso de base, tendo metanol como solvente e sem aquecimento. Uma com piridina e outra com metóxido de sódio, para ambas as reações o produto obtido foi o mesmo produto, (o composto 82) um sólido de coloração vinho e ponto de fusão 195-197° C. Analisando-se os espectros de 13C observou-se a presença de uma carbonila de cetona em 181 ppm e um sinal em 77,7 ppm característico de oxigênio ligado a carbono saturado, já no espectro de 1H foi confirmado a presença de dois hidrogênios olefínicos e a ausência do sinal da metoxila. Os espectros foram feitos em piridina deuterada, que solubilizou bem o composto. Na Figura 114, propôs-se um mecanismo para a formação deste composto, onde pode ter ocorrido a formação de αxiloidona e depois adição da semicarbazida. No espectro de CG-EM não foi possível observar o íon molecular, contudo o pico m/z = 281, indicou a perda de NH2. A hipótese de formação do lapachol (3) nesta reação foi descartada, pois no item 4.5.13, fez-se reação do lapachol nas mesmas condições que nesta reação e não observado a formação do composto 82. O composto 82 é inédito na literatura. 108 OH OH O OCH3 OCH3 OCH3 CH3O- CH3O- O O OCH3 OH [O] O OCH3 O CH3O- OH O OCH3 CH3 O O OH O OCH3 OCH3 O H + O OCH3 O O N NH2 N N O O semicarbazida... O- O O Figura 114: Proposta mecanística para a formação do composto 82. Dados espectroscópicos do composto 82: IV: 3477-3446 (NH2), 3286 (NH), 2971 (CH3), 1579 (C=O), 1656 (C=O), 1621 (C=N), 779 (C=H aromático), pág. 240 – anexo. Massas: 281, 252 (100%), 237 (25%), 224 (15%), 168 (5%), 154 (10%), pág. 241 – anexo. O N O N O H NH2 N N H NH2 N N O H O O O M/Z=252 (100%) O NH2 O M/Z=281 Tabela 32: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 82 em piridina deuterada, pág. 242 a 244 – anexo. 1 Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) H x 13C COSY 2 3 JCH JCH 77,7 H3, H2’ H4 2 122,8 5,6 (1H) / d / 9,8 H1’, H2’ 3 109 4 4a 5 5a 6 7 8 9 9a 10 10a 11 12 1’ 2’ 117,7 110,4 181,1 130,7 128,4 133,4 134,6 128,0 135,5 130,2 145,13 157,0 27,5 27,5 7,0 (1H) / d / 9,8 8,3 (1H) / d / 7,8 7,6 (1H) / td / 1,1; 7,9 7,4 (1H) / td / 7,9 7,9 (1H) / d / 7,8 14,1 (1H) / s / 1,4 (3H) / s / 1,4 (3H) / s / H8 H7 H8 - H3 H7, H9 H9 H6 H4 H2’ H1’ 4.5.7. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base): produto 83 ((1Z)-2metóxi-3-(3-metil-but-2-en-1-il)naftoquinona 1-semicarbazona). 14 O O OCH3 (6) 8 NH2CONHNH2.HCl MeOH O 48 hs 7 6 5 N 9 10 (83) 1 4 O NH2 C12 N 2 3 13 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' Figura 81: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com cloridrato de semicarbazida em metóxido de sódio (quantidade estequiométrica de base). OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 114 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação observou-se que utilizando-se quantidade estequiométrica de base (apenas para desprotonar o cloridrato de semicarbazida) ocorreu adição à carbonila e eliminação de água, o produto formado tem esteroquímica Z, pois no espectro de 1H observa-se um sinal em 10,6 ppm referente a ligação de hidrogênio, conforme descrito no item 4.5.1. Não foi observado a ciclização nesta reação. O ponto de fusão deste composto foi de 130-132 ° C. O composto 83 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos para o composto 83: IV: 3556-3465 (NH2), 3280 (NH), 2963-2931 (CH3 e CH2), 1685 (C=O), 1645 (C=O), 1600 (C=N), 1531 (C=C aromático), 780 (C=H aromático), pág. 245 – anexo. Massas: 314 (M+1), 271 (60%), 255 (100%), 242 (75%), 226 (25%), 186 (60%), pág. 246 – anexo. 110 O N C N NH2 O N H OCH3 C N NH2 H o C H N N OCH3 NH2 H OCH3 O O O . H H H O M/Z=271 (60%) Tabela 33: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 83 em DMSO, pág. 247 a 248 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 128,6 1 155,1 2 121,2 3 184,0 4 125,1 8,5 (1H) / d / 7,5 5 128,7 7,6 (1H) / td / 1,5; 7,2 6 134,0 7,5 (1H) / td / 1,0; 7,8 7 124,3 7,9 (1H) / dd / 1,0; 7,8 8 129,2 9 132,3 10 61,4 3,8 (3H) / s / 11 157,7 12 10,6 (1H) / s / 13 7,1 (2H) / s / 14 22,3 3,2 (2H) / d / 7,0 1’ 130,5 5,0 (1H) / m / 2’ 131,1 3’ 25,4 1,6 (3H) / s / 4’ 17,8 1,7 (3H) / s / 5’ 4.5.8. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) e 2,4-dinitro-fenil-hidrazina: produto 84 ((1Z)-2-metóxi-3-(3-metil-but-2-en-1-il)naftoquinona 1-[(2,4dinitrofenil)hidrazona). NO2 17 18 OCH3 O 15 14 NO2 13 NH 12 O (6) 16 2,4-dinitrofenilhidrazina. H2SO4 MeOH 48 hs 8 7 6 5 9 10 N 11 1 OCH3 2 4 3 (84) O 2' 1' 4' 3' 5' 111 Figura 82: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina. OBS: A Figura 82 tem numeração inferior a 114 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se a hidrazona 84, com p.f.=198-200 °C. Em realação espectro de RMN 1H, H12 esta fazendo ligação de hidrogênio com o grupo nitro, pois seu deslocamento é maior (13,9 ppm) que no composto anterior 83 (10,6 ppm), portando não pode-se afirmar que a estereoquímica de 84 é Z. Não foram observados subprodutos na reação. No espectro de CG-EM não foi possível observar o íon molecular. O composto 84 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos do composto 84. IV: 3239 (N-H), 2964-2856 (CH3 e CH2), 1635 (C=O), 1616 (C-N), 1589 (NO2), 1500 (C=C aromático), 835-779 (C-H aromático), pág. 249 – anexo. Massas: 268, 183 (100%), 167 (10%), pág. 250 – anexo. NO2 NO2 NO2 N N H N NO 2 N OCH3 OCH3 O O m/z = 268 NO 2 NO 2 H NO 2 NO2 N H m/z = 167 (10%) N NO 2 N N H H O N H O CH2 O NO 2 O CH2 o NH2 N H NO 2 O NO2 O H N H m/z = 183 (100%) 112 Tabela 34: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 84 em CDCl3, pág. 251 a 252 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 131,3 1 157,0 2 116,7 3 184,5 4 123,6 8,4 (1H) / m / 5 129,6 8,5 (1H) / m / 6 135,1 8,3 (1H) / m / 7 126,3 8,1 (1H) / d / 7,4 8 133,5 9 133,6 10 62,1 3,9 (3H) / s / 11 13,9 (1H) / s / 12 144,0 13 120,3 7,5 (1H) / t / 6,8 14 129,9 7,6 (1H) / t / 7,5 15 139,6 16 122,8 9,1 (1H) / s / 17 129,9 18 20,6 5,1 (1H) / m / 1’ 132,9 3,3 (2H) / d / 5,5 2’ 132,4 3’ 25,6 1,6 (3H) / s / 4’ 18,0 1,8 (3H) / s / 5’ 4.5.9. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 2,4-dinitro-fenil-hidrazina em meio básico. Nesta reação ocorreu a formação de muitos sub-produtos, mesmo após várias tentativas não foi possível caracterizar nenhum composto. 4.5.10. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida: produto 85 ((1Z)2-metóxi-3-(3-metill-but-2-en-1-il)naftoquinona 1-tiosemicarbazona). 14 S NH2 C12 O 8 OCH3 NH2CSNHNH2 (6) O MeOH 24 hs 7 6 5 N 9 10 1 4 (85) O N 2 3 13 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' Figura 84: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com tiossemicarbazida. 113 OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 114 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se um sólido laranja com p.f.= 136-138 °C, a hidrazona 85 obtida também tem estereoquímica Z; pois observou um sinal em 11,7 ppm referente a ligação de hidrogênio intramolecular conforme descrito no item 4.5.1, contudo no espectro de CG-EM, não foi possível observar o íon molecular. O composto 85 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos do composto 85. IV: 3423-3299 (NH2), 3156 (NH), 2964-2923 (CH3 e CH2), 1639 (C=O), 1639 (C=N), 1521 (C=C aromático), 1108 (C=S), 777 (C=H aromático), pág. 253 – anexo. Massas: 288 (5%), 268 (40%), 254 (20%), 225 (20%), 197 (5%), pág. 254 – anexo. S C N NH2 N N S H H OCH3 C N NH2 O O S C N N OCH3 m/z = 268 (40%) NH2 H S HN C NH2 N OCH3 OCH3 O O m/z = 254 (20%) Tabela 35: Deslocamentos químicos de RMN 1H (200 MHz) e 13C (50,3 MHz), do composto 85 em CDCl3, pág. 255 a 256 – anexo. Posição δ 13C (ppm) δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 131,5 1 157,3 2 120,1 3 184,5 4 123,1 8,1 (1H) / m / 5 133,6 7,5 (1H) / m / 6 133,3 7,5 (1H) / m / 7 126,4 8,0 (1H) / m / 8 132,4 9 133,1 10 61,7 3,8 (3H) / s / 11 179,5 12 11,7 (1H) / s / 13 20,6 3,3 (2H) / d / 7,0 1’ 129,5 5,1 (1H) / m / 2’ 114 3’ 4’ 5’ 130,1 25,6 17,8 1,6 ( 3H) / d / 1,0 1,7 (3H) / s / Esta reação feita em presença de metóxido de sódio não teve um bom resultado. 4.5.11. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. 4-hidróxiN´-[(1Z)-2-metóxi-3-(3-metilbut-2-en-1-il)-4-oxonaftalen-1(4H)-ilideno]benzohidrazida. 20 18 OH 19 O 13 O 16 15 12 N HO 8 NHNH2 7 6 Metanol (6) O 14 NH O OCH3 17 5 48 hs 9 10 1 4 O (86) 11 OCH3 2 3 2' 1' 4' 3' 5' Figura 85: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 114 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se o composto 86 com estereoquímica Z (conforme descrito no item 4.5.1.) com um sinal para ligação de hidrogênio em 12,7 pmm e P.F.= 215-218 °C, a adição ocorreu na carbonila 1, pois no espectro de 13C só aparece um sinal para carbonila cetônica. O rendimento desta reação foi baixo devido a pouca solubilidade do 4-hidróxi-benzo-hidrazida em metanol. No espectro de CG-EM não foi possível observar o íon molecular. O produto 86 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos para o composto 86: IV: 3430 (NH, OH), 2971-2929 (CH3 e CH2), 1639 (C=N), 1606 (C=O), 1517 (C=C aromático), 760 (C=H aromático), pág. 257 – anexo. Massas: 281, 255 (100%), 240 (90%), 225 (50%), 195 (20%), pág. 258 – anexo. OH OH O N C N O H OCH3 O CO N C N N H OCH3 N OCH3 m/z = 240 (90%) 115 OH OH O N C N C H O CH3 CH2 OCH3 N H N H O CH 2 O CH2 O OH O C C N N O m/z = 255 (100%) O OH O N H OCH3 H O C OH C N O N H C N O OCH3 N H CH3 O O H O CH3 m/z = 225 o O O C N N C N O N N H O m/z = 281 O m/z = 225 (60%) Tabela 36: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 86 em piridina deuterada, pág. 259 a 262 – anexo. 1 Posição δ 13C H x 13C COSY δ 1H 2 3 (ppm) (ppm) / mult. / J (Hz) JCH JCH 135,5 1 158,3 H1’ H11 2 117,1 3 185,3 H1’ H5 4 126,6 8,3 (1H) / d / 7,8 H6 H7 5 133,1 7,5 (1H) / td / 1,4; 8,1 H7 6 129,8 7,4 (1H) / td / 1,0; 8,1 7 125,2 8,7 (1H) / d / 7,6 8 132,9 9 131,0 10 62,2 3,8 (3H) / s / 11 12,7 (1H) / s / 12 163,8 13 124,4 14 116 15 16 17 18 19 1’ 2’ 3’ 4’ 5’ 131,2 117,1 163,8 117,1 131,2 23,7 122,1 133,4 26,1 18,4 8,3 (1H) / d / 8,6 7,3 (1H) / d / 8,6 7,3 (1H) / d / 8,6 8,3 (1H) / d / 8,6 3,4 (1H) / d / 6,7 5,3 (1H) / m / 1,6 (3H) / s / 1,7 (3H) / s / H1’ - H18 H16 H4’ H5’ H1’ H5’ H4’ 4.5.12. Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidroxi-benzo-hidrazida em meio básico. Produto 87: N-(2,2-dimetil-5,10-dioxo-5,10-di-hidrobenzo[g]quinolina1(2H)-il)-4-hidróxi-benzamida. HO 16 15 17 O O OCH3 (6) O O HO NHNH2 14 18 13 11 H 12 9 8 Metanol 7 Piridina 72 hs (87) 9a 10 5a 5 6 O N 10a 4a N O 1' 1 2 2' 3 4 Figura 86: Reação do 2-metóxi-lapachol (6) com 4-hidroxi-benzo-hidrazida em meio básico. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 114 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação foi verificado que realmente a substituição da metoxila pode ocorrer, pois não foi verificado no espectro de 1H o sinal referente ao CH3 ligado ao oxigênio, contudo observa-se um singlete em 12,1 ppm do átomo de hidrogênio ligado ao nitrogênio. Têm-se também dois dubletes, um em 5,6 ppm e outro em 7,0 ppm do hidrogênios H3 e H4. No espectro de 13C têm-se dois sinais em acima 179 ppm das carbonilas C5 e C10, e um 169 ppm (Figura 115) da carbonila C12. Se o carbono C10a estivesse ligado a um átomo de oxigênio o seu deslocamento deveria estar entre 150160 ppm, como é visto por exemplo no 2-metóxi-lapachol (6) e na α-lapachona (5), contudo quando este encontra-se ligado a um átomo de nitrogênio o valor cai para 145,7 ppm, como mostrado na figura seguinte. O ponto de fusão do composto 87 foi de 210212 °C e o rendimento foi de 18%. O composto 87 é inédito na literatura. 117 HO 61,9 O 2 3 11 10 (6) 10a 5 4 O (5) 145,7 H 12 O N 78,1 O OCH3 1 169,0 154,6 157,3 O 1 2 3 4 10 10a O 62,5 N 2 5 (79) O O Figura 115: Deslocamentos químicos dos carbonos do 2-metóxi-lapachol (6), da αlapachona (5) e do composto 87. Acredita-se que o mecanismo para a formação do composto (79) seja semelhante ao proposto por “Câmara e colabores” (CAMARA et al., 2001) mostrado na página 19 (Figura 27-introdução) para reações de aminas primárias com o 2-metóxi-lapachol (6). Concluiu-se que o equilíbrio no 2-metóxi-lapachol deve ser influenciado pelo meio básico e pode estar deslocado para a direita (Figura 116), visto que não foi observada a adição à carbonila. OH O OCH3 OCH3 O O Figura 116: Equilíbrio do 2-metóxi-lapachol (6) em meio básico. No espectro de massas por impacto de elétrons não foi observado o íon molecular, contudo no espectro obtido por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas com electron spray (modo íons negativos) (LC-MS-ES) obteve-se o pico 373,1 com intensidade de 100% e o peso molecular deste composto é de 374 g/mol. Dados espectroscópicos para o composto 87: IV: 3344-3197 (NH, OH), 2994 (CH3), 1679 (C=N), 1654 (C=O), 1540 (C=C aromático), 779 (C=H aromático), pág. 263 – anexo. Massas: 281, 252, 237 (100%), 208 (10%). pág. 264 – anexo. 118 HO OH H O N H O O O N N OH O N O m/z = 281 HO HO O O H N N H O N N H O H O N O O H2N O N N H o O m/z = 252 OH O O O m/z = 237 (100%) Tabela 37: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 87 em piridina deuterada, pág. 266 a 270 – anexo. 1 1 Posição δ 13C H x 1H H x 13C COSY δ 1H 2 3 (ppm) (ppm) / mult. / J (Hz) COSY JCH JCH 62,5 H3, H1’, H2’ H4 2 130,7 5,6 (1H) / d / 9,8 H3 x H4 H1’, H2’ 3 177,6 7,0 (1H) / d / 9,7 4 115,1 4a 181,3 H6 5 132,6 5a 126,2 7,9 (1H) / d / 7,4 H6 x H7 H7 H8 6 132,5 7,4 (1H) / t / 7,4 H7 x H8 H6 7 133,7 7,5 (1H) / t / 7,3 H8 x H9 H9 8 125,6 8,1 (1H) / d / 7,5 H8 H7 9 133,4 9a 179,9 10 145,7 10a 12,1 (1H) / s / 11 169,0 H11 H18, H14 12 124,7 H15, H17 13 130,8 8,3 (1H) / d / 8,4 H14 x H15 H18 14 116,2 7,2 (1H) / d / 8,4 H17 15 162,7 H15, H17 H18, H14 16 116,2 7,2 (1H) / d / 8,4 H17 x H18 H15 17 130,8 8,3 (1H) / d / 8,4 H14 18 28,7 1,4 (3H) / s / H2’ 1’ 27,1 1,5 (3H) / s / H1’ 2’ 119 4.5.13. Reação do lapachol (3) com ácido cloridrato de semicarbazida; produto 88: (1Z)-2-hidroxi-3-(3-metilbut-2-em-1-il)naftoquinina 1-semicarbazona. O NH2 12 O N OH 8 NH2CONHNH2.HCl (3) MeOH 72 hs O 7 6 5 9 1 10 4 (88) N H11 OH 2 3 2' 3' 4' 1' O 5' Figura 87: Reação do lapachol (3) com cloridrato de semicarbazida. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 116 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação tanto em meio básico, quanto em ausência de base obteve-se produto de adição a carbonila C1, o composto 88 tem estereoquímica Z (conforme descrito no item 4.5.1.), no espectro de RMN de 1H observa-se o sinal de ligação de hidrogênio intramolecular em 14,3 ppm. Na região próxima a 180 ppm no espectro de RMN 13C observou-se apenas um sinal de C=O, o que caracteriza adição uma carbonila. Não foi verificado a formação subprodutos e o ponto de fusão de (81) foi de 192-194 °C. No espectro de CG-EM não foi possível detectar o íon molecular m/z = 299, contudo no espectro de LC-MS/íons negativos têm-se um pico m/z = 298 com intensidade de 100% e um m/z=299 com intensidade de 30%. O rendimento da reação foi de 42%. O produto 88 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos para o composto 88: IV: 3479-3124 (NH, OH), 2948-2856 (CH3 e CH2), 1689-1594 (C=N e C=O), 1575 (C=C aromático), 773 (C=H aromático), pág. 271 – anexo. N O NH2 O N H OH OH N N NH H H H N O C N H O O m/z = 282 (50%) N H O m/z = 239 (100%) NH2 CO O H N N H N N H OH O m/z = 283 (15%) m/z = 211 (15%) 120 Massas: 283 (15%), 282 (50%), 267 (10%), 239 (100%), 211 (15%), 196 (15%), pág. 272 – anexo. Tabela 38: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do composto 88 em DMSO, pág. 274 a 276 – anexo. Posição δ 13C δ 1H (ppm) (ppm) / mult. / J (Hz) 131,6 1 155,6 2 117,3 3 180,9 4 123,6 8,4 (1H) / d / 6,8 5 126,3 7,4 (1H) / m / 6 131,2 7,4 (1H) / m / 7 123,5 7,9 (1H) / d / 6,8 8 129,2 9 129,8 10 14,3 (1H) / s / 11 162,8 12 21,2 3,2 (1H) / d / 6,5 1’ 122,1 5,0 (1H) / m / 2’ 128,2 3’ 25,6 1,6 (3H) / s / 4’ 17,9 1,7 (3H) / s / 5’ 7,2 (1H) / s / OH 4.5.14. Reação do lapachol (3) com 4-hidroxi-benzo-hidrazida: produto 89 4hidroxi-N’-[(1Z)-2-hidroxi-3-(3-metilbut-2-em-il)-4-oxanaftaleno-1(4-H)ilideno]benzohidrazida. 18 19 14 O O N NHNH2 (3) O 15 NH 12 HO Metanol 48 hs 16 13 O OH 8 7 6 5 (89) 9 10 1 OH 20 17 11 OH 2 3 4 2' 3' 4' 1' O 5' Figura 88: Reação do lapachol (3) com 4-hidróxi-benzo-hidrazida. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 116 porque ela já está presente na parte experimental. Nesta reação obteve-se produto de adição a carbonila, o mesmo teve ponto de fusão variado entre 160 e 162 °C. No espectro de massas não foi possível observar o íon molecular, contudo obteve-se o pico m/z = 283 referente a perda de um anel aromático e de um OH. No espectro de 13C observa-se apenas um sinal de carbonila cetônica em 181 121 ppm. Foram feitos dois espectros de 13C um em DMSO e outro em piridina deuterada, para este último os sinais apresentaram-se mais intensos e mais claros (pág. 281 do anexo), contudo os deslocamentos dos sinais do solvente se sobrepuseram aos sinais do composto, pois isso fez-se também o espectro em DMSO (pág. 280 do anexo). Esta reação foi repetida em meio básico e o produto obtido foi o mesmo. O composto 89 é inédito na literatura. Dados espectroscópicos para o composto 89: IV: 3403-3257 (NH, OH), 2925-2852 (CH3 e CH2), 1664-1604 (C=N e C=O), 1596 (C=C aromático), 846-773 (C=H aromático), pág. 277 – anexo. Massas: 309, 283, 267, 227 (100%), 209 (10%), 199 (10%), 181 (10%). pág. 278 – anexo. OH O OH O NH NH N N OH OH O O m/z = 283 OH O N N H CO OH N N H OH m/z = 227 (100%) O Tabela 39: Deslocamentos químicos de RMN 1H (400 MHz) e 13C (100 MHz), do produto 89 em DMSO, pág. 279 a 281 – anexo. Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 δ 13C (ppm) 134,4 162,4 116,3 181,1 122,7 129,4 127,6 123,6 δ 1H (ppm) / mult. / J (Hz) 8,0 (1H) / dd / 1,0; 7,7 7,5 (1H) / m / 7,5 (1H) / m/ 8,2 (1H) / dd / 1,0; 7,6 122 9 10 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1’ 2’ 3’ 4’ 5’ 130,7 130,5 165,0 123,0 131,6 117,9 164,2 117,9 131,6 21,6 124,5 132,1 25,9 18,4 16,1 7,8 (1H) / d / 8,7 6,9 (1H) / d / 8,8 6,9 (1H) / d / 8,8 7,8 (1H) / d / 8,7 10,4 3,2 (1H) / d / 6,2 5,0 (1H) / m / 1,6 (3H) / s / 1,7 (3H) / s / 4.6. Parte biológica. 4.6.1. Testes em Trypanosoma cruzi. Os compostos vistos na Figura 94 foram testados contra formas tripomastigotas do T.cruzi. Os produtos 67, 69 e 90, foram obtidos por nós anteriormente (SILVA A. R., 2004). H I OH OH O O NOH NOH NOH O O O O C C OH (81) O O O (68) OH O (80) O (90) O O (79) OH O O (57) O NOH OH O (67) O (71) (78) (55) O OH HO OCH3 (69) O OH OCH3 (56) O (58) O Figura 94: Compostos testados em T. cruzi. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 116 porque ela já está presente na parte experimental. Na Tabela 40, estão expressos os valores de IC50 em µM (solução estoque), dos compostos testados e das drogas de referência. Tabela 40: Valores de IC50. Compostos IC50/1d 4°C 5% sangue 86,9 ±7,3 µM 55 224,9 ±31,7 µM 56 140,4 ±21,9 µM 57 427,9 ±42,7 µM 58 123 68 67 71 78 79 80 81 90 69 Benzinidazol Cristal violeta Obs: 1d indica um dia. 458,7 ±54,6 µM 1033,4 ±185,6 µM insolúvel 275,9 ±18,8 µM > 4000 µM > 4000 µM 243,5 ±28,7 µM 428,2 ±29,4 µM 249,0 ±21,7 µM 107,1 ± 6,1 µM 536 ± 1 µM Analisando os dados da Tabela 40 observa-se que os compostos 79 e 80 tiveram valores de IC50 muito maiores que as drogas de referência, o que mostra que a presença do grupo NOH, da oxima desfavorece a atividade biológica. Em relação aos compostos que possuem grupo alil, 67, 68 e 69, constatou-se que 69 teve a melhor atividade, este foi mais ativo que cristal violeta. Os compostos 67 e 68 são isômeros, mas possuem atividade totalmente distinta, isso é devido ao arranjo estrutural. O composto 71 foi insolúvel em DMSO, provavelmente porque iodetos de alquila reagem com DMSO formando sais insolúveis, pois isso não foi possível determinar sua atividade. Em relação aos derivados da α-lapachona 67 e 57, observa-se que o gupo benzil favorece o aumento da atividade, pois 57 tem um valor de IC50 de 140,4 ±21,9 µM enquanto que para 67 este valor é de 1033,4 ±185,6 µM. Isto também foi comprovado comparando-se os valores de IC50 dos derivados da β-lapachona. O composto 55 foi mais ativo que as duas drogas de referência, este é o derivado benzilado da β-lapachona, o resultado confirma que o arranjo estrutural e a presença do grupo benzil aumentam atividade biológica. 4.6.2. Testes em Plasmodium falciparum Os ensaios foram feitos em células sangüíneas infectadas com 5% do parasito. As amostras foram solubilizadas em DMSO. Na Figura 113 estão representados os compostos que foram testados. 124 H O C NOH O OH NH2 N N O O O H OCH3 O O (60) OH O O C OH (68) O (90) O (55) O (79) O (83) NO2 O NO2 N OH N OCH3 N N H H OH NOH O O OH OCH3 (88) O (69) NH2 (84) (67) O (80) O O O O NOH O NOH (81) O H N (87) OH N OH OH OH O (58) O (57) O O Figura 95: Compostos testados em Plasmodium falciparum. OBS: Esta Figura tem numeração inferior a 116 porque ela já está presente na parte experimental. Inicialmente foi testado a percentagem de inibição para todos os compostos a uma concentração de 1mM, os resultados são mostrados no gráficos 1, 2 e 3. Nesta concentração praticamente todos os compostos foram ativos, sendo o composto 83 o menos ativo, é importante lembrar que estas cepas de Plasmoduim falciparum são resistentes a droga de referência que é a cloroquina. No eixo x dos gráficos encontramse os números dos compostos e no eixo y a % de inibição. Gráfico 1: Percentagem de inibição para os compostos 60, 79 e 55. 125 Gráfico 2: Percentagem de inibição para os compostos 68 e 90. Gráfico 3: Percentagem de inibição para os compostos 83, 69, 84, 88, 80,67, 81, 87,57 e 58. No gráfico 4, observa-se que a uma concentração de 0,33 mM todos os compostos apresentam 100% de inibição, em concentrações menores o composto 90 apresentou baixa atividade. No gráfico 5 nota-se que o composto 55 apresentou percentagem de inibição próximo a 100% na concentração de 0,011 mM, sendo este o compostos mais ativo da série, estes resultados foram considerados bem promissores. Para os demais compostos os testes estão sendo feitos. 126 Gráfico 4: Percentagem de inibição em diferentes concentrações para os compostos 90, 79, 60. Gráfico 5: Percentagem de inibição em diferentes concentrações para os compostos 68 e 55. O compostos 55 foi o mais ativo em ambos os testes, sendo este promissor para futuros testes em outras formas do T.cruzi, cálculos de modelagem molecular estão sendo feitos para ajudar a interpretar melhor estes resultados. 127 5.0. CONCLUSÕES Nas reações com organometálicos e naftoquinonas, observou que em todos os casos ocorreu monoadição, bem como na reação com 1,2-difenil-etanodiona. Na reação com fenantrenoquinona obteve-se o produto de monoadição e também o de adição nas duas carbonilas, o que mostra que a reatividade das carbonilas é semelhante. Nas reações feitas com ácido p-toluenossulfônico, observou-se que quando ocorria formação de produtos, estes eram instáveis, o que inviabilizou a caracterização dos mesmos, e a constatação de que a desidratação ocorreu. Em relação as reações feitas com trifenilfosfina, iodo e álcoois alílicos obteve-se sempre produtos cíclicos, com sendo que para o álcool derivado da β-lapachona composto 68 além da ciclização ocorreu também a adição de um átomo de iodo. Não foi observado em nenhuma reação produto de desidratação. Nas reações feitas com os compostos 57 e 67, obteve-se a regeneração da α-lapachona. Foi constatado que a oxima da α-lapachona, composto 80 em solução(CDCl3) apresenta estereoquímica Z e em fase sólida a mesma encontra-se sob forma de dímeros com esteroquímica E. A oxima da β-lapachona, também apresenta estereoquímica Z em solução (CDCl3), pois foi confirmado no espectro de RMN 1H o sinal referente a ligação de hidrogênio intramolecular. Para as reações feitas com DBU obteve-se nos dois casos o mesmo produto, o composto 78, sendo que na reação feita sob refluxo o rendimento foi maior. Nas reações com 2-metóxi-lapachol com quantidade estequiométrica de base ou na ausência da mesma, a adição ocorre sempre na carbonila gerando na maioria dos produtos com estereoquímica Z. Tendo como exceção a reação com cloridrato de hidroxilamina, que além da adição ocorre substituição da metoxila, produzindo uma bisoxima. Nas reações do 2-metóxi-lapachol e compostos nitrogenados em meio básico em dois casos ocorreu a substituição da metoxila e também ciclização, onde foi possível obter os compostos 82 e 87. Nas reações feitas com lapachol e compostos nitrogenados foi observado somente monoadição a carbonila. Dentre os compostos testados em formas tripomastigostas T.cruzi e em cepas de Plasmodium falciparum resistentes a cloroquina, o derivado benzilado da β-lapachona, composto 55 foi o mais ativo, o que mostra que o grupo benzil e o arranjo espacial deste composto favorecem o aumento da atividade biológica. . 128 6.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ANDREWS, P. C.; PEATT, A. C.; RASTON, C. L. Efficient solvent-free in situ tinmediated homoallylation reactions. Tetrahedron Letters, [s.l.], v. 43, p. 7541-7543, 2002. ANDRZEJEWSKA, A.; LAPINSKI, L.; REVA, I.; FAUSTO, R. Matrix isolation FTIR and molecular orbital study of E and Z acetaldoxime monomers. Physical Chemistry Chemical Physics, [s.l], v. 4, 3289-3296, 2002. ALVAREZ-MANZANEDA, E. J.; CHAHBOUN, R,; TORRES, E. C.; ALVAREZ, E.; ALVAREZ-MANZANEDA, R.; HAIDOUR, A.; RAMOS, J. Triphenylphosphineiodine: an efficient reagent for the regioselective dehydration of tertiary alcohols. Tetrahedron Letters, [s.l.], v. 45, p. 4453-4455, 2004. ALVAREZ-MANZANEDA, E. J.; CHAHBOUN, R,; TORRES, E. C.; ALVAREZ, E.; ALVAREZ-MANZANEDA, R. First enantioospecific synthesis of marine norsesquiterpene (+)-austrodoral from (-)-sclareol. Tetrahedron Letters, [s.l.], v. 46, p. 5321-5324, 2005. ALVAREZ-MANZANEDA, E. J.; CHAHBOUN, R,; TORRES, E. C.; ALVAREZ, E.; ALVAREZ-MANZANEDA, R,; HAIDOUR, A.; RAMOS, J. Synthesis of alkenes from tertiary esters using the triphenylphosphine-iodine system. Tetrahedron Letters, [s.l.], v. 46, p. 1075-1077, 2005. ALVES, G. M. C.; ROLIM, L. A.; LEITE, A. C. L.; BRONDANI, D. J.; DE MEDEIROS, F. P. M.; BIEBER, L. W.; JUNIOR, F. J. B. M. purificação e caracterização da β-lapachona e estudo de establidade dos cristais em diferentes condições de armazenamento. Química Nova, [s.l.], v. 31, n. 2, p. 413-416, 2008. ARAKI, S.; BUTSUGAN, Y.; KATSUMURA, N. Allylation of quinones by allylic indium reagents. Journal of Orgonometallic Chemistry, [s.l.], v. 415, n. 1, p. 7-24, 1991. ARAÚJO, E.L.; ALENCAR, J. R. B.; NETO, P. J .R. Lapachol: segurança e eficácia na terapêutica. Revista Brasileira de Farmacognosia,[s.l], v. 12, p. 57-59, 2002. CAMARA, C. A.; PINTO, A. C.; ROSA. M. A.; VARGAS, M. D. Secondary amines and unexpected 1-aza-anthaquinones from 2-methoxylapachol, Tetrahedron, [s.l.], v. 57, p. 9569-9574, 2001 CARVALHO,C. E. M,; FERREIRA, V. F.; PINTO, A. V.; PINTO, M. C. F. R.; HARRISON, w. Heterocyclic derivatives from natural occurring naphthoquinones: synthesis, characterization and X-ray structure of beta-lapachone hydrazo compounds. Dyes and Pigments, [s.l.], v. 52, p. 209–214, 2002. CHAN, T. H.;YANG, Y. Organometallic reactions in aqueous media. allylation of aldehydes with diallylmercury or allylmercury bromide. Tetrahedron Letters., [s.l.], v. 40, p. 3863-3866, 1999. 129 CHAN, T. H., YANG,Y. & LI, C. J. Organometallic reactions in aqueous media. The nature of the organotin intermediate in the tin-mediated allylation of carbonyl compounds. Journal of Organic Chemistry,[s.l.], v. 64, p. 4452-4454, 1999. CHAVÉS, J. P.; PINTO, M. C. F. R.; PINTO, A. V. Heterocycles from Quinones. I – The reactions of lapachol with primary alkyl amines. Journal of the Brazilian Chemical Society, [s.l], v. 1, n. 1, p. 22-27, 1990. CHIKATE, R. C.; BELAPURE, A. R.; PADHYE, S. B.; WEST, X. D. Transition metal quinone–thiosemicarbazone complexes 1: Evaluation of EPR covalency parameters and redox properties of pseudo-square-planar copper(II)–naphthoquinone thiosemicarbazones. Polyhedron, [s.l.], v. 24, p. 889-899, 2005. DAS DÔRES, S. M.C; DE PAIVA, S. A. R.; CAMPANA, A. O. VITAMIN K: METABOLISM AND NUTRITION. Revista de Nutrição, [s.l.] v.14, n.3, p. 207-218, 2001. DA SILVA, A. J. M.; BUARQUE. C. D.; BRITO, F. V.; AURELIAN, L.; MACEDO, L. F.; MALKAS, L. H.; HICKEY, R. J.; LOPES, D. V. S.; NOËL, F.; MURAKAMI, Y. L. B.; SILVA, N. M. V.; MELO, P. A.; CARUSO, R. R. B.; CASTRO, N. G.; COSTA, P. R. R. Synthesis and preliminary pharmacological evaluation of new (±) 1,4Naphthoquinones structurally related to lapachol. Bioorganic & Medicinal Chememistry, [s.l.], v. 10, p. 2731-2738, 2002. DA SILVA, M. N.; DA SOUZA, M. C. B. V; FERREIRA, V, F.; PINTO, A. V.; PINTO, M. C. R. F.; WARDELL, S. M. S. V.; WARDELL, J. L. Synthesis of new aldehyde derivatives from β-lapachone and nor-β-lapachone. Akivoc, [s.l.], v (1551), p. 156-168, 2003. DA SILVA, A. M.; DA SILVA, A. R.; FERREIRA, A. B. B; BERNARDES, B. O.; DA COSTA, R. L. Synthesis of Imidazole Derivatives from β-Lapachone and Related Compounds using Microwave and Supported Reagents. Journal of the Brazilian Chemical Society, [s.l], v. 19, n. 6, p. 1230-1233, 2008. DA SILVA, A. M. Síntese de novos naftoimidazóis derivados de β-lapachona e compostos relacionados, empregando irradiação na região de microondas e reagentes suportados, e outras sínteses. TESE (DOUTORADO EM QUÍMICA ORGÂNICA) – DEPARTAMENTO DE QUÍMICA, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO, SEROPÉDICA, 2008. DE ANDRADE-NETO, V. F.; GOULART, M. O. F.; FILHO, J. F. S.; DA SILVA, M. J.; PINTO, M. C. F. R.; PINTO, A. V.; ZALIS. M. G.; CARVALHO, L. H.; KRETTLI, A. U. Antimalarial activity of phenazines from lapachol, β-lapachone and its derivatives against Plasmodium falciparum in vitro and Plasmodium berghei in vivo. Bioorganic & Medicinal Chemistry, [s.l.], v. 14, p. 1145-1149, 2004. DE MOURA, K. C. G.; EMERY, F. S.; PINTO, C. N.; PINTO, M. C. F. R.; DANTAS, A. P.; SALOMÃO, K.; DE CASTRO, S. L.; PINTO, A. V. Trypanocidal activity of isolated naphthoquinones from tabebuia and some heterocyclic derivatives: A review 130 froman interdisciplinary study. Journal of the Brazilian Chemical Society, [s.l.], v. 12, n.3, p. 325-338, 2001 DE MOURA, K. C. G.; SALOMAO, K.; MENNA-BARRETO, R. F. S.; EMERY, F. S.; PINTO, M. C. F. R.; PINTO, A. V.; DE CASTRO, S. L. Studies on the trypanocidal activity of semi-synthetic pyran[b-4,3]naphtho[1,2-d]imidazoles from b-lapachone. European Journal of Medicinal Chemistry. [s.l.], v. 39, n. 7, p. 639-645. 2004. DE OLIVEIRA, A. B.; RASLAN, D. S.; MIRAGLIA, M. C. M.; MESQUITA, A. A. L.; ZANI, C. L.; FERREIRA, D. T.; MAIA, J. G. S. Estrutura química e atividade biológica de naftoquinonas. Química Nova, [s.l.], v. 13, n. 4, p. 302-307, 1990. DE OLIVEIRA, R. B.; ALVES, R. J. Agentes antineoplásicos biorredutíveis: uma nova alternativa para o tratamento de tumores sólidos. Química Nova, [s.l.], v. 25, n. 6, p. 976-984, 2002. DE SOUZA, M. A. A.; DA SILVA, A. R.; FERREIRA, M. A.; DE LEMOS, M. J.; RAMOS, R. G.; FERREIRA, A. B. B.; DE SOUZA, S. R. Atividade biológica do lapachol e de Alguns derivados sobre o desenvolvimento fúngico e em germinação de sementes. Química Nova, [s.l.], v. 31, n.. 7, p. 1670-1671, 2008. DI CHENNA, P. H.; BENEDETTI-DOCTOROVICH, V.; BAGGIO, R. F.; GARLAND, M.T.; BURTON, G. Preparation and Cytotoxicity toward Cancer Cells of Mono (arylimino) Derivatives of β-Lapachone. Journal of Medicinal Chemistry, [s.l.], v. 44, p. 2586-2489, 2001. DOS SANTOS, E. V. M.; CARNEIRO, J. W. M.; FERREIRA, V.F. Quantitative structure-activity relationship in aziridinyl-1,4-naphthoquinone antimalarials: study of theoretical correlations by the PM3 method. Biorganic & medicinal Chemistry, [s.l.], v. 12, p. 87-93, 2004. DUBIN, M.; VILLAMIL, S. H. F.; STOPPANI, A. O. M. Citotoxidadad de la βlapachona: una o-naftoquinona con posibles usos terapeuticos. Medicina, [s.l.], v. 61, n. 3, p. 343-350, 2001. ENCHEV, V.; IVANOVA, G.; UGRINOV, A.; NEYKOV, G. D. Tautomeric and conformational equilibrium of acenaphthenequinonemonooxime. Journal of Molecular Structure, v. 508, p. 149-161, 1999. ESTEVES-SOUZA, A.; FIGUEIREDO, D. V.; ESTEVES, A.; CÂMARA C. A.; VARGAS, M. D.; PINTO, A. C.; ECHEVARRIA, A. Citotoxic and DNAtopoisomerase effects of lapachol amine derivatives and interactions with DNA. Brazilian Journal of Medicinal and Biological Research, [s.l.], v. 40, p. 1399-1402, 2007. FIESER, L. F. the alkylation of hydroxynaphthoquinone. III. A synthesis of lapachol. Journal of the American Chemical Society,[s.l], v. 49, p. 857-864, 1927. FIESER, L. F.; BERLINER, E.; BONDHUS, F. J.; CHANG, F. C.; DAUBEN, W. G.; ETTLINGER, M. G.; FAWAZ, G.; FIELDS, M.; FIESER, M.; HEIDELBERGER, C.; 131 HEYMANN, H.; SELIGMAN, A. M.; VAUGHAN, W. R.; WILSON, A. C.; WILSON, E.; WU, M. I.; LEFFLER, M. T.; HAMLIN, K. E.; HATHAWAY, R. J.; MATSON, E. J.; MOORE, E. E.; MOORE, M. B.; RAPALA, R. T.; ZAUGG, H. E. Naphthoquinone antimalarials. I. General survey. Jounal of The American Chemical Society, [s.l], v. 70, p. 3151-3155, 1948. FONSECA, S. G. C.; BRAGA, R. M. C.; DE SANTANA, D. P. Lapachol – química, farmacologia e métodos de dosagem. Revista Brasileira de Farmacognosia, [s.l.], v. 84, n. 1, p. 9-16, 2003. GLASER, R.; STREITWIESER, A. Configurational and conformational preferences in oximes and oxime carbanions. Ab initio study of the syn effect in reactions of oxyimine enolate equivalents. Journal of the American Chemical Society, [s.l], v. 111, p. 7340-7348, 1989. GUIRAUD, P.; STEIMAN, R.; CAMPOS-TAKAKI, G. M.; SEIGLE-MURANDI, F.; SIMEON DE BUOCHBERG, M. Comparison of antibacterial and antifungal activities of lapachol and beta-lapachone. Planta Medica, [s.l.], v. 60, n. 4, p. 373-374, 1994. HAJIPOUR, A. R.; FALAHATI, A. L.; RUOHO, A. E. Iodination of alcohols using triphenyphosphine/iodine under solvent-free conditions using microwave irradiation. Tetrahedron Letters, [s.l.], v. 47, p. 4191-4196, 2006. HOOKER, S. C. The constitution of lapachol and its derivatives. Part IV. Oxidation with potassium permanganate. Journal of the American Chemical Society,[s.l], v. 58, p. 1168-1173, 1936. HUSSAIN, H.; KROHN, K.; AHMAD, V.G.; MIANA, G.A.; GREEND, I. R. Lapachol: an overview. Arkivoc, (ii), [s.l.], p. 145-171, 2007. ITOIGAWA, M.; ITO, C.; TAN, H. T. W.; OKUDA, M.; TOKUDA, H.; NISHINO, H.; FURUKAWA, H. Cancer chemopreventive activity of naphthoquinones and their analogs from Avicennia plants. Cancer Letters, [s.l], v. 174, p. 135-139, 2001. IVANOVA, G.; ENCHEV, V. Does tautomeric equilibrium exist in orthonitrosonaphthols?. Chemical Physics, [s.l.], v. 264, p. 235-244, 2001. LEFFLER, M. T.; HATHAWAY, R. J. Naphthoquinone Antimalarial. XIII. 2-Hydroxy3-substituted-aminomethyl Derivatives by the Mannich Reaction. Journal of The American Chemical Society, [s.l.], v. 70, p. 3222-3223, 1948. LEMOS, T. L. G.; MONTE, F,J. Q.; SANTOS, A.K. L.; FONSECA, A. M;, SANTOS, H. S.; OLIVEIRA, M. F.; COSTA, S. M. O.; PESSOA, O. D. L.; BRAZ-FILHO, R. Quinones from plants of northeastern Brazil: structural diversity, chemical transformations, NMR data and biological activities, Natural Product Research, [s.l], v. 21, n. 6, p. 529-550, 2007. LI, C. J.; ZHANG, L. J.; DEZUBE, B. J.; CRUMPACKER, C. S.; PARDEE, A. B. Three inhibitors of type 1 human immunodeficiency virus long terminal repeat-directed 132 gene expression and virus replication. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, [s.l], v. 9, n.. 5, p. 1839-1842, 1993. Li, C. J.; Wang, C.; Pardee, A. B. Induction of apoptosis by β-lapachone in human prostate cancer cells. Cancer Research., [s.l], v. 55, n. 17, p. 3712-3715, 1995. Li, C. J. Aqueous Barbier-Grignard type reaction: scope, mechanism, and synthetic applications. Tetrahedron,[s.l.], v. 52, n. 16, p. 5643-5688, 1996. Li, C. J.; Chan, T. H. Organic syntheses using indium-mediated and catalyzed reactions in aqueous media. Tetrahedron, [s.l.], v. 55, p. 11149-11176, 1999. LIMA, N.M.F.; CORREIA, C.S.; FERRAZ, P.A.L.; PINTO, A.V.; PINTO, M. C. R. F.; SANTANA, A.E.G. ; GOULART, M.O.F. Molluscicidal Hydroxynaphthoquinones and Derivatives: Correlation Between their Redox Potential and Activity Against Biomphalaria glabrata. Journal of the Brazilian. Chemical Society, [s.l], v. 13, n. 6, p. 822-829, 2002. LONG, J. A.; HARRIS, N. J.; LAMMERTSMA, K. Formaldehyde OximeNitrosomethane Tautomerism. The Journal of Organic Chemistry, [s.l.], v. 66, p. 6762-6767, 2001. LUCHE, J. L.; EINHORN C. Selective allylation of carbonyl compounds in media aqueous. Journal of Organometallic Chemistry, [s.l.], v. 322, p. 177-183, 1987. MENNA-BARRETO, R. F. S.; HENRIQUES-PONS, A.; PINTO, A. V.; MORGADODIAZ, J. A.; SOARES, M. J.; DE CASTRO, S. L. Effect of a β-lapachone-derived naphthoimidazole on Trypanosoma cruzi: Identification of target organelles. Journal of Antimicrobial Chemotherapy. [s.l.], v. 56, n. 6, p. 1034-1041. 2005. MULLER, K.; SELLMER, A.; WIEGREBE, W. Potential antipsoriatic agents: lapachol compounds as potent inhibitors of HaCaT cell growth. Journal of Natural Products, [s.l.] v. 62, n. 8, p. 1134-1136, 1999. NAIR, V.; JAYAN, C. N.; ROS, S. Novel reactions of indium reagents with 1,2-diones: a facile synthesis of α-hydroxy ketones. Tetrahedron, [s.l.], v. 57, p. 9453-9459, 2001. NAGY, P. I.; KÖKÖSI, J.; GERGELY, A.; RÁCZ, A. Theoretical Conformational Analysis for Codeinone-6-oximes in Gas Phase and in Solution. The Journal of Physical Chemistry A, [s.l.], v. 107, p. 7861-7868. NOVOTNÁ, P.; RA PACÁKOVÁ, V.; BOSÁKOVÁ, Z.; STULIK, K. Highperformance liquid chromatographic determination of some anthraquinone and naphthoquinone dyes occurring in historical textiles. Journal of Chromatography A, [s.l.], v. 863, n. 2, p. 235-241, 1999. NSIKABAKA,S. ; HARB, W.; RUIZ-LÓPEZ, M.F. The role of water on the acidpromoted E/Z isomerization of oximes in aqueous solution; J. Mol. Struc. THEOCHEM, [s.l.], v. 764, p. 161-166, 2006. 133 O’FERRALL, R. A. M.; O’BRIEN, D. Rate and equilibrium constants for hydrolysis and isomerization of (E)- and (Z)-p-methoxybenzaldehyde oximes. Journal of Physical. Organic Chemistry, [s.l.], v. 17, p. 631-640, 2004. OLIVEIRA, M.F.; LEMOS, T. L.G.; DE MATTOS, M. C.; SEGUNDO, T. A.; SANTIAGO G. M. P.; BRAZ-FILHO, R. New enamine derivatives of lapachol and biological activity. Anais da Academia Brasileira de Ciências, [s.l], v. 74, n. 2, p. 211-221, 2002. OSSOWSKI, T.; GOULART, M. O. F.; ABREU, F. C. ; SANTANA, A. E. G.; MIRANDA, P. R. B.; COSTA, C. O. ; LIWO, A. ; FALKOWSKI, P.; ZARZECZANSKA, D. Determination of the pKa Values of some Biologically Active and Inactive Hydroxyquinones. Journal of the Brazilian Chemical Society, [s.l.], v. 19, p. 175-183, 2008. PAN, D.; RAY, J. K.; MAL. S. K.; KAR. G. K. Chemoselective method for the synthesis of 4-allyl-4-hydroxycyclohexa-2,5-dienone derivatives from 1,4-quinones by an indium-mediated allylation protocol. Tetrahedron, [s.l.], v. 58, n. 14, p.2847-2852, 2002. PÉREZ-SACAU, E.; ESTÉVEZ-BRAUM, A.; RAVELO, A. G.; FERRO, E. A.; TOKUDA, H.; MUKAINAKA, T.; NISHINO, H. Inhibitory efects of lapachol derivatives on Epstein-Barr virus activation. Bioorganic & Medicinal Chemistry, [s.l.] v. 11, p. 483-488, 2003. PÉREZ-SACAU, E.; DIAZ-PEÑATE, R. G.; ESTÉVEZ-BRAUN, A.; RAVELO, A. G.; GARCÍA-CASTELLANO, J. M.; PARDO, L.; CAMPILLO. M. Synthesis and Pharmacophore Modeling of Naphthoquinone Derivatives with Cytotoxic Activity in Human Promyelocytic Leukemia HL-60 Cell Line. Journal of Medicinal Chemistry, [s.l.], v. 50, p. 696-706, 2007. PINTO, A. V.; PINTO, M. C. F. R.; OLIVEIRA C. G. T. Síntese das α- e β-norlapachonas em meio ácido e reações com N-bromosuccinimida. Anais da Academia Brasileira Ciências, [s.l.], v. 54, n. 1, p. 107-114, 1982. RENOU, S. G.; ASÍS, S. E.; ABASOLO, M. I.; BEKERMAN; BRUNO, A. M. Monoarylhydrazones of α-lapachone: synthesis, chemical properties and antineoplasic activity. Pharmazie, [s.l], v. 10, p. 690-695, 2003. ROY, B.G; ROY, A.; ACHARI, B.; MANDAL, S.B. A simple one-pot entry to cyclic ethers of varied ring sizes from diols via phosphonium ion induced iodination and base catalyzed Williamson etherification. Tetrahedron Letters, [s.l.], v. 457, p. 7783-7787, 2006. SALAS, C.; TAPIA, R. A.; CIUDAD, K.; ARMSTRONG, V.;ORELLANA, M.; KEMMERLING, U.; FERREIRA, J.; MAYA, J. D.; MORELLO, A. Trypanosoma cruzi: Activities of lapachol and a- and b-lapachone derivatives against epimastigote and trypomastigote forms. Bioorganic & Medicinal Chemistry, [s.l.], v. 16, p. 668– 674, 2008. 134 SILVA, A. R. Adição de organometálicos a orto e para-naftoquinonas. Dissertação (Mestrado em Química Orgânica) – Departamento de Química, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2004. SILVA, M .N.; FERREIRA, V. F.; DE SOUZA, M. C. B. V. Um Panorama Atual da Química e da Farmacologia de Naftoquinonas, com Ênfase na β-lapachona e Derivados. Química Nova, [s.l], v. 26, n. 3, p. 407-416, 2003. SILVA, R. S. F.; COSTA, E. M.; TRINDADE, U. L. T.; TEIXEIRA, D. V.; PINTO, M. C. F. R.; SANTOS, G. L.; MALTA, V. R. S.; De SIMONE, C. A.; PINTO, A. V.; De CASTRO, S. L. Synthesis of naphthoquinones with activity against Tripanosoma cruzi. European Journal Medicinal Chemistry,[s.l.], v. 41, p. 526-530, 2006. STOCKMAN, A. N.; BRANCALION, P. H. S.;NOVEMBRE, A. D. L.C; CHAMMA, H. M. C. P. Sementes de ipê-branco (Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. – bignoniaceae): temperatura e substrato para o teste de germinação. Revista Brasileira de Sementes, [s.l.], v. 29, n, 3, p. 139-143, 2007. TANAKA, H.; NAKAHATA, S.; WATANABE, H.; ZHAO, J.; KUROBOSHI, M.; TORII, S. Barbier-type allylation of carbonyl derivatives by use of aluminum as an electron pool. Double allylation of carboxylic esters. Inorganica Chimica Acta, [s.l.], v. 296, n.1, p. 204-207, 1999. THOMSON, R. H. & BURNETT, A. R. Naturally occurring quinone. Part x. The quinonoid constituents of Tabebuia avellanedae (Bignoniaceae). Journal of Chemical Society (C), [s.l], p. 2100-2104, 1967. TURRENS, J. F. oxidative stress and antioxidant defenses: a target for the treatment of diseases caused by parasitic protozoa. Molecular Aspects of Medicine, [s.l.], v. 25, p. 211-220, 2004. www.lafepe.pe.gov.br acesso 23/03/2008. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ip%C3%AA-amarelo (acesso 17/01/2009) http://www.ipef.br/identificacao/tabebuia.alba.asp (acesso 15/01/2009) http://www.arvores.brasil.nom.br/florin/ipebr.htm (acesso 15/01/2009) http://www.arvores.brasil.nom.br/florin/iperoxo.htm (acesso 15/01/2009) http://www.rain-tree.com/paudarco.htm (acesso 19/03/08) http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria (acesso em 19/01/2009). 135 7.0. ANEXO 136 7.1. Produção científica. 137 7.2. Compostos. O O (3) O O OH O O O OCH3 O (6) O (5) O (4) O O (7) O HO HO O HO HO OCH3 (55) O (56) O I O N (61) O O N (79) O O H NH2 N N S NO2 H N OCH3 N N H N (83) O HO N O N NH2 N N (87) O H N OH H N N HO O HO HO H OH (64) (89) O O (73) H OCH3 OH (63) O O O O O (66) N (86) O O O O O (88) O HO NH2 (85) O (84) O O H (81) O OCH3 OCH3 O H (80) O NO2 O (82) O NOH O OH NH2 N NOH NOH O (78) O (71) O (59) O OH O O OH (58) O (57) O HO HO OH O (74) (75) (77) (76) 138 7.3. Espectros. O 8 7 6 5 9 10 1 4 O (3) OH 2 3 1' Espectro 1: IV do lapachol (3). 139 O 8 7 6 5 9 10 1 4 O (3) OH 2 3 1' Espectro 2: EM do lapachol (3). 140 1.77 1.67 5.20 5.15 Chemical Shift (ppm) 1.01 8.0 7.9 7.8 Chemical Shift (ppm) 3.28 3.30 2.01 1.00 3.300 3.275 Chemical Shift (ppm) 7.7 3.30 3.28 8.1 0.98 7.64 7.64 7.75 7.75 1.01 7.71 7.68 7.67 7.66 7.65 7.73 7.73 8.11 8.11 8.09 8.09 8.06 8.04 8.04 5.19 5.18 5.19 5.17 5.17 5.20 5.21 5.21 5.21 1.00 O 8 6 1.01 1.01 0.99 11 10 9 8 5 5.19 5.19 6 5 Chemical Shift (ppm) 1 10 4 O (3) 1.00 7 9 5.17 5.21 5.21 7.64 7.64 7.75 8.11 8.09 8.06 8.04 8.04 7.73 7.65 7 2.01 4 OH 2 3 1' 3.12 3 2 1 0 Espectro 3: RMN de 1H do lapachol (3). 141 10 2 3 4 135 22.54 123.40 119.60 125.98 126.68 129.35 130 Chemical Shift (ppm) 125 120 Chloroform-d 180 160 17.83 129.35 152.66 184.50 200 181.61 123.40 O (3) 132.79 134.77 133.76 1' 25.70 5 OH 1 119.60 6 9 126.68 7 125.98 134.77 132.79 O 8 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 4: RMN de 13C do lapachol (3). 142 O 7 8 9 10 6a 10a (4) 6 O 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' Espectro 5: IV da β-lapachona (4). 143 O 7 8 9 10 6a 10a (4) 6 O 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' Espectro 6: E.M. da β-lapachona (4). Espectro 6: EM da β-lapachona (4). 144 1.45 1.84 1.82 1.85 2.54 2.55 2.57 7.49 7.51 7.60 7.48 7.63 7.62 7.61 7.64 7.78 7.78 7.80 8.03 8.03 8.05 7.80 7.65 7.47 O 7 8 9 7.6 7.5 1.850 1.825 Chemical Shif... 2.550 Chemical Shift (... 1.00 9.0 8.5 8.0 2.57 7.49 7.60 7.62 7.63 7.78 7.64 7.80 8.03 8.03 8.05 8.05 Chloroform-d 1.05 7.5 2.04 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 Chemical Shift (ppm) 4.0 3.5 3.0 2.5 (4) 1.84 7.8 7.7 Chemical Shift (ppm) 10 1.85 7.9 2.04 1.02 2.55 8.0 1.05 10a 2.02 2.0 O 6 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' 1.82 1.00 2.54 1.00 2.02 6a 6.07 1.5 1.0 0.5 0 Espectro 7: RMN de 1H da β-lapachona (4). 145 128.40 26.64 123.99 130.55 129.98 132.49 134.71 O 7 6a 8 9 10a 10 6 O 5 4a 10b 4 1O 2 3 180 160 31.46 16.04 79.19 2' 132.49 161.95 179.74 178.42 200 1' 112.58 124 123.99 126 (4) 128.40 132 130 128 Chemical Shift (ppm) 134.71 134 130.55 Chloroform-d 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 8: RMN de 13C da β-lapachona (4). 146 O 8 9 7 6 5 10 (6) 1 4 O 11 OCH3 2 3 2' 3' 4' 1' 5' Espectro 9:IV do 2-metóxi-lapachol (6). 147 O 8 9 7 6 5 10 (6) 1 4 O 11 OCH3 2 3 2' 3' 4' 1' 5' Espectro 10: E.M. do 2-metóxi-lapachol (6). 148 10 9 2.05 8 7 2.02 6 Chemical Shift (ppm) 1.03 5 5.06 5.07 5.09 5.10 5.11 3.29 2.02 1.66 7.68 4.10 7.64 7.64 7.66 7.66 7.68 O 6 5 3.02 4 9 10 (6) 1 4 2 3 O 3 2' 5' 1.76 7.71 7.98 7.99 8.01 8.01 8.01 8.02 8.02 8.04 8.04 8.06 8.06 7 3.26 5.05 7.7 5.13 7.64 5.07 5.06 7.8 5.14 7.66 7.66 1.03 7.68 7.68 5.00 7.25 8.00 8.01 5.10 5.10 5.11 7.9 Chemical Shift (ppm) 5.15 7.71 5.05 8.04 8.04 5.10 Chemical Shift (ppm) 5.07 5.08 5.09 5.12 5.13 8.0 8.06 8.06 5.15 5.14 5.15 5.15 2.05 8 OCH3 11 1' 3' 4' 7.6 Chloroform-d 2.02 3.06 2 1 Espectro 11:RMN de 1H do 2-metóxi-lapachol (6). 149 O 8 126.00 126.14 133.13 6 5 133.0 126.50 132.5 126.25 126.00 Chemical Shift (ppm) 2' 3' 4' 1' 5' 125.75 61.11 126.00 25.73 120.01 133.13 131.93 133.68 160 O 2 3 134.58 157.37 181.70 180 4 11 OCH3 17.83 134.0 133.5 Chemical Shift (ppm) 1 22.96 134.5 185.26 200 10 (6) 126.14 135.0 9 7 133.61 134.58 133.68 Chloroform-d 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 12: RMN de 13C do 2-metóxi-lapachol (6). 150 15 14 16 13 17 8 11HO 7 6a 9 10 10a (55) 12a 12 6 O 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' Espectro 13: IV do composto 55. 151 15 14 16 13 17 8 11HO 7 6a 9 10 10a (55) 12a 12 6 O 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' Espectro 14: E. M. do composto 55. 152 1.08 1.34 2.09 2.05 2.12 2.17 2.14 2.21 2.49 2.46 2.52 2.57 1.03 7.04 7.08 7.05 7.08 7.32 1.03 1.93 2.50 2.25 Chemical Shift (ppm) 7.6 7.5 1.25 8 9 3.07 7.4 7.3 Chemical Shift (ppm) 7.2 7.1 13 11HO 7 6a 2.00 10 10a 7.0 3.98 7.7 1.04 14 17 3.07 7.35 7.33 7.37 7.40 7.44 7.41 7.45 7.48 7.59 7.48 7.59 7.62 7.60 7.66 7.67 Chloroform-d 15 16 (55) 12a 12 6 O 5 4a 10b 4 1O 2 3 1' 2' 8.5 8.0 7.5 1.25 7.0 TMS 6.5 0.95 6.0 5.5 5.0 4.5 Chemical Shift (ppm) 4.0 1.99 3.5 3.0 1.03 2.5 1.03 2.09 2.14 2.17 1.62 1.99 2.46 2.60 2.57 3.07 2.49 6.56 6.60 6.57 6.61 7.04 7.35 7.41 1.93 9.0 7.32 7.37 7.66 7.62 7.08 1.65 7.08 Chloroform-d 2.22 2.0 1.5 3.02 3.00 1.0 0.5 0 Espectro 15: RMN de 1H do composto 55. 153 121.97 11HO 7 6a 9 127.61 126.07 10 128 Chemical Shift (ppm) 126 O 6 14.65 30.63 12a 12 26.57 125.82 8 124.79 125.82 13 17 24.81 14 53.47 126.55 126.64 128.70 129.13 126.64 129.13 126.55 128.70 15 16 5 4a 10a 10b 4 1O 2 3 (55) 1' 2' 76.18 134.10 180 160 140 105.93 140.56 161.21 199.55 200 75.54 Chloroform-d 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 Espectro 16: RMN de 13C do composto 55. 154 16 15 17 14 13 18 HO 5 6 7 8 12 10 4 9 1 3 2 O 11 OCH3 2' 3' 4' 1' 5' (56) Espectro 17: IV do composto 56. 155 16 15 17 14 13 18 HO 5 6 7 8 12 10 4 9 1 3 2 O 11 OCH3 2' 3' 4' 1' 5' (56) Espectro 18: E.M. do composto 56. 156 1.07 3.05 7.50 Chemical Shift (ppm) 7.25 1.14 3.4 3.3 2.89 3.08 3.05 2.07 3.2 3.1 Chemical Shift (ppm) 0.95 3.0 16 2.9 15 17 7.00 14 13 18 HO 5 1.71 1.71 7.75 1.15 Chloroform-d 6 1.66 1.15 1.66 1.11 1.66 1.00 3.11 3.16 3.22 6.92 6.93 3.40 6.96 7.00 7.02 7.01 7.03 7.05 7.34 7.38 7.38 7.41 7.56 7.42 7.60 7.57 7.64 7.60 7.73 7.64 7.73 7.85 7.77 7.85 7.88 7.89 4.10 3.34 Chloroform-d 7 8 12 10 4 9 1 3 2 O 11 OCH3 2' 3' 1' 5' 9.0 8.5 8.0 7.5 3.05 2.08 7.0 6.5 1.06 6.0 5.5 5.0 4.5 Chemical Shift (ppm) 3.11 4.0 1.07 3.5 3.22 1.70 1.65 Chemical Shift (pp... 2.07 3.0 3.01 2.89 3.16 3.11 3.04 3.08 3.34 3.40 4.88 4.89 4.91 4.91 4.92 4.94 6.48 6.49 4.95 6.93 6.92 7.09 6.52 7.00 7.02 1.00 1.15 7.05 7.38 7.60 7.56 7.73 7.85 7.88 6.96 (56) 3.11 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 Espectro 19: RMN de 1H do composto 56. 157 4' 25.57 22.84 50.19 132.28 129.89 127.98 127.46 126.79 125.76 125.46 121.94 61.99 121.94 125.76 125.46 126.79 127.98 127.46 129.89 132.28 16 15 17 14 13 HO 123.58 5 6 17.90 130.43 131.71 18 Chloroform-d 128 126 Chemical Shift (ppm) 124 8 122 180 9 1 3 2 11 OCH3 2' 3' 4' 1' 5' (56) 142.71 169.25 185.02 200 10 4 O 75.45 130 134.38 132 7 12 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 20: RMN de 13C do composto 56. 158 15 14 13 16 12a 17 HO 8 9 11 9a 7 6 5a 12 10 1 10a 5 O 1' 2 4a 2' 3 4 O (57) Espectro 21: IV do composto 57. 159 15 14 13 16 12a 17 HO 8 9 11 9a 7 6 5a 12 10 1 10a 5 O 1' 2 4a 2' 3 4 O (57) Espectro 22: E.M. do composto 57. 160 O (57) 1.02 9 8 1.09 3.00 7 3.35 6 5 Chemical Shift (ppm) 2.02 2.13 4 0.99 3 2.18 1.07 2 1.79 1.75 1.73 1.56 1.72 2.11 2.07 2.15 1.5 2.36 1.7 1.6 Chemical Shift (ppm) 2.37 1.8 1.56 1.51 1.53 2.36 2.37 2.38 2.40 2.44 2.46 2.47 2.49 1.63 1.65 1.68 1.60 1.58 1.72 1.73 1.75 1.70 1.79 1.77 14 2.38 3.29 Chloroform-d 1.80 7.25 3.25 13 1.82 7.50 Chemical Shift (ppm) 2.40 6.59 7.03 1.09 3.19 3 2.49 4 6.56 1' 6.99 2' 6.96 5 2 7.04 12a 7.42 7.75 7.07 7.38 5a 1 O 1.04 6.95 6 4a 7.10 7 10 10a 1.01 7.56 8 12 7.90 HO 9 11 9a 7.75 7.72 7.57 17 7.91 1.02 7.94 16 7.95 15 7.00 2.11 1 2.07 2.15 2.18 2.10 2.12 2.20 2.24 6.95 6.96 6.98 1.25 1.43 7.03 6.99 7.05 7.04 7.07 7.07 7.09 7.10 7.34 7.35 7.38 7.38 7.42 7.42 7.52 7.53 7.56 7.57 7.60 7.61 7.72 7.72 7.75 7.76 7.90 7.91 7.94 7.95 Chloroform-d 3.00 1.07 2.20 2.10 Chemical Shif... 1.05 2.50 2.45 2.40 2.35 Chemical Shift (ppm) 3.05 0 Espectro 23: RMN de 1H do composto 57. 161 7 6 5a 12 10 1 10a 5 O 1' 2 4a 131 24.78 15.56 31.78 28.51 50.98 125.52 125.64 126.92 127.55 127 126 3 140 109.93 134.80 142.32 160 78.24 Chloroform-d 166.10 183.38 180 130 129 128 Chemical Shift (ppm) 4 O (57) 200 127.92 131.89 132 2' 120 100 Chemical Shift (ppm) 72.85 HO 130.34 12a 17 9 11 9a 131.89 13 125.52 14 16 8 125.64 129.61 127.55 129.61 15 80 60 40 20 0 Espectro 24: RMN de 13C do composto 57. 162 752.11 701.97 636.4 572.76 844.68 1646.94 1618.01 1596.8 1573.65 1494.59 1457.94 1375.02 1340.31 1301.74 1234.24 1193.74 1182.17 1006.68 944.96 3031.6 2964.1 2915.89 3249.52 %Transmittance 100 80 15 14 16 60 13 12 17 11 19 HO 6 40 5 7 8 20 (58) 3600 3400 3200 3000 2800 2600 10 9 4 1 OH18 3 2 2' 1' O 4' 3' 5' 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 25: IV do composto 58. 163 15 14 16 13 12 17 11 19 HO 6 5 7 8 (58) 10 9 4 1 OH18 3 2 2' 1' O 4' 3' 5' Espectro 26: E.M. do composto 58. 164 1.78 Chloroform-d 15 16 13 9 O 3.07 4' 3' 5' 3.17 6.64 6.64 6.67 2.07 3.15 3.10 3.05 Chemical Shif... 5.16 3.05 7 2.00 1.01 6 Chemical Shift (ppm) 2.09 5.12 5.20 8 2' 1' 7.32 7.52 7.70 7.53 7.73 7.74 10 1 3 2 3.13 (58) 7.3 1.15 11 9 OH18 4 7.08 7.4 7.11 7.6 7.5 Chemical Shift (ppm) 7.35 7.7 7.39 7.8 1.90 10 3.17 5 3.07 7.12 7.34 7.32 7.31 6 8 1.12 11 19 HO 7 1.11 12 17 7.35 7.45 7.44 7.41 7.39 7.57 7.56 7.53 7.52 7.49 7.48 7.74 7.73 7.70 7.69 7.34 Chloroform-d 1.15 14 2.09 5 4 3 6.06 2 1 0 Espectro 27: RMN de 1H do composto 58. 165 127.56 127.56 14 15 16 13 12 17 11 125.75 126.81 5 8 10 9 200 160 1' 4' 3' 5' 120 100 Chemical Shift (ppm) 78.48 80 60 40 17.96 53.75 120.66 125.75 109.60 138.31 140 134.76 141.75 163.91 180 2' 126 123.28 127 126.81 128 Chemical Shift (ppm) 130.28 129 1 OH18 3 2 O (58) 130 4 25.84 128.30 6 7 201.15 130.28 129.91 19 HO 22.20 130.01 130.01 Chloroform-d 20 0 Espectro 28: RMN de 13C do composto 58. 166 1027.89 985.46 925.68 1000 771.4 711.62 1241.95 1376.95 1457.94 1639.22 1598.72 1573.65 2973.74 2958.32 3257.23 1200 72 64 13 Arbitrary 56 12 15 48 5 6 11 HO 10 14 4 40 7 8 32 9 1 OH 3 2 2' O 24 4' 3' 1' 5' (59) 16 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 800 600 Espectro 29: IV do composto 59. 167 13 12 15 5 6 7 8 11 HO 10 9 14 4 1 OH 3 2' 2 4' 3' 1' O 5' (59) Espectro 30: E.M. do composto 59. 168 13 12 15 5 6 7 8 11 HO 10 9 14 4 1 OH 3 2' 2 4' 3' 1' O 5' (59) Espectro 31: RMN de 1H do composto 59. 169 13 12 15 5 6 7 8 11 HO 10 9 14 4 1 OH 3 2 2' 4' 3' 1' O 5' (59) Espectro 32: RMN de 13C do composto 59. 170 13 12 15 5 6 7 8 11 HO 10 9 14 4 1 OH 3 2' 2 4' 3' 1' O 5' (59) Espectro 33: RMN de H x H COSY do composto 59. 171 13 12 15 5 6 7 8 11 HO 10 9 14 4 1 OH 3 2 2' 4' 3' 1' O 5' (59) Espectro 34: RMN de HET-COSY (J2 e J3) do composto 59. 172 661.47 769.47 862.04 1133.96 1068.39 1253.52 1367.31 1454.09 1614.15 1727.93 2971.82 2931.32 3436.58 %Transmittance 80 12 75 11 6 70 7 8 9 65 HO 5a 9a 10 5 O 4 3a 9b 1O (61) 3 2 2' 1' 60 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Espectro 35: IV do composto 61. 173 12 11 6 7 8 9 HO 5a 9a 10 5 O 4 3a 9b 1O (61) 3 2 2' 1' Espectro 36: E.M. do composto 61. 174 12 11 6 7 8 9 HO 5a 9a 10 O 5 4 3a 9b 1O (61) 3 2 2' 1' Espectro 37: RMN de 1H do composto 61. 175 12 11 6 7 8 9 HO 5a 9a 10 5 O 4 3a 9b 1O (61) 3 2 2' 1' Espectro 38: RMN de 13C do composto 61. 176 %Transmittance 100 90 80 HO 70 60 15 17 16 1 50 2 40 4000 3500 3000 O 9 8 10 13 11 14 12 7 5 6 3 4 30 (63) 20 10 2500 2000 Wavenumber (cm-1) 1500 1000 500 Espectro 39: IV do composto 63. 177 1375.02 1290.16 1234.24 1191.81 1153.24 1135.89 1101.17 1047.17 1004.75 971.96 917.96 767.54 742.47 703.9 634.48 619.05 551.55 1639.22 1448.3 3072.1 3021.96 2977.6 2915.89 2848.39 3442.37 HO 15 17 16 O 8 7 9 10 13 11 14 1 12 2 6 5 4 3 (63) Espectro 40: E.M. do composto 63. 178 11 7.20 7.52 7.48 7.48 7.55 7.52 7.58 7.56 7.60 7.65 7.66 7.72 7.69 7.75 7.73 7.75 7.76 7.78 7.20 7.24 6 Chemical Shift (ppm) 7.5 7.4 5 2.28 2.32 2.33 2.37 O 1.03 4 8 10 13 11 14 12 2 6 5 4 3 2.21 2.25 7 9 1 2.40 4.72 2.44 2.09 15 17 16 4.65 4.84 5.36 5.40 1.03 7 4.73 4.90 8 3.15 5.45 5.57 5.53 5.48 7.48 9 7.7 7.6 Chemical Shift (ppm) 7.28 7.75 7.55 7.75 7.76 2.21 2.2 10 7.8 HO 2.28 2.25 2.4 2.3 Chemical Shift (ppm) 6.05 12 6.05 7.3 7.2 Chemical Shift (ppm) 2.09 2.5 7.22 5.36 7.28 5.45 5.5 5.4 Chemical Shift (ppm) 7.78 3.15 7.24 4.6 2.32 2.33 2.40 2.37 5.40 1.03 5.0 4.9 4.8 4.7 Chemical Shift (ppm) 2.44 5.44 5.53 2.09 5.50 5.57 4.65 4.73 4.72 4.84 4.84 4.90 4.89 5.48 Chloroform-d Chloroform-d (63) 2.09 3 2 1 0 Espectro 41: RMN 1H do composto 63. 179 O HO 8 119.50 123.99 126.06 127.20 128.37 128.12 128.41 129.13 (63) 128.93 4 3 128.37 5 128.41 2 6 129.13 12 128.93 10 13 11 14 1 131.32 7 9 123.15 15 17 16 129.00 128.50 Chemical Shift (ppm) 180 160 140 124 123 122 121 120 119 123.99 126 125 Chemical Shift (ppm) 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 48.91 79.53 119.50 Chloroform-d 123.15 126.06 128.12 128.37 129.13 127 131.32 202.90 200 128 135.01 129 137.42 130 140.08 131 60 40 20 0 Espectro 42: RMN 13C do composto 63. 180 %Transmittance 100 80 20 60 17 40 4000 3500 3000 HO HO 19 16 20 (64) 15 1 2 18 10 9 14 11 13 12 8 7 5 6 3 4 2500 2000 Wavenumber (cm-1) 1500 1000 500 Espectro 43: IV do composto 64. 181 1677.79 1639.22 1479.16 1448.3 1405.87 1326.81 1292.09 1253.52 1133.96 1095.39 1052.96 1006.68 989.32 962.32 946.89 910.25 890.97 740.54 696.19 632.55 619.05 3066.31 3018.1 2975.67 2915.89 2848.39 3417.3 20 19 HO HO 17 16 15 1 (64) 10 18 14 11 13 12 2 8 7 9 6 5 4 3 Espectro 44: E.M. do composto 64. 182 5.1 5.0 Chemical... 4.9 2.20 2.27 2.23 2.30 2.30 2.28 2.60 2.55 2.7 2.6 Chemical S... 2.11 2.25 2.00 Chemical Shift (ppm) 1.75 5.06 20 2.20 2.23 2.27 2.30 2.60 2.55 2.62 2.67 HO HO 17 16 15 1 5.50 5.58 5.54 5.45 5.53 5.62 5.59 4.92 7.30 5.63 7.80 7.75 7.70 Chemical Shift (ppm) 2.14 19 7.50 7.68 7.68 7.69 7.71 7.69 2.16 4.00 5.4 7.47 7.3 7.72 7.4 Chemical Shift (ppm) 5.6 5.5 Chemical Shift (ppm) 2.09 (64) 18 8 7 10 9 14 11 13 12 2 6 5 4 3 7.65 2.09 10 2.62 4.92 5.01 7.36 4.00 7.72 7.5 7.31 2.00 2.04 2.67 5.06 5.50 5.50 5.54 5.53 5.58 5.55 5.59 5.62 7.35 7.31 7.30 5.61 7.33 7.33 7.35 7.36 7.39 7.40 7.47 7.48 7.51 7.50 5.01 Chloroform-d Chloroform-d 9 8 4.00 2.00 7 4.00 6 5 2.16 4 3 2.14 2 1 0 Chemical Shift (ppm) Espectro 45: RMN 1H do composto 64. 183 20 19 16 125.35 8 7 10 9 15 14 11 13 12 2 6 5 4 3 119.23 133.83 139.63 (64) 18 39.92 123.65 127.67 127.73 127.73 17 1 Chloroform-d 160 140 78.04 131.94 128.0 127.5 Chemical Shift (ppm) 180 HO HO 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 46: RMN 13C do composto 64. 184 %Transmittance 96 88 80 5 72 4 64 8 56 48 3800 3600 3400 3200 3000 2800 7 3 9 10 2600 OH 6 2 16 15 14 1 17 12 13 11 O (66) 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 47: IV do composto 66. 185 1959.35 1876.43 1672.01 1594.87 1575.58 1490.73 1446.37 1438.66 1380.8 1359.59 1245.81 1220.74 1180.24 1133.96 1049.1 1025.96 995.1 935.32 823.47 755.97 700.04 678.83 669.19 638.33 485.98 3072.1 3058.6 3021.96 3006.53 2981.46 2952.53 2921.67 3461.65 5 4 OH 3 8 7 6 2 16 15 14 1 17 12 13 O (66) 11 9 10 Espectro 48: E.M. do composto 66. 186 5 1 17 7.38 Chloroform-d 7.30 7.26 7.32 7.36 7.33 7.38 7.40 7.41 7.43 7.45 7.45 7.28 7.49 7.51 4.19 5.69 5.68 5.71 5.76 5.72 5.74 7.38 7.71 7.73 7.72 10 Chloroform-d 7.48 O (66) 7.50 13 12 5.76 2 11 9 7.71 6 5.78 7 14 7.72 7.74 7.73 7.72 8 15 7.49 OH 3 16 7.28 4 2.00 10 2.97 3.00 3.10 3.10 3.14 3.16 2.98 2.94 2.99 3.10 2.94 2.96 3.14 3.16 3.12 4.99 2.94 5.03 4.99 5.12 5.68 5.74 5.69 2.99 2.98 7.3 3.12 7.4 Chemical Shift (ppm) 1.00 1.00 3.1 3.0 Chemical Shift (ppm) 3.23 11 5.76 5.78 4.975 5.72 7.50 1.00 5.025 Chemical Shift (ppm) 3.00 5.75 5.70 Chemical Shift (ppm) 7.26 4.99 4.99 5.00 4.98 5.03 5.03 5.125 5.100 Chemical Shift (... 7.5 1.00 5.03 5.04 1.00 3.23 9 8 1.00 7 6 Chemical Shift (ppm) 1.00 2.96 2.94 2.03 7.700 5.10 5.10 5.10 5.13 5.12 5.12 7.750 Chemical Shift (ppm) 1.00 5 2.9 1.00 4 3 2 1 0 Espectro 49: RMN 1H do composto 66. 187 43.87 128.03 130.08 125.53 128.03 130.08 132.70 120.28 132.21 128.81 127.97 132.21 132.70 130.0 129.5 129.0 Chemical Shift (ppm) 134.42 200.72 132.50 132.25 Chemical Shift (ppm) 128.5 128.0 5 4 Chloroform-d OH 3 200 180 160 140 81.32 141.66 8 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 7 10 40 2 15 14 1 17 12 13 O 11 9 60 6 16 (66) 20 0 Espectro 50: RMN 13C do composto 66. 188 14 13 11 12 7 8 9 OH 6a O 6 5 4a 10 10a 1O (68) 4 10b 3 2 1' 2' Espectro 51: E.M do composto 68. 189 1.80 1.76 1.73 1.77 1.83 1.43 1.87 2.25 2.22 2.30 2.33 2.38 1.40 2.47 2.35 2.57 2.54 2.60 2.66 2.69 2.63 7.29 7.28 1.69 1.04 0.79 1.00 7.80 7.75 Chemical Shift... 2.51 7.32 7.32 7.35 7.36 7.60 7.61 7.64 7.65 7.74 7.74 7.78 7.77 1.05 1.61 0.89 1.9 7.65 7.60 Chemical Shif... 7.350 7.325 Chemical Shift (ppm) 7.300 2.50 Chemical Shift (ppm) 2.25 1.8 1.7 Chemical Shift (ppm) 14 7 8 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 2.08 5.0 4.5 4.0 Chemical Shift (ppm) 3.5 3.0 2.5 2.18 2.0 1.50 1.17 1.83 2.30 2.33 2.08 1.76 1.77 1.80 2.69 0.78 2.35 2' 3.93 4.81 1' 3 4.79 4.89 4.88 4.97 4.98 5.42 5.38 5.47 5.50 5.56 1.00 4 10b 1O 2 2.47 7.400 7.32 7.32 7.35 7.42 7.36 5.59 8.0 1.05 O 5 10a (68) 7.46 7.43 7.60 7.61 7.74 7.74 7.78 8.5 6 2.66 2.57 2.51 10 1.05 1.05 OH 6a 4a 9 7.450 7.425 Chemical Shift (ppm) 13 11 12 7.38 7.46 7.47 7.39 7.42 7.43 Chloroform-d 6.04 1.5 1.0 0.5 0 Espectro 52: RMN de 1H do composto 68. 190 O 9 8 7 9a 5a 6 10 5 1 10a O 1' 2 4a 4 2' 3 O (5) Espectro 53: RMN de 1H do composto 5. 191 O 9 8 7 9a 5a 6 10 5 1 10a O 1' 2 4a 4 2' 3 O (5) Espectro 54: RMN de 13C do composto 5. 192 Arbitrary 50 45 40 35 30 11 13 25 8 20 9 7 10 10 3600 3400 3200 3000 2800 6a 10 a 15 1O 12 6 5 4a 10b 2 I O 14 4 3 (71) 1' 2' 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 55: IV do composto 71. 193 1951.64 1926.57 1905.36 1832.07 1810.86 1718.29 1645.01 1596.8 1577.51 1515.8 1469.52 1450.23 1392.38 1365.38 1344.16 1326.81 1245.81 1178.31 1085.74 1002.82 971.96 919.89 892.89 836.97 771.4 676.9 611.33 574.69 443.55 3062.45 2973.74 2942.89 2923.6 2910.1 2840.68 13 11 7 8 9 10 6a O 14 6 5 10 a 4a 10b 1O (71) I 12 1' 2 4 3 2' Espectro 56: E.M do composto 71. 194 13 11 7 6a 8 9 10 12 O 14 6 5 10 a 4a 10b 1O (71) Espectro 57: RMN de 1H do composto 71. 195 1' 2 4 3 2' I 13 11 7 8 9 10 6a 12 O 14 6 5 10 a 4a 10b 1O (71) I 1' 2 4 3 2' Espectro 58: RMN de 13C do composto 71. 196 13 11 7 8 9 10 6a O 14 6 5 10 a 4a 10b 1O (71) I 12 1' 2 4 3 2' Espectro 59: RMN de H x H COSY do composto 71. 197 13 11 7 8 9 10 6a O 14 6 5 10 a 4a 10b 1O (71) I 12 1' 2 4 3 2' Espectro 60: RMN HET-COSY (J1) do composto 71. 198 13 11 7 8 9 10 6a O 14 6 5 10 a 4a 10b 1O (71) I 12 1' 2 4 3 2' Espectro 61: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 71. 199 539.98 750.19 730.9 1450.23 1407.8 1284.38 1236.17 1178.31 1132.03 1105.03 1016.32 991.25 1683.58 1598.72 2929.39 2888.89 3064.38 100 90 %Transmittance 80 17 70 60 16 15 9 O 10 50 40 1 30 2 11 13 8 7 14 12 5 6 4 3 20 (73) 10 4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 62: IV do composto 73. 200 17 16 15 9 O 10 1 2 11 13 8 7 14 12 5 6 4 3 (73) Espectro 63: E.M do composto 73. 201 2.29 1.00 8.75 8.70 8.65 Chemical Shift (ppm) 3.00 6.875 6.850 Chemical Shift (pp... 7.65 7.60 Chemical Shift (ppm) 2.61 2.61 6.87 6.87 7.57 7.57 7.58 1.00 2.22 2.600 Chemical Shi... 2.61 8.09 8.07 Chemical Shift... 7.59 7.59 7.61 7.61 7.63 2.00 1.00 8.300 8.275 Chemical Shift (ppm) 7.63 7.65 7.67 7.67 8.06 8.06 8.06 8.08 8.08 8.28 8.28 8.28 8.30 8.28 8.30 8.30 8.69 8.69 8.69 8.71 8.71 8.71 Chloroform-d 15 3 1.56 6.87 6.87 7.58 7.61 (73) 2.29 11 7.59 4 6 7.63 5 7.63 12 7.65 14 8.08 2 11 7 8.06 1 8 8.69 10 13 8.28 9 O 8.71 16 8.70 17 10 9 1.00 8 2.22 1.00 7 3.00 6 Chemical Shift (ppm) 5 4 3 2 1 0 Espectro 64: RMN 1H do composto 73. 202 Chloroform-d 16 15 9 O 180 102.42 123.54 120.16 123.91 127 160 126 140 125 124 Chemical Shift (ppm) 120 100 Chemical Shift (ppm) 11 8 7 14 12 5 6 4 3 120.16 (73) 121.39 123.54 123.42 123.91 124.86 125.20 126.77 148.15 128.37 2 122.40 128 200 1 127.41 127.95 128.37 126.90 154.30 126.90 10 13 14.25 17 123 122 80 121 120 60 119 40 20 0 Espectro 65: RMN 13C do composto 73. 203 Arbitrary 80 60 40 17 20 0 -20 2 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 16 O 1 3 15 9 10 11 4 13 12 8 7 14 5 6 (74) 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 66: IV do composto 74. 204 1722.15 1693.22 1637.29 1606.44 1510.01 1450.23 1361.52 1313.31 1257.38 1220.74 1186.03 1157.1 1083.82 1033.67 943.04 887.11 821.54 752.11 725.12 651.83 615.19 2956.39 2925.53 2852.25 3066.31 17 16 O 15 9 13 10 2 12 3 7 14 11 1 8 4 6 5 (74) Espectro 67: E.M. do composto 74. 205 1.64 1.65 1.64 1.65 3.17 3.15 3.19 3.20 5.27 5.25 5.28 5.28 5.27 5.29 5.31 5.30 5.31 5.32 5.34 7.27 7.49 7.49 5.32 7.51 7.51 7.51 7.53 7.53 8.09 8.08 8.11 8.10 8.67 8.65 8.69 8.69 8.70 8.71 1.00 3.75 3.200 3.150 Chemical Shi... 1.650 1.625 Chemical S... 17 9 13 3.725 3.675 Chemical S... 10 9 1.00 8 4.37 0.97 5 3 3.15 3.19 3.17 3.20 3.69 3.71 3.72 1.00 7 6 Chemical Shift (ppm) 12 5.25 5.28 5.27 5.31 5.31 5.32 7.53 5.34 2.12 2 3.75 7.60 7.66 8.08 8.11 8.09 8.65 8.67 8.70 8.69 7.58 7.60 1 0.97 4 1.01 3.02 3 2 1 0 Espectro 68: RMN 1H do composto 74. 206 8 7 14 11 7.64 7.60 7.59 7.61 7.63 7.62 7.65 Chemical Shift (ppm) 11 16 15 O 7.64 7.65 7.64 7.66 4.37 12 3.02 3.69 5.325 5.275 Chemical Shift (ppm) 7.525 7.500 Chemical Shift (ppm) 1.01 10 7.68 7.66 8.075 3.71 8.100 Chemical Shift (p... 8.675 Chemical Shi... 7.68 0.96 1.00 3.72 2.12 4 6 5 (74) 22.40 36.80 122.07 113.61 130.39 9 13 10 122.24 123.07 O 122.0 12 4 3 8 7 14 11 1 2 123.0 122.5 Chemical Shift (ppm) 16 15 6 5 (74) 152.75 131.18 126.50 Chemical Shift (ppm) 17 122.99 123.32 123.24 80.29 122.07 122.99 123.07 123.32 126.38 126.98 126.73 126.41 126.38 126.98 Chloroform-d 200 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 69: RMN 13C do composto 74. 207 %Transmittance 96 88 80 17 72 64 56 48 2 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 16 O 1 3 15 9 10 11 4 13 12 8 7 14 5 6 (74) 40 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 70: IV do composto 75. 208 1486.87 1440.59 1378.88 1330.66 1303.66 1268.95 1230.38 1132.03 1101.17 1087.67 1066.46 1054.89 966.18 937.25 914.11 881.32 840.82 763.69 736.69 617.12 545.76 472.48 460.91 2983.39 2967.96 2921.67 2912.03 2867.68 20 19 17 16 O 1 15 O 10 11 18 9 13 7 14 12 2 8 6 5 4 3 (75) Espectro 71: E.M. do composto 75. 209 7.750 7.725 7.700 Chemical Shift (ppm) 4.40 6.00 1.600 Chemical Shift ... 2.475 Chemical ... 1.150 1.125 Chemical ... 20 19 17 9 8 4.12 6 5 Chemical Shift (ppm) 2.46 1.60 1.64 2.04 7 2.48 4.42 4.43 4.49 4.50 7.31 7.37 2.06 (75) 2.49 4 3 1.58 6 5 1.61 7 14 12 2 8 2.44 13 9 4.45 1 7.33 7.36 7.70 7.72 7.300 7.83 7.85 7.325 10 11 18 4.48 O 4.12 O 15 4.46 16 7.35 7.31 7.33 7.34 7.33 7.34 7.37 7.37 7.36 7.35 Chloroform-d 7.375 7.350 Chemical Shift (ppm) 1.13 1.14 1.13 1.14 1.58 1.60 1.61 1.64 2.46 2.44 4.42 2.11 2.03 4.50 4.45 Chemical Shift (ppm) 7.675 2.48 2.49 4.45 2.04 2.05 7.875 7.850 7.825 7.800 Chemical Shift (ppm) 4.43 4.46 4.48 4.50 4.46 4.49 7.70 7.71 7.72 7.84 7.72 7.83 7.85 7.85 2.06 2.03 4 3 2.11 2 6.00 1 Espectro 72: RMN 1H do composto 75. 210 20 19 17 16 O 1 O 15 10 11 18 13 9 7 14 12 2 8 6 5 4 3 (75) Espectro 73: RMN H x H COSY do composto 75. 211 74.75 90.73 122.71 77 76 Chemical Shi... 128.0 48.74 129.0 128.5 Chemical Shift (ppm) 74.75 138.48 Chloroform-d 127.5 75 21.57 128.04 129.06 127.83 127.51 127.51 127.83 129.06 128.04 Chloroform-d 20 19 17 16 O 1 O 15 10 11 18 13 9 4 3 (75) 200 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 7 14 12 2 8 0 Espectro 74: RMN 13C do composto 75. 212 6 5 %Transmittance 96 88 20 80 17 16 48 4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 19 72 O 64 1 56 2 15 O 10 11 18 9 13 12 8 14 7 5 6 3 4 (76) 40 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 75: IV do composto 76. 213 1484.94 1444.44 1376.95 1353.81 1297.88 1236.17 1226.52 1128.17 1078.03 1043.32 998.96 968.11 935.32 912.18 879.39 827.33 759.83 732.83 657.62 619.05 543.84 3066.31 3029.67 2967.96 2925.53 2888.89 20 19 17 16 O 1 15 O 10 11 18 9 13 7 14 12 2 8 6 5 4 3 (76) Espectro 76: E.M. do composto 76. 214 1.36 1.38 1.13 1.38 1.13 1.14 2.16 4.54 19 1.56 1.60 1 1.125 Chemical ... 2.15 2.47 2.51 2.49 2.52 3.97 3.99 4.01 4.55 4.57 4.58 4.59 3.02 15 O 10 11 18 9 13 4 3 (76) 2.13 11 10 9 8 4.18 1.00 7 6 Chemical Shift (ppm) 5 1.05 4 1.00 3 2.00 1.00 2 3.02 1 8 7 14 12 2 3.94 4.62 4.61 7.38 O 1.575 Chemic... 2.500 Chemica... 4.65 4.60 4.55 Chemical Shift (ppm) 3.90 1.00 1.00 3.96 1.00 16 2.18 7.71 7.35 7.83 4.00 3.95 Chemical Shift (ppm) 20 17 7.69 7.85 7.86 3.94 1.05 1.14 2.15 1.56 1.375 Chemic... 1.54 1.57 1.60 3.00 2.175 2.150 Chemical Shift... 7.300 2.47 2.51 7.325 2.49 2.52 4.55 4.57 4.58 4.59 4.62 4.59 4.61 7.34 7.32 7.33 3.97 3.96 3.99 4.02 4.01 7.775 3.99 7.825 Chemical Shift (ppm) 4.05 7.375 7.350 Chemical Shift (ppm) Chloroform-d 7.725 7.700 7.675 Chemical Shift (ppm) 4.58 2.12 1.36 2.16 2.18 2.18 7.32 7.33 7.33 7.33 7.34 7.35 7.35 7.36 7.37 7.38 7.38 7.69 7.72 7.72 7.71 7.81 7.71 7.70 7.34 7.83 7.83 7.85 7.85 7.86 7.35 2.00 4.18 2.13 0 Espectro 77: RMN 1H do composto 76. 215 6 5 20 19 17 16 O 1 15 O 10 11 18 9 13 7 14 12 2 8 6 5 4 3 (76) Espectro 78: RMN H x H COSY do composto 76. 216 127.57 127.73 126.92 127.57 128.88 127.73 128.20 128.17 128.16 Chloroform-d 6 5 21.29 21.66 48.38 122.75 122.90 7 14 12 2 8 130.87 9 13 91.90 1 10 11 139.60 O 18 47.32 15 O 136.66 16 73.46 90.93 19 17 127.75 127.50 Chemical Shift (... 127.5 127.0 Chemical Shift (p... 126.92 20 128.0 73.97 128.5 Chemical Shift (ppm) 128.20 129.0 4 3 (76) 180 170 160 150 140 130 120 110 100 90 Chemical Shift (ppm) 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Espectro 79: RMN 13C do composto 76. 217 %Transmittance 96 88 80 18 5 72 64 3 6 7 56 48 8 9 40 4000 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 O1 4 2 17 12 11 16 15 13 14 10 (77) 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 80: IV do composto 77. 218 1672.01 1594.87 1571.73 1490.73 1448.3 1361.52 1270.88 1218.81 1176.38 1072.24 1022.1 1000.89 975.82 929.54 856.25 765.61 698.12 605.55 526.48 441.63 3060.53 3031.6 3004.6 2925.53 2854.18 18 5 O1 4 3 6 7 8 9 2 17 12 11 16 15 13 14 10 (77) Espectro 81: E.M. do composto 77. 219 7.40 3.24 7.35 Chemical Shift (ppm) 7.30 2.37 7.16 7.16 7.17 7.18 7.18 7.20 7.20 7.20 7.22 7.23 7.25 7.25 7.26 7.27 7.28 7.27 7.31 7.33 2.13 0.95 7.25 3.13 7.20 7.15 2.400 2.375 2.350 Chemical Shift (ppm) 18 5 9 6.15 7.18 7.20 7.23 8 8 7.16 9 3.24 10 3 6 7 7.18 6.16 6.14 Chemical Shift ... O1 4 7.25 7.38 7.48 7.50 7.51 1.00 7.33 Chloroform-d 11 2.37 2.37 7.45 7.32 7.34 7.35 2.14 6.15 6.15 7.50 7.38 7.38 2.12 7.40 7.40 7.48 7.50 7.51 Chloroform-d 2 17 12 11 16 15 13 14 10 (77) 1.00 7 6 Chemical Shift (ppm) 3.13 5 4 3 2 1 0 Espectro 82: RMN 1H do composto 77. 220 128.54 128.28 128.28 5 3 6 125.87 7 8 9 126.90 2 17 12 11 16 15 13 14 10 (77) 126 110.10 127 Chemical Shift (ppm) 125.87 127.00 128 O1 4 128.52 128.54 18 200 180 160 13.56 123.11 134.66 140 131.42 146.72 151.27 Chloroform-d 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 83: RMN 13C do composto 77. 221 449.34 520.69 601.69 651.83 698.12 759.83 792.61 879.4 939.18 1043.32 1118.53 1166.74 1238.1 1251.6 1303.66 1371.16 1419.37 1581.37 2850.32 2923.6 2973.74 95 %Transmittance 90 85 13 11 80 75 7 70 8 65 9 6a 6 10 a 1 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 Wavenumber (cm-1) 2000 1800 1600 1400 1200 Espectro 84: IV do composto 78. 1000 800 600 400 O 5 4a 10 60 12 (78) 10 b O 1' 2 4 3 2' Espectro 85: E.M. do composto 78. 222 13 11 7 8 12 6a 6 O 5 4a 9 10 10 a 1 (78) 10 b O 1' 2 4 3 2' Espectro 86: RMN de 1H do composto 78. 223 13 11 7 8 12 6a 6 O 5 4a 9 10 10 a 1 (78) 10 b O 1' 2 4 3 2' Espectro 87: RMN de 13C do composto 78. 224 %Transmittance 102 100 98 96 11 94 N 92 8 7 90 86 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 6a 9 10 88 (79) 6 10 a 1O 1' OH 5 O 4a 10 b 2 4 3 84 1'' 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 88: IV do composto 79. 225 395.34 1614.15 1591.01 1527.37 1456.02 1407.8 1376.95 1313.31 1257.38 1236.17 1176.38 1151.31 1101.17 1029.82 989.32 946.89 896.75 883.25 838.9 732.83 553.48 416.56 2971.82 2921.67 2856.11 3430.8 11 N 7 8 9 10 (79) 6a O 6 10 a OH 5 4a 10 b 1O 1' 2 4 3 1'' Espectro 89: E.M. do composto 79. 226 7.43 7.42 1O 2 1' 3 1'' 0.75 18 0.97 17 16 15 14 1.84 13 12 11 10 9 Chemical Shift (ppm) 1.87 2.60 1.90 2.63 2.04 8 1.84 2.57 4 7.45 10 b 7.46 4a 7.42 17.99 (79) 10 a 5 7.43 10 O 6 7.89 7.50 9 18.1 17.8 Chemica... 6a 7.54 7 8 0.75 OH 8.24 N 7.55 7.50 7.45 7.40 Chemical Shift (ppm) 7.92 11 7.49 7.925 7.875 Chemical Shift ... 8.28 17.99 8.300 8.250 Chemical Shift (ppm) 2.09 2.625 2.575 1.875 1.825 Chemical Shift (... Chemical Sh... 2.04 1.02 1.46 1.87 2.01 0.97 1.90 2.57 2.60 2.63 7.49 7.47 7.46 7.45 7.52 7.51 7.50 7.88 7.91 7.91 7.89 7.92 8.24 8.28 8.27 8.25 8.24 7.55 7.54 Chloroform-d 2.01 7 6 5 4 3 6.09 2 1 0 Espectro 90: RMN de 1H do composto 79. 227 122.38 7 8 9 130.08 10 Chloroform-d 79.36 10 a 5 10 b 1O 1' 3 1'' 31.36 130.08 164.02 180 2 4 143.06 180.86 200 4a 109.86 122.5 O 6 125.57 125.0 122.38 130.57 127.5 Chemical Shift (ppm) 123.38 130.0 (79) 6a OH 15.39 128.92 125.57 123.38 130.57 N 26.70 11 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 91: RMN de 13C do composto 79. 228 %Transmittance 100 80 60 9 NOH 8 40 20 3600 3400 3200 3000 2800 9a 7 6 5a 2600 10 5 10a O 1 2 4a 1' 3 2' (80) O 4 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Espectro 92: IV do composto 80. 229 1639.22 1621.87 1592.94 1565.94 1461.8 1402.02 1371.16 1338.38 1272.81 1197.6 1164.81 1114.67 1052.96 1027.89 941.11 917.97 887.11 819.61 765.61 698.12 673.05 563.12 518.77 2975.67 2937.1 3160.81 NOH 9 8 7 6 9a 5a 10 5 10a 1 O 1' 2 4a 2' 3 4 (80) O Espectro 93: E.M do composto 80. 230 NOH 9 8 7 6 9a 10 5a 5 10a 1 O 1' 2 4a 2' 3 4 (80) O Espectro 94: RMN de 1H do composto 80. 231 NOH 9 8 7 6 9a 10 5a 5 10a 1 O 1' 2 4a 2' 3 4 (80) O Espectro 95: RMN de 13C do composto 80. 232 763.69 705.83 619.05 1681.65 1589.08 1471.44 1457.94 1400.09 1307.52 1236.17 1160.96 1081.89 1056.82 1033.67 950.75 890.97 2967.96 2923.6 3253.38 3396.08 100 %Transmittance 98 96 94 12 8 92 7 NOH 9 90 6 88 (81) 5 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 4' 1' O 5' 86 84 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 96: IV do composto 81. 233 12 8 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 4' 1' O 5' Espectro 97: E.M. do composto 81. 234 12 8 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 1' O 5' Espectro 98: RMN de 1H do composto 81. 235 4' 12 8 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 4' 1' O 5' Espectro 99: RMN de 13C do composto 81. 236 12 8 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 4' 1' O 5' Espectro 100: RMN H x H COSY do composto 81. 237 12 8 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 1' O 5' Espectro 101: RMN HET-COSY (J1) do composto 81. 238 4' 12 8 7 6 (81) 5 NOH 9 10 1 4 11 NOH 2 3 H 2' 3' 1' O 5' Espectro 102: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 81. 239 4' 1452.16 1415.52 1346.09 1309.45 1195.67 1162.88 1153.24 1116.6 1016.32 946.89 875.54 779.11 673.05 657.62 601.69 549.62 1656.58 1621.87 1579.44 2971.82 2921.67 3286.16 3207.09 3477.08 3446.23 100 %Transmittance 95 90 O 12 85 N 80 9 8 75 10 5a 7 6 70 9a 5 (82) O N 10a NH2 H 11 O 1' 1 2 4a 4 2' 3 65 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 Espectro 103: IV do composto 82. 240 O 12 N 9 8 9a 10 5a 7 6 5 (82) O N 10a NH2 H 11 O 1' 1 2 4a 4 2' 3 Espectro 104: E.M. do composto 82. 241 O 12 N 9 8 9a 10 5a 7 6 5 (82) O N 10a NH2 H 11 O 1' 1 2 4a 4 2' 3 Espectro 105: RMN de 1H do composto 82. 242 O 12 N 9 8 9a 10 5a 7 6 5 (82) O N 10a NH2 H 11 O 1' 1 2 4a 4 2' 3 Espectro 106: RMN de 13C do composto 82. 243 O 12 N 9 8 9a 10 5a 7 6 5 (82) O N 10a NH2 H 11 O 1' 1 2 4a 4 Espectro 107 RMN HET-COSY (J2 e J3) composto 82. 244 2' 3 %Transmittance 100 95 90 O 14 85 8 80 7 75 5 70 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 N 9 10 (83) 1 4 O NH2 N C12 2 3 H 13 OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 108: IV do composto 83. 245 1685.51 1645.01 1600.65 1531.23 1440.59 1380.8 1351.88 1317.16 1224.6 1124.31 1083.82 1049.1 960.39 906.39 858.18 784.9 757.9 700.04 651.83 570.84 495.62 2967.96 2931.32 3280.37 3230.23 3465.51 3556.15 14 O 8 7 5 N 9 10 (83) 1 4 O NH2 C12 N 2 3 13 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' Espectro 109: E.M do composto 83. 246 14 O 8 7 5 N 9 10 (83) 1 4 O NH2 C12 N 2 3 13 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' Espectro 110: RMN de 1H do composto 83. 247 DMSO-d6 8 7 5 N 9 1 10 O (83) 124 OCH3 11 2' 1' 4' 3' 5' 122 22.34 61.44 128.77 129.20 132.13 134.05 2 3 13 H 184.08 155.19 N 25.44 126 C12 121.24 130 128 Chemical Shift (ppm) 130.32 132 157.75 134 4 NH2 17.81 121.24 124.30 125.16 128.77 128.63 129.20 130.32 132.13 132.36 134.05 14 O 200 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 111: RMN de 13C do composto 83. 248 %Transmittance 100 90 80 70 NO2 15 16 60 50 40 8 7 30 20 3600 3400 3200 3000 9 6 5 10 2800 17 14 13 18 N (84) O N 1 2 3 4 12 NO2 H OCH3 11 2' 1' 2600 3' 2400 4' 5' 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Espectro 112: IV do composto 84. 249 1635.37 1616.08 1589.08 1500.37 1457.94 1411.66 1322.95 1315.24 1267.02 1232.31 1137.81 1110.81 1095.39 1043.32 1020.18 979.68 916.04 835.04 779.11 740.54 721.26 701.97 514.91 449.34 2964.1 2927.46 2856.11 3108.74 3239.88 NO2 16 17 15 18 14 13 N 8 9 7 6 5 10 NO2 N 1 2 3 4 (84) O 12 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' Espectro 113: E.M do composto 84. 250 1.69 1.80 3.98 3.37 3.39 5.15 7.58 7.51 7.54 7.63 8.12 8.26 8.15 8.31 8.28 8.42 8.47 7.70 7.66 NO2 16 17 15 8.0 Chemical Shift (ppm) 2.13 0.97 7.5 5.2 5.1 Chemical Shift (ppm) 5.0 13 14 13 12 11 10 4.17 9 3.39 7.54 5.15 8.12 7.66 5 7.51 8.15 9 7 6 2.19 8 Chemical Shift (ppm) N 8 Chloroform-d 7.70 8.42 8.47 15 1.02 8.26 8.28 9.16 13.97 0.98 6 10 1 4 (84) O 0.97 7 18 14 3.4 3.3 Chemical Shift (... 8.31 8.5 2.19 3.37 4.17 3.03 5 4 2.13 NO2 N 2 3 12 H OCH3 11 2' 1' 3.04 3 2 1 0 Espectro 114: RMN de 1H do composto 84. 251 3' 5' 4' NO2 120.37 123.16 123.67 126.37 6 200 160 124 140 122 120 10 NO2 N 1 2 3 4 (84) O 12 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' 18.02 62.11 120 100 Chemical Shift (ppm) 23.21 116.71 123.16 120.37 132.90 129.60 135.51 133.68 139.66 157.06 180 126 129.96 128 Chemical Shift (ppm) 144.05 130 18 25.68 129.60 131.38 9 7 Chloroform-d 184.55 132 14 N 8 5 134 17 13 132.90 132.48 133.68 135.51 133.52 129.96 16 15 80 60 40 20 0 Espectro 115: RMN de 13C do composto 84. 252 %Transmittance 96 88 S 80 C12 72 7 8 64 6 56 5 3800 3600 3400 3200 3000 2800 N 9 10 2600 1 4 (85) O NH2 14 N 2 3 H 13 OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 116: IV do composto 85. 253 526.48 478.27 426.2 1700.93 1639.22 1596.8 1521.58 1450.23 1436.73 1349.95 1315.24 1216.88 1108.89 1052.96 1027.89 964.25 948.82 910.25 858.18 777.18 698.12 2073.14 2964.1 2923.6 2852.25 3156.95 3299.66 3423.08 14 S NH2 C12 8 7 6 5 N 9 10 N 1 2 3 4 (85) O 13 H OCH3 11 2' 1' 3' 4' 5' Espectro 117: E.M. do composto 85. 254 3.33 3.30 1.67 1.77 5.14 5.14 5.13 5.11 5.10 5.10 5.08 5.07 5.06 7.47 6.95 7.51 7.48 7.55 7.52 7.59 7.58 7.56 7.62 7.63 8.06 8.06 8.07 8.07 3.88 8.10 8.09 8.14 8.13 2.28 2.00 3.35 3.25 Chemical Shift (p... 12 2.00 11 10 9 3.33 0.88 8 7 Chemical Shift (ppm) 1.12 6 5 5.07 3.30 7.55 2.28 5.08 5' 5.10 1' 4' 5.10 3' 5.14 2' 7.52 8.10 11 7.56 OCH3 6.95 (85) O Chloroform-d 7.59 10 1 2 3 4 13 H 7.48 5 1.60 9 N 7.62 6 N 8.09 11.70 3.07 13 5.15 5.10 5.05 5.00 Chemical Shift (ppm) NH2 0.70 14 5.20 C12 8 1.80 1.70 Chemical Shift (ppm) 7.45 2.03 14 S 7 3.04 1.12 7.00 6.90 Chemical Shift (ppm) 8.14 1.67 7.55 Chemical Shift (ppm) 8.00 1.67 1.77 8.15 8.10 8.05 Chemical Shift (ppm) 0.88 3.01 4 2.03 3.07 3 2 1 0 Espectro 118: RMN de 1H do composto 85. 255 14 S NH2 120.16 123.16 N 8 9 7 Chloroform-d 6 10 5 1 2 3 4 (85) O 132.41 11 2' 1' 3' 4' 5' 120 25.64 61.76 22.94 157.30 OCH3 179.54 184.58 122 120.16 124 13 H 129.58 128 126 Chemical Shift (ppm) 130.19 130 133.31 132 133.63 134 N 17.95 126.45 129.58 130.19 131.58 132.41 133.31 133.11 133.63 C12 200 180 160 140 120 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 0 Espectro 119: RMN de 13C do composto 85. 256 761.76 848.54 1639.22 1606.44 1517.73 1488.8 1456.02 1384.66 1349.95 1265.09 1251.59 1232.31 1172.53 1112.74 2971.81 2929.39 3430.8 %Transmittance 100 18 95 19 14 O 16 13 90 N 8 7 85 6 5 9 10 1 3600 3400 3200 3000 2800 2600 15 NH 12 2 4 3 OCH3 11 2' 3' 4' 1' O 80 OH 17 (86) 5' 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 Espectro 120: IV do composto 86. 257 18 19 14 O 16 13 N 8 7 6 5 9 10 1 OH 17 15 NH 12 2 4 3 OCH3 11 2' 3' 4' 1' O (86) 5' Espectro 121: E.M. do composto 86. 258 18 19 14 O 16 13 N 8 7 6 5 9 10 1 OH 17 15 NH 12 2 4 3 OCH3 11 2' 3' 1' O (86) 5' Espectro 122: RMN de 1H do composto 86. 259 4' 18 19 14 O 16 13 N 8 7 6 5 9 10 1 OH 17 15 NH 12 2 4 3 OCH3 11 2' 3' 1' O (86) 5' Espectro 123: RMN de 13C do composto 86. 260 4' 18 19 14 O 16 13 N 8 7 6 5 9 10 1 OH 17 15 NH 12 2 4 3 OCH3 11 2' 3' 4' 1' O (86) 5' Espectro 124: RMN HET-COSY (J1) do composto 86. 261 18 19 14 O 16 13 N 8 7 6 5 9 10 1 OH 17 15 NH 12 2 4 3 OCH3 11 2' 3' 1' O (86) 5' Espectro 125: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 86. 262 4' %Transmittance 100 HO 95 17 16 90 85 O 8 9 80 7 75 (87) 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 9a 10 5a 5 6 O 10a 4a 15 18 13 11 H 12 14 N N 1 2 O 1' 3 2' 4 2400 2200 2000 Wavenumber (cm-1) 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 126: IV do composto 87. 263 1679.72 1654.65 1608.37 1577.51 1540.87 1508.09 1413.59 1346.09 1309.45 1278.59 1236.17 1166.74 1141.67 1000.89 912.18 846.61 779.11 709.69 649.9 628.69 593.98 568.91 524.55 2852.25 2994.96 2975.67 3197.45 3162.74 3344.02 HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 O N 10a 4a N O 1' 1 2 2' 3 4 Espectro 127: E.M. do composto 87. 264 HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 O N 10a 4a N O 1' 1 2 2' 3 4 Espectro 128: EM-ES íons negativos do composto 87. 265 HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 N 10a 4a O Espectro 129: RMN de 1H do composto 87. 266 N 1' 1 2 2' 3 4 O HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 O Espectro 130: RMN de 13C do composto 87. 267 N 10a 4a N 1' 1 2 2' 3 4 O HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 O N 10a 4a N O 1' 1 2 2' 3 4 Espectro 131: RMN H x H COSY do composto 87. 268 HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 O N 10a 4a N O 1' 1 2 2' 3 4 Espectro 132: RMN HET-COSY (J1) do composto 87. 269 HO 16 15 17 14 18 13 11 H 12 O 9 8 7 (87) 9a 10 5a 5 6 O N 10a 4a N O 1' 1 2 2' 3 4 Espectro 133: RMN HET-COSY (J2 e J3) do composto 87. 270 %Transmittance 100 95 90 85 O 12 80 N 75 8 7 70 6 65 5 3600 3400 3200 3000 2800 2600 9 (88) 1 10 4 O 2400 NH2 N H11 2 3 OH 2' 3' 4' 1' 5' 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 134: IV do composto 88. 271 842.75 773.33 734.76 671.12 563.12 545.76 485.98 935.32 1024.03 1689.36 1594.87 1575.58 1556.3 1434.8 1384.66 1334.52 1301.74 1259.31 1178.31 1143.6 2948.67 2921.67 2856.11 3124.17 3286.16 3216.73 3479.01 NH2 O 12 N 8 7 6 5 9 1 10 4 (88) O N H11 OH 2 3 2' 3' 4' 1' 5' Espectro 135: E.M. do composto 81. 272 NH2 O 12 N 8 7 6 5 9 1 10 4 (88) O N H11 OH 2 3 2' 3' 4' 1' 5' Espectro 136: EM-ES íons negativos do composto 88. 273 10 4 5' 0.93 7.5 3.25 3.20 Chemical Shift (... 13 12 11 10 9 7.97 8.50 14.23 1.00 14 DMSO-d6 2.92 3.00 1.7 1.6 Chemic... 3.15 7.0 0.92 15 2.06 5.07 8.0 Chemical Shift (ppm) 1.61 1' O 8.48 8.5 2.33 4' 7.96 0.99 1.73 1.73 3' 7.94 1.00 1.61 3.24 2' 7.50 (88) OH 2 3 3.24 1 3.26 5 9 0.99 2.33 8 Chemical Shift (ppm) 5.05 7.97 6 7.94 8.48 7.96 7 H11 3.26 8 N 7.49 N 8.47 NH2 12 7.49 7.50 O 1.00 7 6 5 2.06 4 3.00 3 2 1 0 Espectro 137: RMN 1H do composto 88 em DMSO. 274 3.36 1.77 5.14 1.64 5.12 5.16 7.49 7.49 7.50 7.49 7.51 7.51 7.51 3.38 8.40 8.41 8.42 8.41 8.43 8.42 Acetone-d6 1.03 7.50 Chemical Shift (ppm) 7.99 8.00 8.00 8.01 8.02 1.01 2.08 8.425 8.400 Chemical Shift (ppm) 2.06 5.15 5.10 Chemical Shift (... 7.45 3.40 3.30 Chemical Shif... O NH2 1.03 1.03 14 13 12 11 10 9 8 7 5.14 6 5.12 5 5.16 0.82 N 3.36 3.38 7.50 7.99 8.00 8.40 8.42 7.95 8.43 8.00 Chemical Shift (ppm) 14.35 8.05 8.02 1.03 7.49 12 2.08 8 7 Chemical Shift (ppm) 5 2.06 4 1 10 4 (88) 1.01 6 9 N H11 OH 2 3 2' 1' O 5' 3.04 3 2 1 3' 0 Espectro 138: RMN 1H do composto 88 em acetona deuterada. 275 4' 17.96 25.56 126.39 128.22 21.22 123.59 129.26 129.86 131.22 131.64 117.31 122.17 131.22 128.22 131.64 155.60 DMSO-d6 122.17 126.39 12 N 7 123.59 123.63 8 6 5 9 O N H11 OH 2 3 2' 3' 4' 1' 5' 122.0 162.89 180.94 180 1 10 4 (88) 123.5 123.0 122.5 Chemical Shift (ppm) NH2 O 130 128 Chemical Shift (ppm) 160 140 120 100 80 Chemical Shift (ppm) 60 40 20 0 Espectro 139: RMN 13C do composto 88 em DMSO. 276 1664.29 1604.51 1596.8 1508.09 1419.37 1396.23 1378.88 1238.1 1170.6 1147.46 1068.39 1031.75 1010.53 968.11 846.61 773.33 736.69 684.62 613.26 543.84 501.41 2925.53 2854.18 3257.23 3403.8 105 %Transmittance 100 18 19 95 14 O 90 16 13 15 NH 12 85 N 8 80 7 75 6 70 5 9 10 (89) 1 OH 20 17 11 OH 2 4 3 2' 3' 4' 1' O 5' 65 3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 Wavenumber (cm-1) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 Espectro 140: IV do composto 89. 277 18 19 14 O 15 NH 12 N 7 6 5 (89) 9 10 1 N 8 2' 7 3' 9 4' 1' O 6 14 16 15 NH 12 11 5' 5 (89) 10 1 OH 20 17 13 OH 2 4 3 18 19 O 16 13 8 OH 20 17 11 OH 2 4 3 2' 3' 4' 1' O 5' Espectro 141: E.M do composto 89. 278 19 5 (89) 10 2' 3' 4' 1' 1.00 15 1.61 1.73 1.61 3.26 3.28 5.07 5.06 5.08 5.08 5.08 5.09 6.98 5.08 5' 1.00 16 1.70 1.60 Chemical... 7.55 5.08 2 4 3 O 3.00 5.06 6 11 OH 1 7.53 7 8.21 15 7.59 N OH 20 17 13 9 3.00 3.275 Che... 5.100 5.050 Chemical S... 16 NH 12 8 6.975 Chemica... 3.26 18 14 O 7.850 Chemica... 8.0 2.19 1.04 3.28 8.1 Chemical Shift (ppm) 2.24 10.48 8.2 16.18 2.28 1.10 7.82 7.84 1.12 6.96 6.98 6.96 7.82 7.98 7.99 8.00 8.01 8.19 8.21 8.19 8.21 7.84 1.73 DMSO-d6 14 13 12 11 2.28 10 9 8 Chemical Shift (ppm) 2.24 7 1.04 6 5 2.19 4 3.00 3 2 1 0 Espectro 142: RMN 1H do composto 89 em DMSO. 279 116.32 180 25.92 NH 12 N 8 7 6 5 (89) 160 15 140 120 Chemical Shift (ppm) 100 9 10 11 OH 1 2 4 3 2' 21.62 117.94 122.70 122 164.22 165.02 181.44 200 16 13 129.47 124 123.08 131.67 130.50 132.10 126 134.47 130 128 Chemical Shift (ppm) 162.40 132 OH 20 17 14 O 18.44 122.70 123.08 124.53 123.67 127.62 131.67 130.50 129.47 130.76 132.10 134.47 134 18 19 3' 4' 1' O 5' 80 60 40 20 Espectro 143: RMN 13C do composto 89 em DMSO. 280 18.12 25.61 123.92 124.14 124.20 124.93 128.88 129.65 131.82 133.32 22.74 124.93 118.38 124 Chemical Shift (ppm) 8 123 7 6 5 (89) 120 16 13 N 125 130 100 Chemical Shift (ppm) 80 60 40 20 9 10 OH 20 17 14 O 129.65 133.32 136.00 140 18 19 15 NH 12 132 Chemical Shift (ppm) 131.82 163.39 168.48 181.04 164.87 160 Pyridine-d5 130.06 116.59 123.92 130.92 130.06 136.00 136.0 135.0 Chemical Shift (ppm) 180 130.92 Pyridine-d5 Pyridine-d5 11 OH 1 2 4 3 2' 3' 1' O 5' 0 Espectro 144: RMN 13C do composto 89 em piridina deuterada. 281 4' Livros Grátis ( http://www.livrosgratis.com.br ) Milhares de Livros para Download: Baixar livros de Administração Baixar livros de Agronomia Baixar livros de Arquitetura Baixar livros de Artes Baixar livros de Astronomia Baixar livros de Biologia Geral Baixar livros de Ciência da Computação Baixar livros de Ciência da Informação Baixar livros de Ciência Política Baixar livros de Ciências da Saúde Baixar livros de Comunicação Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE Baixar livros de Defesa civil Baixar livros de Direito Baixar livros de Direitos humanos Baixar livros de Economia Baixar livros de Economia Doméstica Baixar livros de Educação Baixar livros de Educação - Trânsito Baixar livros de Educação Física Baixar livros de Engenharia Aeroespacial Baixar livros de Farmácia Baixar livros de Filosofia Baixar livros de Física Baixar livros de Geociências Baixar livros de Geografia Baixar livros de História Baixar livros de Línguas Baixar livros de Literatura Baixar livros de Literatura de Cordel Baixar livros de Literatura Infantil Baixar livros de Matemática Baixar livros de Medicina Baixar livros de Medicina Veterinária Baixar livros de Meio Ambiente Baixar livros de Meteorologia Baixar Monografias e TCC Baixar livros Multidisciplinar Baixar livros de Música Baixar livros de Psicologia Baixar livros de Química Baixar livros de Saúde Coletiva Baixar livros de Serviço Social Baixar livros de Sociologia Baixar livros de Teologia Baixar livros de Trabalho Baixar livros de Turismo