Boletim nº 531 04.09.2011 Rua Aimorés 482 - Funcionários - Caixa Postal 1512 - CEP 30123-970 - Belo Horizonte - MG www.cavernadeadulao.org | [email protected] O caminho estreito envolve o ouvir e o fazer. Na parábola dos dois construtores, a diferença não está no ouvir ambos ouviram. A diferença está no fazer. Existem duas opções: ouvir as palavras de Jesus e não praticá-las ou ouvi-las e praticá-las. A casa que cai é comporta por crentes que consideram as palavras de Jesus bonitas para se ouvir, boas para se falar e ensinar, mas irreais para serem praticadas. Como diz C. S. Lewis em O Grande Abismo: Não basta dizer, é preciso fazer “Só há duas espécies de pessoas no final: as que dizem a Deus: seja feita a tua vontade, e aqueles a quem Deus diz: a tua vontade seja feita. Todos os que estão no inferno foi porque o escolheram. Sem essa autoescolha não haveria inferno. Alma alguma que desejar sincera e constantemente a alegria irá perdê-la. Os que buscam encontram. Para aqueles que batem, a porta é aberta”. Muitos gostariam que o Sermão do Monte terminasse com a conhecida “lei áurea” -“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12). E o mais famoso sermão de Jesus terminaria com um bom resumo de tudo o que ele havia acabado de ensinar. Porém, Mateus não termina assim. Ele segue com uma recomendação e conclui com uma pequena parábola, na qual Jesus deixa claro o que ele espera dos seus ouvintes. Uma forma de entender a conclusão desse sermão são os pronomes: “nem todo o que “me” diz”, “aquele que faz a vontade do “meu” Pai”, “hão de dizer-'me'”, “apartai-vos de 'mim'”, “ouve as 'minhas' palavras”. Eles nos levam a considerar quem ensina, e não apenas o que se ensina. São essas palavras que formarão o texto que definirá o julgamento, que terá como fundamento o que as pessoas fizeram com suas palavras. Jesus começa sua recomendação dizendo: “Entrai pela porta estreita” (v.13). Não é simplesmente um convite, mas um imperativo. No final do sermão, Jesus afirma que existem duas portas e dois caminhos. Um deles leva à morte; o outro, à vida. Jesus reconhece, com tristeza, que são poucos os que entram pelo caminho estreito (v. 14). O caminho estreito é o herdado. É o caminho da criação, da redenção, o caminho de Jesus. Não é algo imposto a nós, é o caminho que Jesus trilhou e que agora nos convida a trilhar. O caminho largo é o imposto. Chega a nós pela imposição da maioria, da propaganda, daqueles que não suportam seguir sozinhos pelo caminho da perdição e da destruição. O caminho largo não é congruente com aquilo que fomos criados para ser. O caminho estreito é o do reino preparado para nós antes da fundação do mundo. Jesus não diz que quem não andar pelo caminho estreito será punido. É o próprio caminho largo que nos conduz à morte. Seguir pelo caminho largo ou procurar entrar pelo estreito é uma escolha que fazemos. DOMINGO (18h): Culto - CAVERNA QUARTA (19:30h): Culto - CAVERNA PROJETO RECONSTRUIR: 3373-4557 GRUPOS DE CRESCIMENTO: DOMINGO (17h): Reu. Oração -Magno - 8758.9060 SÁBADO (17h): Caverna - Lívio e Fred - 3486-7969 Jesus afirma na conclusão do sermão que “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (v.21). Existe uma diferença entre os sinais de que pertencemos a ele. Deus pode expulsar demônios usando qualquer pessoa. Os milagres são sinais do poder de Deus, não de que pertencemos a ele. Os sinais de nosso pertencimento são os frutos da obediência, do praticar aquilo que Jesus ensinou. São estes os frutos que Jesus espera encontrar naqueles que dizem: Senhor, Senhor! Fé em Jesus não é fé real enquanto não fazemos o que ele nos manda fazer. Nosso problema com o Sermão do Monte é mais com aquele que ensina do que com o ensino em si. Confiamos neste Senhor? Cremos que ele é bom? Estamos seguros de que ele realmente sabe o que necessitamos? Se não confiamos nele, vamos achar suas palavras bonitas de se ouvir e boas para se falar mas não reais para se viver. O julgamento para aqueles crentes que ouvem, mas não praticam, será a ausência da comunhão divina:“Nunca vos conheci”. Ricardo Barbosa e Souza É pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. Aniversariantes Isabella Martins Passos 06/ 09 | Terça 9945.0793 Marco Antônio Pereira 07/ 09 | Quarta 9304.5072 Pé de Página “Há aquilo que é mais contrário ao cristianismo, e à natureza do cristianismo do que qualquer heresia, qualquer sectarismo, mais contrário do que todas as heresias e sectarismos juntos: brincar de cristianismo.” Kierkegaard