Consumidor
O Estado do Maranhão - São Luís, 11 de abril de 2013 - quinta-feira
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Mais de 50 mil botijões de gás com
água foram vendidos em São Luís
Afirmação é da promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, que apela aos consumidores que compraram gás
de cozinha da Liquigás a partir do dia 19 de março e suspeitam de adulteração do produto que denunciem ao MP
Diego Chaves
Rubenita Carvalho
Da Editoria de Consumidor
C
erca de 55 mil botijões de
gás de cozinha (GLP)
com água foram vendidos pela empresa Liquigás, em
São Luís. A afirmação foi feita
ontem pela manhã pela promotora de Justiça especializada em
Defesa do Consumidor, Lítia
Cavalcanti, ao confirmar que o
produto foi vendido fora dos padrões de qualidade.
Consumidores têm buscado
a promotoria para denunciar a
compra de botijões com suspeita de conterem água. "Comprei um botijão de gás de cozinha da empresa Liquigás no dia
23 de março e o botijão está
sem pressão e muito pesado. Eu
quero que seja feita a análise no
meu botijão, pois é um direito
que tenho como consumidor.
Já procurei a empresa, mas eles
ficaram de encaminhar um técnico para analisar o botijão,
mas, até o momento, nada foi
feito", informou o soldador Josué Alves Santos.
Segundo informações do
MP, a venda dos botijões de gás
de cozinha ocorreu após certi-
“
O botijão de
gás fica mais
pesado e isto
traz prejuízo
ao bolso do
consumidor,
que paga
pelo gás e
leva água”
Consumidor Josué Santos denunciou ontem à promotora Lítia Cavalcanti que comprou gás adulterado
ficação indevida da Transpetro,
distribuidora da Petrobras. O
gás contaminado com água foi
repassado para as distribuidoras Nacional Butano e Liquigás.
Foi a Nacional Gás que descobriu o problema e informou a
Petrobras.
A Transpetro informou em
nota, ontem, que é responsável
apenas pelo transporte e entrega do gás às distribuidoras, às
quais cabem o envase e a distribuição do GLP.
Alerta - A promotora Lítia Cavalcanti faz um apelo aos consumidores que adquiriram gás
de cozinha a partir do dia 19 de
março e que suspeitem de
adulteração para que denunciem ao MP.
"Convocamos os consumidores maranhenses que compraram GLP e suspeitam de irregularidades que procurem a
promotoria. É com base nessas
denúncias que poderemos designar uma revenda autorizada
para depositar os botijões de gás
Lítia Cavalcanti, promotora
do Consumidor
de cozinha para perícia de técnicos da Agência Nacional de
Petróleo [ANP] que virão ao Maranhão. Após o trabalho da ANP
ingressaremos com ação penal
contra a empresa”.
Histórico - Conforme dados divulgados anteriormente pela
imprensa, documentos enviados pela Nacional Gás Butano
comprovam que no dia 19 de
março deste ano foi constatada
a distribuição de gás de cozinha
com água pela Petrobras, por
meio da Transpetro. Segundo a
empresa, o gás de cozinha vindo da refinaria foi transferido
por dutos de um navio para a
Transpetro, empresa de logística da Petrobras.
Segundo a promotora Lítia
Cavalcanti, a Nacional Gás Butano atentou a todos os requisitos de qualidade e identificou
que o produto continha água
antes do envase. Já a Liquigás
iniciou o envase e não observou
se o gás estava em conformidade, ou seja, não aditou o procedimento operacional padrão
que deve ser feito, independentemente do certificado da Transpetro. "A Liquigás, porém, negou que tenha distribuído o gás
com adulteração", observou a
promotora.
Lítia Cavalcanti explicou que
denúncias de que havia água
nos botijões de gás de cozinha
partiram de consumidores que
compraram botijões pesados e
com pouca pressão.
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Mais de 50 mil botijões de gás com água foram