Informações à imprensa 2014 Mostra com obras de Hugo França é destaque no jardim do
Museu da Casa Brasileira
Casulo Perequê, feito a partir da raiz de um Ipê, é uma das peças
em cartaz no MCB na exposição Resgate na Natureza
Visitação: até 19 de outubro de 2014 O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta em seu jardim mostra inédita de Hugo França, que trabalha, há mais de 20 anos, com o reaproveitamento e transformação da madeira. Em cartaz até 19 de outubro, Resgate na Natureza marca o retorno do designer ao museu 10 anos depois da sua primeira exposição individual no local. A mostra reúne 15 itens, entre casulos, esculturas, mesas e bancos das mais variadas dimensões, dispostos no jardim do MCB de modo a propiciar interações com os visitantes. Especialmente produzidas para a ocasião, as peças foram criadas a partir de árvores mortas, característica central e requisito básico para as intervenções do designer. “Só trabalho com árvores mortas, que normalmente se encontram já caídas, ou com a base do tronco que pode estar enterrada até dois metros abaixo da superfície da terra, mas é perfeitamente aproveitável. Desenterramos essas raízes, que são utilizadas na produção das minhas peças. Essa parte que fica subterrânea é a que tem formas mais orgânicas – formas com as quais normalmente não temos contato”, explica Hugo França em trecho do catálogo homônimo à mostra em cartaz no MCB, lançado simultaneamente à abertura da exposição, em 16 de agosto. Nos anos 1980, Hugo França morou no sul da Bahia, em Trancoso, onde mantém ateliê até hoje. Foi neste período que conheceu a matéria prima que norteia sua produção: o pequi‐
vinagreiro. “Esta é uma árvore que só ocorre no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia. Está praticamente extinta e tem alto valor arqueológico. Ela chega à idade adulta com 200 anos e pode viver em torno de 1.200 anos”. “O pequi tem características muito diferenciadas das demais. É uma madeira que carrega toda uma história. Sua cor, sua textura... Ela traz o sentido do tempo, de longevidade. Costumo dizer que as pessoas compram meus trabalhos também pelo seu conceito, por enxergarem a dimensão do tempo contida na madeira”, afirma o designer. “Minha ideia foi sempre me aproximar das formas originais, tentar o máximo possível manter os registros da árvore”. Na mostra no MCB, Hugo França expõe peças de características funcionais ‐ como poltronas, bancos e mesas ‐, mas também obras de natureza exclusivamente escultórica. “O aspecto escultórico é o lado poético do meu trabalho; a funcionalidade é o lado racional. É por isso que, ao escrever sobre o meu trabalho, Ethel Leon chamou‐o de esculturas mobiliárias, destacando o fato de eu lidar com o racional e com o poético ao mesmo tempo.” Sobre Hugo França Hugo França é conhecido por suas esculturas mobiliárias de natureza monumental. Sua obra passeia entre o artístico e o utilitário, contando um pouco da história do Brasil. Sua obra figura entre as mais conceituadas do design contemporâneo nacional, além de fazer sucesso também no exterior. Adepto do respeito à natureza, Hugo propõe o aproveitamento de resíduos florestais e materiais lenhosos. O ponto de partida é seu olhar sensível para as árvores – principais fontes de inspiração e matéria‐prima – mais precisamente as do Pequi, centenárias e em extinção. Com forte caráter artesanal, o conceito do trabalho é cíclico, já que o designer acredita na transformação criativa de usos para os objetos. A intenção é levar a árvore de volta ao convívio humano de maneira harmoniosa. A partir desse material descartado, cria peças únicas com seus troncos, galhos e raízes que não teriam utilidade ou valor comercial não fosse sua intervenção. O resultado é um design orgânico e surpreendente, que preserva as formas e as características naturais da madeira. “Os móveis de Hugo França são simples e expõem com clareza seus propósitos. Sua poética é forte, dramática e sensual. O designer imprime na forma algo de sensualidade, certas características de carne, de vida, no que antes era matéria morta, esqueleto vegetal”, sintetiza Fabio Magalhães, curador e crítico de arte e design. Sobre o Museu da Casa Brasileira O Museu da Casa Brasileira se dedica às questões da cultura material da casa brasileira. É o único do país especializado em design e arquitetura, tendo se tornado uma referência nacional e internacional nesses temas. Dentre suas inúmeras iniciativas, destaca‐se o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, realizado desde 1986, e o projeto Casas do Brasil, que promove um inventário sobre as diferentes tipologias de morar no país. SERVIÇO: Exposição Hugo França – Resgate na Natureza Visitação: até 19 de outubro de 2014 Local: Museu da Casa Brasileira Horário: de terça a domingo das 10h às 18h Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 ‐ Jardim Paulistano Tel. 3032‐3727 Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (meia‐entrada) Entrada gratuita aos sábados, domingos e feriados Acesso a pessoas com deficiência/Bicicletário com 40 vagas Estacionamento pago no local Visitas orientadas: 3032‐2564 ‐ [email protected] Site: www.mcb.org.br Informações para a imprensa | Museu da Casa Brasileira Filipe Bezerra ‐ Coordenador de Comunicação | [email protected] João Vicente – Assist. de Comunicação |[email protected] Izabelle Prado ‐ Assistente de Comunicação | [email protected] Informações para a imprensa | Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo Jamile Menezes – (11)3339‐8243 | [email protected] Natália Inzinna – (11) 3339‐8162 | [email protected] 
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Mostra com obras de Hugo França é destaque no jardim do Museu