MANUAL DE PRECAUÇÕES HOSPITALARES PARA DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS A equipe de infectologia do Hospital São Francisco (nome fantasia) elaborou este manual à equipe técnica a fim de esclarecer e alertar quanto aos cuidados para se evitar o contágio e transmissão das seguintes doenças infectocontagiosas: LEPTOSPIROSE - Esta doença requer isolamento entérico aos pacientes portadores, considerando as seguintes medidas: quarto privativo com banheiro (se não for possível, realizar coorte); uso de avental; uso de luvas (forma de proteção ao contato com pele e/ou mucosa escoriada, bem como fômites); lavagem rigorosa das mãos ao realizar procedimentos com paciente; tratamento das fezes com hipoclorito por 30 minutos antes de desprezá-las. A leptospirose, assim que detectado paciente portador, demanda a realização de notificação compulsória. Período de incubação: média de 10 dias. MENINGITE MENINGOCÓCICA - Esta doença requer isolamento total, pelo menos até 24/48 horas após tratamento, devido às altas taxas de transmissibilidade, considerando as seguintes medidas: quarto privativo ou coorte; uso de luvas; avental (para evitar-se contaminação de roupas com gotículas de saliva do paciente); mascar tipo “bico de pato” para proteção do profissional e máscara comum para o paciente; realizar notificação compulsória. Período incubação: 3 a 7 dias. TUBERCULOSE - Isolamento respiratório: uso de máscara tipo “bico de pato” ao manipular paciente e uso de máscara simples em paciente, principalmente em casos de transporte do mesmo para realização e exames; us de luvas e avental; quarto privativo com ventilação (aeração do meio destrói o bacilo presente no meio ambiente). O isolamento deve ser por até 3 semanas do início do tratamento, ter consideração aos cuidados com secreções e escarros do paciente, realizando rigorosa lavagem das mãos ao manipulá-lo. Realizar notificação compulsória. COQUELUCHE - Isolamento respiratório: uso de luvas e máscaras; avental (cuidados requeridos à transmissibilidade por tosse, espirro, gotículas de saliva), realização de notificação compulsória. O período de incubação é de 15 dias, com alta transmissibilidade durante a fase catarral, devendo haver isolamento nesta fase da doença, ao qual perdura de 3 a 5 dias. HANSENÍASE - A transmissão se dá principalmente por meio de contato da pele e mucosa com lesões cutâneas e/ou secreção nasal, ao qual exige isolamento cutâneo por tempo indeterminado, sendo: quarto privativo; uso de luvas e avental; máscara; cobertura e proteção total do(s) ferimento(s); cuidado com fômites, realizando limpeza com hipoclorito. Necessária notificação compulsória. IMPETIGO - Trata-se de doença infecto-contagiosa altamente transmissível, redobrando cuidados quanto às chances de contaminação via contato com pele do paciente portador. Assim, o isolamento cutâneo é considerado tanto para impetigo estreptocócico como para estafilocócico: isolamento enquanto durarem lesões; uso de luvas; avental; quarto privativo ou coorte; rigorosa lavagem das mãos sempre que manipular o paciente; cuidado rigoroso com roupas contaminadas, separando-as e identificando-as; limpeza com hipoclorito de móveis e utensílios do paciente. PROFISSIONAL DA SAÚDE LEMBRE-SE: A RECUPERAÇÃO DE MANUTENÇÃO DA SAÚDE DO PACIENTE DEPENDE DE SUAS AÇÕES. PORTANTO, TODOS OS CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS! Manual de prevenção de contaminação por doenças infecto-contagiosas a nível hospitalar realizado por ALINE BRANCO e LUCIAN ILHA. Professora Enfermeira ANGELA ALÉSSIO. Turma 48 - Técnico em Enfermagem FAC CENTRO