Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 1 ESCLEROSE LATERAL AMIOTROFICA 5 2 2 2 1 2; BERGER. D ; ARGENTA. F ; COSTA.P ; DEPRÁ. A ; WACHHOLZ. A ; SEBALHOS. A. C NUNES, 4 Simone³; NICOLA. G.D.O 1 Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), na disciplina Desenvolvimento Profissional IV. ² Acadêmicos de enfermagem do IV semestre do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). ³ Profª Esp. Enfª do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). 4 Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), membro do GEPESES.Santa Maria, RS, Brasil. 5 Relatora. Acadêmica do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected] RESUMO A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuro - degenerativa que apresenta progressão variável. Nessa doença, são afetadas seletivamente as células nervosas responsáveis pelo controle da musculatura, chamadas de neurônios motores. A perda progressiva desses neurônios afeta diversos músculos do corpo, provocando fraqueza atrofia. A doença afeta as fibras ao longo do trato cortiço-espinhal, que constitui um sistema de fibras descendentes do cérebro humano, transmitindo os impulsos que controlam movimentos voluntários. Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo relato de caso, e Jung (2004) relata que este tem finalidade de observar, analisar e registrar os fenômenos. Este estudo teve por objetivo estudar o caso de um paciente portador de Esclerose Lateral Amiotrófica, especificando as peculiaridades dos cuidados de enfermagem. Para tanto, ao longo do desenvolvimento das disciplinas do quarto semestre do curso de enfermagem do Centro Universitário franciscano (UNIFRA), podemos acrescentar grande conhecimento referente a este tema, que ainda e pouco conhecido e divulgado, e a mesma patologia despertou curiosidade, nos estimulando a pesquisar informações sobre a mesma, para enriquecer nossos conhecimentos como profissionais de saúde. Palavras-chave: esclerose; células troncas; enfermagem. 1. INTRODUÇÃO Para Robins e Cotran (2005) a esclerose lateral amiotrófica se caracteriza por atrofia muscular neuronal (amiotrofia) e hiper-reflexia causada por perda de neurônios motores inferiores nos corpos anteriores da medula e de neurônios motores superiores que se projetam nos tratos corticoespinhais, respectivamente. Os homens são os mais acometidos pela doença do que as mulheres. Existem estudos que dizem que a esclerose amiotrófica pode ser de caráter hereditário (5 a 10%), na maioria dos casos com herança autossômica dominante. Com o aumento da incidência da ELA, tem-se a necessidade de pesquisas aprofundadas que tragam mais conhecimento da patologia, esclarecendo dúvidas dos passos a serem seguidos, a quem recorrer em um primeiro momento e a partir daí, tomar providências cabíveis para uma maior expectativa de vida do paciente e um conforto melhor do mesmo. Com isso notam-se as devidas importâncias do presente estudo que vem a contribuir com familiares e portadores da Esclerose Lateral Amiotrófica. Este estudo tem por objetivo geral relatar o caso de um paciente portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), especificando as peculiaridades dos cuidados de enfermagem. Como objetivos específicos têm-se conhecer a patologia esclerose lateral amiotrófica, Identificar os cuidados de enfermagem específicos para a esclerose lateral amiotrófica, Realizar um estudo de caso de um paciente portador de Esclerose Lateral Amiotrófica. 1 Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 2. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo relato de caso, e em relação ao estudo descritivo, Jung (2004) salienta que este tem a finalidade de observar, registrar e analisar os fenômenos. Nesse tipo de pesquisa não pode haver interferência do pesquisador, que por sua vez, deverá apenas descobrir sobre o assunto. Descrever, para Jung, significa dizer como foi ou está sendo feito o processo. A descrição científica exige imparcialidade na coleta de dados e uma análise criteriosa, com base em bibliografias e documentos preexistentes. Ainda em relação ao estudo de caso, Gil (2002), diz que é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Tem como propósito explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos, preservar o caráter unitário do objeto estudado, descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação, formular hipóteses ou desenvolver teorias. A pesquisa foi realizada em visitas domiciliares, localizada na cidade de Santa Maria, RS. A população amostra constitui-se de um único paciente com complicações decorrentes da Esclerose Lateral Amiotrófica, durante o período que compreendeu os meses de março a junho de 2009. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário semi-estruturado (APENDICE A), contendo questões abertas e fechadas, visando uma maior organização dos dados. Foram realizadas três visitas domiciliares (VD) ao paciente, previamente agendadas e autorizadas pelo familiar responsável, com duração de aproximadamente uma hora. Durante as visitas foram dadas orientações sobre cuidados pessoais, auto-estima, importância do tratamento e o apoio familiar, além de pesquisas em exames pertencentes à família. Algumas informações também foram fornecidas pelos familiares. Nas VDs, as perguntas foram realizadas pelos acadêmicos conforme a necessidade das informações, e devidamente respondidas pelos familiares. Os achados diagnósticos do caso foram discutidos e comparados com a literatura, sendo que muitas questões abordadas foram embasadas nas idéias que vários autores discutem sobre a temática. Foram observadas, neste estudo, as questões éticas relacionadas à instituição hospitalar e aos sujeitos da pesquisa, observando as diretrizes da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde e do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (APÊNDICE B). 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e caracterizada por atrofia muscular neuronal (amiotrofia) e hiper-reflexia causada por perda de neurônios motores inferiores nos cornos anteriores da medula e de neurônios motores superiores que se projetam nos tratos corticoespinhais, respectivamente (BONASSA 2005). A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença de etiologia desconhecida na qual existe uma perda dos neurônios motores. A medida que essas células morrem, as fibras musculares que elas suprem sofrem alterações atróficas, a degeneração neuronal pode ocorrer nos sistemas dos neurônio motores superior e inferior. Algumas teorias relatam que a ELA é uma doença auto-imune e o comprometimento por radical livre. (ESMELTZE e BARR 2004). Segundo Robins e Cotran (2005), os sintomas precoces incluem parestesia assimétrica das mãos, manifestada em atos como deixar cair objetos e ter dificuldades na realização de tarefas motoras finas, bem como em episódios de cãibras e espasticidade dos braços e das pernas. A medida que a doença progride, a forca e a massa muscular diminuem, e ocorrem contrações involuntárias de unidades motoras individuais, denominadas fasciculacões. A pessoa sente dificuldade de se locomover, comer, falar, perde a habilidade dos movimentos, inclusive das próprias mãos, não consegue ficar de pé por muito tempo, pois a doença acaba por afetar toda a musculatura. Tem caráter progressivo, levando à morte em três a quatro anos após o início dos sintomas (dois a três anos após o diagnóstico definitivo), por comprometimento da musculatura respiratória. A etiopatogênese da ELA não é conhecida, vários fatores genéticos, ambientais e endógenos parecem contribuir para o desencadeamento e evolução da neurotoxicidade na doença, que poderia ser mediada por múltiplos mecanismos. Em uma revisão recente, foram apontados os requisitos mínimos para se iniciarem investigações clínicas para ELA com células-tronco e foi 2 Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 destacado que, tendo as células-tronco hematopoiéticas de pacientes com ELA capacidade proliferativa normal, elas poderiam ser injetadas por via sistêmica e alcançar o sistema nervoso central. Segundo GOMES (2008), as células tronco (CT) são células capazes de gerar diferentes tipos celulares. Entre as fontes de células tronco encontra-se o sangue do cordão umbilical que apresenta um grande numero de progenitores hematopoiéticos. As células tronco são células indiferenciadas que apresentam uma grande capacidade de divisão e proliferação celular, capazes de diferenciar em diversos tecidos como tecido nervoso, cardíaco entre outros. Essas células podem ter origem do blastócito ate o quinto dia após a fecundação sendo chamadas de células tronco embrionárias. Para Santana (2005), a medula óssea e um tecido esponjoso encontrado no interior dos ossos, rico em células progenitoras, com capacidade de proliferação e diferenciação em eritrócitos, leucócitos e plaquetas. As células tronco iniciaram uma revolução no final da década de 90 e são consideradas, atualmente como uma grande marco na história da ciência por seu uso reparador de órgãos e tecidos lesados chamada de medicina regenerativa. Apesar deste progresso e, conseqüentemente, do acelerado processo de informação sobre célula tronco, os debates éticos e o ensino da bioética relacionados ao tema, especialmente em instituição de ensino, correm em ritmo mais lento (OLIVEIRA 2008). As células tronco embrionárias são células não especializadas ou indiferenciadas que podem se dividir indefinidamente, em cultura, e que podem se desenvolver em células especializadas ou indiferenciadas.Elas são isoladas da massa celular interna do blastócito Peri - implantado. Alem disso, são células com capacidade de gerar, qualquer, e todos os tipos celulares fetais e adultos in vivo e in vitro (GOMES 2008). Para Bonassa (2005), o transplante de medula óssea evoluiu muito nas ultimas décadas, deixando de ser um tratamento experimental para tornar-se uma efetiva esperança de cura para algumas doenças congênitas. Ainda Bonassa (2005), diz que o objetivo do procedimento e transplantar, ou seja, infundir através da via venosa do paciente, células progenitoras. Essas células podem ser obtidas através de múltiplas punções ósseas para aspiração da medula óssea através de um processo de aferição do sangue periférico ou através de sangue do cordão umbilical e placentário. 4. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM COM DISCUSSÃO DO CASO CLÍNICO O histórico do paciente foi elaborado através das informações colhidas do questionário A.K. 61 anos, agricultor, cor branca, brasileiro, natural de São Pedro do Sul – RS. Católico, casado, pai de três filhos, com formação escolar primeiro grau incompleto, aposentado. Atualmente reside em Santa Maria - RS com uma das filhas, o genro em casa própria situada no centro do município de Santa Maria. Segundo relatos da filha ele começou a perder os movimentos do membro superior direito, após começou a sentir dificuldades nos membros inferiores direito e esquerdo e também sentindo dificuldades respiratórias. O paciente ficou internado durante quarenta e dois dias, sendo quatorze na CTI, em uma instituição privada da cidade de Santa Maria, e segundo informações colhidas, o atendimento recebido de um medico na cidade em que residem não foi nem um pouco satisfatório, partindo assim para buscar tratamento com um profissional medico em Porto Alegre - RS. O paciente A.K. apresentava gradativo desconforto respiratório e motor, e foi somente apos a realização de exames como eletro miografia que obteve o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), isso no dia 20 de março de 2008. A partir do diagnostico de ELA, uma das filhas buscou esclarecimentos sobre a determinada patologia, a mesma observou que uma das únicas chances de proporcionar uma melhor qualidade de vida a seu pai era o implante de células tronco. Sabendo que no Brasil esse tipo de procedimento não é permitido, a filha de seu A.K. com ajuda de um medico que ela preferiu não identificar teve conhecimento de que poderia fazer o implante de células tronco em um hospital da China. Sem entrar sobre maiores detalhes sobre custos e de quem pagou à viagem a filha viajou ate a China onde foi realizado o implante de Células Troncas Embrionárias Bulbo Olfatórias. Viajaram no dia 10 de janeiro de 2009 e retornaram no dia 10 de fevereiro do mesmo ano, junto com seu A. K. viajaram uma das filhas que é enfermeira uma fisioterapeuta e uma tradutora. 3 Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 Uma das melhoras mais visíveis SIC foi a deglutição, quando viajou para a China ele se alimentava só com alimentos pastosos, e que ao retornarem da viagem já estava se alimentando de alimentos sólidos. Atualmente A.K. movimenta muito pouco as pernas que estão perdendo gradualmente a mobilidade, mas a maior dificuldade é respiratória. Ele faz uso de respirador (vipap), que é alugado, traqueotomia. E acompanhado por nutricionista, fonoaudióloga, fisioterapeuta e pneumologista, eles também conta com profissionais enfermeiros responsáveis em período integral para prestar os cuidados. A.K. teve uma parada respiratória por aspiração de alimentos por causa de regurgitação. A família se comunica com o paciente através de expressões faciais e “sussurros” verbais. Ao realizar-se o exame físico o paciente apresentou-se ansioso, lúcido, responsivo, temeroso de sua recuperação, cabeça normocefálica, cabelos curtos, cor castanho claro e aparência grisalha, limpos e penteados, couro cabeludo íntegro, olhos castanhos, pupilas isocóricas e fotorreagentes, acuidade visual normal e acuidade auditiva normal, nariz médio. Face corada, e com expressão triste e preocupado, lábios rosados e finos, mucosa da boca corada, língua íntegra, prótese dentária com higiene, cavidade orofaríngea normal, pescoço sem anormalidades, pele com turgor, pulso temporal e carotídeo presente, rítmico e forte. Membros superiores com pouca atividade motora, mãos e unhas curtas e limpas. Pulso braquial e radial presente, rítmico e forte. Tórax normal. Respiração eupnéica com auxilio de bipap, ausculta cardíaca normal, ausculta pulmonar sem ruídos adventícios. Abdome de forma globosa na posição dorsal, cicatriz umbilical retraída. Membros inferiores com atividade motora amplamente prejudicada, unhas íntegras e pés com boa higiene. Pulso poplíteo presente, pulso pedioso presente rítmico e forte. Eliminações fisiológicas com cor, aspecto e quantidade normal. Apresentando sinais vitais estáveis:Freqüência cardíaca – 84 bpm, Freqüência respiratória 16 rpm,Temperatura – 36.4 °C, Pressão arterial 130/90 – mmHg. 6. Diagnóstico (NANDA 2006) e Planejamento da Assistência de Enfermagem Diagnóstico de enfermagem segundo o Nanda Interação social prejudicada Nutrição alterada: ingestão menor que as necessidades corporais Isolamento social Comportamento para elevar nível de saúde Características Definidoras Planejamento da assistência de enfermagem Desconforto verbalizado ou observado em situações sociais; uso observado de comportamentos de interação social fracassados; disfunção interativa com seu grupo etário, família; relato familiar de mudanças no estilo ou padrão de interação Relato de ingestão inadequada de alimentos, menos que a porção diária recomendada, relato ou evidência de falta de alimento Afeto triste e embotado; comportamento não aceito pelo grupo cultural dominante Desejo expresso ou observado de empenhar-se em alcançar um nível mais elevado de bem-estar, aumentando práticas de controle de saúde, desejo expresso de conhecer comportamentos de promoção da saúde Incentivar a inclusão e interação familiar/social por meio de grupos específicos de auto-ajuda integrando-lhe gradativamente ao meio coletivo social. 4 Incentivar e explicar a importância de ingerir a porção diária recomendada de proteínas, verduras,etc. Encaminhamento ao apoio psicológico para reabilitação do paciente Estimular o envolvimento familiar para uma melhor significativa. Orientar e estimular interação com familiares e amigos bem como atividades recreativas. Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 Distúrbio da auto-estima Ansiedade ou Medo Verbalização ou gestos negativos sobre si mesmo, expressão de vergonha Preocupações expressas de vida as mudanças em eventos da vida Distúrbio no padrão do sono Apresenta dificuldades para adormecer; sono interrompido; mudança no comportamento e desempenho (irritabilidade aumentada, inquietação) Disfunção sexual Dificuldade, limitações na atividade sexual; verbalização do problema Dar apoio emocional, conversar com o paciente, ouvi-lo Observar os anseios do paciente, dando atenção, carinho, levando informações para tranqüilizá-lo; Fazer uso de medicações CPM. Se necessário Orientar quanto a disfunção sexual. 7. ASPECTOS PSICOLÓGICOS: A FAMÍLIA DO PACIENTE COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTROFICA O paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica precisa de um tratamento especial,com auxílio psicológico constante e também de um apoio maior da família,que é um dos componentes essências no contexto da patologia. Na maioria das vezes a família do paciente “adoece” junto. Ocorre uma corrente de incertezas, inseguranças e medos que influenciam no dia-a-dia de todos os envolvidos. Os familiares, sem mesmo perceber, se envolvem de tal maneira com o problema que muitas vezes se deixam de lado,objetivando sempre o cuidado e a promoção do bem estar do ente querido.Com isso nota-se a necessidade de um encaminhamento dessa família a um profissional adequado,que auxilie na aceitação do fato da doença e também de como proceder no decorrer do avanço da mesma. A família do doente adoece por seus desequilíbrios de funcionamento (MELLO,1976). Ocorre uma ruptura da harmonia cotidiana, fazendo com que os relacionamentos se tornem sensíveis, precários e carentes. Portanto, visando o bem estar do paciente, é necessário que a família esteja bem instruída em relação a doença,para que todo e qualquer apoio seja dado e que os procedimentos a serem feitos contribuam ao máximo ao tratamento da doença. Segundo Mello(1976) o ideal é que a equipe de saúde tenha contato com os familiares desde a internação,e os pondo a par das particularidades do doente e da sua evolução,dando-lhes responsabilidades na condução do caso e mantendo-os preparados para enfrentar as eventualidades que possam ocorrer.Tudo isto funciona como profilaxia de crises falia x instituição. 8. ALIAÇÃO SOMATIVA Após realização de todos os cuidados, observou-se desde o início do tratamento que o paciente realizou exames, acompanhamento multidisciplinar Apresentou alterações positivas durante o tratamento, o qual foi seguido corretamente pelo paciente. Atualmente, o paciente encontra-se com quadro clínico instável, com uso de bipap continuo em cuidados domiciliares, ansioso em relação ao futuro. 5 Promovendo Saúde na Contemporaneidade: desafios de pesquisa, ensino e extensão Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010 Após avaliação, percebeu-se que este paciente necessita manter o acompanhamento multiprofissional (médico, enfermeiro, psiquiatra, terapeuta ocupacional, nutricionista, assistente social), onde cada um pode contribuir com seu conhecimento e prática, esclarecendo dúvidas quanto a sua patologia, orientando sobre o cuidado domiciliar, dando apoio emocional, visando assim o bem-estar biopsicossocial do mesmo. 9. CONSIDERAÇÃOES FINAIS Por tanto ao longo do desenvolvimento das disciplinas do 4º semestre no Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano, podemos acrescentar grande conhecimento referente a este tema, que ainda é pouco conhecido e divulgado nos ambientes profissionais, sendo uma patologia que nos despertou curiosidade nos estimulando a pesquisar e obter informações sobre a mesma para nos enriquecer como profissionais. Este estudo requer de nós profissionais enfermeiros não só o conhecimento bibliográfico, teórico ou técnico, mas também aprimoramento na habilidade e sensibilidade em trabalhar de forma integral o paciente e seus familiares, abrangendo aspectos psicológicos, esclarecendo incertezas. Para este estudo se concretizar foi indispensável a pesquisa bibliográfica. Sendo assim, o aprendizado tornou-se mais dinâmico. Diante das conseqüências que a patologia pode provocar após inicio da sintomatologia, é de grande importância o do profissional enfermeiro e toda equipe de trabalho para que se possa atender as necessidades na sua amplitude. Deste modo, as atividades realizadas no transcorrer da disciplina nos proporcionaram crescimentos como acadêmicos e futuros profissionais de saúde reafirmando assim, o compromisso do enfermeiro com a sociedade em seus diversos locais de atuação. REFERÊNCIAS GARCIA, L. N. et al . Relação entre degeneração do trato córtico-espinhal através de ressonância magnética e escala funcional (ALSFRS) em pacientes com esclerose lateral amiotrófica. Arq. NeuroPsiquiatr., São Paulo, v. 65, n. 3b, Sept. 2007. GOMES, T. L.; PRANKE, P. Comparação entre as células-tronco de sangue cordão umbilical de neonatos prematuros e nascidos a termo: uma revisãoFonte: Rev. bras. anal. clin; 40(1): 25-30, 2008. tab. 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