volume I
PROJETO PLANALTO
POÇOS DE CALDAS
Pesquisa Câncer e Radiação Natural
MINAS GERAIS – BRASIL
2004 a 2009
SECRETARIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SÁUDE
Coordenação Geral da Vigilância em Saúde
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
Coordenação de Prevenção e Vigilância
SECRETARIA DE Estado DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Subsecretaria de Vigilância em Saúde
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
Laboratório de Poços de Caldas
O presente projeto foi financiado pelo Projeto de Estruturação do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde – VIGISUS II, para a
realização da Pesquisa Radiação e Câncer, elaborada pela coordenação do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus fatores
de risco de Minas Gerais e instituições parceiras. Essa publicação conclui a meta 4.1 do Planvigi estadual: Validação dos óbitos por câncer
e Radiação Natural no Planalto Poços de Caldas. Contou também com apoio financeiro das instituições parceiras em suas atividades
técnicas de rotina em face da pesquisa e que muito contribuíram para o seu êxito.
FICHA CATALOGRÁFICA
Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde.
M663p
Projeto Planalto de Poços de Caldas. Pesquisa câncer e radiação natural: Minas GeraisBrasil: 2004 a 2009 / Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. – Belo Horizonte: SESMG, 2009. xx, 96 p. ; il. Color. ; 30 cm. + mapas. [v. I]
1. Neoplasias. 2. Neoplasias, Radiação natural. 3. Radiação natural, fator de risco para o
câncer. 4. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco-PAV-MG. I.
Título. II. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
NLM : QZ 266
CDD : 614. 599 9
Tiragem: 2.000 exemplares
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que a fonte seja citada.
Esta publicação é uma produção da Superintendência de Epidemiologia da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES/MG,
com recursos dos Rendimentos do Convênio INCA/MS/SES-MG nº 199/02 – Prevenção e Controle
do Câncer – Minas Gerais – Ações de Vigilância.
GOVERNO DO Estado DE MINAS GERAIS
GOVERNADOR
Aécio Neves da Cunha
SECRETÁRIO DE Estado DE SAÚDE DO Estado DE MINAS GERAIS
Marcus Vinícius Caetano Pestana da Silva
SUBSECRETÁRIO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Luiz Felipe Almeida Caram Guimarães
SUPERINTENDENTE DE EPIDEMIOLOGIA
Francisco Leopoldo Lemos
COORDENADORA ESTADUAL DO PROJETO VIGISUS
Norma Sônia Fernandes Dias
GERENTE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Jandira Aparecida Campos Lemos
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E VIGILÂNCIA DO CÂNCER E FATORES DE RISCO
Berenice Navarro Antoniazzi
GERENTE REGIONAL DE SAÚDE DE POUSO ALEGRE
Gilberto Carvalho Teixeira
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ANDRADAS
Elvira Maria Marcon Gessoni
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE CALDAS
Mauricio José Silva Garcia
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE IBITIÚRA DE MINAS
Agenor Benedito Sales
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE POÇOS DE CALDAS
José Júlio Balducci
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SANTA RITA DE CALDAS
Antonio Carlos Garcia de Carvalho
INSTITUIÇÕES parceiras
MINISTÉRIO DA SAÚDE
MINISTRO
José Gomes Temporão
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
DIRETOR-GERAL
Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva
COORDENADOR DE PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA
Claúdio Pompeiano Noronha
ÁREA DO CÂNCER OCUPACIONAL E AMBIENTAL
Silvana Rubano Barreto Turci
SECRETARIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETÁRIO
Gerson de Oliveira Penna
DIRETOR DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL E DO TRABALHO
Guilherme Franco Netto
COORDENADORA GERAL DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Daniela Buosi
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MINISTRO
Sergio Machado Resende
PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
Odair Dias Gonçalves
DIRETOR DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Marcos Nogueira Martins
COORDENADOR DO LABORATÓRIO POÇOS DE CALDAS DA COMISSÃO NACIONAL DE
ENERGIA NUCLEAR
Antonio Luiz Quinelato
COMISSÃO COORDENADORA INTERINSTITUCIONAL
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE MINAS GERAIS – PAV/SVS/SES/MG
Berenice Navarro Antoniazzi
COORDENAÇÃO DE PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER –
CONPREV/INCA
Ubirani Barros Otero
COORDENAÇÃO GERAL DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
– CGVAM/SVS/MS
Tarcísio Neves da Cunha (2005-2008) e consultor (2009)
LABORATÓRIO POÇOS DE CALDAS DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR –
LAPOC/CNEN
Moacir Cipriani (2005-2008)
Nivaldo Carlos da Silva (2009)
Prefácio
A situação da população residente nos municípios sob influência da paleocaldeira vulcânica
de Poços de Caldas é de especial interesse para a Vigilância em Saúde relacionada a fatores
físicos, porquanto apresenta um quadro rico para estudos que acrescentem conhecimentos sobre
a exposição de longa duração à radioatividade natural em regiões dotadas de anomalias geológicas
com alta concentração de minerais radioativos.
Esse conhecimento adquirido, ao ser aplicado pela Vigilância em Saúde, age em duas frentes
principais, a saber, na elaboração das políticas públicas adequadas à monitoração e à defesa da
saúde da população e na criação e fortalecimento de um canal permanente de comunicação com
aquela população que opere nos dois sentidos: o de informar, mas também o de ouvir para permitir
aos diversos atores uma interação construtiva.
O Brasil envereda pela vida do fortalecimento da capacidade nacional para produzir combustíveis
nucleares para consumo próprio e para exportação e também para produção de energia a partir de
energia nuclear. Além disso, fortalece sua base de pesquisa e produção autônoma de radiofármacos
e outros compostos radioemissores para aplicações em agricultura, indústria, conservação de
alimentos e outros. Não é admissível que a Vigilância em Saúde fique à margem desse processo,
deixando de prestar à sociedade o valioso serviço de proteção de sua saúde contra possíveis
efeitos decorrentes da exposição à radioatividade.
O Projeto apresentado neste volume é, como não poderia ser diferente, um esforço
multidisciplinar e intersetorial, como resposta aos desafios apresentados, e serve de modelo a
ser replicado nas diversas situações em que impõe a necessidade de monitorar as condições de
exposição de populações à radioatividade.
Gerson de Oliveira Penna
SECRETÁRIO NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SÁUDE
VI
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Em 2009, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou a ocorrência de 466 mil novos
casos de câncer, que é a segunda causa de morte no Brasil, perdendo apenas para as doenças
cardiovasculares. Entender a contribuição de diferentes fatores de risco para cada neoplasia tem
sido um desafio constante para gestores e pesquisadores da área da saúde.
Cada vez mais as questões ambientais e ocupacionais vêm merecendo destaque na
causalidade do câncer. Neste sentido, foi criada no INCA, em 2004, a Área de Vigilância do Câncer
Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente, que tem atuado na elaboração e na execução de estudos
que visam ao desenvolvimento de modelos de vigilância para que haja redução da morbidade e da
mortalidade decorrentes da exposição a agentes cancerígenos presentes nas atividades laborais
e no ambiente.
O Projeto Planalto de Poços de Caldas, realizado entre a Área de Vigilância do Câncer Relacionado
ao Trabalho e ao Ambiente do Instituto Nacional de Câncer, o Programa de Avaliação e Vigilância do
Câncer e seus Fatores de Risco da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e o Laboratório de
Poços de Caldas da Comissão Nacional de Energia Nuclear, com o apoio da Coordenação Geral da
Vigilância Ambiental da Secretaria de Vigilância em Saúde e das cinco secretarias municipais de saúde
da região estadual pesquisada, demonstra sobremaneira a força que a integração interinstitucional
pode realizar em face dos complexos desafios relacionados aos fatores ambientais.
Esta publicação representa um marco na investigação da radiação natural como fator de
risco para câncer porque apresenta resultados elaborados a partir da análise dos resultados
de várias etapas e que incluem cálculo da razão de mortalidade proporcional, a aplicação
da matriz de Corvalan – que avaliou a percepção sobre o risco que a população tem por
viver em área com níveis aumentados de radiação - e das medidas de radiação feitas no
solo. Estudos semelhantes foram feitos apenas na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Índia,
na China e no Irã.
No Brasil, esses resultados apontam para a necessidade de implantação de um modelo
permanente de vigilância do câncer e da exposição à radiação natural que possa ser replicado em
outras regiões brasileiras com características semelhantes. Desta forma, esperamos contribuir na
compreensão desses fatores e na implementação de ações que visem à prevenção e ao controle
do câncer em brasileiros.
Luiz Antonio Santini Rodrigues da Silva
DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
VII
O Estado de Minas Gerais abriga em seu solo e subsolo imensa riqueza há muito explorada,
mas nem sempre em benefício do povo mineiro e do povo brasileiro. Essa realidade tem claramente
mudado para melhor na medida em que novas políticas públicas são formuladas com base em
ideias esclarecidas, ações objetivas e perseverança.
A primeira mina de urânio do Brasil operou na região do Planalto de Poços de Caldas no Estado
de Minas Gerais. Como atividade de competência exclusiva da União por força da Constituição
Federal, a lavra e a extração de materiais radioativos daquela região foi empreendida sob o
comando federal. Entretanto, as muitas implicações de uma exploração daquele tipo e daquele
porte transcendem a esfera da engenharia civil e impactam sobre setores da sociedade local que
passam a exigir contrapartidas que são de responsabilidade dos municípios e da Unidade da
Federação que as abriga.
Não se absteve, pois, o Estado de Minas Gerais de suas responsabilidades, de modo que
passou a entender a questão com a abrangência institucional que lhe é subjacente. Exemplo
eloquente é o presente trabalho. Sob a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde, foram
unidos os esforços e as competências de instituições parceiras com a finalidade de investigar
a relação entre a radioatividade natural em regiões ricas em minérios radioativos e a saúde das
populações aí assentadas.
O trabalho até aqui desenvolvido é uma prova da capacidade das instituições de se unirem
em torno de uma questão-chave e de oferecerem resposta competente à população. É também a
consequência da determinação em vencer obstáculos e superar dificuldades por parte de servidores
públicos cônscios da alta missão que lhes é confiada pelo povo a quem têm obrigação de servir
com qualidade.
Luiz Felipe Almeida Caram Guimarães
SUBSECRETÁRIO DA VIGILÂNCIA EM SÁUDE
VIII
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
O Planalto Poços de Caldas possui diversas anomalias radioativas mundialmente conhecidas,
sendo que uma delas, o Morro do Ferro, apresenta umas das mais elevadas taxas de dose externa
natural do mundo. Está localizada nesse planalto também a primeira mineração de urânio em escala
comercial realizada no País e que, neste momento, encontra-se em processo de fechamento.
Desta forma, a discussão sobre as radiações, os seus usos e os seus efeitos sobre a saúde
humana sempre estiveram presentes na nossa região.
Destaca-se que a ausência de estudos conclusivos acerca de correlações entre agravos
à saúde e fatores de riscos ambientais, incluindo a radiação natural, permitiu que o imaginário
popular criasse diversos mitos, atribuindo valores elevados de dose a determinadas localizações
dentro das cidades, assim como aos efeitos da radiação a ocorrência de diversas enfermidades.
Dizia o nosso querido companheiro Moacir Cipriani, que foi o mentor e grande estimulador deste
projeto: “Em algumas situações envolvendo riscos, as populações, fortemente influenciadas pelas
informações obtidas e pelo imaginário social, constroem coletivamente suas próprias percepções,
podendo ter pontos de vista que legitimamente diferem daqueles dos responsáveis diretos pela
produção desses riscos, assim como dos órgãos governamentais reguladores dessas atividades”.
Atuando como o representante regional da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN),
o Laboratório de Poços de Caldas recebe constantemente solicitações dos poderes públicos
municipais e estadual, da sociedade civil organizada e da população em geral acerca dos níveis
de radiação a que a população do planalto está sujeita e de seus efeitos sobre a saúde humana.
A nossa participação neste projeto tem como primeiro objetivo dar respostas a essas perguntas
utilizando uma abordagem multidisciplinar e interinstitucional, envolvendo instituições da área de
ciência e tecnologia e de saúde, das esferas federal, estadual e municipal.
Para nós, o maior legado deste projeto é o modelo de vigilância de saúde aqui desenvolvido, que,
integrando diversas instituições, possibilitou uma visão mais ampla do tema tratado, que poderá ser
utilizado em outras regiões do País que apresentem radiação natural similar àquela do Planalto Poços
de Caldas. Outro grande legado para as cidades da região é o estabelecimento do Registro de Câncer de
Base Populacional, sem o qual qualquer investigação sobre o tema chega a resultado pouco conclusivo.
A lição aqui aprendida demonstra que, para o esclarecimento do público, é necessário que
os diversos atores envolvidos nesse contexto possam atuar e expressar os seus pontos de vista,
levando as conclusões que sejam aceitas por todos. Essa experiência ocorre em um momento
oportuno, dado a retomada do Programa Nuclear Brasileiro, que inevitavelmente irá demandar
grandes discussões com a sociedade.
Antonio Luiz Quinelato
COORDENADOR DO LABORATÓRIO POÇOS DE CALDAS
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
IX
IN MEMORIAM
“A percepção dos indivíduos e grupos sobre problemas que ameaçam o bem estar da
humanidade nem sempre é homogênea. Em algumas situações a população pode ter pontos de
vista que legitimamente diferem daqueles dos responsáveis diretos pela produção dos riscos bem
como de órgãos governamentais reguladores dessas atividades. Hoje os governos e os cidadãos
estão geralmente melhor e mais rapidamente informados. Porém, como nem sempre se consegue
ter controle de qualidade sobre o fluxo de informações, algumas delas podem ser incompletas ou
mesmo erradas. Com o crescimento da competição para se obter a atenção do público, certos
setores da mídia e determinados grupos de interesse têm, às vezes, sucumbido à tentação de adotar
uma abordagem sensacionalista. Os temores nem sempre estão associados a acontecimentos reais.
Mudam constantemente e evoluem da mesma forma que a dinâmica da opinião pública. As condições
que mais influenciam na percepção de risco são o medo, a insegurança, o desconhecimento. Portanto,
os riscos que matam não são necessariamente aqueles que mais aborrecem ou amedrontam.
O Planalto Poços de Caldas é mundialmente conhecido pela sua radioatividade elevada e a
ocorrência de minério nuclear. A existência das jazidas do Campo de Cercado (urânio) e Morro do
Ferro(tório), além de outras menores espalhadas pela região, influencia o imaginário da sociedade
local. A convivência da população com a realidade geológica de sua região mudou em função das
mudanças políticas nos últimos 60-70 anos (1950-2005) variando da euforia ao medo. Os fatos
demonstram que a população tem medo da radiação e associa a ela elevado número de cânceres
na região, de ser frequente o uso político do medo da população, que a empresa produtora e
os órgãos reguladores não souberam lidar com o problema e que há o descrédito da população
para as avaliações oficiais de segurança. Considerando a necessidade de se obter informações
científicas, tecnicamente seguras e eticamente confiáveis sobre os efeitos da radiação na saúde
da população e no meio ambiente da região, foi realizada uma cooperação técnica interinstitucional
para atender a abrangência e as especificidades dos temas saúde, câncer e radioatividade.”
Texto extraído da pesquisa científica “Percepção de Riscos e de Impactos Sócio-Econômicos da
Radioatividade, 2002-2003” – Fapemig/ PUC Minas- Poços de Caldas, em parceria com o Laboratório da Comissão
Nacional de Energia Nuclear, que teve na equipe de pesquisadores.
MOACIR CIPRIANI
O doutor Moacir Cipriani foi membro da comissão coordenadora do Projeto Planalto Poços de Caldas (2005-2008), como
representante do Laboratório de Poços de Caldas – Comissão Nacional de Energia Nuclear. Possuidor de um vasto e profundo conhecimento
na área de radiação, realizou importante contribuição na implantação e no desenvolvimento do presente projeto, sendo também seu grande
incentivador, por ser antes de tudo morador e admirador dessa cidade. Na sua visão de mestre, acreditava na necessária reprodutibilidade da
varredura das medições em outras regiões brasileiras igualmente expostas à radiação natural elevada. Mediante problemas inevitáveis que
surgem em um trabalho desse porte, sempre dizia “só sei que tenho pressa”, e eram obrigatórias coragem e solução... e assim tem sido.
Nosso agradecimento e eterna homenagem dos seus colegas da comissão coordenadora Berenice Navarro Antoniazzi, Nivaldo
Carlos da Silva, Tarcísio Neves da Cunha e Ubirani Barros Otero.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
XI
Doutor Moacir Cipriani
Equipe da publicação (esquerda para direita):
Ubirani Barros Otero, Nivaldo Carlos da Silva, Berenice Navarro Antoniazzi, Davidysson Abreu Alvarenga e
Tarcísio Neves da Cunha.
XII
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
ELABORAÇÃO
Berenice Navarro Antoniazzi
Davidysson Abreu Alvarenga
Nivaldo Carlos da Silva
Tarcísio Neves da Cunha
Ubirani Barros Otero
COLABORADORES
Antonio Luiz Quinelato Heber Luiz Caponi Alberti
Renato Azeredo Teixeira
Silvana Rubano Barreto Turci
Thays Aparecida Leão D’Alessandro
MEDIÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE NATURAL
Laboratório de Poços de Caldas – Comissão Nacional de Energia Nuclear
Eder Tadeu Zenun Guerrero
Dinarte Ferreira Mendes
Moacir Cipriani
Nivaldo Carlos da Silva
Subsecretaria de Vigilância em Saúde – Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Carla Souto Garcia
Davidysson Abreu Alvarenga
Milton dos Santos
VALIDAÇÃO DOS ÓBITOS por cÂncer
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e Fatores de Risco – Minas Gerais
Coleta de Dados
Karina Elizabeth Evangelista
Angela Maria do Amparo
Davidysson Abreu Alvarenga
Cristiane Leal Costa
Nivia Rodrigues Alves de Oliveira
Raquel Paranhos Nogueira
Thays Aparecida Leão D’Alessandro
Organização e Digitação dos Questionários da Pesquisa
Renato Azeredo Teixeira
Paula Bispo Vieira
Médica Radioterapeuta Analista dos Exames de Diagnóstico
Maria Cristina Viegas Cançado
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
XIII
AGRADECIMENTOS
A todos que colaboraram direta ou indiretamente. Em especial:
SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE MINAS GERAIS DE
Andradas
Caldas
Ibitiúra de Minas
Poços de Caldas
Santa Rita de Caldas
LABORATÓRIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA LAPACI – Poços de Caldas
HOSPITAIS DE MINAS GERAIS
Hospital Bom Pastor – Varginha
Hospital da Unimed – Poços de Caldas
Hospital das Clínicas da UFMG – Belo Horizonte
Hospital e Maternidade Pronto Socorro Santa Lúcia – Poços de Caldas
Hospital Pedro Sanches – Poços de Caldas
Santa Casa de Misericórdia de Andradas
Santa Casa de Misericórdia de Caldas
Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas
PROFISSIONAIS
XIV
Adinei Pereira de Morais
Ivani Negrini da Costa Carvalho
Rafael José FurlanRavita
Adriana Maria da Silva Costa
Jandira Maciel da Silva
Nigua da Paz Nascimento
Aline Lopes Loures
João Carlos da Silva Monteiro
Regina Silva Molina
Amauri Motta
Jose Flávio Macacini
Renata de Cassia Cassiano
Assad Aun Netto
Julia Francisca Guimarães de Moraes
Resk Frayha
Augusto Celso Amoedo Júnior
Juliana Wotzasek Rulli Villardi
Roberta Lopes Ferraz
Bruna Carvalho
Kelli de Freitas Machado
Romeu José Nacarato
Bruno dos Santos de Almeida Mariano
Lene Holanda Sadler Veiga
Rosa Maria Pereira
Cláudio Pompeiano Noronha
Lucas Neto Barbosa
Rosemeire Pereira Garcia
Cristiana Ferreira Jardim de Miranda
Marcelo Moreno dos Reis
Sandra Braga Grilo
Dayse Carneiro Elian
Márcio Ribeiro do Valle
Salete Maria Novais Diniz
Débora Lemos
Marcos Eduardo de Andrade
Sebastião Navarro Vieira Filho
Dorivalda Alves de Lima
Maria José da Ré
Selma Donizeti Silverio Ramos
Edson Avella
Maria Helena Tirollo Taddei
Soraia Mariano Perez
Eduardo Mendonça
Maria Lúcia Ferroni
Tânia Cristina Vasconcellos Duarte Prado
Elis de Oliveira Lima Filho
Mário Roberto de Paiva Ferreira
Thais Negrão
Fátima Regina Silva de Souza
Mário Tarcísio de Faria
Uilerson de Oliveira Barboza
Fátima Sueli Neto Ribeiro
Marise Souto Rebelo
Valéria de Melo Rodrigues Oliveira
Flávia da Silva Franco
Marta Raquel Logato
Vanderlei Mauro da Silva Júnior
Gulnar Azevedo e Silva
Moema Miranda Siqueira
Victor Augusto Cardillo
Helena Maria Barbosa
Nilo Persio Paro
Yula Merola
Horst Fernandes
Odete Maria Gonçalves dos Santos
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
APRESENTAÇÃO
O presente estudo nasceu da necessidade de dar resposta à população do Planalto Poços
de Caldas sobre sua preocupação relacionada com a possível influência das condições ambientais
da região sobre a saúde humana. A partir dessa necessidade, um projeto foi elaborado para atender
aos diversos interesses técnicos e da população. A formação de uma equipe interinstitucional e
multidisciplinar foi uma estratégia de fundamental importância para atender aos vários aspectos
dos temas saúde, câncer e radioatividade. Essa integração permitiu que todo o processo fosse
acompanhado passo a passo, visando à transparência e à confiabilidade dos dados.
Nesse documento são apresentados os resultados alcançados entre 2004 a 2009, que
foram didaticamente divididos em três partes. A Parte I descreve o histórico do projeto, o modelo
de vigilância em saúde proposto para populações expostas à radiação natural elevada e os
resultados preliminares. Na Parte II encontra-se a revisão de literatura nos vários aspectos da
radiação natural, o objetivo do estudo, o território de abrangência, a metodologia, as análises e os
resultados das medições da radiação ionizante natural externa gama terrestre. As considerações
finais e recomendações são realizadas na Parte III. Os mapas das medições de radiação natural
gama terrestre encontram-se no Apêndice.
A persistência na busca por dados seguros, éticos e confiáveis teve como propósito fornecer
o embasamento técnico e científico para uma melhor interação humana com o ambiente natural e
dar subsídios para o planejamento das ações de saúde e segurança da população. Considerando
que a informação é a melhor estratégia para promover uma vida mais saudável, a expectativa é
que o conhecimento produzido promova novas posturas no estilo de vida e possa contribuir para
uma convivência harmoniosa com a natureza.
Os resultados aqui apresentados não esgotam o assunto. A proposta é que outros aspectos
aqui não contemplados sejam abordados em estudos complementares para um cenário mais
abrangente e completo.
COMISSÃO COORDENADORA
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
XV
SUMÁRIO
PREFÁCIO ............................................................................................................................. VI
IN MEMORIAM ....................................................................................................................... XI
ELABORAÇÃO ....................................................................................................................... XIII
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. XIV
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. XV
PARTE I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1.1 Histórico ............................................................................................................................
1.2 Projeto Planalto Poços de Caldas .....................................................................................
1.3 Objetivo.............................................................................................................................
1.4 A Iniciação ........................................................................................................................
1.5 Resultados Preliminares ...................................................................................................
1.6 Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco ..................................................................
3
5
5
6
7
14
PARTE II – MEDIÇÕES DA RADIAÇÃO NATURAL GAMA EXTERNA EM CINCO
MUNICIPIOS DO PLANALTO POÇOS DE CALDAS – MINAS GERAIS – BRASIL
2.1 Introdução .........................................................................................................................
2.2 Geologia do Planalto Poços de Caldas .............................................................................
2.3 Radiação Natural ..............................................................................................................
2.4 Radiação e Câncer ...........................................................................................................
2.5 Território de Abrangência do Estudo .................................................................................
2.6 Materiais e Métodos ..........................................................................................................
2.7 Resultados e Discussão ....................................................................................................
2.8 Resultados por Município ..................................................................................................
2.9 Resultado do Planalto Poços de Caldas ...........................................................................
19
21
23
29
30
36
42
46
56
PARTE III – CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
3.1 Considerações Finais........................................................................................................ 65
3.2 Principais Aspectos e Recomendações............................................................................. 67
3.3 Comunicação Gerencial dos Resultados........................................................................... 68
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 69
APÊNDICE ............................................................................................................................. 75
ANEXOS ................................................................................................................................ 83
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
XVII
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Estudo de Mortalidade por cânceres selecionados segundo municípios ............ 4
e localizações primárias consideradas como de alta e de altíssima prioridade
em futuras investigações. Período: 1998 a 2002.
Tabela 2 – Distribuição dos óbitos por cânceres selecionados, por município ...................... 11
de residência e sexo, 1999 a 2005
Tabela 3 – Componentes da dose efetiva mundial com base populacional ............................25
Tabela 4 – Classificação das áreas de radioatividade segundo a dose efetiva ......................26
média da radiação natural gama terrestre
Tabela 5 – Média das medições da radiação gama externa encontradas .............................28
em estudos – Brasil.
Tabela 6 – Número de habitantes e área territorial da malha viária (km²), ............................ 36
total e por zonas urbana e rural, dos municípios selecionados – IBGE, ano 2000.
Tabela 7 – Total de pontos de medição por município segundo zonas urbana e rural ........ 42
Tabela 8 – Medições da radiação ionizante natural externa gama externa ...........................44
segundo dose média aritmética e ponderada pela população (mSv/ano). Setembro (2002-2008)
Projeto Planalto Poços de Caldas, MG.
Tabela 9 – Estatísticas descritivas das medições em mSv/ano por município e zona ........... 45
XVIII
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Fluxograma Projeto Planalto Poços de Caldas ................................................... 5
FIGURA 2 – Localização da área de estudo com destaque para a altitude .......................... 22
e a ocorrência de radionuclideos na região.
FIGURA 3 – Penetração das radiações ionizantes .................................................................. 24
FIGURA 4 – Imagem de Satélite do Planalto Poços de Caldas .................................................30
FIGURA 5 – Conjunto instalado em um veículo de passeio: detector gama ........................... 37
de alta sensibilidade acoplado a um GPS e a um microcomputador.
FIGURA 6 – Distribuição percentual das doses anuais (mSv/ano) medidas .............................43
FIGURA 7 – Boxplot da dose gama em Poços de Caldas, MG - em mSv/ano......................... 46
FIGURA 8 – Histograma da dose gama na zona urbana de Poços de Caldas ...................... 46
FIGURA 9 – Histograma da dose gama na zona rural de Poços de Caldas ............................ 46
FIGURA 10 – Boxplot da dose gama em Andradas, MG - em mSv/ano .................................. 48
FIGURA 11 – Histograma da dose gama na zona urbana de Andradas ................................ 48
FIGURA 12 – Histograma da dose gama na Zona rural de Andradas .........................................48
FIGURA 13 – Boxplot da dose gama em Caldas, MG - em mSv/ano .................................... 50
FIGURA 14 – Histograma da dose gama na zona urbana de Caldas ..................................... 50
FIGURA 15 – Histograma da dose gama na zona rural de Caldas ........................................ 50
FIGURA 16 – Boxplot da dose gama em Ibitiúra de Minas, MG - em mSv/ano ...................... 52
FIGURA 17 – Histograma da dose gama na zona urbana de Ibitiúra de Minas ..................... 52
FIGURA 18 – Histograma da dose dama na zona rural de Ibitiúra de Minas ........................
52
FIGURA 19 – Boxplot da dose gama em Santa Rita de Caldas, MG - em mSv/ano ............. 54
FIGURA 20 – Histograma da dose gama na zona urbana de Santa Rita de Caldas ............... 54
FIGURA 21 – Histograma da dose gama na zona rural de Santa Rita de Caldas ................... 54
FIGURA 22 – Número absoluto de medições de dose, segundo categorias ......................... 57
de doses acima de 10 mSv/ano.
FIGURA 23 – Dose gama externa – Áreas urbana e rural dos municípios ............................ 58
FIGURA 24 – Dose gama externa nos municípios ................................................................. 59
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
XIX
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 – Dose gama externa no município de Poços de Caldas .......................................... 47
Mapa 2 – Dose gama externa na zona urbana de Poços de Caldas .................................... 47
Mapa 3 – Dose gama externa no município de Andradas ...................................................... 49
Mapa 4 – Dose gama externa na zona urbana de Andradas ................................................ 49
Mapa 5 – Dose gama externa no município de Caldas .......................................................... 51
Mapa 6 – Dose gama externa na zona urbana de Caldas ...................................................... 51
Mapa 7 – Dose gama externa no município de Ibitiúra de Minas ...............................................53
Mapa 8 – Dose gama externa na zona urbana de Ibitiúra de Minas ..........................................53
Mapa 9 – Dose Gama Externa no Município de Santa Rita de Caldas ................................... 55
Mapa 10 – Dose gama externa na zona urbana de Santa Rita de Caldas ................................55
Mapa 11 – Densidade demográfica dos cinco municípios do ................................................. 77
Planalto Poços de Caldas por setores censitários – Minas Gerais
Mapa 12 – Doses de radiação gama externa na malha viária ................................................ 78
dos cinco municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais
Mapa 13 – Doses interpoladas de radiação gama externa na malha viária ............................ 79
dos cinco municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais (por hectare)
Mapa 14 – Doses máximas de radiação gama externa na malha viária ................................ 80
dos cinco municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais (por hectare)
Mapa 15 – Doses médias interpoladas de radiação gama externa ........................................ 81
segundo óbitos por câncer e municípios selecionados do Planalto Poços de Caldas
Mapa 16 – Doses máximas interpoladas de radiação gama externa ..................................... 82
segundo óbitos por câncer e municípios selecionados do Planalto Poços de Caldas
XX
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
PARTE I – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
1.1 Histórico
Em 1948 foi detectada radioatividade em minerais de zircônio no Planalto Poços de Caldas.
No ano de 1959, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) iniciou uma usina para extração
de urânio, encerrada em 1961. Foram descobertas as jazidas no Campo do Agostinho (urânio e
molibdênio) em 1965 e a de urânio do Campo do Cercado (atual INB) em 1970, sendo abertas as
primeiras galerias em 1974. Nesse mesmo ano foi criado o Laboratório de Poços de Caldas. Em
1982, iniciou-se a exploração comercial de urânio, e em 1995 ocorreu a paralisação da lavra.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, o Instituto Nacional de Câncer e a
Comissão Nacional de Energia Nuclear – Laboratório de Poços de Caldas, a partir das várias
solicitações de investigação de aumento do número de casos de câncer em municípios da região
sul de Minas Gerais, iniciaram os trabalhos em 2004, para maior esclarecimento sobre o problema.
No caso específico dos municípios do Planalto Poços de Caldas, existia uma preocupação quanto a
uma associação do suposto aumento na incidência de câncer com a exposição à radiação natural,
pelo fato de a região ser mundialmente reconhecida como uma área de radiação natural elevada
(CULLEN, 1975; PENNA FRANCA et al., 1965; PENNA FRANCA, 1977; AMARAL, 1992).
Pela inexistência de Registro de Câncer de Base Populacional nesses municípios, não foi
possível identificar a incidência de câncer na população. Portanto, o estudo preliminar foi realizado
com os dados disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) (DATASUS, Ministério
da Saúde), para avaliar a mortalidade por cânceres selecionados segundo o município de residência do
óbito. A metodologia consistiu no cálculo da Razão de Mortalidade Padronizada (RMP) (Standardized
Mortality Ratio – SMR), para cada município, que é a razão entre os óbitos observados e os óbitos
esperados, sendo considerado excesso os valores acima de 100%, estatisticamente significativos.
Para os cálculos utilizou-se como população padrão a do Estado de Minas Gerais por categoria de
idade. Foi evidenciado um excesso de óbitos para algumas localizações primárias de câncer, cujos
resultados foram apresentados em um fórum estadual realizado em 19/08/2005, em Belo Horizonte,
e em 09 a 11/11/05, no I Fórum Regional em Poços de Caldas.
Em 2007, o estudo foi publicado com aplicação de uma metodologia de screening para
avaliar a mortalidade por câncer. Dessa forma, os municípios de Andradas, Poços de Caldas e
Pouso Alegre foram categorizados como de altíssima prioridade de investigação.
No I Fórum Regional de Poços de Caldas, foi realizado um importante trabalho com a
comunidade, através da construção da Matriz proposta pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) – Forças Motrizes, Pressões, Estados, Exposições, Efeitos e Ações (FPEEEA), que é uma
metodologia que vem sendo adotada no desenvolvimento da vigilância ambiental em saúde no Brasil
(CASTRO et al., 2003). O público participante, formado por profissionais de saúde, representantes
de associações e outros interessados da sociedade civil organizada, apontou como fatores de risco
mais relevantes para o câncer na região os agrotóxicos e a radiação.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
3
Tabela 1
Estudo de Mortalidade por cânceres selecionados segundo municípios e localizações primárias consideradas
como de alta e de altíssima prioridade em futuras investigações. Período: 1998 a 2002.
Município/MG
Causa de Óbito*
Masculino
Observado
RMP (IC95%)
Causa de Óbito*
Feminino
Observado
RMP (IC95%)
-
-
298
-
127 (112-141)
-
232
149 (130-168)
7
17
403 (104-701)
211 (111-312)
13
257 (118-396)
Alta Prioridade – RMP entre 100 e 200%**
Andradas
Todas as neoplasias
92
128 (102-155)
-
Todas as neoplasias
314
121 (107-134)
Todas as neoplasias
Pulmão
49
147 (106-188)
Tabela 1: Estudo de Mortalidade
por
cânceres
selecionados,
segundo
municípios
Mama
51
168 (122-213)
- e
Poços de Caldas
localizações primárias consideradas como de alta e de altíssima prioridade em futuras
Pouso Alegre
Todas as neoplasias
283
157 (138-175)
Todas as neoplasias
investigações. Período: 1998 a 2002.
Masculino
Feminino
Altíssima
– RMP acima
de 200%***
RMP
(IC95%) Prioridade
Causa de Óbito*
RMP (IC95%)
Observado
Observado
Andradas
Pulmão
16 100 e 200%**
208 (106-310)
Fígado
Alta Prioridade – RMP entre
Andradas
Todas as neoplasias
92
128 (102-155)
Poços de Caldas
Leucemia
19
284 (156-412)
Leucemia
Todas as neoplasias
314
121 (107-134) Todas as neoplsias
298
127 (112-141)
Poços dePouso
CaldasAlegre Pulmão
49
147 (106-188)
- (127-540) Leucemia
10
333
Hematológicos**
Mama
51
168 (122-213)
Pouso
Alegre
Todas asetneoplasias
283
157 (138-175) Todas as neoplasias
232
149 (130-168)
Fonte:
Otero, Antoniazzi
al., 2007.
Altíssima
RMP acima
de 200%***
* Classificação Internacional de Doenças
– 10ªPrioridade
revisão. ** –Linfomas
e Mielomas
Andradas
Pulmão
16 entre208
(106-310)
7
403 (104-701)
** Alta prioridade em futuras
investigações: RMP
100%
e 200% (IC95%)Fígado
Poços
de CaldasprioridadeLeucemia
19 RMP284
(156-412)
Leucemia
17
211 (111-312)
***Altíssima
em futuras investigações:
maior
que 200% (IC95%)
Pouso Alegre
Leucemia
10
333 (127-540)
Hematológicos**
13
257 (118-396)
Município MG
Causa de Óbito*
Fonte: Otero, Antoniazzi et al, 2007 (Cadernos de Saúde Pública; 23 Sup 4:S537-5548, 2007. )
* Classificação Internacional de Doenças – 10ª revisão. ** Linfomas e Mielomas
Em 2006, foi elaborado um projeto, por uma equipe interinstitucional e multidisciplinar,
para atender às várias vertentes de vigilância em saúde em populações expostas à radiação
Em 2006, foi elaborado um projeto, por uma equipe interinstitucional e
natural
elevada. Desta forma, o Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores
multidisciplinar, para atender as várias vertentes de vigilância em saúde em populações
de Risco
(SVS/SES-MG),
Área forma,
de Vigilância
dodeCâncer
relacionado
expostas
a radiação
natural elevada.aDessa
o Programa
Avaliação
e Vigilânciaao Trabalho e ao Ambiente
do (CONPREV/INCA)
Câncer e seus fatores edeo risco
(SVS/SES-MG),
a Área
de Vigilância
do Câncer
Laboratório
de Poços
de Caldas
da Comissão
Nacional de Energia Nuclear
relacionado ao Trabalho e ao Ambiente (CONPREV/INCA) e o Laboratório de Poços
(LAPOC/CNEN) firmaram uma importante parceria técnica. O apoio da Coordenação Geral de
de Caldas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (LAPOC/CNEN), firmaram uma
Vigilância
Ambiental
Saúde
e das cinco
secretarias
municipais de saúde
importante
parceria
técnica. –
O CGVAM/Ministério
apoio, da Coordenaçãoda
Geral
de Vigilância
Ambiental
CGVAM/Ministério
da
Saúde
e
das
cinco
secretarias
municipais
de
saúde,
foi
foi fundamental para a consolidação da proposta. O financiamento foi realizado pelo projeto do
fundamental para a consolidação da proposta. O financiamento foi realizado pelo
plano estadual do Vigisus II, meta 4.1 – Pesquisa de Radiação e Câncer, e as instituições parceiras
projeto do plano estadual do Vigisus II, meta 4.1 – Pesquisa de Radiação e Câncer e as
realizaram
o apoio
técnico
e operacional
nas ações
às suas
instituições
parceiras
realizaram
o apoio
técnico e operacional
nasrelacionadas
ações relacionadas
às atividades de rotina.
** alta prioridade em futuras investigações: RMP entre 100% e 200% (IC95%)
***altíssima prioridade em futuras investigações: RMP maior que 200% (IC95%)
suas atividades de rotina.
I Fórum Regional do Planalto Poços
de Caldas - Matriz da OMS Grupo de Discussão de Poços
de Caldas. (Em pé): ministrador
Marcelo Moreno (INCA)
e monitores; Berenice Navarro
(SES-MG), Moacir Cipriani (CNEN,
ao fundo). Local: Casino Palace –
Poços de Caldas – 10/11/2005.
I Fórum Regional do Planalto Poços de Caldas- Matriz da OMS Grupo de Discussão de Poços de Caldas - (Em pé): Ministrador Marcelo Moreno (INCA)
e monitores; Berenice Navarro (SES-MG), Moacir Cipriani (CNEN, ao fundo)
Local: Casino Palace - Poços de Caldas - 10/11/2005.
4
4
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
1.2 Projeto Planalto Poços de Caldas
O projeto foi elaborado com foco em cinco municípios do Planalto Poços de Caldas, sendo
composto de três etapas: (1) Vigilância do Câncer: para fortalecer a prevenção dos fatores de
risco e o SUS local, identificar a incidência da doença (Registro de Câncer de Base Populacional
– RCBP) e a qualidade da assistência (Registro Hospitalar de Câncer – RHC); (2) Pesquisa de
Radiação Natural e Saúde: em razão da insuficiência de dados, foi indicada a realização de
medições da dose de radiação natural para possibilitar a necessária avaliação de risco à saúde,
(3) Estudos Epidemiológicos: para elucidar o cenário da mortalidade e morbidade por câncer na
região e a influência dos fatores de risco. (4) Comunicação de risco: visa à clareza dos resultados
aos diferentes públicos: profissionais, população e stakeholders.
Projeto Planalto Poços de Caldas
(Poços de Caldas, Andradas, Caldas, Ibitiúra de Minas, Santa Rita de Caldas)
1. Vigilância do Câncer
1.1. Registros de
Câncer
2. Radiação Natural e Saúde
1.2 Fortalecimento
do SUS
3. Estudos Epidemiológicos
3.1. de
Mortalidade
2.0. Etapa Preliminar
Levantamento de informações
Levantamento de Informações
3.2. de Morbidade
(Valid. óbitos leuc/ hem )
2.1. Medições da Radiação
1 – Externa 2 – Interna
2.2. Outras ações
relacionadas
1- Externa 2 - Interna
relacionadas
4. Comunicação com o público
População
Profissional de Saúde
Stakeholders
Figura 1 – Fluxograma Projeto Planalto Poços de Caldas
1.3 Objetivo
Disponibilizar para a população do Planalto Poços de Caldas informações científicas,
tecnicamente confiáveis e eticamente seguras sobre a ocorrência de câncer e realizar as medições
da radiação ionizante natural externa, em 100% dos cinco municípios pesquisados.
A expectativa foi de as informações geradas servirem de ferramentas para os gestores e
órgãos reguladores, na implantação e na implementação de ações, para melhorar a qualidade de
vida na região.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
5
1.4 A Iniciação
1.4.1 Discussão e Apoio dos Municípios – 2006
A comissão coordenadora interinstitucional visitou as secretarias municipais de saúde dos
cinco municípios para apresentar, discutir e solicitar adesão ao projeto.
Visitas nas Secretarias Municipais de Saúde de Andradas, Caldas,
Ibitiúra de Minas e Santa Rita de Caldas – Maio de 2006
1.4.2 Preparação Técnica
Poços de Caldas, Maio/20007 – Curso de
Georreferenciamento das medidas de radiação
Participação técnica: 25 profissionais
5 SMS – GRS Pouso Alegre – INCA – SES-MG
LAPOC/CNEN
6
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
1.5 Resultados Preliminares
1.5.1 Vigilância do Câncer e Estudos Epidemiológicos
A Vigilância do Câncer do Estado de Minas Gerais teve como principal foco iniciar na região
um sistema permanente de informação de câncer: o Registro de Câncer de Base Populacional
(RCBP) e o Registro Hospitalar de Câncer (RHC). O primeiro para a incidência populacional, e o
segundo para o perfil da assistência.
O sistema do RCBP, por gerar taxas padronizadas, permite realizar análises epidemiológicas
comparativas da incidência com outros registros do País e do mundo, inclusive aqueles que também
monitoram populações expostas à radiação natural elevada. O RCBP–Poços de Caldas encontrase na vigilância epidemiológica da secretaria municipal de saúde, e a infraestrutura física foi
propiciada com os recursos financeiros do Vigisus II. Em 2008, os profissionais foram capacitados
em registros de câncer. Em 2009, a comissão assessora foi estabelecida pela Portaria GAB Poços
de Caldas, em 11/2009, para o suporte técnico e científico do registro. Os trabalhos estão na fase
inicial, de coleta dos casos novos nas fontes (hospitais, laboratórios, clínicas).
O Registro Hospitalar de Câncer da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas foi
implantado em 2006. Em 2008, participou juntamente da publicação estadual de 23 RHC-MG, com
os dados do ano de 2005. Em 2009, finalizou a base de dados dos casos novos do ano de 2007.
Por ser um dos centros de referência de alta complexidade do SUS-Brasil para assistência do
câncer, é obrigatório o envio anual dos dados ao Instituto Nacional de Câncer (INCA) (Portaria MS,
SAS nº 62, 11/03/09), para divulgação nacional no portal da vigilância do INCA/MS.
A divulgação das informações dos registros de câncer ocorre em tabulação pública, ou seja,
com sigilo dos dados pessoais. Todos os profissionais dos registros de câncer, por meios legais, têm
essa obrigatoriedade. No Brasil, o INCA realiza as capacitações técnicas, e os alunos aprovados são
certificados pela Coordenação de Ensino e Divulgação Científica – INCA/MS.
Estudos Epidemiológicos: Validação dos óbitos por tipos de câncer, segundo residência
em Andradas, Caldas e Poços de Caldas
A Vigilância Estadual de Câncer conduziu a investigação dos 254 casos de óbitos por
cânceres selecionados, ocorridos entre 1999 a 2005, nos municípios analisados, cujos resultados
são apresentados nos itens 1.5.5 e 1.5.6.
1.5.2 Radiação Natural e Saúde
As informações preliminares foram insuficientes para avaliar a radiação natural e seus
efeitos na saúde da população, sendo, portanto indicadas as seguintes ações: (a) medição da
radiação ionizante natural gama externa terrestre e a elaboração do mapa de dose da região,
(b) análises comparativas com os níveis internacionais, (c) georreferenciamento dos óbitos por
cânceres selecionados no mapa de dose.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
7
1.5.3 Vigilância do Câncer – Implantação do Registro de Câncer de Base
Populacional de Poços de Caldas (RCBP-PC) – 2008 e 2009
O Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) é um centro de coleta, processamento
e análise, de forma sistemática e contínua, para informação da incidência de câncer na população.
O RCBP de Poços de Caldas é o primeiro do interior do Estado de Minas Gerais. Em 2009 foi
iniciada a coleta dos casos novos, sendo esses trabalhos monitorados pelo Programa Estadual de
Vigilância do Câncer da SVS/SES-MG.
Capacitação em registros de câncer – RCBP.
Belo Horizonte (MG), 2008.
Instituições ministradoras:
CONPREV/INCA
PAV-MG
Em destaque, os cinco profissionais capacitados
das secretarias municipais de saúde de Poços
de Caldas (1), Andradas (2) e Caldas (2).
Em 07/08/09, o secretário municipal de Saúde de Poços de Caldas (em destaque) apresentou os membros da
Comissão Assessora do RCBP para a GRS de Pouso Alegre e comissão do projeto. A comissão é formada por
médicos, patologistas, físico nuclear e técnicos da vigilância em saúde (Portaria GABPC nº 11/2009).
8
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
1.5.4 Vigilância
do Câncer: Publicação estadual 23 RHC-MG
1.5.4. Vigilância do Câncer: Publicação estadual 23 RHC-MG
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas – Minas Gerais
Hospital
Irmandade da
de Misericórdia
de Poços de Caldas, com sede
Irmandade da Santa
Casa dedaMisericórdia
deSanta
PoçosCasa
de Caldas
– Minas Gerais
a Praça Francisco Escobar s/n°, foi fundada em 1904, em um pequeno e modesto prédio
doado pela benemérita Dona Maria das Dores do Rosário e instalada inicialmente à Rua
O Hospital
da Irmandadecom
da Santa
CasadedeSanta
Misericórdia
Poços
de Caldas,
comDe
sede
na Praça
Francisco
Assis Figueiredo,
o nome
Casa, de
onde
ficou
até 1920.
1920
até 1962,
trocou
o endereço,
tamanho
e capacidade
atendimento
por trêspela
vezes,
graças ao
trabalho
Escobar s/n°,
foi fundado
em 1904,
em um
pequeno e de
modesto
prédio doado
benemérita
Dona
Maria das
incansável
de
um
cem
número
de
abnegados
beneméritos
cujos
nomes
não
são
citados
Dores do Rosário e instalado inicialmente na Rua Assis Figueiredo, com o nome de Santa Casa, onde para
ficou até
não incorrer no erro de não declinar alguns. Finalmente em 20 de maio de 1962, a Santa
1920. De 1920 até 1962 trocou de endereço, tamanho e capacidade de atendimento por três vezes, graças ao
Casa foi instalada em seu endereço atual. De lá pra cá, a entidade cresceu a cada dia e hoje
trabalho incansável
um sem que
número
de abnegados
beneméritos
cujospatrimônios
nomes não são
incorrer
podemosdeafirmar
a Santa
Casa é um
dos maiores
quecitados
Poçospara
de não
Caldas
no erro de não
declinar
alguns. Finalmente
(RHC-MG,
v.1, 2008).em 20 de maio de 1962, a Santa Casa foi instalada em seu endereço
possui
atual. De lá pra cá, a entidade cresceu a cada dia, e hoje podemos afirmar que a Santa Casa é um dos maiores
Registro Hospitalar de Câncer
patrimôniosInformações
que Poços de do
Caldas
possui (RHC-MG, v. 1, 2008).
Coordenador: Nimeo Rafael Gracete Balbuena
Informações
do Registro Hospitalar
de Câncer
Registrador:
Kelli de Freitas
Machado
Comissão
Assessora:
Cláudio
Rogério Carneiro, Fabiana Damasceno Bárbara, Kelli de
Freitas Machado, Nimeo Rafael Gracete Balbuena.
Coordenador:
Nimeo Rafael Gracete Balbuena
Contato: Oncologia (35) 3729-6121
Registrador: Kelli de Freitas Machado
Comissão Assessora:
Cláudiorealizada
Rogério Carneiro,
Fabiana9-Os
Damasceno
Bárbara,
Kelli deSim
Freitas Machado, Nimeo
1-Tipo de assistência
Técnicos do
RHC são
Geral
pelo hospital
capacitados
Rafael Gracete Balbuena
Filantrópico
Não
2-Caráter
10-Sala Exclusiva
Contato: Oncologia (35) 3729-6121
3-Unacon / Cacon
Sim
11 -Linha Telefônica
Não
4-Todas as Consultas Ano
10.800
Sim
12-Informatizado
(Total)
9-Os Técnicos do RHC são
1-Tipo
de assistência realizada
Sim
Geral
5-Total
de casos novos no último
capacitados
pelo
hospital
453
2005
13-Quais Anos Consolidados
ano consolidado pelo RHC
2-Caráter
10-Sala Exclusiva
Filantrópico
Não
6- Primeiras Clínicas de Entrada Clinico e cirúrgico 14-Tipo de Coleta Casos RHC
Prontuário
3-Unacon / Cacon
11 -Linha Telefônica
Sim
Não
2004
Não
7- Ano de Implantação RHC
15-O RHC tem publicação?
4-Todas as Consultas Ano (Total)
12-Informatizado
10.800
Sim
8-Os registradores são exclusivos
Sim
Nenhuma
16-Tipo de Divulgação
5-Total
de
casos
novos
no
último
do RHC?
13-Quais Anos Consolidados
453
2005
anoFonte:
consolidado
pelo RHC de Atualização RHC em 24 de outubro de 2007 (RHC-MG, v.1, 2008)
Questionário
Equipe de
atualizada
04 deenovembro
2009 de Coleta Casos RHC
6- Primeiras Clínicas
Entrada emClinico
cirúrgico de
14-Tipo
7- Ano de Implantação RHC
2004
15-O RHC tem publicação?
8-Os
registradores
sãoPoços
exclusivos
Projeto
Planalto
de Caldas –Sim
Minas Gerais
– Brasil
- 2004 a 2009
16-Tipo
de Divulgação
do RHC?
Prontuário
Não
Nenhuma
9
Fonte: Questionário de Atualização RHC em 24 de outubro de 2007 (RHC-MG, v.1, 2008)
Equipe atualizada em 04 de novembro de 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
9
Distribuição do total de casos de câncer, por localização do tumor primário, segundo o sexo - Casos Analíticos e Não Analíticos - 2005
FEMININO
MASCULINO
IGNORADO
f
‰
f
‰
f
‰
TOTAL
f
COD
LOCALIZAÇÃO DO TUMOR PRIMÁRIO (CID-O)
C00
LÁBIO
0
0,000
0
0,000
2
0,009
2
0,004
C01
BASE DA LÍNGUA
0
0,000
1
0,005
1
0,004
2
0,004
C02
OUTRAS PARTES E PARTES NÃO ESPECIFICADAS DA LÍNGUA
0
0,000
1
0,005
2
0,009
3
0,007
C05
PALATO
0
0,000
0
0,000
5
0,022
5
0,011
C06
OUTRAS PARTES E PARTES NÃO ESPECIFICADAS DA BOCA
0
0,000
1
0,005
1
0,004
2
0,004
0
0,000
3
0,014
11
0,047
14
0,031
C06-C00
********** TOTAL DE TUMORES DE BOCA **********
‰
C10
OROFARINGE
0
0,000
0
0,000
1
0,004
1
0,002
C11
NASOFARINGE
0
0,000
1
0,005
2
0,009
3
0,007
C13
HIPOFARINGE
0
0,000
0
0,000
2
0,009
2
0,004
C15
ESÔFAGO
0
0,000
1
0,005
13
0,056
14
0,031
C16
ESTÔMAGO
0
0,000
5
0,023
9
0,039
14
0,031
C18
CÓLON
0
0,000
19
0,086
13
0,056
32
0,071
C19
JUNÇÃO RETOSSIGMOIDIANA
0
0,000
2
0,009
7
0,030
9
0,020
C20
RETO
0
0,000
1
0,005
9
0,039
10
0,022
C22
FÍGADO E VIAS BILIARES INTRA-HEPÁTICAS
0
0,000
1
0,005
0
0,000
1
0,002
C25
PÂNCREAS
0
0,000
1
0,005
1
0,004
2
0,004
C31
SEIOS DA FACE
0
0,000
1
0,005
1
0,004
2
0,004
C32
LARINGE
0
0,000
3
0,014
3
0,013
6
0,013
C34
BRÔNQUIOS E PULMÕES
0
0,000
5
0,023
16
0,069
21
0,046
C41
NEOPLASIA MALIGNA DOS OSSOS E DAS CARTILAGENS ARTICULARES DE OUTRAS LOCALIZAÇÕES NÃO-ESPECIFICADAS
0
0,000
1
0,005
0
0,000
1
0,002
C42
SISTEMAS HEMATOPOÉTICO E RETICULOENDOTELIAL
0
0,000
14
0,063
14
0,060
28
0,062
C44
PELE
0
0,000
30
0,136
21
0,091
51
0,113
C49
TECIDO CONJUNTIVO, SUBCUTÂNEO E OUTROS TECIDOS MOLES
0
0,000
0
0,000
4
0,017
4
0,009
C50
MAMA
0
0,000
84
0,380
0
0,000
84
0,185
C53
COLO DO ÚTERO
0
0,000
13
0,059
0
0,000
13
0,029
C54
CORPO DO ÚTERO
0
0,000
5
0,023
0
0,000
5
0,011
C55
ÚTERO
0
0,000
2
0,009
0
0,000
2
0,004
C56
OVÁRIO
0
0,000
13
0,059
0
0,000
13
0,029
C58
PLACENTA
0
0,000
3
0,014
0
0,000
3
0,007
C60
PÊNIS
0
0,000
0
0,000
3
0,013
3
0,007
C61
PRÓSTATA
0
0,000
0
0,000
79
0,341
79
0,174
C62
TESTÍCULO
0
0,000
0
0,000
2
0,009
2
0,004
C64
RIM
0
0,000
2
0,009
2
0,009
4
0,009
C67
BEXIGA
0
0,000
3
0,014
8
0,034
11
0,024
C71
ENCÉFALO
0
0,000
0
0,000
2
0,009
2
0,004
C73
GLÂNDULA TIRÓIDE
0
0,000
0
0,000
1
0,004
1
0,002
C74
GLÂNDULA SUPRA-RENAL
0
0,000
1
0,005
0
0,000
1
0,002
C76
OUTRAS LOCALIZAÇÕES E LOCALIZAÇÕES MAL DEFINIDAS
0
0,000
2
0,009
1
0,004
3
0,007
C77
LINFONODOS (GÂNGLIOS LINFÁTICOS)
0
0,000
3
0,014
7
0,030
10
0,022
C80
TOTAL
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA DESCONHECIDA
0
0,000
2
0,009
0
0,000
0
0,000
221
1,000
232
1,000
Distribuição dos linfomas e leucemias, segundo o tipo histológico, por sexo - - Casos Analíticos e Não Analíticos - 2005
FEMININO
MASCULINO
IGNORADO
TIPO HISTOLÓGICO (CID-O)
f
‰
f
‰
f
‰
2
453
0,004
1,000
COD
TOTAL
f
‰
959
Linfoma Maligno, SOE ou Difuso
0
0,000
5
0,278
8
0,333
13
0,310
965
Linfoma de Hodgkin, Celularidade Mista ou Deplecção Linfocítica
0
0,000
0
0,000
3
0,125
3
0,071
969
Linfoma de Células B Maduras
0
0,000
1
0,056
0
0,000
1
0,024
973
Tumores de Plasmócitos
0
0,000
6
0,333
3
0,125
9
0,214
980
Leucemias, SOE
0
0,000
0
0,000
1
0,042
1
0,024
982
Leucemias Linfóides
0
0,000
3
0,167
4
0,167
7
0,167
986
Leucemias Mielóides
0
0,000
1
0,056
3
0,125
4
0,095
996
Alterações Mielo Proliferativas Crônicas
0
0,000
2
0,111
1
0,042
3
0,071
998
Síndrome Mielodisplásica
0
0,000
0
0,000
1
0,042
1
TOTAL
0
0,000
18
1,000
24
1,000
42
Fonte: PAV-MG / SisRHC versão 2.4 - CNES 00002129469 SANTA CASA DE POÇOS DE CALDAS - posição em 09/09/2008 (271 validados incluídos e nenhum incoerente excluído)
0,024
1,000
- 453 casos diagnosticados como neoplasia maligna no ano de 2005 foram tratados nesse hospital. Sabe-se que 262 casos (58%) foram após 60 anos de idade; 115 aos
60-69 (25%); 118 aos 70-79 (26%) e 29 acima de 80 (6,4%).
- 274 casos (60%) foram por 5 localizações primárias: 84 casos de mama (18,6%), 79 próstata (17,4%), 51 pele (11,3%), 32 cólon (7,1%) e 28 (6,2%) dos sistemas
hematopoiéticos e reticuloendotelial.
- 42 casos (9,2%) tiveram histologia de linfomas ou leucemias, sendo 29 (6,4%) de 3 tipos:
linfoma maligno soe/difuso (13 casos), tumores de plasmócitos (9 casos) e leucemias linfoides (7 casos).
Nota: ressalte-se que os dados hospitalares não representam a incidência populacional, pois os portadores podem tratar-se em outros hospitais, como também nem todos
os casos tratados são do mesmo município do hospital.
– Apenas o RCBP poderá obter a informação da incidência de câncer na população residente –
10
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
1.5.5 Validação dos Óbitos por Cânceres de Pulmão, Leucemia e Linfoma
nos municípios de Andradas, Caldas e Poços de Caldas - MG
A causa específica do óbito muitas vezes não é bem caracterizada na declaração de óbito
(INCA, 2008). A validação de óbitos consiste em uma análise de concordância (Método Kappa)
entre a causa básica do óbito informada no sistema de mortalidade (D.O.) e os dados obtidos na
investigação do óbito (MONTEIRO, KOIFMAN, S. KOIFMAN, R.J., 1997).
Foram buscadas as informações clínicas e os exames de diagnóstico de 254 óbitos
(DATASUS, sistema de mortalidade, 1999 a 2005), segundo residência nos municípios citados e a
causa básica por um dos cânceres selecionados (TAB. 2).
Uma equipe de registradores de câncer do Registro de Câncer de Base Populacional da
SES-MG, sob sigilo ético, foi deslocada para os hospitais de ocorrência dos óbitos investigados,
para a coleta de dados em planilhas específicas.
Tabela 2
Distribuição dos óbitos por cânceres selecionados*, por município de residência e sexo, 1999 a 2005
Município (MG)
Total
Homens
Mulheres
Andradas
40
26 (65,0%)
14 (35,0%)
Caldas
19
13 (68,4%)
6 (31,6%)
Ibitiúra de Minas
0
-
-
Poços de Caldas
195
119 (61,0%)
76 (39,0%)
Santa Rita de Caldas
0
-
-
Total da Região
254**
158 (62,2%)
96 (37,8%)
Fonte: SIM – Sistema de Informação sobre Mortalidade – MG, 1999-2005
*Cânceres selecionados (CID-10): Pulmão (C34), Leucemias (C-90-95) e Linfomas (C81-C85)
** Vide distribuição dos óbitos nos municípios/Apêndice MAPA 15
Após dois anos (2007 a 2009), o percentual de perdas pela falta de exames de diagnóstico do
câncer pesquisado ou por insuficiente anotação médica na documentação consultada foi de 49,6%,
sendo esgotada a possibilidade de diminuir esse elevado percentual, o que comprometeria as análises.
Há de se destacar a importante participação das instituições de saúde no levantamento desses
casos de óbitos, da vigilância epidemiológica das secretarias municipais de saúde e dos agentes
comunitários de saúde dos PSF de Andradas e Caldas, na busca domiciliar dessas informações.
O grupo de pesquisa optou por apresentar esses resultados para as secretarias municipais
de saúde, com vistas à melhoria da informação de saúde e ao acondicionamento da documentação
médica, uma vez que o estudo também propunha identificar a qualidade da informação nos serviços de
saúde da região e contribuir com a gestão local. A discussão dos resultados preliminares foi realizada
em 04/06/08, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Poços de Caldas, com os gestores de saúde
e posteriormente nas reuniões técnicas com as vigilâncias epidemiológicas dos municípios pesquisados.
Em junho de 2009, os trabalhos de investigação foram suspensos definitivamente, sendo enviado um
relatório sucinto ao comitê de ética do INCA que realizava o acompanhamento desse estudo.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
11
Em alguns serviços de saúde evidencia-se a melhoria do arquivo médico e a sensibilização
dos profissionais de saúde ao preenchimento correto e completo, dos laudos e prontuários, o que
muito contribuirá na qualidade dos sistemas de informação dos registros de câncer em atividade.
1.5.6 Trabalho de Campo da Investigação dos Óbitos – 2007/2008
Os registradores de câncer da SES-MG realizaram a coleta de dados nos hospitais de ocorrência
dos óbitos investigados. O RHC da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas e o RHC do Hospital
Bom Pastor (Varginha), assim como outros hospitais, prestaram importante apoio nos trabalhos.
A
B
(A e B) Coleta de dados nas instituições de ocorrência do óbito por cânceres selecionados;
C
D
(C) Santa Casa de Misericórdia de Andradas, 2008; (D) Hospital Bom Pastor de Varginha, 2009;
E
F
(E) Equipe de campo, médicos da Santa Casa de Poços de Caldas e representante da Vigilância em Saúde; (F)
Controle de qualidade – Local: SVS/SES-MG (Superintendência de Epidemiologia).
12
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
1.5.7 Discussão dos resultados preliminares
Os resultados preliminares da Vigilância do Câncer e das Medições de Radiação foram
apresentados na CIB-Poços de Caldas, em 04/06/08. Também foram realizadas visitas técnicas
locais nas secretarias municipais de saúde para uma melhor interação dos profissionais de saúde
sobre a questão.
A
B
(A) Reunião SMS-Poços de Caldas; (B) Equipe Coordenadora com o secretário municipal de Saúde de
Poços de Caldas Dr. Mário Roberto Ferreira (2008)
C
D
(C) Reunião SMS-Andradas, 2008; (D) Reunião SMS-Caldas, 2008;
E
(E) Reunião com os gestores, na CIB-Poços de Caldas – Data: 04/06/2008.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
13
1.6 Vigilância do Câncer e SEUS FATORES DE RISCO
1.6.1 O que é Vigilância do Câncer
Para descrever a epidemiologia do câncer em uma população é necessário conhecer sua
incidência, sua mortalidade e sua sobrevida. A incidência é conhecida por meio dos Registros de Câncer
de Base Populacional, e a mortalidade é conhecida por meio do sistema de mortalidade. A sobrevida
pode ser estudada por meio de registros populacionais, hospitalares e estudos clínicos (INCA, 2008).
A vigilância do câncer atua em todos os níveis de atenção: promoção de saúde, prevenção
dos fatores de risco, detecção precoce, tratamento, cuidados paliativos e mortalidade. O principal
objetivo é obter e divulgar a informação epidemiológica da doença para subsidiar a gestão em
saúde e outras áreas relacionadas, visando à prevenção e ao controle da doença na população.
1.6.2 Registro de Câncer de Base Populacional – RCBP: Incidência
É o principal componente na vigilância epidemiológica do câncer. O RCBP é um centro
de coleta sistemática e contínua de casos novos anuais ocorridos em uma determinada área
geográfica. Existem no Brasil 21 RCBP, a maioria nas capitais, que alimentam o sistema nacional
de informação de câncer para a realização das estimativas do País, pelo Instituto Nacional de
Câncer. O RCBP da Vigilância do Câncer da Subsecretaria de Vigilância em Saúde / Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais realiza a cobertura da população de Belo Horizonte.
1.6.3 Registro Hospitalar de Câncer – RHC: Perfil da Assistência
São centros de coleta sistemática e contínua dos casos de câncer tratados nos hospitais de
alta complexidade. A Vigilância do Câncer capacita e monitora 27 registros hospitalares, instalados
nos hospitais de alta complexidade de assistência de câncer (Portaria MS, 741/05). As informações
subsidiam a avaliação da efetividade da rede assistencial e possibilitam os estudos de sobrevida. A
Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas integra a rede estadual dos RHC-MG.
1.6.4 Estudos Epidemiológicos
A busca de explicações para o aparecimento do câncer tem envolvido cada vez mais pesquisas
que integram as várias áreas de conhecimento médico, epidemiológico, entre outras. A investigação
científica permite levantar evidências que também resultarão na melhor gestão dos riscos encontrados.
A tendência mundial é o maior esclarecimento sobre a interação do processo saúde e meio ambiente
que envolve necessariamente a relação das sociedades humanas (INCA, 2006).
14
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
1.6.5 Fatores de Risco de Câncer
O prolongamento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento das populações
fazem com que doenças crônico-degenerativas destaquem-se no cenário epidemiológico. O câncer
é considerado um problema de saúde pública mundial e, por apresentar tendência crescente,
continuará a ser prioridade nos próximos anos (MG-PAV, 2008).
Não há dúvida que em vários tipos de câncer a susceptibilidade genética tem papel
importante, mas é a interação entre essa susceptibilidade e os fatores ou as condições resultantes
do modo de vida e do ambiente que determina o risco do surgimento da doença (INCA, 2006). Desta
forma, é possível entender a variação encontrada dos principais tipos de câncer entre os países
em desenvolvimento e os desenvolvidos (ANTONIAZZI, D’ALESSANDRO, TEIXEIRA, 2008).
Mais de 75% dos fatores de risco de câncer são evitáveis e modificáveis (ANTONIAZZI,
2007). A mudança individual de comportamento para um estilo de vida mais saudável tem
fundamental importância na redução do risco da doença. Nos países em desenvolvimento, 27% dos
cânceres são atribuídos à infecção crônica causada por alguns tipos de vírus, bactérias e parasitas
(CDC, 2006). Um dos principais agentes é a bactéria Helicobacter pylori, do carcinoma e linfoma
gástricos. O emprego inadequado de alguns métodos de conservação de alimentos é fator de risco,
principalmente para os cânceres de estômago e esôfago, como: conservas, picles, defumados, por
causa de grandes quantidades de nitratos e nitritos. Ao serem consumidos rotineiramente, como
hábito alimentar do indivíduo, essas substâncias são capazes de promover a lesão celular e a
formação tumoral (BASUALDO, 2009).
Outros agentes infecciosos associados ao câncer são: o vírus Epstein-Barr, associado
aos linfomas de Hodgkin e de Burkitt, sendo que o primeiro acomete mais crianças e idosos. O
vírus da hepatite B (HBV) e o vírus da hepatite C (HCV) que está associado ao câncer de fígado
(hepatocarcinoma). O vírus T-linfotrópico humano tipo I (HTLV-1) associado ao linfoma de células
T do adulto; o schistosoma haematobium ao câncer de bexiga; o Opisthorchis viverrini ao câncer
das vias biliares e o papilomavírus humano (HPV) ao câncer de colo do útero (INCA, 2006).
O tabaco é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão e por 30% das mortes
decorrentes de câncer de laringe, faringe, boca, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, leucemia mieloide,
além de estar relacionado a várias outras 50 patologias (PINTO, 2008). O álcool aumenta o risco de
câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, fígado e mama. Esse risco aumenta independentemente
do tipo de bebida e é maior para as pessoas que bebem e fumam (INCA, 2002). Mais de 30% dos
casos de câncer estão relacionados à alimentação inadequada (BASUALDO, 2009).
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
15
O câncer ocupacional, causado pela exposição, durante a vida laboral, a agentes
cancerígenos presentes no ambiente do trabalho, representa cerca de 2% a 4% de todos os
casos de câncer, sendo os mais frequentes os cânceres de pulmão, pele, bexiga e leucemias. A
International Agency of Câncer (IARC) reconhece 99 substâncias como carcinogênicas. Pode-se
citar o alumínio (cânceres de pulmão e de bexiga), a borracha (leucemia e estômago), a coqueria
(cânceres de pele, pulmão, rim, intestino e pâncreas), a fundição de ferro e aço (cânceres de
pulmão, leucemia, estômago, próstata e rim); a madeira e o mobiliário (cânceres de pulmão,
brônquios, nasal, da cavidade oral e mieloma); o couro e sapatos (cânceres de pulmão, cavidade
oral, nasal, faringe, estômago, bexiga, adenocarcinoma) (INCA, 2006).
Uma quantidade considerável de fatores de risco conhecidos para o câncer está relacionada
a exposições de longa duração. Boa parte desses fatores diz respeito a comportamentos construídos
nas duas primeiras décadas de vida, como a ausência da prática regular de exercícios físicos, a
alimentação inadequada, o uso do tabaco e de álcool, a não vacinação contra agentes infecciosos
como a hepatite B, entre outros (INCA, 2006).
Fatores de Risco combinados
O câncer tem etiologia multifatorial e a combinação dos fatores entre si pode potencializar
o desenvolvimento de vários tipos de câncer; por exemplo, o uso do álcool, aumenta em 50%
as chances do surgimento do câncer da boca na população exposta ambos os fatores, ou seja,
tabaco e álcool (INCA, 2002). A globalização dos fatores de risco é uma realidade, e sabe-se que
a redução isolada de apenas um deles pode ser insuficiente para garantir a efetividade das ações
preventivas (INCA, 2006).
Radiação
A radiação ionizante na forma natural está presente no mundo e todas as pessoas estão
expostas a uma exposição crônica de baixas doses ao longo da vida. Em relação ao câncer, a maior
preocupação é a radiação ionizante artificial proveniente dos equipamentos de raios X (CDC, 2006).
16
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
PARTE II – MEDIÇÕES DA RADIAÇÃO NATURAL
GAMA EXTERNA EM CINCO MUNICÍPIOS DO PLANALTO
POÇOS DE CALDAS – MINAS GERAIS – BRASIL
18
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.1. Introdução
A região denominada Planalto Poços de Caldas tem uma história geológica marcada pela
existência de um vulcão extinto há cerca de 60 milhões de anos, tendo evoluído para uma formação
denominada caldeira. Essa região apresenta não apenas uma riqueza mineral própria, mas também
o que se denomina de anomalias radioativas, que são pontos de localização geográfica precisa,
com níveis de radioatividade acima daqueles normalmente observados na superfície terrestre
(PENNA FRANCA et al., 1965; CULLEN, 1975; SACHETT, 2002).
2.1.1 Radioatividade natural
A presença de minerais emissores de radiação pode implicar a elevação da exposição
à radioatividade natural da população da região. Isso ocorre independentemente da exploração
mineral, pois é fato geológico presente na região em épocas anteriores mesmo à evolução dos
primatas. Com o estabelecimento de empreendimentos mineradores na região, é preciso notar
que há duas vertentes: (1) a extração de minério radioativo, cuja atividade intrínseca diminui os
riscos à saúde, uma vez que remove do ambiente o elemento radioativo; e (2) a extração de outros
minérios, que tende a concentrar nos seus rejeitos a parte radioativa do solo, exigindo atenção
especial para sua disposição final (CIPRIANI, 2002).
Partindo-se do pressuposto aceitável de que o manejo de minérios na região esteja dentro
das normas de proteção à saúde, permanece apenas a exposição natural. Esta não pode ser
comparada com as exposições elevadas causadas por acidentes radiológicos ou nucleares, pois
são muito menos intensas. São também menos intensas do que as usadas em radiodiagnóstico
e em radioterapia. As exposições acidentais e clínicas são caracterizadas por serem de alta
intensidade, porém de muito curta duração. São denominadas agudas. A exposição ambiental
proveniente de solos ricos em minérios radioativos é caracterizada por ser de baixa intensidade e
de muito longa duração. É denominada exposição crônica (HENDRY et al., 2009).
2.1.2 Vigilância em Saúde
Do ponto de vista da Saúde Pública, a exposição aguda tem seus efeitos bem conhecidos
de acordo com a dose absorvida, possibilitando a aplicação de protocolos bem desenvolvidos de
mitigação ou atenção à saúde com base em conhecimento científico estabelecido. Para a proteção
da saúde cabe a aplicação do Princípio da Prevenção, que indica os meios para redução e,
eventualmente, a eliminação de risco (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007). Por outro lado, a exposição
crônica, se produzir efeitos, o faz em prazos muito extensos e, em geral, não possui limites claros
de dose associados a cada possível efeito. A proteção da saúde nesses casos se dá sob incerteza
científica e se apoia na aplicação do Princípio da Precaução e na adoção de métodos de gestão de
risco em saúde. Tais métodos são conhecidos como Vigilância em Saúde.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
19
2.1.3 Vigilância em Saúde para Populações Expostas à Radioatividade Natural
O tema de Saúde Pública “exposição crônica de populações à radioatividade natural”
está ligado ao conhecimento tanto da distribuição territorial das emissões quanto da dinâmica da
população que transita pela região. O conhecimento dessas duas variáveis permite que se realize
o cálculo da dose anual tipicamente absorvida por um cidadão (UNSCEAR, 2000).
Conhecendo-se a dose anual absorvida típica, é possível: (1) compará-la com os padrões
adotados pelo Brasil e, nos casos de excesso de dose, estabelecer mecanismos de controle da
saúde dos expostos; (2) que os casos de morbidade e de mortalidade por causas reconhecidamente
radioinduzidas possam ser estudados levando em consideração a exposição de longo prazo do
paciente; (3) promover e induzir pesquisas científicas de avaliação de risco e prevenção de agravos.
É de fundamental importância entender o papel de muito longo prazo do Setor Saúde perante
os grandes empreendimentos, incluindo mineração e processamento de materiais radioativos. Esses
empreendimentos frequentemente submetem a população de seu entorno à exposição crônica a
fatores ambientais de risco à saúde. As consequências, quando existem, se apresentam muito
tardiamente, não raro mesmo após o encerramento do empreendimento causador. A questão central
é, portanto, fortalecer o Setor Saúde durante a vida útil do empreendimento para que sobreviva a
ele em condições de prestar assistência à população (MINISTÉRIO DA SAÚDE, [200-?]).
Poços de Caldas
20 km
Águas da Prata
Caldas
25 km
12 km
15 km
Andradas
20
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.2 Geologia do Planalto Poços de Caldas
O Planalto Poços de Caldas está localizado na região Sudeste do Brasil, possui uma
formação geológica bem peculiar caracterizada pela enorme intrusão alcalina onde são encontradas
anomalias de urânio e tório. A evolução hipotética do Planalto Poços de Caldas foi descrita por
Leinz (1998) como sendo um vulcanismo de idade mesozoica, nas rochas encaixantes, gnaisses
e granitoides do proterozoico, onde ocorreu colapso da parte central determinando a formação da
imensa caldeira com cerca de 30 km de diâmetro.
A FIG. 2 mostra a morfologia da caldeira vulcânica e a localização da malha urbana de Poços
de Caldas, Andradas, Caldas e Águas da Prata, sendo os três primeiros municípios localizados no
Estado de Minas Gerais, e o último, no Estado de São Paulo.
Trata-se de uma estrutura de formato dômico, individualizada por cristas e escarpas
abruptas, de forma externa circular, delimitada por escarpas de falhas que afetaram o embasamento
cristalino e facilitaram a intrusão da chaminé em uma zona de fraqueza do embasamento. Está
alojado na porção meridional do Escudo Atlântico, próximo à atual borda nordeste da Bacia do
Paraná, no âmbito do chamado Maciço Mediano de Guaxupé. Esse complexo é constituído
por uma associação sienítica subsaturada, fortemente alcalina, e caracterizado como Província
Agpaítica de Poços de Caldas. As rochas encaixantes são gnaisses e granitoides proterozoicos.
Na fase da intrusão admite-se que houve colapso da parte central da estrutura, com a formação de
fendas radiais e anelares, pelas quais o magma ascendeu e extravasou ocasionando o vulcanismo
(COSTA et al., 2001). Os diversos tipos litológicos de origem alcalina podem ser subdivididos
em três grupos principais: brechas, tufos e aglomerados; rochas efusivas e hipabissais e rochas
plutônicas (FRAENKEL et al., 1985).
Pesquisas para minerais radioativos no complexo alcalino de Poços de Caldas tiveram
início em 1952, com os trabalhos executados pelo Conselho Nacional de Pesquisa (FRAYHA,
1962; TOLBERT, 1966). Posteriormente outros estudos podem ser encontrados: Ellert
(1959), Tolbert (1966), Oliveira (1974), Almeida e Paradella (1977), Ulbrich (1984),
Fraenkel et al. (1985), Almeida Filho (1995).
O complexo alcalino apresenta dois grandes sistemas de falhamentos, com direções
predominantes em N60W e N40E, estando o primeiro relacionado com a tectônica regional, e o segundo,
com o processo formador da caldeira (FRAENKEL et al., 1985). Almeida Filho e Paradella (1977), através
da interpretação de imagens Landsat, identificaram existência de sete estruturas circulares no interior da
caldeira de Poços de Caldas, possivelmente associadas à presença de cones vulcânicos. A presença
de várias ocorrências minerais radioativas ao longo das bordas dessas estruturas levou aqueles autores
a considerarem que essas feições constituíram controle estrutural dessas mineralizações.
As mineralizações radioativas do maciço alcalino podem ser agrupadas em três associações:
urânio-zircônio, tório-terras raras e urânio-molibdênio (TOLBERT, 1966; FRAENKEL et al.,1985).
As associações urânio-zircônio constituem as mineralizações mais comuns, ocorrendo como
depósitos aluviais, eluviais e como veios e lentes.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
21
As associações tório-terras raras representam o segundo tipo de mineralizações
radioativas do maciço sendo o depósito de Morro de Ferro o mais significativo
(TOLBERT,1966).
Outro aspecto
importante
é a existência
de uma “rocha
As associações tório-terras
raraslitológico
representam
o segundo
tipo de mineralizações
radioativas
potássica”, resultante da alteração por processos hidrotermais e de intemperismo do
do maciço, sendo o depósito de Morro de Ferro o mais significativo (TOLBERT, 1966). Outro
tinguaíto (FRAENKEL et al., 1985), a qual constitui importante controle das
aspecto
litológico importante
existência de uma “rocha potássica”, resultante da alteração por
mineralizações
uraníferas énoa maciço.
processos hidrotermais e de intemperismo do tinguaíto (FRAENKEL et al., 1985), a qual constitui
As imagens
obtidas pelo sensor
SRTMno
(Shuttle
importante controle
das mineralizações
uraníferas
maciço.Radar Topographic Mission)
auxiliaram na delimitação do Planalto Poços de Caldas e identificação de algumas
feições
estruturais
marcantes
no revelo.
mineralizações
radioativas do
maciçoauxiliaram
As imagens
obtidas
pelo sensor
SRTMAs(Shuttle
Radar Topographic
Mission)
alcalino podem ser agrupadas em três associações: urânio-zircônio, tório-terras raras e
na delimitação
do Planalto
Poços
de Fraenkel
Caldas eET
naAL,
identificação
de algumas
estruturais
urânio-molibdênio
(Tolbert,
1996;
1985). Almeida
Filho efeições
Paradella
marcantes
revelo.daAsinterpretação
mineralizações
radioativas
do maciço
alcalinoexistência
podem ser
(1977),noatravés
de imagens
Landsat,
identificaram
de agrupadas
7
estruturas
circulares
no interior da
caldeira raras
de Poços
de Caldas, possivelmente
em três
associações:
urânio-zircônio,
tório-terras
e urânio-molibdênio
(Tolbert, 1996;
associadas
à presença
cones vulcânicos.
Fraenkel
et al.,
1985). de
Almeida
Filho e Paradella (1977), através da interpretação de imagens
Landsat, identificaram existência de sete estruturas circulares no interior da caldeira de Poços de
Caldas, possivelmente
associadas
presença
de cones
vulcânicos.
Figura 2: Localização
da àárea
de estudo
com, destaque
para a altitude e a
ocorrência de radionuclideos na região.
Fonte:Sensor SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission)
FIGURA 2 – Localização da área de estudo com destaque para a altitude e a ocorrência de radionuclideos na região.
Fonte:Sensor SRTM (Shuttle Radar Topographic Mission)
As anomalias radioativas presentes no Planalto Poços de Caldas foram
localizadas e caracterizadas, pela primeira vez, pelo geólogo Resk Frayha (1962). Este
As anomalias
radioativas
presentes
no depósito
PlanaltodePoços
foramraras
localizadas
pesquisador
empreendeu
grandes
esforços nos
minériodedeCaldas
tório e terras
e caracterizadas,
pela noprimeira
pelo do
geólogo
Frayhado(1962).
Esse
do Morro do Ferro,
depositovez,
do Morro
TaquariResk
e no Campo
Cercado,
ondepesquisador
foi
pela
primeira
vez,
minerado
urânio
em
escala
c
comercial.
empreendeu grandes esforços nos depósito de minério de tório e terras raras do Morro do Ferro,
no deposito do Morro do Taquari e no Campo do Cercado, onde foi pela primeira vez minerado
urânio em escala comercial.
22
22
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.3 Radiação NATURAL
2.3.1 Exposição Populacional à Radiação Ionizante
A exposição de seres vivos à radioatividade ou à radiação ionizante a partir de fontes
radioativas naturais é uma condição inexorável da existência da vida na terra. Pode-se classificar
as radiações ionizantes quanto à sua origem em natural e artificial (ou produzida pelo homem). No
que diz respeito à radiação natural, existem dois contribuintes principais na exposição humana:
(1) raios cósmicos de alta energia provenientes do espaço sideral e (2) elementos radioativos
naturais originados nos primórdios da criação do planeta Terra. Estes são também chamados de
isótopos radioativos naturais e fazem parte das séries radioativas naturais do potássio (40K), urânio
(238U), tório (232Th) e actínio (235U) presentes em solos, rochas, atmosfera, água e nos organismo
dos seres vivos (UNSCEAR, 2000).
2.3.2 Elemento Radioativo Natural
Um elemento químico é um átomo constituído por um núcleo, onde estão as partículas
nucleares – prótons e nêutrons –, e uma eletrosfera onde estão os elétrons. A maioria dos elementos
químicos são estáveis e, portanto, não emitem radiação. Porém, alguns elementos naturais têm
instabilidade no arranjo de prótons e nêutrons de seus núcleos atômicos e, para perderem essa
instabilidade e tornarem-se estáveis, emitem parte de seus núcleos na forma de matéria e/ou energia.
Essas emissões são as radiações alfa (dois prótons e dois nêutrons) e beta (um elétron). Após uma
emissão alfa ou beta podem ocorrer pequenos ajustes de energia, emitidos pelo núcleo na forma de
ondas eletromagnéticas e denominadas radiação gama (UNSCEAR, 2000).
2.3.3 O Poder de Penetração das Radiações na Matéria
A radiação alfa, ao ser emitida, não percorre mais que alguns poucos centímetros de ar
e não consegue atravessar sequer uma simples folha de papel. A radiação beta pode percorrer
alguns metros de ar, porém, não atravessa uma simples folha de papel alumínio. Já a radiação
gama tem grande poder de penetração; para atenuar um feixe de raios gama são usadas barreiras
ou blindagens construídas de concreto, aço, chumbo, etc. (UNSCEAR, 2000).
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
23
FIGURA 3 – Penetração das radiações ionizantes
Figura elaborada por Elis de Oliveira Lima Filho – LAPOC/CNEN
2.3.4 Exposição Interna e Exposição Externa
Neste ambiente de convivência natural de seres vivos com a radioatividade, o corpo humano
pode ser atingido pela radiação de duas maneiras diferentes: internamente, através da ingestão,
da inalação ou da absorção pela pele, e externamente, em decorrência da radiação recebida do
meio ambiente, por morarmos em um planeta naturalmente radioativo.
Dose interna: O decaimento radioativo ocorre dentro do corpo, e a radiação perde sua
energia de emissão em partes do nosso organismo.
Dose externa: O decaimento radioativo ocorre no ambiente externo ao nosso corpo, e a
radiação pode atingir nosso corpo perdendo sua energia.
Assim a dose é chamada de interna ou externa de acordo com o local em que se encontra a
fonte de origem da radioatividade – dentro ou fora do corpo. Devido ao baixo poder de penetração
das radioatividades alfa e beta, pode-se afirmar que a dose externa causada por elas é nula.
Porém, a radioatividade gama tem alto poder de penetração e, ao incidir sobre um ser vivo, pode
transferir para ele sua energia através de um fenômeno físico denominado ionização – daí o termo
radiação ionizante. Destaca-se também que as radiações alfa e beta também são denominadas
ionizantes (UNSCEAR, 2000).
2.3.5 Dose Efetiva
Do ponto de vista de proteção radiológica, a grandeza física correta a ser utilizada para
medir a dose em um indivíduo é a dose efetiva, ou simplesmente dose, que é a soma da dose
externa e da interna de uma pessoa decorrente da exposição a fontes naturais e artificiais de
radiação (UNSCEAR, 2000).
24
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
A unidade de medida da dose efetiva no Sistema Internacional de Unidades é o Sievert
(Sv), e por 1 (um) Sv ser um valor muito grande, foram utilizadas subunidades dessa grandeza, ou
seja, a milésima = mSv (10-3 Sv), a bilionésima = µSv (10-6 Sv) ou trilhonésima = nSv (10-9 Sv) parte
do Sievert (Sv) (UNSCEAR, 2000).
2.3.6 Fator de Ocupação
No Anexo A do Comitê Científico (UNSCEAR, 2000 – Dose Assessment Methodologies), a
exposição por raios gama terrestres é subdividida em duas categorias indoor e outdoor, atribuindo
um valor cerca de 40% superior à primeira em relação à segunda. Entretanto, considera também
que o fator de ocupação varia conforme o clima do país e ocupação. Por exemplo, o fator de
ocupação indoor, estimado em 80%, é considerado baixo para países industrializados de clima
frio, enquanto seria alto para os países de clima temperado e muito alto para os países agrícolas
de clima quente, sendo que, nesse último caso, pode-se citar o Brasil. Considerando ainda a
indisponibilidade dos dados de dose externa indoor, o presente estudo assumiu que esta seja
similar à dose recebida outdoor (UNSCEAR, 2000).
2.3.7 Dose Efetiva Mundial
Segundo o Comitê Científico UNSCEAR (2000), a média de dose efetiva mundial é de 2,8
mSv/ano, sendo 2,4 mSv/ano para fontes naturais, distribuída conforme a TAB. 3.
Tabela 3
Componentes da dose efetiva mundial com base populacional
Raios Cósmicos
Dose média
(mSv/ano)
0,4
Gama Terrestre
0,5
0,3 – 0,6
a) Subtotal
0,9
–
Inalação
1,2
0,2 – 10,0
Ingestão
0,3
0,2 – 0,8
b) Subtotal
1,5
–
1 – TOTAL NATURAL (a + b)
2,4
1,0 – 10,0
Procedimentos médicos
Produção de energia nuclear
0,40
0,0002
ND*
ND*
Testes nucleares na atmosfera
0,005
ND*
Acidentes nucleares (Chernobyl e outros)
0,002
ND*
2 – TOTAL ARTIFICIAL
0,4
ND*
(1 + 2)
2,8
FONTES DE RADIAÇÃO IONIZANTE
a)Exposição Externa
1. NATURAL
b) Exposição Interna
2. ARTIFICIAL
TOTAL
Variação
0,3 – 1,0
Fonte: Adaptado de UNSCEAR, 2000 – ND* = dado não disponibilizado pela fonte consultada.
Nota: O objeto do presente estudo é a determinação da dose efetiva em virtude da radiação gama externa emitida por radionuclídeos naturais (em destaque
na TAB. 3), considerando que as exposições fora e dentro do domicílio (fator de ocupação) são iguais.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
25
Deve-se ressaltar que o valor estimado da exposição média da população mundial de 2,4
mSv/ano não deve ser tomado como um dado exato, uma vez que os valores médios estimados
estão baseados em dados não representativos da população mundial como um todo, segundo
Sachett (2002). Por outro lado, a UNSCEAR (2000) menciona que a base de dados de exposição
à radiação está aumentando e que a caracterização de distribuição de dose na população, com
relação às diferentes fontes de radiação natural, está sendo aperfeiçoada.
2.3.8 Média Global da Dose Externa Gama Terrestre
A média global encontrada pela UNSCEAR (2000) foi 0,50 mSv/ano, com base no peso
populacional, incluindo países com taxas bem baixas (menos de 0,25 mSv/ano), como Groenlândia,
Egito, Holanda e Reino Unido, e outros com taxas mais elevadas (mais de 0,49 mSv/ano), como
Austrália, Malásia e Portugal). Da América do Sul, somente as informações do Paraguai e do Chile
participaram dessa estatística. O Brasil não foi incluído nesses resultados (UNSCEAR, 2000).
2.3.9 Áreas de Radioatividade Natural Elevada
Uma classificação das áreas de radioatividade segundo a dose efetiva média da radiação
natural gama terrestre foi utilizada na TAB. 4, que destaca áreas de radioatividade natural elevada nos
seguintes países: Sudão (38,4 mSv/ano), Índia (31,4 mS/ano), Ramsar Irã (20,4 mS/ano), Mahallat
(14,0 mSv/ano), China (6,4 mSv/ano) (SOHRABI, 1998; UNSCEAR, 2000; HENDRY et al., 2009).
Tabela 4
Classificação das áreas de radioatividade segundo a dose efetiva média da radiação natural gama terrestre
Normal
Dose efetiva média
(mSv/ano)
<5
Médio
5-20
Elevado
20-50
Muito elevado
> 50
Nívelde Classificação
Fontes: SOHRABI (1998), UNSCEAR (2000),\HENDRY, J.H et al.(2009)
Adaptação (tabela e cor) pelo Projeto Poços de Caldas, 2009.
Diversos países têm realizado levantamentos radiométricos ambientais para determinar as
concentrações de background de radionuclídeos presentes no solo (SACHETT, 2002).
26
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.3.10 Valor Genérico de Referência da CNEN
A norma CNEN 3.01/007 preconiza que “uma dose anual existente de 10 mSv/ano deve
ser usada como um valor genérico de referência para uma ação de intervenção em situações
de exposição crônica de membros do público”, de forma que um valor de 10 mSv/ano sempre
demandará uma avaliação para a implementação de medidas de proteção ou de remediação.
COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)
Órgão de planejamento, orientação, supervisão e fiscalização. Estabelece normas
e regulamentos em radioproteção, licencia, fiscaliza e controla a atividade nuclear no Brasil.
Desenvolve ainda pesquisas na utilização de técnicas nucleares em benefício da sociedade.
Missão: Garantir o uso seguro e pacífico da energia nuclear, desenvolver
e disponibilizar tecnologias nuclear e correlatas, visando ao bem-estar da população.
2.3.11 Médias Encontradas por Estudos Brasileiros
No Brasil, a taxa média de dose gama ambiental natural por habitante ainda é desconhecida.
Os poucos dados são de estudos em regiões de mais alta radioatividade natural. Um extenso
levantamento radiométrico para caracterização das áreas de elevada radiação ambiental, até
então conhecidas no País, foi efetuado nas décadas de 1960 e 1970, por Cullen et al. (1964; 1977;
1980), Eisenbud (1963), Penna Franca et al. (1965, 1977) e Roser et al. (1962; 1964).
A área mais estudada é a região de Poços de Caldas, Rose; Cullen (1962, 1964), Penna
Franca (1965, 1977); Cullen (1977), Cullen et al. (1964, 1980)., com o objetivo de caracterização
das áreas em relação à exposição gama externa, à ingestão de alimentos cultivados no local e à
inalação do radônio e torônio e descendentes. Posteriormente, Amaral (1992) avaliou o aumento
da exposição à radioatividade natural, na população rural, em virtude de práticas agrícolas na
região de Poços de Caldas. Entretanto, os sistemas de detecção eram tecnologicamente limitados
se comparados com os modernos sistemas de rastreamento gama ambiental que possibilitam uma
varredura muito mais precisa.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
27
As pesquisas mais recentes são de Sachett (2002) em áreas urbanas selecionadas, da
região do Planalto Poços de Caldas (Andradas, Águas da Prata, Caldas, Poços de Caldas), em
Guarapari (praias) e no Rio de Janeiro (em parte do Bairro Recreio dos Bandeirantes). Destacamse também os trabalhos de Oliveira (2001), que investigou os níveis de radiação na região urbana,
em 43 distritos da cidade de São Paulo, e o trabalho de Veiga et al. (2003), que investigaram
a região urbana de Poços de Caldas para esse tipo de exposição. Esses estudos calcularam a
dose média aritmética, e, para fins didáticos, as médias originais foram convertidas em mSv/ano,
utilizando a mesma metodologia aplicada no presente estudo (TAB. 5).
Tabela 5
Média das medições da radiação gama externa encontradas em estudos – Brasil.
Notas: Área territorial medida
N (Nº de pontos
medidos)
Médias originais dos
autores
Média convertida
São Paulo, SP*
43 distritos de saúde do município de SP
118
0,52 mSv/ano
0,75 mSv/ano
Rio de Janeiro, RJ**
Parte do bairro do Recreio Bandeirantes
(nas áreas de preservação)
4.268
106,19 nGy/h
0,65 mSv/ano
Águas da Prata, SP**
15 áreas urbanas
848
106,65 nGy/h
0,65 mSv/ano
Guarapari, ES**
24 áreas urbanas
9.815
119,75 nGy/h
0,73 mSv/ano
Andradas, MG**
10 áreas urbanas
3.546
99,48 nGy/h
0,61 mSv/ano
Caldas, MG**
Área urbana
345
129,67 nGy/h
0,80 mSv/ano
Poços de Caldas, MG**
15 áreas urbanas
7.189
145,73 nGy/h
0,89 mSv/ano
Poços de Caldas, MG***
Área Urbana
7.189
0,91 mSv/ano
0,91 mSv/ano
* Oliveira (2001) – Este autor considerou que a radiação gama externa sofre influencia dos raios cósmicos, e consequentemente, dos valores
encontrados foi descontado 0,23 que seria atribuídos aos raios cósmicos. Na média convertida foi acrescentado 0,23 mSv/ano na média original
o que explica a diferença encontradada.
** Sachett (2002) – A conversão se aplicou através da fórmula mSv/ano=nGy/h*24*365*0,7/106 (não foram considerados os fatores de ocupação indoor e outdoor).
*** Veiga et al.(2003)
Os valores encontrados pelos estudos brasileiros são mais elevados que 0,5 mSv/ano
(UNSCEAR, 2000).
28
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.4 Radiação e Câncer
A exposição à radiação pode danificar as células causando morte em algumas delas e
modificando outras. Muitos órgãos e tecidos do corpo não são afetados por essas perdas. Contudo,
se o número perdido for suficientemente grande, poderá danificar órgãos e conduzir ao óbito. Outra
consequência é a modificação celular. O dano às células usualmente é reparado. No entanto,
se o reparo não for perfeito, resultará numa modificação que será transmitida a outras células e
conduzir eventualmente a um tumor.
Relatos da associação entre radiação e câncer são provenientes de grandes estudos
realizados pós-acidentes radioativos, como em sobreviventes de bombas atômicas. O Life Span
Study, um grande estudo de coorte, realizado com sobreviventes da bomba atômica mostrou
efeitos estatisticamente significativos entre radiação e tumores sólidos de estômago, cólon, fígado,
pulmão, mama, ovário e bexiga, bem como excesso de risco para câncer de tireoide e câncer de
pele não melanoma. Não foram observadas associação entre câncer de reto, pâncreas, laringe,
colo de útero, próstata e rins. Há pouca evidência de associação com linfomas e mielomas múltiplos.
Embora a radiação natural possa ser entendida como exposição em baixas doses (capazes
de agir como um potente iniciador mutacional de tumorogênese), é considerada crônica e seus
efeitos podem ser cumulativos e, no caso de câncer, manifestarem-se após longos períodos de
latência, de acordo com o tipo de tumor. Por exemplo, para leucemia, são necessários apenas
de dois a 10 anos de exposição. Para câncer de pulmão são necessários cerca de 50 anos até a
manifestação do tumor. No entanto, o câncer radioinduzido não difere dos cânceres que surgem
espontaneamente ou são atribuídos a outros carcinógenos (UNSCEAR, 2000).
Efeitos Combinados
Efeitos combinados da radiação e outros agentes físicos, químicos ou biológicos no ambiente
são inerentes à vida. O tabaco é uma mistura complexa de agentes químicos e físicos e ainda
não há clareza dos mecanismos de interação entre esses dois fatores. No entanto, resultados de
estudos epidemiológicos de radônio em minas subterrâneas mostram que existe uma interação
(mais que aditiva, menos que multiplicativa) entre tabagismo e radiação – níveis médios ou
elevados, relacionados ao câncer de pulmão. Há poucos dados sobre interações entre radiação e
outros agentes. Isso não significa que elas não ocorram ou não influenciem o risco da radiação em
baixas doses (UNSCEAR, 2000).
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
29
2.5 Território de Abrangência do Estudo
A seleção foi baseada no critério de inclusão numa circunferência, no raio de 20 km a partir
2.5. TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
da mina de urânio. Como essa área intercepta diversos municípios no Estado de Minas Gerais,
A seleçãointegralmente
foi baseada no critério
inclusão numa circunferência,
raio de 20Ibitiúra de Minas,
a expansão permitiu incluir
cincode municípios:
Andradas, noCaldas,
km a partir da mina de urânio. Como esta área intercepta diversos municípios no Estado
Poços de Caldasdee Minas
SantaGerais,
Rita dea Caldas.
cobertura
estudo corresponde
ao total da extensão
expansão A
permitiu
incluirdointegralmente
cinco municípios:
Andradas,
Caldas,
Ibitiúra
de
Minas,
Poços
de
Caldas
e
Santa
Rita
de
Caldas.
A
territorial dessescobertura
municípios,
de 2.301,87 km².
do estudo corresponde ao total da extensão territorial desses municípios, de
2.301,87 km².
Segundo o Plano
Diretor de Regionalização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Segundo o Plano Diretor de Regionalização da Secretaria de Estado da Saúde de
Minas Gerais,compõem
esses municípios
compõem a microrregião
de saúde
Poços de
Gerais, esses municípios
a microrregião
de saúde
de de
Poços
deCaldas,
Caldas, da Gerência
da Gerência Regional de Saúde de Pouso Alegre, região sul do Estado.
Regional de Saúde de Pouso Alegre, região Sul do Estado.
Figura 4: Mapa do Planalto Poços de Caldas
Poçosde
deCaldas
Caldas
Poços
CNEN-LAPOC
CNEN-LAPOC
Águasda
da
Águas
Prata
Prata
Caldas
Caldas
Minade
de
Andradas
Mina
Urânio
Urânio
Ibitiúra de Minas
São João daBoa Vista
São João da Boa Vista
Caldas
de
Santa
Rita
Santa
Rita
Santa
Rita
de Caldas
Caldas
de
Nota: O território de abrangência do estudo foi delimitado por uma circunferência de 40 km de
diâmetro, tendo como centro a mina de urânio. Dos sete municípios localizados em um raio de até 20 Km
Ibitiúra
deVista)
Minas
da mina:Prata
2 pertencem ao Estado de São Paulo (Águas da Prata
da Boa
e cinco
Urânioe São João
Ibitiúra
de
Minas
Andradas
pertencem
ao
Estado
de
Minas
Gerais
(Andradas,
Ibitiúra
de
Minas,
Santa
Rita
de
Caldas,
Caldas e
Mina
de
Andradas
Águas da
Poços de Caldas). As medições de radiação natural gama terrestre foram realizadas nos municípios
mineiros.
Caldas
CNEN-LAPOC
No Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil (2000), esses municípios são
categorizados como de elevado (Poços de Caldas e Andradas) e médio (Caldas, Ibitiura
de Minas
e SantadoRita
de Caldas)
desenvolvimento
humano.
Figura 4 – Imagem
de satélite
Planalto
de Poços
de Caldas
Nota: O território de abrangência do estudo foi delimitado por uma circunferência de 40 km de diâmetro, tendo como centro a mina de urânio. Dos sete municípios localizados
IDHMaode
Poços
dePaulo
Caldas
(0,841)
o maior
ose cinco
853 pertencem
municípios
do de Minas Gerais (Andradas,
em um raio de até 20 Km da mina, doisO
pertencem
Estado
de São
(Águas
da Prata ée São
João dadentre
Boa Vista)
ao Estado
Poços
Caldas
Estado
Minas
Gerais
e o 66º
dentre de
os
5507demunicípios
brasileiros.
O de Andradas
Ibitiúra de Minas, Santa Rita de
Caldas,de
Caldas
e Poços
de Caldas).
As medições
radiação
natural
gama terrestre
foram realizadas
nos municípios mineiros.
(0,812) é o 20º (MG) e 341º (Brasil); Caldas (0,782) é o 107º (MG) e 997º (Brasil);
Ibitiura de Minas (0,775) é o 137º (MG) e 1181º (Brasil) e o de Santa Rita de Caldas
No Atlas de
Desenvolvimento
Humano
Brasil
(2000),
essesummunicípios
são categorizados
(0,768)
é o 182º (MG) e 1181º
(Brasil).do
Esses
valores
demonstram
padrão de vida
superior
outros municípios
no mesmo
país sendoIbitiúra
coerentede
comMinas
as
como de elevadomuito
(Poços
dea Caldas
e Andradas)
e estado
médioe no(Caldas,
e Santa Rita
evidências de envelhecimento populacional nas pirâmides etárias e outras informações
de Caldas) desenvolvimento
humano.
que são apresentadas a seguir.
30
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
O IDHM de Poços de Caldas (0,841) é o maior dentre os 853 municípios do Estado de
Minas Gerais e o 66º dentre os 5.507 municípios brasileiros. O de Andradas (0,812) é o 20º (MG)
e o 341º (Brasil); Caldas (0,782) é o 107º (MG) e o 997º (Brasil); Ibitiúra de Minas (0,775) é o 137º
(MG) e o 1181º (Brasil) e o de Santa Rita de Caldas (0,768), o 182º (MG) e o 1181º (Brasil). Esses
valores demonstram um padrão de vida muito superior a outros municípios no mesmo Estado e no
País sendo coerente com as evidências de envelhecimento populacional nas pirâmides etárias e
outras informações que são apresentadas a seguir.
30
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
POÇOS DE CALDAS, MG
2.5.1 Características dos Municípios de Abrangência do Estudo
2.5.1.1 POÇOS DE CALDAS
O município de Poços de Caldas
tem uma extensão territorial de 540,87 km2.
A temperatura média anual é de 18,2ºC e a
altitude máxima é de 1575 metros, na Serra
de Poços de Caldas. É uma cidade turística
em razão de suas águas minerais, suas
termas para os banhos medicinais e a beleza
de suas matas e cachoeiras. Nos belos
parques e jardins da cidade, são realizadas
as tradicionais serestas. Seus vinhos, doces,
queijos e conservas são muito apreciados.
Características
Valores
Estimativa População 2009
151.454
População Masculina
74.199
População Feminina
77.255
IDHM
0,841
IDHM-Renda
0,787
IDHM-Longevidade
0,85
IDHM-Educação
0,886
Esperança de Vida ao Nascer
75,98
Estrutura etária populacional de Poços de Caldas - 2009
80 anos +
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
05 a 09
<1 a 04
2.2
1.8
2.4
3.0
1.4
1.4
2.1
2.6
4.1
3.9
5.5
6.4
6.9
7.1
7.4
5.0
5.8
6.4
6.8
7.3
8.4
8.8
8.1
7.4
7.2
7.1
6.4
15.0
10.0
8.6
9.4
8.8
8.1
7.6
7.7
7.0
5.0
Feminino
0.0
5.0
10.0
15.0
Masculino
Fontes: Perfis dos Municípios Mineiros disponíveis em <http://www.almg.gov.br>. Acesso em 04/09/2009. Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM =
Índice de Desenvolvimento Humano Médio
• Municípios limítrofes: Botelhos, Andradas, Caldas, Bandeira do Sul e Campestre.
• Principais rios: Represa da Graminha, Represa de Bortolan, Ribeirão das Antas e Rio Pardo.
• Principais atividades econômicas: extração de minerais (metálicos e não metálicos),
confecções, produção de alimentos e bebidas, de celulose, papel e seus produtos, de
equipamentos de transporte, de produtos químicos, de máquinas, aparelhos e materiais
elétricos, de móveis, de artigos de borracha e plástico, de máquinas e equipamentos,
metalurgia básica. Agropecuária, agroindústria.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
31
ANDRADAS, MG
2.5.1.2 ANDRADAS
O município de Andradas tem uma
extensão territorial de 467 km2, é conhecido
como a Terra do Vinho e possui uma das
mais importantes vinícolas do Estado. O
clima e a topografias são favoráveis para
o cultivo das uvas, e outra atividade é a
produção de cerâmicas. A temperatura
média anual é de 18,2ºC e a altitude máxima
é de 1.657 metros, na Serra do Gavião.
Características
Valores
Estimativa População 2009
36.630
População Masculina
18.164
População Feminina
18.466
IDHM
0,812
IDHM-Renda
0,755
IDHM-Longevidade
0,851
IDHM-Educação
0,83
Esperança de Vida ao Nascer
76,07
Estrutura etária populacional de Andradas - 2009
80 anos +
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
05 a 09
<1 a 04
2.3
2.1
2.5
2.9
3.6
1.6
1.8
2.3
2.8
3.7
4.9
5.0
5.9
7.0
7.4
7.7
8.1
8.5
8.2
7.9
7.5
7.0
6.4
15.0
10.0
6.1
6.9
7.4
7.4
8.5
9.1
8.5
8.0
7.2
7.0
6.7
5.0
0.0
Feminino
5.0
10.0
15.0
Masculino
Fontes: Perfis dos Municípios Mineiros disponíveis em <http://www.almg.gov.br>. Acesso em 04/09/2009. Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM =
Índice de Desenvolvimento Humano Médio.
• Municípios limítrofes: Ibitiúra de Minas, Poços de Caldas, Albertina, Jacutinga, Ouro Fino
e Santa Rita de Caldas.
• Principais rios: Jaguari-Mirim e São João.
• Reservas minerais: alumínio (bauxita), argila, feldspato, leucita (rochas potássicas),
quartzo.
• Principais atividades econômicas: extração de minerais (metálicos e não metálicos),
confecções, produção de alimentos e bebidas, de móveis, de artigos de borracha e plástico,
de maquinário, de equipamentos, indústrias, preparação de couros e fabricação de calçados
e artefatos.
32
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
CALDAS, MG
2.5.1.3 CALDAS
O município de Caldas tem uma
extensão territorial de 712,1 km2. Suas águas
minerais são indicadas para o tratamento
de diversas doenças. É conhecido, ainda,
por existir na região uma mina de urânio,
explorada pela INB (Indústrias Nucleares
do Brasil). A temperatura média anual é de
18,2ºC e a altitude máxima, de 1.764 metros,
na Serra da Pedra Branca.
Características
Valores
Estimativa População 2009
14.656
População Masculina
7.707
População Feminina
6.949
IDHM
0,782
IDHM-Renda
0,703
IDHM-Longevidade
0,826
IDHM-Educação
0,817
Esperança de Vida ao Nascer
74,57
Estrutura etária populacional de Caldas - 2009
80 anos +
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
05 a 09
<1 a 04
3.0
2.3
2.9
3.9
4.8
5.4
6.2
2.4
2.1
2.8
3.4
4.5
5.4
6.6
7.4
8.1
7.0
7.0
7.9
7.5
7.8
6.7
6.2
6.0
15.0
10.0
7.7
7.8
7.4
7.3
7.7
8.5
7.1
6.9
6.8
5.8
5.0
0.0
Feminino
5.0
10.0
15.0
Masculino
Fontes: Perfis dos Municípios Mineiros disponíveis em <http://www.almg.gov.br>. Acesso em 04/09/2009. Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM =
Índice de Desenvolvimento Humano Médio.
• Municípios limítrofes: Bandeira do Sul, Poços de Caldas, Andradas, Ibitiúra de Minas,
Santa Rita de Caldas e Campestre.
• Principais rios: Verde e Jaguari.
• Reservas minerais: alumínio (bauxita), argila, leucita (rochas potássicas), manganês e
zircônio
• Principais atividades econômicas: extração de minerais não metálicos, fabricação de
produtos alimentícios e bebidas, de móveis e indústrias diversas.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
33
IBITIÚRA DE MINAS, MG
2.5.1.4 IBITIÚRA DE MINAS
O município de Ibitiúra de Minas tem
uma extensão territorial de 68,9 km2.
A temperatura média anual é de
18,2ºC e a altitude máxima, de 1690 metros,
na Serra da Pedra Branca.
Características
Valores
Estimativa População 2009
3.516
População Masculina
1.836
População Feminina
1.680
IDHM
0,775
IDHM-Renda
0,697
IDHM-Longevidade
0,824
IDHM-Educação
0,803
Esperança de Vida ao Nascer
74,41
Estrutura etária populacional de Ibitiúra de Minas - 2009
80 anos +
75 a 79
70 a 74
65 a 69
60 a 64
55 a 59
50 a 54
45 a 49
40 a 44
35 a 39
30 a 34
25 a 29
20 a 24
15 a 19
10 a 14
05 a 09
<1 a 04
2.5
1.6
2.6
2.9
3.4
1.9
1.6
2.4
3.2
4.5
4.6
5.6
5.7
6.8
6.3
7.4
7.1
6.6
6.8
7.0
7.3
7.4
8.3
8.6
8.4
7.9
7.7
7.3
15.0
10.0
8.5
7.9
7.8
8.0
7.6
6.9
5.0
0.0
Feminino
5.0
10.0
15.0
Masculino
Fontes: Perfis dos Municípios Mineiros disponíveis em <http://www.almg.gov.br>. Acesso em 04/09/2009. Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM =
Índice de Desenvolvimento Humano Médio.
• Municípios limítrofes: Caldas, Andradas e Santa Rita de Caldas.
• Principal rio: Jaguari-Mirim.
• Principais atividades econômicas: confecção de artigos de vestuário e acessórios,
fabricação de produtos alimentícios e bebidas.
34
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
SANTA RITA DE CALDAS, MG
2.5.1.5 SANTA RITA DE CALDAS
O município de Santa Rita de Caldas
tem uma extensão territorial de 502,45 km2.
A temperatura média anual é de
18,2ºC e a altitude máxima, de 1764 metros,
na Serra da Pedra Branca
Características
Valores
Estimativa População 2009
9.322
População Masculina
4.835
População Feminina
4.487
IDHM
0,768
IDHM-Renda
0,687
IDHM-Longevidade
0,79
IDHM-Educação
0,828
Esperança de Vida ao Nascer
72,38
Fontes: Perfis dos Municípios Mineiros disponíveis em <http://www.almg.gov.br>. Acesso em 04/09/2009. Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM =
Índice de Desenvolvimento Humano Médio.
• Municípios limítrofes: Caldas, Ibitiúra de Minas, Andradas, Ouro Fino, Ipuiuna e Campestre.
• Principais rios: Ribeirão São Bento e Rio Pardo.
• Principais atividades econômicas: agropecuária e agroindústria. Seus vinhos, doces
e conservas são muito conhecidos. Outras atividades: fabricação de produtos têxteis,
alimentos e bebidas.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
35
2.6 Materiais e Métodos
Nos cálculos foram utilizados os dados do IBGE do ano 2000, censo e da malha viária dos
cincos municípios de estudo, total e por zonas urbana e rural.
Tabela 6
Número de habitantes e área territorial da malha viária (km²), total e por zonas urbana e rural, dos municípios
selecionados – IBGE, ano 2000.
MUNICÍPIOS
POPULAÇÃO ANO 2000 *
ÁREA (km²)
TOTAL
Urbana
Rural
TOTAL
Urbana
Rural
ANDRADAS
32.968
24.087
8.881
469,10
13,570
455,20
CALDAS
12.766
7.232
5.534
715,30
5,486
710,00
IBITIÚRA DE MINAS
3.301
2.049
1.252
68,47
1,744
66,92
POÇOS DE CALDAS
135.627
130.826
4.801
544,90
72,120
476,20
SANTA RITA DE CALDAS
9.278
5.489
3.789
504,10
3,777
500,60
TODOS MUNICÍPIOS
193.940
169.683
24.257
2.301,87
96,697
2.208,92
Fonte população: IBGE – Censo Demográfico, 2000 – Fonte área: IBGE – Malha Digital, 2000.
* Nota: vide Apêndice – MAPA 11 – Densidade populacional por setor censitário.
A estimativa de dose de radiação gama proveniente do solo foi realizada sobre toda a malha
viária (asfaltada ou não). Os mapas utilizados para percorrer todo o Planalto Poços de Caldas foram:
os Mapas Municipais Estatísticos – Ano 2000 do IBGE para a zona rural de todos os municípios; e
para as áreas urbanas foi utilizada a planta da Prefeitura de Poços de Caldas e os Mapas de Setores
Urbanos do IBGE – MRU – Censo 2000 para todos os municípios. Algumas rodovias desses mapas
deixaram de existir e, portanto, não foram monitoradas. Observou-se que foram construídas novas
rodovias, principalmente nas áreas rurais, as quais foram percorridas e monitoradas.
Período das medições:
- 23/09/2002 a 23/10/2003 (16 dias úteis)
Realizada pela CNEN com a mesma metodologia na zona urbana de Poços de Caldas
- 21/09/2006 a 19/09/2008 (70 dias úteis)
- Total: 86 dias úteis
A diferença nos períodos de medição não interfere na comparabilidade dos dados por ser
a radiação do solo um fenômeno estacionário, ou seja, que não apresenta variações a não ser
em longos períodos de tempo ou quando ocorrer alterações no uso e na ocupação do solo, que
não ocorreu de forma significativa. Entende-se por longos períodos aqueles compatíveis com as
meias-vidas dos radionuclídeos naturais, por exemplo, 4,468 bilhões de anos para o urânio e 14,05
bilhões de anos para o tório (UNSCEAR, 2000).
36
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.6.1. Medição de Dose de Radiação Gama
2.6.1 Medição de Dose de Radiação Gama
O equipamento utilizado para medir as doses de radiação possui um sistema
móvel (Figura 5) de medição da radioatividade gama ambiental (marca Eberline Modelo
FHT
1376). Este
equipamento
é formado
pordeum
detector
gamaum
desistema
alta sensibilidade
O equipamento
utilizado
para medir
as doses
radiação
possui
móvel (FIG. 5) de
(detector
cintilador
plástico
de
5
litros)
acoplado
a
um
GPS
(Global
Positioning
medição da radioatividade gama ambiental (marca Eberline Modelo FHT 1376). EsseSystem)
equipamento
e
a
um
microcomputador,
que
foi
configurado
para
tomar
uma
medida
de
dose
a
é formado por um detector gama de alta sensibilidade (detector cintilador plástico de cada
cinco litros)
segundo. O conjunto foi instalado em um veículo de passeio, de tal forma que a altura
acoplado
um GPS
(Global Positioning
e aaoumsolo.
microcomputador configurado para tomar
do adetector
se encontrava
a 1 metroSystem)
em relação
uma medida de dose a cada segundo. O conjunto foi instalado em um veículo de passeio de tal forma
Figura
5: Conjunto
instalado emaum
passeio:
detector
gama de alta sensibilidade
que a altura
do detector
se encontrava
umveículo
metrodeem
relação
ao solo.
acoplado a um GPS e a um microcomputador.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
37
Figura 5 – Conjunto instalado em um veículo de passeio: detector gama de alta sensibilidade acoplado a um
GPS e a um microcomputador.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
37
2.6.2 Contribuição da radiação cósmica nas medições
2.6.2. Contribuição da radiação cósmica nas medições
Um aspecto importante é a definição da contribuição da radiação cósmica nas medições
Um aspecto
importante
é a definição
da contribuição
radiação para
cósmica
realizadas.
Conforme
Wissamam
(2006), uma
metodologiada
adequada
estenas
ensaio consiste
medições realizadas. Conforme Wissamam (2006), uma metodologia adequada para
em realizar medições em uma plataforma posicionada sobre um lago com profundidade mínima
este ensaio consiste em realizar medições em uma plataforma posicionada sobre um
de
com distância
mínimo,
metrosdedas
margens.
profundidade
requerida
lagotrês
commetros
profundidade
mínima de,
de 3no
metros
com100
distância
no mínimo
100Ametros
das
émargens.
suficiente
para absorverrequerida
totalmente
radiaçãopara
gama
terrestre,
e a distância
das margens visa
A profundidade
é o asuficiente
absorver
totalmente
a radiação
gama terrestre
e a distância
margens visaemitida
garantir
que
radiaçãoincida
gamasobre
remanescente
garantir
que radiação
gamadas
remanescente
nas
margens
o monitor em pequeno
emitidas
nas
margens
incida
sobre
o
monitor
em
pequeno
ângulo
sólido,
tal sua
ângulo sólido, tal sua contribuição que possa ser desprezado.
contribuição que possa ser desprezado.
Desta
forma,foi
foirealizado
realizadoum
umexperimento
experimentonanaRepresa
Represa
Cipó
(município
Desta forma
do do
Cipó
(município
de de Poços de
Caldas)
umaem
região
com profundidade
e distância
dasdas
margens
Poços de em
Caldas)
uma região
com profundidade
e distância
margenssuperiores
superiores aa requerida. A
requerida.
A altitude
local
era de
1300
metros.
A foto ao experimento
seguir demonstra
o Observoualtitude
do local
era de do
1.300
metros.
A foto
a seguir
demonstra
realizado.
experimento
realizado.
Observou-se
que
a
taxa
de
dose
média
naquele
lago
foi
de
se que a taxa de dose média naquele lago foi de 10 nSv/h (0,0876 mSv/ano), o que corresponde à
10 nSv/h (0,0876
mSv/ano),
o que na
corresponde
a contribuição da radiação cósmica na
contribuição
da radiação
cósmica
medição realizada.
medição realizada.
Deve-se
esclarecerque
queaaradiação
radiaçãocósmica
cósmicaé édependente
dependentedadaaltitude
altitudedodolocal,
local; assim, essa
Deve-se esclarecer
contribuição
uniforme sobre
o planalto,
podendo
observados
valoressermais elevados,
desta forma não
esta écontribuição
nãotodo
é uniforme
sobre
todo ser
o planalto,
podendo
observado
maisintensidade
elevados, assim
como de menor intensidade.
.
bem
comovalores
de menor
Teste na Represa do Cipó –
Poços de Caldas (MG)
O teste realizado pelos técnicos do
Teste na Represana
dorepresa
Cipó – Poços
de Caldas (MG)
LAPOC-CNEN
do Cipó
(Poços de Caldas) demonstrou que
teste realizado
pelos técnicos
do LAPOC-CNEN
éOmuito
baixa (0,0876
mSv/ano)
a
na
represa
do
Cipó
(Poços
de
Caldas)
contribuição da radiação cósmicademonstrou
quemedições
é muito baixa
(0,0876 mSv/ano) a contribuição
nas
realizadas..
da radiação cósmica nas medições realizadas.
2.6.3. Descrição
Descrição dos
Medições
2.6.3
dosDados
DadosGerados
Geradospelas
pelas
Medições
O equipamento que coletou os dados da medição, através do software MobSys,
O equipamento que coletou os dados da medição, através do software MobSys, gerou
gerou os arquivos de cada campanha de medição através do bloco funcional MobiLog
os
de cada
campanha
de medição
através Foi
do bloco
funcional
no formato .bin
no arquivos
formato .BIN
(formato
proprietário
do fabricante).
utilizado
o blocoMobiLog
funcional
(formato
do fabricante).
Foieutilizado
o bloco funcional
MobiView
para a orientação dos
MobiViewproprietário
para a orientação
dos trajetos
o bloco funcional
MobiConv
para a conversão
dos dados
formato .TXT
(texto).
dados obtidos
coordenadas
trajetos
e opara
blocoo funcional
MobiConv
paraOsa conversão
dos foram:
dados para
o formatode.txt (texto). Os
latitudeobtidos
e longitude,
altitude,
data, hora
aquisição
e a dose em
nSv/h data,
(nanohora
Sieverts
dados
foram:
coordenadas
dedalatitude
e longitude,
altitude,
da aquisição e a
por hora)
dose em nSv/h (nano Sievert por hora).
38
38
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.6.4 Tratamento dos Dados das Medições
Foi necessário uma adaptação de todos os arquivos gerados pelo MobSys em um único
arquivo .dbf, formato aceito pelo o software de geoprocessamento MapInfo. Além disso, foi criada
uma coluna adicional com informação da dose convertida de nSv/h para mSv/ano. Como a base
de dados das medições apresentou coordenadas de latitude e longitude sobrepostas, devido aos
trajetos percorridos de forma coincidente, foi necessário utilizar o aplicativo Microsoft Access 2003
para realizar a seleção de um único ponto por coordenada, mantendo a precisão original das
coordenadas do equipamento com cinco dígitos decimais, utilizando como critério de escolha o
maior valor de dose encontrada em cada coordenada de latitude e longitude.
2.6.5 Base Cartográfica
A base cartográfica utilizada para este trabalho foi a do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) – Malha Digital – Ano 2000, formato shape, utilizado no software MapInfo, com
divisões por setores censitários rurais de todos os municípios, e setores censitários urbanos dos
municípios de Andradas e Poços de Caldas. A malha digital das zonas urbanas de Caldas, Ibitiúra de
Minas e Santa Rita de Caldas, que eram inexistentes na malha digital do IBGE para a malha do ano
de 2000, foram obtidas por processo de digitalização e vetorização feita por Alvarenga (2008).
2.6.6 Georreferenciamento das Medições
Os dados de dose da radiação gama terrestre foram georreferenciados pelas coordenadas
como pontos sobre o território e sobrepostos aos setores censitários definidos como referência
territorial da área de estudo, estabelecida pelo mapa de Setores Censitários do IBGE – Ano 2000,
cobrindo separadamente as zonas urbanas e as rurais dos cinco municípios. Além disso, foi criada
uma camada adicional contendo todos os dados dos núcleos populacionais e de edificações
das zonas rurais de todos os municípios deste trabalho, constando informações da coordenada
geográfica com o número aproximado de edificações e outras informações.
Analista de sistemas Davidysson Abreu
Alvarenga apresentando o trabalho feito durante o
georreferenciamento dos dados.
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus
fatores de risco de Minas Gerais – SVS/SES-MG
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
39
2.6.7 Georreferenciamento de Dados dos Óbitos
Os endereços dos óbitos foram obtidos através dos códigos de latitude e longitude do
endereço residencial existente no Sistema de Informação sobre Mortalidade da SES-MG, porém,
em alguns casos, foi necessário obter a descrição detalhada de cada endereço nas instituições
responsáveis pelo preenchimento das declarações de óbitos para uma geocodificação completa.
Para o município de Poços de Caldas foi utilizado o software Google Earth para a obtenção das
coordenadas desses endereços. Já para os municípios de Andradas e Caldas foi utilizado um
aparelho GPS em campo.
2.6.8 Critérios de Análise dos dados
Foram consideradas duas divisões sistemáticas do território: a dos setores censitários e a
de grades regulares.
A divisão territorial em quadrículas adotada foi de 100 m x 100 m (um hectare). As quadrículas
foram tratadas para captar informação de dados sociodemográficos a partir dos setores censitários,
na proporção da área de intersecção. Para essa divisão territorial foi adotado o valor máximo de dose,
critério conservativo em benefício da saúde pública. E ainda foi gerado o valor interpolado das doses
de acordo com o inverso do quadrado da distância limitado a um raio de 300 m de seu centro. Esse
procedimento permitiu que apenas as regiões contíguas aos trajetos recebessem um valor de dose.
O cálculo da dose ponderada pela população segundo o método da UNSCEAR (2000) pode
então ser realizado com base na dose média por setor censitário, conforme equação a seguir:
151
Dp =
Σ di * pi
i=1
pt
Onde: Dp é a dose média populacional, di é a dose média no setor censitário i, pi é o número de
habitantes no setor censitário i e pt é o número de habitantes do município.
€
Para cada região delimitada por setor censitário, zona urbana, zona rural ou área municipal,
foi feito o cálculo dos valores mínimos, médios e máximos encontrados tanto por quadrícula (com
valores máximos ou interpolados) quanto por pontos, o total de pontos obtidos nos municípios
pesquisados, são apresentados segundo os setores censitários, zona urbana, zona rural e área
municipal de cada município.
40
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
2.6.9 Controle de Qualidade
2.6.9. Controle de Qualidade
2.6.9. Controle de Qualidade
Foi realizado o acompanhamento sistemático dos trabalhos de campo pela comissão
Foi realizado o acompanhamento sistemático dos trabalhos de campo pela
Foi
realizado
acompanhamento
sistemático
trabalhos
dedas
campo
pela Essa
coordenadora,
parte doso membros
da
saúde
oudos
desaúde
dosimetria
radiações.
comissãopor
coordenadora,
por parte da
dosárea
membros
da área
da
ou de dosimetria
das
coordenadora,
por partededos
membros
da área da saúde pesquisa
ou de dosimetria
das
decisãocomissão
foi importante
a interação
todos
noadesenvolvimento
e na oportunidade
radiações.
Essapara
decisão
foi importante
para
interação de todosda
no desenvolvimento
da
radiações.
Essa
decisão
foi
importante
para
a
interação
de
todos
no
desenvolvimento
da
de que pesquisa
as opiniões
manifestadas
pela equipe.
e nafossem
oportunidade
de que easdiscutidas
opiniões fossem
manifestadas e discutidas pela
pesquisa e na oportunidade de que as opiniões fossem manifestadas e discutidas pela
equipe.
equipe.
Controle
de Qualidade
Qualidade dasMedições
Medições
Controle de
de
Controle
Qualidadedas
das Medições
Moacir Cipriani. (em pé);
Moacir
Cipriani.
(empé);
pé);
Moacir
Cipriani
(em
Eder
Tadeu
Zenun
Guerrero (campo de
Eder
Zenun
Guerrerocampo
(campo
EderTadeu
Tadeudas
Zenun
Guerrero,
dede
dosimetria
dosimetria
medições),
Davidysson
dosimetria
das
medições),
Davidysson
das medições;
Davidysson
Abreu Alvarenga,
Abreu
Alvarenga
(geoprocessamento)
e
Abreu
Alvarenga (geoprocessamento)
e
geoprocessamento;
e
Tarcísio
Neves da Cunha
Tarcísio Neves da Cunha relacionados
à
Tarcísio
Neves
da Cunha
relacionados à
relacionado
à
base
cartográfica.
base cartográfica).
base
cartográfica).
(sentados,
esquerda
direita).
(sentados,
da da
esquerda
parapara
direita):
(sentados, da esquerda para direita):
Local:
laboratório
Poços
de Caldas-CNEN
–
Local: Laboratório
de de
Poços
de Caldas-CNEN
– 23/04/08
Local:
laboratório de Poços de Caldas-CNEN –
23/04/08
23/04/08
Conferência do georreferenciamento
Conferência do georreferenciamento
dos óbitos e medições
dos óbitos e medições
Berenice Navarro (E), Ubirani Otero (D)
Berenice Navarro (E), Ubirani Otero (D)
Conferência do georreferenciamento
dos laboratório
óbitos e das
medições
Local:
de Poços
de Caldas-CNEN –
Local:
laboratório de Poços de Caldas-CNEN –
23/04/08
23/04/08
Berenice Navarro (E), Ubirani Otero (D)
Local: Laboratório de Poços de Caldas-CNEN – 23/04/08
A integração dos técnicos da SVS/SES-MG e LAPOC-CNE possibilitou um controle de
A
integração
dosdas
técnicos
da SVS/SES-MG
e LAPOC-CNE
possibilitou ume Carla
controle
de
qualidade
mútuo
medições.
Na foto (E), Eder
Guerrero (LAPOC-CNEN)
Souto
qualidade
mútuo
das
medições.
Na
foto
(E),
Eder
Guerrero
(LAPOC-CNEN)
e
Carla
Souto
Garcia (SES-MG) e (D) o percurso na malha viária na zona rural de Caldas – Pedra do Tripuí
Garcia
(SES-MG)
e (D)
percurso
na malha viária na zona rural de Caldas – Pedra do Tripuí
– Motorista:
Milton
dos oSantos
A integração
dos técnicos
da SVS/SES-MG
e(SES-MG).
do Laboratório de Poços de Caldas (LAPOC-CNE) possibilitou um controle
– Motorista:
Milton
dos Santos (SES-MG).
de qualidade mútuo das medições. Nas fotos, (E) Eder Guerrero (LAPOC-CNEN) e Carla Souto Garcia (SES-MG) e (D) o
percurso Projeto
na malhaPlanalto
viária naPoços
zona de
rural
de Caldas
– Pedra
do–Tripuí.
Milton dos Santos (SES-MG).
Caldas
– Minas
Gerais
BrasilMotorista:
- 2004 a 2009
41
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
41
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
41
2.7 Resultados e Discussão
2.7.1 Total de Pontos de Medição
Foram percorridos 5.039 km nas diversas campanhas de medição, realizadas nos períodos de
2002-2003 e 2006-2008, na malha viária das zonas urbana e rural dos cinco municípios investigados.
O total da área territorial dos cinco municípios, segundo o IBGE (2000), é de 2.301,87 km² (TAB. 6).
Na zona rural foi utilizado o mapa da área viária produzido pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2000) que serviu como base para o deslocamento. No entanto,
verificou-se que diversas estradas rurais deixaram de existir e outras foram construídas e não
haviam sido acrescidas na malha. Desta forma, decidiu-se investigar todas as localizações em que
as condições das estradas permitiam acesso do veículo de monitoração.
Após o tratamento preliminar dos dados foram definidos 417.324 pontos de medição.
Os mapas de setores censitários do IBGE (2000) utilizados na definição das zonas urbanas
e rurais registraram áreas de sobreposição e áreas não cobertas por nenhuma das duas.
Assim, os totais de cada município não corresponderam à soma dos componentes urbano e
rural (1,21% dos pontos) e 8.067 pontos foram descartados por estarem fora dos limites dos
cinco municípios (TAB. 7).
Portanto, 409.257 pontos de medição formaram a base de cálculo desse estudo e
representam toda a extensão territorial dos municípios, uma vez que não foram feitas amostragens.
Nos cálculos para os municípios, os pontos sobrepostos foram utilizados. Porém, os resultados por
zona urbana e rural não levam em consideração esses pontos.
Tabela 7
Total de pontos de medição por município segundo zonas urbana e rural
Município
Total
Área Rural
Área Urbana
Andradas
Caldas
Ibitiúra de Minas
Poços de Caldas
Santa Rita de Caldas
Subtotal
Fora destes municípios
93.645
113.349
14.119
109.854
78.290
409.257
8.067
72.125
105.692
11.493
49.160
73.041
311.511
-
21.414
8.403
2.811
62.324
5.781
100.732
-
Em Ambas
as Áreas
173
1.029
244
1.936
546
3.969
-
TOTAL
417.324
311.511
100.732
3.969
Não cobertas
321
283
59
306
14
983
983
Fonte: Projeto Planalto Poços de Caldas (MG) – 2004 a 2009 – Volume I – SES-MG
A maior concentração dos 409.257 pontos medidos (FIG. 6), ocorre nas duas categorias
inferiores, 0,5 mSv/ano e 1,0 mSv/ano, representando aproximadamente 80% do total dos
pontos medidos.
42
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Frequência (%)
Dose Anual (mSv/ano)
FIGURA 6 – Distribuição percentual das doses anuais (mSv/ano) medidas
Fonte: Projeto Planalto Poços de Caldas (MG) – 2004 a 2009 – Volume I – SES-MG.
Ressalte-se que o banco de dados das medições obtido pelo presente estudo permite várias
possibilidades de cálculos e diversas combinações de espacialização.
2.7.2 Doses Médias Efetivas
Foram utilizadas as informações do censo do ano 2000 (IBGE) e os resultados são apresentados
por zonas, urbana e rural, como também de todo o território pesquisado (TAB. 8).
São apresentados dois tipos de cálculos de doses médias efetivas da radiação ionizante
natural externa gama terrestre. Um é a dose média aritmética simples, em que o valor resultante,
por ser estável nos próximos milhares de anos, torna-se de grande interesse para a ciência e a
tecnologia. O segundo é a dose média ponderada pela população, cujo cálculo é baseado no
número de habitantes e, portanto, necessita de recálculos a cada censo. A dose média ponderada
pela população é de fundamental importância para a vigilância em saúde (UNSCER, 2000).
Comparando os resultados dessa pesquisa (TAB. 8) aos encontrados nos estudos brasileiros
(TAB. 5), que se referem apenas a zonas urbanas, observa-se que em Andradas o valor encontrado
por Sachett (2002), de 0,6 mSv/ano, foi ligeiramente superior ao desse estudo (0,54 mSv/ano). No
entanto, quando a média foi avaliada pelo método da divisão territorial por quadrículas regulares
(em que a medida tomada é a máxima dentro de cada quadrícula) foi de 0,68 mSv/ano. O mesmo
acontece com Caldas, onde Sachett (2002) apresentou a dose de 0,87 mSv/ano contra 0,75 mSv/
ano deste estudo, com o valor máximo por quadrículas de 0,91 mSv/ano. Em relação a Poços de
Caldas, foram encontrados dois valores referidos à mesma campanha de medição: Sachett (2002)
com 0,89 mSv/ano e Veiga et al. (2003) com 0,91 mSv/ano, ambos inferiores ao deste estudo, de
0,98 mSv/ano, com máximo por quadrícula de 1,11 mSv/ano. É possível que essas diferenças
sejam atribuídas às metodologias adotadas.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
43
Em relação à dose média ponderada (TAB. 8), foram mais próximas da referência de 0,5
mSv/ano (UNSCEAR, 2000) em Andradas (todas) e em zonas rurais de Ibitiúra de Minas e Santa
Rita de Caldas. As demais são ligeiramente mais elevadas e, dentre os municípios, as máximas
ocorreram em Poços de Caldas. Segundo Sachett (2002), o valor de referência (UNSCEAR,
2000) com base populacional “não deve ser tomado como exato, uma vez que os valores médios
estimados estão baseados em dados não representativos da população mundial”.
Tabela 8
Medições da radiação ionizante natural externa gama externa segundo dose média aritmética e ponderada pela
população (mSv/ano). Setembro (2002-2008) Projeto Planalto Poços de Caldas, MG.
MUNICÍPIO
1. Andradas
2. Caldas
3. Ibitiúra de Minas
4. Poços de Caldas
5. Santa Rita de Caldas
Área / Zona
N
(nº de
pontos)
Município
Zona Urbana
Zona Rural
Município
Zona Urbana
Zona Rural
Município
Zona Urbana
Zona Rural
93.645
21.413
72.125
113.349
8.363
105.692
14.119
2.810
11.493
(a) Dose
média
aritmética
***
0,59
0,54
0,61
0,70
0,75
0,69
0,55
0,70
0,52
(a)
Valor
mínimo
(b)
Valor
máximo
0,19
0,19
0,19
0,13
0,30
0,13
0,23
0,34
0,23
8,60
1,33
8,60
14,43
4,13
14,43
1,96
1,65
1,96
(b) Dose
média
ponderada
pela pop.
0,54
0,54
0,53
0,66
0,71
0,59
0,62
0,69
0,51
Município
109854
1,03
0,15
95,05
0,98
Zona Urbana*
Zona Rural
62.363
49.160
0,98
1,09
0,30
0,15
3,74
95,05
0,98
0,85
Município
Zona Urbana
Zona Rural
78.290
5.781
73.041
0,48
0,64
0,47
0,09
0,26
0,09
1,70
1,26
1,70
0,57
0,64
0,47
Fonte: Pesquisa Planalto Poços de Caldas; IBGE (censo 2000); N = Número de medições georeferenciadas; * dados coletados pela CNEN, antes do presente estudo;
** equivale a 0,56 nS/h; *** Vide apêndice (MAPA 12). Em destaque os maiores valores encontrados no estudo.
As doses médias máximas, ponderada e aritmética, apresentam um ranking semelhante
nos municípios, mas as doses e o local de ocorrência variam:
Ranking: Dose média ponderada mais elevada encontrada no município (mSv/ano):
0,98: Poços de Caldas – total e zona urbana
0,71: Caldas – zona urbana
0,69: Ibitiúra de Minas – zona rural
0,64: Santa Rita de Caldas – zona urbana
0,54: Andradas – total e zona urbana
Ranking: Dose média aritmética mais elevada encontrada no município (mSv/ano):
1,09: Poços de Caldas – zona rural
0,75: Caldas – zona urbana
0,70: Ibitiúra de Minas – zona urbana
0,64: Santa Rita de Caldas – zona urbana
0,61: Andradas – zona rural
44
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Em virtude da grande variação entre os valores máximo e mínimo das doses médias
aritméticas, foram também calculadas as doses medianas. Pode-se observar que todas as doses
medianas tiveram valores inferiores aos encontrados nas doses aritméticas (TAB. 9).
Tabela 9
Estatísticas descritivas das medições em mSv/ano por município e zona
Município
Andradas
Caldas
Ibitiúra de Minas
Poços de Caldas
Santa Rita de
Caldas
Desvio
Mínimo
Padrão
0,28
0,19
Zona
N
Média
Q1
Mediana
Q3
Máximo
Município
93.645
0,59
0,41
0,51
0,68
8,60
Urbana
21.413
0,54
0,14
0,19
0,43
0,51
0,62
1,33
Rural
72.125
0,61
0,31
0,19
0,41
0,51
0,71
8,60
Município
113.349
0,70
0,60
0,13
0,39
0,53
0,81
14,43
Urbana
Rural
8.364
0,75
0,24
0,30
0,62
0,72
0,83
4,13
105.692
0,69
0,62
0,13
0,38
0,51
0,81
14,43
Município
Urbana
Rural
14.119
2.811
11.493
0,55
0,70
0,52
0,18
0,21
0,15
0,23
0,34
0,23
0,43
0,54
0,42
0,51
0,66
0,49
0,63
0,79
0,58
1,96
1,65
1,96
Município
109.854
1,03
1,19
0,15
0,81
0,97
1,14
95,05
Urbana
62.363
0,98
0,18
0,30
0,86
0,97
1,10
3,74
Rural
49.160
1,09
1,77
0,15
0,55
0,95
1,30
95,05
Município
78.290
0,48
0,14
0,09
0,37
0,44
0,55
1,70
Urbana
5.781
0,64
0,15
0,26
0,54
0,61
0,71
1,26
Rural
73.041
0,47
0,14
0,09
0,37
0,43
0,53
1,70
Fonte: Projeto Planalto Poços de Caldas (MG) – 2004 a 2009 – Volume I – SES-MG.
2.7.3 Classificação das áreas segundo nível de radioatividade, em dose média.
Todos os valores de doses médias, aritmética ou ponderada, foram inferiores a 5 mSv/ano,
o que corresponde à classificação de área de radioatividade normal (Sohrabi, 1998; UNSCEAR,
2000; Hendry et al., 2009). Estudos complementares (exposição indoor) são necessários para que
essa classificação preliminar seja confirmada. Destaque-se aqui o comentário de Sachett (2002), ao
concluir o seu estudo “as cidades de Andradas, Caldas e Poços de Caldas não apresentam valores
elevados, como seria esperado para uma região de elevado nível de radioatividade ambiental”.
Nota: Informações conceituais das técnicas utilizadas na apresentação de resultados (a seguir)
Boxplot: é a representação gráfica do valor mínimo, 1º quartil (1ª linha da caixeta), mediana (linha do meio da caixeta), 3º quartil (parte superior da caixeta) e valor
máximo. Os dados representados em asterisco são discrepantes. O boxplot é rico no sentido de informar, entre outras coisas, a variabilidade e simetria dos dados. Estes
são apresentados na publicação por município e por zona (urbana e rural).
Histograma de Dose: é a representação gráfica da distribuição das frequências das doses (em mSv/ano) medidas nos municípios agrupados em classes. Nesse estudo,
os histogramas são apresentados para cada município por zona, urbana e rural.
Georreferenciamento das Medições (ou mapas): espacialização das doses segundo as coordenadas geográficas.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
45
2.8 RESULTADOS POR MUNICÍPIO
2.8. RESULTADOS
2.8.1 Poços de Caldas – Minas
Gerais – Brasil POR MUNICÍPIO
2.8.1. Poços de Caldas - Minas Gerais - Brasil
Para este município, verificou-se a dose média total de 1,03 mSv/ano (urbana= 0,98 e
rural= 1,09),
a TAB.verificou-se
8. Já a dose
ponderada
totaldefoi1,03
de 0,98
mSv/ano
(urbana=0,98 e
Para segundo
este município,
dose
média total
mSv/ano
(urbana=
2.8. RESULTADOS
2.8. aRESULTADOS
POR
MUNICÍPIO
POR
MUNICÍPIO
rural=0,85).
Esta
diferença
do 8.fato
queponderada
as maiores
doses
médias
do município foram
0,98 e rural=
1,09),
segundodecorre
a Tabela
Já de
a dose
total
foi de
0,98mSv/ano
(urbana=0,98
e Caldas
rural=0,85).
Esta- Gerais
diferença
decorre
do fato
de que asconforme
maiores doses
localizadas
a sudoeste
com
baixa
densidade
demográfica,
Mapa 11. O valor
2.8.1.
Poços
2.8.1.
de
Poços
deem
Caldas
- regiões
Minas
Minas
Gerais
- Brasil
- Brasil
médias
do
município
foram
localizadas
a
sudoeste
em
regiões
com
baixa
densidade
da dose ponderada foi superior em 96% ao valor de referência da UNSCEAR, de 0,5 mSv/ano.
demográfica,
MAPA
11.verificou-se
Omédios
ponderada
foi
emdemais
96%
aoinvestigados,
Para esteconforme
Para
município,
este município,
verificou-se
avalor
dose da
média
a dose
dose
total
média
de 1,03
total
mSv/ano
de superior
1,03
mSv/ano
(urbana=
(urbana=
Este
município
apresentou
os valores
de
dose
mais
elevados
entre
os
valor
de
referência
da
Unscear,
dea0,5
valores
0,98
e rural=
0,98
1,09),
e rural=
segundo
1,09),
segundo
a Tabela
8.Tabela
JámSv/ano.
a dose
8. Jáponderada
aEste
dosemunicípio
ponderada
total foi apresentou
de
total
0,98mSv/ano
foi de os
0,98mSv/ano
provavelmente
por
ser
o único
a Esta
encontrar-se
quase
dentro
daporcaldeira
(urbana=0,98
e rural=0,85).
e elevados
rural=0,85).
Esta dentre
diferença
decorre investigados,
do
decorre
fato totalmente
de
do que
fato
as
de maiores
que
as maiores
doses
médios(urbana=0,98
de dose
mais
osdiferença
demais
provavelmente
serdoses
o vulcânica,
incluindo
amunicípio
sua do
sede.
Na zona
rurallocalizadas
encontra-se
aem
anomalia
docom
Ferro,
elevada radiação
médias
médias
município
foram
localizadas
foram
a sudoeste
sudoeste
regiões
em Morro
com
regiões
baixa
densidade
baixa
densidade
único ado
encontrar-se
quase
totalmente
dentro
daa caldeira
vulcânica,
incluindo
acom
sua
sede.
demográfica,
demográfica,
conforme
conforme
MAPAa 11.
MAPA
O valor
11.Morro
da
OComparando
valor
dosedo
ponderada
daFerro
dose ponderada
foi
superior
superior
em
96%
em
aonatural
96%
ao urbana)
natural
reconhecida
internacionalmente.
ocom
valor
defoi0,89
mSv/ano
(zona
Na zona
rural
encontra-se
anomalia
elevada
radiação
valor
de
valor
referência
de
referência
da
Unscear,
da
Unscear,
de
0,5
mSv/ano.
de
0,5
mSv/ano.
Este
município
Este
município
apresentou
apresentou
os
valores
os
valores
reconhecida
internacionalmente.
Comparando
valoraqui
de 0,89
mSv/anofoi(zona
urbana)
obtido
no estudo
de Sachett (2002)
– TAB. 5, oo valor
encontrado
superior
em 10%. A FIG.
médios
de
médios
dose
mais
de de
dose
elevados
mais elevados
dentre os
dentre
demais
osinvestigados,
demais
investigados,
provavelmente
provavelmente
porsuperior
ser oporem
ser o
obtido
no
estudo
Sachett
(2002)
–
Tabela
5,
o
valor
aqui
encontrado
foi
8único
e a aFIG.
9 amostram
atotalmente
distribuição
dasdafrequências
das vulcânica,
doses,
entre
as sede.
zonas
urbana
e rural,
encontrar-se
único
encontrar-se
quase
quase
totalmente
dentro
dentro
caldeira
da
vulcânica,
caldeira
incluindo
incluindo
a
sua
a
sua
sede.
10%. A Figura 8 e Figura 9, mostram a distribuição das freqüências das doses, entre as
respectivamente.
Nos encontra-se
Mapas
1 ea2anomalia
são
evidenciados
acima
1,0
Na
zonaurbana
Na
rural
zona
encontra-se
rural
a anomalia
Morro
do
Morro
Ferrodocom
Ferro
elevada
com
radiação
elevadaderadiação
natural
natural nas zonas
zonas
e rural,
respectivamente.
Nos
MAPAS
1os
e 2valores
são
evidenciados
osmSv/ano,
valores
reconhecida
reconhecida
internacionalmente.
internacionalmente.
Comparando
o valor
oMapa
valor
0,89
de
mSv/ano
(zona urbana)
(zona
urbana)
urbana
rural.
No Mapa
12zonas
doComparando
Apêndice,
que mSv/ano
um0,89
dosApêndice,
setores
censitário
rural sul, com
acima ede
1,0
mSv/ano,
nas
urbana
e observa-se
rural.
Node
12,
do
observa-se
obtido
no
obtido
estudo
no
de
estudo
Sachett
de
(2002)
Sachett
–
(2002)
Tabela
–
5,
Tabela
o
valor
5,
aqui
o
valor
encontrado
aqui
encontrado
foi
superior
foi
superior
em
densidade
demográfica
entre 1 erural
10 habitantes
por km², apresentou
maior1valor
médio desse
que um dos
setores censitário
sul, com densidade
demográficao entre
e 10em
10%. A Figura
10%. A8Figura
e Figura
8 e9,Figura
mostram
9, mostram
a distribuição
a distribuição
das freqüências
das freqüências
das doses,
das
entre
doses,
as entre as
habitantesde
por1,40
km², apresentou
o maior
valor médio
desse município,
de 1,40 mSv/ano,
município,
que
corresponde
zonas urbana
zonase urbana
rural,mSv/ano,
respectivamente.
e rural, respectivamente.
Nos MAPAS
Nosao
MAPAS
1Morro
e 2 sãodo
1 evidenciados
eFerro.
2 são evidenciados
os valores
os valores
que corresponde ao Morro do Ferro.
acima deacima
1,0 mSv/ano,
de 1,0 mSv/ano,
nas zonasnas
urbana
zonase urbana
rural. No
e rural.
Mapa
No12,
Mapa
do Apêndice,
12, do Apêndice,
observa-se
observa-se
FIGURA
7 – Boxplot
dose gama
em Poços
de sul,
Caldas,
–demográfica
em mSv/ano
que
um que
dos
um
setores
dosda
censitário
setores
censitário
rural
sul,rural
com
densidade
comMG
densidade
demográfica
entre 1 entre
e 10 1 e 10
Figurahabitantes
7:por
Boxplot
dakm²,
Dose
Gama
vs Zona
Ur/Ru
P.Caldas
habitantes
km², por
apresentou
apresentou
o maiormSv/Ano
valor
o maior
médio
valor
desse
médio
município,
dessede
município,
de 1,40 mSv/ano,
de 1,40 mSv/ano,
que corresponde
que
corresponde
ao
Morro
ao
do
Morro
Ferro.
do
Ferro.
100
Segundo a classificação de área de radioatividade
60
40
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
Segundo a classificação de área de
(UNSCEAR
2000), em
mSv/ano: 2000),
radioatividade
(Unscear
em
80
Figura
7:Figura
Boxplot
7: Boxplot
da Dose da
Gama
DosemSv/Ano
Gama mSv/Ano
vs Zona vs
Ur/Ru
Zona
deUr/Ru
P.Caldas
de P.Caldas
-mSv/ano:
os
valores
discrepantes
(acima de 5 mSv/ano)
- os valores
discrepantes
ocorrem
apenas na
zona rural. (acima de 5
100
100
60
Segundo
Segundo
a classificação
a apenas
classificação
de naárea
de
área de
mSv/ano)
ocorrem
zonade
rural.
- 100%radioatividade
da zona
urbana encontra-se
nível normal
de
radioatividade
(Unscear
(Unscear
2000), noem
2000),
100%
da
zona
urbana
encontra-se
no
nível em
80
80
40
radioatividade
(até 5 mSv/ano).
mSv/ano:
mSv/ano:
normal de radioatividade (até 5mSv/ano).
20
0
20
60
20
40
20
5
Rural
- os valores
- os discrepantes
valores discrepantes
(acima de(acima
5
de 5
mSv/ano)
ocorrem
mSv/ano)
apenas
ocorrem
naestudo
zona
apenas
rural.
na zona rural.
Torna-se
necessário
um
complementar
Torna-se
necessário
um
estudo
- 100%
da -zona
100%
urbana
da zona
encontra-se
urbana
no
nívelefetiva
no nível
(exposição
indoor)
para
concluirencontra-se
aindoor)
dose
da
complementar
(exposição
para
normal de normal
radioatividade
de radioatividade
(até 5mSv/ano).
(até 5mSv/ano).
radiação
concluirnatural.
a dose efetiva da radiação natural.
Urbana
20
Zona (Ur/Ru)
20
Torna-se Torna-se
necessárionecessário
um
estudo
um
estudo
5
complementar
complementar
(exposição(exposição
indoor) para
indoor) para
Figura
9: Histograma
da
Doseradiação
Gama natural.
concluir a concluir
dose efetiva
a dose
da radiação
efetiva danatural.
5
Figura 8: Histograma da Dose Gama
Rural
Urbana
Urbana
mSv/AnoRural
- ZonaZona
Urbana
PCaldas
*
mSv/Ano - Zona Rural P Caldas *
(Ur/Ru) Zona
(Ur/Ru)
FIGURA 8 – Histograma da dose gama na zona
FIGURA 9 – Histograma da dose gama na
Figura 8:Figura
Histograma
8: Histograma
da Dose da
Gama
Dose Gama
Figura 9:Figura
Histograma
9: Histograma
da Dose da
Gama
Dose Gama
urbana Poços de Caldas
zona rural de Poços de Caldas *
mSv/AnomSv/Ano
- Zona Urbana
- Zona Urbana
PCaldasPCaldas
*
mSv/Ano
*
mSv/Ano
- Zona Rural
- Zona
P Rural
CaldasP*Caldas *
– *
0
0
4000
30000
25000
3000
4000
2000
0
2000
20000
1000
0,90
1,35
1,80
2,25
2,70
Dose Anual (mSv/ano)
3,15
15000
0,90
0,45
1,35
0,90
1,80
1,35
2,25
1,80
2,70
2,25
3,15
2,70
3,60
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
15000
5000
0
3,60
10000
0
5000
* Histogramas
0
0 com diferentes escalas de frequência
0,45
20000
10000
10000
0,45
25000
15000
Frequência
Frequência
Frequência
1000
1000
25000
3000
30000
20000
Frequência
2000
3000
30000
Frequência
Frequência
4000
3,15
3,60
0
13
5000
0
13
0
026
26
39
52
65
Dose Anual (mSv/ano)
78
1339
2652
3965
5278
6591
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
91
78
91
* Histogramas
* Histogramas
com diferentes
com escalas
diferentes
de escalas
frequência
de frequência
* Histogramas com diferentes escalas de frequência
46
46
46
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
Projeto
Planalto Poços
Caldas
– Minas
Gerais
–Caldas
Brasil
2004
a 2009
46
Projetode
Planalto
ProjetoPoços
Planalto
de Caldas
Poços
de
– Minas
Gerais
– –Minas
– Brasil
Gerais
- 2004
– Brasil
a 2009
- 2004 a 2009
POços de CALDAS, MG
MAPA 1 – Dose gama externa no município de Poços de Caldas
MAPA 2 – Dose gama externa na zona urbana de Poços de Caldas
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
47
ANDRADAS , MG
ANDRADAS , MG
2.8.2 Andradas – Minas Gerais – Brasil
2.8.2. Andradas - Minas Gerais - Brasil
, MG
, MG
Para este município, verificou-se a dose média ANDRADAS
totalANDRADAS
de 0,59 mSv/ano
(urbana=0,54
e2.8.2.
rural=0,61),
segundo
a- TAB.
8. Gerais
Já a- Brasil
dose
ponderada
totaltotal
foi dede0,54
(urbana=0,54 e
Para Andradas
este
município,
verificou-se
dose média
0,59mSv/ano
mSv/ano
2.8.2.
Andradas
- Minas
Minas
Gerais
- aBrasil
rural=0,53),
as maiores
doses8.médias
do município
foram
localizadas
(urbana=0,54demonstrando
e rural=0,61),que
segundo
a Tabela
Já a dose
ponderada
total
foi de em regiões
0,54mSv/ano
(urbana=0,54
e rural=0,53),
demonstrando
que
as11.
maiores
doses
médias
com
baixa
demográfica,
conforme
Apêndice
– Mapa
Considerando
o valor
de referência
Paradensidade
Para
este
este
município,
município,
verificou-se
verificou-se
a dose
a dose
média
média
total
total
de 0,59
de
0,59
mSv/ano
mSv/ano
do
município
foram
localizadas
em
regiões
com
baixa
densidade
demográfica,
da
UNSCEAR,
mSv/ano,
osegundo
valor
daa dose
mundial
é similar
ao de
verificado
neste
(urbana=0,54
(urbana=0,54
e de
rural=0,61),
e0,5rural=0,61),
segundo
a Tabela
Tabela
8.ponderada
Já8.a Já
dose
a dose
ponderada
ponderada
total total
foi
foi de
conforme
Apêndice
–
MAPA
11.
Considerando
o
valor
de
referência
da
Unscear,
de
0,54mSv/ano
0,54mSv/ano
(urbana=0,54
(urbana=0,54
e rural=0,53),
e rural=0,53),
demonstrando
que
as
quemaiores
as maiores
doses
médias
médias
município.
Comparando
os valores
obtidos
comdemonstrando
osimilar
estudoao
deverificado
Sachett
(2002)
–doses
TAB.
5, de 0,61 mSv/
0,5mSv/ano,
o valor
da
dose localizadas
ponderada
mundial
é com
neste
município.
do
município
do
município
foram
foram
localizadas
em
regiões
em
regiões
com
baixa
baixa
densidade
densidade
demográfica,
demográfica,
ano
para a zona
urbana,
os valores
foram
coerentes.
No Mapa
12 (Apêndice)
observa-se
Comparando
osApêndice
valores
o estudo
Sachett
(2002)
–daTabela
5, de
de de que dois
conforme
conforme
Apêndice
– MAPA
–obtidos
MAPA
11. com
Considerando
11. Considerando
odevalor
o valor
de referência
de
referência
Unscear,
da Unscear,
setores
censitários
rurais
ao
norte
devalores
Andradas,
com
densidade
demográfica
entremunicípio.
10 e 25 habitantes
0,61mSv/ano
zona
urbana,
os
foram
coerentes.
No
12 neste
(Apêndice)
0,5mSv/ano,
0,5mSv/ano,
opara
valor
oavalor
da dose
da
dose
ponderada
ponderada
mundial
mundial
é similar
é similar
ao verificado
ao MAPA
verificado
neste
município.
observa-se
queosdois
censitários
norte
Andradas,
por
km²,
apresentaram
osobtidos
maiores
valores
médios
doSachett
município,
de(2002)
0,95
mSv/ano
0,80
Comparando
Comparando
valores
os setores
valores
obtidos
com
com
orurais
estudo
o ao
estudo
de
dedeSachett
(2002)
–com
Tabela
– densidade
Tabela
5, ede5,
demSv/ano.
demográfica
entre
10
e
25
habitantes
por
km²,
apresentaram
os
maiores
valores
médios
Provavelmente
os para
desses
setores
possam
ser atribuídos
àNo
sua
localização
geográfica dentro
0,61mSv/ano
0,61mSv/ano
para
avalores
zona
a zona
urbana,
urbana,
os
valores
os valores
foramforam
coerentes.
coerentes.
No MAPA
MAPA
12 (Apêndice)
12 (Apêndice)
do município,
de
0,95
mSv/ano
e 0,80rurais
mSv/ano.
Provavelmente
os com
valores
destes
observa-se
observa-se
que
dois
que
dois
setores
setores
censitários
censitários
rurais
ao
norte
ao
norte
de
Andradas,
de
Andradas,
com
densidade
densidade
da caldeira vulcânica, onde os valores são similares aos do município de Poços de Caldas.
setores
possam
serentre
atribuídos
localização
geográfica
dentro
da
caldeira
vulcânica,
demográfica
demográfica
entre
10
e 10
25 ehabitantes
25à sua
habitantes
por km²,
por km²,
apresentaram
apresentaram
os maiores
os maiores
valores
valores
médios
médios
onde
os
valores
são
similares
aos
do
município
de
Poços
de
Caldas.
do município,
do município,
de 0,95
de 0,95
mSv/ano
mSv/ano
e 0,80
e 0,80
mSv/ano.
mSv/ano.
Provavelmente
Provavelmente
os valores
os valores
destesdestes
Apossam
FIG.
11
e aserFIG.
12à mostram
a distribuição
dasdentro
frequências
dasvulcânica,
doses,
entre as zonas
setores
setores
possam
ser atribuídos
atribuídos
suaàlocalização
sua localização
geográfica
geográfica
dentro
da caldeira
da caldeira
vulcânica,
Figura
11similares
e a similares
Figura
mostram
a de
das
freqüências
das doses,
urbana
evalores
rural,
respectivamente.
Nos
Mapas
3distribuição
ePoços
4desão
evidenciados
os valores
acima de 1,0 mSv/
ondeonde
osA
os valores
são
são
aos12
do
aos
município
do
município
Poços
de
Caldas.
de Caldas.
entre
as
zonas
urbana
e
rural,
respectivamente.
Nos
MAPAS
3
e
4
são
evidenciados
os
ano, nas zonas urbana e rural.
valores A
acima
1,0
nas
urbana
e rural.
Figura
A de
Figura
11 mSv/ano,
e 11
a Figura
e a Figura
12zonas
mostram
12 mostram
a distribuição
a distribuição
das freqüências
das freqüências
das doses,
das doses,
entre
entre
as zonas
urbana
urbana
rural,
e gama
rural,
respectivamente.
respectivamente.
Nos–MAPAS
Nos
MAPAS
3 e 43são
e 4evidenciados
são evidenciados
os os
FIGURA
10as– zonas
Boxplot
dae dose
em
Andradas, MG
em mSv/ano
Figura
10:
Boxplot
da
Dose
Gama
mSv/Ano
vs
Zona
Ur/Ru
de
Andradas
valores
valores
acimaacima
de 1,0demSv/ano,
1,0 mSv/ano,
nas zonas
nas zonas
urbana
urbana
e rural.
e rural.
Segundo a classificação de área de
Segundo a classificação de área de radioatividade
radioatividade
(Unscear
2000),
em
8 Figura
Figura
10: Boxplot
10: Boxplot
da Dose
da Dose
Gama
Gama
mSv/Ano
mSv/Ano
vs Zona
vs
Zona
Ur/Ru
Ur/Ru
de Andradas
Andradas
(UNSCEAR
2000),
emde
mSv/ano:
mSv/ano:
7
- Existem
alguns
pontos
discrepantes
Segundo
Segundo
a classificação
a classificação
de acima
área
de de
área
de5 e de
9
9
6
radioatividade
radioatividade
(Unscear
(Unscear
2000),
2000),
em
em
10 mSv/ano,
na discrepantes
zona rural (áreas
de nível
-inferiores
Existema alguns
pontos
acima
8
8
5
5
mSv/ano:
mSv/ano:
de
5 e de
inferiores
a 10 mSv/ano, na zona rural
médio
radioatividade).
7
7
4
(áreas
de
nível
médio
de
100%
da
zona
urbana
estáradioatividade).
no nível normal, assim
6
6
-- 100%
Existem
- Existem
pontospontos
discrepantes
acimaacima
da alguns
zonadaalguns
urbana
está
no discrepantes
nível normal
3
como
a
maioria
rural.
5
5
5
5 de 5 ede
inferiores
5
e
inferiores
a
10
mSv/ano,
a
10
mSv/ano,
na
zona
na
rural
zona rural
assim
como
a
maioria
da
rural.
2
4
4
(áreas(áreas
de nível
de médio
nível médio
de radioatividade).
de radioatividade).
1
Torna-se
necessário
um urbana
estudo
complementar
-Torna-se
100%
- 100%
da
zona
da
urbana
zona
está no
está
no normal
nível
3
3
necessário
umnível
estudonormal
0
(exposição
indoor)
para
concluir
dose efetiva
da
assim
assim
como como
a maioria
a maioria
da rural.
daaindoor)
rural.
2
2
complementar
(exposição
para
Rural
Urbana
radiação
natural.
Zona (Ur/Ru)
concluir a dose efetiva da radiação natural.
1
1
Torna-se
Torna-senecessário
necessárioum umestudoestudo
0
0
Figura 11: Histograma
da
Dose
Gama
Figura
12:
Histograma
da Dose
Gama
complementar
complementar
(exposição
(exposição
indoor)
indoor)
para para
Rural
Rural
Urbana Urbana
Zona (Ur/Ru)
ZonaAndradas*
(Ur/Ru)
mSv/Ano - Zona Urbana
mSv/Ano
-aZona
Rural
concluir
concluir
doseaefetiva
dose
efetiva
daAndradas*
radiação
da radiação
natural.
natural.
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
9
FIGURA
11 –Histograma
Histograma
dada
dose
gama
naGama
zona Figura
FIGURA
12
dose
gama
na
Figura
Figura
11:
11: Histograma
Dose
da
Dose
Gama
Figura
12: Histograma
12:– Histograma
Histograma
dada
Dose
da
Dose
Gama
Gama
urbana
de Andradas*
zona
rural- Andradas*
mSv/Ano
mSv/Ano
- Zona
- Zona
Urbana
Urbana
Andradas*
Andradas* mSv/Ano
mSv/Ano
Zona
- Zona
Rural
Rural
Andradas*
Andradas*
1600
20000
800
1200
1200
600
1000
1000
400
800
200
600
800
600
0
400
400
0,32
200
200
0,48
0,64
0,80
0,96
Dose Anual (mSv/ano)
1,12
0,32
0,48
0,32
0,64
0,48
0,80
0,64
0,96
0,80
1,12
0,96
Dose Anual
Dose
(mSv/ano)
Anual (mSv/ano)
1,28
1,12
20000
10000
15000
15000
5000
10000
0
5000
1,28
* Histogramas
com diferentes escalas de frequência
0
0
15000
20000
1,28
0
Frequência
1400
Frequência
1600
1000
1400
Frequência
1200
1600
Frequência
Frequência
Frequência
1400
10000
5000
1,1
0
1,1
2,2
3,3
4,4
5,5
Dose Anual (mSv/ano)
6,6
2,2
1,1
3,3
2,2
4,4
3,3
5,5
4,4
6,6
5,5
Dose Anual
Dose
(mSv/ano)
Anual (mSv/ano)
7,7
7,7
6,6
7,7
* Histogramas
* Histogramas
com diferentes
com diferentes
escalas
escalas
de frequência
de frequência
* Histogramas com diferentes escalas de frequência
48
48
48
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
48
Projeto
Projeto
Planalto
Planalto
PoçosPoços
de Caldas
de Caldas
– Minas
– Minas
GeraisGerais
– Brasil
– Brasil
- 2004- 2004
a 2009
a 2009
MAPA 3 – Dose gama externa no município de Andradas
MAPA 4 – Dose gama externa na zona urbana de Andradas
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
49
CALDAS, MG
2.8.3 Caldas – Minas Gerais – Brasil
CALDAS, MG
2.8.3.Para
Caldas
Minas Gerais
- Brasil
este- município,
verificou-se
uma dose média total de 0,70 mSv/ano (urbana=0,75 e
rural=0,69), segundo a TAB. 8. Já a dose ponderada totalCALDAS,
foi de 0,66 mSv/ano
(urbana=0,71
e
MG
MG
Para este município, verificou-se uma dose média total de CALDAS,
0,70
mSv/ano
rural=0,59),
demonstrando que as maiores doses médias do município foram localizadas a oeste
(urbana=0,75 e rural=0,69), segundo a Tabela 8. Já a dose ponderada total foi de
2.8.3.
Caldas
2.8.3.
- Minas
Caldas
Gerais
- Minas
- Brasil
Gerais
- Brasil
em
regiões com
baixa densidade
demográfica,
conforme
– Mapa
11. Considerando o
0,66mSv/ano
(urbana=0,71
e rural=0,59),
demonstrando
queApêndice
as maiores
doses médias
valor
de referência
UNSCEAR
0,5 mSv/ano,
o valor
da dose
ponderada foi superior
do município
foramda
localizadas
ao (2000),
oeste emderegiões
com baixa
densidade
demográfica,
Para este município,
Para este município,
verificou-severificou-se
uma dose uma
médiadose
totalmédia
de 0,70
totalmSv/ano
de 0,70 mSv/ano
conforme
Apêndice
– os
MAPA
11.obtidos
Considerando
oavalor
referência
em
32%. Comparando
valores
com8.a oTabela
estudo
–UNSCEAR
TAB.
quedefoi de 0,80
(urbana=0,75
(urbana=0,75
e rural=0,69),
e rural=0,69),
segundo
a segundo
Tabela
Já
dose
8.dede
ponderada
JáSachett
a dose (2002)
ponderada
totaldafoi
detotal5,foi
(2000),
de
0,5mSv/ano,
o
valor
da
dose
ponderada
foi
superior
em
32%.
Comparando
os
mSv/ano
para
a zona urbana,
os valores
foram inferiores.
0,66mSv/ano
0,66mSv/ano
(urbana=0,71
(urbana=0,71
e rural=0,59),
e rural=0,59),
demonstrando
demonstrando
que as maiores
que as
doses
maiores
médias
doses médias
valores
obtidos
com
o foram
estudolocalizadas
Sachett
(2002)
– Tabela
5, que
foidemográfica,
de 0,80 mSv/ano
do
município
doforam
município
localizadas
aodeoeste
emaoregiões
oeste em
com
regiões
baixa densidade
com
baixa
densidade
demográfica,
para
a
zona
urbana,
os
valores
foram
inferiores.
conforme Apêndice
conforme–Apêndice
MAPA 11.
– MAPA
Considerando
11. Considerando
o valor de oreferência
valor de da
referência
UNSCEAR
da UNSCEAR
Mapa
120,5mSv/ano,
(Apêndice)
que
três
setores
censitários
rurais
No0,5mSv/ano,
MAPA
12
(Apêndice)
observa-se
que
três
setores
censitários
rurais
ao os oeste de
(2000), No
de
(2000),
de
o valor
da dose
oobserva-se
valor
ponderada
da dose
foi
ponderada
superior
foi
em
superior
32%.
Comparando
em 32%.
Comparando
osao extremo
Caldas,
com
densidades
demográficas
e(2002)
25 habitantes
por
km²
apresentaram
extremo
oeste
de obtidos
Caldas,
com
demográficas
0 ede
25
habitantes
por mSv/ano
km² os maiores
valores
obtidos
valores
com
o estudo
com
deodensidades
Sachett
estudo (2002)
de entre
Sachett
– 0Tabela
5,–entre
que
Tabela
foi
5,
0,80
que
foi
mSv/ano
de 0,80
para
a zona
para
urbana,
a zona
os valores
urbana,
foram
os valores
inferiores.
foramde
inferiores.
apresentaram
os
maiores
do
município,
commSv/ano
valores médios
mSv/ano
níveis
do município,
com níveis
valores
médios
2,50
(Campodedo2,50
Cercado
e Mineração de
No
MAPA
No
12
MAPA
(Apêndice)
12
(Apêndice)
observa-se
observa-se
que
três
setores
que
três
censitários
setores
censitários
rurais
ao
rurais
(Campo
do
Cercado
e
Mineração
de
Urânio),
com
1,36
mSv/ano
(Morro
do
Taquari)
Urânio), com 1,36 mSv/ano (Morro do Taquari) e 0,98 mSv/ano (Setor rural Oeste). e ao
extremo
oeste
extremo
de(Setor
Caldas,
oeste
com
de Caldas,
densidades
com densidades
demográficas
demográficas
entre 0 e 25entre
habitantes
0 e 25por
habitantes
km² por km²
0,98 mSv/ano
rural
Oeste).
apresentaram
apresentaram
os
maiores
os
níveis
maiores
do
município,
níveis
do
município,
com
valores
com
médios
valores
de
médios
2,50
mSv/ano
de
2,50 mSv/ano
Aplicam-se os mesmos argumentos de Andradas para os valores encontrados
(Campo
do
(Campo
Cercado
do
e
Mineração
Cercado
e
de
Mineração
Urânio),
de
com
Urânio),
1,36
mSv/ano
com
1,36
(Morro
mSv/ano
do
Taquari)
(Morro
easTaquari)
Aplicam-se
os
mesmos
argumentos
de
Andradas
para
os
valores
encontrados
quanto à localização geográfica dentro da caldeira vulcânica, além de incluirdo
duas e quanto à
0,98
mSv/ano
0,98
(Setor
mSv/ano
rural
(Setor
Oeste).
rural
Oeste).
localização
da caldeira
vulcânica,
além deinternacionalmente
incluir as duas anomalias
anomalias geográfica
de elevadadentro
radiação
natural
reconhecidas
neste de elevada
Aplicam-seAplicam-se
os mesmososargumentos
mesmos argumentos
de Andradas
de para
Andradas
os valores
para os
encontrados
valores encontrados
município.
radiação
natural
internacionalmente
neste município.
A FIG.
14
e a FIG.
15 mostram
quanto à localização
quanto reconhecidas
à localização
geográfica dentro
geográfica
da caldeira
dentro da
vulcânica,
caldeira
além
vulcânica,
de incluir
além
as
deduas
incluir
as duas
A
Figura
14
e
a
Figura
15
mostram
a
distribuição
das
freqüências
das
doses,
aanomalias
distribuição
frequências
doses,
entre asreconhecidas
zonas
urbana
e rural,neste
respectivamente.
Nos
anomalias
de das
elevada
de radiação
elevadadas
natural
radiação
reconhecidas
natural
internacionalmente
internacionalmente
neste
entre
as
zonas
urbana
e
rural,
respectivamente.
Nos
MAPAS
5
e
6
são
evidenciados
os
município.5 município.
Mapas
e 6 são evidenciados os valores acima de 1,0 mSv/ano, nas zonas urbana e rural.
valoresAacima
mSv/ano,
zonas15
urbana
e rural.
Figurade14
A1,0
eFigura
a Figura
14 e15nas
a mostram
Figura
a mostram
distribuição
a distribuição
das freqüências
das freqüências
das doses, das doses,
entre as zonas
entre
urbana
as zonas
e rural,
urbana
respectivamente.
e rural, respectivamente.
Nos MAPAS
Nos5 MAPAS
e 6 são evidenciados
5 e 6 são evidenciados
os
os
FIGURA13:
13 –Boxplot
Boxplot da
dose
gama
emmSv/Ano
Caldas, MGvs– Zona
em mSv/ano
Figura
da
Dose
Gama
Ur/Ru
de
Caldas
valores acima
valores
de 1,0acima
mSv/ano,
de 1,0nas
mSv/ano,
zonas urbana
nas zonas
e rural.
urbana e rural.
Segundo
16
a
classificação
de
área
de
Segundo
a de
classificação
de
de radioatividade (UNSCEAR
Figura
13: Figura
Boxplot13:
daBoxplot
Dose Gama
da Dose
mSv/Ano
GamavsmSv/Ano
Zona
Ur/Ru
vs Zona
Caldas
Ur/Ru 2000),
deárea
Caldas
radioatividade
(Unscear
em mSv/ano
14
16
1410
14
12
12
10
8
6
8
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
1612
6
4
2
4
2
0
2000), em mSv/ano
10
8
6
5
4
2
Rural
0
Urbana
Zona (Ur/Ru)
0
Rural
Rural
Zona (Ur/Ru)
Urbana
Zona (Ur/Ru)
Urbana
- Existem
alguns pontos
Segundo
a Segundo
classificação
a classificação
de discrepantes
área dede acima
área de
alguns pontos
discrepantes
acima
de 5 e inferiores a
de- 5Existem
e inferiores
15 (Unscear
mSv/ano,
na zona
radioatividade
radioatividade
(Unsceara2000),
em mSv/ano
2000),
em rural,
mSv/ano
15
mSv/ano,
na
zona
rural,
sendo
as
áreas
com
esses valores
sendo
as
áreas
com
esses
valores
- Existem alguns
- Existem
pontosalguns
discrepantes
pontos acima
discrepantes acima
classificadas
como
de nível
demédio
radioatividade.
como
de
nível
derural,
de 5 eclassificadas
inferiores
de a5 15
e inferiores
mSv/ano,
a na
15médio
zona
mSv/ano,
rural,
na zona
sendoradioatividade.
as sendo
áreas
as
áreas
esses
com
valores
valorescomo a
- 100%
da zonacom
urbana
está no
nível esses
normal, assim
5
classificadas
classificadas
como
de
nível
como
médio
de
nível
de
médio
de
- 100%
da
zona
urbana
está
no
nível
normal,
maioria da rural.
radioatividade.
radioatividade.
assim
como
a
maioria
da
rural.
5
- 100%
da zona
- 100%
urbana
daestá
zonanourbana
nível normal,
está
normal,
Torna-se
necessário
um no nível
estudo
Torna-se
necessário
um estudo
complementar
(exposição indoor)
assimcomplementar
como a assim
maioria
como
da(exposição
rural.
a maioria
daindoor)
rural.
para
Torna-se
Torna-se
necessário
necessário
um
estudo
um
estudo
para
concluir
a
dose
efetiva
da
radiação
natural.
concluir a dose efetiva da radiação natural.
complementarcomplementar
(exposição indoor)
(exposiçãoparaindoor) para
Figura
15:
Histograma
Gama
concluir
a dose
concluir
efetiva
adadose
radiação
efetivada
natural.
daDose
radiação
natural.
Figura 14: Histograma da Dose Gama
FIGURA
Histograma
dose
gama
na zona
15
Histograma
da
dose
na
mSv/Ano
- –Zona
Urbana
de
Caldas*
- Zona
Rural
Caldas*
Figura
14:14Figura
Histograma
14:
Histograma
dadaDose
Gama
da Dose
Gama
FiguramSv/Ano
15:FIGURA
Figura
Histograma
15:–Histograma
da
Dosede
Gama
da
Dosegama
Gama
urbana de- mSv/Ano
Caldas*
zona
ruralRural
de Caldas*
mSv/Ano
Zona Urbana
- Zona
de Urbana
Caldas*de Caldas*
mSv/Ano
- mSv/Ano
Zona
- Zona
de Caldas*
Rural de Caldas*
1200
25000
1200
1200
1000
1000
400
400
600
20000
15000
15000
Frequência
600
600
Frequência
20000
800
Frequência
800
Frequência
Frequência
800
10000
10000
15000
10000
400
5000
200
200
5000
200
0
0
25000
20000
1000
Frequência
25000
0,5
0,5
1,0
1,0 0
1,5
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
0
4,0
0,5Dose
2,0 Anual
1,0 2,5(mSv/ano)
1,5 3,0 2,0 3,5 2,5 4,0 3,0
Dose Anual (mSv/ano) Dose Anual (mSv/ano)
5000
3,5
* Histogramas com diferentes escalas de frequência.
0
4,0
0,0
0,0
1,9
1,90
3,8
3,8
5,7
7,6
9,5
11,4
0,05,7
1,97,6
9,5 (mSv/ano)
5,711,4 7,613,3 9,515,2
Dose3,8
Anual
Dose Anual (mSv/ano) Dose Anual (mSv/ano)
13,3
15,2
11,4
13,3
15,2
Histogramas
com
Histogramas
diferentes
escalas
diferentes
de frequência.
escalas de frequência.
**Histogramas
com* diferentes
escalascom
de
frequência.
50
50
50
50
Projeto
Planalto
Poços
dePoços
Caldas
Minas
–-Brasil
2004
a 2009
Projeto
Planalto
Projeto
Poços
Planalto
de Caldas
– Minas
de –Caldas
Gerais
– Gerais
Minas
– Brasil
Gerais
2004
– Brasil
a- 2009
- 2004
a 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
MAPA 5 – Dose gama externa no município de Caldas
MAPA 6 – Dose gama externa na zona urbana de Caldas
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
51
IBITIÚRA DE MINAS, MG
DE MINAS, MG
2.8.4 Ibitiúra de Minas – Minas GeraisIBITIÚRA
– Brasil
IBITIÚRA
IBITIÚRA
DE MINAS,
DE MINAS,
MG MG
2.8.4. Ibitiúra de Minas - Minas Gerais - Brasil
Para este município, verificou-se uma dose média total de 0,55 mSv/ano (urbana=0,70 e
2.8.4.2.8.4.
Ibitiúra
Ibitiúra
de Minas
de Minas
- Minas
- Minas
Gerais
Gerais
- Brasil
- Brasil
rural=0,52),
a TAB. verificou-se
8. Já a doseuma
ponderada
total foi
0,62
mSv/ano
(urbana=0,69 e
Para segundo
este município,
dose média
totaldede
0,55
mSv/ano
rural=0,51),
que
nãoverificou-se
houve
uma dose
concentração
de doses
elevadas
segundo
a zona
(urbana=0,70
e rural=0,52),
segundo
a Tabela
8.
Já dose
a dose
ponderada
total
foi mSv/ano
de
Para demonstrando
este
Para
município,
este município,
verificou-se
uma
uma
média
média
total
de
total0,55
de
mSv/ano
0,55
0,62mSv/ano
eo parâmetro
rural=0,51),
demonstrando
não
houve
uma
(urbana=0,70
(urbana=0,70
e(urbana=0,69
rural=0,52),
e rural=0,52),
segundo
segundo
a Tabela
a Tabela
8. mSv/ano
Já 8.
a dose
Já da
a que
ponderada
dose
ponderada
total
foi
total
de
de da dose
de
residência.
Considerando
de
0,5
UNSCEAR
(2000),
o foi
valor
concentração
de
doses
elevadas
segundo
a
zona
de
residência.
Considerando
o
0,62mSv/ano
0,62mSv/ano
(urbana=0,69
(urbana=0,69
e
rural=0,51),
e
rural=0,51),
demonstrando
demonstrando
que
não
que
houve
não
houve
uma
uma
ponderada foi superior em 24%.
parâmetro
de de
0,5 doses
mSv/ano
daelevadas
UNSCEAR
o valor
doseConsiderando
ponderada
foi
concentração
concentração
de doses
elevadas
segundo
segundo
a(2000),
zona
a zona
de
residência.
de da
residência.
Considerando
o
o
superior
emde24%.
parâmetro
parâmetro
0,5demSv/ano
0,5 mSv/ano
da UNSCEAR
da UNSCEAR
(2000),(2000),
o valor
o valor
da dose
da ponderada
dose ponderada
foi foi
Não
foram
obtidos valores de referência na literatura para este município, uma vez que a
superior
superior
em 24%.
em 24%.
maior parte
de suaobtidos
localização
geográfica
está fora
da caldeira
mas serve
Não foram
valores
de referência
na literatura
paravulcânica,
este município,
uma de parâmetro
vez
que
a
maior
parte
de
sua
localização
geográfica
está
fora
da
caldeira
vulcânica,
mas uma
Não foram
Nãopara
foram
obtidos
valoresvalores
de referência
deRessalte-se
referência
na literatura
na
literatura
este
paramunicípio,
este município,
uma
de comparação
asobtidos
demais
regiões.
que
apara
inclusão
desse
município
no presente
serve
de
parâmetro
de
comparação
para
as
demais
regiões.
Ressalte-se
que
a
inclusão
vez
que
vez
a
que
maior
a
maior
parte
de
parte
sua
de
localização
sua
localização
geográfica
geográfica
está
fora
está
da
fora
caldeira
da
caldeira
vulcânica,
vulcânica,
mas
mas
estudo deve-se à sua localização dentro de um raio de 20 km, a partir do centro da mina de urânio,
desse serve
município
no de
presente
estudo para
deve-se
à sua
localização
dentro
de que
um araio
dea inclusão
20
serve
de
parâmetro
de
parâmetro
comparação
de comparação
aspara
demais
as demais
regiões.
regiões.
Ressalte-se
Ressalte-se
que
inclusão
conforme
a
metodologia
eleita.
km, a desse
partir município
do centro
da
de urânio,
conforme
a sua
metodologia
eleita.
desse
município
no presente
nomina
presente
estudo
estudo
deve-se
deve-se
à sua àlocalização
localização
dentro
dentro
de umderaio
umderaio
20 de 20
km, a km,
partira do
partir
centro
do centro
da mina
da de
mina
urânio,
de urânio,
conforme
conforme
a metodologia
a metodologia
eleita.eleita.
AA FIG.
17 17
e ae FIG.
18 mostram
a distribuição
das das
frequências
dasdas
doses,
entre as zonas
Figura
a Figura
18 mostram
a distribuição
freqüências
doses,
entre asAezonas
rural,
respectivamente.
MAPAS
edas
8 são
evidenciados
urbana
rural,
respectivamente.
Mapas
7Nos
ea8distribuição
são evidenciados
onde
os valores
Figura
A urbana
Figura
17 e ae17Figura
e a Figura
18Nos
mostram
18
mostram
a distribuição
das7freqüências
freqüências
dasocorreram
doses,
das doses,
onde
ocorreram
os
valores
pontuais
acima
de
1,0
e
abaixo
de
3,0
mSv/ano
(os
mais
entre
as
entre
zonas
as zonas
urbana
urbana
ee rural,
e rural,
respectivamente.
respectivamente.
Nos elevados
MAPAS
7 e 8 7nesse
são
e 8evidenciados
são
evidenciados
pontuais
acima
de 1,0
abaixo
de 3,0
mSv/anoNos
(os MAPAS
mais
município).
elevados
nesse
município).
onde
ocorreram
onde
ocorreram
os valores
os valores
pontuais
pontuais
acima acima
de 1,0dee 1,0
abaixo
e abaixo
de 3,0demSv/ano
3,0 mSv/ano
(os mais
(os mais
elevados
elevados
nesse
nesse
município).
município).
FIGURA
16 – Boxplot
da
dose gama em Ibitiúra de Minas, MG – em mSv/ano
Figura 16: Boxplot da Dose Gama mSv/Ano vs Zona Ur/Ru de Ibitiúra de Minas
a classificação
dede área
Figura
Figura
16: Boxplot
16: Boxplot
da Dose
da Gama
Dose Gama
mSv/Ano
mSv/Ano
vsSegundo
Zona
vs Zona
Ur/Ru
Ur/Ru
de Ibitiúra
de Ibitiúra
Minas
de de
Minas
2,0
Segundo a classificação
de
área em
de radioatividade
radioatividade
2000),
Segundo
Segundo
a (Unscear
classificação
a classificação
de mSv/ano:
área
de de
área de
em
mSv/ano:
- (UNSCEAR
100%radioatividade
das 2000),
zonas
urbana
e rural
estão
no
radioatividade
(Unscear
(Unscear
2000),
em
2000),
mSv/ano:
em mSv/ano:
normal
(até
5urbana
mSv/ano).
- 100%
das
zonas
estão
no
nível
normal
-nível
100%
- das
100%
zonas
das
urbana
zonase rural
urbana
e rural
eestão
rural
no
estão
no
-nível
Na
zona
rural
ocorrem
os
valores
extremos
(aténormal
5nível
mSv/ano).
normal
(até 5 mSv/ano).
(até 5 mSv/ano).
elevados
do
município.
- Nazona
zona
rural
ocorrem
ososvalores
mais
-mais
Na
- Narural
zona
ocorrem
rural
ocorrem
valores
osextremos
valores
extremos
extremos
-mais
A
zona
urbana
apresenta
doses
mais
elevados
maisdoelevados
do município.
do município.
elevados
município.
azona
zona urbana
rural.
-elevadas
zona
- que
A
urbana
apresenta
apresenta
doseselevadas
doses
mais que
mais
-AA zona
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apresenta
doses
mais
a
elevadas
elevadas
que a zona
que rural.
a zona rural.
zona
rural.
É desejável um estudo complementar
2,0
1,5
1,5
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual
Dose (mSv/ano)
Anual (mSv/ano)
2,0
1,0
1,0
0,5
0,5
1,5
1,0
0,5
indoor).
É(exposição
desejável
É desejável
um estudo
um estudo
complementar
complementar
É desejável um estudo complementar (exposição indoor).
(exposição
(exposição
indoor).indoor).
0,0
Rural
0,0
Urbana
Zona (Ur/Ru)
0,0
Rural
Rural
Urbana
Urbana
Zona (Ur/Ru)
(Ur/Ru)
Figura 17: Histograma
daZonaDose
Gama
Figura 18: Histograma da Dose Gama
mSv/Ano
Zona
Urbana
de
Ibitiúra
de
mSv/Ano
Zona
Ruralda
de Dose
Ibitiúra
deGama
FiguraFigura
17: Histograma
17: Histograma
da Dose
da Gama
Dose GamaFigura
Figura
18:-Histograma
18: Histograma
da Gama
Dose
FIGURA
17
–
Histograma
da
dose
gama
na
zona
FIGURA
18
–
Histograma
da
dose
gama
Minas*
Minas*
mSv/Ano
mSv/Ano
- Zona- Zona
Urbana
Urbana
de Ibitiúra
de Ibitiúra
de demSv/Ano
mSv/Ano
- Zona
- Zona
RuralRural
de Ibitiúra
de Ibitiúra
de nade
urbana
de
Ibitiúra
de
Minas*
zona
rural
de
Ibitiúra
de
Minas*
Minas*
Minas*
Minas*
Minas*
160
120
140
140
100
120
120
80
100
60
80
40
60
100
80
60
20
40
40
0
20 0,350
20
0,525
0
0,350
0,700
0,875
1,050
1,225
Dose Anual (mSv/ano)
1,400
1,575
0
0,525
0,350 0,700
0,525 0,875
0,700 1,050
0,875 1,225
1,050 1,400
1,225 1,575
1,400
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
1,575
* Histogramas com diferentes escalas de frequência.
1200
1000
1200
1000
800
1000
800
600
800
600
400
Frequência
180
140
160
Frequência
Frequência
1200
160
180
Frequência
Frequência
Frequência
180
600
400
200
400
200
0
0,225
200
0
0,225
0,450
0,675
0,900
1,125
1,350
1,575
1,800
Dose Anual (mSv/ano)
0
0,450
0,225 0,675
0,450 0,900
0,675 1,125
0,900 1,350
1,125 1,575
1,350 1,800
1,575
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
1,800
** Histogramas
Histogramas
* Histogramas
com diferentes
com diferentes
escalasescalas
de frequência.
de frequência.
com diferentes
escalas
de frequência.
52
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
52
52
52
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
ProjetoProjeto
Planalto
Planalto
Poços de
Poços
Caldas
de Caldas
– Minas– Gerais
Minas Gerais
– Brasil– -Brasil
2004 -a2004
2009a 2009
MAPA 7 – Dose gama externa no município de Ibitiúra de Minas
MAPA 8 – Dose gama externa na zona urbana de Ibitiúra de Minas
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
53
SANTA RITA DE CALDAS, MG
2.8.5. Santa
de Caldas MG
- Minas Gerais - Brasil
SANTA
RITARita
DE CALDAS,
2.8.5 Santa Rita de Caldas – Minas Gerais – Brasil
Para este município, verificou-se uma dose média total de 0,48 mSv/ano
(urbana=0,64 e rural=0,47), segundo a Tabela 8. Já a dose ponderada total foi de
Para este município, verificou-se
umaSANTA
dose
média
totalCALDAS,
de
0,48 mSv/ano
(urbana=0,64
SANTA
RITA
RITA
DE
DE
MG não e
0,57mSv/ano (urbana=0,64 e rural=0,47),
demonstrando
queCALDAS,
esteMG
município
rural=0,47), segundo a TAB. 8. Já a dose ponderada total foi de 0,57 mSv/ano (urbana=0,64 e
apresentou concentrações de doses elevadas, segundo a zona de residência.
rural=0,47),
demonstrando
que
este
município
não
apresentou
concentrações
doses
2.8.5. Santa
2.8.5.
Santa
Rita
deRita
Caldas
de Caldas
- Minas
-mSv/ano
Minas
Gerais
Gerais
-da
Brasil
- Brasil
Considerando
o parâmetro
de
0,5
UNSCEAR
(2000), o de
valor
daelevadas,
dose
segundo
a zona
de residência.
Considerando o parâmetro de 0,5 mSv/ano da UNSCEAR (2000),
ponderada
foi superior
em 14%.
o valor da dose ponderada foi superior em 14%.
Para este
Paramunicípio,
este município,
verificou-se
verificou-se
uma dose
umamédia
dose total
médiadetotal
0,48demSv/ano
0,48 mSv/ano
Não
foram
obtidos
valores
de
referência
na
literatura
para
este
município,
(urbana=0,64
(urbana=0,64
e rural=0,47),
e rural=0,47),
segundosegundo
a Tabela
a Tabela
8. Já a 8.dose
Já aponderada
dose ponderada
total foitotal
de foi de uma
Não
obtidos
dee referência
nademonstrando
literatura
este
município,
uma
que a
vez
que
a foram
maior
parte
devalores
sua
localização
geográfica
fica
fora
da
caldeira
vulcânica,
0,57mSv/ano
0,57mSv/ano
(urbana=0,64
(urbana=0,64
e rural=0,47),
rural=0,47),
demonstrando
que para
este
que
município
este
município
não
nãovezmas
apresentou
apresentou
concentrações
concentrações
de
doses
de
elevadas,
doses
elevadas,
segundo
segundo
a
zona
a
de
zona
residência.
de
residência.
maior
de sua localização
geográfica
ficaasfora
da caldeira
vulcânica,
mas serve
parâmetro
serveparte
de parâmetro
de comparação
para
demais
regiões.
Ressalte-se
que adeinclusão
Considerando
Considerando
o
parâmetro
o
parâmetro
de
0,5
de
mSv/ano
0,5
mSv/ano
da
UNSCEAR
da
UNSCEAR
(2000),
(2000),
o
valor
o
da
valor
dose
da
dose
município
estudo deve-se
à suaque
localização
de um raio
20
dedesse
comparação
paranoaspresente
demais regiões.
Ressalte-se
a inclusão dentro
desse município
no de
presente
ponderada
ponderada
foi superior
foi superior
em 14%.em 14%.
km,
a
partir
do
centro
da
mina
de
urânio,
conforme
a
metodologia
anteriormente
estudo deve-se à sua localização dentro de um raio de 20 km, a partir do centro da mina de urânio,
apresentada.
conforme
a metodologia
apresentada.
Não
foram
Nãoobtidos
foramanteriormente
obtidos
valores valores
de referência
de referência
na literatura
na literatura
para este
para
município,
este município,
uma uma
vez quevez
a maior
que aparte
maior
departe
sua localização
de sua localização
geográfica
geográfica
fica forafica
da fora
caldeira
da caldeira
vulcânica,
vulcânica,
mas mas
Figura
20de
mostram
ademais
distribuição
das
freqüências
entre
as
serve
parâmetro
de comparação
de21comparação
para as para
as demais
regiões.regiões.
Ressalte-se
que a inclusão
que doses,
a inclusão
A
Adeserve
FIG.
20eparâmetro
ea aFigura
FIG. 21
mostram
a distribuição
dasRessalte-se
frequências
dasdas
doses,
entre
as zonas
desse
município
desse
município
no
presente
no
presente
estudo
deve-se
estudo
deve-se
à
sua
localização
à
sua
localização
dentro
de
dentro
um
raio
de
um
de
raio
20
de
20
zonas urbana e rural, respectivamente. Nos MAPAS 9 e 10 são evidenciados onde
urbana
rural,a do
respectivamente.
Mapas
9 e 10conforme
são
evidenciados
ondeanteriormente
ocorreram os valores
km, a epartir
km,
centro
do pontuais
da
centro
minadaNos
de
mina
urânio,
de
conforme
a metodologia
anteriormente
ocorreram
os partir
valores
acima
de urânio,
1,0
e abaixo
de a3,0metodologia
mSv/ano
(os mais elevados
pontuais
acima de 1,0 e abaixo de 3,0 mSv/ano (os mais elevados nesse município), a maioria na
apresentada.
apresentada.
nesse
município),
a maioria na zona urbana.
zona urbana.
1,8
1,8
1,6
1,6
1,4
1,4
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
A Figura
A Figura
20 e a Figura
20 e a Figura
21 mostram
21 mostram
a distribuição
a distribuição
das freqüências
das freqüências
das doses,
das entre
doses,asentre as
zonas urbana
zonas urbana
e rural, erespectivamente.
rural, respectivamente.
Nos MAPAS
Nos MAPAS
9 e 10 9são
e 10
evidenciados
são evidenciados
onde onde
FIGURA 19 – Boxplot da dose gama em Santa Rita de Caldas, MG – em mSv/ano
ocorreram
ocorreram
os Boxplot
valores
os valores
pontuais
pontuais
acima
de
acima
1,0mSv/Ano
ede
abaixo
1,0 e de
abaixo
mSv/ano
de 3,0
mSv/ano
(os de
maisS.
(os
elevados
mais de
elevados
Figura
19:
da Dose
Gama
vs3,0
Zona
Ur/Ru
Rita
Caldas
Segundo
a
classificação
de
área
de
radioatividade
nesse
município),
nesse
município),
a
maioria
a
maioria
na
zona
na
urbana.
zona
urbana.
1,8
Segundo a classificação de área de radioatividade
(UNSCEAR, 2000), em mSv/ano
1,6
(Unscear, 2000), em mSv/ano
- 100% das zonas urbana e rural estão no nível normal
1,4
- 100% das zonas urbana e rural estão no nível
(atévsUr/Ru
5 Zona
mSv/ano.).
Figura
Figura
19: Boxplot
19: Boxplot
da Doseda
Gama
DosemSv/Ano
Gama mSv/Ano
vsnormal
Zona
de
Ur/Ru
S. Rita
de S.
deRita
Caldas
de Caldas
1,2
(até
5 mSv/ano.).
A
zona
rural
ocorre
valores
extremos
mais elevados
1,0
Segundo- Segundo
aA
classificação
a classificação
de área
de
de radioatividade
área
de radioatividade
zona
rural
ocorre
valores
extremos mais
no
município.
0,8
(Unscear,
(Unscear,
2000), em
2000),
mSv/ano
em mSv/ano
elevados
no
município.
- 100% das
dasurbana
urbana
zonasapresenta
e urbana
rural estão
e rural
no estão
nível no enível
- Azonas
zona
maior
variabilidade
também e
0,6
- - A100%
zona
urbana
apresenta
maior
variabilidade
normal
(até
normal
5
mSv/ano.).
(até
5
mSv/ano.).
média
de
doses
mais
elevadas
que
a
zona
rural.
0,4
também
média
dosesextremos
mais elevadas
que
- A zona
- Arural
zona
ocorre
rural de
valores
ocorre
valores
extremos
mais
maisa zona
0,2
rural.
elevados elevados
no município.
no município.
0,0
umestudo
estudo
para
verificar
É- desejável
um
complementar
verificar
- A zona
urbana
AÉ desejável
zonaapresenta
urbana
apresenta
maiorcomplementar
variabilidade
maior variabilidade
e para
ea
Rural
Urbana
Zona (Ur/Ru)
exposição
indoor.
também amédia
também
demédia
doses
de
mais
doses
elevadas
mais elevadas
que a zona
que a zona
exposição
indoor.
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
rural.
rural.
Figura 20: Histograma Dose Gama
Figura
21: complementar
Histograma
Gama
É desejável
É desejável
um estudo
um
complementar
estudo
para verificar
paraDose
verificar
mSv/Ano-Zona Urbana–S.Rita Caldas*
mSv/Ano-Zona
Rural-S.Rita Caldas*
a exposição
a exposição
indoor.
indoor.
0,2
0,2
0,0
0,0
Rural
Rural
Zona (Ur/Ru)
Urbana
Zona (Ur/Ru)
Urbana
5000
4000
5000
400
400
4000
4000
300
300
3000
300
200
200
200
2000
Frequência
Frequência
500
Frequência
400
500
Frequência
Frequência
Frequência
Figura 20 – Histograma da dose gama na zona
Figura 21 – Histograma da dose gama na
Figura
Figura
20: Histograma
20: Histograma
Dose Gama
Dose Gama Figura Figura
21:
Histograma
21: Histograma
Dose Gama
Dose Gama
500
5000
urbana
demSv/Ano-Zona
Santa Rita
de Caldas*
zona
rural de
SantaRural-S.Rita
Rita de
Caldas*
mSv/Ano-Zona
Urbana–S.Rita
Urbana–S.Rita
Caldas*Caldas*
mSv/Ano-Zona
mSv/Ano-Zona
Rural-S.Rita
Caldas*
Caldas*
100
0
3000
2000
2000
1000
100
0
3000
100
0,28
0,28
1000
0,56
0,70
0,84
0,98
1,12
00,42
0,42 0,28 0,56 0,42 0,70
0,84 (mSv/ano)
0,70 0,98 0,84 1,12 0,98 1,26 1,12
Dose0,56
Anual
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
1,26
1,26
1000
0
0
0,21
0
0,42
0,21
0,42
0,63
0,84
1,05
0,21
0,63 0,42
0,84 0,63
1,05 Dose
0,84
1,26
1,05
1,47
1,26
1,68
Anual
(mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
Dose Anual (mSv/ano)
1,26
1,47
1,47
1,68
1,68
** Histogramas
com
diferentes
escalas
de de
frequência.
Histogramas
* Histogramas
com
diferentes
com diferentes
escalas
deescalas
frequência.
frequência.
* Histogramas com diferentes escalas de frequência.
54
54
54
54
Projeto
Planalto
Projeto
Planalto
Poços de
Poços
Caldasde
de– Caldas
Minas
– –Minas
– Brasil
Gerais
-–2004
Brasil
a 2009
- 2004- 2004
a 2009a 2009
Projeto
Planalto
Poços
CaldasGerais
Minas
Gerais
– Brasil
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
MAPA 9 – Dose gama externa no município de Santa Rita de Caldas
MAPA 10 – Dose gama externa na zona urbana de Santa Rita de Caldas
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
55
2.9 Resultado do Planalto Poços de Caldas
Considerando que a radiação ionizante natural externa gama terrestre, proveniente do solo,
não deve sofrer alteração ao longo de muitos anos, as medições realizadas poderão subsidiar
novos estudos, uma vez que os dados estão disponíveis tanto em valores médios de dose como
também em medições de dose.
Os valores da dose populacional dependem da evolução quantitativa da população,
fornecida pelo IBGE, ressaltando-se a necessidade de novos cálculos a cada atualização do
censo. O presente estudo assumiu que as doses externas indoor e outdoor sejam equivalentes,
e as melhorias que podem ser realizadas são as medições da dose externa indoor, do Fator de
Ocupação – que define o tempo de exposição diário e as medições da dose interna – através da
medição de radônio, permitindo assim realizar análise fidedigna do risco à saúde. Para a Saúde
Pública, a forma de cálculo com base no tamanho da população é a mais indicada (TAB. 3).
Em relação à dose média ponderada pela população, cujo valor de referência da radiação
ionizante natural externa gama terrestre é de 0,5 mSv/ano, segundo UNSCEAR (2000), os
resultados encontrados não foram superiores ao dobro desse parâmetro. Não é possível afirmar se
esses valores são elevados (ou não) considerando a limitação na representatividade da população
mundial no cálculo da estimativa da dose global (Sachett, 2002). Por outro lado, o comitê admite
que muitos locais apresentam níveis típicos de exposição à radiação natural que excedem os
níveis médios mundiais, em fatores de 10 e até mesmo de 100 mSv/ano.
Foram encontrados três locais com doses bastante elevadas, todos no interior da caldeira
vulcânica: no Morro do Ferro (95,5 mSv/ano), zona rural de Poços de Caldas; no Campo do Cercado
– Mina de Urânio (14,43 mSv/ano) e no Morro do Taquari (13,56 mSv/ano), o primeiro na zona rural
de Poços de Caldas e os dois últimos na zona rural de Caldas. Essas áreas possuem baixa (ou
nula) densidade demográfica.
Os valores levantados até o momento neste projeto respondem por apenas uma parcela da
dose total. Os futuros levantamentos a se realizarem dentro das residências fornecerão doses que
serão ponderadas com o tempo de permanência média da população em cada ambiente. Por esse
motivo, os pontos alterados, encontrados em áreas despovoadas, contribuirão apenas com a dose
outdoor, podendo ser atenuados pela ausência de dose indoor.
As áreas no interior da caldeira vulcânica apresentaram os maiores valores de dose
aritmética, entretanto, na área urbana, as doses populacionais foram mais altas somente para o
município de Poços de Caldas (0,98 mSv/ano), por estar totalmente contido na referida caldeira,
enquanto Caldas, que está na borda, apresentou 0,71 mSv/ano. Andradas – 0,54 mSv/ano, Santa
Rita de Caldas – 0,64 mSv/ano e Ibitiúra de Minas – 0,69 mSv/ano, que estão mais distantes.
Caldas e Ibitiúra de Minas apresentam valores bem próximos, o que aponta para uma situação de
não relação entre valor de dose média e distância da caldeira.
56
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Embora Andradas e Santa Rita de Caldas tenham apresentado valores em torno da
média mundial, devem receber atenção especial devido aos pontos com doses elevadas que
neles foram constatados.
Percebe-se que independentemente dos níveis de radônio que corresponderiam à dose interna
(ainda não medidos), pode-se dizer que alguma regiões do planalto se enquadrariam nas categorias
de média (dose entre 5-10 mSv/ano), de elevada (dose entre 20 e 50 mSv/ano) e muito elevada
radiação natural (dose superior a 50 mSv/ano). Ressalta-se que essas regiões não são habitadas
demandando ações do poder público para que não ocorra construção de moradia nestas áreas.
Considerando a norma CNEN 3.01/007 que estabelece em 10 mSv/ano o valor genérico
de referência para uma ação de intervenção em situações de exposição crônica da população a
radiação natural, pode-se destacar os valores individuais analisados por município, acima desse
valor de referência dos picos das três anomalias já conhecidas, todos na área rural, na ordem:
Morro do Ferro em Poços de Caldas (46 pontos), Mina de Urânio (8 pontos) e Morro do Taquari (5
pontos), esses últimos em Caldas. Além desses, há um ponto isolado na área periurbana de Poços
de Caldas. Na área urbana, todos ficaram abaixo desse valor de referência, exceto em Caldas, que
apresentou um pico de 4,13 mSv/ano, e Poços de Caldas, com um pico de 3,74 mSv/ano.
Das 60 medições com valores acima de 10 mSv/ano (FIG. 22), observa-se que a maior
parte desses pontos apresenta valor menor do que 20 mSv/ano. Note-se que essa análise se
refere aos valores medidos em pontos específicos e não representam doses médias de exposição.
A vigilância em saúde deve monitorar a movimentação de pessoas nessas imediações. Em relação
à Mina de Urânio, a CNEN cumpre seu papel fiscalizador, monitorando os níveis de radiação dos
trabalhadores e do ambiente do entorno.
n
Dose Anual (mSv/ano)
FIGURA 22 – Número absoluto de medições de dose, segundo categorias de doses acima de 10 mSv/ano
Comparando com estudos anteriores, o atual contribuiu com um levantamento sistemático e
não amostral dos valores de dose, classificados por município e por zona urbana e rural. Todos os
pontos levantados (mais de 417.324) estão georreferenciados, podendo ser tomados pontualmente
ou agrupados por qualquer critério. Também aponta exatamente os locais que merecem maior
atenção quanto à vigilância em saúde.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
57
Na Figura 23, observa-se na zona urbana que a maior variabilidade ocorre, em
Na FIG.
23, observa-se
na zona urbana
a maiordiscrepantes,
variabilidade
ocorre em no
Caldas e
Caldas
e Poços
de Caldas entretanto,
mesmoque
os valores
encontram-se
normal de
radioatividade.
Poços nível
de Caldas;
entretanto,
mesmo os valores discrepantes encontram-se no nível normal de
radioatividade.
Na zona rural, a maior discrepância é verificada em Poços de Caldas, com
valores tão elevados que foi preciso usar uma escala mais elevada de doses do que a
Na zonapara
rural,
a maior
discrepância
verificada
em Poços
de Caldas,
com valores tão
utilizada
a zona
urbana.
Observe-seé que
esses valores
discrepantes
correspondem
elevados
preciso usardouma
escaladomais
elevada
dosesdodo Ferro,
que a utilizada
para a zona
às que
duasfoianomalias,
Morro
Taquari
e de
Morro
reconhecidas
urbana.internacionalmente.
Observe-se que esses valores discrepantes correspondem às duas anomalias, do Morro
do Taquari e Morro do Ferro, reconhecidas internacionalmente.
Figura 23: Dose Gama Externa – Áreas urbana e rural dos municípios
Dose Anual (mSv/ano)
4
3
2
1
0
Andradas
Caldas
Ibitiúra de Minas
Poços de Caldas Santa Rita de Caldas
Município - Zona Urbana
100
Dose Anual (mSv/ano)
80
60
40
20
20
5
0
Andradas
Caldas
Ibitiúra de Minas
Poços de Caldas
Santa Rita de Caldas
Município - Zona Rural
FIGURA 23 – Dose gama externa – Áreas urbana e rural dos municípios
58
58
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Na Figura 24, considerando todas as áreas dos municípios, apenas em Poços de
Caldas a medição de dose ultrapassou o valor de 20 mSv/ano, de elevada radioatividade
Na
FIG.mSv/ano)
24, considerando
todas as
áreas
dos municípios,
apenas
em Poços
de Caldas a
(20-50
e muito elevada
(>50
mSv/ano).
Nos outros
municípios,
as maiores
mediçãovariabilidades
de dose ultrapassou
o valor
de Caldas
20 mSv/ano,
de elevada
radioatividade
mSv/ano) e
foram, por
ordem:
e Andradas,
que tiveram
valores (20-50
discrepantes
que correspondem
a áreaNos
de radioatividade
média.asEm
Ibitiúravariabilidades
de Minas e Santa
Ritapor
deordem:
muito elevada
(> 50 mSv/ano).
outros municípios,
maiores
foram,
Caldas
não
são
observadas
variações,
com
todos
os
valores
no
nível
normal.
Todos
os
Caldas e Andradas, que tiveram valores discrepantes que correspondem a área de radioatividade
os valores medianos de doses correspondentes às áreas de
média. municípios
Em Ibitiúra apresentaram
de Minas e Santa
Rita de Caldas não são observadas variações, com todos
radioatividade normal (< 5 mSv/ano).
os valores no nível normal. Todos os municípios apresentaram os valores medianos de doses
correspondentes às áreasFigura
de radioatividade
normal
(< 5 mSv/ano).
24: Dose Gama
Externa
nos municípios
100
Dose Anual (mSv/ano)
80
60
40
20
20
5
0
Andradas
Caldas
Ibitiúra de Minas
Poços de Caldas
Santa Rita de Caldas
Município
FIGURADos
24 –Mapas
Dose gama externa nos municípios
Em relação à espacialização vários mapas foram produzidos em diferentes
combinações de variáveis e o banco de dados, permite que inúmeros outros sejam
Dos Mapas
criados, conforme a necessidade. Foram aqui selecionados 16 mapas por serem
considerados os mais representativos desse estudo. Com o acesso por meio digital a
visualização
dos mapas poderá
melhorada
significativamente
(zoom),
o que
Em
relação à espacialização,
váriossermapas
foram produzidos
em diferentes
combinações
de
facilitará
a
observação
dos
pequenos
detalhes.
variáveis, e o banco de dados permite que inúmeros outros sejam criados, conforme a necessidade.
Foram aqui selecionados
16 mapas por serem considerados os mais representativos desse estudo.
Torna-se importante destacar que os mapas aqui apresentados tiveram sete
Com o acesso
porsegundo
meio digital,
a visualização
dospor
mapas
poderá
ser melhorada
significativamente
categorias
os valores
das medições
ser essa
estratégia
mais apropriada
para
(zoom),uma
o que
facilitará
a
observação
dos
pequenos
detalhes.
melhor visualização da localização dos pontos mais elevados, intermediários ou
baixos. Portanto um valor pode ser considerado elevado se comparado com as outras
medições importante
da pesquisa
e contrariamente
ser considerado
como
“normal”segundo
segundoosavalores
Torna-se
destacar
que esses mapas
tiveram sete
categorias,
classificação das áreas de radioatividade proposta por Sohrabi (1998). Unscear (2000) e
das medições, por ser essa estratégia mais apropriada para uma melhor visualização da localização
Hendry (2009).
dos pontos mais elevados, intermediários ou baixos. Portanto, um valor pode ser considerado
elevado se comparado com as outras medições da pesquisa e, contrariamente, ser considerado
como “normal” segundo a classificação das áreas de radioatividade proposta por Sohrabi (1998),
Projeto
Planalto
Poços deet
Caldas
– Minas Gerais – Brasil - 2004 a 2009
59
UNSCEAR
(2000)
e Hendry
al. (2009).
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
59
Se a categorização das cores fosse realizada com base nessa última classificação, em torno
de 99% dos pontos estariam no mesmo nível (normal, até 5 mSv/ano) e numa mesma cor, o que
conferiria um padrão visual homogêneo e faria perder o detalhamento conferido na espacialização
dos pontos da pesquisa. Essa técnica também facilitou a visualização do parâmetro de 0,5 mSv/
ano, que é a fração atribuída pela UNSCEAR (2000) à radiação natural externa gama terrestre na
dose efetiva mundial com base populacional, que foi o parâmetro adotado para as análises.
Outro aspecto é o uso da tecnologia atual com o GPS, que possibilitou obter um mapa com
muito mais detalhes do que aquele produzido na década de 1950, relatado por Resk Fraya (1962), por
levantamento aéreo, na época da descoberta dos elementos radioativos na região, antes do início da
mineração. Pela precisão das medições atuais, torna-se necessária a retificação da frequente citação
encontrada na literatura, de que a região do Planalto Poços de Caldas é de elevada radiação natural.
Em relação aos mapas apresentados no Apêndice desse documento, são ressaltadas as
seguintes considerações:
MAPA 11 – Densidade demográfica dos cinco municípios do Planalto Poços de Caldas por
setores censitários – Minas Gerais – População Ano 2000 (IBGE)
Observa-se que, em todos os municípios pesquisados, as áreas mais densamente povoadas
são as zonas urbanas e ocorre uma variação nas zonas rurais. Em Poços de Caldas observa-se
um território praticamente dividido em duas partes, de maior densidade demográfica no centro
(zona urbana) e no norte da zona rural e menor (sul). Em Andradas e Ibitiúra de Minas ocorre uma
distribuição mais homogênea da população nas zonas rurais, enquanto em Santa Rita de Caldas e
Caldas a população rural concentra-se em algumas áreas específicas. A distribuição populacional
provavelmente se deve às atividades econômicas e ao relevo da região (vide TAB. 6).
MAPA 12 – Doses de radiação gama externa na malha viária dos cinco municípios do
Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Períodos: 2002/2003 e 2006/2008
Há uma visualização diferenciada na área que compreende a caldeira vulcânica, que
concentra os pontos de maior dose. Essa área abrange a quase totalidade do município de Poços
de Caldas e parte de Caldas e Andradas. Estão destacados em cor vermelha e preta os pontos
de maior valor, no Morro do Ferro, na Mina de Urânio e no Morro do Taquari. Os valores máximos
de dose encontrados em Ibitiúra de Minas e Santa Rita de Caldas não podem ser visualizados por
serem pontos isolados e de valores relativamente baixos.
MAPA 13 – Doses interpoladas de radiação gama externa na malha viária dos cinco
municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Períodos: 2002/2003 e 2006/2008
– Por hectare
A importância dessa técnica no presente estudo foi propiciar o cálculo das doses médias
populacionais. A diferença com o Mapa 12 é o maior destaque visual obtido pelo espalhamento da
dose pelas áreas contíguas aos pontos levantados, refletindo basicamente as mesmas feições já
observadas, apenas realçando a influência de cada ponto no seu entorno.
60
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Mapa 14 – Doses máximas de radiação gama externa na malha viária dos cinco municípios do
Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Períodos: 2002/2003 e 2006/2008 – Por hectare.
Este mapa mostra o maior valor de dose gama externa encontrado em cada hectare do
Planalto Poços de Caldas. Observa-se que os níveis encontrados são superiores aos mostrados
no Mapa 13 em diversas regiões, demonstrando anomalias pontuais não encontradas no mapa
anterior. Este mapa é fundamental para a vigilância da saúde da população residente muito
próximo a essas anomalias. No entanto, é necessário frisar que a dose registrada em cada
hectare é do maior ponto encontrado, e não de sua área total, pois foram desconsiderados todos
os demais pontos.
Mapa 15 – Doses médias interpoladas de radiação gama externa segundo óbitos por
câncer e municípios selecionados do Planalto Poços de Caldas
Períodos das medições: 2002/2003 e 2006-2008 – Período dos óbitos: 1999-2005
Observa-se que há um distanciamento entre os óbitos e as anomalias que concentram os
valores mais elevados de dose. Entretanto, apenas os estudos epidemiológicos de correlação
poderão responder cientificamente à questão.
Ressalte-se que em Ibitiúra de Minas e Santa Rita de Caldas não ocorreram óbitos pelos cânceres
selecionados, entre 1999 a 2005 e, consequentemente, eles não são observados nesses municípios.
Mapa 16 – Doses máximas interpoladas de radiação gama externa segundo óbitos por
câncer e municípios selecionados do Planalto Poços de Caldas
Períodos das medições: 2002/2003 e 2006-2008 – Período dos óbitos: 1999-2005
Mesmo considerando as doses pelo seu valor máximo, que configura a pior das hipóteses,
observa-se uma visualização próxima à dos valores médios e ainda à distância entre óbitos e
regiões de medições mais elevadas (Mapas 15 e 16).
PRINCIPAIS DESTAQUES NOS RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
As medições da radiação natural gama terrestre realizadas no presente estudo demonstraram
que existe uma variação espacial coerente com a geologia da região. Devido à cobertura total da
malha viária, foi possível identificar pontualmente onde existem os maiores valores de dose, ou
seja, onde podem ser planejados monitoramentos especiais e ações de proteção, sendo esse o
diferencial em relação aos estudos anteriores que foram baseados em amostras.
Os pontos mais elevados indicam os locais que merecem maior atenção quanto à vigilância
em saúde. Por outro lado, ao demonstrar que o problema é pontual e não geral na região, é provável
que a conhecida citação região de elevada radiação natural venha a ser alterada para alguns locais
da região, uma vez que a maioria dos valores até agora encontrados são muito inferiores a 5 mSv/
ano, classificado como de baixa radiação natural.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
61
Comparando com estudos anteriores, o atual contribuiu com um levantamento sistemático, e
não amostral, dos valores de dose, classificados por município e por zona urbana e rural. Todos os
pontos levantados estão georreferenciados, podendo ser tomados individualmente ou agrupados
por qualquer critério. O banco de medições obtido é uma conquista que deve ser atribuída à
integração interinstitucional em virtude da complexidade técnica, operacional, custo, tempo de
duração, entre outros fatores envolvidos. Essa realização era necessária, uma vez que esse tipo
de radiação pode variar entre pontos muito próximos.
O banco de dados das medições, com 417.324 pontos medidos, permite várias possibilidades
de análise e diversas combinações de espacialização. Foram apresentadas nesse documento algumas
dessas técnicas, por exemplo, dois tipos de cálculos de dose efetiva da radiação natural gama terrestre
baseadas na média aritmética dos valores medidos e na média ponderada pela população. A primeira
de inegável valor devido à sua estabilidade ao longo dos anos, por depender apenas da concentração
dos elementos radioativos do solo. A segunda por estar associada à exposição populacional e, por
esse motivo, ser de maior interesse para a gestão da vigilância em saúde.
Até o momento, o presente estudo encontrou apenas três locais, a mina de urânio, o Morro do
Ferro e o Morro do Taquari, que se enquadram na classificação proposta por Sohrabi (1998), sendo
considerado como nível de muita elevada radioatividade (20-50 mSv/ano) e os últimos de nível médio
(5-20 mSv/ano). Os 60 pontos mais elevados (acima de 10 mSv/ano) representam 0,01% do total de
medições realizadas. Para os demais locais, a medição da dose interna (radônio) e da dose externa
indoor é de fundamental importância para seja calculada a dose efetiva global.
O alerta é que esses locais de pontos mais elevados de cada município sejam monitorados
sistematicamente pela vigilância em saúde, sendo desejável uma ação conjunta com a CNEN. Os
pontos com valores superiores a 10 mSv/ano, o Morro do Ferro (zona rural de Poços de Caldas),
a Mina de Urânio e o Morro do Taquari (ambos na zona rural de Caldas) estão sujeitos a ações de
intervenção estabelecida na norma CNEN 3.01/007, de janeiro de 2007. Os Morros do Ferro e do
Taquari não são habitados, o que não exclui a possibilidade de ocorrer alguma movimentação de
pessoas nesses locais, sendo necessárias, portanto, medidas de proteção. Em relação à mina de
urânio, a CNEN a fiscaliza desde 1959, o que não exclui que ocorra futura ocupação e uso da terra
após a conclusão do seu processo de fechamento.
Como precaução, recomenda-se que as áreas com valores de dose acima de 1,0 mSv/ano
sejam reconhecidas e monitoradas pela vigilância de saúde municipal.
62
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
PARTE III – CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
64
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
3.1 Considerações Finais
Muitas vezes, o local reconhecido como área de radioatividade natural elevada causa receio na
população, a qual atribui à radiação possíveis aumentos da incidência de câncer e outras doenças
radioinduzidas. O medo do risco evidente gera o descrédito nas avaliações oficiais de segurança.
O perfil populacional aqui apresentado evidenciou elevados indicadores de desenvolvimento
humano e uma expectativa de vida superior à média nacional. O envelhecimento aumenta as
chances do surgimento de doenças crônicas, entre as quais o câncer. Outros fatores de risco não
menos importantes também foram citados, como o uso do tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas,
alimentação inadequada, etc. Portanto, não é possível atribuir a um risco isolado a causalidade do
câncer nessas populações.
O Projeto Planalto Poços de Caldas foi criado para obter informações científicas confiáveis,
tecnicamente precisas e eticamente seguras sobre os efeitos da radiação na saúde da população.
Os resultados aqui apresentados apenas iniciam uma longa trajetória para atender aos vários e
complexos aspectos relacionados à saúde, ao câncer e à radiação. Portanto, várias etapas foram
realizadas e outras serão necessárias.
Os estudos realizados fazem parte de um processo que visa ao alcance dos objetivos propostos
assim como à divulgação dos resultados encontrados. A investigação dos óbitos por cânceres de
pulmão, leucemia e linfoma, denominado estudo de validação, apesar de não ter concretizado o seu
principal objetivo teve resultados não menos importantes, pois fundamentou ações para a melhoria
dos sistemas de informação, cuja qualidade interfere diretamente no planejamento gerencial fidedigno
com a realidade local e no planejamento de ações preventivas no controle das doenças.
Do estudo epidemiológico, o principal resultado foi o fortalecimento da vigilância em saúde
nesses municípios, através da implantação dos registros de câncer, de base populacional e
hospitalar. Outro importante aspecto foi a sensibilização dos profissionais de saúde para um correto
e completo preenchimento dos laudos de diagnóstico e prontuários médicos. Várias instituições
também promoveram a melhoria na guarda e segurança da documentação médica.
A implantação do Registro de Câncer de Base Populacional de Poços de Caldas (RCBP) é
um importante passo para se estabelecer o cenário do câncer. Apenas esse tipo de registro gera
dados de incidência, que é uma informação ainda inexistente nesses municípios. Apenas o RCBP
poderá responder sobre a real ocorrência da doença na população e das condições relacionadas
à sua causalidade.
O Registro Hospitalar de Câncer da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas já está
gerando bases de dados para subsidiar os estudos clínicos e avaliar a efetividade da assistência.
Ambos os registros de câncer fazem parte da rede estadual e nacional do sistema de informação da
doença.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
65
Em relação ao estudo da radiação ionizante natural externa gama terrestre, o presente estudo
identificou três locais com valores de doses médias acima de 10 mSv/ano: o Morro do Ferro (zona
rural de Poços de Caldas), a Mina de Urânio e o Morro do Taquari (ambos na zona rural de Caldas).
Para esses locais deve-se cumprir a determinação federal Norma CNEN 3.01/007, por ser “valor
genérico de referência para uma ação de intervenção em exposição crônica de membros do
público”. Os Morros do Ferro e do Taquari não são habitados, o que não exclui a possibilidade
de ocorrer alguma movimentação de pessoas nesses locais; portanto, são cabíveis medidas de
proteção. Em relação à mina de urânio, desde 1959 há uma fiscalização pela CNEN, o que não
exclui que ocorra uma melhor comunicação com o público sobre o assunto.
Os demais locais apresentam valores de doses inferiores a 5 mSv/ano, e as áreas correspondentes
são consideradas como de nível normal de radioatividade. Para esses locais serão necessários
novos estudos da radiação ionizante natural interna por inalação (radônio), nos domicílios.
Uma das maiores contribuições desse estudo foi a produção de um banco de dados de 417.334
pontos de medição de dose não amostral, cujos valores são classificados por município e zona de
residência, que podem ser tomados individualmente ou agrupados por qualquer critério. Portanto,
permite várias possibilidades de análise e de diversas combinações de espacialização. Algumas
dessas técnicas foram aqui apresentadas, como os mapas de dose, cuja perspectiva de utilização
se estenderá futuramente durante muitos anos.
É importante mencionar que, após a complementação do estudo da radiação natural (radônio),
novas abordagens poderão ser propostas, para outros tipos de radiação ou para avaliação de risco
à saúde, considerando a importância de se obter um cenário mais abrangente e esclarecedor.
A integração de várias instituições possibilitou reunir profissionais de várias especialidades para
atender aos objetivos desse projeto. Nos últimos cinco anos, cerca de cem pessoas estiveram
envolvidas nessa realização e contribuíram para o êxito dos resultados aqui apresentados.
Pretende-se que a divulgação desses resultados ao público promova um novo olhar na necessária
mudança de hábitos para a conquista de um estilo de vida saudável, sendo essa atitude tão
prioritária na saúde humana quanto o respeito e o cuidado com a natureza.
A COMISSÃO COORDENADORA
66
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
3.2 principais aspectos e recomendações
Os resultados apontaram para:
1) A necessidade de melhora dos registros médicos em laudos e prontuários, bem como o adequado
arquivamento dessa documentação por constituírem a comprovação legal do histórico de saúde
do paciente. Com isso, o Sistema de Informações sobre Mortalidade ganhará maior qualidade
e cumprirá a sua finalidade em informar e subsidiar estudos sobre a doença e no embasamento
das ações gerenciais e de vigilância.
2) A necessidade de se obterem informações detalhadas sobre a incidência da doença através da
implantação do Registro de Câncer de Base Populacional nos municípios, tendo em vista a demanda
de esclarecimento sobre a questão por parte da população e dos profissionais de saúde locais.
3) A importância da integração do setor saúde com o Laboratório de Poços de Caldas - CNEN,
responsável pela medição da radiação na região e que possibilitou uma realização conjunta
desde a elaboração do projeto, o trabalho de campo, a análise e a divulgação dos resultados,
que gerou informações científicas confiáveis, tecnicamente precisas e eticamente seguras nos
vários aspectos da saúde, câncer e radioatividade.
4) A importância do banco de dados com medições detalhadas que permitirá trabalhos pontuais nas
áreas de interesse, com inegável ganho para a região. Por outro lado, com a abrangência dada,
poderá também ser utilizado de forma municipal ou regional. Um dos aspectos que passa a ser
da responsabilidade da vigilância em saúde municipal é o monitoramento das áreas atualmente
despovoadas e que se apresentam com maiores níveis de radiação natural externa.
5) A CNEN e o setor saúde local passam a identificar pontualmente as áreas que necessitam
de um maior monitoramento, seja nos pontos elevados (acima de 20 mSv/ano), cujas ações
já são definidas pela Norma CNEN 3.01/007, seja naqueles outros que demandem estudos
complementares (radiação natural indoor), o que permitirá o cálculo da totalidade da dose média
efetiva. Antes disso, não é possível afirmar que exista necessidade de ações especiais.
6) Um aproveitamento de longuíssimo prazo, uma vez que as medições de radiação natural gama externa
são estáveis ao longo do tempo. Dessa forma, o cálculo da dose média aritmética será constante.
7) Atualização dos cálculos a cada novo censo, em razão da variação esperada da população residente.
Essa realização é uma iniciativa pioneira no Brasil e cuja metodologia poderá ser replicada
em outras áreas similares do País. Esse método já é amplamente utilizado em outros países que
apresentam características semelhantes.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
67
3.3 comunicação gerencial dos resultados
(À esquerda) Reunião da equipe coordenadora com os secretários municipais de saúde (E) de Andradas, Caldas
e Ibitiúra de Minas. (À direita) com o secretário municipal de saúde de Poços de Caldas e a comissão assessora
do RCBP-Poços de Caldas.
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Dr. Luiz Felipe Almeida Caram (ao centro) e Superintendência de
Epidemiologia: Francisco Leopoldo Lemos (à direita), Norma Sônia Fernandes Dias, coordenadora estadual do
VIGISUS (centro), e Berenice Navarro Antoniazzi. Preparação do lançamento da publicação, em 04/11/09.
68
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
REFERÊNCIAS
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
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Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
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Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
73
APÊNDICE
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
75
76
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
MAPA 11 – Densidade demográfica dos cinco municípios do
Planalto Poços de Caldas por setores censitários – Minas Gerais
População: Ano 2000
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2000
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
77
MAPA 12 – Doses de radiação gama externa na malha viária dos
cinco municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais
Períodos: 2002/2003 e 2006/2008.
Fonte: Projeto Planalto Poços de Caldas – Malha digital IBGE, 2000
78
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
MAPA 13 – Doses interpoladas de radiação gama externa na malha viária dos cinco
municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais (por hectare)
Períodos: 2002/2003 e 2006/2008
Fonte: Projeto Planalto Poços de Caldas – Malha digital IBGE, 2000
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
79
MAPA 14 – Doses máximas de radiação gama externa na malha viária dos
cinco municípios do Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais (por hectare)
Períodos: 2002/2003 e 2006/2008
Fonte: Projeto Planalto Poços de Caldas – Malha digital IBGE, 2000
80
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
MAPA 15 – Doses médias interpoladas de radiação gama externa segundo óbitos
por câncer e municípios selecionados do Planalto Poços de Caldas
Períodos das medições: 2002/2003 e 2006-2008 – Período dos óbitos: 1999-2005
Fonte: SIM, 1999-2005; Medições 2002-2003/2006-2008; Malha digital IBGE, 2000
Tamanho da célula: 0,3 km
Expoente: 2
Fronteira da Grade: 0 km
Dimensões da Grade: 232 x 199
Radio de busca: 9,9 km
Agregação: Média
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
81
MAPA 16 – Doses máximas interpoladas de radiação gama externa segundo
óbitos por câncer e municípios selecionados do Planalto Poços de Caldas
Períodos das medições: 2002/2003 e 2006-2008 – Período dos óbitos: 1999-2005
Fonte: SIM, 1999-2005; Medições 2002-2003/2006-2008; Malha digital IBGE, 2000
Tamanho da célula: 0,3 km
Expoente: 2
Fronteira da Grade: 0 km
82
Dimensões da Grade: 232 x 199
Radio de busca: 9,9 km
Agregação: Máximo
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
ANEXOS
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
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84
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
I Fórum Regional dos Cânceres Relacionados ao Meio
Ambiente e da Ocupação do Planalto Poços de Caldas
Período: 09 a 12 de Novembro de 2005
Local: Cassino Palace – Poços de Caldas – Minas Gerais
Detalhamento das atividades
Realização: Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas
A Comissão Organizadora do evento foi composta por:
• Nível local: Moacir Cipriani (LAPOC/ CNEN)
• Nível estadual: Berenice Navarro Antoniazzi (PAV/SE/SES/MG)
• Nível federal: Área de Vigilância do Câncer Ocupacional e Ambiental – INCA/ CONPREV,
sob a responsabilidade técnica de Silvana Rubano Turci.
O evento de Poços de Caldas foi aberto para outros municípios vizinhos, iniciativa que
possibilitou uma importante participação de Andradas, Caldas e Ibitiúra de Minas. Outras
representações também se fizeram presentes, como os municípios de Pouso Alegre, Catalão
(Goiás), Caitité (Bahia) e membros da sociedade civil organizada. Observe-se que Catalão e Caitité
são municípios expostos ao mesmo fator de risco ambiental.
Dia 08/11/05 – 3ª. Feira – Atividade preliminar
Visita ao laboratório da CNEN em Poços de Caldas e à Indústria Nacional Brasileira (INB),
pelos técnicos da SE/SES-MG, Ministério da Saúde/Secretaria da Vigilância em Saúde/CGVAM e da
área da Vigilância do Câncer Ocupacional e Ambiental/ CONPREV do Instituto Nacional de Câncer.
O fiscal da CNEN Dr. Moacir Cipriani conduziu o grupo técnico da SE/SES-MG: Berenice, Ângela,
João e Flávia da Diretoria do Meio Ambiente, os três primeiros do Programa de Avaliação e Vigilância
do Câncer (PAV-MG) e de seus fatores de riscos e os dois últimos da Diretoria do Meio Ambiente. A
equipe estadual solicitou a realização de fotos na visita da mina, o que foi autorizado pela gerência.
Posteriormente foram realizadas as visitas dos técnicos da Divisão do Meio Ambiente e da Ocupação
do INCA (Silvana e Ubirani) e do Ministério da Saúde/SVS/CGVAM – Vigilância Ambiental (Tarcísio).
Dia 09/11/05 – 4ª. Feira – Fórum/palestras
A abertura foi realizada pelo senhor prefeito de Poços de Caldas, Dr. Sebastião Navarro Vieira
Filho. As autoridades que proferiram palavra na solenidade foram o secretário municipal de Saúde (Dr.
Márcio Ribeiro do Valle), o coordenador do CNEN (Dr. Antonio Luiz Quinelato), a representante da
CONPREV/Instituto Nacional de Câncer (Dra. Silvana Rubano Turci) e a coordenadora do Programa
de Avaliação e Vigilância do Câncer do Estado de Minas Gerais (Dra. Berenice Navarro Antoniazzi),
que expressaram sobre as expectativas da realização do evento.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
85
Após a solenidade, a Dra. Berenice coordenou os trabalhos do dia, que consistiram na ministração de
palestras e discussões dos temas, nos períodos da manhã e da tarde. Os palestrantes responderam
a todas as perguntas realizadas pelo público presente de aproximadamente 150 pessoas.
Ministradores convidados e temas, por sequência de apresentação:
(Manhã)
• Silvana Rubano Turci (Área de Câncer Ocupacional e Ambiental CONPREV/INCA/ MSaúde):
Vigilância dos Fatores de Riscos de Câncer;
Ubirani B. Otero (epidemiologista do INCA/ CONPREV) e Berenice N. Antoniazzi
(epidemiologista PAV/SE/SES/MG):
Estudo da Mortalidade por Cânceres relacionados ao Meio Ambiente e Ocupação no
Planalto Poços de Caldas, entre 1998 a 2002;
• Lene Holanda Sadler Veiga (epidemiologista do IRD):
Riscos Associados à Radiação Ionizante.
Discussão
• Marcos Eduardo de Andrade (médico oncologista do CACON SCMC – Poços de Caldas)
Aspectos da Saúde no Planalto Poços de Caldas em relação ao Câncer;
• Resk Fraya (geólogo pesquisador do Departamento Nacional de Tradução Mineral):
Radioatividade Natural do Planalto Poços de Caldas;
• Moema Miranda Siqueira (socióloga e doutora em Administração Pública)
Radioatividade Natural, Imaginário Social e Gestão de Risco;
• Moacir Cipriani (pesquisador, Laboratório CNEN – Poços de Caldas)
Projeto Planalto Poços de Caldas;
• Berenice Navarro Antoniazzi (epidemiologista Vigilância Câncer e Riscos, SE/SES-MG)
Registros de Câncer, de base hospitalar e de base populacional;
• Tarcísio Neves Cunha (coordenador Geral da Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde/
CGEVAM/SVS)
Análise de Risco.
Durante as discussões foi possível verificar uma preocupação dos presentes nos vários
aspectos relacionados à radiação e os enfoques principais dos temas apresentados foram:
1. A necessidade de se criar um mecanismo pelos órgãos competentes para disponibilizar as
informações sobre as medições realizadas da radioatividade na região, visando à clareza do processo
para eliminar ou suavizar o medo imaginário, pernicioso à saúde mental e social da população,
normalmente aumentados pelas dúvidas ou pelos fatos irreais criados pela cultura popular
86
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Esse cenário imaginário foi coerente aos Estudos da Percepção do Risco (perspectiva
socioantropológica) apresentados que também considerou são os fatores intervenientes da gestão:
a credibilidade das informações, a capacidade do controle da informação, a credibilidade nas
autoridades, a política de divulgação e estudantes como multiplicadores. Outro enfoque foi dado para
que o risco objetivo não se oponha ao risco subjetivo, de acordo o risco e responsabilidade social.
Esse tema foi complementado com outra palestra, sobre um estudo de caso sobre a
Percepção de Risco no Planalto Poços de Caldas que encontrou os seguintes fatos:
•
•
•
•
A população tem medo da radiação e associa a ela elevado número de cânceres na região;
Frequente uso político do medo da população;
A empresa produtora e os órgãos reguladores não souberam lidar com o problema;
A empresa foi considerada segura por todas as comissões de avaliação, formadas ao longo
de sua vida.
Por razão dos fatos citados, foi apresentada uma proposta de desdobramento do Projeto
Planalto Poços de Caldas, com o objetivo geral de disponibilizar para população do Planalto Poços
de Caldas informações científicas, tecnicamente seguras e eticamente confiáveis, sobre os efeitos
da radiação na saúde da população e sobre o meio ambiente da região e que possam servir de
ferramentas para os decisores e órgãos reguladores na implementação de ações para melhorar a
qualidade de vida.
2. Outros Estudos apresentados:
Radiação e Câncer:
A pesquisadora do IRD Lene Veiga apresentou as pesquisas epidemiológicas mundiais
sobre a radiação natural que concluíram que os riscos são inconsistentes e muito pequenos
perante outros fatores de risco ambientais para câncer, como fumo, álcool, dieta, exposição
ocupacional, entre outros.
Do estudo realizado em Poços de Caldas (1998), pela mesma pesquisadora, apenas a zona
rural de Poços de Caldas pode ser classificada como área de médio nível de radiação natural.
Não existem evidências científicas de que os níveis de radiação ambiental encontrados
nestas áreas possam causar dano à saúde da população.
Estudo da Mortalidade por cânceres relacionados ao Meio Ambiente e Ocupação:
As pesquisadoras do INCA (Ubirani Otero) e da SES-MG (Berenice Navarro) apresentaram
o estudo de excessos de óbitos por cânceres considerados nas macrorregiões e municípios
selecionados.
Foram relatadas as limitações dos resultados e a conclusão de que outros estudos complementares
são necessários, para maior fidedignidade (como novas medições da radiação natural ou validação dos
óbitos avaliados) ou para produzir dados ainda inexistentes, como a incidência do câncer no município.
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
87
3. Um importante momento ocorreu com o respeitado palestrante Dr. Resk Fraya, geólogo,
que falou sobre a radioatividade natural do Planalto Poços de Caldas, destacando a radiação
artificial como a mais importante, e também discorreu sobre a necessidade que sejam diferenciados
o que é lixo nuclear de resíduo. Esse palestrante mereceu um grande respeito do público presente.
4. Foram colocadas as dificuldades encontradas pelo CACON de Poços de Caldas,
desde a sua implantação até o momento atual. A população de abrangência desse centro é de
aproximadamente um milhão de habitantes, referenciadas pelos municípios de Guaxupé, Machado,
Alfenas, Poços de Caldas e Pouso Alegre.
5. Foi apresentado que a gestão do risco atualmente tem uma nova abordagem, pois acresce
à avaliação clássica do risco estabelecido (estudos, análises, etc.) o risco percebido, que incorpora
as informações culturais. Desta forma, a comunicação de risco tem como princípio a precaução
com o envolvimento de todas as partes interessadas, que define o modelo atual de Vigilância em
Saúde em três pilares: Direito à Saúde, Direito à Informação e o Princípio da Precaução.
Após a finalização dos trabalhos do primeiro dia, os presentes foram convidados a participar
do segundo dia, sobre a realização da Matriz da O.M.S.
Dias 10 e 11/ 11/ 05 – 5ª. Feira – Fórum: Matriz da O.M.S.: F.P.E.E.E.A.
Força motriz, pressão, estado, exposição, efeito, ações.
O início das atividades foi uma breve palestra sobre o objetivo da realização da matriz com
o público presente, proferida pelo coordenador desses trabalhos, Marcelo Moreno dos Reis, da
Área do Câncer Ocupacional e Ambiental, INCA/ CONPREV, para a construção de indicadores da
saúde ambiental. O público formado por técnicos e representantes da sociedade civil organizada foi
dividido em dois grupos, que contou com colaboradores de outros municípios também presentes:
1. Grupo de Poços de Caldas:
Facilitadores: Marcelo Moreno dos Reis e Ubirani Barros Otero (INCA)
2. Grupo de Andradas, Caldas e Ibitiúra de Minas:
Facilitadores: Fátima Sueli Neto Ribeiro e Tarcísio Cunha (INCA e CEGEVAM)
O Grupo 2 solicitou uma reunião com os secretários municipais ou seus representantes,
que foi realizada no dia 11/11/05 (6ª. Feira), tendo como pauta a criação de uma Comissão
Intermunicipal de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Meio Ambiente.
Os facilitadores dos Grupos 1 e 2 realizaram posteriormente os relatórios preliminares.
Dia 12/11/05 – Relatório consolidado do evento.
88
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
Portaria gab. poços de caldas nº 11/2009
Cria a Comissão Assessora de Registro de Câncer de Base Populacional, define
responsabilidades da Secretaria Municipal de Saúde referentes ao sigilo dos dados contidos nos
registros das incidências de câncer, dá outras providências.
O Secretário de Saúde, gestor do Sistema Único de Saúde do município de Poços de
Caldas, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto no inciso X do artigo 15 da Lei nº
13317 de 24 de setembro de 1999 e considerando:
• Que o câncer é um problema de saúde publica e uma das principais causas de morte por
doença no País;
• Que é competência da SMS a coleta das ocorrências de câncer verificadas no município,
para o conhecimento da prevalência e incidência da patologia;
• A necessidade de desenvolver no município o “Programa Nacional de Avaliação e Vigilância
do Câncer e seus fatores de riscos” pela institucionalização dos Registros de Câncer de Base
Populacional-RCBP/MG. Consoante os termos do convênio celebrado nº. 761/99 celebrado
entre o Ministério da Saúde/MS, Instituto Nacional do Câncer/INCA e a SES/SU/MG;
• A necessidade de padronizar os dados a serem coletados nos estabelecimentos de saúde
do município, que subsidiarão os RCBP/MG;
• A necessidade de gerar informações por meio da coleta de dados, para posterior analises
do INCA/MS;
• A necessidade de desenvolver um trabalho visando à sensibilização dos profissionais de
saúde, dos conselhos e associações regionais de classe das áreas afins, para o fornecimento
e preenchimento dos dados de forma legível, completa e correta;
• A necessidade de garantir o sigilo médico, fora do âmbito administrativo dos RCBP/MG,
quanto às informações coletadas, não identificando as fontes notificadoras e a identidade
do paciente e
• A necessidade de garantir a confidencialidade dos dados coletados pela equipe técnica dos
RCBP/MG em observância ao disposto parte final do art. 108 do Código de Ética Médica
Resolve:
Art. 1º- Fica criada a Comissão Assessora de Registros de Câncer de Base Populacional, com
a finalidade de desenvolver estudos referentes à implementação de normas e procedimentos
complementares ao “Manual de Normas e procedimentos para Registros de Câncer de Base
Populacional-INCA/MS”, verificando a qualidade da informação das ocorrências de câncer geradas
pelos RCBP/MG, em consonância com o disciplinado no item 1.3 do referido Manual, com a seguinte
composição, sob a coordenação do primeiro:
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
89
I- Yula de Lima Merola – Coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria
Municipal de Saúde;
II- Rosimere Garcia – Técnica em Laboratórios da Divisão de Vigilância Epidemiológica da
Secretaria de Saúde
III- Reinaldo Lima – Digitador da Divisão de Vigilância Epidemiológica
IV- Helena Maria L Barbosa – Médica Oncologista
V- Victor Cardillo – Hospital da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas
VI- Rosane Aterje – Médica Pediatra
VII- André Almeida Schenka – Médico Patologista
VIII- Nivaldo Carlos da Silva – Físico do Departamento de Pesquisas em Radioatividade Natural da
Comissão Nacional de Energia Nuclear
IX- Romeu Nacarato – Cirurgião Geral
Parágrafo único: Os profissionais identificados nos incisos IV, V, VI, VII, VIII e IX deste artigo
exercerão suas funções a título de colaboração, sem ônus para o município.
Art. 2º A comissão terá a seu cargo, além de atribuições contidas no artigo anterior, o monitoramento
da questão ética e legal nos trabalhos a serem desenvolvidos pelos RCBP/MG-Programa
BASEPOP, inclusive quando necessária à publicidade dos dados dos registros das ocorrências de
câncer, bem como os trabalhos necessários à sensibilização dos Conselhos e das Associações
Regionais de Medicina e Odontologia.
Art. 3º- Fica instituída a ficha de coleta de dados padronizados pelo INCA/MS, como instrumento
oficial para registros das ocorrências de câncer de base populacional-RCBP/MG – Programa
BASEPOP.
§1º os dados da ficha de coleta das ocorrências poderão ser complementadas de acordo com as
necessidades locais;
§ 2º Os estabelecimentos de saúde, bem como os profissionais das áreas de oncologia, deverão
ser cadastrados pelos RCBP/MG como fontes notificadoras das ocorrências de câncer;
§ 3º Serão sempre mantidos em sigilo a identidade dos pacientes e de fontes notificadoras,
inclusive quando necessária a publicidade dos dados estatísticos por parte da Divisão de Vigilância
Epidemiológica do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal Saúde.
Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação e revogadas as disposições em
contrário.
90
Projeto Planalto Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil – 2004 a 2009
GOVERNO DO Estado DE MINAS GERAIS
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA
Minas: Aqui se constrói um país
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer
e seus Fatores de Riscos de Minas Gerais – PAV-MG
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – SES-MG
Subsecretaria de Vigilância em Saúde - SVS
Superintendência de Epidemiologia - SE
Gerência de Vigilância Epidemiológica - GVE
Novembro de 2009
Coordenadora
BERENICE NAVARRO ANTONIAZZI (epidemiologista)
Estatísticos
RENATO AZEREDO TEIXEIRA
THAYS APARECIDA LEÃO D’ALESSANDRO
Analista de Sistemas
DAVIDYSSON ABREU ALVARENGA
Supervisão do Registro de Câncer de Base Populacional
KARINA ELIZABETH EVANGELISTA
Registradores de Câncer – Trabalho de campo do RCBP-BH
CARLA CRISTIANA DE SOUZA
EVANDRO BRÍGIDO DAMASCENO
GILCÉA APARECIDA MARTINHO
MARIA ELIZA DE MATOS SALDANHA ROSA
MARIA HELENA OLIVEIRA SILVA
NIVIA RODRIGUES ALVES DE OLIVEIRA
MARCONDES SOARES DE AZEVEDO
PAULA BISPO VIEIRA
Supervisão de Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais
MARIA CRISTINA VIEGAS CANÇADO (médica)
CLAUDINA AGNESE CASALE (supervisão de campo)
Codificação do RCBP-BH – Supervisão de Inquéritos - Apoio Administrativo
ANGELA MARIA DO AMPARO
Esta publicação é uma produção da Superintendência de Epidemiologia da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES/MG,
com recursos dos Rendimentos do Convênio INCA/MS/SES-MG nº 199/02 – Prevenção e Controle
do Câncer – Minas Gerais – Ações de Vigilância.
CONTATO
Av. Afonso Pena, 2300 – 15º andar – CEP 30130-130 – Belo Horizonte, MG
Telefone/Fax: (31) 3215-7246 / 3215-7247
E-mail: [email protected]
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