Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Modernismo 1a Fase,Interpretação e Gramática N° 10 Professor: Sérgio Rosa 1. Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! (...) –– O meu porquinho da índia foi a minha primeira namorada. Nesses versos, reconhecem-se as seguintes características da poética de Manuel Bandeira: a) memória afetiva, linguagem coloquial e liberdade rítmica. b) liberdade rítmica, tom elegíaco e sucessão de metáforas. c) linguagem coloquial, regularidade métrica e saudosismo romântico. d) discreta melancolia, memória afetiva e rigidez formal. e) memória irônica, tom elegíaco e sucessão de metáforas. 2. Considere as seguintes afirmações sobre a Semana de Arte Moderna de 1922. I. A atuação de Oswald de Andrade foi decisiva tanto na renovação da linguagem da prosa como na da poesia; II. Mário de Andrade defendeu radicalmente a ideia de que a nova arte deveria abandonar preocupações nacionalistas; III.Monteiro Lobato criou um foco de dissidência dentro do movimento, com a tese do Antropofagismo. É verdadeiro o que se afirma: a) apenas em I. b) apenas em II. c) apenas em I e II. d) apenas em II e III. e) em I, II e III. 3. Então, as imagens novas da indústria, da máquina, da metrópole, do burguês, do proletário e do imigrante puderam surgir na poesia de Mário e no mosaico futurista de Oswald de Andrade. A observação acima está focalizando: a) fatores de confluência entre modernistas de 22 e os poetas simbolistas. b) a passagem da literatura parnasiana para a literatura pré-modernista. c) elementos que passaram a ter expressão com os primeiros modernistas. d) os temas fundamentais que marcaram a segunda geração modernista. e) as marcas de um período histórico rejeitado pelos primeiros modernistas. OSG.: 41387/11 4. O grupo de artistas e intelectuais foi-se tornando cada vez mais coeso, no biênio 1920-21, quando se afirma publicamente pela arte nova. E se o futurismo não era o seu componente único, era, sem dúvida, a pedra de escândalo a ser lançada nos arraiais acadêmicos. Pertenceram ao grupo de que trata o fragmento acima: a) Euclides da Cunha e Lima Barreto. b) Olavo Bilac e Vicente de Carvalho. c) Graça Aranha e Mário de Andrade. d) Raul Pompéia e Monteiro Lobato. e) Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens. 5. “Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade!” Nestes versos ______________, o poeta parafraseia um dos temas recorrentes na poesia _________________. a) parnasianos, simbolista b) modernistas, romântica c) românticos, barroca d) modernistas, parnasiana e) românticos, arcádica Texto I Outro dia, falando na vida do caboclo nordestino, eu disse aqui que ele não era infeliz. Ou não se sente infeliz, o que dá no mesmo. Mas é preciso compreender quanto varia o conceito de felicidade entre o homem urbano e essa nossa 5 variedade de brasileiro rural. Para o homem da cidade, ser feliz se traduz em “ter coisas”: ter apartamento, rádio, geladeira, televisão, bicicleta, automóvel. Quanto mais engenhocas mecânicas possuir, mais feliz se presume. Para isso se escraviza, trabalha dia e noite e se gaba de bem sucedido. O homem 10 daqui, seu conceito de felicidade é muito mais subjetivo: ser feliz não é ter coisas; ser feliz é ser livre, não precisar de trabalhar. E, mormente, não trabalhar obrigado. Trabalhar à vontade do corpo, quando há necessidade inadiável. Tipicamente, os três dias de jornal por semana que o morador deve à fazenda, 15 segundo o costume, são chamados “a sujeição”. O melhor patrão do mundo não é o que paga mais, é o que não exige sujeição. E a situação de meeiro é considerada ideal, não porque permita um maior desafogo econômico – o que nem sempre acontece – mas sim porque meeiro não é sujeito. Rachel de Queiroz. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1989. p. 216. Modernismo 1ª Fase, Interpretação e Gramática 6. É correto afirmar que o texto é parte: a) do depoimento de um trabalhador nordestino, com sua visão das condições de trabalho e de como sentir-se feliz com a vida que tem. b) de um discurso argumentativo, em que se propõe convencer o leitor da melhor maneira de considerar-se feliz. c) de uma discussão que se faz em torno das relações de trabalho, especialmente aquelas em que os patrões respeitam a vontade e o lazer do trabalhador. d) de uma crônica, em que aparece um ponto de vista pessoal a respeito do que alguns entendem por felicidade. e) de uma narrativa em que se expõem as condições específicas de trabalho na zona rural, em confronto com o trabalho mais livre, nas áreas urbanizadas. • Texto II 5 “Este sofá informe talvez não tivesse o poder de me segurar cá dentro. Ou teria ainda mais... O que faria se houvesse algo em algum lugar, que me interessasse? Por certo, deixaria para depois. O prazer não está na realização, está na espera, no anseio. Se é que está! Se estivesse, exploraríamos as profundezas do mar, munidos do escafandro da nossa loucura sensata.” M. de Campos. 12. (Osec) Qual destes pares apresenta a mesma função sintática? a) Este/poder. b) Algo/profundezas. c) Do escafandro/da nossa lembrança. d) Por certo/munidos. e) O prazer/o poder. 7. “Quanto mais engenhocas mecânicas possuir, mais feliz se presume.” Na frase acima, há uma relação de: a) finalidade. b) condição. c) proporcionalidade. d) temporalidade. e) causalidade. 13. (Mack) Assinale a alternativa em que o A craseado introduz termo sintático com função de objeto indireto. a) Ele se referia à mesma pessoa. b) Quando se dirigirá à casa paterna? c) Chegaremos possivelmente às duas horas. d) Estamos à sua espera. e) Foi um almoço à moda americana. 8. “E, mormente, não trabalhar obrigado.” A frase aparece reescrita, conservando o sentido original, em: a) E, no entanto, trabalhar com liberdade. b) E, principalmente, trabalhar por sua própria vontade. c) E, não obstante, trabalhar por obrigação. d) E agradecer, especialmente, por ter trabalho. e) E, sobretudo, conseguir trabalhar por conta própria. 14. (Cândido Mendes) “Angélica, animada por tantas pessoas, tomou-lhe o pulso e achou-o febril.” Febril, sintaticamente, é: a) objeto direto. b) complemento nominal. c) predicativo do objeto direto. d) predicativo do sujeito. e) adjunto adverbial. 9. Há conotação em: a) “Para isso se escraviza, trabalha dia e noite...” b) “Outro dia eu disse aqui que ele não era infeliz.” c) “Ou não se sente infeliz, o que dá no mesmo.” d) “E a situação de meeiro é considerada ideal, ...” e) “...ser feliz não é ter coisas...” 15. (Med. Itajubá) Em todas as frases, os termos destacados estão classificados corretamente, exceto: a) A resposta de Jorge foi um simples gesto negativo. = complemento nominal. b) Rosa acordara extremamente alegre naquele dia. = predicativo. c) Que diabo fiz eu a esta menina? Perguntava Jorge a sim mesmo. = objeto direto. d) Na esquina via-se, em construção, uma casa sem telhado. = adjunto adnominal. 10. Observe as frases abaixo. I. Ser feliz não é ter coisas. Ser feliz é não ter coisas. II. ...quando há necessidade inadiável. ...quando há inadiável necessidade. III. ...não é o que paga mais. ...é o que não paga mais. Texto para a questão 12. 16. Assinale a oração sem adjunto adverbial. a) O touro pisava a arena ameaçador. b) O touro pisava a arena ameaçadoramente. c) Chegaram tarde. d) Pelos campos corria uma brisa agradável. e) Não verás país como este. Com a alteração da ordem das palavras, houve também alteração de sentido somente em: a) II e III b) I c) III d) I e II e) I e III 17. (Med. Pouso Alegre) “Os garotos estavam indóceis à espera do grande mocinho.” Na frase acima, a palavra destacada é: a) sujeito. b) predicativo do sujeito. c) aposto. d) objeto direto. e) predicativo do objeto. 11. (GV) “Quando me procurar o desencanto, ou a morte, eu direi, sereno e confiante, que minha vida não foi de todo inútil.” O termo sereno é: 18. (Cescea) Adjunto adverbial de causa está em: a) Compro livros com o dinheiro. b) O poço secou com o calor. c) Estou sem amigos. d) Vou ao Rio. e) Pois Pedro é efetivamente bom. a) aposto. b) adjunto adnominal. c) predicativo do sujeito. d) complemento terminativo. 2 Modernismo 1ª Fase, Interpretação e Gramática 19. (Med. Pouso Alegre) Todas as frases abaixo apresentam um predicativo do sujeito, exceto: a) O chapéu e o guarda-chuva são novos. b) As portas estão abertas. c) A montanha permanecia ao longe. d) Minha mãe anda adoentada. e) Sua coragem ficará famosa. 20. (Med. Pouso Alegre) Aparece objeto direto na seguinte frase: a) “Mas ficou o ensinamento.” b) “Sua pessoa era sempre lembrada.” c) “... O carrapato lembrava miséria e abandono.” d) “Era muito feliz.” e) “Saiu com medo do pai.” GABARITO – Nº 9 1 2 3 4 b 6 5 d c d e 7 8 9 10 d a c d b 11 12 13 14 15 b a d b d 16 17 18 19 20 c d b a a 3 Modernismo 1ª Fase, Interpretação e Gramática Anotações OSG.: 41387/11 Dig.: Vic. 28/03/11 / Rev.: AR 4