ESTUDO BÍBLICO A soberania de Deus e a Teoria do Acaso “Os que afir mam que uma fa talidade cega produziu todos os efeitos que vvemos emos no mundo rande afirmam fatalidade mundo,, disseram um ggrande absurdo; pois, poder ia existir absurdo maior do que uma fa talidade cega ter produzido seres inteligentes? poderia fatalidade Montesquieu, filósofo francês que viv eu no século XVII viveu “ Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Pergunto-me se Fernando Pessoa tinha alguma noção da grande verdade teológica expressada em sua poesia. Defendia o poeta que as realidades, antes de o serem, são quereres de Deus. Esses desígnios são passados aos homens que, se dispostos a lutar por Deus, tornar-se-ão instrumentos de Sua obra. Mas do cronograma poético de Pessoa, quero deter-me apenas sobre a primeira fase, o querer de Deus. Deus quer quer.. E Ele pode querer. Deus não é um ser cosmicamente mimado. O Criador não age como mal-educada criança, para quem tal a impossibilidade, maior o destempero. Deus tem em Suas mãos todo o poder: “Porque dEle, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36); “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). 04 | EETAD EM REVISTA | NOVEMBRO/13 A ABRIL/14 De forma geral, é possível conhecer bem os planos de Deus para a Igreja. Dispomos da Palavra para isso. A Bíblia ensina sobre como proceder em todas as ocasiões; não há evento que não seja previsto ou aludido nas Sagradas Escrituras. Analisando a Bíblia, nós, Igreja que somos, saberemos nos portar. Mas, o que, infelizmente, nem sempre conseguimos fazer é conciliar os quereres de Deus aos âmbitos mais pessoais de nossa existência. É fácil descobrir o que Deus deseja de nós como Igreja; mas como conciliar as aspirações pessoais com a vontade soberana de Deus? Haveria lugar para elas e os planos íntimos na dinâmica do Reino? Recorro ao personagem que entrou para o imaginário cristão como sonhador: não parece que os sonhos e gostos pessoais de José foram respeitados por Deus, pois, mais rápido do que percebesse, viu-se privado de todas as benesses que o futuro lhe reservava. Quantas belas tú- nicas ele não poderia colecionar durante o tempo em que foi escravo e presidiário? Chegamos aqui a uma bifurcação menos em nosso estudo e mais em nossa caminhada de fé: ou assumimos que a soberania de Deus não fere nosso arbítrio, ou cedemos a uma teoria mais simples que dispensa o exercício da fé, a casualidade. Quando pequeno, aprendi na Escola Dominical um hino infantil que dizia: “Menininho, como vai? Você vale muito mais do que as aves, do que a flor. Deus lhe tem amor”. Ora, quando eu era menino, aprendi que minha vida estava nas mãos de Deus e isso aquecia meu infantil coração. Descobrir-se guardado por Deus é reconfortante, mas isso foi nos idos tempo de menino, pois logo que vim a ser grande disseram que eu poderia ser fruto do acaso. Que, por acaso, nasci; por acaso respiro; se por acaso viver, por acaso é que continuo vivo. Deus não tem nada a ver com isso. É passar de projeto divino a erro de cálculo! Que fazer? O conceito de acaso remonta à filosofia clássica. Os intermináveis diálogos filosóficos cuidavam ser o acaso apenas o que o acaso poderia ser, aleatoriedade, casualidade. Isso e nada mais. Porém, o conceito de acaso evoluiu na mesma proporção em que cresceram as aspirações à deidade do homem: ansiando ser o deus de sua própria vida, o ser humano criou para si um autoculto em que o acaso é reverenciado como força que pode detê-lo ou impulsioná-lo. Desta forma, o acaso emer- O pensamento moderno acha-se permeado pelo minimalismo. O campo das ideias está dominado por este movimento que não tenta provar a não existência de Deus, mas sim provar que Ele não é tão poderoso como afirmam as Sagradas Escrituras ge das sombras matemáticas para ganhar força espiritual. Neste momento, o trono de Deus é usurpado pela filosofia pós-moderna, que tem suas raízes na queda de Lúcifer: não sendo possível roubar o lugar de Deus, Satanás tenta escondê-lo, tenta impedir que os homens enxerguem o Criador, dando-lhes o “bezerro” do acaso, banhado no dourado fajuto da pseudoliberdade. O acaso filosófico nada tem a ver com o matemático. Este último é apenas uma possibilidade, como as combinações que se pode ter ao lan- çar os dados. Já o acaso filosófico recebe atributos de entidade divina e vai de acaso a poder causal. Não satisfeito com a boa, perfeita, e agradável vontade do Senhor, o homem, iludido por Satanás, criou para si um deus que em verdade é o mais perfeito sinônimo para o nada. O teólogo americano Rober t Charles Sproul declarou: “O acaso não é uma entidade. E não entidades não têm poder porque não existem. Dizer que algo acontece ou é provocado pelo acaso é atribuir poder instrumental ao nada”. O pensamento moderno acha-se influenciado pelo minimalismo. Todo o campo das ideias está dominado por este movimento que tem como objetivo maior não provar que Deus não existe, mas provar que Ele não é tão poderoso como afirmam as Escrituras. O acaso e sua falsa liberdade provocam no homem um senso de não realização e total incapacidade. Não importa o quanto se esforce o homem; não importam os seus sonhos e dons; importa o que o acaso reservou para ele. Diante desta última afirmação, alguém poderia apelar dizendo que o acaso guardou para si o mesmo direito que o Senhor Deus detém: o poder para fazer, já que, diz a Escritura, que ninguém pode intentar contra o braço forte do Senhor. Assim, Deus estaria sendo tão cruel quanto o acaso que os seus servos condenam. Entretanto, existisse no acaso a propriedade de realizar, certo seria que suas efetivações constituirse-iam em verdadeiro desastre para os homens. A diferença entre o Deus a quem servimos e o acaso naturalista é que o Senhor é soberano, e não um tirano. Sua vontade faz-se cumprir por Seu poder inquestionável e perfeito. Uma soberania que não é negociada com os homens, pois é exercida para o bem deles. Prof. Gunar Berg – Coordenador Acadêmico da FAETAD – Articulista e autor pela EETAD, FAETAD e CPAD EETAD-Mail (http://mail.eetad.com.br) D esde Julho/07 a EETAD oferece o serviço de e-mail gratuito, em parceria com o Google Apps®, uma ferramenta que visa facilitar a comunicação entre os departamentos da instituição e seus Núcleos, e que alia rapidez, praticidade, segurança e total gerenciamento no envio e recebimento de mensagens. Com este serviço a EETAD pretende tornar mais rápidas as respostas às demandas dos Núcleos, bem como, a divulgação de atos administrativos ou eventos especiais. A expectativa é que a maior parte dos atendimentos, outrora realizados através de telefone e correspondências, seja substituída pelas mensagens eletrônicas. Algumas das possibilidades asseguradas pelo sistema de emails são: o envio de circulares e ofícios aos Núcleos; a confirmação, por parte dos Núcleos, das quantidades de livros para cada matéria a ser cursada; acesso a uma agenda compartilhada, onde as diretorias dos Núcleos podem acompanhar as datas das remessas dos ciclos, além de ver outras datas e eventos pertinentes às atividades acadêmicas da EETAD, bem como os eventos dos Núcleos que os mesmos quiserem divulgar. Os termos que regulamentam este serviço exigem que ele seja utilizado exclusivamente pelos membros de diretoria dos Núcleos. O acesso ao EETAD-Mail é feito pelo endereço: http://mail.eetad.com.br ou, ainda, pelos programas cliente de e-mail, como o Outlook, Microsoft Live Mail, Eudora, Thunderbird etc. No site da EETAD, na sessão suporte/downloads, encontra-se o manual de orientações sobre como configurar e usar o EETAD-Mail.