4000 a.C a 30 a.C A civilização egípcia começa a se formar por volta de 4.000 a.C e permaneceu relativamente estável durante 35 séculos. Sua população era de 7 milhões de habitantes formado por uma mescla de grupos étnicos, pois o Egito é um ponto de confluência entre os mundos mediterrâneo, asiático e africano. Por volta de 3300 a.C eles se estabelecem as margens do Nilo, aonde vão desenvolver a agricultura e consolidar uma sociedade bem estruturada, cujo chefe de estado é o faraó. O faraó era considerado um ser divino que exercia completo domínio sobre seu povo e que voltava, quando morria, para junto dos deuses dos quais viera. As pirâmides, erguendo-se em direção ao céu, ajudavam o faraó a realizar essa ascensão. Elas preservariam seu corpo sagrado da decomposição, pois os egípcios acreditavam que o corpo tinha que ser preservado a fim de que a alma pudesse continuar vivendo no além (imortalidade). A arte egípcia tinha finalidade religiosa e funerária. As maiores manifestações artísticas se concentram na arquitetura: as pirâmides, com sua solidez e gigantescas proporções, difundiam a idéia necessária aos faraós de perpetuidade, poder e força. Era uma arte anônima e padronizada. Seguiam regras rigorosas da representação. Se uma imagem fiel do rei fosse preservada, ele continuaria vivendo para sempre Escultor = aquele que mantém vivo Cabeça esculpida em granito e colocada na tumba, onde ninguém a via, a fim de exercer sua magia e ajudar a alma a manter-se viva. Cabeça, 2551-2528 a. C (encontrada em Gizé, 27,8 cm) O ideal de beleza egípcia era a representação do homem com a pele escura e a mulher com a pele clara. As estátuas de pé tinham uma perna mais à frente que a outra e os braços colados ao corpo. Figuras de pé ou sentadas constituem o repertório fundamental da escultura egípcia. Está relacionada a espaços arquitetônicos especialmente naqueles relacionados ao culto dos mortos. Aparece principalmente nas paredes de túmulos ou, tumbas .Os mais ricos possuíam murais em casa,elaborados em estilos de alta textura. Retratam costumes e crenças da época. O principal tema é a vida e a morte dos faraós, já que a principal crença religiosa do povo egípcio é a imortalidade de seu governante. O ritual da mumificação era um tema bastante importante. Assim como a escultura, a pintura seguia regras rigorosas como a lei da frontalidade: cabeça, pernas e pés eram representados de perfil; e os olhos e o tronco de frente. Segue padrões rígidos. Lei da frontalidade: tronco e olhos para frente, cabeça e membros de lado. Ausência de profundidade Cores chapadas, ou seja, são uniformes, não apresentando variações de tonalidade, luz e sombra. Hierarquia da pintura: eram representadas maiores, as pessoas com maior importância no reino,ou seja,nesta ordem de grandeza:o rei,a mulher do rei,o sacerdote, os soldados e o povo. A pintura retratava a vida egípcia em sua plenitude. O estilo egípcio incorporou uma série de leis rigorosas e todo artista tinha que aprende-las desde muito jovem. Não havia criatividade e a arte permaneceu a mesma durante muitos séculos. Existem pinturas encontradas em papiros e juntamente com hieróglifos. Os rolos de papiros têm como peça fundamental os Livros dos Mortos, ricamente decorados,onde continham instruções para se guiarem depois da morte e eram colocados junto ao defunto,no interior da tumba. O Livro dos Mortos é um rolo enorme de pergaminho. Mostrava o cotidiano do povo, o tribunal de Osiris (no qual o morto tinha o coração pesado enquanto falavam a Osiris tudo o que fez em vida), os rituais de mumificação, ou seja, basicamente as anotações de todo um povo. Era uma escrita sagrada. Apenas pessoas que tinham o poder sobre a população, como sacerdotes, membros da realeza e escribas, sabiam ler e escrever. É provavelmente a escrita organizada mais antiga do mundo, e era basicamente usada em túmulos e templos. O maior uso dessa forma de escrita aconteceu com o povo egípcio, que usou a escrita hieroglífica durante um período de 3500 anos para escrever sua língua. Durante todo esse tempo em que foi utilizado, os hieróglifos continham cerca 6900 sinais (que seriam o alfabeto hoje em dia), e essa quantidade de sinais foi o que fez este tipo de escrita desaparecer, pois se torna quase impossível decifrar tantos códigos. Um dos textos escritos em hieróglifos foi a Pedra de Roseta. Uma estela é uma coluna monolítica ou pedra destinada a inscrições, que poderiam ser governamentais ou religiosas, e era muito utilizada no antigo Egito. A Pedra de Roseta é um fragmento de uma estela. Pesando cerca de ¾ de tonelada, mede 118 cm de altura, com 77 cm de largura e 30 cm de espessura, sendo sua composição de granito negro. Seu nome é uma homenagem a cidade de Roseta, na província egípcia de Al-Buhaira, onde foi descoberta pelo exército de Napoleão, em 1799. É uma mensagem escrita em três línguas distintas: grego, hieróglifos e demótico. Hieróglifos são escritos egípcios antigos, de difícil tradução e demótico é uma versão mais simples, popular dos hieróglifos. A importância da mensagem da Pedra de Roseta se firma mais nas línguas em que foi escrita, do que no seu conteúdo, que nada mais é do que um decreto elaborado por padres egípcios, declarando o faraó como um ótimo governante e seguidor dos deuses egípcios e, logo abaixo, ordens sobre como a mensagem deveria ser compartilhada. Por isso, ela foi escrita em três línguas diferentes e entalhada na pedra. A data da Pedra é de 27 de março de 196 a.C. GOMBRICH. E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2009. PEDRO, Antônio. História Geral. São Paulo:FTD, 1998. www.infoescola.com.br http://pinturasegipciass.blogspot.com.br