Comunicação de Dados – Trabalho nº1 IPCA, LESI-PL 04-04-2013 1 LDAP - Lightweight Directory Access Protocol Pedro Laranjeira – a7532, Vitor Ferreira – a7814 Resumo - LDAP é um protocolo que define o acesso aos serviços de pastas, onde as pastas apresentam uma estrutura de armazenamento organizada de forma hierárquica, que facilita o armazenamento e procura de informações. Este protocolo serve para interagir com o Serviço de Pastas. Assim as regras de acesso às pastas estão definidas no LDAP. O LDAP é definido para uso em sistemas Cliente-Servidor, permitindo a um cliente LDAP consultar ou alterar a pasta comunicando-se com o servidor LDAP, sendo este multiplataforma. O OpenLDAP é um pacote do LDAP, que adiciona recursos e softwares necessários para torná-lo funcional oferecendo um serviço de pastas prático e seguro. Este serviço é usado para armazenar todos os dados da rede, como senhas, IDs de utilizadores, nomes, endereços, além de outros, centralizando as pesquisas e consultas em si, esta centralização é a chave para abrir um caminho que facilita na administração de uma rede de qualquer tamanho. Palavras – Chave - LDAP. OpenLDAP. Pastas. Centralização. Segurança. Administração. Redes de computadores. Uma das principais vantagens do LDAP é a facilidade de localizar informações e ficheiros disponibilizados. Pesquisando pelo sobrenome de um funcionário é possível localizar dados sobre ele, como telefone, departamento onde trabalha, projectos em que está inserido e outras informações incluídas no sistema, além de ficheiros criados por ele ou a ele lhe façam referência. Cada funcionário pode ter uma conta de acesso no servidor LDAP e com isso actualizar informação que a ele respeita e ainda a partilha de ficheiros com outros funcionários. I. INTRODUÇÃO LDAP (Lightweight Directory Access Protocol), Protocolo Leve de Acesso a Pastas. Trata-se, como o nome indica, de um protocolo que rege a forma de acesso a serviços de pastas e respectivos clientes, por outras palavras fornece a comunicação entre utilizadores e serviços de pastas. O protocolo LDAP, desenvolvido em 1993 pela Universidade do Michigan, tinha por objectivo superar o protocolo DAP (que serve para aceder ao serviço de pastas X.500 do modelo OSI). A partir de 1995, o LDAP tornou-se um directório nativo (standalone LDAP), não servia unicamente para aceder a pastas de tipo X500. O LDAP é assim uma versão “Leve” do protocolo DAP, daí o seu nome Lightweight Directory Acess Protocol. LDAP é um protocolo (executado sobre o TCP/IP) clienteservidor, utilizado para aceder a um serviço de pastas. Actualmente este protocolo vêm-se tornando usual diversos programas já o têm de forma nativa, livros de endereços, autenticação, armazenamento de certificados digitais (S/MIME) de chaves públicas (PGP) são alguns dos exemplos onde o LDAP já é amplamente utilizado. O LDAP oferece uma grande escalabilidade. É possível replicar para outros servidores (para backup ou balanceamento de carga) e incluir novos servidores de uma forma hierárquica, interligando departamentos e filiais de uma grande multinacional com facilidade. A organização dos servidores neste caso é similar ao DNS: é especificado um servidor raiz e a partir daí é possível ter vários níveis de sub-servidores, além de mirrors do servidor principal. II. DESCRIÇÃO DO PROTOCOLO Conforme já mencionado o LDAP implementa um serviço de directório global, com pesquisas e leituras na sua base de dados bastante optimizadas e que feita a simplificação do DAP. Outra grande característica do LDAP é o conceito de Single Sign On (SSO), ou seja, autenticação única, facilitando a integração com outros serviços, como por exemplo, servidor de arquivos, de proxy, de domínio, de impressão, entre outros. O usuário tem apenas um userid e uma senha para aceder aos diversos recursos da rede e não mais uma senha para cada serviço que queira utilizar. O LDAP é composto pelos seguintes modelos: • Modelo Funcional: Define o que pode ser feito com as informações do directório. Este modelo divide-se em três categorias: Integração, Actualização e Autenticação. Comunicação de Dados – Trabalho nº1 • Modelo de Informação: Define o tipo de informação que pode ser armazenada no directório LDAP. • Modelo de Nomes: Define como a informação é organizada e referenciada no directório LDAP. • Modelo de Segurança: Define como os dados são protegidos de acessos não autorizados. Existem três aspectos básicos de protecção: Acesso, Autenticação e Autorização. O LDAP controla estes aspectos com o auxilio das ACL´s (Access Control List) ou lista de controlo de acesso, ou seja uma lista que define quem tem permissão de acesso a certos serviços . Estrutura de um diretório LDAP: As informações são armazenadas de forma hierárquica, isto, para se poder obter informação de apenas um ramo da hierarquia. Também desta forma torna possível implementar diferentes níveis de segurança em ramos distintos. IPCA, LESI-PL 04-04-2013 2 III. APLICAÇÕES Embora o LDAP seja mundialmente utilizado por várias empresas, não é solução para todos os problemas, apresentamos algumas vantagens e desvantagens da utilização do LDAP. Vantagens: • É optimizado para pesquisas de informação é um aspecto muito interessante para serviços de directório; • Centralização de toda a informação, com isso, facilidade de administração, menos dados duplicados entre os outros aspectos; • Multi-plataforma, possibilita a integração de diferentes servidores e clientes; • Suporte várias aplicações, como por exemplo, e-mail, impressão, domínio, entre outros. Desvantagens: • Baixa performance para escrita; • Não permite relacionamento de dois atributos, visto que não é uma base de dados relacional, mas sim uma base de dados estruturada hierarquicamente, ou seja, em forma de árvore; • Raramente são feitas actualizações. Alguns exemplos mais detalhados: • Linux com LDAP – por meio da base LDAP, é possível autenticar usuários no Linux. • Lista de endereços – também é possível fazer uma lista de endereços, facilitando, assim, a localização dos dados dos usuários, clientes etc. na rede • Samba com LDAP – Samba é um aplicativo que possibilita a comunicação de uma rede Windows com uma rede Linux, podendo se portar como servidor de domínio da rede. Assim sendo, a base de usuários para autenticação pode vir do LDAP. • Apache com LDAP – na mesma rede pode existir uma área de Intranet, a qual somente os usuários da rede podem acessar. Esse controle pode ser feito por meio de autenticação e as senhas dos usuários estarão no LDAP, sendo a mesma base utilizada no domínio do Samba. • E-mail – continuando na mesma rede, pode existir um servidor de e-mail; o mesmo usuário que foi autenticado e que acede a lista de endereços e a Intranet também pode enviar e receber e-mails utilizando as informações que o servidor de email busca na base de dados do LDAP. • Proxy – na rede pode existir também um proxy, e os usuários da rede podem aceder a internet somente através desse proxy, com autenticação. Mais uma vez, as senhas dos usuários estarão na base LDAP. IV. CONCLUSÃO Percebe-se que o LDAP possui inúmeras áreas onde pode ser aplicado, pois trata-se de um protocolo leve que não exige muitos recursos computacionais e pode ser utilizado desde pequenas empresas até grandes corporações para integração de seus inúmeros serviços. Além de possuir uma grande escalabilidade, isto é, podem ser adicionadas várias expansões tanto na linha de operações funcionais quanto em comandos de Comunicação de Dados – Trabalho nº1 controlo, o LDAP ainda possui várias opções para a segurança de dados, pois adopta, actualmente, um dos frameworks mais utilizados e flexíveis da Internet (SASL). Porém, o LDAP deve ser escolhido como solução e projectado com muito cuidado, pois não se trata de uma substituição definitiva da base de dados ou outros serviços, como servidores FTP, servidores WEB ou sistemas de arquivos. Deve-se analisar muito bem quais são os requisitos do serviço onde se pretende empregar o LDAP, pois, talvez, essa não seja a melhor solução. Pode até funcionar, mas não com uma eficiência satisfatória. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Lightweight Directory Access Protocol – Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Lightweight_Directory_Access_Protocol [2] Sys Admin Guide for Directory Services ftp://docs-pdf.sun.com/816-4856/816-4856.pdf [3] Introdução ao OpenLDAP Directory http://www.openldap.org/doc/admin21/intro.html [4] OpenLDAP http://www.openldap.org/ [5] Utilidade LDAP http://pplware.sapo.pt/networking/redes-sabe-para-que-serve-um-servioldap/ IPCA, LESI-PL 04-04-2013 3