AGOSTO/SETEMBRO DE 2012- EDIÇÃO 51 - ANO VI - EDITORA ALESSI
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Sindicalismo
Mais salário, mais abono e mais
proteção para os nossos bolsos
*Cícero Firmino da Silva,
Martinha
Estamos em plena campanha salarial.
Como fazemos todos os anos nesta época,
nos mobilizamos dentro e fora das fábricas
para fazer valer nossas reivindicações e negociações encaminhadas pelo Sindicato.
Além da reposição da inflação e do aumento real, queremos em 2012 um substancioso abono salarial, para nos ajudar nos
gastos familiares das festas de fim de ano.
É a época em que nos dedicamos a comemorar a alegria de termos uma família, de visitar parentes, de confirmar nossos laços emocionais. E o abono que já é tradição e por isso
é parte essencial de nossa campanha salarial.
Mas temos que ter o cuidado também de
proteger nossa renda.
Nossos bolsos têm sido atacados por todos os lados. Muitas empresas, em conluio com
os bancos que as financiam, em vez de manter
apenas a conta salário, induzem muitos companheiros e companheiras a ter contas com
tes têm de desaparecer”.
Acrescenta o ministro: "Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós
estamos, é bom que eles (os bancos) também se preocupem."
Na sequência dessa fala, alguns bancos fizeram seu marketing anunciando reduções das taxas
de juros, mas é bom lembrar que, mesmo com
cortes de até 50%, elas continuam elevadíssimas e
ameaçam, ainda, o bolso dos trabalhadores.
Ao longo da nossa campanha salarial vamos nos mobilizar também para proteger
nossos bolsos do verdadeiro assalto dos cartões de crédito e dos cheques especiais.
Vamos exigir das empresas apenas a conta
salário, que nos ajuda a administrar com precisão o que recebemos. E evita que nos tornemos
reféns de assaltos eletrônicos, que nos impõem
juros absurdos, prejudicam nossas finanças e
transferem nossa renda para os banqueiros.
cheques especiais e com cartão de crédito.
O objetivo dos banqueiros é transferir
parte dos nossos salários, ganhos com muita
dificuldade, para seus cofres, nos impondo
juros absurdos e escorchantes.
A tal ponto que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado há poucos dias que os
bancos estão cobrando taxas "escorchantes" no
*Cícero Firmino da Silva, Martinha,
cartão de crédito e que são injustificáveis.
é presidente do Sindicato dos MetaSegundo Guido Mantega, "esses dispara- lúrgicos de Santo André e Mauá
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JAZZ
JAZZ,, BIG BANDS & CIA
CIA..
Big Band de Harry James em S.André
Santo André teve o privilégio
de ver, ouvir e dançar ao som da
famosa orquestra do trompetista
Harry James, um dos mais populares “bandleaders” da era do
swing. Uma noite inesquecível
para os presentes ao Baile de Gala,
naquele 21 de outubro de 1960,
sexta-feira. Os salões do Palácio
de Mármore no Moinho São Jorge
ficaram repletos com a presença de mais de dois
mil convidados do Primeiro Baile Oficial das Debutantes, organizado pela tradicional agremiação andreense - Clube Pan WD , o Panelinha.
Por volta das 23:30 hs, após o encerramento da apresentação das “Debutantes”,
abrem-se as cortinas do palco,surgindo à frente de sua lendária orquestra o trompestista Harry James, intensamente aplaudido. O show durou 90 minutos e teve início com a música tema
da banda ,“Ciribiribin”. A seguir, James foi ao
microfone para apresentar, um a um, seus músicos, executando na sequência, imortais temas de seu repertório, com a platéia vibrando a
cada música. Na temporada brasileira, James
veio acompanhado pelos instrumentistas Robert Rolfe, Don Palladino, Nick Buno e Vern
Guertin, trompetistas; Ray Sims, Vince Diaz e
Dick Lieth, trombonistas; Russ Phillips, Larry
Kinnamon, Ernest Small e Herb Harper, saxofonistas; o hábil baterista Buddy Rich, ao piano
Jack Parciful e o crooner Ernie Andrews, entre outros. No total, uma
big band com 21 componentes.
Aproveitando a temporada de
Harry James no Brasil, durante o
mês de outubro de 1960, a diretoria do Panelinha decidiu contratá-la para abrilhantar o Baile
da Debutantes. Através de entendimentos com o diretor-presidente da Televisão Record, Paulo Machado de Carvalho Filho, firmou-se um contrato estabalecendo a obrigatoriedade da presença de todos
os componentes da orquestra, bem como, o
tempo de duração do show. Empreendimento
arrojado na época e que se transformou no
mais importante evento social na região nos
anos 1960.Primorosa reunião dançante, apresentando música orquestral de primeira qualidade, com os convidados divertindo-se até às
quatro horas da madrugada, em ambiente elegante e civilizado. Concluída a soberba apresentação de Harry James à frente de sua corporação musical, subiu ao palco, para dar continuidade ao baile, o vibrafonista Sylvio Mazzucca
e sua famosa orquestra de baile, apresentando
selecionada série de sambas tradicionais. Ao
final, ele e seus músicos foram muito aplaudidos, recebendo também o carinho dos músicos
norte-americanos, que acompanhavam a exibição ao lado do palco.
Noite de glória e consagração para o maestro Sylvio Mazzucca e seus comandados.
Além das orquestras de Harry James e Sylvio Mazzucca, o evento contou com a presença do Conjunto Musical Arpege, que se apresentou no Jardim de Inverno, tocando música
suave e romântica, para jovens casais de namorados. Acontecimento social sem precedentes na cidade, superando as mais otimistas espectativas, onde pudemos ver de perto a figura
simpática de Harry James: astro da música, rádio, televisão e cinema, na época casado com a
famosa e bela atriz Betty Grable. Nesta narrativa, voltamos mais de 50 anos no tempo, recordando momentos de alegria e entretenimento por ocasião da vinda de Harry James à cidade.
Ele esteve à frente de sua orquestra por mais de
40 anos. No final dos anos 1930, o então jovem Frank Sinatra foi “crooner” da banda. Harry James faleceu, vítima de câncer linfático, a 5
de julho de 1987, em Las Vegas, Estado de Nevada nos Estados Unidos, aos 67 anos de idade.
Ouça o programa de Jazz e Big Bands
“Quinta Avenida”; “Quinta Avenida”- Sábados às 19h; “Quinta Avenida Especial”
– Domingos às 9h. Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga. Rádio Trianon AM
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Sustentabilidade
Obra sustentável garante
prêmio a empresa do ABCD
O Edifício ECO Berrini, localizado em importante centro empresarial de São Paulo e
projetado para ser totalmente sustentável,
com conceitos que buscam minimizar os danos ambientais, garantiu prêmio à Star Center, empresa especializada em climatização,
com sede em Santo André, no ABCD.
A Star Center foi selecionada como um
dos Destaques do Ano-2011 pela Smacna Brasil e recebeu a premiação durante o
19° Destaques do Ano Smacna Brasil-
2011/Convênio Smacna / Abrava, realizado em 16 de agosto.
O edifício é composto por uma torre corporativa de 35 andares, cinco subsolos e
um edifício com garagem anexo, totalizando área de 101 mil m². Todo o projeto seguiu os critérios de Green Building para a
certificação LEED (edifício verde)
Além de seus atributos arquitetônicos e
localização privilegiada, o grande diferencial desta obra foi garantir economia de 40%
no consumo de água e 30% de energia. A
fachada foi projetada para garantir o bom
desempenho térmico das unidades, pois o
sistema, denominado fachada unitizada, é
pré-moldado e consiste em painéis prontos
levados diretamente para o local de instalação, permitindo uma melhora na produtividade sem ação de mau tempo ou variação
climática.
Desde 2006, a Star Center tem suas
obras reconhecidas e destacadas no Prê-
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mio Smacna Brasil, criado em 1993 com a
finalidade de promover em âmbito nacional o reconhecimento dos trabalhos de engenharia térmica.
Sua primeira obra premiada foi a climatização do Data Center da TIM Celulares, em Santo André. No ano seguinte, a
obra de conforto térmico do Museu da Língua Portuguesa – Estação da Luz (SP). Em
2008, foi a vez do Data Center da Diveo,
primeiro no Brasil a utilizar sistema suple-
mentar de climatização para atender a grande dissipação de calor dos racks. No ano
seguinte, o sistema de climatização do
Museu do Futebol, localizado no Pacaembu (SP) foi agraciado com troféu. Em seguida foi o edifício Torre Santander, em São
Paulo, e, no ano passado, o edifício Atrium
IX, localizado no Bairro da Vila Olímpia,
em São Paulo. A Star Center também é uma
das poucas empresas especializadas em sistemas para sala limpa, data center e mon-
tagem de sistemas especiais para área hospitalar. A empresa está no mercado há 20
anos e se destaca por ser uma das 10 maiores na Grande São Paulo na área de projetos e instalações de sistemas centrais, envolvendo soluções de engenharia. A empresa realiza instalação, manutenção e
consultoria em sistemas centrais de ar condicionado, ventilação e exaustão mecânica, tratamento do ar, resfriamento de processos industriais e calefação.
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Gastronomia
O nome, inspirado na região de D.
Quixote de La Mancha, remete aos moinhos da paisagem local. Comprado pelo
antigo funcionário João Nonato da Silva, associado ao ex-metalúrgico da GM
de São Caetano, José Paulo Scalabrin, o
restaurante teve o cardápio mantido
como nos tempos em que era comandado pelos fundadores, um casal de espanhóis. Os camarões ao alho e polvo na
manteiga merecem atenção. O nome
para ser escolhido no cardápio sem a possibilidade de errar: Gambas a la Ajilho.
Isso é só para começar, despertar o
apetite com essa e outras entradas maravilhosas preparadas pelo cozinheiro
Antonio Cesar de Freitas, a exemplo
ainda dos anéis de lula fritos, ou do
Chorizo, uma porção de salame.
Em seguida, aparecem sempre como
as mais pedidas, as paellas, que podem
ser solicitadas em três versões indivi-
duais. A marinheira é feita apenas com
frutos do mar. Tem ainda com lagosta e
a valenciana, esta preparada com lombinho ou frango.
O cardápio, porém, é muito mais amplo. Tem Pulpos a Don Juan, que é o polvo na manteiga; Atum a La Plancha, o filé
de atum na chapa com legumes e alcapar-
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LosPaella
Molinos
e muito mais
mês, o Los Molinos apresenta ainda jantar com show de dança típica flamenca.
Um espetáculo único que vale ser apreciado, porque faz com que os clientes
sintam-se verdadeiramente em uma viagem à Espanha.
Entrega no ABCD
Com serviço de delivery, Los Molinos entrega a paella em sua casa, inclusive no ABCD, apesar de estar localizado no Ipiranga, bem perto do Museu da Independência. Para isso, basta
ligar: 2215-8211.
ras; a Lagosta, no cardápio apresentada
como Langosta; o Bacalau (bacalhau); e
o Salmão com brócolis e alcaparras.
Engana-se, porém, quem pensa que
acabou. Tem Calamares Fritos (lulas a
dorê); Gambas a La Plancha Don Juan
(camarões na chapa com legumes e alcaparras e arroz na manteiga; Huevos a
La Flamenca (ovos); Mejilones em ViLos Molinos
nagrete (mariscos a vinagrete), Jamon
Agora, vale à pena conhecer o restau(tradicionalíssimo presunto espanhol
rante, na rua Vasconcelos Drumond, 526
cru) e muito mais.
Para os apreciadores da bebida típi- - Vila Monumento. Telefone: 2215-8211.
Aceita os cartões Amex, Diners,
ca espanhola, são servidas deliciosas
sangrias, que acompanham muito bem MasterCard, Visa.
todos os pratos. E o Los Molinos ainda
oferece uma boa carta de vinhos de váHorário de funcionamento:
rias nacionalidades, como portugueses,
Terça a quinta: 12h às 15h e
chilenos, franceses, e, claro, espanhóis.
19h às 22h.
Sábado: 12h às 23h.
Domingo: 12h às 16h.
Dança Flamenca
Sexta: 12h às 15h e 19h às 23h.
Em toda última sexta-feira de cada
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Medicina
Crises febris
Por Rudá Alessi
Febre é uma elevação da temperatura
corporal que ocorre como resposta do centro regulador de temperatura hipotalâmico
(localizado no cérebro) frente a determinadas situações, como processos inflamatórios
e/ou infecciosos.
Crises febris são crises epilépticas (ou
crises convulsivas, o que tem basicamente
o mesmo significado) que ocorrem em crianças entre os seis meses e seis anos de
idade com febre (temperatura acima de
38ºC). São muito frequentes, acometendo
de 2 a 5% das crianças menores de cinco
anos, e podem ser muito assustadoras para
pais, familiares e professores que as presenciam, porém na grande maioria dos casos são benignas, não acarretando em lesões cerebrais ou afetando a inteligência.
Devido à sua grande frequência, e impacto sobre os familiares e cuidadores da criança,
é um tema que deve ser discutido e entendido.
Uma primeira informação que deve ser
compreendida é que uma criança que apresenta crises febris NÃO tem epilepsia, e não
necessita de tratamento, com uso de medicações antiepilépticas. Outro dado muito
importante é que crises febris só ocorrem em
crianças, e qualquer paciente que apresente
crise epiléptica associada à febre fora dessa
faixa etária deve ser investigada, pela possibilidade de se tratar de um processo e infecção do sistema nervoso, ou de uma síndrome epiléptica mais grave.
Causas da crise febril:
- Infecção: crises febris podem ocorrer
como um resultado da febre que acompanha
infecções bacterianas ou virais, principalmen-
te a roséola (que é uma das doenças típicas
da infância). Tais infecções não necessariamente se encontram no sistema nervoso,
podendo ser uma pneumonia, uma infecção
urinária ou uma faringite.
Na ausência de um processo infeccioso evidente, deve ser investigada a
possibilidade de meningite.
- Imunizações: crises febris podem ser
efeito colateral de certas vacinações, tipicamente entre 8 a 14 dias após.
Fatores de risco de recorrência das
crises febris:
- Primeira crise febril antes dos 15 meses
de vida.
- Febres frequentes.
- Histórico familiar (pai, mãe, irmãos) com
crises febris.
- Crises febris ocorrendo com temperaturas relativamente mais baixas (mais próximas dos 38C)
Possíveis complicações das crises febris:
- Crises febris simples, ou seja, aquelas
com duração menor do que 15 minutos, não
acompanhadas de alterações de força, comportamento, sensibilidade ou qualquer outra
alteração neurológica após a crise, e sem recorrência nas primeiras 24 horas, são consideradas tradicionalmente benignas. Existe um
risco pouco maior de essas crianças desenvolverem epilepsia na vida adulta, porém o mesmo não justifica o uso de medicações antiepilépticas de rotina, e essas crianças apresentam desempenho acadêmico e físico igual a
crianças que não apresentaram crises febris.
- Crises febris complicadas são aquelas
que fogem às especificações acima descritas,
e apresentam maior possibilidade de intercorrências. Nesses casos, a criança deve ser
investigada e acompanhada de maneira mais
próxima, afim de um diagnóstico precoce e
mais acurado de uma possível patologia mais
grave, seja uma síndrome epiléptica, seja uma
infecção do sistema nervoso.
Para cianças que apresentam crises febris com muita frequência podem ser prescritas medicações para uso ou apenas durante a febre, ou continuamente, porém essas são a minoria dos casos.
Toda criança que apresenta uma primeira crise epiléptica, febril ou não, deve ser levada ao pronto-socorro para atendimento.
Na maioria das vezes não haverá necessidade de internação ou do uso de medicações,
mas apenas o médico assistente, frente à criança e aos dados trazidos pelos familiares e
exames complementares, pode definir qual a
melhor conduta no momento.
Termino reiterando que, apesar de fonte
de grande angústia e preocupação para familiares e cuidadores, crises febris são normalmente benignas e não acarretam complicações ou incapacidades, podendo a criança levar uma vida normal e plena.
Rudá Alessi
CRM – 127.118
Médico Neurologista
E-mail: [email protected]
Professor Afiliado da Disciplina de
Neurologia da FMABC
Responsável pelo Ambulatório de
Epilepsia da FMABC
Médico pesquisador colaborador do
Laboratório de Neurofisiologia Clínica do HC FMUSP.
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Pesquisa
Poluição por agentes químicos
favorece um novo tipo de doença
Endocrinologista Maria Angela
Zaccarelli Marino avaliou mais de
6.000 pacientes em 15 anos para
chegar à “tireoidite
química autoimune”
Professora de Endocrinologia da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André
(SP), Dra. Maria Angela Zaccarelli Marino teve
aceito para publicação em um dos periódicos mais conceituados do mundo estudo realizado durante 15 anos com moradores da
Capital paulista e de quatro cidades do Grande ABC. Ao todo foram avaliados mais de
6.000 pacientes e o resultado sugere a descoberta de um novo tipo de doença: a tireoidite química autoimune.
A partir de observação empírica da grande quantidade de casos de tireoidite crônica
autoimune na divisa entre Santo André,
Mauá e São Paulo – região onde estão instaladas diversas indústrias do segmento petroquímico –, a docente da FMABC decidiu dar
início em 1989 à pesquisa que será publicada no Journal of Clinical Immunology. Os moradores estudados foram acompanhados a
partir de consultas médicas e exames laboratoriais de sangue com dosagens dos hormônios tireoidianos.
De 1989 a 2004, 6.306 homens e mulheres entre 5 e 78 anos foram avaliados. Os
pacientes foram divididos em 2 grupos segundo o local de moradia. Na região próxima
ao parque industrial petroquímico estavam
3.356 pacientes do grupo 1. Já o grupo 2 foi
composto por 2.950 de região predominantemente residencial – ou seja, afastada de área
industrial –, nas divisas entre São Caetano,
Santo André e São Bernardo.
Os resultados são alarmantes. Em 1992,
somente 2,5% da população do grupo 1 sofria de tireoidite crônica autoimune. Em 2001,
o mesmo grupo já apresentava taxa de
57,6%. Já a população que vivia longe da
área químico-industrial não teve aumento
significativo no período. “Na comparação
geral dos 15 anos, o grupo 1 apresentou 905
pacientes com a doença, contra somente 173
do grupo 2. A região que concentra as indústrias petroquímicas tinha 5 vezes mais
casos de tireoidite crônica autoimune na com-
paração coma a área residencial estudada”, Os poluentes funcionariam como gatilho para
afirma a autora do trabalho, Dra. Maria An- desencadear o problema”, detalha Dra. Magela Zaccarelli Marino.
ria Angela.
Vale ressaltar a associação da tireoidite
Poluição como gatilho
crônica autoimune com outras doenças auA partir da constatação, a pesquisadora toimunes, como a esclerose múltipla, artrite
sugere a identificação de um novo tipo de reumatoide, diabetes tipo 1, hepatite crônidoença. Trata-se da tireoidite química autoi- ca autoimune, vitiligo e lúpus eritematoso
mune, cuja ocorrência está diretamente liga- sistêmico. “Em crianças, o aumento de casos
da a fatores ambientais, principalmente à po- de tireoidite crônica autoimune foi acima de
luição por agentes químicos. “A poluição 40% no período estudado. São dados preopode ser o fator desencadeante para forma- cupantes, visto que a doença é a maior causa
ção de anticorpos anti-tireoideanos, que são de hipotireoidismo primário, que se não for
substâncias que agridem a glândula tireoide tratado adequadamente pode levar a danos
ocasionando a tireoidite crônica autoimune. irreversíveis”, alerta a médica.
Dra. Maria Angela Zaccarelli Marino
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Parlamento
O Brasil tem
remédio.
Falta distribuir
melhor!
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Um olhar sobre
o País em Brasília
Joaquim Alessi
De Brasília
A necessidade do achatamento da famosa
pirâmide que simboliza a desumana distribuição de renda no Brasil é por demais conhecida
de todos os cidadãos, e faz parte do discurso
de todo e qualquer político, notadamente em
época de campanha eleitoral.
As deficiências do Sistema Único de Saúde
(SUS) e o descaso para com a grande maioria
dos brasileiros que trabalham, constroem a nação, mas são relegados a um segundo ou terceiro plano quando necessitam de atendimento
médico, são de notório conhecimento. Quando
a pessoa de menor poder aquisitivo necessita,
então, de um medicamente de alto custo, única
solução para sua garantia de vida, consegui-lo
vira uma tarefa, na maioria das vezes, ingrata.
Isso, apesar de a Constituição Federal, a maior
lei do País, a Constituição Cidadã de 1988, assegurar a todos o direito à saúde, obrigando o
governo a fornecer tais medicamentos.
Diante desse quadro, o deputado federal
William Dib (PSDB), membro titular da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara
Federal, apresentou o projeto de Lei 960/2011,
com a finalidade de regulamentar de forma
mais eficiente e eficaz a distribuição gratuita
de medicamentos, especialmente os de uso
continuado decorrentes de doenças crônicas e
degenerativas, bem como próteses, órteses e
outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
O projeto está em análise na Comissão e
representará uma grande conquista. Hoje, o
Estatuto do Idoso prevê essa distribuição, mas
com um prazo de 180 dias para o governo fornecer os medicamentos, podendo ser prorrogados por mais 180 dias. Na prática, o idoso,
quando sobrevive, leva em média um ano para
ter acesso aos produtos.
Dib, que é médico por formação e atuou
por muitos anos na Secretaria de Saúde de
São Bernardo, como médico, muito antes de
ser vereador e prefeito, lembrou ainda outro
agravante: “Antes desse prazo de 180 mais
180 dias, o governo ainda não aceita sim-
plesmente a receita do médico do SUS. Assim, diagnosticada a enfermidade e a necessidade de determinado medicamento, o Ministério da Saúde exige que o cidadão seja
submetido a uma junta médica em seu local
de origem. Só isso já leva vários meses para
ser marcado. Se for uma doença grave, como
um câncer, essa demora pode decretar o óbito do paciente. E o governo economiza, pois
não precisa mais dar o remédio.”
Dib ressaltou também: “Esse é um dos absurdos que há na nossa legislação. Aí, quando
ocorre um problema, a família com mais informações procura um advogado, aciona o Ministério Público que acaba obrigando os prefeitos
e governadores a atenderem a exigência em 24
horas, mas não acionam quem estabelece essas diretrizes. Ou seja, o prefeito, o governador, o secretário da Saúde pode ser preso, mas
os responsáveis por tudo isso não. O nosso projeto visa a amenizar o sofrimento dos idosos e
consequentemente de seus familiares”.
A discussão promete ser acalorada, uma vez
que o relator do projeto, o também deputado
Darcísio Perondi (PMDB/RS), que preside a Frente Parlamentar da Saúde na Câmara, deu parecer contrário ao projeto. Sobre essa questão,
Dib destaca: “Tem sido rotina o atual governo
não aceitar nenhum projeto que vise a assegurar algum direito no âmbito do SUS. Argumentam que a proteção do SUS já é integral e que o
necessário é o aumento do financiamento da
saúde. Ocorre que os brasileiros em geral e os
idosos em particular não têm recebido essa assistência integral, mas, sim, sofrido com a situação precária do sistema nacional de saúde,
tendo muitas vezes que recorrer ao Poder Judiciário para poder ter acesso aos medicamentos
essenciais para sua sobrevivência.”
O Judiciário já vem reconhecendo o direito a
esses medicamentos e este projeto visa justamente a assegurar este direito, em tempo curto
e sem a necessidade de acessar a Justiça, obrigando o governo a cumprir o seu dever. Nesse
sentido é que o Deputado Walter Tosta, apoiando os argumentos e a importância do projeto do
deputado William Dib, apresentou voto em separado defendendo a aprovação desse projeto.
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Parlamento
“Não podemos falar em
democracia com a imprensa
calada”, afirma Dib
Fotos: Leonardo Prado/Câmara Federal
Por iniciativa do deputado federal e exprefeito de São Bernardo, William Dib (PSDB),
a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal
debateu em 3 de julho a necessidade de tornar mais rigorosas as leis para crimes que
atentem contra jornalistas. O objetivo, segundo os debatedores, é dar maior segurança à atividade da imprensa no Brasil, uma
vez que, segundo afirmou o próprio Dib após
a audiência, só nos primeiros seis meses deste ano foram assassinados seis jornalistas
no Brasil. “E a grande maioria desses crimes
tem mando de políticos, denunciados por
envolvimento com a corrupção”, disse.
A audiência pública, proposta pelo deputado William Dib (PSDB-SP), reuniu profissionais, representantes dos jornalistas, deputados e estudantes de Jornalismo e Direito na Câmara dos Deputados.
Uma das propostas debatidas foi um
projeto que prevê que crimes contra a atividade jornalística possam ser avocados para
investigação por parte da Polícia Federal.
“Isso é perigoso”, alertou Dib, que lembrou:
“A PF já pode fazer isso a qualquer momento, mas o texto, do modo como está colocado, por facilitar o esquecimento por parte
das autoridades locais e federais”.
Durante audiência, o delegado-chefe da
Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, Delano Cerqueira Brunn, afirmou que
apenas "federalizar" as investigações desses
crimes não é o suficiente. Para Delano, é preciso dar mais "ferramentas legislativas" aos
policiais, como a delação premiada. O delegado acredita que dar um benefício a criminosos em troca de informações que levem a
outras prisões é "extremamente válido para
salvar vidas e evitar novos crimes".
O delegado Brunn também defendeu
maiores investimentos em capacitação, contratação e equipamentos aos policiais federais. Dib questionou o delegado, lembrando
que isso pode demorar muito, e, portanto,
os crimes continuarão ocorrendo.
Deputado federal William Dib durante seu
pronunciamento na audiência convocada para
debater os crimes contra a imprensa
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Guto Camargo (Sindicato dos Jornalistas de SP),
Dib (PSDB-PS), José Carlos Torves (executiva da
Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ), Laura
Tresca (oficial do Artigo 19) à mesa dos debates
Já as entidades da categoria defenderam
maior rigor nos crimes contra os profissionais da imprensa. Para José Carlos Torves, da
Federação Nacional dos Jornalistas, e Laura
Tresca, representante da ONG Artigo 19, é
preciso criar um "novo marco regulatório"
para protejer os jornalistas ao exercer sua
profissão. Não opinião de Torves, "medidas
urgentes são necessárias para estancar a violência cometida aos profissionais de imprensa". Laura Tresca acredita que é preciso
"assegurar a liberdade de expressão dos jornalistas e proporcionar segurança para o
exercício da profissão."
O jornalista e escritor José Neumanne
Pinto, também presente, afirmou que devese punir quem comete crimes contra jornalistas e também os "maus profissionais da
imprensa", responsáveis por difamações e
calúnias de outros profissionais e cidadãos.
Para Neumanne, a "defesa da honra do jornalista também deve ser protegida pelas leis
brasileiras".
O número de jornalistas mortos por causa do trabalho que realizam está aumentando no Brasil. Só nos seis primeiros meses de
2012, seis jornalistas já foram assassinados
- número que corresponde às mortes de todo
o ano de 2011. Em 2010, foi registrado um
caso e, em 2009, dois casos. Desde 1995,
41 jornalistas foram assassinados no País.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) salienta que a violência não diz respeito
só a assassinatos, mas a agressões físicas,
ofensas verbais e ameaças - que são costumeiras. Relatórios anuais elaborados pela
Fenaj apontam que a maior parte da violência contra jornalistas é cometida por agentes públicos, em especial políticos estaduais
e municipais e policiais locais.
Esses dados foram divulgados durante
audiência realizada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. No evento, foi discutida a segurança
dos jornalistas e a impunidade em relação
aos crimes praticados contra eles.
O representante da Fenaj, José Carlos
Torves, afirma que muitos crimes ocorrem
porque os agressores têm a sensação de que
não vão ser punidos. Ele também afirma que,
nas cidades do interior, existem vários casos
de violência contra jornalistas que não são
investigados por pressão política ou conivência da polícia e do judiciário local.
Por isso, José Carlos Torves defende a
aprovação do projeto que está sendo analisado na Câmara que federaliza os crimes
contra a atividade jornalística.
Já o deputado William Dib questiona a
eficácia desse projeto. Ele teme que as polícias locais nem tentem apurar os crimes contra jornalistas, sabendo que a Polícia Federal
pode entrar no caso. Além disso, o parlamentar destaca que a Polícia Federal pode
não ter interesse ou recursos disponíveis
para as investigações.
William Dib pediu a realização da audiência sobre a violência contra os jornalistas.
"Proteger a imprensa livre é função do Estado - maior do que todas as outras funções.
Por quê? Porque é um jeito de proteger a
democracia”, afirmou William Dib.
O parlamentar ressaltou que não há
como imaginar um Estado que se diz democrático sem imprensa livre, articulada e que
possa expressar suas opiniões. “Se a imprensa for calada, pode ter certeza que o Estado
Democrático de Direito está suspenso. Nós
não podemos imaginar um estado democrático com imprensa calada pelo poder econômico, por ameaças físicas ou, de fato, pelo
delito, que é o crime."
William Dib e outros participantes da
audiência também defenderam a aprovação
de uma nova Lei de Imprensa, já que a antiga, de 1967, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
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Solenidade
Dib preside sessão solene
em homenagem à Sociedade
Brasileira de Eubiose
Fotos: Antonio Augusto/Câmara Federal
A pedido do deputado federal William
Dib (PSDB), a Câmara realizou em 10 de
agosto sessão solene em homenagem aos
91 anos de fundação da Sociedade Brasileira
de Eubiose. O tucano apresentou ainda projeto de lei para instituir o dia 10 de agosto
como o Dia Nacional da Eubiose. Essa prática é conhecida como a ciência da vida e defende a vivência de um conjunto de conhecimentos, cujo objetivo primordial é congregar, construir e religar integralmente as dimensões do sagrado, divino e humano.
Para Dib, essa ciência se relaciona com a
evolução humana, entendida como transformação de energia em consciência. “Tal
processo aponta no caminho de uma construção crítica do autoconhecimento. Trabalhando, portanto, para além dos estudos de
religiões comparadas, a Sociedade Brasileira
de Eubiose apresenta manancial próprio de
saberes que segue do conhecimento sobre a
natureza oculta do corpo humano às visões
sobre a cosmogênese”, disse.
Segundo o parlamentar, a eubiose faz o
indivíduo crescer espiritualmente e esclarecer
muitas dúvidas. “Os ensinamentos contidos
na doutrina eubiótica apontam na direção não
apenas do crescimento individual mas do crescimento coletivo, processado no espírito mas
Deputado federal William Dib comanda, da
cadeira da presidência da Câmara Federal,
sessão solene em homenagem à Eubiose
sempre a partir da matéria que lhe dá sustentação. Com os olhos e ouvidos voltados para
a especificidade cultural brasileira, a eubiose
desmitifica o esoterismo, desconstrói o fundamentalismo e caminha lado a lado com o
conhecimento filosófico”, afirmou.
A Sociedade Brasileira de Eubiose foi fundada por Henrique José de Souza, apoiado
por sua esposa Helena Jefferson de Souza
em São Lourenço, no ano de 1921. Nessa
data, foi lançada a pedra fundamental do
movimento eubiótico no Brasil. Sua fundação material, como Dhâranâ Sociedade Mental Espiritualista, no entanto, remete a 1924,
quando em Niterói foram firmados os seus
estatutos sociais. Com um trabalho então
muito próximo ao do budismo esotérico,
Dhâranâ ergueu as bases para o que viria a
se tornar a Sociedade Teosófica Brasileira,
nome assumido em 1928.
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Evento
Primo Bonafini promove desfile de cel
Gigi Monteiro, Solange Frazão, Janaina do Mar, Amanda
Françozo, Josy Oliveira, Mara Bastos, Thais Pacholek e Patricia
Naves, todas muito bem produzidas por Primo Bonafini
A data de 5 de agosto ficou marcada na
história das cidades do Circuito das Águas, que
pararam para ver um time de famosas que se
reuniram no Hotel Sant'Anna Spa & Golfe, em
Amparo (SP), para realizar o maior evento de
noivas jamais visto na região. Uma mega estrutura foi organizada pelo profissional Primo
Bonafini, conhecido internacionalmente como
Hair Stylist de várias estrelas, trouxe ao palco a
inovação de seus penteados e maquiagens ousadas para as noivas, repleta de cores, brilhos e
formas para brindar, tanto o lançamento de seus
produtos para cabelos, como para firmar a parceria com o hotel na realização de festas e cerimoniais de casamento.
Na passarela nomes como das apresentadoras Solange Frazão, Mara Bastos, Amanda
Françoso; atrizes como Patrícia Naves, Thais
Pacholeck, Gigi Monteiro; e os ex BBBs Janaína do Mar, Eliéser Ambrosio, Cristiano Zanelato e Josy Oliveira, que encantou os mais de
200 convidados Vip e jornalistas com um pocket show com sua banda No Mínimo 3.
Primo Bonafini, Jackeline Oliveira, Solange Frazão,
Eduardo Lippman e Daiane Kosaka,
no Hotel Sant’Anna Spa & Golf
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de celebridades no Circuito das Águas
As atrizes, com Primo Bonafini ao centro, Cristiano, do BBB,
Elieser BBB, Eduardo Lippman, Jackeline Oliveira e Daiane
Kosaka do Hotel Sant`Anna Spa & Golf
Primo e as Celebridades
Equipe Primo Bonafini no Golf House
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Evento
Setembro também é mês do casamento
A ex-BBB Josy Oliveira teve a cerimônia de casamento com o
músico e designer Daniel Ramos no cenário encantador oferecido
pelo Hotel e Spa Sant’Anna, em Amparo, Interior de São Paulo
A ex-BBB Josy Oliveira subiu ao altar no
dia 12 de agosto para se casar com Daniel. A
cerimônia aconteceu no Hotel e Spa Sant’
Anna na cidade de Amparo, no interior de
São Paulo, e contou com familiares e amigos
mais íntimos do casal.
Para o grande dia, Josy escolheu um vestido branco e bordado do estilista Pedrinho
Fernandes e enquanto o penteado, decoração e make-up ficaram por conta do amigo e
hair stylist, Primo Bonafini.
A ex-BBB Josy Oliveira (34), que participou da 9ª edição do Big Brother Brasil, da
Globo, subiu ao altar no dia 12 de setembro,
para se casar com o músico e designer Daniel
Ramos (35). A cerimônia, realizada na igreja
de um hotel em Amparo, interior de São Paulo, surpreendeu os convidados, cerca de 40
pessoas, entre familiares e amigos íntimos.
"Tivemos uma cerimônia super diferente e o
ritual das areias, com participação ativa dos
pais e padrinhos - promovido pela empresa
Casamento Ecumênico - encantou a todos".
Josy com Primo (ao lado) e com Daniel (acima)
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amento e Primo preparou Josy Oliveira
Cenário perfeito para as núpcias
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AGOSTO/SETEMBRO DE 2012- EDIÇÃO 51 - ANO VI