“Dá-os a comer a essa gente, porque assim fala o Senhor: ‘Comerão e ainda há-de sobrar’”. Deu-lhos e eles comeram, e ainda sobrou, segundo a Palavra do Senhor. – Palavra do Senhor Salmo responsorial (Sl 144 [145] Ref. Abris, Senhor, as vossas mãos E saciais a nossa fome. Graças vos dêem, Senhor, todas as criaturas E bendigam-Vos os vossos fiéis. Proclamem a glória do vosso reino E anunciem os vossos feitos gloriosos. Ref. Todos têm os olhos postos em Vós, E a seu tempo lhes dais o alimento. Abris as vossas mãos, E todos saciais generosamente. Ref. O Senhor é justo em todos os seus caminhos E perfeito em todas as suas obras. O Senhor está perto de quantos O invocam, De quantos O invocam em verdade. Ref. Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Efésios (Ef 4, 1-6) Irmãos: Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo -vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados: procede com toda a humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade; empenhai-vos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como há uma só esperança na vida a que fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, actua em todos e em todos Se encontra. – Palavra do Senhor Aleluia – Apareceu entre nós um grande profeta: Deus visitou o seu povo. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 6, 1-15) Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, ou de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?” Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: “Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um.” Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: “Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e doi speixes. Mas que é isso para tanta gente?” Jesus respondeu: “Mandai-os sentar.” Havia muita erva naquele lugar, e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca.” Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: “Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo.” Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirouSe novamente, sozinho, para o monte. – Palavra da Salvação No final da homilia, entrega-se a todos um “pão”, em cartolina, com um poema Santo Consagração – Depois da Invocação do Espírito Santo sobre a Assembleia: todos rezam a Oração do «pão» Comunhão: Ref. Por este sinal Todos conhecerão que sois os meus discípulos: Se vos amardes, se vos amardes, Se vos amardes uns aos outros Como Eu vos amei. Por este sinal: Quando for verdade Cada apertar de mão; Quando for verdade Cada olhar que se diga ao irmão. Como Eu vos amei: Se for sem medida Todo o qu’rer do bem; Se for sem medida O tudo dar do que se é e se tem. Por este sinal: Quando for verdade Todo o cantar de amor; Quando for verdade Em cada casa a paz e o calor. Como Eu vos amei: Se for puro dom O entregar da vida; Se for puro dom Tornar a estrada alegre e florida. Por este sinal: Quando for verdade O confiar-irmão; Quando for verdade A morte e a vida, em dom, feito pão. Como Eu vos amei: Se for na alegria O entregar à Cruz; Se for na alegria A dor que espera a chegada da luz. EUCARISTIA DE ACÇÃO DE GRAÇAS PELA VIDA DA IRMÃ PAULO Antes do “Ide” – gesto com o “pão” – e proclamação do poema: O Pai está impaciente por sentar todos à Sua Mesa O Pai tem a pressa do infinito Amor. E a unidade avança rompendo barreiras como chama tenaz, às vezes mais alta, às vezes mais trémula, mas que não se apagará. É preciso acreditar na força da unidade e teimar serenamente, e em cada momento morrer para que nasça esta vida, a Vida que é a Vida da Trindade. Cântico final: 1. P’lo caminho, com a vida, eu quero semear Uma flor que nunca mais na terra há-de murchar. Ref.: Quero ser o mensageiro Que percorre o mundo inteiro Proclamando a todos a Alegria Da Esp’rança e da Verdade, Da Justiça e Liberdade, Do Amor que há-de vencer um dia. 2. P’lo caminho, com a vida, eu quero construir Um lar novo onde o calor a todos saiba unir. 3. P’lo caminho, com a vida, eu quero comprovar O amor que é puro amor, o amor que é só amar. 4. P’lo caminho, com a vida, a vida feita sim Vou mostrar como é bom viver o amor sem fim. Lisboa, 29 de Julho de 2012 Introdução breve: O termos tocado de algum modo a vida da Irmã Paulo é o que nos reúne nesta celebração de acção de graças… Ela partiu há cinco anos, mas sabemos que está bem viva na Casa do Pai e no coração e nas vidas de todos nós. Por isso, esta celebração é de Ressurreição… Procissão de entrada: Sacerdotes e porta-símbolos Cântico de entrada: 1. Ressuscitou! E as aves cantam cedo. Aleluia! O amor venceu o medo Ref.: Ressuscitou! Ressuscitou! Ressuscitou! Aleluia!Aleluia! Aleluia! Aleluia! Ressuscitou! 2. Ressuscitou! E floriu de branco a terra. Aleluia! O amor venceu a guerra. 3. Ressuscitou! Já tens pão, menino pobre. Aleluia! O amor venceu o cobre. 4. Ressuscitou! Já tens lar, velhinho só. Aleluia! O amor venceu o dó. 5. Ressuscitou! E o mais fraco é o mais forte Aleluia! O amor venceu a morte. 6. Ressuscitou! Tem sentido novo a dor. Aleluia! O amor venceu o amor. Saudação do Celebrante e apresentação dos símbolos: (Depois da apresentação de cada símbolo, canta-se): Quero teimar Acreditar Que um dia a vida triunfará! Quero fazer Compreender Que a vida está onde o Amor está! Queremos trazer à nossa celebração as muitas pessoas que tocaram a vida da Irmã Paulo… Toda a Família da Irmã Paulo. Obrigado, Senhor, por esta raíz, de onde brotou uma vida tão linda, porque alimentada, desde o berço, pela seiva da Fé, da Esperança e do Amor. Concede a esta Família a graça de beber sempre desta raíz, enriquecida e estimulada por este seu membro, e concede a todas as Famílias, dum modo especial às que foram tocadas pela sua vida, o dom da Fé que dá raíz e sentido à vida… (entrega-se a raíz) Apresentamos a Congregação inteira. Obrigado, Senhor, pela vida nova que a Congregação deu à Irmã Paulo e pela vida nova que a Irmã Paulo deu - - - à Congregação. Agradecemos, de um modo especial, a sua participação decisiva na elaboração das Constituições e do Documento de Espiritualidade. Concede a cada uma das Irmãs, e mais fortemente às Irmãs de Portugal, a mesma paixão da Irmã Paulo por uma Vida Religiosa renovada, mais profética e significativa dos valores do Reino, para o mundo de hoje… (entrega-se as Constituições e o Documento de Espiritualidade) Tornamos presentes aqui todas as Antigas Alunas a quem a Irmã Paulo dedicou os primeiros anos da sua Vida Religiosa. São flores que desabrocharam e cresceram com o calor da pedagogia de Paula Frassinetti – a via do coração e do amor – que a Irmã Paulo tão bem encarnou na sua missão. E são frutos, hoje, no mundo, na Igreja, nas Famílias, dos valores do Reino: a verdade, a justiça, o amor. Obrigado, Senhor, por estes frutos, e concede a cada uma e às suas famílias a graça de continuarem a produzir frutos novos, transformadores da sociedade em que vivemos… (entrega-se flores e frutos) E queremos apresentar todas as Noviças que foram passando pela vida da Irmã Paulo. Vidas que Deus foi trabalhando e moldando, como o barro, preparado pela sabedoria extraordinária da Mestra que a Irmã Paulo foi, e que hoje são Doroteias e Mulheres realizadas e comprometidas, na Congregação, na Família e na Sociedade. Concede a todas, Senhor, a fidelidade ao dom recebido e a capacidade de ajudar a crescer todos aqueles que tocarem as suas vidas… (entrega-se barro) Apresentamos todos os Jovens que tocaram a vida da Irmã Paulo e que foram sempre a sua prioridade na missão. Cada Jovem e a Juventude como tal. Obrigado, Senhor, por todas as sementes lançadas na linha da Pastoral Juvenil. Entregamos-Te este Futuro carregado de Esperança que queremos ajudar a construir. Concede-nos a graça de saber amar a Juventude ao jeito da Irmã Paulo, tal como ela o expressou (lêem o poema e entregam-no no final): Amar a Juventude Olhá-la com o olhar da Fé que se deslumbra ao encontrar o plano – raiz de cada ser; com o olhar da Esperança, - - que nunca se cansa, e faz crescer; com o olhar do Amor, que vibra e aquece e dá e sente, olhá-la com o olhar de CRISTO, jovem eternamente. Compreender a ânsia da juventude a força exigente que não nos deixa instalar e ser vida – caminho de plenitude, vida – sinal. Amar com um amor tão forte que não a deixa enganar-se nem perder-se nem revoltar-se nem desanimar. Amar na juventude a juventude do Reino. E gastar-se por ela até ao fim Amar ate à morte. Apresentamos, também, todos os que trabalham, sofrem e lutam por um Mundo Melhor, de um modo especial as pessoas comprometidas no Movimento que tem este nome e ao qual a Irmã Paulo deu tanto da sua vida, a nível de Portugal, da Europa e do Mundo. Obrigado, Senhor, por este Serviço de renovação da Igreja e da sociedade. Concede-nos a todos esta urgência de servir à transformação das realidades onde estamos inseridos, colaborando, assim, na construção de um mundo mais humano, segundo o coração de Deus (entrega-se o mundo)… E queremos trazer a esta celebração todos os Amigos e Amigas que comungaram da vida da Irmã Paulo e encontraram horizonte, apoio, sustento, carinho, sintonia… para caminhar. Obrigado, Senhor, pelo dom extraordinário da Amizade, que concedeste à Irmã Paulo e que fez dela, para tantos e tantas, a Amiga sempre presente na hora certa. Ensina-nos o sentido profundo que a Amizade tem para ti e para ela (Lêem o poema e entregam-no no final): Aos Amigos, Sento-os à mesa da minha intimidade… Tenho um convite para Ti se for da tua vontade… Vem beber o cálice comigo, sim? - E, finalmente, entregamos-Te, Senhor, este Livro que contém uma Vida… uma Herança. Uma vida narrada e expressa de muitas formas. Uma vida que nos ajuda a viver. Uma vida que já se encontra no “abraço longo e doce” de “Deus, toda a Beleza, Bem, Verdade”. Que este abraço nos alcance e faça de nós, sempre mais, Família de Deus, Comunidade de Amigos… (entrega-se o Livro) Glória Glória, glória, glória, Glória a Deus nos altos Céus! Glória, glória, glória, Glória a Deus nos altos Céus! Paz na terra aos homens! Paz na terra aos homens por Deus amados! Glória, glória, glória, Glória a Deus nos altos Céus! 1. Senhor Deus Pai todo-poderoso: Nós Vos bendizemos, Nós Vos adoramos, Nós Vos damos graças Por vossa imensa glória. Nosso Pai e nossa Mãe. / Aleluia! 2. Senhor Jesus, Filho muito amado: Nós Vos bendizemos, Nós Vos adoramos, Nós Vos damos graças: Na Cruz nos dais a Vida. Força de Ressurreição! / Aleluia! 3. Espírito, Fonte de Unidade: Nós Vos bendizemos, Nós Vos adoramos, Nós Vos damos graças: Vitória do Universo. Sois a Brisa e o Vigor! / Aleluia! Oração coleta Liturgia da Palavra (XVII Domingo) Leitura do Segundo Livro dos Reis (2Rs 4, 42-44) Naqueles dias, veio um homem da povoação de BaalSalisa e trouxe a Eliseu, o homem de Deus, pão feito com os primeiros frutos da colheita. Eram vinte pães de cevada e trigo novo no seu alforge. Eliseu disse: “Dá-os a comer a essa gente.” O servo respondeu: “Como posso com isto dar de comer a cem pessoas?” Eliseu insistiu: