RECICLANDO PELA VIDA – IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA EM UM ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA Kelma Maria Nobre Vitorino (Orientadora) Química industrial pela UFC, 1988. Mestrado em Engenharia Sanitária e Ambiental pela UFPB, 1991. Professora da área de meio ambiente do CEFET-SE. Presidenta da ABES-SE. Isis Annielli da Hora Bastos Graduanda em Saneamento Ambiental pelo CEFET-SE. Airton do Espírito Santo Lima Graduando em Saneamento Ambiental pelo CEFET-SE. Alessandra Teófilo Leite Graduanda em Saneamento Ambiental pelo CEFET-SE. Cleiton da Silva Oliveira Graduando em Saneamento Ambiental pelo CEFET-SE. RESUMO A implementação de programas de coleta seletiva é fundamental para reduzir a quantidade de lixo disposto, minimizando os impactos que os resíduos sólidos provocam no meio ambiente e na saúde dos cidadãos. Além disso, a coleta seletiva permite o reaproveitamento e a reciclagem de materiais, promovendo a geração de renda com inclusão social. Dentro desse contexto, a Casa Civil, encontra-se inserida nessa responsabilidade sócioambiental. Assim foi proposto um programa de coleta seletiva: “Reciclando pela Vida”, que servirá de modelo de política pública, não somente pela implantação e sensibilização dos funcionários, mas também pela parceria com a Cooperativa de Catadores Autônomos de resíduos de Aracaju (CARE). Com a implantação do projeto, será possível a execução dos 3 R’s (redução, reaproveitamento e reciclagem), entre os funcionários, visto que também será estimulado internamente na instituição o reaproveitamento de materiais, como papel, para confecção de blocos e rascunhos, sendo este o resíduo presente em maior porcentagem no lixo gerado. Materiais como plástico, vidro, metais e o papel não reaproveitável, serão destinados à cooperativa (CARE) para serem reciclados. Nesse sentido o projeto “Reciclando pela Vida” estimula a geração de renda e a inclusão social de catadores que, por causa da dificuldade em se obter material reciclável suficiente para o preenchimento das vagas existentes na CARE, ainda não se tornaram cooperados. Além disso, será possível a redução do volume de rejeitos a serem recolhidos pela prefeitura, e a mudança de hábitos por parte dos funcionários, com posterior reflexão nos seus âmbitos sociais paralelos. A Educação Ambiental surge então como ferramenta indispensável na sensibilização dos servidores para a importância sócio-ambiental do projeto e a participação dos mesmos como protagonistas do processo. PALAVRAS-CHAVE: Educação ambiental, coleta seletiva, resíduos sólidos, reciclagem. RECICLANDO PELA VIDA – IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA EM UM ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA 1. INTRODUÇÃO As mudanças de hábitos iniciadas, desde a Revolução Industrial até a contemporaneidade, engendraram de forma significativa um crescimento de rejeitos no mundo inteiro e logo se tornou imperativa a criação de locais para a disposição dos mesmos. Apesar de todo ser humano ter direito a uma vida saudável e harmônica com o meio ambiente, bilhões de pessoas não têm acesso à dignidade da habitação e de serviços essenciais, dentre estes, a coleta e tratamentos dos resíduos gerados. A falta de saneamento básico tem agravado o aparecimento de várias doenças, evitáveis com condições mínimas de higiene. Do interesse mundial em solucionar tais problemas, surge também como necessidade emergencial a atuação dos órgãos públicos no processo de conscientização da sociedade para melhoria das condições sócio-ambientais (DANTAS,2005). Questões relacionadas com a problemática do lixo, como a quantidade e destino dos resíduos gerados, são constantemente discutidas em todos os municípios, estes se defrontam com a escassez de recursos para investimento na coleta, tratamento e disposição final do lixo. Os lixões continuam sendo o destino da maior parte dos resíduos sólidos, com graves problemas sanitários e ambientais. A conscientização em relação aos princípios básicos orientadores da gestão e disposição de resíduos, deve ser buscada como meta nas administrações pública e privada (reduzir, reutilizar, reciclar, e recuperar resíduos). A Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) também leva em conta esses princípios e enfatiza a participação dos órgãos que compõem a administração pública no processo de redução do consumo de recursos naturais. Como alternativa à problemática do lixo, muitos municípios têm adotado o Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos (GIRSU) buscando o envolvimento de diferentes órgãos da administração pública e a sociedade civil com o propósito de realizar uma melhor integração entre a limpeza urbana, a coleta, o tratamento e a disposição final do lixo, com o propósito de promover uma melhoria da qualidade de vida da população. A implementação de programas de coleta seletiva é fundamental para reduzir a quantidade de resíduos sólidos a ser disposto, minimizando os impactos que estes provocam no meio ambiente e na saúde dos cidadãos. Além disso, a coleta seletiva permite o reaproveitamento e a reciclagem de materiais, promovendo a geração de renda com inclusão social. Dentro desse contexto, a Casa Civil, encontra-se inserida nessa responsabilidade sócioambiental. Assim foi proposto um programa de coleta seletiva: “Reciclando pela Vida”, que servirá de modelo de política pública, não só pela implantação e sensibilização dos funcionários, mas também pela parceria com a Cooperativa de Catadores Autônomos de resíduos de Aracaju (CARE). 2. OBJETIVOS Objetivo Geral Implantação de um programa de coleta seletiva em um órgão público com a doação do material segregado à Cooperativa de Catadores Autônomos de Resíduos de Aracaju (CARE). Objetivos Específicos • Caracterizar e quantificar os resíduos sólidos. • Promover atividades de sensibilização dos funcionários quanto à necessidade e importância da participação na coleta seletiva. • Formação de agentes multiplicadores de práticas ambientalmente responsáveis, relacionadas à minimização de resíduos gerados. • Incentivar a participação da comunidade em projetos sócioambientais. 3. METODOLOGIA - Diagnóstico • Reconhecimento da área: verificação dos pontos necessários para a disposição adequada dos coletores e observação de procedimentos de limpeza e coleta do lixo. • Amostragem: para a caracterização física e quantitativa dos resíduos sólidos foram realizadas três coletas mensais, em dias alternados, no período de três meses, ao final do expediente, às 18 h. Os resíduos foram segregados e pesados de acordo com a seguinte classificação: papel/papelão; vidro; plástico; alumínio; aço; material orgânico; Tetra-pak e rejeitos. Considerando-se a quantidade de gerada, optou-se pela análise do lixo produzido em um período de 24 horas. Os resultados obtidos foram lançados em tabelas. Em função do peso de cada material, com relação ao peso total da amostra, foi obtida a composição gravimétrica dos resíduos. - Gerenciamento de resíduos Foram definidas as formas de acondicionamento; coleta interna e externa; armazenamento e destinação final. - Promoção da Educação Ambiental Foram programadas campanhas de divulgação através de dramatização, informativos, cartazes, palestras e dinâmicas de sensibilização. 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Reconhecimento da área: foram identificados todos os setores presentes na instituição sendo observados os hábitos dos funcionários, a estrutura física das salas e os locais onde eram armazenados os resíduos, para posterior definição de pontos adequados para disposição dos coletores. Verificou-se também o serviço de coleta realizado pelos funcionários, para que fosse efetuada uma avaliação das formas de acondicionamento e coleta interna e externa dos resíduos. Amostragem: a coleta das amostras foi efetuada conforme descrito na metodologia. Nesta etapa do trabalho, foram observados os resíduos que seriam coletados pela CARE. Assim foi necessário separar os plásticos em dois tipos: copos descartáveis, que não são coletados pela CARE, e demais tipos de plásticos. Obteve-se uma média da quantidade de resíduos produzidos e observou-se o número de funcionários e as atividades desenvolvidas em cada setor. Gerenciamento dos resíduos sólidos: Foram verificadas as formas de acondicionamento e coleta interna e externa dos resíduos, sendo analisadas possíveis modificações para a implantação da coleta seletiva. Desenvolvimento da Educação Ambiental Na implantação de projetos que busquem soluções para o problema do lixo, a Educação Ambiental surge como importante instrumento de contribuição promovendo a aprendizagem de novos conhecimentos e habilidades, valores e atitudes, visando à construção de um comportamento ambientalmente responsável (VITORINO, 1999). Considerando que as atividades de sensibilização devem permitir aos servidores oportunidades de discussão de problemas ambientais relativos aos resíduos sólidos urbanos, conduzindo à busca de soluções (VITORINO, 2000). Os resultados da quantificação e caracterização do lixo serão apresentados aos funcionários para conhecimento e discussão de alternativas de minimização, reaproveitamento e reciclagem de resíduos. A comunicação ambiental exerce um papel importante nas atividades de educação ambiental, o de levar às pessoas informações que estimulem a tomada de consciência, e ao desenvolvimento de atitudes e comportamentos para que possam participar, ativa e positivamente, no seu entorno e promover a compreensão das causas dos hábitos consumistas, e a ação para a transformação (DIAS, 2005). Assim foi proposta a elaboração de folhetos, palestras, cartazes e dramatizações de caráter informativo e reflexivo, e também confeccionado um modelo de folder, conforme demonstrado em anexo, que poderá ser reformulado com a implantação do projeto. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES - Diagnóstico O palácio do governo conta atualmente com duzentos e dez (210) servidores entre pessoal estatutário e contratado distribuído em cinco (5) gabinetes: Casa Civil, Militar, do Governo, da Comunicação, Vice-governadoria e outros setores. Com geração média de resíduos sólidos de 40 kg/d e 1204 kg/mês. Vale salientar que, por ser um prédio público, o número de visitantes, cerca de quarenta (40) pessoas por dia, influencia nos resultados obtidos. Analisando-se os resultados obtidos, é possível observar nas figuras em anexo que a maior parte dos resíduos constitui-se de papel e papelão, 11 kg/dia e 330 kg/mês em média. Resíduos como vidro e tetra-pak foram gerados em quantidade desprezível, enquanto alumínio, plástico e aço estavam presentes em pequena quantidade. Durante a amostragem foi possível verificar que sacos com lixo proveniente dos sanitários continham também resíduos como copos descartáveis e sobra de alimentos, o que deve ser evitado após a implantação da coleta seletiva. Sendo necessário um trabalho de sensibilização nesse sentido. Com relação às amostragens do material orgânico entre os meses de janeiro e fevereiro, houve uma variação considerável, visto que no mês de janeiro parte do corpo de funcionários estava em período de recesso. Observou-se, conseqüentemente, uma queda no consumo de alimentos, tendo como média diária de matéria orgânica o valor de 6,3 kg e a média mensal de 190 kg. Enquanto no mês de fevereiro, ao serem retomadas as atividades, a média diária passou a 14,7 kg e a média mensal elevou-se para 440 kg. Em março a média diária foi de 11,8 kg e mensal de 335 kg. Em algumas das amostragens observou-se o desperdício de materiais, principalmente de alimentos, o que com as campanhas de esclarecimento, espera-se a redução. - Gerenciamento dos resíduos sólidos O gerenciamento dos resíduos sólidos deve ser baseado no princípio dos 4R’s: Redução, Reutilização, Reciclagem e Recuperação de materiais ou energia. A disposição final correta em um aterro sanitário deveria ser somente para a fração dos resíduos que não possam mais ser reaproveitáveis, recicláveis ou recuperáveis (DANTAS, 2005). Desse modo, uma proposta de gerenciamento dos resíduos sólidos para um prédio administrativo deve englobar práticas de redução de resíduos na fonte como, o reaproveitamento de papel, recomendando-se assim que os papéis sejam escritos nos dois lados, podendo ser utilizados como folhas para rascunhos ou confeccionados blocos na reprografia. O órgão envolvido deve buscar meios para adequar sua estrutura física para por em prática a separação e fornecimento de material à cooperativa que se tornou parceira do mesmo, adquirindo coletores específicos para os materiais recicláveis e construindo um abrigo para armazenamento dos mesmos. Os funcionários devem tornar-se aptos à coleta seletiva bem como a multiplicar os conhecimentos adquiridos para realizar ações que beneficiem o conjunto homem x natureza. Será realizada a coleta seletiva dos seguintes materiais: papel/papelão, vidro, metais e plásticos, com exceção de copos descartáveis, que não são coletados pela CARE por não existirem compradores na região, e ser economicamente inviável encaminhar este material para outro local. Deverão ser disponibilizados nos corredores dos seis níveis do prédio administrativo os seguintes coletores: - papel/papelão; - plástico/vidro/metais e tetra-pak; - rejeito (outros resíduos). Optou-se por um coletor para papel e papelão devido à elevada quantidade destes materiais. Sendo também determinada, a colocação de um coletor de papel em cada sala. Considerando-se a reduzida quantidade dos demais recicláveis e a disponibilidade dos cooperados para a triagem de materiais na cooperativa, não há necessidade de coletores específicos para os demais recicláveis: plástico/vidro/metais/tetra-pak, buscando assim, simplificar o processo de coleta seletiva, otimizando a implantação e adesão dos servidores ao projeto. O rejeito, composto pelos demais resíduos que não são coletados pela CARE, será destinado à coleta municipal. Os funcionários responsáveis pela coleta devem ser treinados para atender as novas exigências necessárias para o programa de coleta seletiva. Esta coleta é sempre feita em dois turnos, sendo uma às 11h30min e outro às 17h30min. Deverão ser construídas 03 baias no abrigo de resíduos para armazenamento do material coletado. A coleta externa dos recicláveis será semanalmente efetuada pela CARE. Os demais resíduos serão enviados à coleta municipal durante três (03) dias por semana. Desenvolvimento da Educação Ambiental A sensibilização dirigida à comunidade participante do projeto deve ter como um dos objetivos principais levar o gerador de resíduos a separá-los na fonte, para atender ao gerenciamento proposto. Caso isto não ocorra, o lixo que poderia ser inserido novamente na cadeia produtiva, irá para o aterro. Sendo assim, o conteúdo dos cartazes deve abordar os aspectos normativos e ter chamadas para o gerador de resíduos, inserir-se como parte fundamental no processo de gerenciamento (DIAS, 2005). Durante a implantação do projeto, será necessário informar e fazer com que os funcionários envolvidos revejam seus hábitos de consumo e descarte, para moldá-los de forma a minimizar os impactos ao meio ambiente, com a inserção de atitudes e novos valores na cultura existente. Sendo estimulados debates e a busca por possíveis soluções ambientalmente sustentáveis, tanto no local de trabalho como em seu cotidiano. Nos cartazes e informativos com conteúdo normativo/participativo, os textos devem enfatizar as normas de segregação dos resíduos e aqueles com conteúdo reflexivo devem apresentar frases sobre a problemática do lixo e o seu reaproveitamento. As dramatizações e demais dinâmicas de sensibilização devem ter um enfoque participativo e reflexivo com performances que despertem o interesse do público alvo do projeto. Deverá ser promovida também uma palestra ministrada pela coordenadora da CARE, na qual serão apresentados o trabalho desenvolvido com aproximadamente trinta (30) famílias que adquirem renda por intermédio da cooperativa e a possível solução das dificuldades relativas a disponibilidade de material (resíduos sólidos), o que impossibilita a abertura de novos empregos, apesar de ter estrutura física para abrigar, segundo a coordenadora da cooperativa, um total de 80 famílias. Com a implantação deste programa de coleta seletiva e a possível adesão de outros órgãos, o número de famílias a serem beneficiadas tende a aumentar, e materiais, que antes seriam descartados, agora serão encaminhados para indústrias recicladoras. 6. CONCLUSÕES Dentro da realidade da instituição analisada, observou-se a necessidade do desenvolvimento de um trabalho de educação ambiental junto aos funcionários. Tendo como meta principal a mudança de posicionamento dos mesmos ante a problemática de geração e destino do lixo, a partir da ampliação da visão de meio ambiente destes, através dos conhecimentos adquiridos. Focalizou-se como plano indispensável, a apresentação de palestras, divulgação por meio de informativos e dramatizações, como alternativas de comunicação ao público alvo do projeto. Com a implantação do projeto, será possível a execução dos 3 R’s (redução, reaproveitamento e reciclagem), entre os funcionários, visto que será estimulado internamente na instituição o reaproveitamento de materiais como papel, para confecção de blocos e rascunhos, sendo este o material presente em maior porcentagem no lixo gerado. Materiais como plástico, vidro, metais e o papel não reaproveitável, serão destinados à cooperativa (CARE) para serem reciclados. Nesse sentido o projeto “Reciclando pela Vida” estimula a geração de renda e a inclusão social dos catadores que, por causa da dificuldade em se obter material reciclável suficiente para o preenchimento das vagas existentes na CARE, ainda não se tornaram cooperados. Além disso, será possível a redução do volume de rejeitos a serem recolhidos pela prefeitura, e a mudança de hábitos por parte dos funcionários, com posterior reflexão nos seus âmbitos sociais paralelos. 7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS DIAS, S. M. F; GÜNTHER W. R. Comunicação Ambiental no Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária Ambiental. Campo Grande: ABES, 2005. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de Saneamento. 3º ed. Brasília, 2004. LIMA, JOSÉ DANTAS DE. Sistema Integrado de Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos. 1º ed. 2005. Ed. ABES, Rio de Janeiro. M M A/ COMISSÃO GESTORA DA A3P. Agenda Ambiental Na Administração Pública. 3º ed. Brasília, 2005. VITORINO, K. M. N. A Educação Ambiental na redução da quantidade de lixo domiciliar gerada – um estudo de caso. IN: SIMP. Porto Seguro: ABES, 2000. ANEXOS COMPOS IÇÃO MÉDIA D OS RE SÍDU OS S ÓLIDOS Kg/ dia DIA papel papelão vidro 1,23 11,1 10,93 alumínio plástico 2,7 6,76 0,15 0,31 1,21 0,93 4,37 copo desc. tetrapak rejeitos mat. Org aço Fig.1 COMPOS IÇÃO MÉDIA D OS mês RESÍDUOS SÓLIDOS Kg/ MÊS papel papelão vidro 36,66 328,23 333,2 alumínio plástico 81,53 203,33 4,93 9,96 38,23 Fig. 2 36,63 131,53 copo desc. tetrapak rejeitos mat. Org aço CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (% ) Papel Papelão Vidro 3,04 27,66 27,25 Alumínio Plástico 6,77 16,88 11 0,82 0,41 3,04 3,17 Copo desc. Tetrapak Rejeitos Mat. Org. Aço Fig. 3