UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL ESTELA MARIA WESLER MARTINHAGO ESTUDO DAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS ELETRICISTAS DA COOPERATIVA PIONEIRA DE ELETRIFICAÇÃO CRICIÚMA, FEVEREIRO 2007 ESTELA MARIA WESLER MARTINHAGO ESTUDO DAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS ELETRICISTAS DA COOPERATIVA PIONEIRA DE ELETRIFICAÇÃO Monografia apresentada à Diretoria de Pósgraduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obtenção do título de especialista em Gestão Empresarial. Orientadora: Vanilda Maria Antunes Berti CRICIÚMA, FEVEREIRO 2007 ESTELA MARIA WESLER MARTINHAGO ESTUDO DAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS ELETRICISTAS DA COOPERATIVA PIONEIRA DE ELETRIFICAÇÃO Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de especialista em Gestão Empresarial da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Criciúma, ____/____/____ BANCA EXAMINADORA: ___________________________________________________________________ Esp. Profª.: Vanilda Maria Antunes Berti Orientadora AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, força imprescindível nos meus estudos, e às pessoas que colaboraram na execução deste trabalho: os que prontamente participaram de minha pesquisa, à minha amiga Cátia, que muito me auxiliou no desenvolvimento deste projeto, à minha querida irmã Elaine, revisora do texto, e à minha orientadora professora Vanilda Maria Antunes Berti. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu esposo Vanderlei, que com todo amor soube respeitar e compreender os meus momentos de estudo; e à minha filha Júlia, que fez companhia para o papai nas minhas horas ausentes. Carinhosamente. “O homem é o que ele acredita”. Anton Tchecov RESUMO MARTINHAGO, Estela Maria Wesler. Estudo das Habilidades e Competências dos Profissionais Eletricistas da Cooperativa Pioneira de Eletrificação. 2007.133f. Monografia de Pós Graduação em Gestão Empresarial da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC – Criciúma – SC. O mercado de distribuição de energia elétrica está passando por grandes mudanças. As empresas precisam manter em seu quadro funcional uma equipe de colaboradores eficientes, uma vez que são peças fundamentais para atender aos seus usuários e consumidores de energia elétrica. O presente estudo tem como objetivo analisar as habilidades e competências exigidas para exercer a função de eletricista, buscando desenvolver um programa de ações de treinamento e desenvolvimento dos níveis técnicos para suprir as carências de conhecimento. A empresa em estudo está entrando em uma nova era, adequando-se, portanto, as regras e exigências para o mercado de trabalho. Considerou-se neste estudo as características da atuação profissional e os conhecimentos técnicos para exercer a função de eletricista nível I e nível II. Os resultados deste trabalho revelam que os empregados de uma maneira geral gostam do que fazem. São pessoas envolvidas com o trabalho que executam, mas falta-lhes o conhecimento técnico para a função. São pessoas motivadas e interessadas em aperfeiçoar suas habilidades e competências. Os dados foram levantados na empresa em estudo, onde foram analisadas ações que procuram estimular a procura pelos conhecimentos técnicos exigidos para exercer a função e aperfeiçoar as habilidades existentes. Palavras-chave: Habilidade, Competência, Conhecimento, Eletricista. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Fluxograma relacionado a fatores internos e externos que influenciam o comportamento humano .............................................. 24 Figura 2 – Recrutamento Interno e Recrutamento Externo .................................. 42 Figura 3 – Etapas do processo de treinamento ................................................... 49 Figura 4 – Os principais fatores que afetam o desempenho no cargo ................ 51 Figura 5 – Idade dos entrevistados ...................................................................... 57 Figura 6 – Escolaridade dos entrevistados .......................................................... 58 Figura 7 – Minha opinião sobre mim mesmo melhora quando realizo um bom trabalho ............................................................................................... 59 Figura 8 – A maioria das coisas que faço parecem corriqueiras e de pouca utilidade .............................................................................................. 60 Figura 9 – O trabalho que executo é muito significativo para mim ....................... 61 Figura 10 – Sinto um alto grau de responsabilidade pessoal pelo trabalho que executo ....................................................................................... 62 Figura 11 – Com o meu trabalho, tenho possibilidades de crescimento pessoal e de desenvolvimento profissional........................................ 63 Figura 12 – Tenho sentimento de mérito e recompensa na realização do meu trabalho................................................................................. 64 Figura 13 – Tenho oportunidade de repassar conhecimentos sobre a tarefa que executo aos colegas mais novos ...................................... 65 Figura 14 – Vislumbro a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho ....................................................... 66 Figura 15 – Sou receptivo e disponível para absorver novos conhecimentos ...... 67 Figura 16 – Nos últimos 12 meses tive oportunidade de melhorar de alguma forma as minhas habilidades profissionais............................ 68 Figura 17 – Aproveito as oportunidades de treinamento para melhorar as minhas habilidades em meu cargo atual....................................... 69 Figura 18 – Consigo assimilar mudanças que estejam acontecendo ao meu redor, tanto no trabalho como na vida pessoal .......................... 70 Figura 19 – Sinto que minha opinião é considerada nas decisões que me envolvem ou que envolvem o trabalho que executo.................... 71 Figura 20 – Sinto-me motivado pelo desejo de ampliar minhas capacidades e competências............................................................. 72 Figura 21 – Enfrento crises em meu casamento .................................................. 73 Figura 22 – As datas de aniversário de meus filhos e esposa são comemorados em família................................................................... 74 Figura 23 – O local onde a família passará as férias é escolhida por todos os membros da família....................................................... 75 Figura 24 – Orgulho-me do que fiz para meus filhos crescerem .......................... 76 Figura 25 – Sou voluntário em atividades de cunho social................................... 77 Figura 26 – Contribuo com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalho ............................................................. 78 Figura 27 – Me preocupo com a ecologia e com o que deixarei para a próxima geração ............................................................................. 79 Figura 28 – Sinto que com o passar do tempo aumenta a minha sensibilidade referente aos meus direitos e obrigações como cidadão .................................................................................... 80 Figura 29 – Sinto algum sintoma resultante de stress .......................................... 81 Figura 30 – Pratico regularmente uma atividade física......................................... 82 Figura 31 – Disponho de tempo para fazer uma atividade de lazer ..................... 83 Figura 32 – A saúde, o meu futuro e o envelhecimento são motivos de preocupação para mim ...................................................................... 84 Figura 33 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível I ................................................................................ 85 Figura 34 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível II ............................................................................... 86 Figura 35 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível I ................... 87 Figura 36 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível II .................. 88 Figura 37 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível I ....................................... 89 Figura 38 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível II ...................................... 90 Figura 39 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível I ................................................................................ 91 Figura 40 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível II ............................................................................... 92 Figura 41 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível I ............................................................ 93 Figura 42 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível II ........................................................... 94 Figura 43 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível I .................................... 95 Figura 44 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível II ................................... 96 Figura 45 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível I................... 97 Figura 46 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível II.................. 98 Figura 47 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível I ....... 99 Figura 48 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível II ......................... 100 Figura 49 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível I................... 101 Figura 50 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível II.................. 102 Figura 51 – Eletrotécnica – Eletricista Nível I ....................................................... 103 Figura 52 – Eletrotécnica – Eletricista Nível II ...................................................... 104 Figura 53 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível I ................................................................................ 105 Figura 54 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível II ............................................................................... 106 Figura 55 – Instalação de circuitos – Eletricista Nível I......................................... 107 Figura 56 – Instalação de circuitos - Eletricista Nível II ........................................ 108 Figura 57 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível I ................................................................................ 109 Figura 58 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível II ............................................................................... 110 Figura 59 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível I ................................................................................ 111 Figura 60 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível II ............................................................................... 112 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Idade dos entrevistados...................................................................... 57 Tabela 2 – Escolaridade dos entrevistados .......................................................... 58 Tabela 3 – Minha opinião sobre mim mesmo melhora quando realizo um bom trabalho................................................................................. 59 Tabela 4 – A maioria das coisas que faço parecem corriqueiras e de pouca utilidade ............................................................................................. 60 Tabela 5 – O trabalho que executo é muito significativo para mim ...................... 61 Tabela 6 – Sinto um alto grau de responsabilidade pessoal pelo trabalho que executo ................................................................................................................. 62 Tabela 7 – Com o meu trabalho, tenho possibilidades de crescimento pessoal e de desenvolvimento profissional......................................... 63 Tabela 8 – Tenho sentimento de mérito e recompensa na realização do meu trabalho.................................................................................. 64 Tabela 9 – Tenho oportunidade de repassar conhecimentos sobre a tarefa que executo aos colegas mais novos ....................................... 65 Tabela 10 – Vislumbro a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho ...................................................... 66 Tabela 11 – Sou receptivo e disponível para absorver novos conhecimentos ..... 67 Tabela 12 – Nos últimos 12 meses tive oportunidade de melhorar de alguma forma as minhas habilidades profissionais........................... 68 Tabela 13 – Aproveito as oportunidades de treinamento para melhorar as minhas habilidades em meu cargo atual........................................... 69 Tabela 14 – Consigo assimilar mudanças que estejam acontecendo ao meu redor, tanto no trabalho como na vida pessoal .................... 70 Tabela 15 – Sinto que minha opinião é considerada nas decisões que me envolvem ou que envolvem o trabalho que executo ........................ 71 Tabela 16 – Sinto-me motivado pelo desejo de ampliar minhas capacidades e competências............................................................ 72 Tabela 17 – Enfrento crises em meu casamento ................................................. 73 Tabela 18 – As datas de aniversário de meus filhos e esposa são comemorados em família ................................................................. 74 Tabela 19 – O local onde a família passará as férias é escolhida por todos os membros da família............................................................ 75 Tabela 20 – Orgulho-me do que fiz para meus filhos crescerem ......................... 76 Tabela 21 – Sou voluntário em atividades de cunho social .................................. 77 Tabela 22 – Contribuo com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalho ........................................................... 78 Tabela 23 – Me preocupo com a ecologia e com o que deixarei para a próxima geração ........................................................................... 79 Tabela 24 – Sinto que com o passar do tempo aumenta a minha sensibilidade referente aos meus direitos e obrigações como cidadão ................................................................................... 80 Tabela 25 – Sinto algum sintoma resultante de stress ......................................... 81 Tabela 26 – Pratico regularmente uma atividade física ........................................ 82 Tabela 27 – Disponho de tempo para fazer uma atividade de lazer..................... 83 Tabela 28 – A saúde, o meu futuro e o envelhecimento são motivos de preocupação para mim ..................................................................... 84 Tabela 29 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível I .............................................................................. 85 Tabela 30 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível II .............................................................................. 86 Tabela 31 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível I................... 87 Tabela 32 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível II.................. 88 Tabela 33 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível I ............................................. 89 Tabela 34 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível II ............................................ 90 Tabela 35 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível I .............................................................................. 91 Tabela 36 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível II .............................................................................. 92 Tabela 37 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível I ............................................................. 93 Tabela 38 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível II ............................................................ 94 Tabela 39 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível I ................................... 95 Tabela 40 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível II .................................. 96 Tabela 41 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível I..................... 97 Tabela 42 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível II.................... 98 Tabela 43 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível I ...... 99 Tabela 44 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível II.............................. 100 Tabela 45 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível I .................. 101 Tabela 46 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível II................. 102 Tabela 47 – Eletrotécnica – Eletricista Nível I ...................................................... 103 Tabela 48 – Eletrotécnica – Eletricista Nível II ..................................................... 104 Tabela 49 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível I ............................................................................... 105 Tabela 50 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível II ............................................................................. 106 Tabela 51 – Instalação de circuitos – Eletricista Nível I........................................ 107 Tabela 52 – Instalação de circuitos – Eletricista Nível II....................................... 108 Tabela 53 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível I ............................................................................... 109 Tabela 54 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível II .............................................................................. 110 Tabela 55 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível I ............................................................................... 111 Tabela 56 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível II .............................................................................. 112 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção ARH – Administração de Recursos Humanos AT – Alta Tensão BT – Baixa Tensão CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina CEEE – Companhia Estadual de Energia Elétrica ERUSC – Eletrificação Rural de Santa Catarina FECOERUSC – Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural de Santa Catarina NR 10 – Norma Regulamentadora kV – Kilovolts MW – Mega Watts PCHs – Pequenas Centrais Elétricas SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 18 1.1 Tema .............................................................................................................. 20 1.2 Caracterização do Problema .......................................................................... 20 1.3 Objetivos......................................................................................................... 20 1.3.1 Objetivo Geral.............................................................................................. 20 1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 20 1.4 Justificativa ..................................................................................................... 21 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 22 2.1 Comportamento Organizacional ..................................................................... 22 2.2 Mercado de Trabalho...................................................................................... 24 2.2.1 Mercado energético ..................................................................................... 25 2.2.2 Profissional do mercado energético............................................................. 29 2.3 Competências................................................................................................. 31 2.3.1 Avaliação de competências ......................................................................... 33 2.3.2 Modelos de avaliação de competências ...................................................... 35 2.3.3 Avaliação de competências na maturidade profissional .............................. 36 2.4 Habilidades ..................................................................................................... 37 2.5 Fornecimento de Recursos Humanos ............................................................ 39 2.5.1 Recrutamento .............................................................................................. 40 2.5.1.1 Recrutamento interno ............................................................................... 42 2.5.1.2 Recrutamento externo .............................................................................. 43 2.5.2 Seleção........................................................................................................ 46 2.5.3 Treinamento ................................................................................................ 47 2.5.4 Avaliação de desempenho .......................................................................... 50 2.6 Perfil dos colaboradores ................................................................................. 53 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................... 55 3.1 Abordagem Metodológica ADOTADA............................................................. 55 3.2 Local da Pesquisa .......................................................................................... 55 3.3 Amostra da Pesquisa...................................................................................... 56 3.4 Instrumento de Pesquisa ................................................................................ 56 3.5 Coleta de Dados ............................................................................................. 56 4 ANÁLISE DA PESQUISA ................................................................................. 57 4.1 Perfil dos entrevistados .................................................................................. 57 4.2 Características da atuação profissional .......................................................... 59 4.3 Ambiente de trabalho...................................................................................... 65 4.4 Estrutura Familiar ........................................................................................... 73 4.5 Saúde ............................................................................................................. 81 4.7 Conhecimentos mínimos para exercer a função de eletricista Nível I e Eletricista Nível II.............................................................................. 85 5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 113 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 116 APÊNDICE ........................................................................................................... 119 ANEXO................................................................................................................. 122 18 1 INTRODUÇÃO As organizações, em todas as suas atividades essenciais, precisam de pessoas que estejam preparadas, motivadas e que tenham habilidades e competências para tal função. No mercado de hoje a competitividade é grande. Portanto, estar bem preparado para a função que se deseja trabalhar é fundamental. O cenário econômico, político e social das duas últimas décadas provocaram alterações nas relações entre países, economias, cultura, valores, como também nos critérios de valorização de envolvimento do ser humano com o trabalho. Sempre foi um grande desafio, para a área de recursos humanos, a função de recrutamento e seleção de profissionais qualificados, formando, assim, o capital intelectual e humano da empresa. O objetivo deste trabalho é estudar as habilidades e competências exigidas para o perfil do eletricista no ramo de distribuição de energia elétrica, seguindo um perfil de qualificação para o seu recrutamento, uma vez que a competitividade neste mercado está aumentando. A Cooperativa Pioneira de Eletrificação – COOPERA, com sede no município de Forquilhinha – SC, é a 2ª maior cooperativa no ramo de distribuição de energia elétrica no estado de Santa Catarina. Conta em seu quadro funcional com 41 funcionários que atuam nas redes de distribuição de energia elétrica. Atende aproximadamente 16.000 usuários, tendo sua área de atuação nos municípios de Forquilhinha, Criciúma, Nova Veneza, Maracajá, Siderópolis, Meleiro e Içara. As cooperativas de eletrificação rural estão passando por um processo de regulamentação junto a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, que surgiu da reestruturação no setor elétrico brasileiro. O Estado abriu mão, gradualmente, dos meios de produção do setor elétrico e passou a ser regulador e fiscal da qualidade dos serviços prestados a população. À ANEEL foi reservado o papel de regular e fiscalizar o novo mercado, que se estabeleceu no País a partir da introdução da livre competição nos segmentos de geração e comercialização de energia elétrica. O atual mercado no ramo de distribuição de energia elétrica cresceu muito. Assim, ter habilidades e competência para a função de eletricista é muito importante neste processo, pois com o mercado livre as distribuidoras de energia 19 elétrica deverão, mais do que nunca, ter como meta principal a distribuição de energia elétrica com qualidade. Isso depende muito da ação dos profissionais eletricistas, com o bom desempenho de suas atividades. Objetiva-se ao final deste trabalho, identificar as habilidades e competências para a função de eletricista, descrevê-las, planejar um programa de ações de treinamento e desenvolvimento dos níveis técnicos para suprir as carências de conhecimento, e sugerir à cooperativa as qualificações para o perfil do eletricista. 20 1.1 Tema Estudo das habilidades e competências dos profissionais eletricistas da Cooperativa Pioneira de Eletrificação. 1.2 Caracterização do Problema A função de eletricista é fundamental nas redes de energia elétrica da Cooperativa Pioneira de Eletrificação. Para ter um desempenho eficaz, é importante que o mesmo apresente um perfil adequado às necessidades exigidas pela função. Os eletricistas na cooperativa são recrutados sem seguir um perfil de qualificação. Portanto, quais as habilidades e competências que o perfil dos eletricistas deve apresentar para atuação no Departamento Operacional da Cooperativa Pioneira de Eletrificação? 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Estudar as habilidades e competências exigidas para o perfil do eletricista da Cooperativa Pioneira de Eletrificação de Forquilhinha. 1.3.2 Objetivos Específicos a) Reunir material bibliográfico sobre o assunto; b) Identificar as habilidades e competências para a função de eletricista; c) Descrever as habilidades técnicas, de acordo com o referencial teórico, para a função e para execução das atividades; d) Desenvolver um programa de ações de treinamento e desenvolvimento dos níveis técnicos para suprir as carências de conhecimento; e) Sugerir mudanças adequadas para o processo de contratação de novos eletricistas. 21 1.4 Justificativa As empresas, hoje, procuram estratégias de redução de custos e de criação de ferramentas de melhoria da qualidade, a fim de se tornarem mais competitivas para atender as exigências do mercado. As organizações requerem de seus gestores a distinção entre conhecimento, habilidades e competências, requeridos para a sobrevivência institucional. Nesse sentido, o planejamento de recursos humanos tem a finalidade de desenvolver estratégias, táticas e procedimentos para a efetiva utilização dos recursos humanos de uma organização. É uma decisão que permite à empresa desenvolver a quantidade certa de pessoas, com habilidades necessárias, no lugar certo e no tempo em que forem necessários. Competências se constituem num conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para vários desempenhos da vida, e pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Com a definição de algumas competências/habilidades básicas para área ou função, podem-se identificar os domínios de potenciais nas pessoas e aproveitar os talentos internos. A importância do estudo deste trabalho vem ao encontro da necessidade da empresa em recrutar profissionais com as habilidades e competências necessários à execução dos serviços por ela prestados; uma vez que, com a regulamentação do setor de energia elétrica, a qualidade da prestação do serviço é ponto importante. Dessa maneira, a empresa tem que estar munida de ótimos profissionais para manter-se bem no mercado. O que acontece, hoje, é um recrutamento sem os conhecimentos mínimos exigidos. O funcionário exerce a função e aprende na prática as técnicas e habilidades necessárias para o trabalho. As razões para a realização deste trabalho consistem em identificar a lacuna existente entre as competências internas disponíveis e as necessárias para atingir os objetivos e metas da empresa, direcionando, assim, suas ações de recrutamento, seleção, treinamento, entre outras, desenvolvimento das competências e habilidades. para a captação e o 22 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Comportamento Organizacional O comportamento organizacional é um campo de estudos que trata de uma área de especialidade, com um corpo comum de conhecimento. Ele estuda três determinantes do comportamento nas organizações: indivíduos, grupos e estrutura. O comportamento organizacional aplica o conhecimento obtido sobre as pessoas, os grupos e o efeito da estrutura sobre o comportamento, para fazer com que as organizações trabalhem mais eficazmente. Para resumir essa definição, podemos dizer que o comportamento organizacional se preocupa com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como esse comportamento afeta o desempenho dessas empresas. Como esse estudo está voltado especificamente para situações relacionadas com o emprego, enfatiza-se o comportamento relativo a funções, trabalho, absenteísmo, rotatividade, produtividade, desempenho humano e administração. Afirma Robbins (2002) que o comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, podendo assim, utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia organizacional. A maioria dos negócios está sendo reinventada e a gestão de talentos humanos é o diferencial decisivo para o sucesso empresarial. Com a nova economia, a articulação entre pessoas e recursos está tomando uma nova forma. Esse processo de percepção do trabalhador mostra que cada indivíduo cria o seu próprio mundo de realidade e, nesse mundo, inclui seus medos, esperanças, frustrações, ansiedades e fé. Os elementos fundamentais do comportamento organizacional são as pessoas, a estrutura, a tecnologia e o ambiente no qual a organização opera. Afirma Chiavenato (1999, p. 82), “o comportamento organizacional é o estudo e aplicação do conhecimento sobre como as pessoas agem dentro das organizações”. Cada organização tem a sua cultura organizacional ou cultura corporativa. Para se conhecer uma organização, o primeiro passo é conhecer a cultura. Fazer parte de uma organização significa assimilar sua cultura. 23 Viver em uma organização, trabalhar nela, atuar em suas atividades, desenvolver carreira nela é participar intimamente de sua cultura organizacional. O modo como as pessoas interagem em uma organização, as atitudes predominantes, as aspirações e os assuntos relevantes nas interações entres os membros fazem parte da cultura da organização. Alguns fatores podem influenciar a cultura organizacional e, consequentemente, o comportamento do ser humano, como os fundadores da empresa, o ramo de atividade, os dirigentes atuais e a área em que a empresa atua, sendo que a localização de uma empresa pode exercer influência sobre a cultura. Uma empresa instalada no interior pode ser muito diferente de uma empresa instalada em uma cidade, assim como esta pode ser diferente da instalada na capital. Conforme Luz (2003, p. 19), “a escolaridade, o padrão cultural e o nível socioeconômico de uma determinada população vão imprimir valores, crenças e outros ingredientes aos seus membros. Logo, isso se refletirá na cultura das empresas”. As organizações são basicamente constituídas de pessoas. Assim, é preciso atribuir-lhes características próprias de personalidade e de individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivação e objetivos individuais. São também recursos destrezas produtivos, dotados de habilidade, capacidades, e conhecimentos necessários para a realização da tarefa. Os fatores internos demonstram as características inerentes a cada pessoa, tais como a personalidade, a aprendizagem, a motivação, a inteligência e os valores. Os fatores externos estão presentes no contexto ambiental, decorrentes da característica organizacional, como, por exemplo: regras, regulamentos, cultura, política, métodos e processo, recompensas, punições e grau de confiança. Portanto há fatores que se condicionam e influenciam mutuamente cada indivíduo sendo: internos inerentes a cada pessoa e externos presentes no contexto ambiental. 24 Variáveis intervenientes Fatores Internos A pessoa na Organização Fatores externos * Personalidade * Ambiente ornganizacional * Aprendizagem * Regras e regulamento * Motivação * Cultura * Percepção * Políticas * Valores * Métodos e processos Comportamen to da pessoa dentro da organização * Recompensas e punições * Grau de confiança Figura 1 – Fluxograma relacionado a fatores internos e externos que influenciam o comportamento humano. Fonte: Chiavenato (1999, p.84) O trabalhador é uma pessoa, cujas atitudes e eficiências são condicionadas pelas demandas sociais. Conseqüentemente, os grupos informais exercem grande controle social sobre os hábitos no trabalho e atitudes do operário individual. Segundo comentários de Brow (1972, p.79-80), Mayo deu grande contribuição para o estudo do comportamento humano e qualidade de vida do trabalhador. Na sua perspectiva, as tarefas do trabalho são realizadas em grupo e o adulto sente a necessidade de reconhecimento e segurança para sentir que pertence a algo maior. Este fator determina muito mais o moral e a produtividade do que as condições físicas do trabalhador. 2.2 Mercado de Trabalho Mercado significa o espaço de transações, o contexto de trocas e intercâmbios entre aqueles que oferecem um produto ou serviço e aqueles que procuram um produto ou serviço. O mecanismo de oferta e procura é a característica principal de todo mercado. O mercado de trabalho é composto pelas ofertas de oportunidades de trabalho oferecidas pelas diversas organizações. Toda a organização – na medida em que oferece oportunidades de trabalho – constitui parte integrante de um mercado de trabalho. Ficar atento ao mercado de trabalho é fundamental para quem pretende investir em uma profissão/carreira. Entender o que se busca num profissional, 25 atualmente, quais as novas regras de trabalho, as relações de competição, as exigências da globalização. Tudo isso faz parte da compreensão global da expressão mercado de trabalho. Conforme Chiavenato (1999, p. 82): O mercado de trabalho é condicionado por inúmeros fatores como: o crescimento econômico, a natureza e qualidade dos postos de trabalho, a produtividade e a inserção no mercado internacional. O primeiro está relacionado com a escala do emprego (crescimento do emprego), enquanto os demais fatores, com a intensidade do emprego (qualidade e produtividade do emprego). Em uma economia aberta, quanto maior a intensidade, maior tende a ser a escala de transações. Nas duas eras industriais, industrialização clássica e neoclássica, a composição do emprego era estável e permanente. Pode-se, assim, compreender o quanto é importante ficar atento às mudanças dos fatores que condicionam o mercado de trabalho. Quando o mercado de trabalho está em situação de oferta, as organizações se vêem diante de um recurso escasso e difícil, e as pessoas são insuficientes para preencher as vagas em aberto. A procura pelo mercado de trabalho faz com que as organizações se vêem frente a um recurso fácil e abundante, e as pessoas é que disputam os empregos no mercado. 2.2.1 Mercado energético A energia elétrica percorre um longo caminho até o consumidor. Ela é produzida nas usinas ou centrais de geração, transportada em grandes blocos pelas linhas de transmissão e, após ter sua tensão reduzida, é levada até os diferentes consumidores pelas linhas de distribuição. O site www.tractebelenergia.com.br relata que, do ponto de vista físico, a cadeia compreende agentes de diferentes atividades: geradores, transmissores e distribuidores: a) Geradores: são empresas que possuem usinas de geração, por exemplo: hidrelétricas, termelétricas a carvão, termelétricas a gás natural, centrais nucleares. A maior parte dos geradores, no Brasil, é constituída por empresas estatais, federais ou estaduais, responsáveis por cerca de 80% da energia gerada no país. A Tractebel é a maior geradora privada, com 7,5% de participação da produção. 26 b) Transmissoras: são as proprietárias de linhas de transmissão e equipamentos de transformação (alteração de tensão), que transformam grandes quantidades de energia entre as centrais e pontos próximos aos grandes centros de consumo. Embora exista a possibilidade de participação do capital privado, a maior parte do sistema existente é controlado por empresas estatais. c) Distribuidores: são as empresas proprietárias de linhas de distribuição e de equipamentos de transformação, que entregam a energia elétrica aos consumidores finais. Cerca de 70% das empresas deste segmento são privadas. Há alguns anos atrás a geração, a transmissão, que compreende o transporte de energia das usinas até as concessionárias, a distribuição e a venda de energia elétrica, eram feitas por empresas federais ou estaduais que detinham o monopólio em todas as etapas do fornecimento de energia elétrica. A partir do momento em que o cliente se instalava em determinada localidade, tudo o que envolvia energia elétrica estava submetido à fornecedora local. Não havia, portanto, negociação de preços. Segundo o site www.13.bb.com.br, o setor elétrico brasileiro vem passando por grandes transformações na última década, intensificadas a partir de 1995 com o processo de privatização das empresas estatais de energia elétrica. A CELESC – Central Elétrica de Santa Catarina, concessionária de energia elétrica, atende 257 municípios do Estado de Santa Catarina. Além destes, a empresa atende, parcialmente, 25 municípios, e um município do Paraná, por meio de suprimento de energia. Através de cooperativas de eletrificação rural, a distribuidora vende energia a mais 71 municípios. O Cooperativismo tem sido parceiro e agente de desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina. Esteve intimamente ligado aos programas do Governo em Forquilhinha, desde a implantação da 1ª cooperativa, em 27/01/1959, quando ainda distrito. Segundo o site www.fecoerusc.org.br, como a concessionária estatal não tinha condições mínimas de atendimento no começo da década de 60, foi criada a 1ª entidade governamental, encarregada da eletrificação rural – Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE. O Governo passou, então, a se valer do cooperativismo como instrumento para captar recursos e executar os projetos de eletrificação rural. Como a obtenção de recursos externos era fácil, criou-se, em 1973, a Eletrificação Rural de Santa Catarina – ERUSC, que foi devidamente constituída em abril de 27 1975. Através deste órgão as cooperativas tinham apoio e solicitavam recursos para construírem as redes de energia de eletrificação rural, conforme os pedidos e necessidades dos associados. Com a união das cooperativas e a crescente necessidade destas em se organizar e interagir com as Empresas Públicas, ERUSC, Concessionárias e Agentes financeiros, criou-se, também em 1973, a Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural de Santa Catarina – FECOERUSC. A mesma representa e fortalece as 22 filiadas para atuarem competitivamente no mercado energético, promovendo a satisfação dos cooperados, colaboradores e dirigentes, o que contribui para o desenvolvimento e bem estar da sociedade. Foi na segunda metade da década de 70 e início dos anos 80 que se deu a grande expansão da Eletrificação Rural em Santa Catarina. O maior objetivo foi o atendimento social. A expansão não levou em consideração a viabilidade econômica e operacional. Por isso pagou um preço alto, tendo que praticar rateio de custos muito superiores aos da Concessionária, em decorrência de manter sistemas elétricos sem a mínima viabilidade técnica e econômica. Em virtude disso, as lideranças, não querendo prejudicar mais ainda os consumidores rurais, que já contribuíam na implantação das redes, optaram em transferir parte dos sistemas elétricos à Concessionária Estadual. Dessa forma, das 39 cooperativas existentes na época, transferiu-se 17 para a Concessionária. Aproximadamente 16,5 mil kms de redes e 50 mil usuários. Hoje o ramo de infra-estrutura é composto por 22 cooperativas, cuja finalidade é atender direta e prioritariamente o próprio quadro infra-estrutura. As cooperativas de eletrificação rural, geralmente, são repassadores de energia, mas algumas já passaram a gerar energia. De acordo com o site www.fecoerusc.org.br, as cooperativas no Estado de Santa Catarina são responsáveis pelo atendimento a 161.000 propriedades, atendendo uma população de cerca de 650.000 usuários, num total de 71 municípios. São responsáveis pela operação e manutenção de cerca de 20.000 Km de redes, projetando, construindo e mantendo o sistema elétrico em suas respectivas áreas de atuação. Além do fornecimento de energia elétrica, algumas cooperativas atuam no setor comercial e no setor industrial. Algumas partiram para outras atividades como: área agrícola, transformando-se em cooperativas mistas. 28 Cooperativas de Eletrificação Rural no Estado de Santa Catarina SIGLA Razão Social CERGAL Cooperativa Eletrificação Rural Anita Garibaldi CERAL Cooperativa Eletrificação Rural de Anitápolis COOPERZÉM Cooperativa Eletrificação Rural de Armazém CERBRANORTE Cooperativa Eletrificação Rural Braço do Norte CERGAPA Cooperativa Eletrificação Grão Pará CERGRAL Cooperativa Eletrificação de Gravatal CEJAMA Cooperativa Eletrificação de Jacinto Machado CERMOFUL Cooperativa Eletrificação Rural Morro da Fumaça CEREJ Cooperativa Eletrificação do Núc. Col. Sen. Esteves Junior CERPALO Cooperativa Eletrificação Rural de Paulo Lopes CEPRAG Cooperativa Eletrificação Praia Grande COORSEL Cooperativa Regional Sul de Eletrificação Rural CERSAD Cooperativa Eletrificação Rural Saldo Donner CEESAM Cooperativa Energia Elétrica Santa Maria CEGERO Cooperativa de Eletricidade São Ludgero CERSUL Cooperativa de Eletrificação Rural Sul Catarinense CERTREL Cooperativa Eletrificação Rural de Treviso CERAÇÁ Cooperativa Eletrificação Rural Vale do Araçá COOPERALIANÇA Cooperativa Aliança COOPERCOCAL Cooperativa Mista Cocal do Sul COOPERMILA Cooperativa Mista Lauro Muller COOPERA Cooperativa Pioneira de Eletrificação Quadro 1 – Cooperativas de Eletrificação Rural do Estado de Santa Catarina Fonte: www.fecoerusc.org.br De acordo com site www.neoenergia.com/mercado.asp, o setor foi segmentado em geração, transmissão, distribuição e comercialização. Foi exigido a desverticalização das empresas, instituindo a licitação para concessão de serviços públicos e para aproveitamento do bem público, como também o acesso aos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica. O mercado livre foi 29 criado, inicialmente, restrito aos maiores consumidores, porém com indicação para a sua expansão. Desde 1995 existe a figura do consumidor livre, ou seja, aquele que pode escolher seu fornecedor de energia elétrica, escapando assim, do monopólio exercido pela concessionária local. Conforme o site www.cpfl.com.br, a legislação atual estabelece que uma unidade consumidora entendida como ponto de medição, poderá optar por ser “livre” quando cumprir seu contrato de fornecimento vigente com a concessionária local e deverá atender a uma das condições abaixo: a) ser atendido com tensão igual ou superior a 69 kV e ter demanda de, no mínimo, 3 MW; b) ter demanda de, no mínimo, 3 MW e ter sido ligado após 08 de julho de 1995; c) ter demanda de, no mínimo, 500 kW, com qualquer tensão de fornecimento, podendo comprar energia diretamente de “pequenas centrais hidrelétricas – PCHs” ou de outras fontes, tais como eólica, biomassa ou solar. Com essa mudança de cenário no setor elétrico, as cooperativas que não estiverem estruturadas podem passar pela mesma situação do início dos anos 80 e perderem sua vez no mercado de trabalho. Com o mercado livre, as cooperativas, além de preço devem apresentar rapidez e qualidade nos serviços executados aos consumidores, principalmente pela utilização de tecnologias mais eficientes no uso final da eletricidade, aliado às medidas de racionalização de consumo postas em prática. 2.2.2 Profissional do mercado energético O mercado de trabalho do engenheiro eletricista também é amplo. De modo geral, o mercado profissional da engenharia elétrica tem crescido vertiginosamente. Particularmente, para o engenheiro eletricista, os campos de atuação são as empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; as indústrias de materiais, dispositivos e instrumentos elétricos, eletrônicos e de informática; as empresas de consultoria; as empresas de software e de telecomunicações, os serviços públicos e as instituições de ensino e de pesquisa. O engenheiro eletricista, com ênfase em eletro técnica, poderá atuar tanto como um profissional liberal, quanto como um funcionário de empresas privadas e públicas em quaisquer das áreas acima citadas. 30 Conforme o site www.unesp.br/guia, a história da Engenharia Elétrica é mais antiga do que habitualmente se imagina. Pode-se dizer, com certa liberdade, que ela data de 1752, quando Benjamin Franklin (1706-1790) inventou o pára-raios, dando início ao aproveitamento da eletricidade pelo homem. Desde então, essa área evolui como poucas. Quase dois séculos depois da invenção de Franklin, surgiu a Eletrônica, em 1940, trazendo as válvulas eletrônicas a diodo e, depois, os transistores da década de 1950. Foi o começo da era da tecnologia dos semicondutores e dos computadores. Hoje, a Engenharia Elétrica está presente, praticamente, na fabricação de todo produto manufaturado e dos que envolvem alta tecnologia, como satélites, aeronaves e produtos utilizados na automação industrial. De acordo com o site www.milenio.com.br, Engenharia elétrica é a modalidade de engenharia que se preocupa com as atividades de planejamento, projeto e execução de atividades referentes à obtenção, transporte e utilização racional da eletricidade. Engenheiro eletricista é o profissional responsável pelas atividades técnico-científicas relativas a todos os aspectos do emprego da eletricidade no mundo moderno. Ele trabalha com planejamento, supervisão, orientação, consultoria, vistoria, avaliação e implantação de processos e sistemas de equipamentos, ensino, experimentação, ensaio e divulgação nos campos da eletrônica, eletrotécnica e telecomunicações. Especialmente neste segmento, o campo de trabalho do engenheiro eletricista é extenso. A imagem que muita gente tem do eletricista ainda é aquela antiga. É a de um profissional que aprendeu o ofício trabalhando com parentes ou amigos e é chamado para quebrar um galho, quando aparece algum problema em casa. Mas o mercado cresceu. Nos dias atuais, a nossa sociedade, constituída e organizada, assumiu uma dependência vital da energia elétrica a tal ponto que fica muito difícil concebermos como seríamos sem essa forma de energia disponível da maneira em que chega até nós, onde indústrias, hospitais, aeroportos, residências, etc, têm como elemento catalisador do seu funcionamento a energia elétrica, proporcionando-nos lazer, conforto, trabalho, diversão. Tudo isso só é possível graças à participação direta ou indireta do Engenheiro Eletricista. Dessa forma, pode-se conceber a grande importância desse profissional no nosso dia-a-dia. 31 De acordo com a Norma de requisitos para qualificação e certificação de eletricistas da Abraman – Associação Brasileira de Manutenção (Apêndice I), que fixa as condições exigíveis e a sistemática para a qualificação e certificação de executantes de serviços de manutenção na área de eletricidade e descreve as atribuições dos níveis de qualificação estabelecidos, há dois níveis de qualificação para os eletricistas: a) Eletricista Nível I (básico): é o profissional qualificado para executar serviços de manutenção e instalação elétrica, sob supervisão direta. b) Eletricista Nível II (especializado): é o profissional qualificado para executar serviços de manutenção elétrica, com autonomia técnica em nível em execução de tarefas, na sua especialização. A maioria dos profissionais de manutenção se desenvolveu no dia-a-dia, sem orientação adequada. Portanto, investir na melhoria da qualificação dos profissionais de manutenção é garantir um retorno imediato e um ganho importantíssimo para as empresas, com baixo custo, sendo que profissionais capacitados e motivados têm significado impacto na melhoria contínua da disponibilidade das instalações. 2.3 Competências Competências se constituem num conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para vários desempenhos da vida, e pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Segundo Resende (2000, p 51), “a base do sistema de gestão de competência é: selecionar, remunerar, avaliar e desenvolver o indivíduo a partir do que ele é, e não do que ele faz num dado momento”. Essa variável passou a ser requisito de bom desempenho de equipes, unidades e empresas; e seu estudo adquire cada vez mais importância no seio das organizações. Ter competência é fundamental para o bom desempenho de pessoas e organizações que têm por objetivo aumentar a competitividade dos negócios, uma das condições para a empresa ser global. As competências são observadas quando evidenciam de forma integrada atitudes assertivas, características pessoais e conhecimentos adquiridos. 32 De acordo com Neri (1999), o conceito da administração de recursos humanos por competências fornece uma metodologia clara e coerente que permite a gestão do novo contrato entre pessoas e empresas e cita as vertentes no estudo do conceito de competências: educação e aprendizagem e planejamento estratégico. Traços de personalidade e caráter, habilidades, aptidões, inteligência, vocação, foram referenciais usados para decidir a vida profissional de milhões e milhões de trabalhadores neste século; e há uma grande contribuição das ciências sociais sobre esses conceitos, teorias e instrumentos. Portanto, para que ninguém se perca em modismos sem fundamento e com ciclos de vida cada vez mais curtos, o caminho para conhecer, definir, pesquisar e delimitar competências e valores está no esforço de educação e desenvolvimento de trabalhadores cidadãos. No Brasil, as empresas criaram uma seção de pessoal para resguardá-las de suas obrigações trabalhistas. Na década de 50, com a chegada das grandes montadoras multinacionais, a área de pessoal nas empresas tinha como principal tarefa, cuidar da disciplina no ambiente de trabalho e manter os sindicatos longe das decisões importantes. Nos anos 70, a área de recursos humanos surgiu como uma figura muito importante. Coube a ela a elaboração de planos de ações contigenciais contra os sindicatos, pois o objetivo maior era manter a empresa trabalhando, sem greve. Na década de 80, surge na empresa a abordagem de que “todos na empresa são responsáveis por recursos humanos”. (NERI, 1999, p 34). Com essa visão, o foco do trabalho da área de Recursos Humanos passou a ser os programas de desenvolvimento gerencial, que frustraram parte dela, pois o poder das empresas brasileiras era centralizado em algumas pessoas. Nos anos 90, a preocupação com a inserção no mundo empresarial exigiu que a gestão de recursos humanos conduzisse seus esforços para entender e influenciar o negócio da empresa, concentrando-se em resultados. O conceito competência começou a adquirir novos significados e a importância que tem hoje a partir dos estudos feitos por David C. McClelland, segundo Resende (2000, p.13), no início da década de 70, quando afirmou que os testes tradicionais de conhecimento e inteligência, utilizados em seleção, não eram capazes de predizer sucesso no trabalho e na vida. Favorecia preconceitos contra minorias, mulheres e pessoas de nível sócio-econômico inferior. Nessa década, o regime dos mercados era considerado vendedor, ou seja, a demanda era maior que a oferta: o que fosse produzido teria compradores. Em meados de 80, começou a surgir nas empresas a temática da competência, despertando interesse de 33 pesquisadores e consultores. Igualmente nessa época (meados dos anos 80 e início dos anos 90), surge um conjunto de ferramentas de gestão de recursos humanos. Segundo Neri (1999, p 08), “a gestão de pessoas nos dias atuais, com as diversas mudanças nos cenários econômico, político e social, resume-se em avaliar, mudar e influenciar o comportamento humano nas empresas.” Assim, a educação e o desenvolvimento de trabalhadores em torno de competências significa controlar o processo em que o foco é “aprender a aprender”; a aprendizagem vicariante (aquela que acontece no dia-a-dia) torna-se parte dos esforços de treinamento e desenvolvimento. Para isso, é preciso desenvolver metodologias e procedimentos confiáveis, a fim de trabalhar as competências voltadas para uma nova gestão de pessoas com mecanismos e ferramentas que possam identificar profissionais adaptáveis a uma estrutura flexível em relação às contingências impostas pelo mercado; e que, ao mesmo tempo, estejam comprometidas com o negócio e atualizadas com as tendências do mercado, tanto em termos nacionais como internacionais. Para o uso pleno da inteligência coletiva organizacional, a gestão de competências deve ser uma ferramenta que permita a empresa enxergar o potencial humano e os padrões de crescimento das capacidades ao longo do tempo, permitindo uma atuação da maneira planejada com seus recursos humanos. Neste contexto, gerir pessoas consiste em uma análise mais profunda sobre o potencial que define a qualidade do trabalho que essas pessoas podem executar. Essa capacidade se desdobra e se desenvolve ao longo do tempo, por meio de diferentes padrões ou curvas de amadurecimento. 2.3.1 Avaliação de competências A identificação das competências necessárias para cada função, é feita após definir a estratégia competitiva. A formação de competência do indivíduo, envolvendo-o com toda a empresa, é apresentada em três blocos: competências de negócios – é o entendimento do negócio, seus objetivos em relação ao mercado, clientes e competidores, ambiente social e político; técnico-profissionais – são as competências específicas para certa operação, ocupação ou atividade; e as competências sociais que interagem com pessoas, como, por exemplo: 34 comunicação clara e objetiva, trabalho em equipes, negociação, sensibilização cultural e mobilização para mudanças. Resende (2000, p. 37) propõe definições que considera próximas das mais freqüentes referências sobre o assunto: o conhecimento é considerado como o mais importante item isolado de competência. Têm-se discursado e escrito muito sobre o tema “competência”. No entanto, ainda há divergências e idéias confusas no uso desse conceito, vejamos alguns conceitos: a) Qualificação: é o domínio dos conhecimentos especializados resultantes de experiência, formação e treinamento, requerido para a execução de determinados trabalhos, ou exercícios de profissões, cargos ou atividades específicas; b) Aptidão: é uma característica inata mais enraizada nas pessoas. Refere-se principalmente às características ou atributos físico-fisiológicos, mentais ou intelectuais, de personalidade, temperamento ou caráter. A habilidade está relacionada com a maneira de executar tarefas, aplicar conhecimentos, de agir, de pensar; c) Capacidade: difere de qualificação, pois os requisitos que a compõem não advêm necessariamente de cursos, treinamentos ou experiência específicos, mas da reunião de atributos inatos (aptidões) ou desenvolvidos (inclusive qualificação) necessários para atender exigências em determinadas atividades; d) Habilitação: corresponde a pré-requisitos especiais, em formação ou treinamento, requeridos para atuar em determinados tipos de atividades ou exercer determinadas profissões, como, por exemplo, a carteira de motorista; e) Eficácia: consiste em desenvolver trabalhos ou atividades de forma objetiva e com sentido de resultado; e a eficiência é o desenvolvimento de trabalhos ou atividades em que a preocupação é dirigida para a correção, ordem e aparência, normas e procedimentos, e não em resultados práticos e úteis; f) Competência: é a aplicação prática de conhecimentos, aptidões, habilidades, valores, interesse – no todo ou em parte – com obtenção de “resultados”. No atual contexto, competência de um indivíduo é o conjunto de comportamentos que algumas pessoas dominam melhor que as outras, o que as torna eficazes em uma determinada situação. As competências são observáveis na situação cotidiana de trabalho e/ou em situações de teste, quando evidenciam, de forma integrada, atitudes assertivas, características pessoais e conhecimentos 35 adquiridos. Um indivíduo apresenta um perfil de competências alto quando demonstra as qualidades requeridas para executar determinadas missões. 2.3.2 Modelos de avaliação de competências No modelo de avaliação da competência da Estrutura Interna e Externa, criada por Sveyby (1999, p. 197), os indicadores para os três ativos intangíveis são: indicadores de crescimento/renovação, de eficiência e de estabilidade. Duas providências preliminares são necessárias: conhecer a finalidade do sistema e seu público; e classificar os diversos grupos de funcionários de acordo com o tipo. As outras etapas da avaliação indicadas se centralizam nas classificações por categoria, competência profissional por grau de responsabilidade e competência profissional por área: crescimento e renovação, tempo de profissão, medida de avaliação da competência, que é o número total de anos que os profissionais de uma empresa exercem suas profissões. A escolaridade indica o ensino fundamental, médio e nível superior. Outra fonte importante para o desenvolvimento da competência é medição da proporção de serviços prestados aos clientes. A eficiência demonstra a proporção de profissionais na empresa, isto é, o número de profissionais dividido pelo número total de empregados. O efeito alavancagem mede até que ponto os profissionais internos de uma empresa são importantes para sua capacidade de receita. O modelo de aplicação para avaliação de competências de Green (1999, p.110) sugere que: Há quatro estratégias de avaliação: avaliação fisiológica, que envolve uma decisão subjetiva do nível de desempenho de um indivíduo; a avaliação por um orientador, em que existe respeito mútuo e confiança e se tornam substitutos de observação sistemática e medição confiável, quando o orientador é uma pessoa experiente que utiliza suas próprias experiências e conhecimento prático para dar aconselhamento de carreira; a avaliação por reconhecimento das qualidades e características positivas de uma pessoa e a avaliação baseada em tarefas, em que gerente e empregado recolhem informações de comportamento de desempenho, que são discutidas e avaliadas num determinado período. O desempenho na atividade é comparado a definições, habilidades e tarefas, à medida que o trabalho é realizado. Entende-se, portanto, que a avaliação de uma pessoa passa por várias etapas, de maneira a abranger todas as atividades do indivíduo. 36 O modelo de gestão de competências, conforme Neri (1999, p. 52), define que: “treinar é oferecer oportunidades para que o empregado possa refletir sobre as circunstâncias empresariais e seu projeto de vida”. Isso só é possível por meio de técnicas ou práticas interativas de treinamento, exercitando suas racionalidades para legitimar e reelaborar sua prática. Quanto à avaliação de competências na maturidade profissional, novas posturas e atitudes em relação ao trabalhador adulto e maduro são valorizadas no trabalho, desde que treinado e motivado para o mesmo. Uma estrutura básica defendida por NERI (1999) sugere uma avaliação de competências que seja flexível e desenvolvida em etapas, de acordo com a cultura e com os interesses da organização. 2.3.3 Avaliação de competências na maturidade profissional A complexidade do envelhecimento populacional no Brasil está nas desigualdades sociais e educacionais. A previsão é que, dentro de duas ou três décadas, o país terá uma grande proporção de inativos, formado por idosos com necessidade de se reeducarem tecnologicamente. O brasileiro que envelhece no trabalho tem necessidade de compatibilizar esse novo ciclo de vida com a carreira, e seu envelhecimento com o trabalho. Avaliação de competências na maturidade ainda é um assunto muito recente para os especialistas em recursos humanos e, por isso, existem poucas experiências científicas registradas na literatura. Inquestionavelmente, as competências não têm nenhuma especificidade com a idade. Elas podem ser desenvolvidas tanto nos jovens como nos profissionais maduros. Conforme NERI (1999, p. 111), criou-se o conceito de “geratividade”, que originou o modelo de oito estágios para o desenvolvimento humano, mostrando a tendência das pessoas de apresentarem, na maturidade, comportamentos que aumentam sua competência profissional e pessoal, desenvolvidos no ambiente de trabalho. No Brasil, as novas regras da aposentadoria indicam que as empresas terão que se adaptar ao fato de que as pessoas envelhecerão no trabalho e na empresa, fazendo com que esses trabalhadores fiquem mais desempenhando atividades normais e influenciando na cultura organizacional. tempo 37 Essa realidade deverá fazer com que os programas de desenvolvimento pessoal sejam dirigidos não só para a preparação do empregado para a aposentadoria, mas também para criar mecanismos que detenham o potencial desse empregado na maturidade, atingindo resultados que aumentam sua produtividade e qualidade em suas tarefas. Na visão de NERI (1999, p. 91): Os trabalhadores são relegados, já com grande antecedência, à aposentadoria, a improbidade e ao isolamento, uma vez que deixam de ser indicados para treinamento e lhes são atribuídos “rótulos” como empregados resistentes à mudança, rígidos e desatualizados. Assim, a empresa deve estar atenta quando executar treinamentos com os colaboradores, para não excluir os funcionários mais velhos, dando somente oportunidade aos mais novos. Esse declínio da operatividade na fase que antecede à aposentadoria está relacionado com a falta de flexibilidade do sistema de trabalho e carreira. O desenvolvimento do adulto ainda está relacionado de forma incompleta, nos textos técnicos de recursos humanos que mencionam as perdas associadas ao envelhecimento, principalmente o fator intelectual, sem destacar as possibilidades de ganhos. O foco da satisfação do cliente e do mercado faz com que as empresas dirijam toda a sua energia para a busca do atendimento de suas expectativas. O conceito de qualidade nos novos paradigmas significa uma alteração na forma da empresa conduzir seu negócio e a reestruturação de todos os processos de trabalho na organização. Para desenvolver esses processos se exige velocidade e precisão que, na maioria das vezes, são destinados aos jovens, o que exclui automaticamente o aproveitamento dos mais velhos. 2.4 Habilidades Conforme o site www.centrorefeducacioanl.com.br, as habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são 38 exemplos de habilidades. Já as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam, por exemplo, uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências. Afirma Resende (2002, p. 75) que a habilidade é uma característica de potencial humano que favorece realizações pessoais. Existem algumas características ou recursos pessoais que poderiam ser classificados tanto como aptidões quanto como habilidades. Segundo Chiavenato (2000, p. 39), para um administrador trabalhar com sucesso, existe três tipos de habilidades necessárias: a) Habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para o desempenho de tarefas específicas, por meio da experiência e educação. É muito importante para o nível operacional. b) Habilidade humana: consiste na capacidade e facilidade para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos de pessoas. c) Habilidade conceitual: Consiste na capacidade de compreender a complexidade da organização como um todo e o ajustamento do comportamento de suas partes. Essa habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato. É muito importante para o nível institucional. Conforme o site www.centrorefeducacional.com.br, as competências e habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. O conceito de habilidade também varia de autor para autor. Em geral, as habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim a competência estaria constituída por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não pertence à determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes. Podemos destacar algumas competências/habilidades: respeitar as identidades e as diferenças; utilizar das linguagens como meio de expressão, comunicação e informação; inter-relacionar pensamentos, idéias e conceitos; desenvolver o pensamento crítico e flexível e a autonomia intelectual; adquirir, avaliar e transmitir informações; compreender os princípios das tecnologias e suas relações integradoras; entender e ampliar 39 fundamentos científicos e tecnológicos; desenvolver a criatividade; saber conviver em grupo; aprender a aprender. Com a definição de algumas competências/habilidades básicas para área ou função, podem-se identificar os domínios de potenciais nas pessoas e aproveitar os talentos internos. Segundo Gramigna, (Outubro de 2006, p. 10), existem algumas vantagens da formação de equipes por competências/habilidades: a) A estratégia contribui para o aprendizado coletivo, já que a troca de informações e de experiências é inevitável quando as pessoas trabalham juntas; b) O apoio daqueles mais talentosos influencia na atuação dos que têm alguma dificuldade; c) A gestão do conhecimento torna-se parte da cultura do grupo; d) Estimula-se a cooperação, diminuindo a prática da competição interna entre profissionais da área comercial; e) O cliente é atendido de forma personalizada e qualitativa; f) A estratégia contribui para o aumento da produtividade e melhoria do clima no trabalho; g) A imagem passada para o mercado é de uma equipe imbatível. 2.5 Fornecimento de Recursos Humanos Uma das áreas mais afetadas pelas constantes mudanças do mundo moderno é a de Recursos Humanos. As empresas percebem hoje, que as pessoas constituem o elemento principal de sua atividade. Fala-se então em Gestão de Pessoas, e não mais em Recursos Humanos; isto para proporcionar essa nova visão das pessoas não mais como meros funcionários remunerados em função do tempo de disponibilidades à empresa, mas como parceiros e colaboradores do negócio da organização. O mundo moderno se caracteriza por tendências que envolvem globalização, tecnologia, informação, conhecimento, serviços, ênfase no cliente, qualidade, produtividade e competitividade. Todas essas tendências estão afetando e continuarão a afetar a maneira pela quais as organizações utilizam as pessoas. Conforme Certo (2003, p 241), “para fornecer recursos humanos em cargos tanto administrativos quanto não administrativos, os recursos humanos 40 seguem estas etapas: recrutamento, seleção, treinamento e avaliação de desempenho”. 2.5.1 Recrutamento O recrutamento corresponde ao processo pelo qual a organização atrai candidatos para abastecer seu processo seletivo. É a atração inicial e a pré-seleção de candidatos a ocupar uma vaga de emprego, e envolve um processo que varia conforme a organização, sendo feito a partir das necessidades presentes e futuras de recursos humanos da organização. O recrutamento é uma atividade que está relacionada à estratégia da empresa. Como os negócios mudam e surgem novas funções a cada dia, assim, torna-se imprescindível contar com pessoas flexíveis, capazes de adaptar-se a essas mudanças constantes. O desafio principal do recrutamento é agregar valor à organização e às pessoas. Afirma Marras (2000, p. 69): Recrutamento de pessoal é uma atividade de responsabilidade do sistema de ARH que tem por finalidade a captação de recursos humanos interna e externamente à organização objetivando municiar o subsistema de seleção de pessoal no seu atendimento aos clientes internos da empresa. Desta forma, o recrutador da empresa tem uma responsabilidade muito grande em suas mãos sempre que faz algum recrutamento, sendo ele interno ou externo. Todo processo de recrutamento de pessoal tem início a partir de uma necessidade interna da organização, necessitando à contratação de novos profissionais, emitindo assim, uma requisição ao setor responsável. Posterior a isto, o responsável pelo recrutamento escolhe os meios, de acordo com as características da mão-de-obra a ser recrutada e demais critérios preestabelecidos pelo órgão responsável pelas políticas e diretrizes da gestão de pessoas. Concluído o processo de seleção, o candidato escolhido é encaminhado para o setor de recursos humanos para os procedimentos legais de admissão trabalhista. Após este processo, devemse oferecer, ainda, subsídios ao desenvolvimento/treinamento de recursos humanos, na medida em que a mão-de-obra contratada evidenciar deficiências. 41 Para fazer um recrutamento precisa-se primeiro ter uma profunda compreensão do cargo disponível, ou seja, determinar a descrição do cargo e as características da pessoa que deve ser contratada para a função. Além do conhecimento do cargo que a empresa está tentando preencher, os recrutadores devem ser capazes de identificar fontes de recursos humanos. A questão do recrutamento é complexa em função da dificuldade de se encontrar novatos capacitados. Segundo Sveiby (1998, p. 79) “os gerentes precisam ter uma idéia clara do tipo de pessoas que eles desejam recrutar e devem estar preparados para disputá-las com outras empresas”. Portanto, deve-se ter um plano para tornar a empresa mais atraente possível para os candidatos. Na busca de recursos humanos para abastecer o processo seletivo da empresa, existem várias fontes de recrutamentos que podem ser exploradas, como segue: Tipos de fontes de recrutamento 1. Funcionários da própria empresa 2. Banco de dados interno 3. Indicações 4. Cartazes (internos e externos) 5. Entidades (sindicatos, associações etc.) 6. Escolas, universidades, cursos etc.) 7. Outras empresas (fornecedores, clientes etc.) 8. Consultorias de outplacement ou replacement 9. Agências de emprego 10. Mídia (anúncios classificados, rádio, televisão etc.) 11. Consultorias 12. Headhunters Quadro 2 – Tipos de fontes de recrutamento Fonte: Marras (2000, p. 71) Pelo tipo de fonte a ser utilizado na busca de recursos humanos, o recrutamento de pessoal divide-se em: recrutamento interno e recrutamento externo. Caso um cargo não possa ser preenchido por alguém atualmente empregado na empresa, o recrutador tem à disposição inúmeras fontes de recursos humanos externos à empresa. 42 Tipos de recrutamento utilizados na busca de recursos humanos: • • Interno • • Recrutamento • • Externo • • O preenchimento das vagas e oportunidades é feito através dos próprios funcionários atuais. Os funcionários internos são os candidatos preferidos. Isto exige que sejam promovidos ou transferidos para as novas oportunidades. A organização oferece uma carreira de oportunidades ao funcionário. O preenchimento das vagas e oportunidades é feito através da admissão de candidatos externos. Os candidatos externos são os candidatos preferidos. Isto exige que sejam recrutados externamente e selecionados para preencher as oportunidades. A organização oferece oportunidades aos candidatos externos. Figura 2 – Recrutamento Interno e Recrutamento Externo Fonte: Chiavenato, 1999, p. 92. 2.5.1.1 Recrutamento interno O recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização, para promovê-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou mais motivadoras. Conforme Marras (2000, p. 71) o recrutamento interno “é aquele que privilegia os próprios recursos da empresa”. A maioria dos movimentos internos ocorre por conta de promoções, que são vantajosas para construir o moral dos funcionários, encorajá-los a trabalhar duro na esperança de serem promovidos e motivá-los a continuar na empresa. 43 De acordo com Certo (2003, p. 243), as fontes internas da empresa são o grupo de funcionários. Algumas das pessoas que já trabalham para a empresa podem ser qualificadas para ocupar uma vaga em aberto. Segundo Chiavenato (1999, p. 93): O recrutamento interno funciona através de oferta de promoções (cargos mais elevados e, portanto, mais complexos, mas dentro da mesma área de atividade da pessoa) e de transferências (cargos do mesmo nível, mas que envolvam outras habilidades e conhecimentos da pessoa e estejam situados em outra área de atividade na organização). O recrutamento interno exige uma coordenação e interação entre o gestor de recursos humanos com os demais setores da empresa, uma vez que pode envolver transferência de pessoal, promoções de pessoal, transferências com promoções de pessoal, programas de desenvolvimento/treinamento de pessoal e adequação da situação ao plano de carreiras. 2.5.1.2 Recrutamento externo O recrutamento externo atua sobre candidatos que estão no mercado, fora da organização, submetendo-os ao processo de seleção de pessoal; enquanto o recrutamento interno privilegia os atuais funcionários, o externo busca candidatos para trazerem experiências e habilidades novas para a empresa. Dentro do recrutamento externo existem duas variáveis que devem ser observadas na escolha da fonte utilizada, que são: variável tempo e variável custo. De acordo com Marras (2000, p. 73): Variável tempo é aquela que determina a exigência temporal que está contida na solicitação feita pela área solicitante da vaga, ao mesmo tempo em que indica, também, pelo mesmo parâmetro temporal, a fonte de recrutamento mais adequada. Algumas requisições são de caráter urgente. Por exemplo, quando o empregado pede demissão intempestivamente, interrompendo seu trabalho sem prévio aviso. Variável custo é aquela que representa a possibilidade financeira que se dispõe para iniciar um processo de recrutamento e seleção, ao mesmo tempo em que possibilita identificar as fontes de recrutamento pela diferenciação de custo que cada uma representa. 44 Portanto, a empresa deve estar com o setor de recursos humanos preparado para absorver estas variáveis, na intenção de fazer um bom recrutamento, quando necessário. As explicações a seguir, ajudam a melhor compreensão do processo e identificação das fontes de recrutamento (Figura 2), para: a) Banco de dados interno: a empresa forma o banco de dados a partir do recebimento de currículos no dia-a-dia, e consulta de acordo com as necessidades; b) Indicações: através do recebimento de indicações de terceiros, interna ou externamente; c) Cartazes internos e externos: colocação de painéis nas portas das fábricas ou em locais onde se supõe haver concorrência de profissionais com as características que se deseja; d) Entidades diversas: pode-se citar os próprios sindicatos dos trabalhadores, ou entidades governamentais, através de balcões de atendimento para cadastramento e busca de empregos; e) Agências de emprego: oferece serviços de recrutamento de profissionais, em geral, execução até o nível intermediário da pirâmide organizacional. f) Consultorias em recrutamento e seleção: o consultor vai até a empresa, traça o perfil das características requeridas; recebe as informações do perfil do chefe imediato e da cultura da empresa; realiza triagem de currículos, convoca candidatos para entrevista; aplica testes; emite laudos e envia para apreciação da empresa. g) Mídia: é o conjunto de canais de comunicação como, jornais, revistas, rádios, televisão etc. Na prática, as empresas nunca fazem apenas recrutamento interno ou apenas recrutamento externo. Ao fazer um recrutamento interno, o indivíduo deslocado para a posição vaga precisa ser substituído em sua posição atual. Se for substituído por outro empregado, o deslocamento produz uma vaga que precisa ser preenchida. Para Chiavenato (2004, p. 180): Quando se faz o recrutamento interno, em algum ponto da organização surge sempre uma posição a ser preenchida pelo recrutamento externo, a menos que seja cancelada. Por outro lado, sempre que se faz recrutamento externo, algum desafio, oportunidade ou horizonte devem ser oferecidos ao novo empregado, sob pena de procurar desafios e oportunidades em outra organização que lhe pareça melhor. 45 Devido às vantagens e desvantagens dos recrutamentos interno e externo, uma solução eclética tem sido preferida pela maioria das empresas: o recrutamento misto, ou seja, aquele que aborde tanto fontes internas como fontes externas de recursos humanos. Chiavenato (1999, p. 93) cita que existem os prós e contras nos dois tipos de recrutamento, tanto interno, quanto externo. Portanto a empresa deve procurar avaliar muito bem o cargo que está querendo preencher e qual o melhor recrutamento de acordo com sua realidade. PRÓS CONTRAS Recrutamento Interno Recrutamento Externo a) Aproveita melhor o potencial humano da organização. b) Motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários. c) Incentiva a permanência dos funcionários e a sua fidelidade à organização. d) Ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental. e) Não requer socialização organizacional de novos membros. f) Probabilidade de uma melhor seleção, pois os candidatos são nem conhecidos. g) Custa financeiramente menos do que fazer recrutamento externo a) Introduz sangue novo na organização. b) Enriquece o patrimônio humano pelo aporte de novos talentos e habilidades. c) Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas. d) Renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações. e) Incentiva a interação da organização com o MRH. f) Indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual. a) Pode bloquear a entrada de novas idéias, experiências e expectativas. b) Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual. c) Mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização. d) Ideal para empresas burocráticas e mecanísticas. e) Mantém e conserva a cultura organizacional existente. f) Funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua. a) Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização. b) Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidade a estranhos. c) Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos. Isto significa custos operacionais. d) Exige esquemas de socialização organizacional para os novos funcionários. e) É mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno. Quadro 3 – Prós e Contras do Recrutamento Interno e Recrutamento Externo Fonte: Chiavenato, 1999, p. 93-94-95. 46 2.5.2 Seleção A seleção de pessoas funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar na organização, ou seja, aquelas que apresentam características desejadas pela organização. Enquanto o objetivo do recrutamento é abastecer o processo seletivo com os candidatos, o objetivo da seleção é escolher e classificar os candidatos mais adequados às necessidades do cargo e da organização. Conforme Chiavenato (1999, p. 107): Se não houvesse as diferenças individuais e se todas as pessoas fossem iguais e reunissem as mesmas condições individuais para aprender e trabalhar, a seleção de pessoas seria totalmente desnecessária. Acontece que a variabilidade humana é enorme: as diferenças individuais entre as pessoas, tanto no plano físico (como estrutura, peso, compleição física, força, acuidade visual e auditiva, resistência à fadiga e etc.) como no plano psicológico (como temperamento, caráter, inteligência, aptidões, habilidades mentais etc.) levam as pessoas a se comportar diferentemente, a perceber situações de maneira diferente a se desempenhar diferentemente, com maior ou menor sucesso, nas organizações. Assim, no momento da escolha e classificação dos candidatos, deve-se levar em conta as suas condições e diferenças individuais. O processo seletivo baseia-se em dados e informações sobre o cargo a ser preenchido. As exigências dependem desses dados e informações para que a seleção tenha maior objetividade e precisão para preencher o cargo. Se de um lado temos o cargo a ser preenchido, temos de outro, candidatos diferentes entre si, disputando a mesma posição. Afirma Certo (2003, p 248) que “a seleção é representada como uma série de etapas pelas quais os candidatos têm de passar para ser contratados”. Cada etapa reduz o total de grupos de candidatos, até que, finalmente, uma pessoa é contratada. De acordo com o autor, há duas ferramentas que geralmente são utilizadas no processo de seleção: os testes e as dinâmicas de grupo. Ainda segundo o autor, testar é examinar os recursos humanos quanto às qualidades relevantes para o desempenho dos cargos disponíveis. Embora muitos tipos de testes estejam disponíveis para uso das empresas, eles em geral podem ser divididos nas quatro categorias a seguir: 47 a) Testes de aptidão: medem o potencial que um indivíduo tem para realizar uma tarefa. b) Testes de habilidades: medem o nível de destreza ou conhecimento que um indivíduo tem em determinada área. c) Testes de interesse vocacional: medem o interesse que um indivíduo tem em realizar vários tipos de trabalho. d) Testes de personalidade: descrevem as dimensões da personalidade de um indivíduo, como a maturidade emocional, subjetividade, honestidade e objetividade. Alguns parâmetros devem ser observados quando são utilizados testes no processo de seleção. Primeiramente, deve-se assegurar que os testes utilizados sejam válidos e confiáveis. Em segundo lugar, os resultados dos testes não devem ser a única determinante de uma decisão contratual e em terceiro lugar, deve-se tomar cuidado para que os testes não sejam discriminatórios. Afirma Dessler (2003, p. 107) que “em relação aos testes, há duas formas principais de demonstrar sua validade: validade por critério e validade por conteúdo”. Na validade por critério aqueles que vão bem no teste também fazem bem o trabalho e aqueles que vão mal no teste também fazem mal o trabalho. Na validade por conteúdo evidencia-se que o indivíduo constitui uma boa amostra do conteúdo do cargo. Por exemplo: se o conteúdo do teste de digitação é uma amostra representativa do trabalho do digitador, o teste é provavelmente válido por conteúdo. A dinâmica de grupo é utilizada não apenas como um meio de identificar indivíduos externos à empresa para serem contratados, mas também para identificar pessoas de dentro da empresa que possam ser providas. Os participantes de uma dinâmica de grupo passam e são avaliados por uma série de exercícios individuais e em grupo. Os indivíduos realizam as tarefas e são observados por gerentes ou observadores treinados para tal. Na maioria das vezes são avaliados de acordo com alguns critérios como: liderança; habilidade de organização e planejamento e tomada de decisões. 2.5.3 Treinamento O treinamento prepara as pessoas para o desempenho do cargo mediante um processo contínuo, visando mantê-las permanentemente atualizadas com tudo o que envolve a realização de suas tarefas. Após o recrutamento e 48 seleção, o passo seguinte para oferecer recursos humanos adequados a uma empresa é o treinamento. Segundo Marras (2000, p. 145), “treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”. Todos nós somos possuidores de uma bagagem de conhecimento, habilidades e atitudes, referentes à trajetória particular de cada um. Essa bagagem constitui o “CHA individual” de cada trabalhador. Sendo assim, o treinamento produz uma mudança no conjunto de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA) de cada trabalhador, uma vez que implementa ou modifica a bagagem particular de cada um. Na visão de CERTO (2003, p. 250): Treinamento é o processo de desenvolver, nos recursos humanos, qualidades que possam torná-los mais produtivos e, assim, contribuir para que as metas da empresa sejam atingidas. A finalidade do treinamento é aumentar a produtividade dos funcionários, influenciando seu comportamento. A partir disso, percebe-se a importância do treinamento para aumentar a produtividade do quadro funcional. A conceituação de treinamento apresenta significados diferentes. Quase sempre o treinamento tem sido entendido como o processo pelo qual a pessoa é preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deve ocupar. Hoje é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor com os objetivos da empresa. Assim, o treinamento torna-se uma fonte de lucratividade, sendo que permite às pessoas contribuírem efetivamente para os resultados da empresa, agregando valor à organização, aos clientes e a elas mesmas. Para Chiavenato (1999, p. 295), “treinamento é o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades básicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos”. 49 O treinamento é um processo que envolve basicamente quatro etapas: determinação das necessidades de treinamento; planejamento do programa de treinamento; administração do programa de treinamento e avaliação do programa de treinamento. É tipicamente uma atividade contínua ao treinamento dos funcionários da empresa. Até mesmo funcionários que estão na empresa há algum tempo e que já receberam orientações iniciais e treinamentos de habilidades precisam continuar melhorando essas habilidades. ETAPA 1 Determinação das Necessidades de Treinamento ETAPA 4 ETAPA 2 Avaliação do Programa de Treinamento Planejamento do Programa de Treinamento ETAPA 3 Administração do Programa de Treinamento Figura 3 – Etapas do processo de treinamento Fonte: Certo, 2003, p. 251. Na realidade, as quatro etapas do treinamento envolvem o diagnóstico da situação, a decisão quanto à estratégia para a solução, a implementação da ação e da avaliação e o controle dos resultados das ações de treinamento. Segundo Marras (2000), na primeira etapa, faz-se o diagnóstico da situação, o levantamento e a análise que dão subsídios ao plano de treinamento. Devem-se responder basicamente duas perguntas: Quem deve ser treinado e o que 50 deve ser aprendido. Na segunda etapa, cabe ao planejamento organizar as prioridades entre o necessário e o possível, focando os recursos disponíveis e as necessidades gerais. Na terceira etapa dá-se a execução e aplicação prática daquilo que foi planejado e programado para suprir as necessidades de aprendizagem detectadas na organização. E, a quarta etapa é a avaliação do treinamento. Tem por finalidade averiguar os resultados conseguidos, comparando-os com o que foi planejado e esperado pela organização. Completando o programa de treinamento, a gerência deve avaliar sua eficácia. Pelo fato de os programas de treinamento representar um investimento, um retorno razoável é essencial. O treinamento não pode ser confundido com uma simples questão de realizar cursos e proporcionar informação. 2.5.4 Avaliação de desempenho A quarta etapa do processo de fornecimento dos recursos humanos adequados a uma empresa é a avaliação de desempenho, processo pelo qual se revisa a produtividade passada de um indivíduo para avaliar sua contribuição, a fim de alcançar os objetivos do sistema administrativo. De acordo com Marras (2000, p. 171), “avaliação de desempenho é um instrumento gerencial que permite ao administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área específicos”. A avaliação de desempenho pode ser considerada um dos mais importantes instrumentos de que dispõe a administração de uma empresa para analisar os resultados à luz da atuação de sua força de trabalho e para prever posicionamentos futuros, considerando o potencial humano disponível em seus quadros. Segundo Chiavenato (1999), avaliação de desempenho é o processo de rever a atividade produtiva passada para avaliar a contribuição que os indivíduos fizeram para o alcance dos objetivos do sistema administrativo. Segundo Bergamini (1988, p. 32), “avaliar o desempenho das pessoas no trabalho implica conhecer a dinâmica comportamental própria de cada um, o trabalho a ser realizado e o ambiente organizacional em que essas ações se passam”. 51 A avaliação do desempenho acaba sendo um poderoso meio de resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade do trabalho e a qualidade de vida dentro das organizações. Afirma Dessler (2003, p. 172) que: Os chefes avaliam o desempenho de seus funcionários por três razões principais. Primeiro, a avaliação traz informações importantes para as decisões sobre promoções e aumento de salário. Segundo, permite que chefes e funcionários desenvolvam um plano para corrigir qualquer deficiência que possa ter sido revelada pela avaliação e também permite o reforço dos pontos positivos do desempenho dos funcionários. Finalmente, as avaliações podem ser úteis para o planejamento de carreira, pois oferecem a oportunidade de revisar os planos de carreira dos funcionários à luz das forças e fraquezas demonstradas. Presume-se, portanto, que os padrões de desempenho sejam estabelecidos e que a empresa dê um retorno ao funcionário para ajudá-lo a eliminar deficiências de desempenho ou manter seu bom nível de desempenho. Segundo Chiavenato (1999, p.189), o autor comenta que existem questões fundamentais a serem discutidas quando da avaliação do desempenho, tais como: por que avaliar; que desempenho avaliar; como avaliar; quem deve fazer a avaliação; quando avaliar; como comunicar a avaliação. Valor das recompensas Habilidades da pessoa Esforço individual Percepção de que as recompensas dependem de esforço Desempenho Percepção do papel Figura 4 – Os principais fatores que afetam o desempenho no cargo Fonte: Chiavenato, 1999, p. 190. 52 Toda pessoa precisa receber um retorno a respeito de seu desempenho para saber como está indo no seu trabalho. Também as organizações precisam saber como as pessoas desempenham as suas tarefas para ter uma idéia de suas potencialidades. Conforme Certo (2003, p. 256): Diversos parâmetros podem ajudar a gerência a aumentar a adequação com a qual as avaliações são produzidas. O primeiro parâmetro é o de que as avaliações de desempenho devem enfatizar tanto o desempenho no cargo ocupado pelo indivíduo quanto o êxito com o qual esse indivíduo vem atingindo os objetivos da empresa. Embora os conceitos sejam independentes, desempenho e objetivos devem ser tópicos de discussão inseparáveis durante as avaliações de desempenho. O segundo parâmetro diz que as avaliações devem verificar se um indivíduo está realizando bem um trabalho, e não a impressão que o avaliador tem dos hábitos de trabalho do indivíduo. Em outras palavras, a meta é uma análise objetiva de desempenho, em vez de uma avaliação subjetiva de hábitos. O terceiro parâmetro é o de que a avaliação deve ser aceita tanto pelo avaliador quanto pelo indivíduo avaliado, isto é, ambos devem concordar que ela traz benefícios para o trabalhador e para a empresa. O quarto e último parâmetro é o de que as avaliações de desempenho devem fornecer uma base para a melhoria da produtividade do indivíduo dentro da empresa ao equipá-los para produzir melhor. Os parâmetros citados favorecem tanto a empresa quanto o funcionário, na medida em que apresenta um retorno ao funcionário avaliado, fazendo com que o mesmo esforce-se no desempenho de sua atividade. De acordo com Takeshy (2001), somente a avaliação pode mapear os pontos fortes e os pontos fracos da pessoa. O ideal seria que cada pessoa avaliasse o seu desempenho como um meio de alcançar metas e resultados fixados e de superar expectativas. Torna-se incompleto fazer a seleção de pessoal sem controlar a sua validade através da avaliação de desempenho, como também não satisfaz estudar os resultados dessa avaliação sem conhecer as referências sobre o potencial humano oferecidas pela seleção de pessoal. O sucesso da técnica em avaliação de desempenho consiste na escolha adequada do tipo, ou dos tipos de instrumentos que se vai utilizar. Como todo e qualquer procedimento administrativo dentro das organizações, a escolha do instrumento mais adequado está ligada primeiramente, aos objetivos pretendidos pela avaliação de desempenho. 53 2.6 Perfil dos colaboradores A identidade profissional, segundo Kanaane (1999), possibilita ao trabalhador condições efetivas para sua integração no ambiente de trabalho. Alguns parâmetros contemporâneos quanto ao perfil dos colaboradores, buscam incrementar atitudes e posturas compatíveis ao momento atual vivenciado pelas empresas. Ainda segundo Kanaane, (1999, p.82), ele cita alguns indicadores destes parâmetros: a) Não perguntar o que a empresa pode fazer por você, e sim o que você pode fazer por ela; b) Ser capaz de se relacionar, captar a confiança das pessoas e transmitir seus conhecimentos; c) Saber ajudar sua empresa a lidar com suas reais necessidades; d) Fazer com que seu trabalho adicione valor verdadeiro aos produtos ou serviços da empresa; e) não justificar as próprias falhas, atribuindo a culpa aos outros. Essas ações ajudam a identificar o perfil dos colaboradores dentro da empresa. Chiavenato (1999) também sugere, em seu discurso sobre os modelos de cargos, alguns fatores que contribuem para identificação do perfil do colaborador citado acima. O autor cita três modelos de cargos: modelo clássico ou tradicional; modelo humanístico e modelo contingencial. Este último é o que mais se assemelha ao perfil de colaborador a que este trabalho faz referência, sendo um modelo dinâmico e baseado na continua ampliação do cargo através do enriquecimento de tarefas. Conforme Chiavenato (2002, p. 280): Em um mundo em que tudo muda, os cargos não podem ser estáticos ou permanentes. Além disso, em um mundo onde a forte concorrência exige produtividade e qualidade, a organização precisa alcançar altos níveis de desempenho com a melhoria contínua na aplicação dos talentos criativos e da capacidade de autodireção e de autocontrole de seus membros, enquanto proporciona a oportunidade de satisfação das suas necessidades individuais. 54 Pode-se perceber, então, que é necessário aprimorar as habilidades profissionais dos colaboradores através da análise de seu perfil profissional, para podermos alcançar altos níveis de qualidade e permanecer no mercado. 55 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Abordagem Metodológica ADOTADA A pesquisa se classifica, por sua natureza, como pesquisa aplicada, quando busca forma de avaliar as habilidades e competências dos profissionais. A abordagem do problema é de ordem qualitativa, na sua essência. A pesquisa também pode ser classificada como descritiva, com base nos seus objetivos, quando ela se propõe a aumentar o nível de conhecimento do profissional dentro da empresa, com o objetivo de identificar a lacuna existente entre as competências internas disponíveis e as necessárias para atingir os objetivos e metas da empresa, direcionando, assim, suas ações de recrutamento, seleção, treinamento, entre outras, para a captação e o desenvolvimento das competências e habilidades. 3.2 Local da Pesquisa A presente pesquisa foi desenvolvida na COOPERA – Cooperativa Pioneira de Eletrificação. A empresa atua no ramo de Distribuição de Energia Elétrica, atendendo os municípios de Forquilhinha, Criciúma, Nova Veneza, Maracajá, Siderópolis, Meleiro e Içara, O objetivo principal da COOPERA é o fornecimento de energia elétrica com qualidade, confiabilidade, segurança e baixo custo para seus consumidores. aproximadamente 16.000 usuários. Fundada em 27 de janeiro de 1959 no então Distrito de Forquilhinha – Município de Criciúma – SC, com 60 associados, a Cooperativa de Eletrificação Rural de Forquilhinha – CERFOL, tinha como objetivo na época, a exemplo de outras tantas similares existentes no estado e no país, atender as comunidades agrícolas, comércio e pequenas indústrias rurais na região. A partir de 1985, passou a denominar-se Cooperativa Mista Pioneira Ltda. - COOPERA, em virtude da diversificação de atividades. Além do fornecimento de energia elétrica, passou a operar no setor agropecuário. Em setembro de 2003 foi liquidado o setor agropecuário, passando a operar exclusivamente no setor elétrico. Em agosto de 2006 passou por uma reforma estatutária, passando a ser denominada como Cooperativa Pioneira de Eletrificação – COOPERA. 56 3.3 Amostra da Pesquisa A presente pesquisa foi realizada com os 41 funcionários do Departamento Operacional da Cooperativa Pioneira de Eletrificação – COOPERA, situada no município de Forquilhinha – SC. A empresa tem o seu quadro funcional composto por 80 funcionários: 41 atuando nas redes de distribuição de energia elétrica e 39 na área administrativa. 3.4 Instrumento de Pesquisa O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário com 26 perguntas (Apêndice 1), dividido em 5 etapas: Características da atuação profissional, Ambiente de trabalho, Estrutura familiar, Relações sociais e comunitárias e Saúde. Cada pergunta apresentava 4 opções de respostas: Nuca, As vezes, Quase Sempre e Sempre. 3.5 Coleta de Dados O questionário foi aplicado individualmente dos dias 02/10/2006 a 31/10/2006, com 41 funcionários da empresa Cooperativa Pioneira de Eletrificação – COOPERA, todos do sexo masculino, e sua aceitação foi unânime. Houve uma dificuldade na sua aplicação, uma vez que os funcionários são todos da parte externa, não estando presentes, durante o expediente, na empresa, respondendo as perguntas nos curtos intervalos de almoço. 57 4 ANÁLISE DA PESQUISA O presente capítulo refere-se à análise e interpretação dos dados coletados junto aos 41 empregados que atuam na parte externa da empresa, sendo eletricistas e auxiliares de eletricistas. 4.1 Perfil dos entrevistados Tabela 1 – Idade dos entrevistados Idade Até 25 anos De 25 a 30 De 30 a 35 De 35 a 40 De 40 a 45 Acima de 45 Total Fonte: Dados da pesquisa 7% Quantidade 8 2 13 4 11 3 41 Porcentagem 20% 5% 31% 10% 27% 7% 100% 20% 5% 27% 10% 31% Até 25 anos De 25 a 30 De 30 a 35 De 35 a 40 De 40 a 45 Acima de 45 Figura 5 – Idade dos entrevistados Fonte: Dados da pesquisa A figura 05 demonstra a idade dos entrevistados, sendo que 31% assinalaram ter de 30 a 35 anos, 27% de 40 a 45 anos, 20% até 25 anos, 10% de 35 a 40 anos, 7% acima de 45 anos e 5% de 25 a 30 anos. 58 Tabela 2 – Escolaridade dos entrevistados Escolaridade Quantidade 1º Grau incompleto 7 1º Grau completo 11 2º Grau incompleto 0 2º Grau completo 21 3º Grau incompleto 1 3º Grau completo 1 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa 2% Porcentagem 17% 27% 0% 52% 2% 2% 100% 2% 17% 52% 1º Grau imcompleto 1º Grau completo 27% 2º Grau imcompleto 2º Grau completo 3º Grau imcompleto 3º Grau completo 0% Figura 6 – Escolaridade dos entrevistados Fonte: Dados da pesquisa A figura 6 indica que o nível de escolaridade predominante é o ensino médio, uma vez que 17% responderam possuir o 1° grau incompleto, 27% 1° grau completo, 52% 2° grau completo e 4% se dividem entre 3° grau completo e incompleto. Vale ressaltar que muitos funcionários concluíram o 2° grau por incentivo da empresa, através do sistema de ensino supletivo – NAES (Núcleo Avançado de Ensino Supletivo). 59 4.2 Características da atuação profissional Neste bloco de perguntas buscou-se caracterizar a atuação profissional dos entrevistados de acordo com sua própria percepção. Buscou-se assim, avaliar os aspectos na área comportamental e pessoal como, por exemplo: as características da atuação profissional, os interesses atuais e futuros, estrutura familiar, as relações sociais e comunitárias e a saúde. Tabela 3 – Minha opinião sobre mim mesmo melhora quando realizo um bom trabalho Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 3 7% Quase sempre 11 27% Sempre 27 66% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 7% 27% Nunca Às vezes Quase sempre 66% Sempre Figura 7 – Minha opinião sobre mim mesmo melhora quando realizo um bom trabalho Fonte: Dados da pesquisa Ao serem questionados “minha opinião sobre mim mesmo melhora quando realizo um bom trabalho”, representado pela figura 7 acima, indica que 7% dos entrevistados responderam às vezes, 27% quase sempre e a maioria, 66%, responderam sempre, sinalizando que os funcionários entrevistados estão cientes da importância da realização de um bom trabalho. 60 Tabela 4 – A maioria das coisas que faço parecem corriqueiras e de pouca utilidade Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 21 52% Às vezes 19 46% Quase sempre 1 2% Sempre 0 0% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% 0% Nunca Às vezes 46% 52% Quase sempre Sempre Figura 8 – A maioria das coisas que faço parecem corriqueiras e de pouca utilidade Fonte: Dados da pesquisa A figura 8 expressa graficamente as respostas da questão “a maioria das coisas que faço parecem corriqueiras e de pouca utilidade”. 51% dos funcionários responderam que nunca consideram as tarefas executadas corriqueiras e de pouca utilidade, 46% disseram às vezes e apenas 2% responderam quase sempre. As respostas indicam um resultado positivo, uma vez que a maioria considera o trabalho que executa útil. 61 Tabela 5 – O trabalho que executo é muito significativo para mim Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 0 0% Quase sempre 6 15% Sempre 35 85% Valor total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 15% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 85% Figura 9 – O trabalho que executo é muito significativo para mim Fonte: Dados da pesquisa A questão “o trabalho que executo é muito significativo para mim”, avaliado por 85% dos pesquisados como sempre significativo e 15% como quase sempre, apresentada pela figura 9, sugere que os funcionários sentem-se satisfeitos pelos serviços que prestam. 62 Tabela 6 – Sinto um alto grau de responsabilidade pessoal pelo trabalho que executo Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 1 2% Quase sempre 2 5% Sempre 38 93% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 2% 5% Nunc a Às vez es Q uas e s em pre S em pre 93% Figura 10 – Sinto um alto grau de responsabilidade pessoal pelo trabalho que executo Fonte: Dados da pesquisa A figura 10 acima apresenta o grau de responsabilidade que o trabalhador assume perante toda sociedade, função que requer o comprometimento do profissional que atua na área de distribuição de energia elétrica, uma vez que até a vida das pessoas da comunidade pode estar em jogo. O resultado é bastante positivo já que a grande maioria, 93% dos consultados, admite sentir um alto grau de responsabilidade pessoal pelos serviços prestados. 5% responderam quase sempre e apenas 2% responderam às vezes sentem-se responsáveis. 63 Tabela 7 – Com o meu trabalho, tenho possibilidades de crescimento pessoal e de desenvolvimento profissional Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 3 7% Quase sempre 5 12% Sempre 33 81% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 7% 12% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 81% Figura 11 – Com o meu trabalho, tenho possibilidades de crescimento pessoal e de desenvolvimento profissional Fonte: Dados da pesquisa Na avaliação da possibilidade de crescimento pessoal e de desenvolvimento profissional demonstrado acima pela figura 11, verifica-se que a maioria dos entrevistados 81% estão satisfeitos com o trabalho que executam e concordam que o trabalho lhes proporciona crescimento pessoal e profissional, 12% responderam quase sempre e 7% às vezes. Através deste resultado é possível entender como a satisfação do individuo no trabalho interfere no seu crescimento pessoal refletindo consequentemente, no seu desenvolvimento profissional. Desta forma, as organizações devem buscar criar e manter condições no ambiente de trabalho que proporcione satisfação aos funcionários para que estes possam desenvolver seu potencial e contribuir para o resultado da empresa. 64 Tabela 8 – Tenho sentimento de mérito e recompensa na realização do meu trabalho Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 10 24% Quase sempre 19 47% Sempre 12 29% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 24% 29% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 47% Figura 12 – Tenho sentimento de mérito e recompensa na realização do meu trabalho Fonte: Dados da pesquisa A figura 12 retrata o sentimento de mérito e recompensa do pesquisado pela realização do seu trabalho. 24% disseram que às vezes usufruem desse sentimento, 47% quase sempre e 29% responderam que sempre desfrutam do sentimento de mérito e recompensa pelo trabalho executado. Embora a grande maioria demonstrarem satisfação, já que somados os que disseram quase sempre e sempre somam 76% , percebe-se uma pequena elevação no grau de insatisfação em relação às avaliações anteriores. 65 4.3 Ambiente de trabalho Tabela 9 – Tenho oportunidade de repassar conhecimentos sobre a tarefa que executo aos colegas mais novos Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 1 2% Às vezes 12 29% Quase sempre 13 32% Sempre 15 37% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% 29% 37% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 32% Figura 13 – Tenho oportunidade de repassar conhecimentos sobre a tarefa que executo aos colegas mais novos Fonte: Dados da pesquisa Ao serem questionados sobre a oportunidade de repassar conhecimentos sobre as tarefas que executam aos colegas mais novos, resultado que pode ser contemplado na figura 13, 37% responderam que a oportunidade sempre existe, 32% quase sempre, 29% às vezes, e, 2% disseram nunca ter tido essa oportunidade. 66 Tabela 10 – Vislumbro a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 6 15% Quase sempre 14 34% Sempre 21 51% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 15% Nunca Às vezes Quase sempre 51% Sempre 34% Figura 14 – Vislumbro a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho Fonte: Dados da pesquisa A resposta da questão “vislumbro a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho” graficamente expressa pela figura 14, indica satisfação dos respondentes. 51% responderam que sempre vislumbram o desenvolvimento de novas habilidades e progresso na área que trabalham 34% disseram quase sempre e apenas 15% às vezes. Acredita-se que a satisfação retratada pelos entrevistados em parte esteja relacionada com a experiência e responsabilidade que a função exige e que esta sirva de passaporte para o crescimento profissional 67 Tabela 11 – Sou receptivo e disponível para absorver novos conhecimentos Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 2 5% Quase sempre 14 34% Sempre 25 61% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 5% 34% Nunca Às vezes Quase sempre 61% Sempre Figura 15 – Sou receptivo e disponível para absorver novos conhecimentos Fonte: Dados da pesquisa A figura 15 evidencia o resultado da pergunta “Sou receptivo e disponível para absorver novos conhecimentos” onde 61% apontam que sempre estão receptivos e disponíveis a novos conhecimentos, 34% quase sempre e 5% às vezes. É interessante observar que a satisfação nesta questão depende única e exclusivamente do entrevistado, e mesmo assim, observa-se um pequeno percentual assinalando que somente às vezes consideram-se receptivos e disponíveis a novos conhecimentos, condição básica tanto para o crescimento pessoal como para o desenvolvimento profissional. 68 Tabela 12 – Nos últimos 12 meses tive oportunidade de melhorar de alguma forma as minhas habilidades profissionais Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 1 2% Às vezes 7 17% Quase sempre 13 32% Sempre 20 49% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% 17% Nunca 49% Às vezes Quase sempre Sempre 32% Figura 16 – Nos últimos 12 meses tive oportunidade de melhorar de alguma forma as minhas habilidades profissionais Fonte: Dados da pesquisa Quando questionados “Nos últimos 12 meses tive oportunidade de melhorar de alguma forma as minhas habilidades profissionais”. As respostas segundo a figura 16 foram as seguintes: 49% responderam que sempre tiveram essa oportunidade, 32% quase sempre, 17% às vezes e 2% responderam que nunca tiveram oportunidade de melhorar as habilidades profissionais. 69 Tabela 13 – Aproveito as oportunidades de treinamento para melhorar as minhas habilidades em meu cargo atual Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 2 5% Quase sempre 3 7% Sempre 36 88% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 5% 7% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 88% Figura 17 – Aproveito as oportunidades de treinamento para melhorar as minhas habilidades em meu cargo atual Fonte: Dados da pesquisa O treinamento sempre procura repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua área de trabalho. O aproveitamento das oportunidades de treinamento oferecidas pela empresa para melhorar as habilidades profissionais, foram avaliadas conforme demonstração na figura 17. 88% dos funcionários pesquisados disseram sempre aproveitar as oportunidades, 7% quase sempre e apenas 5% responderam que às vezes aproveitam os treinamentos. De acordo com as respostas, na maioria das vezes, os treinamentos estão sendo bem aceitos e aproveitados pelos funcionários para o melhoramento das habilidades profissionais, indicando um resultado bastante positivo. 70 Tabela 14 – Consigo assimilar mudanças que estejam acontecendo ao meu redor, tanto no trabalho como na vida pessoal Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 5 12% Quase sempre 25 61% Sempre 11 27% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 12% 27% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 61% Figura 18 – Consigo assimilar mudanças que estejam acontecendo ao meu redor, tanto no trabalho como na vida pessoal Fonte: Dados da pesquisa Saber assimilar mudanças que estejam acontecendo ao redor, tanto no trabalho como na vida pessoal, pode ser considerado pré-requisito para o crescimento profissional e pessoal. O assunto abordado conforme constatado na figura 18 acima, assinala que a maioria dos funcionários da cooperativa está preparada para assimilar mudanças que possam vir a ocorrer no convívio familiar e profissional. 27% responderam que sempre estão preparados, 61% quase sempre e 12% às vezes assimilam as mudanças que acontecem. 71 Tabela 15 – Sinto que minha opinião é considerada nas decisões que me envolvem ou que envolvem o trabalho que executo Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 1 2% Às vezes 17 41% Quase sempre 14 34% Sempre 9 22% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% 22% Nunca 42% Às vezes Quase sempre Sempre 34% Figura 19 – Sinto que minha opinião é considerada nas decisões que me envolvem ou que envolvem o trabalho que executo Fonte: Dados da pesquisa A valorização e o estímulo aos funcionários em expor sua opinião ou propor novas idéias deve ser incentivada em todas as áreas de qualquer organização e, a iniciativa deve partir principalmente da direção da empresa e dos líderes de equipe, uma vez que, é dessa forma, que normalmente surgem as melhores idéias que contribuem para o melhoramento e crescimento da organização. Assunto que foi avaliado na presente pesquisa e retratado por meio da figura 19, demonstra que 22% dos pesquisados assinalaram que sua opinião é sempre considerada, 34% quase sempre, 42% às vezes e 2% disseram que sua opinião nunca é considerada. 72 Tabela 16 – Sinto-me motivado pelo desejo de ampliar minhas capacidades e competências Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 4 10% Quase sempre 10 24% Sempre 27 66% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 10% 24% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 66% Figura 20 – Sinto-me motivado pelo desejo de ampliar minhas capacidades e competências Fonte: Dados da pesquisa A motivação e o desejo de ampliar as capacidades e competências dependem de cada individuo. Este é o tema em estudo conforme as respostas apresentadas na figura 20. 10% dos eletricistas estudados confirmaram que às vezes sentem-se motivados, 24% quase sempre e 66% confirmaram que sempre se sentem motivados a ampliar as capacidades e competências. 73 4.4 Estrutura Familiar Tabela 17 – Enfrento crises em meu casamento Opções de Respostas Quantidade Nunca 9 Às vezes 17 Quase sempre 5 Sempre 0 Total 31 Fonte: Dados da pesquisa 16% Porcentagem 29% 55% 16% 0% 100% 0% 29% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 55% Figura 21 – Enfrento crises em meu casamento Fonte: Dados da pesquisa Ao serem consultados sobre: “Enfrento crises em meu casamento”, 29% dos entrevistados disseram que nunca enfrentam crises no casamento, 55% às vezes, e 16% disseram que quase sempre enfrentam crises no casamento conforme figura 21. 74 Tabela 18 – As datas de aniversário de meus filhos e esposa são comemorados em família Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 10 32% Quase sempre 3 10% Sempre 18 58% Total 31 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 32% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 58% 10% Figura 22 – As datas de aniversário de meus filhos e esposa são comemorados em família Fonte: Dados da pesquisa A figura 22 retrata as respostas da questão: “As datas de aniversário de meus filhos e esposa são comemoradas em família”. 32% dos consultados afirmaram que às vezes as datas são comemoradas em família, 10% quase sempre e 58% afirmaram que sempre comemoram as datas em família. 75 Tabela 19 – O local onde a família passará as férias é escolhida por todos os membros da família Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 1 3% Às vezes 8 26% Quase sempre 4 13% Sempre 18 58% Total 31 100% Fonte: Dados da pesquisa 3% 26% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 58% 13% Figura 23 – O local onde a família passará as férias é escolhida por todos os membros da família Fonte: Dados da pesquisa Quando perguntados “o local onde a família passará as férias é escolhido por todos os membros da família”, conforme figura 23, 3% responderam nunca, 26% às vezes, 13% quase sempre e 58% dos funcionários responderam que a escolha do local das férias é decidida sempre por todos os membros da família. 76 Tabela 20 – Orgulho-me do que fiz para meus filhos crescerem Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 1 3% Quase sempre 1 3% Sempre 29 94% Total 31 100% Fonte: Dados da pesquisa 3% 0% 3% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 94% Figura 24 – Orgulho-me do que fiz para meus filhos crescerem Fonte: Dados da pesquisa As respostas da pergunta “orgulho-me do que fiz para meus filhos crescerem” estão representadas pela figura 24. A grande maioria, 94% afirmaram que sempre se sentem orgulhosos do que fizeram para seus filhos crescerem. 3% responderam quase sempre e 3% às vezes. 77 Tabela 21 – Sou voluntário em atividades de cunho social Opções de Respostas Quantidade Nunca 19 Às vezes 17 Quase sempre 3 Sempre 2 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa Porcentagem 47% 41% 7% 5% 100% 5% 7% Nunca 47% Às vezes Quase sempre 41% Sempre Figura 25 – Sou voluntário em atividades de cunho social Fonte: Dados da pesquisa Na avaliação “Sou voluntário em atividades de cunho social”, conforme demonstrado na figura 25, 47% responderam que nunca foram voluntários, 41% às vezes, 7% quase sempre e apenas 5% dos eletricistas responderam que sempre são voluntários em atividade de cunho social. O resultado indica que a participação dos eletricistas no trabalho voluntariado ainda é muito pequena. 78 Tabela 22 – Contribuo com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalho Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 11 27% Às vezes 21 51% Quase sempre 6 15% Sempre 3 7% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 7% 27% 15% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 51% Figura 26 – Contribuo com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalho Fonte: Dados da pesquisa A figura 26 apresenta o resultado da questão: “Contribuo com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalho”. 27% dos respondentes disseram que nunca contribuem com as organizações comunitárias, 51% disseram que às vezes contribuem, 15% quase sempre e 7% disseram sempre contribuir com as organizações da comunidade. 79 Tabela 23 – Me preocupo com a ecologia e com o que deixarei para a próxima geração Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 10 24% Quase sempre 14 34% Sempre 17 42% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 24% 42% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 34% Figura 27 – Me preocupo com a ecologia e com o que deixarei para a próxima geração Fonte: Dados da pesquisa A preocupação com a ecologia e com o que deixarei para a próxima geração, está sendo analisado na figura 27. O gráfico indica que 24% disseram que às vezes se preocupam, 34% responderam que quase sempre se preocupam e 42% dos consultados disseram que sempre se preocupam com a ecologia e com o que deixarão para a próxima geração. 80 Tabela 24 – Sinto que com o passar do tempo aumenta a minha sensibilidade referente aos meus direitos e obrigações como cidadão Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 0 0% Às vezes 6 15% Quase sempre 17 41% Sempre 18 44% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% 15% Nunca 44% Às vezes Quase sempre Sempre 41% Figura 28 – Sinto que com o passar do tempo aumenta a minha sensibilidade referente aos meus direitos e obrigações como cidadão Fonte: Dados da pesquisa O resultado da pergunta “Sinto que com o passar do tempo aumenta a minha sensibilidade referente aos meus direitos e obrigações como cidadão” está representado na figura 28. 15% responderam às vezes, 41% responderam quase sempre e 44% responderam sempre. 81 4.5 Saúde Tabela 25 – Sinto algum sintoma resultante de stress Opções de Respostas Quantidade Nunca 11 Às vezes 26 Quase sempre 4 Sempre 0 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa 10% Porcentagem 27% 63% 10% 0% 100% 0% 27% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 63% Figura 29 – Sinto algum sintoma resultante de stress Fonte: Dados da pesquisa A existência do sintoma resultante do stress é o tema abordado na figura 29. 27% dos entrevistados responderam que nunca sentiram algum sintoma de stress, 63% disseram que às vezes sentem, e 10% disseram que quase sempre sentem o sintoma resultante do stress. 82 Tabela 26 – Pratico regularmente uma atividade física Opções de Respostas Quantidade Nunca 6 Às vezes 15 Quase sempre 9 Sempre 11 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa 27% Porcentagem 15% 36% 22% 27% 100% 15% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 22% 36% Figura 30 – Pratico regularmente uma atividade física Fonte: Dados da pesquisa É de conhecimento público que praticar regularmente uma atividade física contribui consideravelmente na qualidade de vida das pessoas. Este é o tema abordado na figura 30. De acordo com a demonstração gráfica, 15% afirmaram nunca praticar uma atividade física com regularidade, 36% afirmaram que às vezes praticam, 22% quase sempre e 27% disseram que sempre praticam atividade física regularmente. 83 Tabela 27 – Disponho de tempo para fazer uma atividade de lazer Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 1 2% Às vezes 21 52% Quase sempre 18 44% Sempre 1 2% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% 2% Nunca 44% Às vezes Quase sempre 52% Sempre Figura 31 – Disponho de tempo para fazer uma atividade de lazer Fonte: Dados da pesquisa O lazer também é considerado indispensável para uma boa qualidade de vida. Ao serem perguntados “Disponho de tempo para fazer uma atividade de lazer” 2% disseram que nunca dispõem de tempo para o lazer, 52% responderam às vezes, 44% quase sempre e 2% disseram que sempre dispõem de tempo para o lazer. 84 Tabela 28 – A saúde, o meu futuro e o envelhecimento são motivos de preocupação para mim Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Nunca 4 10% Às vezes 17 41% Quase sempre 9 22% Sempre 11 27% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 27% 10% Nunca Às vezes Quase sempre Sempre 22% 41% Figura 32 – A saúde, o meu futuro e o envelhecimento são motivos de preocupação para mim Fonte: Dados da pesquisa Os temas sobre a saúde, o futuro e o envelhecimento foram abordados pela seguinte pergunta retratados pela figura 32: “A saúde, o meu futuro e o envelhecimento são motivos de preocupação para mim”. 10% dos funcionários pesquisados responderam nunca se preocuparem, 41% às vezes se preocupam, 22% quase sempre se preocupam e 27% revelaram que a saúde, o futuro e o envelhecimento sempre são motivos de preocupação. 85 4.7 Conhecimentos mínimos para exercer a função de eletricista Nível I e Eletricista Nível II Neste bloco de perguntas os entrevistados foram questionados em relação do que eles consideram como conhecimento mínimo exigido para exercer a função de Eletricista Nível I e Eletricista Nível II. Conforme o Anexo I, na NR 10 – Norma de Requisitos para qualificação e certificação de eletricistas, ela relata os quesitos necessários para poder exercer a função nos dois níveis. Tabela 29 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível I Escolaridade Quantidade Porcentagem 1º Grau 16 39% 2º Grau 25 61% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 39% 1º Grau 2º Grau 61% Figura 33 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa De acordo com a NR10 (anexo I), a escolaridade mínima exigida para exercer a função de eletricista nível I é o 1º Grau Completo. Na figura 33, o gráfico demonstra que 61% dos entrevistados entendem que a escolaridade mínima exigida para exercer a função de eletricista nível I é o 2º grau, enquanto que 39% acreditam que o 1º grau é o suficiente. 86 Tabela 30 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível II Escolaridade Quantidade Porcentagem 1º Grau 2 5% 2º Grau 39 95% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 5% 1º Grau 2º Grau 95% Figura 34 – Escolaridade mínima exigida para exercer a função de Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Para exercer a função de eletricista nível II a NR10 (anexo I) exige escolaridade mínima de 2º Grau Completo. O gráfico da figura acima demonstra que 95% dos entrevistados entendem que a escolaridade mínima exigida para exercer a função de eletricista nível II é o 2º grau, enquanto que 5% acreditam que o 1º grau é o suficiente. A partir destes resultados, podemos perceber que a maioria dos entrevistados está bem consciente sobre a importância do estudo para exercer a sua função. 87 Tabela 31 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível I Experiência Quantidade Porcentagem 04 anos 4 10% 03 anos 3 7% 02 anos 14 34% 01 ano 20 49% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 10% 7% 04 anos 49% 03 anos 02 anos 01 ano 34% Figura 35 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Conforme a NR10 (Anexo I), o eletricista nível I deve ter a experiência de, no mínimo, 2 anos de trabalho. Dos 41 entrevistados 49% responderam que a experiência mínima deve ser de 01 ano, 34% responderam 02 anos, 10% responderam 04 anos e 7% responderam 03 anos. 88 Tabela 32 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível II Experiência Quantidade Porcentagem 04 anos 10 24% 03 anos 9 22% 02 anos 13 32% 01 ano 9 22% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 22% 24% 04 anos 03 anos 02 anos 01 ano 32% 22% Figura 36 – Experiência para exercer a função de Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa De acordo com a NR10 (Anexo I), o eletricista nível II deve ter a experiência de, no mínimo, 3 anos de trabalho. Na figura acima verificamos que 32% dos entrevistados responderam 2 anos, 24% responderam 4 anos, 22% responderam 3 e 22% responderam 1 ano. Percebe-se, a partir destes resultados, que há uma divisão de opiniões dos entrevistados sobre a questão da experiência no trabalho. 89 Tabela 33 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 40 98% Não 1 2% Valor total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% Sim Não 98% Figura 37 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Para exercer a função de eletricista nível I e nível II a NR10 (Anexo I) determina que em ambas as funções deve-se ter o conhecimento dos procedimentos de segurança e higiene do trabalho. Quando questionados sobre o assunto, a maioria dos entrevistados, 98%, respondeu SIM, e apenas 2% responderam NÃO. 90 Tabela 34 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 41 100% Não 0 0% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% Sim Não 100% Figura 38 – Procedimentos de segurança e higiene do trabalho para exercer a função de Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Todos os entrevistados, conforme a figura 38 concordam que para exercer a função de eletricista nível II deve-se ter o conhecimento sobre os procedimentos de segurança e higiene do trabalho. 91 Tabela 35 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 35 85% Não 6 15% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 15% Sim Não 85% Figura 39 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Acerca do item “noções básicas de metrologia”, 85% dos entrevistados assinalaram SIM: é necessário que o eletricista nível I tenha conhecimento sobre o assunto, enquanto que 15% assinalaram que NÃO. 92 Tabela 36 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 33 80% Não 8 20% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 20% Sim Não 80% Figura 40 – Noções básicas de metrologia para exercer a função de Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Na figura acima, o gráfico indica que 80% dos entrevistados acreditam que é preciso ter conhecimento de noções básicas de metrologia para exercer a função de eletricista nível II; e apenas 20% julgam esse conhecimento desnecessário, assinalando NÃO. 93 Tabela 37 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 36 88% Não 5 12% Valor total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 12% Sim Não 88% Figura 41 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Com relação ao item “noções básicas de metrologia elétrica”, 88% dos entrevistados assinalaram SIM. A grande maioria, portanto, entende que o eletricista nível I precisa conhecer essas noções básicas de metrologia elétrica. 12% consideram desnecessário, assinalando NÃO. 94 Tabela 38 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 37 90% Não 4 10% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 10% Sim Não 90% Figura 42 – Noções básicas de metrologia elétrica para exercer a função de Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Perguntados sobre “noções básicas de metrologia elétrica”, 90% dos entrevistados assinalaram SIM: o eletricista nível II precisa conhecer essas noções. 10% assinalaram NÃO, julgando desnecessário esse conhecimento para o nível referido. 95 Tabela 39 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 39 95% Não 2 5% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 5% Sim Não 95% Figura 43 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa A NR 10 (Anexo I) determina que, tanto o eletricista nível I quanto o eletricista nível II, devem identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios por eles utilizados. A figura acima nos mostra que a quase totalidade, 95% dos entrevistados, tem consciência dessa exigência, assinalando SIM; e apenas 5% acreditam que não há necessidade deste conhecimento, assinalando NÃO. 96 Tabela 40 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 41 100% Não 0 0% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 0% Sim Não 100% Figura 44 – Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa 100% dos entrevistados assinalaram SIM ao item “identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios”, no que se refere ao eletricista nível II, conforme figura acima. 97 Tabela 41 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 37 90% Não 4 10% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 10% Sim Não 90% Figura 45 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Na figura acima, o gráfico revela que, acerca do item “identificar e conhecer características e sistemas elétricos usados em B.T.”, 90% dos entrevistados entendem que o eletricista nível I precisa desse conhecimento; e 10%, os que assinalaram NÃO, não vêem tal necessidade. 98 Tabela 42 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 38 93% Não 3 7% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 7% Sim Não 93% Figura 46 – Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T. – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa De acordo com a figura acima, uma boa parte dos entrevistados, 93%, assinalaram SIM, considerando como conhecimento mínimo para exercer a função de eletricista nível II o item “identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos usados em B.T.”. Uma pequena parcela, 7%, assinalou NÃO, desconsiderando tal conhecimento. 99 Tabela 43 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 35 85% Não 6 15% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 15% Sim Não 85% Figura 47 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Perguntados sobre “identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T.”, 85% dos entrevistados assinalaram SIM, considerando esse item um conhecimento mínimo para o eletricista nível I exercer sua função. E 15% assinalaram NÃO, julgando desnecessário esse conhecimento para o nível de eletricista citado. 100 Tabela 44 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 39 95% Não 2 5% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 5% Sim Não 95% Figura 48 – Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Conforme a figura acima, a maioria dos entrevistados, 95%, assinalaram SIM no que se refere ao conhecimento mínimo que o eletricista nível II deve ter sobre o item “Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T.”. Apenas 5% assinalaram NÃO: desconsiderando este conhecimento. 101 Tabela 45 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 31 76% Não 10 24% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 24% S im Não 76% Figura 49 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Com relação ao item “leitura e interpretação de desenhos”, dos 41 entrevistados, 76% assinalaram SIM: o eletricista nível deve saber ler e interpretar desenhos; e 24% assinalaram NÃO. 102 Tabela 46 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 38 93% Não 3 7% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 7% Sim Não 93% Figura 50 – Leitura e interpretação de desenhos – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa A grande maioria dos entrevistados, 93%, como mostra a figura, considera conhecimento mínimo para o eletricista nível II o item “leitura e interpretação de desenhos”; e apenas 7% assinalaram NÃO. 103 Tabela 47 – Eletrotécnica – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Sim 24 Não 17 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa Porcentagem 59% 41% 100% 41% Sim Não 59% Figura 51 – Eletrotécnica – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Na figura 51, verifica-se que dos 41 entrevistados, quando questionados sobre noções de eletrotécnica como conhecimento mínimo para exercer a função de eletricista nível I, 59% assinalaram que SIM, que consideram que é preciso este conhecimento e 41% assinalaram que NÃO. Conforme a NR 10 (Anexo I), conhecimentos de eletrotécnica são indispensáveis para exercer a função. 104 Tabela 48 – Eletrotécnica – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Sim 38 Não 3 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa Porcentagem 93% 7% 100% 7% Sim Não 93% Figura 52 – Eletrotécnica – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Conforme a NR 10 (Anexo I), tanto para exercer a função de eletricista nível I como o Nível II, é indispensável o conhecimento de eletrotécnica. Na figura 52, o gráfico nos indica que a maioria dos entrevistados assinalaram que SIM, que é necessário este conhecimento, enquanto que 7% assinalaram que NÃO. 105 Tabela 49 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 34 83% Não 7 17% Valor total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 17% Sim Não 83% Figura 53 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Na questão “montagem de equipamentos, componentes e acessórios” obtivemos o resultado representado pela figura 53. O gráfico demonstra que dos 41 entrevistados 83% responderam que SIM, que este conhecimento é exigido para exercer a função de eletricista no nível I e 17 responderam que NÃO. 106 Tabela 50 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 40 98% Não 1 2% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 2% Sim Não 98% Figura 54 – Montagem de equipamentos, componentes e acessórios – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Nota-se na figura 54, que os entrevistados na sua maioria, 98%, assinalaram que SIM, quando questionados sobre o conhecimento para exercer a função de eletricista no nível I, enquanto a minoria, apenas 2%, respondeu NÃO ser necessário este conhecimento. 107 Tabela 51 – Instalação de circuitos – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Sim 31 Não 10 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa Porcentagem 76% 24% 100% 24% Sim Não 76% Figura 55 – Instalação de circuitos – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Os entrevistados quando questionados sobre o conhecimento “instalação de circuitos”, sendo conhecimento mínimo exigido para exercer a função de eletricista nível I, 76% responderam que SIM enquanto que 24% que NÃO, achando não ser necessário este conhecimento. 108 Tabela 52 – Instalação de circuitos – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Sim 39 Não 2 Total 41 Fonte: Dados da pesquisa Porcentagem 95% 5% 100% 5% Sim Não 95% Figura 56 – Instalação de circuitos - Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa Na figura 56, o gráfico apresenta o resultado da questão sobre o conhecimento “instalação de circuitos”. Dos entrevistados a maioria, 95%, responderam que SIM, que acham o conhecimento necessário, enquanto que 5% responderam que NÃO. 109 Tabela 53 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 26 63% Não 15 37% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 37% Sim Não 63% Figura 57 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Na figura 57, temos o resultado da pergunta referente o conhecimento “manutenção/reparo de equipamentos e componentes”. O mesmo retrata que 63% dos entrevistados responderam SIM, ser necessário o conhecimento para exercer a função de eletricista nível I, enquanto que 37% responderam que NÃO. Conforme a NR 10 (Anexo I), este conhecimento é necessário para exercer a função de eletricista no nível I e no nível II. 110 Tabela 54 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 39 95% Não 2 5% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 5% Sim Não 95% Figura 58 – Manutenção/reparo de equipamentos e componentes – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa 95% dos entrevistados assinalaram que SIM, quando questionados sobre “manutenção/reparo de equipamentos e componentes”, considerando ser conhecimento necessário para exercer a função de eletricistas nível I. Uma pequena parcela, 2%, responderam NÃO a pergunta, isto representado na figura 58 através do gráfico. 111 Tabela 55 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível I Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 27 66% Não 14 34% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 34% Sim Não 66% Figura 59 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível I Fonte: Dados da pesquisa Os entrevistados quando questionados quanto “identificação, diagnose e correção de condições anormais”, em ser um conhecimento mínimo exigido para exercer a função de eletricista nível I, 66% responderam que SIM, acreditam ser necessário, enquanto que 34% responderam que NÃO, achando não ser necessário este conhecimento. 112 Tabela 56 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível II Opções de Respostas Quantidade Porcentagem Sim 38 93% Não 3 7% Total 41 100% Fonte: Dados da pesquisa 7% Sim Não 93% Figura 60 – Identificação, diagnose e correção de condições anormais – Eletricista Nível II Fonte: Dados da pesquisa A figura 60, através do gráfico indica que a maioria, 93%, dos entrevistados responderam que SIM, ter conhecimento de “identificação, diagnose e correção de condições anormais”, é exigido para exercer a função de eletricista nível II, enquanto que 7% responderam que NÃO. Este é o único quesito dos conhecimentos que segundo a NR 10 (Anexo I), é somente exigido para a função de eletricista no Nível II. 113 5 CONCLUSÃO A vida profissional de milhões e milhões de trabalhadores foram decididas no passado através de referenciais usados na época, como: traços de personalidade e caráter, habilidades, aptidões, inteligência e vocação. Ter competência é fundamental para o bom desempenho de pessoas e organizações que têm por objetivo aumentar a competitividade dos negócios, uma das condições para a empresa se manter no mercado de trabalho. As competências e habilidades são inseparáveis da ação. As habilidades estão associadas ao saber fazer. É uma característica de potencial humano que favorece realizações pessoais, uma vez que o profissional pode ter habilidades, mas não ser competente para tal ação. O presente estudo possibilitou estudar as habilidades e competências exigidas para atuar nas funções de eletricistas no nível I e nível II. Com a aplicação do questionário foi possível analisar a visão dos pesquisados sobre as características da atuação profissional e pessoal. O resultado da pesquisa quanto às características da atuação profissional atual, demonstra que quando o ser humano é valorizado sente prazer pelo que faz, desempenha sua função com maior dedicação e colabora com o ambiente de trabalho. Na visão dos entrevistados o grau de responsabilidade pessoal pelo trabalho é alto e vêem o trabalho que executam como algo muito significativo. A maioria aproveita as oportunidades de desenvolvimento profissional. No entanto, um bom percentual assinala que às vezes a sua atividade parece de pouca utilidade e que não sentem mérito e recompensa na realização do trabalho. Quanto ao ambiente de trabalho, os entrevistados reconhecem que têm oportunidade de repassar conhecimentos sobre a tarefa que executam aos colegas mais novos. A grande maioria vislumbra a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho, demonstrando ser receptivos a novos conhecimentos e aproveitando as oportunidades para melhorarem de alguma forma seu desenvolvimento profissional. Outro percentual considerado positivo no grupo é a motivação para ampliar as competências. Os dados indicam uma boa participação dos mesmos nas decisões no que se refere o trabalho que executam. Também positivo, é a capacidade de assimilar mudanças, tanto na vida pessoal quanto no 114 trabalho. Na estrutura familiar, pode-se verificar que a maioria dos entrevistados tem um relacionamento familiar com laços fortalecidos. O empregado precisa de dois apoios básicos para o desenvolvimento total de suas capacidades: a empresa e a família. Na pesquisa o grupo apresenta um bom percentual em relação à contribuição com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalha. As atividades comunitárias desenvolvem o sentido democrático das pessoas, e atuam como um incentivo para melhorarem cada vez mais a si mesmos e, ao mesmo tempo, a sua coletividade. Também assinalam preocupação coma a ecologia, fundamentada nas necessidades das próximas gerações e o aumento da sensibilidade referente seus direitos e obrigações como cidadão. No entanto, a participação desses empregados em atividades de cunho social é baixa. A saúde do grupo apresenta-se com poucos sintomas de stress, porém o grupo está bem dividido em relação ás atividades físicas que contribuem para um bem estar físico e mental, não sendo hábitos regulares para 51%, como também 54% não reservam tempo para atividades de lazer. Considerando que dos entrevistados 27% responderam sempre estar preocupados com a saúde, futuro e envelhecimento, temos o mesmo percentual de entrevistados na faixa etária entre 40 a 45 anos, e que nessa idade o período pré-aposentadoria traz certa inquietude, forçando assim o indivíduo a pensar na nova etapa de sua vida. Na pesquisa sobre os conhecimentos mínimos para exercer a função de eletricista nível I e nível II, tomou-se por base os requisitos constantes na NR 10 – Norma de Requisitos para qualificação e certificação de eletricistas (Anexo 1). Todos os conhecimentos mínimos questionados são exigidos tanto para exercer a função de eletricista nível I como o nível II, salvo o último conhecimento relacionado à identificação, diagnose e correção de condições anormais, exigido somente para o nível II. Na verificação dos gráficos, notou-se que, quando a pergunta era remetida ao eletricista nível I, nem sempre os entrevistados assinalavam o conhecimento como sendo exigido para a função, mas quando era remetido ao eletricista nível II, a maioria assinalava o conhecimento, mostrando assim, acharem que, como o eletricista nível II tem um grau um pouco mais elevado de estudo, só competia a ele tais conhecimentos. 115 A escolaridade dos entrevistados está satisfatória, uma vez que 83% dos pesquisados tem 1º Grau completo, exigência para atuar como eletricista do nível I, mas falta o conhecimento técnico. Existe assim a necessidade na formação em eletrotécnica. Diante disto, apresentamos um programa de ações e treinamentos dos níveis técnicos para suprir as carências de conhecimentos, como: • Conhecimentos técnicos gerais: formação em eletrotécnica; conhecimentos básicos em metrologia elétrica e metrologia básica; leitura e interpretação de desenhos elétricos; identificação das características e utilização das ferramentas e acessórios; identificação das características de equipamentos, sistemas elétricos, materiais e dispositivos usados em B.T. (baixa tensão); instrumentação elétrica; manutenção periódica e limpeza em equipamentos elétricos. • Conhecimentos técnicos específicos: embasamento teórico e prático para a função; montagem de equipamentos, componentes e acessórios; instalação de circuitos, limpeza dos equipamentos elétricos com critérios. • Competências/habilidades pessoais: personalidade (autoconfiança, disciplina), aptidões intelectuais (agilidade, percepção, criatividade e raciocínio lógico, mecânico e numérico), habilidades pessoais (atenção, compreensão, comunicação, flexibilidade, iniciativa e relacionamento interpessoal). Diante do exposto, propõem-se algumas sugestões: • Novas contratações – orientar-se pela NR 10 – Normas e Requisitos para qualificação de eletricistas (Anexo I). • Plano de carreira – levar em consideração a prática do recrutamento interno, recompensando o funcionário que apresenta capacidade para o preenchimento de um novo cargo, valorizando os colaboradores que atuam na empresa e atendam aos requisitos pré-estabelecidos. • Responsabilidade social – criação de equipe de responsabilidade social, visando à participação dos funcionários em atividade de cunho social. • Educação continuada – incentivar os colaboradores retornarem a estudar e concluir o estudo fundamental dando seqüência com os conhecimentos técnicos. • Programas de ginástica laboral – incentivo a prática de exercícios. Considera-se que com a implementação destas ações, o profissional sinta-se valorizado e estimulado para ampliar suas habilidades e competências. 116 REFERÊNCIAS BROW, J.A.C. A psicologia social da indústria. São Paulo: Atlas, 1972. BERGAMINI, Cecília Whitaker & BERALDO, Deobel Garcial Ramos. Avaliação de desempenho humano na empresa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1988. CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos: fundamentos básicos. São Paulo: Atlas, 1999. ____________, Idalberto. Administração – Teoria, Processo e Prática. 3. ed. São Paulo: Pearson Educatin do Brasil, 2000. ____________, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. ____________, Idalberto. Recursos Humanos – O organizações. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2004. capital humano das COMPETÊNCIAS e Habilidades. Disponível em www.centrorefeducacional.com.br. Visitado em 16/08/06 DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3ª ed. São Paulo: Makron Boocks, 2001. ENGENHARIA Elétrica. Disponível em www.unesp.br/guia. Visitado em 16/08/06. FEDERAÇÃO das Cooperativas de Eletrificação Rural de Santa Catarina. Disponível em www.fecoerusc.org.br. Visitado em 27/10/06. GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. GRAMIGNA, Maria Rita. Equipes Fortalecidas, Empresas Imbatíveis. Revista Tendências do trabalho. Outubro 2006, 386 ed. GREEN, Paul. Desenvolvendo Competências Consistentes: como vincular sistemas de recursos humanos a estratégias organizacionais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. LUZ, Ricardo. Gestão do Clima Organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. MERCADO de energia. Disponível em www.neoenergia.com. Visitado em 19/10/06. MOSCOVI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal: treinamento em grupo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996. 117 NERI, Aguinaldo A. Gestão de RH por Competências e a Empregabilidade. Campinas, SP: Papirus, 1999. O CAMINHO da Energia até o Consumidor. www.tractebelenergia.com.br. Visitado em 17/10/06 Disponível em O ENGENHEIRO Eletricista . Disponível em www.milenio.com.br. Visitado em 16/08/06 PROFISSÃO Eletricista. Disponível em www.globo.com/sptv. Visitado em 28/06/06. RAMO Infra Estrutura. Disponível em www.brasilcooperativo.com.br. Visitado em 20/10/06 RESENDE, Enio. A Força e o Poder das Competências: conecta e integra: competências essenciais, competências das pessoas, competências de gestão, competências organizacionais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. ________, Enio. Remuneração e carreira baseadas em competências e habilidades. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. ________, Enio. O Livro das Competências – desenvolvimentos das competências: a melhor auto-ajuda para pessoas, organizações e sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. SETOR Elétrico Tradicional. Disponível em www.cpfl.com.br. Visitado em 19/10/06. SOUZA, Maria Hugue. Avaliação de competências: Estudo na Maturidade Profissional dos Eletricistas da Divisão de Manutenção de Geradores da Itaipu Binacional. Dissertação de Mestrado. Florianópolis, 2002. SVEBY, Karl Erick. A Nova Riqueza das Organizações: gerenciando e avaliando patrimônios de conhecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998. VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 118 APÊNDICE 119 APÊNDICE I QUESTIONÁRIO Este questionário é para formulação da pesquisa da monografia de pós-graduação, para conclusão do curso de Especialização em Gestão Empresarial na Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, e tem como objetivo coletar informações sobre os eletricistas da Cooperativa Pioneira de Eletrificação, do município de Forquilhinha, para avaliação do perfil dos mesmos. Obrigada por responder. Nome: ________________________________________________________ Estado Civil: Casado Solteiro Idade: ______ Escolaridade: __________________________ Profissão: ____________________________________________________________________ 1. Características da atuação profissional Nunca Ás vezes Quase sempre Sempre Nunca Às vezes Quase sempre Sempre a) Minha opinião sobre mim mesmo melhora quando eu realizo um bom trabalho. b) A maioria das coisas que faço parece corriqueira e de pouca utilidade. c) O trabalho que executo é muito significativo para mim. d) Sinto um alto grau de responsabilidade pessoal pelo trabalho que executo. e) Com o meu trabalho, tenho possibilidades de crescimento pessoal e de desenvolvimento profissional. f) Tenho sentimento de mérito e recompensa na realização do meu trabalho. 2. Ambiente de trabalho a) Tenho oportunidade de repassar conhecimentos sobre a tarefa que executo aos colegas mais novos. b) Vislumbro a possibilidade de desenvolver novas habilidades e progredir na área que trabalho. c) Sou receptivo e disponível para absorver novos conhecimentos. 120 d) Nos últimos 12 meses tive oportunidade de melhorar de alguma forma as minhas habilidades profissionais. e) Aproveito as oportunidades de treinamento para melhorar as minhas habilidades em meu cargo atual. f) Consigo assimilar mudanças que estejam acontecendo ao meu redor, tanto no trabalho como na vida pessoal. g) Sinto que minha opinião é considerada nas decisões que me envolvem ou que envolvem o trabalho que executo. h) Sinto-me motivado pelo desejo de ampliar minhas capacidades e competências. 3. Estrutura familiar Nunca Às vezes Quase sempre Sempre Nunca Às vezes Quase sempre Sempre Nunca Às vezes Quase sempre Sempre a) Enfrento crises em meu casamento b) As datas de aniversário de meus filhos e esposa são comemoradas em família. c) O local onde a família passará as férias é escolhido por todos os membros da família. d) Orgulho-me do que fiz para meus filhos crescerem. 4. Relações sociais e comunitárias a) Sou voluntário em atividades de cunho social. b) Contribuo com outras organizações da comunidade além daquela para a qual trabalho. c) Me preocupo com a ecologia e com o que deixarei para a próxima geração. d) Sinto que com o passar do tempo aumenta a minha sensibilidade referente aos meus direitos e obrigações como cidadão. 5. Saúde a) Sinto algum sintoma resultante do stress. b) Pratico regularmente uma atividade física. c) Disponho de tempo para fazer uma atividade de lazer. d) A saúde, o meu futuro e o envelhecimento são motivos de preocupação para mim. 121 Assinale com X, o que você considera conhecimento mínimo para exercer a função de: Eletricista Nível 1 Eletricista Nível 2 Escolaridade: 1º Grau 2º Grau 1º Grau 2º Grau Experiência 04 anos 03 anos 02 anos 01 ano 04 anos 03 anos 02 anos 01 ano Conhecimentos Procedimentos de segurança e higiene do trabalho Noções básicas de metrologia Metrologia elétrica básica Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos utilizados em B.T. Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. Leitura e interpretação de desenhos Conhecimentos de eletrotécnica Montagem de equipamentos, componentes e acessórios Instalação de circuitos Manutenção/reparo de equipamentos e componentes Identificação, diagnose e correção de condições anormais Outros (especificar) Procedimentos de segurança e higiene do trabalho Noções básicas de metrologia Metrologia elétrica básica Identificar e conhecer as características e utilização das ferramentas e acessórios Identificar e conhecer características de equipamentos e sistemas elétricos utilizados em B.T. Identificar e conhecer características de materiais e dispositivos de aplicação utilizados em B.T. Leitura e interpretação de desenhos Conhecimentos de eletrotécnica Montagem de equipamentos, componentes e acessórios Instalação de circuitos Manutenção/reparo de equipamentos e componentes Identificação, diagnose e correção de condições anormais Outros (especificar) 122 ANEXOS 123 ANEXO I – NR 10 – NORMAS DE REQUISITOS PARA QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE ELETRICISTAS 1 OBJETIVO Esta norma fixa as condições exigíveis e a sistemática para a qualificação e certificação de executantes de serviços de manutenção na área de eletricidade e descreve as atribuições, dos níveis de qualificação estabelecidos. 2 APLICAÇÃO Esta norma aplica-se na qualificação e certificação de profissionais para execução de serviços de manutenção em sistemas, em instalações e em equipamentos elétricos. A abrangência desta Norma compreende as seguintes ocupações especializadas: Eletricista de manutenção básico (Nível I); Eletricista de manutenção de equipamentos e redes de energia elétrica (Nível II A); Eletricista de manutenção de força e controle (Nível II B); Eletricista de manutenção direcionado para reparo de equipamentos de alta tensão (Nível II C); Eletricista de manutenção direcionado para reparo de equipamentos de média e baixa tensão (Nível II D). Descrição das atribuições por nível: Eletricistas Nível I As atividades mais freqüentes neste nível: • Utilizar EPI’s e EPC’s, e seguir procedimentos e/ou normas de segurança, conforme o trabalho, responsabilizando-se pelos aspectos de segurança operacional, de ordem e de limpeza do local de trabalho. 124 • Executar medições de grandezas dimensionais, utilizando o sistema internacional de medidas (SI) e o sistema inglês. • Executar medições de grandezas elétricas, utilizando instrumentos analógicos e digitais. • Selecionar e utilizar adequadamente as ferramentas na execução dos serviços. • Identificar e utilizar adequadamente materiais e componentes de aplicação em eletricidade. • Ler e interpretar desenhos e diagramas elétricos. • Identificar condições anormais de funcionamento em: o Circuitos de iluminação, de força e de medição. o Circuitos de controle, de sinalização e de medição. o Dispositivos e equipamentos. • Auxiliar/executar serviços de montagem de componentes e acessórios para circuitos de medição, de luz, de força, de comando, de controle e de sinalização. • Auxiliar/executar serviços de instalação de circuitos de luz, de força, de comando, de controle, de sinalização. • Auxiliar/executar serviços de reparos em circuitos de luz, de força, de comando, de controle, de sinalização. • Auxiliar/executar serviços de manutenção e reparo em equipamentos e componentes elétricos. • Registrar as atividades de manutenção elétrica nos planos, nas ordens de serviços e nos relatórios de manutenção. Eletricista Nível II As atividades mais freqüentes neste nível são: • Utilizar EPI’s e EPC’s, e seguir procedimentos e/ou normas de segurança, conforme o trabalho, responsabilizando-se pelos aspectos de segurança operacional, de ordem e de limpeza do local de trabalho. • Executar medições de grandezas dimensionais, utilizando o sistema internacional de medidas (SI) e o sistema inglês. 125 • Executar medições de grandezas elétricas, utilizando instrumentos analógicos e digitais. • Selecionar e utilizar adequadamente as ferramentas na execução dos serviços. • Identificar e utilizar adequadamente materiais e componentes de aplicação em eletricidade. • Ler e interpretar desenhos e diagramas elétricos. • Identificar condições anormais de funcionamento em: o Circuitos de iluminação, de força e de medição. o Circuitos de controle, de sinalização e de medição. o Dispositivos e equipamentos. • Executar serviços de montagem de componentes e acessórios para circuitos de medição, de luz, de força, de comando, de controle e de sinalização. • Executar serviços de instalação de circuitos de luz, de força, de comando, de controle, de sinalização. • Executar serviços de reparos em circuitos de luz, de força, de comando, de controle, de sinalização. • Executar serviços de manutenção e reparo em equipamentos e componentes elétricos. • Registrar as atividades de manutenção elétrica nos planos, nas ordens de serviços e nos relatórios de manutenção. CRITÉRIOS DE QUALIFICAÇÃO Escolaridade e Experiência Profissional O candidato a exames de qualificação deve comprovar, mediante documentos, o atendimento aos requisitos mínimos de escolaridade e experiência profissional, definidas nos quadros: 126 Tempo mínimo de experiência para candidatos a Eletricista Nível I Ensino Fundamental Escolaridade Experiência 4ª Série do Ensino Ensino (1º Grau) Fundamental Fundamental Completo com (1º Grau) (1º Grau) curso Completo profissionalizante na área de elétrica ou ensino médio (2º grau) completo Auxiliar de 04 (quatro) anos 03 (três) anos 02 (dois) anos 03 (três) anos 02 (dois) anos 01 (um) ano eletricista Na função de eletricista Tempo mínimo de experiência para candidatos a Eletricista Nível II Nível fundamental (1º grau) Escolaridade Nível fundamental completo com curso completo (1º Grau) profissionalizante na área de elétrica Experiência ou nível médio (2º grau) completo Na função de eletricista 05 (cinco) anos ou 03 (três) anos de 03 (três) anos ou 02 (dois) anos de qualificação Nível I qualificação nível I Conhecimentos mínimos exigidos Para a função de Eletricista Nível I são exigidos, no mínimo, os seguintes conhecimentos: 127 a) Procedimentos de segurança e higiene do trabalho • Conhecimento de EPC’s; Identificação e uso adequado do EPI; Identificação e descrição de atos e condições inseguras; Noções básicas de combate a incêndio; Noções básicas de demarcação de segurança e de sinalização de transporte de carga; Preservação ambiental e Noções básicas de primeiros socorros. b) Metrologia – Noções básicas • Sitemas de unidades (métrico e inglês): Comprimento; Área; Volume; Massa; Pressão; Temperatura; Rotação; Torque; Tempo; Potência. • Conversão de unidades lineares: Métrico x Inglês e Inglês x Métrico • Instrumentos para medição e aferição: Régua graduada, Paquímetro, Esquadro, Manômetro, Tacômetro, Termômetro. c) Metrologia elétrica básica • Grandezas elétricas básicas: Volt, Ampére, Ohm, Watt • Conhecimentos dos seus múltiplos e submúltiplos: • Identificação dos aparelhos adequados a cada tipo de grandeza indicada no item “a”. • Operação dos aparelhos de medição: Volímetro; Amperímetro; Ohmímetro; Megger d) Identificar e conhecer as características e utilização das Ferramentas e Acessórios • Alicates para eletricista; Chaves de parafusos (fenda e Phillips, Aleen); Furadeira elétrica manual; Chaves de boca e estria; Chaves tipo soquete; Arco de serra; Ferro de solda; Brocas de aço rápido e vídia; Tarraxa para eletricista; Martelos; Torquímetros; Ferramenta de pólvora para fixação; Talhas; Tirfor; Densímetro; Alicate prensa terminal e Alicate rebitador. e) Identificar e conhecer características de Equipamentos e Sistemas Elétricos utilizados em BT (Baixa Tensão). • Máquinas elétricas rotativas; Transformadores em geral; Chaves seccionadoras; Disjuntores em geral; Pára-raios; Aterramentos; Quadros gerais de força; Quadro 128 de luz; Capacitores; Acumuladores de energia; Quadros de comando e controle; Redes de energia; Chaves de reversão; Chaves de transferência; Equipamentos de medição e Recarregador para acumulador de energia (bateria). f) Identificar e conhecer características de Materiais e Dispositivos de aplicação, utilizados em B.T. (baixa tensão) • Materiais isolantes; Materiais condutores; Conectores; Isolantes; Disjuntores; Reles de proteção; Teles temporizadores; Fusíveis; Contatores; Botoeiras; Terminais; Eletrodutos, eletrocalhas e acessórios e Lâmpadas, reatores e demais componentes dos circuitos de iluminação g) Leitura e interpretação de desenhos • Simbologia, segundo a ABNT; Leitura de escalas; Plantas baixas; Croquis (layout); Diagramas elétricos (unifilar e multifilar); Esquemas isométricos e Diagrama de fiação. h) Conhecimentos de Eletrotécnica, operando cálculos que envolvem • Tensão; Corrente; Resistência e Potência elétrica. i) Montagem de Equipamentos, Componentes e Acessórios • Montagem da rede de eletrodutos e eletrocalhas; Traçado e localização dos pontos ativos e de comando; Fixação de componentes, equipamentos e acessórios em alvenaria, em madeiras e em estruturas metálicas; Aberturas de roscas em eletrodutos; Montagem de calhas de lâmpadas fluorescentes e de dispositivos óticos para lâmpadas multivapores e Execução de cortes e curvas em eletrodutos. j) Instalação de circuitos • Técnicas de enfiação; Emendas de condutores de BT e Interligação de componentes, equipamentos e dispositivos. 129 l) Manutenção/Reparo de Equipamentos e Componentes • Troca de escovas, da mola e do porta-escovas em máquinas elétricas; Lubrificação de eixos, mancais e rolamentos e Substituição de componentes de chaves seccionadoras, contactores, disjuntores, relés e motores. Para a função de Eletricista Nível II são exigidos, no mínimo, os seguintes conhecimentos: a) Procedimentos de segurança e higiene do trabalho • Conhecimento de EPC’s; Identificação e uso adequado do EPI’s; Identificação e descrição de atos e condições inseguras; Noções básicas de combate a incêndio; Noções básicas de demarcação de segurança e de sinalização de transporte de carga; Preservação ambiental e Noções básicas de primeiros socorros. b) Metrologia – Noções básicas • Sistemas de unidades (métrico e inglês): Comprimento; Área; Volume; Massa; Pressão; Temperatura; Rotação; Torque; Tempo e Potência. • Conversão de unidades lineares: Métrico x Inglês e Inglês x Métrico. • Instrumentos para medição e aferição: Régua graduada; Paquímetro; Esquadro; Manômetro; Tacômetro; Termômetro e Micrômetro. c) Metrologia elétrica básica • Grandezas elétricas básicas: Volt; Ampére; Ohm e Watt. • Conhecimentos dos seus múltiplos e submúltiplos. • Identificação dos aparelhos adequados a cada tipo de grandeza indicada no item “a”. • Operação dos aparelhos de medição: Volímetro; Amperímetro; Ohmímetro e Megger. d) Identificar e conhecer as características e utilização das Ferramentas e Acessórios • Alicates para eletricista; Chaves de parafusos (fenda e Phillips, Aleen, etc...); Furadeira elétrica manual; Chaves de boca e estria; Chaves tipo soquete; Arco 130 de serra; Ferro de solda; Brocas de aço rápido e vídia; Tarraxa para eletricista; Martelos; Torquímetros; Ferramenta de pólvora para fixação; Talhas; Tirfor; Densímetro; Alicate prensa terminal; Alicate rebitador e Alicate prensa terminal. e) Identificar e conhecer características de Equipamentos e Sistemas Elétricos utilizados em BT (Baixa Tensão). • Máquinas elétricas rotativas; Transformadores em geral; Chaves seccionadoras; Disjuntores em geral; Pára-raios; Aterramentos; Quadros gerais de força; Quadro de luz; Capacitores; Acumuladores de energia; Quadros de comando e controle; Redes de energia; Chaves de reversão; Chaves de transferência; Equipamentos de medição (convencional e true RMS); Recarregador para acumulador de energia (bateria) e Retificador. f) Identificar e conhecer características de Materiais e Dispositivos de aplicação, utilizados em B.T. (baixa tensão) • Materiais isolantes; Materiais condutores; Conectores; Isolantes; Disjuntores; Reles de proteção; Teles temporizadores; Fusíveis; Contatores; Botoeiras; Terminais; Eletrodutos, eletrocalhas e acessórios e Lâmpadas, reatores e demais componentes dos circuitos de iluminação. g) Leitura e interpretação de desenhos • Nomenclatura de redes; Simbologia, segundo a ABNT; Leitura de escalas; Plantas baixas; Croquis (layout); Diagramas elétricos (unifilar e multifilar); Esquemas isométricos e Diagrama de fiação e esquemáticos. h) Montagem de Equipamentos, Componentes e Acessórios • Montagem da rede de eletrodutos e eletrocalhas; Traçado e localização dos pontos ativos e de comando; Montagem de calhas de lâmpadas fluorescentes e de dispositivos óticos para lâmpadas multivapores; Montagem de painéis e de comandos especiais e Execução de cortes e curvas em eletrodutos. 131 i) Instalação de circuitos • Técnicas de enfiação; Emendas de condutores de BT e Interligação de componentes, equipamentos e dispositivos. j) Manutenção/Reparo de Equipamentos e Componentes • Troca de escovas, da mola e do porta-escovas em máquinas elétricas; Lubrificação de eixos, mancais e rolamentos; Substituição de óleos isolantes de trafos de disjuntores e de chaves a óleo e Substituição de componentes de chaves seccionadoras, contactores, disjuntores, relés e motores. k) Identificação, diagnose e correção de condições anormais • Vazamentos; Sobrecarga em circuitos e equipamentos; Curto circuito; Subtensão e sobretensão; Falta em fase; Inversão de fase; Desequilíbrio entre fases; Falha de isolamento; Ruídos e/ou vibrações em equipamentos; Sobre aquecimento; Centelhamento; Desgaste de peças e componentes e Fixação de componentes, equipamentos e acessórios em alvenaria, em madeira e em estruturas metálicas. Conhecimentos específicos Os conhecimentos mínimos exigíveis, descritos anteriormente, são considerados comuns a todas as áreas de especialização (nível II). Além destes, em cada área de especialização, serão exigidos os seguintes conhecimentos específicos: • Princípios de funcionamento dos equipamentos abrangidos; Conhecimentos e execução dos procedimentos e normas de manuseio de acordo com a classe de tensão requerida; Execução de montagem e desmontagem dos conjuntos ou subconjuntos correlacionados a sua atribuição; Princípios básicos de isolamento e aterramento, visando a proteção humana e o bom funcionamento dos equipamentos e instalações e Princípios básicos de lubrificação, conhecendo a aplicação de óleos e graxas. Área de especialização 132 Nível II A – Eletricista de manutenção de equipamentos e redes de energia elétrica Compreende a manutenção de equipamentos e redes elétricas de aplicação geral, tais como: • Redes de transporte de energia elétrica e seus componentes em nível de transmissão, sub-transmissão, distribuição em C.A. e C.C.; Equipamentos de subestações abaixadoras, elevadoras e retificadoras, compreendendo: transformadores (de força, de medição e de proteção), disjuntores, chaves seccionadoras, filtros, capacitores e retificadores; Componentes de alimentação/distribuição, compreendendo: barramentos, isoladores, muflas, cablagem, sistema de aterramento, iluminação e serviços auxiliares em C.A. e C.C. e Operação dos aparelhos de medição, tais como: Detetor AT, pirômetro ótico, cosímetro, varímetro. Nível II B – Eletricista de manutenção de força e controle Compreende a manutenção nos seguintes sistemas: • Reguladores de tensão; Grupo de máquinas rotativas; Quadros de força em geral de média e baixa tensão; Quadros de comando e controle; Circuitos de iluminação, força, comando, controle, sinalização e medição; Sistemas de aterros em geral e Operação dos aparelhos de medição, tais como: pirômetro ótico, cosifímetro, varímetro. Nível II C – Eletricista de manutenção direcionados para Reparo de Equipamentos e Acessórios de AT. Compreende os serviços de desmontagem, reparo de equipamentos e acessórios: • Transformadores (de força, de medição e de proteção – DCP); Disjuntores; Chaves; Pára raios; Filtros; Reatores; Máquinas elétricas de grande porte; Religadores; Reguladores de tensão e Operação dos aparelhos de medição, tais como: pirômetro ótico, cosifímetro, varímetro, micro ohmímetro, cronômetro triplo, medidor de rigidez dielétrica de óleo. 133 Nível II D – Eletricista de manutenção direcionado para Reparo de Equipamentos de MT e BT. Compreende os serviços de desmontagem, reparo e montagem dos equipamentos e acessórios tais como: • Transformadores (de força, de medição e de proteção); Disjuntores; Reatores; Chaves seccionadoras; Capacitores; Contadores; Chaves em geral; Máquinas elétricas em geral (incluindo inspeção, seleção, montagem e desmontagem de rolamentos e sua lubrificação) e Reguladores de tensão. Capacitação física e orgânica Os requisitos mínimos físicos e orgânicos necessários para o desempenho das funções de eletricista nível I e II serão definidos por médico do trabalho e deverão seguir a legislação vigente.