NOTA TÉCNICA LANÇAMENTO DO PLANO DE AÇÕES SOCIAIS INTEGRADAS DE ENFRENTAMENTO AO CRACK Aspectos gerais: • O Governador Eduardo Campos lança em 25/maio o Plano de Ações Sociais Integradas de Enfrentamento ao Crack, um conjunto de ações já implantadas e de imediata implantação em 8 secretarias de Estado. O plano mostra o esforço do governo estadual em combater os problemas decorrentes do uso dessa droga, um fenômeno social recente, devastador e ainda pouco estudado nos meios acadêmicos. • O plano contém 18 temas principais, abrangendo 3 conjuntos de ações distintos: • Prevenção social e repressão qualificada • Proteção e tratamento • Inclusão sócio-produtiva • Além do lançamento do plano de enfrentamento, o governador assina decreto criando a Rede Estadual de Combate ao Crack, uma iniciativa com a finalidade de promover o intercâmbio de experiências e a articulação entre entidades governamentais e nãogovernamentais, de forma a integrar ações sobre a problemática das drogas. • A rede possibilitará a participação da sociedade civil e demais poderes constituídos, por meio de colaboradores, especialistas, Ministério Público, Poder Judiciário, Universidades, Escolas, meio empresarial, movimentos religiosos, meios de comunicação, conselhos de direitos e de políticas sociais, ONGs, prefeituras, escolas, etc. • O decreto institui um grupo de trabalho para apresentar no prazo de 90 dias um plano de enfrentamento às drogas, de forma geral, de 2010 a 2015, de longo prazo, com a participação da sociedade civil, outros poderes e outros entes federados. O decreto inclui ainda, um prazo de 180 dias, para que o CEPAD – Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas apresente uma proposta de política estadual, de forma regionalizada e com a participação da sociedade. • O conjunto de 18 temas que compõem o plano de enfrentamento ao crack, contém um investimento de mais de R$ 55 milhões ao ano, sendo R$ 15 milhões ainda em 2010. Essas ações integradas beneficiarão diretamente cerca de 17 mil usuários e dependentes ao mês, sendo quase 3.500 em regime de internação e acolhida em todas as regiões de desenvolvimento do Estado. Principais tópicos a serem destacados no Plano de Ações Sociais Integradas de Enfrentamento ao Crack: • Implantação de centros de referência regionais de acolhimento a usuários de crack, sendo 15 ligados à rede SUS (Saúde) e 16 ligados ao SUAS (Assistência Social), totalizando 31 1 centros em 21 municípios em todas as RD do Estado. Os centros de referência fazem os primeiros cuidados dos usuários e dependentes, como descanso, higiene e alimentação. • Criação de consultórios de rua ligados aos centros de referência para fazer a vigilância social e busca ativa de usuários para acolhida e tratamento. Os consultórios de rua e os centros de referência são acionados pela Central Vida Nova 0800 281 6093. • Ampliação dos espaços de internação e de acolhida: UNIDADE BENEFICIÁRIOS/MÊS CAUD – II 310 CAUD – C 480 Aluguel Social 1.600 Sistema de Proteção 500 Leitos de desintoxicação 264 Casas de Acolhimento Transitório 300 TOTAL 3.454 • Incentivo à rede municipal de atenção psicossocial (SUS), com a implantação de cofinanciamento estadual para: VALOR (R$/mês) MUNICÍPIOS BENEFICIADOS Linha de Cuidados para Álcool e Drogas (CAPS-I, CAPS-i, NASF, ESF) 10.000,00 35 CAPS-III (comorbidade) 10.000,00 15 Casas de Acolhimento Transitório 40.000,00 15 CAPS AD Regional 24h (para funcionar como centro de referência) 10.000,00 15 Consultório de rua 6.000,00 5 LINHA DE INCENTIVO • Ampliação do Sistema Estadual de Proteção à Pessoa, ligado à rede de Justiça e Direitos Humanos, para proteção especial ao dependente de crack ameaçado de morte, com a criação de mais 500 vagas, mediante notificação compulsória. • Campanha de esclarecimento e conscientização em larga escala. • Educação permanente e continuada para a prevenção do crack, utilizando os 249 Centros de Referência de Assistência Social do Estado – CRAS, as 18 mil equipes do Estratégia Saúde na Família – ESF, as equipes do PROERD, cursos específicos para o movimento religioso, para as escolas, para os conselhos de direitos e de políticas sociais e formando uma grande rede de voluntários no estado. 2 • Criação de sistema de mediação e conciliação de conflitos nas escolas estaduais, em parceria com o Poder Judiciário e Ministério Público, denominado Escola Legal. • Parceria com o meio acadêmico para realização do Mapa do Crack em Pernambuco, com a estimativa de usuários e dependentes em todo o estado, com pesquisa censitária. • Ações de repressão qualificada, debelando pontos de venda de drogas, descentralizando o sistema de inteligência da Polícia, ampliando o efetivo da corporação e realizando barreiras policiais nas fronteiras do estado. • Inclusão do Plano de Ações Sociais Integradas de Enfrentamento ao Crack no Pacto pela Vida, com a criação de uma câmara técnica específica para o tema, no sistema de monitoramento e gestão do Governo do Estado. 3