Amor Iracy Doyle (1911-1956) O que sinto, meu bem, não sei dizel-o. É uma tristeza sempre tão constante! Um vago mal-estar sempre distante, Impreciso...Tenho vergonha e trato de escondel-o. É recente o meu mal. Eu era alegre. Hoje sou triste, sem saber porque. È bom quem sabe porque soffre; só a magua vê. E em prantos a dilue. A dor é menos acre. Depois a grande dor é sempre muda Quero gritar não posso, que afficção! Quero chorar. O Deus que maldição! Não chego o pranto a nascer... A dor se escuda. Num riso sempre triste. Será amor, meu bem? Não sei dizel-o. É um grande mal: não sei d’onde que vem. Rio,7/9/29