UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS : UMA VISÃO ECONÔMICO-AMBIENTAL Aluno : Daniel da Rocha Amorim Orientador: Professor Celso Sanchez UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS : UMA VISÃO ECONÔMICO-AMBIENTAL Este trabalho tem como objetivo apresentar monografia de conclusão do Curso de Planejamento e Educação ambiental 2 Llklikmimijminyubhjjjk55 AGRADECIMENTOS Agradeço a meu amigo Marcelo Zeferino de Souza, pela ajuda prestada durante o trabalho de digitação e a meus familiares pela compreensão do tempo que permaneci concentrado na execução deste trabalho, longe deles . 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao Soberano Senhor, Jeová, que apesar das dificuldades que sempre passei na vida me permitiu chegar ao ponto de concluir uma pós-graduação, uma façanha para as pessoas pobres deste país. 4 RESUMO O Brasil produz hoje algo em torno das 240 mil toneladas de lixo por dia e o destino de 75% desses restos tidos como inúteis ou descartáveis ainda são os abomináveis lixões e aterros a céu aberto, apenas 1% é encaminhado para tratamento. É uma estatística muito pobre para um lixo avaliado como um dos mais ricos do mundo. As discussões sobre questões ambientais, inseridas no amplo conceito de “Desenvolvimento Sustentável”, ganham intensidade neste final de século, refletindo uma tendência irreversível para o próximo milênio. Diversos setores da sociedade passam a contribuir com propostas que tendem a se fundir, fazendo emergir novas posturas em vários segmentos agrupados, ao invés das iniciativas pulverizadas e perecíveis do passado. A reciclagem é a mola propulsora deste processo, pois o conceito abrange diversos aspectos técnicos, econômicos e sociais da relação homem e meio ambiente. Entender a importância da reciclagem é bom, mas saber praticá-la é o desafio maior. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação custo/benefício de um projeto de reciclagem bem gerenciado pode apresentar resultados positivos surpreendentes, e já é possível enumerar alguns casos. . Neste trabalho dedica-se atenção especial à reciclagem de resinas plásticas, material abundante, de grande consumo,poluidor extremo, sejam de origem industrial ou pós-consumo, visa-se dar sugestões com a publicação de seis artigos técnicos voltados aos problemas de processamento e aproveitamento,através de reciclagem desse tipo de material desse tipo de material. Neles são propostas soluções tanto para a caracterização das resinas recicladas como para os problemas reológicos típicos da sua plastificação; pesquisadores alemães propõem um projeto especial desenvolvido por especialistas da Universidade Técnica de Rosenheim, na Alemanha , há o exemplo das siderúrgicas japonesas,e através do trabalho , faz-se uma narrativa de fatos históricos, da situação da questão ambiental, aspectos econômicos e sobretudo sempre com alusão ao meio ambiente .Com isso, espera-se contribuir para a profissionalização e o aprimoramento 5 técnico desse setor que a cada dia cresce em número de empresas envolvidas e em importância econômica, o que pode ser observado com o aumento sempre crescente de processadores de resinas recicladas. Mais uma prova de que a reciclagem hoje é uma necessidade vital para empresas que se dedicam exclusivamente a ela ou para transformadores que empregam reciclados como parte de seus insumos. A presença dos plásticos é de vital importância, pois aumenta o rendimento da incineração de resíduos municipais; o calor pode ser recuperado em caldeira, utilizando o vapor para geração de energia elétrica e/ou aquecimento. Diversos testes em escala real na Europa comprovaram os bons resultados da co-combustão dos resíduos de plásticos com carvão, turfa e madeira tanto técnica e econômica como ambientalmente. A queima de plásticos em processos de reciclagem energética reduz o uso de combustíveis (economia de recursos naturais). A recuperação energética dos plásticos como combustível é uma alternativa de fácil e rápida implementação, especialmente se considerarmos: a) A disponibilidade de tecnologias limpas para queima de descartes sólidos; b) b) A possibilidade de co-processamento com outros combustíveis, por exemplo, para queima em fornos de cimento. A reciclagem energética é realizada em diversos países da Europa, EUA e Japão, pois utiliza equipamentos da mais alta tecnologia, cujos controles de emissão rigidamente seguros e controlados, sem riscos à saúde ou ao meio ambiente. (Ver anexos 15 ,16 ). A APME - Associação de Fabricantes de Plásticos na Europa, há vinte e cinco anos avalia o ciclo de vida dos plásticos, desde o consumo até a recuperação e a reciclagem do material em seu uso final. No Encontro anual, que reúne entidades do mundo todo, realizado em outubro de 2002, em Lisboa, foram conhecidos os resultados da última pesquisa realizada pela APME, relativa ao período de 2000/2001. O estudo revela que a reciclagem e outros métodos de recuperação de plásticos cresceram mais do que a demanda por plásticos, o que fez reduzir o total de lixo plástico descartado. A demanda por plásticos na Europa Ocidental cresceu em torno de 3%, o equivalente a quase 40 milhões toneladas, enquanto que a reciclagem mecânica, a reciclagem de combustível e a recuperação de energia, resultaram num crescimento de 11% em comparação aos anos anteriores. A análise do consumo e recuperação de plásticos na Europa também indica 6 que, apesar do aumento na demanda de plásticos, o lixo total dos materiais pós-uso permaneceu abaixo de 1% do lixo total, ou seja, em 19,5 milhões de toneladas. A recuperação e a reciclagem de plásticos permitiram que a Europa alcançasse um índice de 36%, diminuindo o total de plásticos perdidos em aterros, fator mais importante para reduzir os impactos do lixo no meio ambiente. ( ver anexo 17 ). Oito países recuperaram plásticos acima da metade do lixo plástico proveniente de embalagens: Holanda, Suíça, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Suécia, Áustria e Bélgica. Nesses países houve uma expansão do sistema de coleta seletiva, especialmente no sul da Europa, que contribuiu com 17% de todo o crescimento da reciclagem mecânica. A recuperação de energia foi outro sistema importante para a elevação dos índices dos países pesquisados. Com esse sistema desenvolveu-se uma segunda finalidade para 23% dos plásticos que se tornam inservíveis. Utilizados em substituição aos combustíveis fósseis, esses plásticos proporcionaram uma fonte segura de força e calor. A opção por esse sistema no tratamento dos resíduos é particularmente própria para misturas de diferentes tipos de plásticos, os quais não podem ser reciclados de forma eficiente. Na Dinamarca, onde se recicla quase que a totalidade dos plásticos - 83% - a recuperação de energia corresponde a 75%. Na Suíça, o sistema alcança 73%. A pesquisa também comprovou que a coleta seletiva está expandindo-se não apenas na Europa, mas também na Ásia. O estudo da APME cita, ainda, ações que favoreceram o aumento da recuperação de plásticos e a um custo menor, como um acordo voluntário entre a indústria e governo holandês. Na opinião do chefe do Centro Técnico Ambiental da APME, Neil Mayne, a pesquisa mostra a contribuição dos plásticos para os objetivos estabelecidos pelo desenvolvimento sustentável. “Os plásticos têm um papel importante na proteção ambiental por serem eficientes, tanto no uso de recursos naturais como na reciclagem. A elevação dos índices de reciclagem observada na pesquisa é uma clara demonstração deste fato”, Assim sendo acreditamos na contribuição deste trabalho,para demonstra que ao reciclagem de plásticos é atualmente um fator econômico-ambiental de vital importância. 7 METODOLOGIA Este trabalho baseou-se numa sólida pesquisa bibliográfica, através de um aprofundamento a nível mundial das atitudes tomadas pela sociedade, empresas, governos e organizações não-governamentais, no sentido de solucionar o problema da reciclagem de plásticos, enfatiza-se vários trabalhos de pesquisas bem sucedidas, no Brasil, Japão, Europa, principalmente Alemanha , onde observou-se estudos revolucionários neste campo ,aumentando em muito a possibilidade de reaproveitar os materiais plásticos. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO 1 11 CAPÍTULO 2 12 CAPÍTULO 3 19 CAPÍTULO 4 22 CAPÍTULO 5 27 CAPÍTULO 6 30 CAPÍTULO 7 48 CONCLUSÃO 50 BIBLIOGRAFIA 51 ANEXOS 52 ÍNDICE 58 FOLHA DE AVALIAÇÃO 61 9 Normalmente vista apenas como bandeira defendida pelos ecologistas a reciclagem de materiais plásticos é hoje vital para muitas empresas que se dedicam exclusivamente a ela ou que empregam os reciclados como parte da matéria-prima que processam. Daí pode-se deduzir que reciclar, além de uma questão ecológica , é também, uma necessidade econômica Tema recorrente na mídia, a reciclagem de materiais e, em especial, a de plásticos, está na ordem do dia, em uma época em que a preocupação com o meio ambiente a tomada de consciência quanto ao possível esgotamento de recursos naturais levam diversos segmentos industriais a replanejarem suas ações. No Brasil, em particular, a reciclagem é não só uma questão ecológica, pois já se revelou uma atividade econômica capaz de empregar uma mão-de-obra pouco qualificada e que, de outra forma, estaria engrossando as estatísticas de desemprego.O fortalecimento dessa atividade, porém, ainda esbarra em obstáculos como a dupla tributação e, principalmente, a dificuldade de identificação das resinas recicladas, que impossibilita o seu uso em aplicações potenciais nas quais é necessário o conhecimento preciso da constituição do material a ser usado. Enumeramos no decorrer do trabalho, muitos pontos significativos sobre atitudes tomadas pela sociedade de modo geral, na solução das dificuldades. Neste trabalho dedica-se atenção especial à reciclagem de resinas plásticas, sejam de origem industrial ou pós-consumo, visa-se dar sugestões com a publicação de seis artigos técnicos voltados aos problemas de processamento e aproveitamento,através de reciclagem desse tipo de material desse tipo de material. Neles são propostas soluções tanto para a caracterização das resinas recicladas como para os problemas reológicos típicos da sua plastificação; pesquisadores alemães propõem um projeto especial desenvolvido por especialistas da Universidade Técnica de 10 Rosenheim, na Alemanha , há o exemplo das siderúrgicas japonesas,e através do trabalho , faz-se uma narrativa de fatos históricos, da situação da questão ambiental, aspectos econômicos e sobretudo sempre com alusão ao meio ambiente. Com isso, espera-se contribuir para a profissionalização e o aprimoramento técnico desse setor que a cada dia cresce em número de empresas envolvidas e em importância econômica, o que pode ser observado com o aumento sempre crescente de processadores de resinas recicladas. Mais uma prova de que a reciclagem hoje é uma necessidade vital para empresas que se dedicam exclusivamente a ela ou para transformadores que empregam reciclados como parte de seus insumos. 1-O c i c l o d e v i d a d o s p l á s t i c o s A origem da palavra plástico vem do grego plastikós, que significa: adequado à moldagem. Plásticos são materiais formados pela união de grandes cadeias moleculares chamadas polímeros que, por sua vez, são formados por moléculas menores chamadas de monômeros. Os plásticos são produzidos através de um processo químico chamado de Polimerização, que proporciona a união química de monômeros para formar polímeros. Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos. Os naturais tais como: algodão, madeira, cabelos, chifre de boi, látex entre outros, são comuns em plantas e animais. Os sintéticos, tais como os plásticos, são obtidos pelo homem através de reações químicas. O tamanho e estrutura da molécula do polímero determinam as propriedades do material plástico. 1.1- M a t é r i a - p r i m a 11 A matéria-prima dos plásticos é o petróleo. Na realidade, o petróleo é formado por uma complexa mistura de compostos. Pelo fato destes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, é possível separá-los através de um processo conhecido como destilação ou craqueamento. A fração nafta é fornecida para as centrais petroquímicas, onde passa por uma série de processos, dando origem aos principais monômeros, como por exemplo, o eteno 1.2-Principais consumidores de petróleo É importante lembrar que apenas 4% da produção mundial de petróleo é usada para a obtenção dos plásticos, conforme mostrado a seguir: (Ver anexo 1) 1.3-Classificação dos Polímeros 1.3.1-Termoplásticos São plásticos que não sofrem alterações na sua estrutura química durante o aquecimento e que após o resfriamento podem ser novamente fundidos. Exemplos: prolipropileno - PP, polietileno de alta densidade - PEAD, polietileno de baixa densidade PEBD, polietileno tereftalato - PET, poliestireno - PS, policloreto de vinila PVC, etc 1.3.2-Termofixos São aqueles que não fundem com o aquecimento. Exemplos: resinas fenólicas, epoxi, poliuretanos, etc 1.4- Classificação dos descartes plásticos 1.4.1-Pós-industriais Os quais provêm principalmente de refugos de processos de produção e transformação, aparas, rebarbas, etc. 1.4.2-Pós-consumo Após descartados pelos consumidores, sendo a maioria provenientes de embalagens. 2-B i o d e g r a d a b i l i d a d e 12 2.1 Plásticos biodegradáveis: Porque fazê-los? Literalmente, ou decompondo a palavra em seus dois elementos, biodegradabilidade quer dizer a capacidade de um material ser degradado sob a ação de elementos vivos. A “degradação” (passagem de um estado de referência a um estado degradado) é uma modificação estrutural do material caracterizado por uma diminuição de suas qualidades e desempenho . Na realidade, além dos elementos vivos, é necessário levar em consideração o biótopo do conjunto (orgânico, mineral e climático) necessário para que a biodegradação ocorra. Biótopo é o meio complexo onde ocorrem as reações. Nele, devem ser considerados todos os parâmetros físicos (temperatura, pressão, ação mecânica dos ventos, chuva e neve, de alagamentos, ação da luz, ...), a composição química da água, do ar e do solo, além dos parâmetros biológicos (ação dos animais, vegetais e microorganismos). Todos os parâmetros são interdependentes. Por exemplo, os microorgamismos não podem estar ativos a não ser em condições físicas, químicas e biológicas bem particulares. A degradação também pode resultar da ação de parâmetros unicamente físicos (deformação, ruptura e modificação da estrutura cristalina sob a ação de pressões mecânicas ou da temperatura).Ela pode ainda resultar de uma reação química (modificação grande ou parcial da composição molecular sob a ação de agentes químicos ou minerais provenientes de organismos vivos). De forma mais complexa, ela pode ser resultado da combinação de todos esses parâmetros como, por exemplo, a degradação química resultante da ação física da luz. A biodegradação não é, portanto, resultado de uma simples ação de microorganismos, porque as condições nas quais eles atuam estão relacionadas com todas as características do meio. 2.2- As diferentes possibilidades de degradação dos polímeros Se considerarmos a problemática da eliminação dos resíduos sólidos, a simples perda das propriedades de um material, sem redução de sua massa, não possui grande interesse. A perda de massa deve ser quase total. 2.3- A Fotodegradação 13 Nesse fenômeno, o fator determinante da degradação é a ação da luz e, mais particularmente, dos raios ultravioleta. Todos os polímeros são sensíveis à luz em graus diferentes. Por esta razão, eles possuem aditivos para retardar esse efeito. Da mesma forma, eles podem conter aceleradores de fotodegradação que entram em ação assim que os retardadores sejam consumidos. As aplicações mais conhecidas são os filmes agrícolas fotodegradáveis para recobrimento do terreno em culturas rasteiras. O problema, nesses casos, é que somente a parte exposta à luz se degrada, ou seja, a parte enterrada fica intacta ou fracionada em pedaços, tornando difícil sua extração ao final da colheita. Por outro lado, isso acaba sendo somente uma fotofragmentação onde as macromoléculas não foram transformadas, mas sim cortadas pela fragilização dos aditivos. O resultado é um pó do plástico que estará presente em quantidade quase idêntica à massa de filme utilizada e essa se mistura ao solo cultivado ano após ano. Não há inconveniente para o meio ambiente pois esse processo de eliminação é assimilado, no entanto, não há qualquer vantagem ambiental. 2.4- A Quimiodegradação Somente esse modo de degradação é susceptível de modificar a estrutura física do material e de transformá-la em substâncias assimiláveis pelo meio natural. A maior parte do tempo, ele consiste em uma oxidação, uma digestão ou uma hidrólise, mais ou menos complexa. A depolimerização de uma poliamida (PA) ou de um polimetacrilato de metila (PMMA) conduz à transformação completa do polímero, seguindo uma reação química inversa à sua polimerização, em produtos que lembram os monômeros que os originaram, os quais poderiam vir a servir novamente à síntese do mesmo material. Esse é um dos processos de “reciclagem química” ou de “valorização das matériasprimas”. A biodegradação é uma das variedades da quimiodegradação. Os compostos quimicamente ativos (as enzimas, na maior parte do tempo) são, nesse caso, produzidos por parte dos microrganismos. Para os polímeros contendo partes biodegradáveis inseridas em suas cadeias macromoleculares, a reação pode ser apenas parcial. Obtemos, então, uma biofragmentação onde o resultado é similar àquele obtido na fotofragmentação. 14 A quimiodegradação também pode ser completa. Isso se passa, em geral, nos polímeros hidrolisáveis e que se decompõem, seja em CO2 e água (na presença de Oxigênio), seja em Metano (em meio anaeróbico). Os polímeros melhor adaptados a uma biodegradação completa são os polímeros naturais (celulose, amido, borracha natural, gelatinas,...) e os polímeros sintéticos que possuam estruturas próximas à essas 2.5 - Os polímeros sintéticos “ditos” biodegradáveis 2.5.1-Os polímeros não aromáticos Eles contém, em sua cadeia molecular, grupos químicos hidrolisáveis. Eles são, então, biofragmentáveis. Mas, salvo aqueles com cadeia molecular curta, as pequenas cadeias obtidas são diferentemente bioassimiláveis. As dificuldades e o tempo de fragmentação são dependentes da formulação. 2.5.2-Os polímeros aditivados com polímeros naturais A incorporação de um amido de milho altamente disperso em um polímero, servirá, essencialmente, para responder às preocupações de “eco-marketing” porque, apesar dos efeitos anunciados, a eficácia é praticamente nula. Somente uma pequena parte das partículas de amido estarão acessíveis à biodegradação. A maior parte do amido estará preso dentro da massa polimérica. 2.5.3-Os polímeros “enxertados” com polímeros naturais Eles contém, em proporções diversas, enxertos de amido na cadeia polimérica (em geral do tipo éster em cadeias curtas). Os ensaios de degradação se revelaram verdadeiramente decepcionantes. Os mais degradáveis apresentaram propriedades (permeabilidade, estabilidade à água) muito distantes daqueles outros materiais plásticos e muito mais próximos das do papel. 2.5.4- Os polímeros de síntese intrinsicamente biodegradáveis Eles apresentam, em intervalos muito curtos, os grupamentos hidrolisáveis do tipo éster: 15 A)-Poliglicóis e Polilactídeos Família dos produtos bioassimiláveis pelo organismo, utilizados na fabricação de fios cirúrgicos; B)-Policaprolactonas - Degradabilidade total mais lenta (mais de um ano); C)-Poli hidróxido butirato Síntese bioquímica dos copolímeros; D)-Poli hidróxido valerato Degradação aeróbica rápida, anaeróbica mais lenta. Podemos, então, agrupar os polímeros biodegradáveis em duas categorias: 2.6- Os verdadeiramente biodegradáveis Quase exclusivamente representados por polímeros naturais como a borracha natural, papel, papelão e a madeira. Se trata, no entanto, de polímeros com mercados de aplicação muito especializados. Em razão de seu preço mais elevado, eles não podem ser escolhidos, a não ser em casos muito particulares onde possam trazer características importantes e determinantes (pureza, rigidez, elasticidade, transparência, bioassimilabilidade,...) e que excede às obtidas com o uso do papel ou papelão. Por outro lado, as dezenas de milhões de toneladas de materiais plásticos consumidos a cada ano em todo o mundo servem justamente a aplicações nas quais são impostas características essenciais de segurança que tornam muito difícil o uso dos biodegradáveis (proteção de alimentos, construção, transportes, etc.). É, portanto, totalmente ilusório imaginar que os biodegradáveis podem vir a substituir os materiais plásticos não degradáveis na totalidade de suas aplicações. Conseqüentemente, os mercados tecnicamente acessíveis aos biodegradáveis serão aqueles ligados ao papel, papelão e madeira e, mesmo assim, onde tenham um preço competitivo. “As propriedades dos polímeros sintéticos biodegradáveis estão, geralmente, muito próximas da celulose, ou seja, que atende a um mercado muito distante dos materiais plásticos, e mais próximos das aplicações voltadas ao papel e papelão. “ 2.7- Os falsos biodegradáveis 16 Parcialmente degradáveis ou fragmentáveis, eles não apresentam, a não ser em raras exceções, função outra que não seja a exploração publicitária pseudo-ecológica. O cúmulo da exploração abusiva das pretendidas qualidades ecológicas se encontra em certas aplicações dos polímeros hidrosolúveis. Fora de seus usos específicos, é injustificada sua aplicação. Algumas vezes, eles são apresentados como tendo a propriedade de “desaparecer” na água sendo, assim, qualificados como biodegradáveis. É, portanto, uma qualificação imprópria. Esses produtos não são biodegradáveis, mas simplesmente solúveis. Eles não desaparecem, eles somente são colocados em solução na água e, mesmo esses produtos dissolvidos, são pouco ou nada biodegradáveis. Na realidade, a dissolução somente aumenta os teores de DQO - demanda química de oxigênio e DBO - demanda bioquímica de oxigênio, parâmetros essenciais na medição da poluição das águas. Esses produtos não são biodegradáveis, mas simplesmente solúveis A biodegradação como desperdício de um material nobre. A biodegradação não permite valorizar o material ao final de sua vida, a não ser uma fração muito pequena dos recursos utilizados. A digestão anaeróbica permitiria recuperar um pouco do metano, isso se coletado, mas os plásticos biodegradáveis reagem em meio aeróbico onde não há a formação de metano Já o composto obtido após a biodegradação teria uma qualidade muito ruim como fertilizante em razão da ausência dos oligo-elementos e dos compostos de azoto que encontramos normalmente nas biomassas. Já os materiais plásticos normais possuem múltiplos modos de valorização: reuso, reutilização, reciclagens mecânica, química e valorização energética. A re-introdução dos resíduos plásticos no ciclo de fabricação de um produto ou de uma energia permite obter redução dos recursos naturais não renováveis muito superior a qualquer coleta de metano proveniente da degradação dos biodegradáveis. Mesmo levando em consideração os conceitos do Desenvolvimento Sustentável, os processos de reutilização do plástico normal são incontestavelmente mais ecológicos que os da biodegradação. 17 A possibilidade do “mau exemplo” incentivando a poluição Os conceitos de biodegradabilidade e a propaganda enganosa, caso não explicados de forma correta, podem sugerir ao consumidor que ele pode abandonar os resíduos plásticos na natureza, uma vez que eles seriam reintegrados ao meio ambiente, da mesma forma que fazemos com as cascas de laranja. Em vez de reduzir o problema ambiental, ocorreria o contrário. É portanto, fundamental, mostrar que, mais ecológico seria o tratamento correto do plástico tradicional, uma vez que ele é estável e não polui o ar, a água nem o solo.. 2.8- Degradabilidade = Poluição A compostagem aeróbica dos plásticos degradáveis produz o gás carbônico, responsável pelo efeito estufa. O balanço desses gases não pode ser considerado nulo. Por outro lado, todo polímero deve conter aditivos complexos para que possam ser transformados. Quais são os produtos dessa degradação ? São eles nocivos ou bioacumuláveis ? Estas respostas são importantes pois a degradação dos materiais pode gerar efeitos negativos, diferentemente da degradação dos vegetais, por exemplo. 2.9- Biodegradáveis: o que fazer ? Nas aplicações onde estão acessíveis as características de degradabilidade, os materiais naturais satisfazem perfeitamente os requisitos necessários. Nos outros casos, há a necessidade de substituí-los pelos materiais sintéticos. Em razão de sua biodegradabilidade, os materiais naturais (papel, papelão, madeira e borracha) não podem satisfazer a todos os usos. É por esse motivo que é indispensável manter a disponibilidade de materiais não degradáveis. Ratificando o exposto, há aplicações específicas onde o uso de materiais biodegradáveis é justificada e necessária, caso dos fios cirúrgicos, por exemplo. Fora dessas aplicações, o uso dos materiais sintéticos vem trazendo enormes benefícios à sociedade há centenas de anos. O problema ambiental deve ser resolvido através da disposição correta desses materiais e coleta seletiva para seu posterior reaproveitamento material ou energético. 18 3- O mercado para a reciclagem O PET - poli(tereftalato de etileno), conhecido erroneamente como polietileno tereftalato - é um poliéster, polímero termoplástico. Simplificando, PET é uma resina plástica e através dela produz-se o melhor e mais resistente plástico para a fabricação de garrafas e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, comestíveis, cosméticos, medicamentos, produtos de higiene e limpeza, destilados, entre vários outros. Depois de usadas, estas embalagens tomam parte na formação de montanhas de lixo, por serem em sua maioria descartáveis e não-degradáveis, representando 30% dos resíduos sólidos coletados nos municípios. A reciclagem é a alternativa para reduzir o impacto da matéria plástica descartada. Atualmente, o maior mercado para PET pósconsumo no Brasil é a produção de fibras para fabricação de cordas multifilamentadas, fios de costura (monofilamento), cerdas de vassouras e escovas, entre outras aplicações. É possível reprocessar o polímero para a retirada de resinas alquímicas usadas na produção de tintas. O mercado mundial de embalagens PET produzidas com material reciclado está em franca expansão. Agora, a aplicação nobre que está crescendo são tecidos e malhas em poliéster. (ver anexos: 2, 3, 4 ). 3.1- Quanto é reciclado? Cerca de 255 da resina PET produzida no país está sendo reciclada no ano de 2002,, totalizaram 35,5 mil toneladas. As garrafas recicladas provêm de coleta através de catadores, além de fábricas e da coleta seletiva operada por municípios. Programas oficiais de coleta seletiva que existem em mais de 80 municípios recuperam cerca de 1.000 toneladas por ano. Além das garrafas descartáveis, existem no mercado nacional 85 milhões de garrafas de refrigerantes retornáveis, produzidas com este material 3.2- O ciclo da reciclagem na indústria têxtil Fundamentalmente, na indústria têxtil passa pelo processo de reciclagem primária, que 19 consiste em selecionar, separar, limpar, triturar em pedaços uniformes, retornando à produção de resina na própria unidade. Desta forma, o material triturado (chamado de “flake”) é extrudado formando uma fibra. O processo de fiação condiciona o material para o processo de tecelagem ou malharia, e, em seguida, vai para a confecção e artigos de vestuário. Tudo isso graças à resina plástica PET ter o maior nível de aproveitamento quando reciclada, dentre outras. O resultado final é um produto de qualidade tão boa quanto aquele que foi confeccionado com matéria-prima não reciclada, mas com uma diferença fundamental: têm um valor social e ecológico agregado sem precedentes. Consumir produtos reciclados é valorizar a qualidade de vida, estendendo uma nova oportunidade de recuperação e equilíbrio ao meio-ambiente. ( ver anexos 4, 5, 6, 7 ) 3.3- A Questão Ambiental O Brasil produz hoje algo em torno das 240 mil toneladas de lixo por dia e o destino de 75% desses restos tidos como inúteis ou descartáveis ainda são os abomináveis lixões e aterros a céu aberto, apenas 1% é encaminhado para tratamento. É uma estatística muito pobre para um lixo avaliado como um dos mais ricos do mundo. As discussões sobre questões ambientais, inseridas no amplo conceito de “Desenvolvimento Sustentável”, ganham intensidade neste final de século, refletindo uma tendência irreversível para o próximo milênio. Diversos setores da sociedade passam a contribuir com propostas que tendem a se fundir, fazendo emergir novas posturas em vários segmentos agrupados, ao invés das iniciativas pulverizadas e perecíveis do passado. A reciclagem é a mola propulsora deste processo, pois o conceito abrange diversos aspectos técnicos, econômicos e sociais da relação homem e meio ambiente. Entender a importância da reciclagem é bom, mas saber praticá-la é o desafio maior. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação custo/benefício de um projeto de reciclagem bem gerenciado pode apresentar resultados positivos surpreendentes, e já é possível enumerar alguns casos pelo Brasil. A Padron Têxtil é um deles.Veremos abaixo,alguns produtos de sua linha de produção ,feitos com material plástico reciclado,antes ,porém queremos falar um pouco mais sobre os plásticos. (ver anexos 8, 9, 10, 11 ). 20 3.4- Importância dos plásticos Os plásticos constituem cerca de 9,5% do peso da totalidade dos lixos domésticos e são materiais produzidos a partir de recursos naturais como o petróleo, o gás natural, a hulha e o sal comum O seu consumo aumentou muito desde o seu aparecimento no mercado, devido às suas extraordinárias características físicas e químicas e diferentes aplicações possíveis, e ainda ao seu preço; mas algumas destas propriedades pressupõem uma curta vida ativa, e consequentemente um rápido aumento da corrente de resíduos, como é o caso das embalagens. Os materiais plásticos tornaram-se ao longo dos anos o material de embalagem predominante. Por via da sua enorme versatilidade, durabilidade e múltiplas capacidades, este pode tornar-se no mais reciclável dos materiais. No entanto em 1990, só 1% deste material era reciclado. 3.5- Processo produtivo A produção de materiais plásticos constitui apenas 4% do consumo total de petróleo. Na sua forma básica, os plásticos podem apresentar-se na forma de grânulos ou na forma de pós que, por ação do calor, fundem e são moldados. Existem dois tipos principais de plásticos: os termoplásticos que amolecem quando aquecidos e endurecem de novo quando arrefecem, o que permite moldá-los sucessivas vezes. A maior parte dos plásticos que utilizamos são deste tipo (cerca de 80%). Os termoestáveis ou termoendurecíveis não podem ser reaquecidos, porque o primeiro aquecimento na altura da fabricação causa-lhes transformações químicas não sendo alterados com novo aquecimento, são por isso pouco utilizados, sendo-o unicamente para os bens duráveis. 3.6- Importância da coleta selectiva Os materiais plásticos representam uma pequena percentagem em termos de peso dos RSU. Contudo, dada a sua baixa densidade, ocupam uma elevada percentagem em termos de volume (cerca de 30 a 40%). Todos os materiais plásticos são recicláveis. Em Portugal reciclam-se anualmente milhares de toneladas provenientes, na maior parte, de resíduos da indústria. O plástico pode entrar novamente no processo produtivo e dar assim origem a novos materiais. 21 3.7- Vantagens da reciclagem dos plásticos De uma maneira geral, a vantagem da reciclagem é dupla, porque, por um lado, reduz o volume final dos resíduos (calcula-se que a nível Europeu, cerca de 25% do lixo urbano possa ser a curto prazo reciclado), e por outro, a recuperação dos resíduos e a sua reutilização assegura a economia de matérias primas e de energia, constituindo uma alternativa para as oscilações do mercado abastecedor e preservação dos recursos naturais, podendo reduzir inclusivamente os custos das matérias primas. Na reciclagem de plásticos misturados são produzidos plásticos com características tais que em certas aplicações podem substituir a madeira (sendo mais duráveis). Exemplos de produtos fabricados com este tipo de plástico reciclado são elementos de mobiliário urbano como bancos de jardim, paragens de autocarros ou contentores para recolha de resíduos. A reciclagem do plástico permite assim, entre outras coisas, a: Poupança de matérias-primas não renováveis, como o petróleo; Redução do consumo de energia na fabricação de materiais plásticos; Transformação de produtos de vida curta (embalagens), em produtos de vida longa; e a redução dos encargos com a remoção e tratamento de RSU 4- P r o c e s s o s d e Transformação Na preparação de uma mistura moldável de plástico, além das resinas plásticas, podem ser utilizados aditivos tais como: plastificantes, cargas, corantes e pigmentos, estabilizantes, modificadores de impacto e lubrificantes. Após o processo de produção, os plásticos que são gerados em forma de grãos são enviados para as indústrias transformadoras, que irão transformar a resina em produtos através dos seguintes processos : 4.1- EXTRUSÂO Uma extrusora consiste essencialmente de um cilindro em cujo interior gira um parafuso de Arquimedes (rosca sem-fim), que promove o transporte do material plástico. Este é progressivamente aquecido, plastificado e comprimido, sendo forçado através do orifício de uma matriz montada no cabeçote existente na extremidade do cilindro. 22 O aquecimento é promovido ao longo do cilindro e no cabeçote, geralmente por resistências elétricas, vapor ou óleo. O material assim amolecido e conformado é submetido a um resfriamento. Desta forma, o processo de extrusão pode ser utilizado para obtenção de filmes de PEBD, para uso como saco plástico, ou tubos de PVC ou PE. 4.2- SOPRO A moldagem por sopro permite a confecção de peças ocas como bolsas, frascos ou garrafas. O processo consiste na expansão de um tubo pré-conformado sobre a ação de aquecimento e ar comprimido no interior de um molde bipartido. Em contato com o molde, o material resfria e endurece, permitindo a abertura e a retirada do artefato. Pode-se observar no frasco plástico uma linha contínua que percorre toda a embalagem, resultante desse tipo de moldagem 4.3- INJEÇÂO A moldagem por injeção é o processo que permite a confecção de utensílios plásticos em geral - bacias, tampas, caixas, pára-choques, calotas, etc Consiste na introdução do plástico em um molde fechado e frio ou pouco aquecido, por intermédio de pressão fornecida por um êmbolo. O material preenche as cavidades do molde e o artefato é posteriormente extraído. Em geral, pode-se observar na base da peça plástica uma “cicatriz”, que é o ponto de injeção do material plástico dentro do molde. 4.4- R e c i c l a g e m M e c â n i c a A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos como: sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não-alimentícias e outros. Essa reciclagem possibilita a obtenção de produtos a partir de misturas de diferentes 23 plásticos em determinadas proporções, ou produtos compostos por um único tipo de plástico. Estima-se que no Brasil sejam reciclados mecanicamente 15% dos resíduos plásticos pós-consumo A identificação dos plásticos, conforme mostrado abaixo, tem um papel muito importante, pois possibilita a separação dos mesmos, evitando combinações de plásticos incompatíveis para algumas aplicações, como por exemplo: PS e poliolefinas, PVC e PET São as seguintes as etapas básicas desta forma de reciclagem: 4.4.1- Separação Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas e produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das pessoas que executam esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros. 4.4.2- Moagem Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e fragmentados em pequenas partes 4.4.3- Lavagem Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente. 4.4.4- Aglutinação 24 Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos - como cargas, pigmentos e lubrificantes 4.4.5- Extrusão A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora, encontrase o cabeçote, do qual sai um “espaguete” contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o “espaguete” é picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos). 4.5- R e c i c l a g e m Q u í m i c a A reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de produtos nobres de elevada qualidade. O objetivo é a recuperação dos componentes químicos individuais para reutilizá-los como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos. Permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, a reciclagem química permite produzir plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original. Os novos processos desenvolvidos de reciclagem química permitem a reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado grau de contaminantes (ex.: tintas, papéis, etc.) Ver anexo 13 . Existem vários processos de reciclagem química, entre eles: a) Hidrogenação 25 As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias. b) Gaseificação Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio c) Quimólise Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de Glicol/Metanol e Água. d) Pirólise É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinarias. 4.6- R e c i c l a g e m E n e r g é t i c a É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos. A reciclagem energética distingue-se da incineração por utilizar os resíduos plásticos como combustível na geração de energia elétrica. Já a simples incineração não reaproveita a energia dos materiais. A energia contida em 1 (um) kg de plásticos é equivalente à contida em 1 (um) kg de óleo combustível. Cerca de 15% da reciclagem de plásticos na Europa Ocidental é realizada via reciclagem energética. A usina de Saint-Queen (na França), assegura o suprimento de eletricidade para 70.000 pessoas com 15.4 00 megawats/ano. Além da Economia e Recuperação de Energia, ocorre ainda uma redução de 70 a 90% da massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado .(Ver anexo 14) 4.6.1- O plástico e a geração de energia. A presença dos plásticos é de vital importância, pois aumenta o rendimento da incineração de resíduos municipais; o calor pode ser recuperado em caldeira, utilizando 26 o vapor para geração de energia elétrica e/ou aquecimento. Diversos testes em escala real na Europa comprovaram os bons resultados da co-combustão dos resíduos de plásticos com carvão, turfa e madeira tanto técnica e econômica como ambientalmente. A queima de plásticos em processos de reciclagem energética reduz o uso de combustíveis (economia de recursos naturais). A recuperação energética dos plásticos como combustível é uma alternativa de fácil e rápida implementação, especialmente se considerarmos: c) A disponibilidade de tecnologias limpas para queima de descartes sólidos; d) b) A possibilidade de co-processamento com outros combustíveis, por exemplo, para queima em fornos de cimento. A reciclagem energética é realizada em diversos países da Europa, EUA e Japão, pois utiliza equipamentos da mais alta tecnologia, cujos controles de emissão rigidamente seguros e controlados, sem riscos à saúde ou ao meio ambiente. (Ver anexos 15 ,16 ) 5- UMA VISÃO GLOBAL DO CRESIMENTO DA RECICLAGEM 5.1- Cresce a reciclagem de plásticos na Europa A APME - Associação de Fabricantes de Plásticos na Europa, há vinte e cinco anos avalia o ciclo de vida dos plásticos, desde o consumo até a recuperação e a reciclagem do material em seu uso final. No Encontro anual, que reúne entidades do mundo todo, realizado em outubro de 2002, em Lisboa, foram conhecidos os resultados da última pesquisa realizada pela APME, relativa ao período de 2000/2001. O estudo revela que a reciclagem e outros métodos de recuperação de plásticos cresceram mais do que a demanda por plásticos, o que fez reduzir o total de lixo plástico descartado. A demanda por plásticos na Europa Ocidental cresceu em torno de 3%, o equivalente a quase 40 milhões toneladas, enquanto que a reciclagem mecânica, a reciclagem de combustível e a recuperação de energia, resultaram num crescimento de 11% em comparação aos anos anteriores. A análise do consumo e recuperação de plásticos na Europa também indica que, apesar do aumento na demanda de plásticos, o lixo total dos materiais pós-uso permaneceu abaixo de 1% do lixo total, ou seja, em 19,5 milhões de toneladas. 27 A recuperação e a reciclagem de plásticos permitiram que a Europa alcançasse um índice de 36%, diminuindo o total de plásticos perdidos em aterros, fator mais importante para reduzir os impactos do lixo no meio ambiente. ( ver anexo 17 ). Oito países recuperaram plásticos acima da metade do lixo plástico proveniente de embalagens: Holanda, Suíça, Dinamarca, Noruega, Alemanha, Suécia, Áustria e Bélgica. Nesses países houve uma expansão do sistema de coleta seletiva, especialmente no sul da Europa, que contribuiu com 17% de todo o crescimento da reciclagem mecânica. A recuperação de energia foi outro sistema importante para a elevação dos índices dos países pesquisados. Com esse sistema desenvolveu-se uma segunda finalidade para 23% dos plásticos que se tornam inservíveis. Utilizados em substituição aos combustíveis fósseis, esses plásticos proporcionaram uma fonte segura de força e calor. A opção por esse sistema no tratamento dos resíduos é particularmente própria para misturas de diferentes tipos de plásticos, os quais não podem ser reciclados de forma eficiente. Na Dinamarca, onde se recicla quase que a totalidade dos plásticos - 83% - a recuperação de energia corresponde a 75%. Na Suíça, o sistema alcança 73%. A pesquisa também comprovou que a coleta seletiva está expandindo-se não apenas na Europa, mas também na Ásia. O estudo da APME cita, ainda, ações que favoreceram o aumento da recuperação de plásticos e a um custo menor, como um acordo voluntário entre a indústria e governo holandês. Na opinião do chefe do Centro Técnico Ambiental da APME, Neil Mayne, a pesquisa mostra a contribuição dos plásticos para os objetivos estabelecidos pelo desenvolvimento sustentável. “Os plásticos têm um papel importante na proteção ambiental por serem eficientes, tanto no uso de recursos naturais como na reciclagem. A elevação dos índices de reciclagem observada na pesquisa é uma clara demonstração deste fato”, afirma Neil. 5.2- Consumo de plásticos per capita entre 1991 e 2000 ( Ver anexos 18 e 19 ) 28 5.3- Outros tipos de plásticos que são reciclados no Brasil 5.3.1- Plástico filme Plástico filme é uma película plástica normalmente usada como sacolas de supermercados, sacos de lixo, embalagens de leite, lonas agrícolas e proteção de alimentos na geladeira ou microondas. O material constitui 38% das embalagens plásticas em geral nos Estados Unidos. Naquele país, 51% dos pacotes e sacos, usados para embrulhar e embalar produtos, são compostos por plásticos. Cerca de 44% é papel e 4% é folha de alumínio. A resina mais usada é o polietileno de baixa densidade (PEBD), que corresponde a 32% do total de polímeros consumidos no mercado brasileiro de plástico. No Brasil, são produzidas 210 mil toneladas anuais de filme plástico. 5.3.2- Quanto é reciclado 15% dos plásticos rígidos e filme é reciclado em média no Brasil, o que equivale a 200 mil toneladas por ano. Não há dados específicos para o plástico filme. Em média o material corresponde a 29% do total de plásticos separados pelas cidades que fazem coleta seletiva. Nos EUA são reciclados 3,2% das bolsas e sacos plásticos (28,8 mil toneladas anuais) e 2% das embalagens (30 mil toneladas). O percentual de sacos de lixo reciclados é desprezível, porque a contaminação dificulta a recuperação. 5.3.3.Pneus O Brasil produz cerca de trinta e dois milhões de pneus por ano. Quase um terço disso é exportado para 85 países e o restante roda nos veículos nacionais. Apesar do alto índice de recauchutagem no país, que prolonga a vida do pneu em 40%, a maior parte deles já desgastadas pelo uso acaba parando em lixões, à beira de rios, estradas, e até no quintal das casas onde acumulam água que atrai insetos transmissores de doenças. Os pneus e câmaras de ar consomem cerca de 70% da produção nacional de borracha e sua reciclagem é capaz de devolver ao processo de produção insumo regenerado por menos da metade do custo da borracha natural ou sintética. Além disso, economiza energia e poupa petróleo usado como matéria-prima virgem e até melhora as propriedades de materiais feitos com borracha. 5.3.4-Quanto é reciclado 10% das 300 mil toneladas de sucata disponíveis no Brasil para obtenção de borracha 29 regenerada são de fato recicladas, segundo dados da empresa Relastomer. Não há dados no Brasil sobre a taxa referente às demais formas de reciclagem de pneus. Sabe-se, porém, que os chamados “carcaceiros” recuperam mais de 14 milhões de pneus por ano, sob diversas formas. Os EUA, que geram 275 milhões de pneus velhos têm em estoque cerca de 3 bilhões de carcaças. 5.3.5- PET A reciclagem das embalagens PET (polietileno tereftalato), como as garrafas de refrigerantes de 1; 1,5; 2; e 0.6 litros descartáveis, está em franca ascensão no Brasil. O material, que é um poliéster termoplástico, tem como características a leveza, a resistência e a transparência, ideais para satisfazer a demanda do consumo doméstico de refrigerantes e de outros produtos, como artigos de limpeza e comestíveis em geral. A evolução do mercado e os avanços tecnológicos têm impulsionado novas aplicações para o PET reciclado: das cordas e fios de costura aos carpetes, bandejas de frutas e até mesmo novas garrafas. Sua reciclagem, além de desviar lixo plástico dos aterros, utiliza apenas 30% da energia necessária para a produção da resina virgem e tem a vantagem de poder ser reciclado várias vezes sem prejudicar a qualidade do produto final. 5.3.6- Quanto é reciclado 21% da resina PET produzida no Brasil foi reciclada em 1996, totalizando 22 mil toneladas, As garrafas recicladas provêm de coleta através de catadores, além de fábricas e da coleta seletiva operada por municípios. Os programas oficiais de coleta seletiva, que existem em mais de 80 cidades do país, recuperam por volta de 1000 toneladas por ano. Além de garrafas descartáveis, existem no mercado nacional 70 milhões de garrafas de refrigerantes retornáveis, produzidas com este material. Nos EUA, a taxa de reciclagem em 1996 foi de 27% de todas as embalagens PET. Preço médio da sucata de garrafas PET em São Paulo = R$ 0,22 por quilo. 5.3.7- Plástico rígido Leve, resistente e prático, o plástico rígido é o material que compõe cerca de 60% das embalagens plásticas no Brasil, como garrafas de refrigerantes, recipientes para produtos de limpeza e higiene e potes de alimentos. É também matéria-prima de fibras têxteis, tubos e conexões, calçados, eletrodomésticos, além de baldes, utensílios domésticos e outros produtos. O Brasil consome 1,8 milhões de toneladas de plástico por ano. Dessas, 350 mil toneladas são despejadas anualmente nos aterros sanitários, embora a vida útil do material não acabe no momento em que é descartado no lixo. Ele pode ser reprocessado, gerando novos artefatos plásticos e energia. 5.3.8- Quanto é reciclado 15% dos plásticos rígidos e filme consumidos no Brasil retornam à produção como matéria-prima, o que eqüivale a 200 mil toneladas por ano. Deste total 60% provém de resíduos industriais e 40% do lixo urbano, segundo estimativa da ABREMPLAST. Nos Estados Unidos a taxa de reciclagem em 1993 foi de 13%. Plásticos não recicláveis: cabos de panela, tomadas, embalagens de biscoito, mistura de plástico com papéis e metais. 30 6- Estudos e pesquisas importantes desenvolvidas no Brasil e no mundo para melhorar a reciclagem e o uso de plásticos reciclados 6.1-Estudo aponta a relação entre consumo e descarte dos principais plásticos no Brasil No Brasil, os plásticos rígidos (categoria que representa todos os polímeros à exceção dos filmes ) representam cerca de 70% das resinas consumidas. Porém, dados sobre a sua composição nos resíduos sólidos urbanos somente existem a partir de estudos realizados em sistema de coleta seletiva.Nesse estudo os plásticos rígidos descartados provenientes da coleta regular da comunidade de Araraquara, interior de São Paulo (250 mil habitantes ), foram divididos em PEAD, PEBD, PP, PVC, PS e PET, e os resultados foram comparados com o consumo aparente das resinas. Observou-se que cerca de 63% dos resíduos plásticos são de PET, enquanto o percentual de seu consumo atinge 12,1%. O PEAD também tem percentual de descarte superior ao de consumo ( cerca de 28% e 17% , respectivamente ).Outros plásticos mostram comportamento inverso: o PVC, por exemplo, representa quase 30% dos plásticos rígidos consumidos no país e pouco mais de 2% dos descartados pela comunidade, apontando para uma maioria de produtos duráveis e um impacto ambiental menor em relação ao PEAD e ao PET. Os resultados também indicam a urgência da reciclagem dos resíduos de PET, tendo em vista que o país importa quase a metade da resina de que necessita para abastecer o mercado interno de garrafas de refrigerantes, o terceiro do mundo. O objetivo deste trabalho nas comunidades de Araraquara, Américo Brasiliense,e Santa Lúcia, todas cidades do interior paulista foi o a caracterização dos plásticos rígidos descartados comparando com o consumo aparente das resinas plásticas no Brasil. No Parque de reciclagem e compostagem de resíduos urbanos de Araraquara todas as 150 toneladas diárias de lixo geradas pela comunidade foram separadas por coleta manual em uma esteira mecânica, sendo os plásticos rígidos separados em esteira divididos através de amostragem de cerca de 80 kg, atenção especial foi dada ao PET, subdividido em verde e incolor, de acordo com a finalidade do produto e, quando composto por garrafas de refrigerante,foi ainda separado conforme sua capacidade. O estudo 31 transcorreu por 17 meses. A quantidade separada por dia foi obtida por cálculos feitos com os percentuais médios de cada material separado pela unidade.Das 150 toneladas de lixo separadas foram obtidos 740 kg de plásticos rígidos, sendo divididos no final do dia em:250 kg de PET verde, 210 kg de PET incolor, 208 kg de PEAD, 24 kg de PP, 15 kg de PVC, 9 kg de PS, 2 kg de PEBD, e 11kg de outros plásticos.O PET é o plástico rígido mais descartado , é um termoplástico de engenharia, com índices de 63,35% em massa e 72,22% em volume, deixando os commodities em segundo plano. Os índices do PET verde são cerca de 12% superiores em massa e 6 % superiores em volume aos do incolor, devido ao grande número de refrigerantes de guaraná encontrados nas amostragens.Isto é um fator complicador para a reciclagem,pois, segundo, recicladores do polímero, tanto a garrafa pós- consumo, o floco ou o grânulo reciclado verdes têm preços em média 105 inferiores aos similares incolores. Notou-se nesse estudo que o PET era o plástico de maior impacto ambiental, o que está relacionado ao fato de que sua principal utilização, a garrafa de refrigerante, é descartável isto mostra que, se em termos de substituição de importações a reciclagem de OS e PET são de desenvolvimento mais importante para o país, o PET tem urgência maior pelos danos causados ao meio ambiente.O PEBD é o polímero de menor impacto , visto que a maioria de seus produtos rígidos nunca foi encontrada no lixo estudado. Ao contrário do que parece estabelecer o senso comum, a maior dos plásticos (rígidos ) tem ciclo de vida que contempla produtos duráveis, segundo os resultados apresentados. Porém, é notável o impacto ambiental que possuem as embalagens,produtos, de vida normalmente curta. Por exemplo, da injeção de uma préforma até o sopro, enchimento, de uma garrafa, comercialização e o início do consumo podem passar-se meses.O consumo pode efetivar-se em questão de segundos, gerando invariavelmente o descarte.Quando o destino do lixo são aterros ou depósitos, não é pessimista prever que séculos mais tarde a mesma garrafa estará no local.Soma-se a isso o fato de que os insumos para a fabricação da garrafa são derivados de petróleo, recurso natural esgotável. A reciclagem dos resíduos pode fechar o ciclo de vida, devolvendo o material ao mercado consumidor Embora seja louvável a praticidade e a segurança das garrafas descartáveis, não se pode es- 32 conder seus malefícios para o ecossistema.No Brasil o problema é ainda mais grave, dadas as dificuldades em estabelecer uma reciclagem pós-consumo eficiente: dispersão da matéria-prima, dificuldade de separação da matéria-prima de interesse total de resíduos e alto nível de impurezas nela impregnadas. O Brasil segue em sentido contrário ao de países desenvolvidos que responsabilizam tanto produtor como consumidor pelo lixo gerado, criando consórcios para gerenciar a reciclagem a reciclagem de materiais, estimulando a coleta seletiva e programas de redução e reutilização de resíduos. O desenvolvimento de tecnologia para reciclagem de PET é urgente para o Brasil, considerando aspectos econômicos somados aos ambientais.Porém, a dificuldade de se obter polímeros reciclados com características semelhantes às do produto virgem e a proibição do contato direto com alimentos representam um obstáculo ao pleno desenvolvimento da reciclagem.Através da utilização de processos de co-injeção, é possível fazer com que o PET reciclado convencionalmente(moagem-lavagemsecagem-reprocessamento) seja novamente uma garrafa de refrigerante, com uma camada de reciclado entre duas camadas de material virgem.A crescente demanda de PET importado deve-se ao baixo preço internacional nos últimos anos e a deficiência no suprimento de insumos nacionais para a fabricação do polímero o que gerou a necessidade de importar 25 mil toneladas de ácido tereftálico em 1997.Poe meio de reciclagem química (despolimerização) pode-se converter o PET outra vez em ácido tereftálico. Tecnologias de reciclagem próprias, aliadas a programa de educação ambiental, podem diminuir a dependência nacional,além de serem menos danosos ao meio ambiente por permitirem uma ampliação da vida útil do polímero. 6.2-As aplicações e limitações dos materiais biodegradáveis A industria de plásticos recentemente voltou sua atenção às propriedades de descarte dos materiais biodegradáveis.Estão sendo desenvolvidas pesquisas sobre um grupo de resinas que não só podem ser recicladas,dispostas em aterros ou incineradas após uso, mas que também sofrem degradação biológica em unidades de compostagem.Esse estudo desenvolvido por J.Schroeter, líder do grupo de estudos sobre plástico da Universidade Técnica de Rosenheim, na Alemanha e presidente local da associação para promoção de materiais biodegradáveis (BAW, Interessengemeinschaft Biologisch 33 abbaubare Werkstoffe) e chefe-adjunto da Comissão de Normalização DIN FNK 103,3 ,” Plásticos biodegradáveis”, foi publicado originalmente na edição de outubro de 1998 da revista alemã Kunststoffe,Vol, 88. O relato abaixo mostra alguns detalhes sobre o desenvolvimento e a legislação relativa a esses materiais na Alemanha. Já há alguns anos diversos círculos dentro da economia Alemã vêm tentando viabilizar a introdução de novos materiais biodegradáveis no mercado.O governo alemão tem solicitado especialmente às empresas do setor de embalagem o desenvolvimento e uso de plásticos que possam ser compostados de maneira ecologicamente amigável em função de sua capacidade de biodegradação. O governo já fez concessões para esta inovação através da introdução de uma emenda na legislação alemã sobre embalagens, o setor agrícola é favorável ao uso de tais materiais pois vislumbra a possibilidade de um novo mercado para matérias-primas renováveis.Por sua vez, as indústrias transformadoras de plástico já desenvolveram vários materiais biodegradáveis. Esta é a primeira vez na história da industrialização que uma família de materiais foi desenvolvido tendo-se em mente o seu descarte. O ponto de partida foi o ciclo do carbono na natureza, que degrada anualmente 60 bilhões de toneladas somente de celulose, tornando os produtos de degradação disponíveis para uso em novos materiais.O ciclo para as embalagens biodegradáveis, baseia-se nesse processo. Matérias-primas renováveis são usadas para a produção de materiais semelhantes aos polímeros.Estes podem ser transformados em produtos como embalagens, utilizando-se os métodos convencionais de processamento para plásticos.Eles devem ser degradados através de compostagem após o uso. Os produtos de degradação resultantes, ou seja, o composto orgânico (húmus), água, e dióxido de carbono estarão, portanto, disponíveis para a próxima geração de matérias-primas renováveis. Materiais e produtos disponíveis : Os materiais biodegradáveis podem ser produzidos através das mais diversas tecnologias, tanto a partir de fontes renováveis (matériasprimas renováveis de origem animal ou vegetal ) quanto a partir de fontes fósseis nãorenováveis.dentre as matérias renováveis, deve ser feita uma distinção entre plantas que são usadas de forma completa para a produção de materiais biodegradáveis (batatas ricas em amido) e a reciclagem dos subprodutos concomitantes (soro de leite e o sumo proveniente do esmagamento de capim).Os produtos biodegradáveis geralmente são 34 termoplásticos. Como tal eles diferem de outros biodegradáveis como madeira, couro e papel Uma característica digna de nota sobre como esses materiais têm sido desenvolvidos está no fato de que houve aperfeiçoamento simultâneos tanto na biodegradabilidade como nas suas propriedades técnicas em serviço. O desenvolvimento se iniciou com materiais que, do ponto de vista atual,não mais seriam classificados como compostáveis como, por exemplo, misturas de polietileno e amido, contudo apesar das dificuldades após um tempo já haviam sido criados materiais altamente biodegradáveis que apresentam propriedades muito boas em serviço.Também ocorreram desenvolvimentos positivos em termos de preço Embora esses valores ainda estejam acima dos preços dos plásticos convencionais, muitos Fabricantes estão procurando resolver esse problema para que haja expansão de suas capacidades produtivas.Observa-se abaixo algumas utilizações já feitas desse material na Alemanha; a) Embalagens e abastecimento- A celulose transparente encontra-se em confeitarias e na forma de pele sintética para salsichas. O acetato de celulose é aprovado para a produção de alimentos secos, isentos de gordura. Os procedimentos de registro para muitos outros tipos de produtos recém-desenvolvidos, tais como o polihidroxibutirato e polilactídeos, já se encontram em estágio avançado, sendo utilizados na Olimpíada de Inverno, em Lillehammer talheres que foram compostados após o uso, juntamente com os restos de comida neles aderentes. Desde 1998 já se encontram no mercado copinhos biodegradáveis de iogurte; sacos feitos de filme e embalagens de preenchimento parcial (loose-fill ) têm sido usados há muito mais tempo.Também já foram introduzidos saquinhos de nervura dupla biodegradáveis para batatas. A Associação dos engenheiros Alemães (VDI ) estabeleceu as linhas mestras do procedimento para seleção de materiais biodegradáveis para embalagens. Ainda não ocorreu nenhum avanço significativo no mercado de embalagens devido á falta de locais apropriados para sua deposição. Contudo, estão sendo feitos esforços intensivos para se remediar esta situação. 35 b) Produtos de higiene- A manufatura de produtos de higiene a partir de biodegradáveis vem sendo exaustivamente estudada,principalmente na produção de fraldas descartáveis. c) Sacos para coleta de resíduos biológicos- Sacos de coleta para resíduos biológicos são provavelmente a maior área de aplicação para os materiais biodegradáveis nesse momento Eles são usados por muitas comunidades ao invés de recipientes, sua vantagem é a transparência,que facilita a inspeção, e menores custos de investimento.Os lixeiros reclamam ao maior peso das cargas ,mas, já são oferecidos sacos pequenos para a coleta de curto prazo de resíduos biológicos em residências., seu uso permite eliminar a necessidade de lavar as latas de lixo com água quente e detergente. d) Horticultura e agricultura- Aplicações em horticultura e agricultura são possíveis saídas para a substituição de produtos plásticos convencionais, cujo descarte é difícil e caro. Os candidatos são os filmes do tipo mulch (usados para proteção das raízes de plantas recém- cultivadas ), que devem apodrecer nos campos, e vasos de plantas que se degradam no solo. e) Outras aplicações- Além dos usos já descritos, há muitos nichos de aplicações.Entre eles está o uso de polilactideos na forma de fios de sutura cirúrgica que sofrem biodegradação no interior do corpo.è digno de nota que há aplicações que não requerem biodegradabilidade, por exemplo, o acetato de celulose, que apresenta alta resistência ao impacto, é usado para manoplas de chaves de fendas; blendas de amido são usadas em revestimentos foscos,de fácil impressão,para papel; já a celulose transparente é usada em invólucros de doces. Na Alemanha foi instituído um rótulo para produtos biodegradáveis e também se chegou a um consenso sobre os critérios de classificação destes produtos. Eles incluem: 1)“Todos os materiais usados devem atender aos requisitos da norma DIN 54900, que define os ensaios a que os plásticos compostáveis devem ser submetidos. Essa norma foi definida a partir do esquema de ensaios para materiais biodegradáveis descrito no folheto M10 do Centro Governamental de Estudos sobre Rejeitos (LAGA-länderarbeitsgemeinschaft Abfall) a versão experimental da norma EDIN 54900 (Ensaio de compostabilidade de Materiais Poliméricos ) foi divulgada a partir 36 de janeiro de 1997. Desde então recebeu várias emendas, a versão DIN V 54900 surgiu em outubro de 1998.” 2) Atendimento em termos da espessura máxima de material degradável.Nenhuma parte de qualquer produto pode ser mais espessa do que o valor imposto pela norma DIN V 54900. 3) Exclusão das aplicações que se pode esperar contaminação (por exemplo, embalagens de materiais tóxicos).Eles devem necessariamente ser retirados da compostagem. O descarte deste produtos do ponto de vista técnico seguem as mesmas rotas dos descartes para os materiais classificados como polímeros termoplásticos: a) incineração b) Depósito em aterros c) Reciclagem de material d) Reciclagem mecânica e) Recuperação energética. Além disso, eles podem ser biodegradáveis através de compostagem.. 6.3) Avaliação das propriedades do polipropileno reciclado Uma das preocupações dos transformadores diante da possibilidade de optar pelo uso do material reciclado é a garantia da qualidade do produto final., que deve ter o mesmo desempenho de produtos feitos com material virgem. O estudo aqui relatado trata da modificação das propriedades mecânicas e do índice de fluidez de um polipropileno homopolímero, quando submetido á reciclagem primária. Embora o material não tenha apresentado variação significativa nas propriedades mecânicas testadas ( resistência á tração e ao impacto), uma modificação de coloração aliada ao aumento de índice de fluidez surgem uma degradação térmica do polímero, que deve ser levada em consideração quando de sua reutilização. Na indústria de processamento de termoplásticos a reciclagem primária se justifica economicamente quando se trata do reaproveitamento de resíduo moído proveniente de canais de injeção e peças defeituosas, livre de contaminantes, misturado ao polímero virgem.Isto representa uma considerável redução de custos,visto que as matérias primas geralmente constituem uma fração significativa do custo de um produto. 37 Atualmente na região da Serra Gaúcha há um consumo de aproximadamente 15000 ton/mês de matérias-primas poliméricas.As resinas mais utilizadas são poliestireno,policarbonato e náilon. Atuam no ramo de transformação de plásticos aproximadamente190 empresas na região, utilizando principalmente processos de injeção, extrusão e sopro. Estudos sobre a degradação de polímeros podem ajudar estes transformadores a trabalharem em condições ótimas de processamento. A reutilização de polímeros requer um conhecimento acurado da variação das propriedades em cada etapa de reciclagem, uma vez que isso implica diretamente na qualidade do produto final.Desta forma torna-se importante avaliar a fração máxima de material reciclado que pode ser utilizada cada vez que o material é processado. Durante o processo ,os matérias sofrem diversos tipos de degradação: clivagem térmica, decomposição oxidativa, cisão mecano-química, hidrólise,e cisão catalítica da cadeia polimérica. A degradação térmica é amais importante, referindo-se á reação a temperaturas elevadas,as quais levam a mudanças químicas no polímero.A degradação que ocorre no processamento pode ser verificada através de determinações experimentais relacionando o valor de uma certa propriedade com o número de vezes que o material é processado. Abbas e colaboradores foram os primeiros a apresentar uma metodologia para o estudo da previsão de propriedades de misturas poliméricas virgens com material reprocessado usando curvas de degradação. Posteriormente foi desenvolvida uma metodologia para a predição das propriedades sem uso das curvas de degradação, baseado no conceito de perda de propriedades em passo único. Recentemente foi desenvolvido um algoritmo para a predição de propriedades de produtos que incorporam polímeros reciclados. Este algoritmo apresenta grande flexibilidade e é aplicável a uma série de propriedades, tais como índice de fluidez, resistência ao impacto e tensão à ruptura. Os resultados foram significativos nas propriedades mecânicas ocorrendo um escurecimento gradativo dos corpos de prova ao longo dos dez ciclos de processamento, constatou-se o número de ciclos não foi suficiente para gerar mudanças nas propriedades mecânicas, o que e desejável do ponto de vista industrial.Porém,párea baixas porcentagens de adição de material virgem, ocorreu uma significativa variação da coloração do material ao longo dos ciclos, o que 38 prejudicaria o controle de qualidade das peças quanto á uniformidade de cor., o que sugere degradação térmica do polímero, entretanto o meio ambiente agradece pela grande quantidade de material que pode ser várias vezes retrabalhado. 6.4) Uma avaliação do PC, PBT e da blenda PC/PBT para fins de reciclagem Durante o processo e também na reciclagem de sobras de material proveniente de diferentes operações de transformação, os materiais poliméricos são submetidos a altas temperaturas e tensões de cisalhamento, ficando sujeitos a reações capazes de afetar a sua estrutura química, o que influencia as propriedades do produto final.No estudo relatado abaixo, são avaliadas –por meio de termogravimétrica, do índice de fluidez e da viscosidade em solução diluída- as propriedades do policarbonato (PC ), do poli(tereftalato de butileno) (PBT) e da blenda PC/PBT pós-processamento, de forma a determinar até que ponto é viável recicla-los e reutiliza-los na produção de peças. O uso de materiais termoplásticos para aplicações de engenharia tem crescido muito nos últimos anos em função das excelentes propriedades mecânicas que eles apresentam. A sua importância comercial se acentua devido a possibilidade destes materiais fundirem quando aquecidos e solidificarem quando resfriados, o que torna possível sua reciclagem. Os termoplásticos de engenharia são matérias-primas de importância vital para a produção de computadores, automóveis, aviões, eletrodomésticos em geral, dispositivos médicos e todo tipo de aplicação que necessite de materiais resistentes e duráveis. O reprocessamento de materiais poliméricos é prática comum na indústria de plásticos porque o desperdício de fragmentos de material é anti-econômico, especialmente quando o polímero é caro. Em muitos casos é realizada reciclagem das sobras misturadas ao material virgem. Apesar do crescente avanço na utilização do policarbonato e das blendas deste material com outros polímeros, suas propriedades ainda são pouco exploradas para fins dd reciclagem. Quase quarenta anos depois do início do seu desenvolvimento, 39 o policarbonato continua a ser um dos termoplásticos de engenharia cujas vendas crescem 10% ao ano. Essa aceitação e crescimento decorrem do equilíbrio entre resistência, transparência, estabilidade térmica e dimensional, além das boas características elétricas e da ação retardadora de chama. A reciclagem de materiais tem crescido de forma expressiva nos últimos anos.Genericamente,as razões apontadas para esse crescimento são econômicas e/ou resultante das políticas de preservação do meio ambiente. Na área de reciclagem de materiais, o setor de polímeros que no Brasil vem crescendo em média 15% ao ano desde 1990, tem despertado um forte interesse, impulsionando o aparecimento de diversas ações efetivas no setor, com diferentes objetivos, por intermédio de instituições, empresas, meios de comunicação, instituições de ensino, prefeituras e várias associações.Na reciclagem de sobras de materiais geradas em diferentes operações de processamento, os materiais poliméricos são submetidos a altas temperaturas e tensões de cisalhamento durante o processo,e no caso de blendas de dois ou mais polímeros os diferentes constituintes podem ser afetados pela reciclagem de maneiras diversas, dependendo da sua estabilidade . Existe portanto um amplo campo para pesquisa da reciclagem e aplicação do PC e suas blendas, o que torna fundamental a avaliação de suas propriedades.Na realidade pode-se fazer uma avaliação paralela a estudos de degradação que já são muito mais explorados. Neste trabalho, o PC, o PBT, e a blenda PC/PBT foram analisadas termogravimétricamente, pelo índice de fluidez e por viscosidade em solução diluída. Com os resultados pode-se constatar que os policarbonatos começam a se degradara temperaturas mais altas do que o PBT, e que a blenda PC/PBT, que apresenta dois patamares de decomposição devido a seus dois componentes.As amostras foram envelhecidas por dois meses a 130ºc e por um mês a 150ºc.As amostras de PBT permaneceram por 3 meses a 130 e 150ºc e um mês a 170ºc.As amostras de blendas ficaram a 130 e 150ºc dois meses e um mês a 170ºc.,resumindo: após todos os outros testes submetidos e que podem ser lidos na revista Plástico Industrial,janeiro de 1999, páginas 54 a 60, verificou-se que o PBT apresentou um aumento significativo de índice de fluidez,característico do mecanismo de degradação por cisão de cadeias, tanto com o aumento do tempo quanto como 40 aumento de temperatura de envelhecimento.Há variações ainda mais drásticas observadas para a blenda PC/PBT.os resultados obtidos para viscosidade relativa (tempo de escoamento da amostra/tempo de escoamento do solvente), não apresentaram variações dentro do limite de erro das medidas, embora haja na literatura relatos de um aumento da viscosidade do PC envelhecido a 135ºc. Observa-se que não houve variação significativa quanto ao índice de fluidez,podendo ser acompanhada a degradação no processo de reciclagem,vendo também ás propriedades mecânicas para uma completa avaliação dos termoplásticos a serem reciclados.Neste trabalho a intenção foi mostra que duas técnicas simples podem aumentar em muito a quantidade de material reciclado no país. 6.5) Dissolução seletiva possibilita recuperar compostos de materiais termoplásticos a impossibilidade de reciclar mecanicamente resíduos contendo material plástico composto levou a equipe formada por Udo knauf([email protected]) , Andréas mäurer e Wolfgang holley , pesquisadores do Instituto Fraunhaler para Tecnologia de Processos e Embalagens ( IVV-fraunhofer-institut für verfahrenstechnik und Verpackung) em Fraising (Alemanha0, Monika Wiese e Hermann Utschick do laboratório de Aplicações do TA instruments, em Alzenau (Alemanha), a pesquisarem um processo que consiste na dissolução seletiva de um dos polímeros do composto, com a subseqüente remoção do segundo material e dos aditivos. O método de extração seletiva é adequado para a produção de resinas recicladas de alta qualidade a partir de rejeitos misturados de materiais pós-consumo e de compostos. Os produtos intermediários e finais podem ser caracterizados por meio de análises termogravimétricas, aplicando-se aquecimento controlado. Compostos de PVC/PET são usados como lonas para coberturas, caminhões, andaimes de construção civil entre outras aplicações.Esse composto é, na verdade, um sanduíche constituído de dois filmes de PVC que envolvem uma tela intermediária de PET trançado. Os rejeitos resultantes possuem graus variados de contaminação, dependendo da aplicação original. Contaminantes superficiais podem ser eliminados com água e detergente. Impurezas internas,que penetraram pela matriz de plásticos durante o uso ou são geradas por reações químicas, não podem ser removidas por este tipo de limpeza.Os tipos de PVC presentes em lotes 41 coletados de material pós-consumo diferem entre si conforme sua idade, fabricante e aplicação.Portanto,eles apresentam proporções de aditivos muito diferentes.Um produto reciclado a partir de lotes coletados externamente apresenta uma ampla variedades de plastificantes, estabilizantes,cargas e pigmentos.Isto leva a resinas recicladas com propriedades indefinidas e não reprodutíveis. Assim, todos os aditivos existentes devem ser removidos, de forma a que a nova formulação possa ser devidamente concebida para atender à nova aplicação desejada.Processos mecânicos convencionais envolvendo refusão não conseguem separar o composto e nem limpar o material de seus contaminantes internos.Portanto, até hoje não foi possível reciclar compostos deste tipo específico usando-se métodos mecânicos. O princípio O princípio do processo é a dissolução seletiva de um dos polímeros do material composto. Materiais e componentes não dissolvidos podem ser subseqüentemente removidos com facilidade da solução através de peneiramento, filtragem ou centrifugação.Este processo pode ser seguido de uma limpeza fina para se remover particulados finos e materiais estranhos dissolvidos. No caso de rejeitos pósconsumo, è necessário separar contaminantes e outras substâncias deletérias para se obter um material reciclado com propriedades definidas. Quando se esta reciclando sucatas provenientes de linhas de produção ou material que apresenta apenas contaminação superficial, não há muito sentido em se efetuar esta limpeza fina.Se forem recuperados todos os aditivos e cargas contidos na solução, o material reciclado pode ser usado novamente na aplicação original, sem o uso de aditivos suplementares. O polímero desejado pode ser extraído da solução com a precipitação ou evaporação do solvente.a precipitação explora o fato de a solubilidade poder ser reduzida diminuindo-se a temperatura ou adicionando-se um agente precipitador. Dessa forma, as macromoléculas se acumulam formando partículas.Em comparação com a evaporação, a precipitação apresenta a vantagem de as substâncias prejudiciais que já foram separadas continuarem na solução. O método e o agente de precipitação podem ser escolhidos de forma controlar quais substâncias irão se precipitar e quais permanecerão na solução. O processo de reciclagem 42 • processo de reciclagem aqui descrito foi formulado usando-se rejeitos provenientes de linha de produção de lonas para coberturas da ThemoplastBernsdorf Gmbh, em Bernsdorf (Alemanha). Primeiramente as aparas resultantes do corte lateral do extrudado e outros descartes são picotados e subdivididos em duas frações básicas: partículas e chumaços.Essa classificação é efetuada por meios pneumáticos e peneiramento.a fração de partículas consiste principalmente e PVC,mas ainda contém fibras de PET isoladas,Já a fração separada constituída de chumaços,contém fibras de PET com resquícios de PVC aderentes e partículas individuais desse material, A seguir os chumaços são transferidos até um tanque de diluição. Onde se adiciona tetrahidrofurano (THF). O PVC aderente se dissolve completamente no THF de forma aque quando se espreme o chumaço para se expulsar o solvente ainda permanece uma solução diluída de PVC e PET prépurificado. O chumaço de PET é lavado 3 vezes com o THF puro para se remover totalmente qualquer traço de solução de PVC que ainda esteja aderente, sendo comprimido no final para se recuperar o THF absorvido. A seguir, o chumaço de PET é seco, obtendo-se o material reciclado, fibras de PET. A solução de PVC diluído obtido pela compressão do chumaço de PET é concentrada pela adição de das partículas de PVC anteriormente separadas por peneiramento.quando o PVC adicionado se dissolve completamente, a solução é filtrada para se remover qualquer fibra de PET que ela possa conter. Como o caso ora considerado consiste o uso de rejeitos de produção de não contaminados , o PVC é extra´do com a evaporação do solvente, obtendo-se o material , PVC reciclado. O THF evaporado pode ser condensado e reutilizado nos estágios apropriados do processo. Caracterização técnica As resinas de PVC e PET assim obtidas são puras e homogêneas, conforme os requisitos especificados pelas normas ISSO 1043,seções 1 a 4, e livre de contaminantes,A estabilidade térmica residual é reduzida em cerca de 26%em relação ao material virgem.Isto é o resultado da degradação dos estabilizantes térmicos decorrentes dos repetitivos ciclos de fusão, que pode ser compensado pela adição suplementar de aditivos. Durante as primeiras investigações sobre esse novo processo foi produzida uma formulação com material virgem par permitir uma 43 comparação com o material reciclado.Os valores relativos ao limite de resistência e ao alongamento total para os materiais reciclados e virgem foram comparados,e observou-se que o material recuperado atinge os valores mínimos de 15 MPa para o limite de resistência e de 200% para o alongamento total, considerando-se que este material pode ser reutilizado no processo produtivo. Análise Química A análise térmica é um ensaio adequado para a caracterização de polímeros puros ou em misturas.em alguns casos, requer-se que esses métodos sejam usados rotineiramente; portanto, eles foram devidamente normatizados.o método específico a ser usado é escolhido de acordo com os efeitos mensuráveis que podem ser esperados.No presente caso o problema era monitorar o processamento do material composto passo a passo. Foi escolhida a análise termogravimétrica ( TGA), para se detectar PVC ou PET, ou seja, a detecção foi feita através da degradação térmica do material usado como amostra. Durante a TGA, a alteração de peso é medida ao longo de uma evolução programada e controlada de temperatura ao longo do tempo, sob condições de atmosfera definidas.quando se deseja comparar as curvas TG assim obtidas, é necessário que se obtenha um alto grau de reprodutibilidade.Se, por outro lado o que se deseja é uma identificação, então é necessário efetuar uma separação entre as sucessivas reações de degradação. Esses dois requisitos são satisfeitos quando as reações de degradação ocorrem sob taxas virtualmente constantes.Isto não é possível com o aquecimento contínuo convencional.Os resultados dependem em grande parte dos parâmetros experimentais escolhidos e podem ser apenas com uma drástica redução na taxa de aquecimento. Contudo, este procedimento não é viável devido ao longo período de tempo que se faria necessário para a análise.O que usa é ao detectar uma mudança de peso da amostra a taxa de aquecimento é diminuída até que a alteração desapareça.Isto resulta numa baixa taxa de reação (mais especificamente, taxa de mudança ou degradação) que é virtualmente constante.Conclui-se que o método aqui exposto permite a obtenção de resinas recicladas de alta qualidade através da redissolução de plásticos misturados e contaminados provenientes de materiais compósitos.Estas resinas recicladas possuem alta qualidade equivalendo-se ao material virgem do ponto de vista de suas 44 características de transformação e uso.O solvente é recuperado no processo e reutilizado. O processo apresentado também pode ser usado para outros tipos de rejeitos contendo PVC mediante pequenas adaptações.A mesma técnica tem sido aplicada com algum sucesso para outros tipos de termoplásticos, tais como ABS, SMA (anidridoestirênico-maleico), PVB,(Polivinil-butiral), e PMMA, levando-se em conta os parâmetros característicos do material em questão. As vantagens do processo ficam particularmente evidentes no caso de materiais para reciclagem misturados, compostos e rejeitos com contaminação interna., aumentando-se consideravelmente a quantidade de material que pode ser reciclado ,impedindo os de virarem resíduos industriais e ter minarem na maioria das vezes como contaminadores de rios e mares pelo mundo afora 6.6 ) Siderúrgicas japonesas aproveitam resíduos plásticos como fonte de energia Sociedade e indústria enfrentam atualmente um enorme desafio derivado do agravamento dos problemas ambientais e do impasse sobre como lidar com as crescentes montanhas de rejeitos, com a falta de locais de coleta e tratamento de lixo e com a recorrente questão sobre como recuperar esses materiais e torna-los reutilizáveis.Na tentativa de reverter a situação , siderúrgicas japonesas propuseram formas de reciclagem e reutilização de plásticos descartados em grande volume como fontes de energia.O artigo descrito abaixo foi publicado na revista Steel Today and Tomorrow( News of Japanese Steel), nº- 153,de abril de 2001 Diante do aumento dos problemas ambientais em todo o mundo e da dificuldade de reciclagem do lixo doméstico, caracterizada pela escassez de locais de deposição e pela existência de recursos efetivamente limitados, o Japão criou a “Basic Law Encouraging the Formation of a Recycling Society ), (Lei básica de estímulo de formação de uma sociedade de reciclagem), em abril de 2000.Esta lei define os princípios básicos para a criação de uma sociedade voltada para a reciclagem, com o objetivo de reduzir o problema do lixo a um mínimo possível por meio de reciclagem generalizada de recursos, que inclui a reutilização de produtos e a implementação de práticas eficientes de recuperação térmica.Neste ponto , a 45 indústria siderúrgica japonesa atingiu resultados consideráveis lançando mão de tecnologias especializadas. Reciclagem de subprodutos Aproximadamente 40 milhões de toneladas de resíduos ou subprodutos são geradas anualmente no Japão pelas indústrias de processamento de ferro e aço.Cerca de 90% destes materiais são sucatas.cem por cento das sucatas de alto-forno é reutilizada, principalmente como matéria-prima na indústria de cimento e em pavimentação, como um substituto da areia; 96% da sucata das siderúrgicas também e reciclada para uso em engenharia civil.Além disso, a taxa de reciclagem de pó e sedimentos também subiu para próximo a 90%. A indústria japonesa do aço,está envolvida não só na recuperação dos resíduos derivados de seus próprios processos de manufatura,mas ,também tem contribuído para o desenvolvimento de uma sociedade orientada para a reciclagem ao atuarem intensamente na conversão de materiais descartados, pela sociedade e por outras indústrias, em recursos utilizáveis.Entre esses materiais estão os plásticos,pneus e catalisadores usados.O progresso tem sido particularmente grande na reciclagem de plásticos. Reciclagem de resíduos plásticos Os rejeitos plásticos são gerados pela sociedade japonesa a uma taxa de cerca de 4,5 milhões de toneladas/ano, e outras 4,5 milhões de t/ano são produzidas pela indústria. A reciclagem de plásticos é feita de duas formas. Uma é a reciclagem física, definida pela regeneração e uso do plástico por recombinação ou tratamento químico. A outra é a reciclagem térmica, pela qual os plásticos são incinerados para produzir eletricidade e calor. • primeiro método de recombinação pode ser dividido em reciclagem de material e reciclagem química. A reciclagem de materiais combina os resíduos plásticos para torna-los novamente moldáveis.A reciclagem química é um método relativamente novo, que efetivamente converte os rejeitos plásticos em resinas liquefeitas,agentes de redução de minério para uso em fornos de coque e gases. As siderúrgicas japonesas fizeram grandes desenvolvimentos tecnológicos para este tipo de reciclagem. 46 Utilização dos plásticos como matéria-prima de alto-forno A separação, moagem e granulação dos plásticos para posterior insuflação dos pellets em altos-fornos passou a ser vista como um sistema contínuo para reciclar plásticos e utiliza-los como matéria-prima na produção de ferro.Com esta tecnologia,plásticos triturados e granulados são insuflados com ar quente por ventaneiras em altos-fornos, onde eles atuam como agente de redução, em substituição ao coque.a utilização como material de alto-forno do que antes era descartado como lixo possibilitou a redução do consumo de coque e reduziu a demanda de carvão no Japão , que depende de fontes externas para a obtenção dessa matéria-prima. Além disso, com este sistema , nenhum gás tóxico é lançado na atmosfera e os gases de subprodutos que são gerados podem ser usados em usinas geradoras de eletricidades.Uma grande siderúrgica planeja passar a utilizar,até 2010, cerca de 300mil toneladas de resíduos plásticos ao ano. Conversão dos plásticos em matérias–primas químicas em forno a coque A conversão efetiva de plásticos em matéria-prima química para fornos a coque é feita por trituração de embalagens plásticas e pela aplicação de outros pré – tratamentos, para posterior carregamento do produto em altos fornos a coque e carbonização livre de oxigênio à temperatura máxima de 1200ºc. Este processo decompõe quimicamente os plásticos em coque (20%), plásticos liquefeitos (40%), e gás rico em hidrogênio ( gás de forno a coque) .O coque resultante é usado como agente redutor de minério de ferro, os plásticos liquefeitos para a indústria de plásticos,e o gás rico em hidrogênio como uma fonte de energia limpa para geração de eletricidade. A tecnologia foi designada como um método de reciclagem química para a conversão de resíduos plásticos em recursos utilizáveis sob a lei de Reciclagem de Embalagens (Container Packaging Recycling law ). Duas plantas industriais para reciclagem de resíduos plásticos foram colocadas em prática em 2000,cada uma com capacidade de tratamento de 40 mil ton/ano. A tecnologia básica foi melhorada pra a descloração de rejeitos de PVC , o PVC não e mais separado dos resíduos e sim processado simultaneamente, desclorados economicamente e adequados para a reciclagem. Com este novo método , contaminantes como pedaços de metal, madeira e papel são facilmente extraídos. Além disso, os sólidos desclorados são pulverizados e como resultado, podem ser 47 soprados em alto-fornos.Ao mesmo tempo, o cloro pode ser recuperado como ácido clorídrico e usado como agente coadjuvante no processo de laminação de aço. Com a aplicação desta tecnologia , o uso eficiente de 6,6 milhões de toneladas de plásticos desperdiçados todos os anos se tornará possível,isto reduzirá significativamente a emissão de gás carbônico e dioxinas, restringindo o impacto no meio ambiente, as influências negativas sobre plantas e animais , e melhorará a situação dos locais de deposição.Almeja-se somente pensando em termos de proteção ao meio ambiente para2010, uma redução de105 das emissões de gás carbônico em processos de produção de ferro e aço no Japão. 7- A situação da reciclagem no Brasil A reciclagem no Brasil enfrenta muitos problemas e, por essa razão, ainda não deslanchou. De um modo geral, a reciclagem ainda deve resolver questões básicas, entre os mais importantes, têm-se: 1. Incentivo fiscal - a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), superior no caso de produtos reciclados que é 12% contra 10% para a embalagem confeccionada a partir de matéria-prima virgem; 2. Aquisição de matéria-prima – a falta de um gerenciamento integrado do lixo no Brasil, prejudica o fornecimento de material a ser reciclado para as empresas com uma freqüência necessária para a produção não parar. O fortalecimento das cooperativas de catadores também poderá melhorar esse item; 3. Qualidade da matéria-prima – normalmente a material fornecido por sucateiros ou atravessadores para as recicladoras não apresentam uma homogeneidade com relação ao tipo de plástico fornecido. A perda relacionada a quantidade de material fornecido e a quantidade do material que realmente vai ser reciclado chega em torno de 40% no caso dos recicladores que trabalham com material oriundo de “lixão”; 4. Tecnologia - algumas empresas recicladoras são atraídas a entrar no mercado pelo fato de se trabalhar com lixo, material teoricamente adquirido com custo zero, e por falta de tecnologia e conhecimento do mercado enfrentam problemas, como por exemplo, de gasto excessivo de energia, custos ligados a produção altos que podem levar ao fechamento da empresa. Muitas empresas fecham antes de completar dois anos no mercado; 5. Qualidade do material reciclado – seus produtos entram no mercado sem qualidade. Isso vem prejudicar as empresas do ramo que trabalham seriamente; 6. Mercado consolidado – deveria haver uma conscientização por parte da população na maior utilização de artefatos feitos de material reciclado. O alcance de bons resultados nesse setor, também, depende de se investir em etapas anteriores e posteriores a reciclagem, ou seja, na coleta seletiva e no mercado para o produto reciclado. A atuação conjunta do governo, universidades, organizações não- 48 governamentais e recicladores irá criar um incentivo para a reciclagem no pais, mais industrias entrarão no ramo, consequentemente haverá uma concorrência sadia beneficiando a sociedade. 7.1- Atuação das Universidades, ONG e Governo Estudos estatísticos sobre recicladores são poucos, mas sabe-se que há grande concentração na região sudeste. As dificuldades em pesquisar sobre esse ramo industrial esta no fato da existência de empresas, que para sobreviver no mercado, são obrigadas a viver quase na clandestinidade. Hoje, no Brasil, são desenvolvidos muitos trabalhos na área de reciclagem e a maioria desses estudos são gerados em universidades localizadas na região sudeste. No ultimo Congresso Brasileiro de Polímeros, mais importante no campo de plásticos, realizado em 1999, foram apresentados 30 trabalhos somente em reciclagem de plásticos. Localização por região das Universidades que trabalham com reciclagem de plásticos que apresentaram trabalhos no 5o Congresso Brasileiro de Polímeros, podem ser vistos na tabela em anexo. (Ver anexo 24 ) Essas instituições e as organizações não-governamentais podem auxiliar no desenvolvimento de tecnologias mais baratas e um mercado diferenciado para se obter um plástico reciclado de melhor qualidade dentro de uma realidade de um país ainda em desenvolvimento. Cabe ao governo incentivar através de leis e impostos a reciclagem. Esses incentivos podem ser obtidos por projetos de lei como a redução do imposto de renda das empresas que se dedicarem à reciclagem e o decréscimo da taxa sobre produtos industrializados (IPI), incidente sobre produtos reciclados, podendo propiciar menor preço para os produtos reciclados, o que estimulará sua aquisição por parte do consumidor. Acredita-se que esse seja um dos pontos mais importantes que tornarão esse mercado competitivo. O setor de reciclagem de plásticos ainda encontra-se em um estágio inicial de desenvolvimento, apesar de algumas empresas já estarem bem estruturadas e preocupadas com qualidade. A formação de uma rede integrada composta de Universidades, Organizações não-governamentais, governo e recicladores irá melhorar muito essa área inóspita. A reciclagem não salvará o país, mas poderá conduzir à melhoria da qualidade de vida da população com a geração de impactos positivos muito importantes para a sociedade, como: diminuição de doenças causadas pela proliferação de vetores contaminados pelo lixo, como febre amarela, malária, leptospirose e leishmaniose; geração de empregos; aumento da vida útil dos aterros sanitários. Todos saem ganhando com o desenvolvimento da reciclagem principalmente as prefeituras, que irão economizar nas áreas de saúde e saneamento. Em vista do que foi dito acima , demonstra-se de um modo geral , qual é a posição do presente trabalho: 49 C e n á r i o e p o s i ç ã o do trabalho em relação a reciclagem de plásticos no Brasil O trabalho é favorável aos projetos de lei, patrocinados pelo Congresso Nacional, que definam políticas, ou seja, conjunto de objetivos, princípios, diretrizes, para atividades específicas. Eles devem ter fundamento técnico/econômico, considerar a complexidade dos temas, a diversidade e o tamanho do pais.Os outros níveis de governo devem: a) incentivar as cooperações regionais b) praticar as atividades de licenciamento, monitoramento e fiscalização; c) definir, localmente, todas as possibilidades disponíveis, tomando como base as realidades e necessidades sociais, econômicas e ambientais. Qualquer iniciativa para encontrar soluções é muito bem acolhida. acreditamos no debate, como forma democrática de alcançar tais soluções, tendo como participantes todos os atores sociais. Para um melhor reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos é indispensável a adoção do gerenciamento integrado e compartilhado, que consiste em um conjunto de princípios, normas, definições, ações de planejamento, operacionais e financeiras, que uma administração municipal deve desenvolver, baseada em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor de seus resíduos. A disponibilidade de áreas adequadas, considerando a proximidade de mananciais, a infra-estrutura de transporte e o volume de resíduos gerado são fatores fundamentais para se estabelecer a combinação ótima das alternativas disponíveis do seu tratamento, ou seja, a reutilização, a reciclagem, a recuperação de energia, a compostagem e a disposição final. A simples armazenagem nos chamados lixões, bem como a incineração a céu aberto, sem controle das condições de queima, não podem ser consideradas como alternativas sustentadas de tratamento dos resíduos. Os três principais fundamentos para que ocorra a reciclagem são: a coleta, a educação e o mercado. 50 Portanto, fazem parte do processo: os governos, as empresas, os cidadãos, os catadores e os recicladores O papel dos governos/prefeituras é o de realizar programas de educação ambiental junto à sociedade e implantar a coleta seletiva, bem como dar condições para que o mercado de reciclagem cresça, através de mecanismos de estimulo à atividade. O cidadão deve participar em benefício da comunidade, adquirindo produtos ambientalmente corretos, não fomentando desperdícios, jogando o lixo no lixo e separando-o, minimamente, em duas frações (seca e úmida). Nossa luta é pela criação de estímulos às atividades de reciclagem ao invés de punições à cadeia produtiva. A reciclagem é uma atividade que pode facilmente empregar inúmeras pessoas, se bem atendida pelas áreas governamentais. No âmbito nacional há projetos de lei relativos aos plásticos e outros que procuram abranger o gerenciamento dos resíduos sólidos. Em alguns casos, os projetos estão recebendo emendas, porque não levaram em consideração aspectos fundamentais para que a reciclagem dos plásticos seja viável técnica, econômica e ecologicamente. A realidade, no entanto, aponta-nos que torna-se imprescindível a existência de uma Política Nacional de Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos, que contemple as idéias viáveis dos projetos de lei em tramitação. Bibliografia: http//www.padronecology.com.br/principal.htm http//www.plastivida.org.br http//www.plastivida.org.br/bibliote/jornal/079/pag03.htm http//www.abiquim.org.br http//www.recicláveis.com.br/negócios/plástico/linha.htm http//www.cepis.org.pe/muwww/fultext/reprind59/qsp/qspcua04.html Revista Plásticos Industrial “As aplicações e limitações dos plásticos biodegradáveis,página 24,agosto de 2000. Revista Plástico Industrial “ Dissolução Seletiva: uma forma de reciclar compostos termoplásticos,página50, Junho de2001. 51 L.Cerqueira & E.Freitas (2000); Saneamento Ambiental, 62, 12-24; Anon (1998); Bio, 6,20-26; Anon (1999); Cempre informa, 43, 2 M.R.Furtado (1996); Plástico Moderno 266, 8-18; Informativo Abiquim: “Os plásticos e o meio ambiente”; E. Lobato (1991); Folha de São Paulo, 1o caderno, 10 de novembro, p.18. Revista Plástico em Revista, Setembro de 2000,nº- 454, ano 38,,págnas 44 a 46 Revista Plástico Industrial,outubro de 2001,Ano iv, Aranda editora, páginas 24,38, 64 e 76. Mancini, Sandro Donnini e Zanin, Maria, Revista Plástico industrial , set 2000, p. 118125. Revista Plástico Industrial, Jan 99, Sanchez, Elisabete Maria saraiva, Angelini, Joceli Maria Giacomini ; Sanchez,Caio Glauco, Uma avaliação do PC. PBT e da blenda PC/PBT para fins de reciclagem.,p.54-58. Anexos ( anexo 1 ) 52 .( anexo 2 ) ( anexo 3 ) ( anexo 4 ) 53 ( anexo 5 ) ( anexo 6 ) 54 ( anexo 7 ) anexo 8 anexo 9 55 ( anexo 10) ( anexo 11 ) ( anexo 12 ) 56 ( anexo 13 ) ( anexo 14 ) ( anexo 15 ) 57 ( anexo 16 ) (anexo 17 ) ( anexo 18 ) 58 ( anexo 19 ) Embora este processo já possa ser considerado como um negócio, pois existem muitas empresas que compram o material lavado e moído, normalmente ele é complementado pelo processo de granulação do material. Leve em conta ao desenvolver o seu negócio que ao investir em uma linha de granulação você Vista do Tanque estará agregando mais valor ao seu produto e diminuindo o tempo de retorno do seu investimento. 59 ( anexo 20 A Tipos de destinação de plásticos pós uso por setor industrial (x1.000ton) Agricultura Total de 276 Setor Construção Automotivo Civil 761 552 Indústria e Logística 4.091 Eletro- Coleta eletrônica Seletiva 4.091 Total 13.050 19.540 60 plásticos disponíveis Incinaração e aterro Recuperação de energia 129 674 495 2.317 2.317 8.198 12.586 -0 11 -0 540 540 3.854 4.411 147 76 57 30 1.069 643 2.022 Reciclagem mecânica dentro da Europa 61 ANEXOS 21, 22 E 23. Região Nordeste Sudeste Sul Universidade • Universidade do Ceará • Universidade Federal da Paraíba • Universidade de Campinas • Universidade Federal do Rio de Janeiro • Universidade Federal de São Carlos • Universidade Federal de São Carlos • Soc. Educ. Santa Catarina • Universidade de Caxias do Sul Anexo 24 A 62 ÍNDICE INTRODUÇÂO CAPÍTULO I 9 11 11 1.1- Matéria-prima 11 1.2- Principais consumidores de petróleo 12 1.3- Classificação dos polímeros 12 1.3.1-Termoplásticos 12 1.3.2-Termofixos 12 1.4- Classificação dos descartes plásticos 12 CAPÍTULO II 12 BIODEGRADABILIDADE 12 2.1- Plásticos biodegradáveis porque faze-los? 12 2.2- As diferentes possibilidades de degradação 13 2.3- A fotodegradação 13 2.4- A quimiodegradação 14 2.5- Os polímeros sintéticos “ditos” biodegradáveis 15 2.5.1- Os polímeros não-aromáticos 15 2.5.2- Os polímeros aditivados com polímeros naturais 15 2.5.3- Os polímeros enxertados com naturais 15 2.5.4- Os polímeros de síntese biodegradáveis 15 2.6- Os verdadeiramente biodegradáveis 16 2.7- Os falsos biodegradáveis 17 O CICLO DE VIDA DOS PLÁSTICOS 63 2.8- Degradabilidade = poluição 2.9- Biodegradáveis o que fazer ? CAPÍTULO III O MERCADO PARA RECICLAGEM 3.1- Quanto é reciclado? 3.2- O ciclo da reciclagem na indústria têxtil 3.3 - A questão ambiental 3.4- A importância do plástico 3.5- Processo produtivo 3.6- A importância da coleta seletiva 3.7- Vantagens da reciclagem dos plásticos CAPÍTULO IV PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO 4.1- Extrusão 4.2- Sopro 4.3- Injeção 4.4- Reciclagem Mecânica 4.4.1 Separação 4.4.2- Moagem 4.4.3- Lavagem 4.4.4- Aglutinação 4.4.5- Extrusão 4.5- Reciclagem Química 4.6- Reciclagem energética 4.6.1- O plástico e a geração de energia CAPÍTULO V UMA VISÃO GLOBAL DO CRESCIMENTO 5.1- Cresce a reciclagem de plástico na Europa 5.2Consumo de plástico entre 1991/2000 5.3- Outros plásticos reciclados no Brasil 5.3.1- Plástico filme 5.3.2- Quanto é reciclado 5.3.3- Pneus 5.3.4 Quanto é reciclado 5.3.5- PET 5.3.6- Quanto é reciclado 18 19 19 19 20 20 20 21 21 22 22 23 23 23 23 24 24 24 25 25 25 25 25 26 27 27 28 28 28 29 29 29 30 30 30 31 64 5.3.7- Plástico rígido 5.3.8- Quanto é reciclado CAPÍTULO VI ESTUDOS E PESQUISAS IMPORTANTES 6.1- relação consumo x descarte dos plásticos 6.2- Aplicações e limitações 6.3 Avaliação das propriedades do PPP reciclado 6.4- Avaliação do PC, PBT e blenda PC/PBT 6.5- Dissolução seletiva recupera termoplásticos 6.6- Siderúrgicas japonesas aproveitam energia CAPÍTULO VII SITUAÇÂO DA RECICLAGEM NO BRASIL 7.1- Atuação das Universidades, ONG e Governo CONCLUSÂO Posição do Trabalho em relação a reciclagem no pais BIBLIOGRAFIA ANEXOS FOLHA DE AVALIAÇÃO 31 31 31 31 31 34 37 39 41 46 48 48 49 50 50 52 52 53 65 FOLHA DE AVALIAÇÂO UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE PÓS- GRADUAÇÃO EM PLANEJAMENTO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 66 RECICLAGEM DE PLÁSTICOS : UMA VISÃO ECONÔMICO-AMBIENTAL ALUNO- DANIEL DA ROCHA AMORIM ORIENTADOR- PROF. CELSO SANCHEZ AVALIADOR;-------------------------------------------------------CONCEITO------------------------------------------------------------ 67