OS PRIMEIROS HABITANTES
• Índios tupi-guarani: litoral sul, às margens do rio
Parána e atual Paraguai.
• Carijós: litoral
• Guayaná e Xetá: interior
• Duas grandes áreas culturais: a floresta tropical
(região da Serra do Mar) e a marginal (região de SC)
• Floresta tropical: família tupi-guarani
• Marginal: família Gê
kaigangs e botocudos
PARANÁ TRADICIONAL
• A designação de Paraná Tradicional remete-se ao
período de conquista e ocupação do território
indígena pelos luso-brasileiros, desde o século XVII
até o XIX, compreendendo a porção do litoral,
primeiro planalto, Campos Gerais, Campos de
Guarapuava e Palmas.
• Inicialmente através da preação de índios e da
mineração possibilitou-se a criação das
primeiras vilas portuguesas, no litoral e no
primeiro planalto, como a de Paranaguá,
Antonina e Curitiba.
• Por mais efêmera que se apresentou esta
dinâmica ocupacional, uma segunda fase se
consolidou, a partir do século XVIII, a
economia pecuária e ervateira.
• . Através do tropeirismo efetivou-se o
surgimento de vilas, como Castro, Ponta
Grossa, Lapa, Jaguariaíva com uma sociedade
“latifundiária, campeira e escravocrata”.
• Por fim, a partir do século XIX o contingente de
imigrantes, principalmente europeus, também
contribuíram para a formação desta “área
histórico-cultural”
• Com a chegada dos portugueses o primeiro contado
foi através dos tupi-guarani.
• Mais avançados em técnicas
• Tupi-guaranis e gê estavam na fase da pedra polida
• Herança cultural: etnia, vocabulário, alimentação
• Vivem hoje em reservas, divididos em 14 tribos.
• Dependem da venda de artesanatos ou estão
“integrados” à vida do homem branco.
• Sambaquis.
CHEGADA DO EUROPEU
•
•
•
•
•
•
•
Final do século XVI
Disputa entre portugueses e espanhóis
Província de Guairá: região dominada pelos espanhóis
Objetivo dos espanhóis: aprisionar índios para escravidão
Fundação das missões: abrigo e proteção aos índios
Disputa entre jesuítas e espanhóis: encomienda
Início da Bandeiras
busca de mão-de-obra para a lavoura;
medo da expansão espanhola nas terras portuguesas; busca
de metais preciosos em novas regiões
• Tupi é a origem da palavra Paraná, que significa “rio” na
linguagem indígena, povos que se localizavam dentro do
quadrilátero fluvial Paraná - Paranapanema -Tibagi-Iguaçu.
• Aleixo Garcia
1º europeu a percorrer a região
• Alvar Nuñez Cabeza de Vaca
posse simbólica do rio
Paraná em nome da Espanha
• 1554
fundação da vila de Ontiveros (espanhola)
• Ciudad Real de Guairá e Vila Rica do Espírito Santo
Província de Guairá.
• Escravização dos índios pelos espanhóis
lutas e criação
da reduções jesuíticas
REDUÇÕES DE GUAIRÁ
HISTÓRIA E OCUPAÇÃO
A História do Paraná pode ser estudada em
períodos:
*O período de ocupação – entre 1500 e 1535,
quando as terras onde hoje é o Paraná estavam divididas
entre espanhóis e os portugueses. Os espanhóis
começaram a ocupar o Paraná pelo oeste e os
portugueses pelo leste.
PERÍODOS DAS CAPITANIAS
*O período de capitania – 1535 a 1711, quando o
Brasil foi dividido em capitanias hereditárias.
Duas capitanias foram criadas sobre o litoral
paranaense: a de São Vicente, ia de Paranaguá para o norte
e a de Sant’Ana, de Paranaguá para o sul.
Foram elevadas à vila de Paranaguá em 1648, e a de
Curitiba em 1693.
Em 1711, o Marques de Cascais, que era dono da
capitania de Paranaguá, vendeu-a ao governo português. O
Paraná passou, então à Província de São Paulo e a se
chamar Comarca de São Paulo.
Origem e fundação de Paranaguá
• Região que mantinha comércio, através dos índios,
com homens de São Vicente e Santos
• A ocupação ocorreu com a descoberta de ouro e
busca de mão-de-obra indígena
• Bandeirantes e mineradores
• Paranaguá recebe uma Casa de Fundição e o
pagamento e controle do “quinto”
• Século XVII: elevada a categoria de vila
• Diminuição do ouro
produção agrícola
HISTÓRICO DE PARANAGUÁ
• Século XVI : chegada dos primeiros colonizadores na baía de
Paranaguá
• Importante papel, sob o prisma geográfico: sua entrada
correspondia ao limite da segunda parte da capitania de São
Vicente. Começava em Bertioga, no litoral paulista, estendendo-se
até a altura da Ilha do Mel, na costa paranaense
• Meados do século XVI as principal atividade econômica eram:
plantio de pequenas áreas e o tráfego de bugres nativos.
• Em 1646 foi erguido do Pelourinho
símbolo da justiça.
• 4 de maio de 1647 Gabriel de Lara, bandeirante que exerceu
importante papel no desenvolvimento de Paranaguá, requereu ao
rei a criação da Vila de Nossa Senhora de Paranaguá
• 1649, instalação da Câmara Municipal da nova vila.
Em 1648, foi erigido o
Pelourinho da cidade, em frente
à câmara e cadeia da vila que,
nessa época levava o nome da
Santa qual Gabriel de Lara era
devoto, N. Sra. do Rosário.
Era no pelourinho que ladrões
e pessoas às avessas da lei da
coroa
portuguesa,
eram
castigadas.
Mais
tarde
o
mesmo
pelourinho foi usado pelos ricos
aplicarem castigos aos seus
escravos.
• Em 1688, com aproximadamente 1.500 habitantes, Paranaguá foi
assolada por uma epidemia de cólera que em pouco tempo reduziu
para um terço a população.
•
No reinado de D. José I, em 1767 tem-se início a construção da
Fortaleza de Nossa Sra. dos Prazeres, foi um posto avançado para
defesa contra os ataques de piratas.
• A necessidade da criação de uma província que separasse o atual
Paraná de São Paulo foi manifestada em 6 de julho de 1811,
quando a Câmara Municipal tomou a iniciativa de representar junto
ao príncipe regente, solicitando a emancipação da Comarca e a
criação de nova capitania.
• Somente em 1821 Paranaguá foi emancipada recebendo o título de
Cidade, tendo na época cerca de 2.000 habitantes e 400
edificações.
HISTÓRIA DE CURITIBA
• Os primitivos do primeiro planalto paranaense:
indígenas Tingüi, da nação Tupi-Guarani
• Primeiros povoadores de Curitiba: meados do século
XVII: encontrar ouro na região.
• Provenientes de: São Paulo e Paranaguá onde já haviam
sido descobertas jazidas de ouro.
• Atividades
exploração mineral, criação de
bovinos e uma lavoura de subsistência, nas terras de
mata.
• 1654
fundação do povoado de Nossa Senhora da
Luz e Bom Jesus dos Pinhais.
• Ficava no local de encontro entre os mineradores e os
criadores de gado.
FUNDAÇÃO
• A data oficial da fundação de Curitiba é 29 de
março de 1693
• Fundada por Matheus de Leme em razão dos
"apelos de paz, quietação e bem comum",
Theodoro de Bona
Theodoro de Bona
SÉCULOS XVII E XVIII
•
•
•
•
•
Século XVII
Mineração: pouco desenvolvimento
Deslocamento dos mineradores para a região de Minas Gerais
Século XVIII
Criação e comércio de gado: fixação de povoadores
desenvolvimento da região de
Curitiba.
• A vila ficava no caminho do gado, aberto no século XVIII
entre Rio Grande do Sul e Minas Gerais para o comércio de
gado.
• Construção de uma nova estrada: fora da rota da vila que foi
posta no isolamento.
• Em 1820, já era chamada Nossa Senhora dos Pinhais
de Curitiba
• O início da exploração e do comércio da erva-mate e
da madeira provocou um novo impulso em seu
crescimento.
A história do Paraná se funde com a
história da erva mate. Tanto assim que a
cultura é um dos símbolos presentes na
Bandeira e no Brasão de Armas do
Estado.
Curitiba no século XIX
• 19 de novembro de 1811: criação da Comarca
de Paranaguá e Curitiba
• Território integrado à Capitania de São Paulo
• No mesmo ano, a Câmara Municipal de
Paranaguá apelou ao príncipe regente, D.
João VI solicitando a emancipação da
comarca e a criação da Capitania do Paraná,
independente de São Paulo;
• Após a Independência do Brasil, porém, os
paranaenses continuaram submetidos a São
Paulo
• Dois episódios tornaram evidente a
importância política e estratégica da
região: a Guerra dos Farrapos as Revoltas
Liberais de 1842.
• 6 de fevereiro de 1842, uma lei provincial
de paulista, elevou Curitiba à categoria de
cidade.
Fundação de Curitiba representada no
trabalho de João Turin, 1943, alto relevo, em
Bronze. Em exposição no Memorial da Cidade
Monolito com a Cruz de Cristo,
na Praça Tiradentes, símbolo
da constituição legal de
Curitiba.
O Símbolo D'El Rey de Portugal
Na Praça Tiradentes está o monolito
que representa o poder legalmente
constituído do governo português e a
caracterização de Curitiba como vila,
em 29-3-1693.
O marco zero de Curitiba, que é um
marco de referência geodésica, está
instalado próximo ao monolito.
A Cruz de Cristo, esculpida no
monolito, era o símbolo da Ordem
Militar de Cristo que financiava a
Escola de Sagres, e instituída pelo Rei
D. Diniz de Portugal no século 14.
Incorretamente chamada de Cruz de
Malta por alguns.
PROVÍNCIA DO PARANÁ
• 29 DE AGOSTO de 1853: aprovado o projeto de
criação da província do Paraná, assinada por D.
Pedro II.
• Apesar da aprovação da lei, a emancipação política
do Paraná demorou quatro meses para se concretizar.
• Em 19 de dezembro de 1853, a província do Paraná
separou-se da de São Paulo.
• Curitiba foi escolhida como capital da nova província
e, na mesma data da emancipação política da
província, chegou à capital Zacarias de Góis e
Vasconcelos, o primeiro presidente do Paraná.
• A população distribuía-se principalmente nas cidades
de Curitiba e Paranaguá.
ECONOMIA DO PARANÁ
• A economia paranaense expandia-se com a
produção local da erva-mate.
• A erva-mate era exportada para os mercados
argentino, uruguaio, paraguaio e chileno, além
do comércio de gado.
• O mate era o principal produto de exportação
do Paraná, na época.
TROPEIRISMO
•
•
•
•
A atividade pecuária se caracterizou de forma marcante no Paraná
proporcionando a formação das primeiras vilas nos Campos Gerais e nos
Campos de Guarapuava e Palmas.
As características naturais desta região propiciaram a criação, o transporte e
a comercialização de animais.
O gado muar abundante nos campos do Rio Grande do Sul eram trazidos
através do Caminho das Tropas, ou Estrada da Mata, para as fazendas de
invernagem no Paraná e daqui seguiam às feiras de Sorocaba em São Paulo.
Estes animais de carga transportados pelos tropeiros serviam para abastecer
outros mercados internos do país como de Minas Gerais.
Passagem de gado pela
Cidade de Castro
• No Paraná os tropeiros foram importantes na ocupação do segundo
planalto.
• Os tropeiros muitas vezes precisavam pernoitar em pontos do
percurso esperando a chuva estiar, ou nível dos rios abaixarem, o
que gerava a necessidade de alimento, comércio, entre outros.
• provocando a vinda de grupos familiares para esses pontos.
• Nascia assim, pequenos vilas que, com o passar das décadas,
foram tornando-se pequenas cidades e desenvolvendo-se.
• Podemos citar como exemplo: União da Vitória,Castro, Cascavel e
Ponta Grossa, que foi a maior entre elas, e mais inúmeras cidades.
O tropeirismo somente declinou com a entrada das estradas de
ferro e posteriormente com as de rodagem, mas possibilitou um
“modo de vida” que ainda permanece em muitas regiões.
INFLUÊNCIA DO TROPEIRISMO
NO PARANÁ
•
•
•
•
•
•
•
Para atender às necessidades de alimentação e transporte dos
mineradores das Minas Gerais, ocorreu uma grande procura de vacas,
cavalos e mulas.
Os campos de Curitiba e do atual Rio Grande do Sul, onde o gado se
espalhava em grande quantidade, eram territórios muito favoráveis à
pecuária.
Por volta de 1720, os paulistas começaram a buscar o gado do Rio Grande
do Sul.
Alguns anos depois, foi aberto o caminho Viamão-Sorocaba. Era um
caminho que levava o gado das margens do rio da Prata e da lagoa dos
Patos, no Sul, à feira de Sorocaba, em São Paulo, passando por Curitiba.
A região de Curitiba ganhou novo impulso e intensificou-se a ocupação de
áreas de campos naturais dos planaltos paranaenses.
Ampliava-se assim a conquista do interior.
Muitos paranaenses, passaram a dedicar-se ao rendoso negócio de
comprar gado no Sul, engordá-lo em suas fazendas e vendê-lo em
Sorocaba.
•
•
•
•
No final do século XVIII, quando o rendimento do ouro de Minas Gerais,
Mato Grosso e Goiás tornou-se reduzidíssimo, os moradores de Curitiba
instalaram novas fazendas de gado, começando a povoar o norte, sul e
oeste do atual Paraná.
O primeiro passo foi a conquista do vale do rio Tibagi.
Em 1770, começou a exploração dos campos de Guarapuava,
definitivamente colonizados só na metade do século XIX. Nessa época
colonizaram-se os campos de Palmares.
A ocupação dos campos naturais do oeste, pela criação de mulas, coincidiu
com a expansão, também para o oeste, da lavoura cafeeira em São Paulo,
que exigia cada vez maior número de animais para o transportes.
Sempre como conseqüência da expansão dos currais de gado, nasceram
então as cidades dos campos: Castro, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa,
Guarapuava
e
Palmas,
todas
do
século
XIX.
Mas a ocupação das terras paranaenses só se completaria efetivamente no
século XX, com a imigração européia, o desenvolvimento da extração da
madeira, o avanço das plantações de café de São Paulo para o setentrião
do Paraná e as correntes de migração interna originárias dos Estados
limítrofes de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Monumento ao Tropeiro na cidade da Lapa (PR).
Download

Document