Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
I SIMPÓSIO DE PESQUISA E EXTENSÃO
DO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL
E JARDIM BOTÂNICO DA UFMG
2008
ISBN 978-85-62164-00-2
Universidade Federal de Minas Gerais
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Anais
I SIMPÓSIO DE PESQUISA E EXTENSÃO DO
MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL
E JARDIM BOTÂNICO DA UFMG
40 anos de Pesquisa e Extensão no Museu
24 e 25 de novembro de 2008
Organizado por:
Flávia Santos Faria
Laura Moreira Guimarães
Claudia Cristina Cardoso
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Belo Horizonte/MG
Reitor da UFMG
Ronaldo Tadêu Pena
Vice- Reitora
Heloísa Maria Murgel Starling
Pro-Reitor de Pesquisa
Carlos Alberto Pereira Tavares
Pro-Reitora de Extensão
Angela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben
Diretor do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Fabrício José Fernandino
Vice- Diretor do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Alberto Antonio de Oliveira
Comitê Executivo do I Simpósio de Pesquisa e Extensão do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Fabrício José Fernandino – Diretor
Flávia Santos Faria – Bióloga
Laura Moreira Guimarães – Assessora de Comunicação
Claudia Cristina Cardoso – Museóloga
Comissão de Publicação
Flávia Santos Faria
Laura Moreira Guimarães
Claudia Cristina Cardoso
Produção Gráfica / Diagramação / Capa
Pedro Peixoto
É permitida a reprodução desde que citada a fonte e para fins não comerciais.
Catalogação na fonte: Biblioteca do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
M 986 a
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Anais do I Simpósio de Pesquisa e Extensão do Museu de História Natural e Jardim
Botânico da UFMG: 40 anos de Pesquisa e Extensão no Museu / Organizado por:
Flávia Santos Faria, Laura Moreira Guimarães, Claudia Cristina Cardoso. - BeloHorizonte:
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, 2008.
1 CD-ROM
Inclui Sumário.
Contém o resumo dos trabalhos apresentados no I Simpósio de Pesquisa e Extensão do
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, realizado em Belo Horizonte/MG,
em 24 e 25 de novembro de 2008.
ISBN 978-85-62164-00-2
1. Pesquisa e Extensão – Simpósio 2. Ciências Naturais 3. Arqueologia Pré-Histórica
e Histórica 4. Botânica 5. Plantas Medicinais 6. Zoologia 7. Museologia 8. Cartografia
9. Arte ambiental 10. Educação Ambiental
I. Título II. Faria, Flávia Santos III. Guimarães, Laura Moreira IV. Cardoso, Claudia
Cristina.
CDU 574 (063)
SUMÁRIO
SESSÃO ARTE AMBIENTAL
10
Arte Ambiental
Fabrício José Fernandino
SESSÃO ARQUEOLOGIA HISTÓRICA
12
Campesinato, Tecnologias e Arqueologia Ambiental
Carlos Magno Guimarães e Mariana Gonçalves Moreira
SESSÃO ARQUEOLOGIA PRÉ-HISTÓRICA
14
As técnicas de mineração nas Gerais setecentistas e oitocentistas de acordo
com os documentos históricos impressos
Lucas Ramiro de Assis
15
As últimas populações pré-coloniais da região de Diamantina
16
Ceramistas da Pré-História Tardia: os Tupiguarani no sul de Minas Gerais
17
O que você faz no Museu? Uma apresentação sobre os estudos da arte rupestre
de Jequitaí/MG em andamento no Museu de História Natural da UFMG
Andrei Isnardis, Vanessa Linke, Ângelo Pessoa, Luíza Campera e Rafael Miranda
Bruno Ribeiro, Kalil Félix Pena e Simone Ribeiro Duarte
Rogério Tobias Junior
18
O sítio arqueológico Caixa d’Água, Buritizeiro, Minas Gerais: contexto e análise
da indústria lítica
Lílian Diniz e Juliana de R. Machado
19
Os grafismos rupestres de Diamantina
20
Os métodos de “fatiagem” sobre seixo de arenito/quartzito no sítio arqueológico
de Buritizeiro, Minas Gerais
Andrei Isnardis, Vanessa Linke, Ângelo Pessoa, Luíza Campera e Rafael Miranda
Maria Jacqueline Rodet, Déborah Duarte, Ana Carolina R. Cunha, Lílian Diniz e Hernando Baggio
21
Tecnologia e Território. Arqueologia pré-histórica de Montes Claros no contexto
do centro-norte mineiro
Lucas Bueno, Victor Barbosa e Wagner Gomes
SESSÃO BOTÂNICA
24 Atividades Realizadas no Museu de Historia Natural e Jardim Botânico da
UFMG pelo Laboratório de Interação Microorganismo Planta
Marina Lage, Marcela Pagano, Sandra Rosa Matias, Pedro Miranda, Rafael Pereira e Maria
Rita Scotti Muzzi
25
Conhecendo a Vegetação do Museu de História Natural e Jardim Botânico da
UFMG: Coleção de Frutos e Sementes da Reserva
Nathália Guimarães Oliveira, Milton Tavares e Flávia Santos Faria
26
Conservação e Manutenção das Áreas Verdes do Museu de História Natural e
Jardim Botânico da UFMG
Micael P. Rondon e Luiz Carlos Vianna Júnior
27
Estudos taxonômicos, filogenéticos e de variabilidade genética a partir da
coleção viva de Orchidaceae do Museu de História Natural e Jardim Botânico
da Universidade Federal de Minas Gerais
João A. N. Batista, Eduardo L. Borba, Henrique O. de Oliveira, Bruna L. Lau e Francisco L.
Baptista.
28
Composição florística da comunidade arbórea em um remanescente florestal
urbano (Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal
de Minas Gerais, MG)
Demian Ferreira e João Renato Stehmann
29
Mapa digital da reserva do Museu de História Natural e Jardim Botânico da
UFMG: status de conservação
Thaísa Santos Faria, Flávia Santos Faria e Sérgio Donizete Faria
30
Plano de Metas para o Setor Jardim Botânico do Museu de História Natural e
Jardim Botânico da UFMG
Flávia Santos Faria
SESSÃO CARTOGRAFIA HISTÓRICA
32
Conhecendo o Centro de Referência em Cartografia Histórica e sua
importância para o MHNJB
Prof. Antônio Gilberto Costa
34 Catálogos Digitais do Centro de Referência em Cartografia Histórica: Descrição
da cartografia da América Portuguesa e do Império do Brasil
Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos e Prof. Dr. Antônio Gilberto Costa
35
O Acervo do Centro de Referência em Cartografia Histórica na Base de Dados
Mappaisis
Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos e Prof. Dr. Antônio Gilberto Costa
SESSÃO EXTENSÃO
38
Criação de um espaço interativo para educação ambiental no Museu de História
Natural e Jardim Botânico da UFMG
Cintia Dutra Leal, Deborah Fernandes Valadão, Gracielle Leal Vasconcelos, Pollyana de
Carvalho Oliveira e Flávia Santos Faria
39
Programa de Educação Ambiental
Rafael Caldeira Camilo Xavier
SESSÃO MUSEOLOGIA
42 Pesquisa, Levantamento e Conservação da Coleção Entomológica
Claudia Cristina Cardoso e Luana da Silva
43 Readequação Técnica do Sistema de Informatização do Acervo Museológico
do MHNJB com interface na web
Claudia Cristina Cardoso e Isa Paula Rossi Vieira
SESSÃO PLANTAS MEDICINAIS
46 Pesquisa e recuperação de dados e imagens de plantas medicinais nativas do
Brasil, para uso em estudos em biotecnologia e conservação.
Maria G. L. Brandão, Naiara N.S. Zanetti, Gabriela R. Oliveira, Andressa K. S. Silva, Lorena
O. Goulart, Iluriel A. Teixeira, Karina Q. Fortes e Dyana Santos.
SESSÃO ZOOLOGIA
48 Comportamento e ecologia de um grupo mico-estrela (Callithrix penicillata) no
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, Belo Horizonte, MG
Patrícia Gomes Ferreira e Claudia Guimarães Costa
49 Estudo do comportamento e ecologia alimentar de um grupo de macacos-prego
(Cebus nigritus) do Museu de História natural e Jardim Botânico da UFMG,
um remanescente urbano de Mata Atlântica.
Kátia Regina da Silva e Claudia Guimarães Costa
50
Fatores que influenciam na distribuição de mico-estrela (Callithrix penicillata)
em Belo Horizonte - Levantamento de dados no Museu de História Natural e
Jardim Botânico da UFMG
Bruno Teixeira; Fernanda Rodrigues; Luciana Silveira; Raissa Fortini e Robert John Young.
51
Levantamento preliminar de Avifauna do Museu de História Natural e Jardim
Botânico da UFMG
Warley de Almeida Delgado
Sessão Arte Ambiental
9
Arte Ambiental
Fabrício Fernandino1 e Julia Teixeira de Carvalho2
Contato: [email protected]
Assim que ingressei na UFMG como professor da Escola de Belas Artes, em 1992, venho desenvolvendo
um trabalho investigativo que estabelece uma intima relação entre a arte e o ambiente natural. Com
uma proposta estética e poética, os trabalhos desenvolvidos têm seu campo de ação diretamente
no espaço natural e a partir da natureza concedida. Nesse período tem-se realizado instalações,
intervenções ambientais, performances e até mesmo trabalhos escultóricos que possam compor um
elenco de exposições convencionais dentro de galerias.
Tem sido desenvolvida nesses anos uma série de projetos específicos ligados à questão ambiental e
que apresentam como uma das características principais serem projetos, em sua grande maioria, de
caráter coletivo envolvendo artistas e estudante das artes. Em determinadas ações especificas, esses
trabalhos assumem características educacionais e ecológicas, promovendo uma profunda reflexão
sobre a vida e o meio ambiente. Esses trabalhos que vem sendo desenvolvidos ao longo desses
anos envolvendo instituições de ensinos, museológicas, ambientais, e governamentais. Também tem
se trabalhado em parceria com projetos artísticos culturais no Brasil e no exterior.
A arte tem possibilitado essas incursões de forma diferenciada dentro das questões relativas ao
conhecimento e ao meio ambiente, por justamente trilhar um caminho não ortodoxo para a promoção
desse conhecimento. Trabalhando no plano da afetividade e do sentimento, a arte possibilita uma
apreensão diferenciada desse universo, e dessa forma, a percepção do objeto de pesquisa e do ensino
tem obtido resultados surpreendentes. Grandes transformações comportamentais e mudanças de
paradigmas têm sido observadas a partir dessa investigação e dos trabalhos executados.
Tendo assumido a direção do Museu de Historia Natural e Jardim botânico da UFMG, na gestão
2006 - 2010, com uma proposta diferenciada de unir a arte e a ciência em favor da promoção do
conhecimento da vida, nada mais natural que instalar dentro do MHNJB uma pesquisa sistematizada
aliada às questões ambientais. Uma investigação voltada para a sensibilização e a formação de
consciências preservacionistas a partir e ações conjuntas com professores e estudantes do ensino
básico e médio, e também envolvendo professores e estudantes de artes dentro do processo
investigativo e didático.
Esse trabalho já vem sendo desenvolvido no plano organizacional, metodológico e de pesquisa.
Foi realizada uma ação efetiva em novembro de 2008 em Santa Fé, Argentina, com resultados
surpreendentes. A consolidação do projeto dentro do MHNJB está previsto para ser implantado a
partir de março de 2009 com a finalização da adequação do espaço físico, sistematização da pesquisa,
mapeamento dos procedimentos e proposição de um plano de ação para trabalhos de campo dentro
e fora do Museu.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
1 - Professor da Escola de Belas Artes da UFMG e Diretor do MHNJB;
2 - 2 - Aluna da Escola de Belas Artes da UFMF e estagiária em Arte Ambiental do MHNJB;
10
Sessão Arqueologia Histórica
11
Campesinato,Tecnologias e Arqueologia Ambiental
Carlos Magno Guimarães3 e Mariana Gonçalves Moreira4
Contato: [email protected]
O Laboratório de Arqueologia Histórica do Museu de História Natural vem desenvolvendo, a partir
de dados levantados por diferentes projetos, uma abordagem centrada em dois eixos temáticos.
O primeiro deles refere-se às tecnologias rurais, adotadas por diferentes populações camponesas,
voltadas para o processamento de alimentos. O estudo visa a compreensão das referidas tecnologias
e sua inserção nos contextos históricos que as produziram. Neste caso as regiões pesquisadas
abrangem áreas dos estados de Minas Gerais (vale do Jequitinhonha e região de Ouro Preto/Ouro
Branco) e Goiás (vale dos rios Maranhão e Tocantins ). O estudo de tais tecnologias vem mostrando
uma constante quando se trata de identificar os equipamentos utilizados. Vestígios de monjolos,
moinhos hidráulicos, engenhos de entrosas (para cana) com as variáveis (como engenhocas manuais),
que a criatividade permite, são encontrados em grande número de sítios arqueológicos permitindo
identificar padrões tanto estruturais quanto de funcionamento.A inserção de tais sítios nos contextos
reginais permite identificar as potencialidades da produção e de sua inserção no mercado (tanto
local quanto regional). O segundo eixo temático trata da Arqueologia Ambiental, e está voltado para
a identificação de vestígios remanescentes das atividades degradantes que foram desenvolvidas em
Minas desde o início da colonização. Dentre tais atividades destacam-se a mineração no Período
Colonial; o café no Período Imperial e Republicano e a metalurgia/siderurgia nos séculos XVIII e
XIX. Enquanto atividade que desorganiza o solo a mineração colonial deixou grande quantidade de
vestígios que podem ser identificados com as técnicas da arqueologia; o que permite “reconstituir” os
traços do ambiente original. Grandes áreas degradadas, córregos e rios secos, processos erosivos são
alguns dos vestígios que podem ser identificados. Da mesma forma, o café, embora tenha produzido
grande quantidade de riquezas, deixou um ambiente completamente degradado que hoje poder ser
visto em grandes áreas do Sul de Minas e da Zona da Mata Mineira.Também com relação à metalurgia,
no século XVIII, e à siderurgia, no século XIX, o processo de exploração foi muito impactante com
relação ao meio ambiente. A retirada da cobertura vegetal para a produção de carvão e/ou para a
extração do ferro é uma prática que vem sendo utilizada ao longo dos três últimos séculos, o que é
responsável por grande parte do ambiente degradado que hoje assistimos.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
3 - Professor pesquisador do MHNJB – Arqueologia Histórica;
4 - Pesquisadora do MHNJB/UFMG – Arqueologia Histórica;
12
Sessão Arqueologia Pré-histórica
13
As técnicas de mineração nas Gerais setecentistas e
oitocentistas de acordo com os documentos históricos
impressos
Lucas Ramiro de Assis5
Contato: [email protected]
Nessa comunicação serão apresentados os resultados preliminares de uma pesquisa de iniciação
científica sobre a mineração colonial. A partir da leitura, transcrição e sistematização de fontes
históricas impressas (relatos de viajantes e cientistas, memorialistas, corografias, relatórios técnicos,
etc.) vêm sendo elaborado um inventário de técnicas e equipamentos de mineração tal como descritos
nos séculos XVIII e XIX. O objetivo da pesquisa é subsidiar um estudo reflexivo-comparativo entre
as tecnologias históricas de mineração de ouro e diamantes e as contemporâneas, ainda praticadas
por comunidades da zona rural de Diamantina (MG). Além do inventário de técnicas históricas
de mineração, o estudo engloba a localização e pesquisa de sítios arqueológicos de mineração; a
documentação dos conjuntos técnicos contemporâneos ligados às atividades minerais extrativas
tradicionais e a identificação e compreensão das adaptações, subtrações e acréscimos técnicos nos
métodos de mineração empregados pelos diamantinenses nos últimos séculos.
Financiador: FAPEMIG
5 - Graduando
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em História - PUC/MG, bolsista do projeto Arqueologia e etnohistória das técnicas de extração mineral em Diamantina/MG: das garimpeiras e garimpeiros contemporâneos aos exploradores coloniais – MHNJB/UFMG;
14
As últimas
Diamantina
populações
pré-coloniais
da
região
de
Andrei Isnardis6,Vanessa Linke7, Ângelo Pessoa8, Luíza Campera9 e Rafael Miranda10
Contato: [email protected]
Nas pesquisas desenvolvidas pelo Setor de Arqueologia na região de Diamantina, foram localizados
vários sítios arqueológicos com acervos expressivos dos resultados da prática de produção de
instrumentos de pedra pelas populações pré-coloniais. Esse acervo ocorre tanto na superfície de
diversos abrigos rochosos, quanto no interior de seus pacotes sedimentares. As pesquisas têm
procurado caracterizar essas indústrias de pedra lascada, discutindo suas relações com os diferentes
elementos da paisagem regional. Na região de Diamantina, as pesquisas do Setor de Arqueologia
identificaram ocupações humanas datadas desde 10500 anos atrás. Dentro dessa ampla faixa
cronológica, elegemos como prioritário nas análises o período compreendido entre cerca de 1500
anos atrás até o momento imediatamente anterior à chegada dos bandeirantes e colonizadores
europeus. Essa escolha se deu em função da abundância e diversidade de vestígios desse período,
que compreendem, além dos instrumentos de pedra lascada, sepultamentos humanos em excelente
estado de preservação, estruturas de depósitos de materiais vegetais, fogueiras e vestígios alimentares
diversos. Nessa apresentação traçaremos uma síntese do cenário que estamos construindo para a
região nesse período, com a formulação das questões que têm orientado nosso trabalho.
6 - Doutorando em Arqueologia pelo MAE/USP;
7 - Mestre em Geografia pelo IGC/UFMG;
8 - Bacharel em Antropologia pela FAFICH/UFMG;
9 - Graduanda do curso de Ciências Sociais da FAFICH/UFMG;
10 - Graduando
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do curso de Ciências Sociais da FAFICH/UFMG;
15
Ceramistas da Pré-História Tardia: os Tupiguarani no
sul de Minas Gerais
Bruno Ribeiro, Kalil Félix Pena & Simone Ribeiro Duarte 11
Contato: [email protected]
Quando os colonizadores europeus chegaram ao litoral do Brasil e áreas adjacentes eles encontraram
grupos indígenas cujos vestígios arqueológicos compõem a chamada Tradição Tupiguarani. O principal
registro arqueológico desta tradição consiste em vasilhames cerâmicos de uso cotidiano e ritual, alguns
ricamente pintados e com decoração plástica. Nesta apresentação faremos uma breve exposição
sobre a Tradição Tupiguarani e suas características, exemplificando com materiais resultantes das
escavações realizadas em Conceição dos Ouros (sul de Minas Gerais).
Financiador: Prefeitura Municipal de Conceição dos Ouros
11 - Graduandos
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em História - PUC/MG, estagiários do Setor de Arqueologia MHNJB/UFMG, Cooperativa Cultura;
16
O que você faz no Museu? Uma apresentação sobre os
estudos da arte rupestre de Jequitaí/MG em andamento
no Museu de História Natural da UFMG
Rogério Tobias Junior 12
Contato: [email protected]
O projeto “A arte rupestre do médio-baixo curso do rio Jequitaí: interseções estilísticas no sertão mineiro!?”,
vinculado aos projetos “Território e afinidades culturais na pré-história do centro e norte Mineiros”, financiado
pela FAPEMIG e “Arqueologia nas planícies e afluentes do alto-médio São Francisco: municípios de Jequitaí
e Buritizeiro” financiado pelo CNPq, tem como proposta a elaboração de um quadro cronoestilístico
dos grafismos ali encontrados e a busca por elementos gráficos que permitam identificar interações
culturais ocorridas entre os diferentes grupos que habitaram a região. Tal abordagem visa identificar
primeiramente, as seqüências em que as pinturas foram realizadas, em cada sítio em separado e no
conjunto dos sítios arqueológicos; secundariamente, encontrar as diferenças existentes no interior
de cada padrão a partir da identificação das formas se fazerem-se os grafismos. A relação das regras
básicas de escolha e execução dos grafismos e a busca pelas fugas destas serão a base para a
ampliação dos conjuntos analíticos presentes na região a partir da inclusão dos elementos “diferentes”
numa classificação que, genericamente, consiste no agrupamento de elementos semelhantes. Sob tal
norte, os estilos identificados serão confrontados em suas semelhanças e diferenças, a procura de
elementos que revelem algum tipo de interação cultural, seja sob a perspectiva da difusão, da negação
e/ou da agência.
Financiador: FAPEMIG e CNPq
12 - Mestrando
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do Programa de Pós Graduação em Antropologia da UFMG. Pesquisador Colaborador dos projetos “Território e
afinidades culturais na pré-história do centro e norte Mineiros” (FAPEMIG) e “Arqueologia nas planícies e afluentes do alto-médio
São Francisco: municípios de Jequitaí e Buritizeiro” (CPNq);
17
O sítio arqueológico Caixa d’Água, Buritizeiro, Minas
Gerais: contexto e análise da indústria lítica
Lílian Diniz13 e Juliana de R. Machado14
Contato: [email protected]
O sítio arqueológico Caixa d’Água está localizado no município de Buritizeiro, centro norte do
estado de Minas Gerais.Trata-se de um sítio a céu aberto na margem esquerda do Rio São Francisco,
que foi ocupado desde 10.500 anos atrás. A equipe de arqueologia pré-histórica do MHN-UFMG
realiza pesquisas nesta região desde 1980. Dentre os vestígios materiais exumados, encontram-se
sepultamentos, restos de fauna (caça/pesca) e instrumentos feitos em ossos e em pedras (lítico); este
último, em abundância devido sua maior preservação. O objetivo deste trabalho é o de entender as
mudanças tecnológicas no trabalho da pedra de um período para outro.Também tentamos relacionar
os grupos pré-históricos que ocupavam o sítio com o meio ambiente (rios, jazidas de matéria-prima,
fauna etc.). Ao estudarmos os instrumentos de pedra (Leroi-Gourhan, 1966; Tixier,1978; Inizan et al,
1995), pretendemos compreender o processo de elaboração de instrumentos, desde sua concepção
mental até o abandono do objeto. O sítio teve uma ocupação intensa durante o Holoceno médio
(entre 6000 e 5000 anos atras), um período arqueologicamente pouco conhecido no Brasil Central,
durante o qual muitos sepultamentos foram realizados. Além disso, observou-se a utilização de
diversos tipos de matérias-primas líticas (= de pedra) trabalhadas com técnicas e objetivos distintos
(fatiagem de seixo, lascamento sobre bigorna, lascamento à mão livre etc.). Este sítio constitui-se em
uma importante descoberta para a pré-história do Brasil, já que sítios a céu aberto, com alto grau de
conservação, são raros para este período.
Financiador: PROBIC/Fapemig: Análise tecnológica de conjuntos líticos no Norte do Estado de
Minas Gerais e BIC/CNPq: Análise tecnológica de conjuntos líticos no Norte do Estado de Minas
Gerais
13 - Graduanda
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em História, FAFICH/UFMG;
14 - Graduanda
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em Ciências Sociais, FAFICH/UFMG;
18
Os grafismos rupestres de Diamantina
Andrei Isnardis15,Vanessa Linke16, Ângelo Pessoa17, Luíza Campera18 e Rafael Miranda19
Contato: [email protected]
O Setor de Arqueologia do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG vêm desenvolvendo
pesquisas em Diamantina e nos municípios vizinhos de Datas, Gouveia e Serro desde 2004. No
decorrer dessas pesquisas foram já registrados 73 abrigos naturais cujas paredes rochosas foram
recobertas por pinturas e/ou gravuras pré-históricas. Esse rico patrimônio vem sendo analisado
por meio de abordagens já consolidadas pelas pesquisas anteriores do Setor de Arqueologia e
de abordagens que podem ser consideradas inovadoras no contexto da Arqueologia Brasileira
contemporânea. O objetivo da apresentação é explorar o percurso das análises dos conjuntos de
pinturas e gravuras rupestres da região de Diamantina, apresentando as metodologias empregadas e
alguns dos resultados até agora conseguidos.
15 - Doutorando
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em Arqueologia pelo MAE/USP;
16 - Mestre
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em Geografia pelo 1GC/UFMG;
17 - Bacharel
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em Antropologia pela FAFICH/UFMG;
18 - Graduandos
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do curso de Ciências Sociais da FAFICH/UFMG;
19 - Graduandos
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do curso de Ciências Sociais da FAFICH/UFMG;
19
Os métodos de “fatiagem” sobre seixo de arenito/
quartzito no sítio arqueológico de Buritizeiro, Minas
Gerais
Maria Jacqueline Rodet20, Déborah Duarte21, Ana Carolina R. Cunha22, Lílian Diniz23 e Hernando Baggio24
Contato: [email protected]
O sítio arqueológico de Buritizeiro está situado na área urbana do município homônimo, margem
esquerda do rio São Francisco. Neste local, o fluxo de água escoa através de corredeiras, sendo
o setor utilizado como ponto de pescaria. A litologia é constituída por rochas do Grupo Bambui:
calcários, argilitos, siltito e arcóseos, essa última, forma em grande parte o substrato rochoso do sítio
e a calha do rio. No que se refere à indústria lítica, o sítio apresenta uma riqueza de métodos de
exploração de seixos. Sabemos, sem dúvida, que a morfologia dos blocos de matéria-prima influencia
os processos de debitagem, assim como os produtos finais procurados pelos grupos pré-históricos.
No entanto, convém lembrar, que outros elementos estão associados nas escolhas desses processos,
podendo esses serem observados através da variabilidade de métodos de lascamento presentes nas
indústrias de seixos. Estas indústrias líticas sobre seixos, têm sido pouco analisadas, existindo poucos
estudos realizados sobre esta questão (A. Prous 1995/1996; M.J.Rodet 2006) que descreve, de forma
genérica, diferentes processos de lascamento dos seixos, exemplificando seu trabalho com material
de diversos sítios da região, sem pretender, contudo, contemplar o detalhamento e as especificidades
a respeito das coleções líticas individualmente. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados
das análises tecnológicas realizadas nas indústrias de seixos de quartzito. Trata-se da utilização de
diversos métodos de lascamentos utilizados na debitagem destes seixos para produção de lascas “em
gomo”. Certamente, é possível encontrar regularidades nessas indústrias o que permitirá, no futuro,
uma comparação com outros setores desta região.
Financiador: FAPEMIG - Bolsa de Pós-Doutorado do primeiro autor e Projeto financiado pelo
CNPq e FAPEMIG.
20 - Doutora
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em Arqueologia PPGAN-FAFICH, MHNJB/UFMG;
21 - Graduanda
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em História/UFMG, estagiária do MHNJB/UFMG;
22 - Pesquisadora
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associada MHNJB/UFMG;
23 - Graduanda
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em História/UFMG, estagiária MHNJB/UFMG;
24 - Professor
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Unimontes, Doutorando em Geoquímica ambiental/UFMG;
20
Tecnologia e Território. Arqueologia pré-histórica de
Montes Claros no contexto do centro-norte mineiro
Lucas Bueno;Victor Barbosa & Wagner Gomes 25
Contato: [email protected]
O projeto Tecnologia e Território. Arqueologia pré-histórica de Montes Claros no contexto do centro-norte
mineiro visa ampliar o conhecimento acerca do processo de ocupação do centro-norte mineiro ao
longo do Holoceno, através da caracterização do contexto arqueológico pré-histórico do Município
de Montes Claros e de sua comparação com outras áreas dessa região, como o vale do rio Peruaçu,
Montalvânia,Varzelândia, serra do Cabral, Diamantina, serra do Cipó e Lagoa Santa. O objetivo central
do projeto de pesquisa é discutir a caracterização e definição de territórios no norte mineiro durante
o Holoceno, enfatizando a necessidade de inter-relação entre os diversos tipos de vestígios que
compõem o registro arqueológico dessa região para o aprofundamento dessa discussão. Apesar dos
vestígios líticos e rupestres terem até hoje recebido papel de destaque nas pesquisas dessa região, há
indicações da presença de uma série de outros elementos, como enterramentos humanos, material
vegetal e fauna que, em função de ótimas condições de preservação estão presentes em uma série
de abrigos dessa região e poderiam contribuir de forma significativa para o encaminhamento desse
debate. Apresentaremos aqui um resumo das atividades que têm sido desenvolvidas desde 2006 e
que incluem tanto trabalhos em laboratório quanto em campo. As atividades de laboratório vêm
sendo desenvolvidas por Victor Barbosa desde 2006 e incluem a curadoria e análise do material
lítico proveniente da Lapa Pequena e da Lapa Pintada além da curadoria e organização do material
vegetal proveniente das escavações realizadas na Lapa Pintada em janeiro e outubro de 2008. As
atividades de campo tem sido realizadas por equipes compostas essencialmente por pesquisadores
e estagiários do Museu de História Natural da UFMG e envolveram até o momento a escavação
de dois abrigos – Lapa Pintada e Lapa Grande – e a realização de uma prospecção que resultou
na identificação de mais de 15 abrigos sob rocha na região do Parque Estadual da Lapa Grande. O
intuito dessa apresentação é divulgar os resultados preliminares da pesquisa e incentivar o contato
e intercâmbio com demais projetos em curso no Museu de História Natural e Jardim Botânico da
UFMG.
Financiador: Projeto financiado pelo CNPq no âmbito do Edital Ciências Humanas Julho/2008
25 - Museu
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de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.;
21
22
Sessão Botânica
23
Atividades Realizadas no Museu de História Natural
e Jardim Botânico da UFMG pelo Laboratório de
Interação Microorganismo Planta
Marina Lage, Marcela Pagano, Sandra Rosa Matias, Pedro Miranda, Rafael Pereira & Maria Rita Scotti Muzzi 26
Contato: [email protected]
O laboratório de Interação Microorganismo Planta do Departamento de Botânica, ICB, UFMG,
sob coordenação da Profa Maria Rita Scotti Muzzi, foi convidado pelo Projeto Manuelzão para
coordenar as atividades de recuperação da Mata Ciliar do Rio das Velhas. O projeto visa recuperar
a mata ciliar nos pontos da bacia que apresentam maior grau de degradação. Para tanto, foram
necessários estudos de crescimento de plantas nativas, tendo como principal estratégia a utilização
de microorganismos promotores do crescimento vegetal, que consistem de inoculantes biológicos
de fungos micorrízicos (FMA) e bactérias fixadoras de nitrogênio. Além de outras intervenções,
o plantio de mudas de espécies nativas típicas de mata ciliar é realizado nestas áreas. Devido às
dimensões desse projeto e numero de experimentos envolvidos tivemos uma grande demanda por
área. Dessa forma, foi celebrado um convenio entre Departamento de Botânica, Projeto Manuelzão
e Museu de História Natural. As atividades de apoio ao projeto realizadas no Museu de Historia
Natural compreendem pesquisa em casa de vegetação e produção de mudas. São produzidas mudas
de 60 espécies nativas que são mantidas em viveiro até o plantio. Os fungos e bactérias inoculadas são
previamente selecionados em laboratório e a inoculação é feita em viveiro. A simbiose estabelecida
entre a planta e esses microorganismos permite uma maior sobrevivência e melhor estabelecimento
das espécies vegetais em solos degradados. A pesquisa em casa de vegetação atualmente realizada
no Museu visa esclarecer qual o papel dos fungos micorrízicos das bactérias fixadoras de N2 na
absorção\tolerância da espécie Anadenanthera colubrina (Angico) ao metalóide tóxico arsênio (As).
O metalóide foi encontrado em altas concentrações no solo de uma das áreas de trabalho (Nova
Lima) e o objetivo da pesquisa é entender qual é o papel destes microorganismos na capacidade de
tolerância das plantas nessas áreas com contaminadas visando uma recuperação adequada. Nesse
experimento na casa de vegetação do MHNJB, as plantas sujeitas a diferentes concentrações de
arsênio foram submetidas aos tratamentos de adubação e inoculação. Após 6 meses do plantio
as plantas são analisadas quanto ao crescimento, concentração de arsênio, na parte aérea e raízes,
colonização micorrízica das raízes e nodulação. Financiadores: MMA e SEMAD
26 - Laboratório
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de Interação Microorganismo Planta do Departamento de Botânica, ICB, UFMG;
24
Conhecendo a Vegetação do Museu de História Natural
e Jardim Botânico da UFMG: Coleção de Frutos e
Sementes da Reserva
Nathália Guimarães Oliveira27, Milton Tavares28 e Flávia Santos Faria29
Contato: [email protected]
A reserva do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB/UFMG) possui 60
ha, é a 3ª maior área verde de Belo Horizonte e está inserida numa região ocupada originalmente
pela Mata Atlântica (Figura 1). O levantamento florístico em andamento, amostrou cerca de 410
espécies entre nativas e exóticas freqüentes no território nacional. O objetivo deste trabalho é
criar uma coleção de frutos e sementes, a Coleção Carpológica do MHNJB/UFMG, afim de formar
um mostruário representativo dessas estruturas vegetativas presentes na flora da reserva, criar um
banco de dados com informações fenológicas das espécies da reserva e daí facilitar a identificação
das espécies do viveiro de mudas do MHNJB/UFMG, alem de dar subsídios a Oficina Plantar, que
faz parte da Trilha do Conhecimento “Jardim Botânico” do Programa de Educação Ambiental. Os
frutos são coletados em trabalhos de campo semanais na reserva. São colocados em estufa para
secagem (no caso de frutos secos), transferidos para vidros e sacos plásticos (frutos grandes) com
cravo-da-Índia (conservante) e sachês de sílica (anti-umectante) ou, no caso de frutos carnosos,
colocados diretamente em vidros com álcool etílico a 70% após serem cortados de maneira a
permitir a visualização de suas estruturas internas. Para cada espécie cujo fruto é coletado preenchese uma ficha com os dados de localização do indivíduo, detalhes descritivos, conexões do material
com exsicatas, nome do coletor, data de coleta, nome popular, nome científico, família e espécie. A
identificação é realizada com base no conhecimento popular de funcionários e pesquisa à literatura
especializada . Os frutos e sementes coletados na reserva são utilizados na Oficina “Plantar”, uma
atividade pedagógica oferecida a alunos das escolas e ao público em geral visitante do MHNJB/
UFMG, que propõe introduzir aos participantes a prática de plantar permitindo uma aproximação
do indivíduo urbanizado com a flora. Os frutos são utilizados como uma ilustração da diversidade
vegetal e das adaptações facilitadoras de dispersão, além de sugerir a importância que as plantas têm
na dinâmica energética entre os seres vivos. Até o momento, foram identificadas 68 espécies de 27
famílias, mais 22 espécies coletadas ainda sem identificação; um quadro de exposição com 26 frutos,
identificados e dispostos de maneira didática, foi reformado e exposto na Mostra Botânica (estufa
para exposição de plantas) para a apreciação dos visitantes e mais de 1000 pessoas já participaram
da Oficina “Plantar”. A realização do projeto vem proporcionando interações entre acadêmicos,
funcionários e comunidade que propiciam o diálogo entre os diferentes domínios do saber e ajudam
a desenvolver maneiras eficientes de construir e transmitir o conhecimento de forma integrada.
Financiador: PROEX/UFMG e MHNJB/UFMG
27 - Graduanda
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em Ciências Biológicas ICB/UFMG;
28 - Museu
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de História Natural e Jardim Botânico da UFMG;
29 - Museu
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de História Natural e Jardim Botânico da UFMG;
25
Composição florística da comunidade arbórea em um
remanescente florestal urbano (Museu de História
Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de
Minas Gerais, MG)
Demian Ferreira30 e João Renato Stehmann31
Contato: [email protected]
O objetivo do trabalho foi analisar e comparar a composição florística das áreas verdes do Museu
de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais com estudos de
outras florestas urbanas do município de Belo Horizonte. O local de estudo é conhecido como
Horto Florestal, possui cerca de 60 ha, e está localizado a 19° 53,5`S e 43° 55`W, numa altitude
média de 830 metros, e está inserido na bacia hidrográfica do ribeirão Arrudas. A amostragem
florística foi realizada mensalmente e o material coletado foi incorporado ao Herbário BHCB da
Universidade Federal de Minas Gerais, bem como na coleção de referência existente no Museu.
Além do levantamento florístico, foram confeccionados diagramas de perfil de quatro fisionomias
florestais, através de transectos lineares de 50 x 5 metros, no qual todas as árvores com CAP
superior a 15 centímetros foram medidas e mapeadas. No levantamento florístico foram amostradas
389 espécies e 269 gêneros de 87 famílias botânicas. As famílias com maior número de espécies
foram Fabaceae (49), Rubiaceae (28), Malvaceae (17), Myrtaceae (16), Solanaceae (16), Asteraceae
(15), Poaceae (14), Bignoniaceae (14) e Euphorbiaceae (13), agregando 46,7% do número total de
espécies. Nos perfis foram amostrados 155 indivíduos de 48 espécies, 41 gêneros e 22 famílias. As
espécies mais abundantes foram: Trichilia clausseni, Amaioua guianensis, Chrysophyllum sp., Anadenanthera
peregrina,Ixora warmingii, Ocotea sp. e Dalbergia nigra. As áreas estudadas apresentam uma diversidade
similar à de outras florestas urbanas de Belo Horizonte, entretanto a fragmentação das matas dentro
do museu, a propagação indiscriminada de lianas e o elevado efeito de borda podem acarretar a
perda de diversidade e perda genética. Torna-se importante o estudo da dinâmica da floresta para
que se possa acompanhar as transformações que a área está sofrendo e para embasar decisões de
manejo da biodiversidade.
30 - Mestrando
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em Biologia Vegetal ICB/UFMG;
31 - Docente
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Departamento de Botânica ICB/UFMG;
26
Conservação e Manutenção das Áreas Verdes do Museu
de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Micael P. Rondon32 e Luiz Carlos Vianna Júnior33
Contato: [email protected]
A equipe da Divisão de Áreas Verdes responsável pela manutenção e conservação das áreas verdes
do MHNJB é constituída por nove pessoas, sendo dois Engenheiros Florestais, um encarregado, um
podador, dois auxiliares de jardinagem e três capineiros. Durante o período seco é realizada capina
dos aceiros, que seguem sendo limpos periodicamente e a irrigação dos gramados e jardins. Nesta
época são realizadas as manutenções nos jardins, catação de pragas e rastelamento das folhas nos
gramados. Também são realizados trabalhos que visam à adequação da arborização e a recuperação
da mata. As podas são feitas para conduzir e dar forma para as cercas-viva, arbustos e arvoretas e
retirar árvores mortas e galhos secos e conduzir as copas, evitando que estes coloquem em risco
as pessoas que passam pelo Museu todos os dias e seu patrimônio. Também é feito o manejo das
lianas a fim de desafogar outras plantas sufocadas pelos cipós, ervas-de-passarinho e grãos-de-galo
e ajudar na regeneração natural da mata. Por fim, são abertas e preparadas covas para plantio de
enriquecimento dos fragmentos da mata, recuperação da área de manancial e fechamento de ruas e
clareiras com espécies arbóreas nativas de ocorrência na região. Na época chuvosa o trabalho mais
importante é o corte dos gramados que crescem muito rapidamente com a umidade e a luz em
abundância. Porém, bem no início desta época, antes da grama começar a crescer, faz-se uma adubação
de cobertura nos gramados com areia e terra para favorecer seu desenvolvimento, e é quando se
plantam as mudas nas covas abertas anteriormente e realizam-se reformas em jardins antigos ou
implantação de novos, tudo isso para aproveitar as chuvas que vem chegando, aumentando assim
as chances de sobrevivência das mudas e economizando água. A compostagem é realizada durante
todo ano, utilizando-se o resíduo gerado pelas áreas verdes e a varrição (folhas, grama e restos de
jardinagem). Após 4 meses, em média, a maior parte do material já está decomposto e é peneirado,
ficando pronto para o uso o composto orgânico. O restante do material, que fica na peneira, volta
a ser misturado às leiras mais novas. Todos estes trabalhos são imprescindíveis para conservação
do MHNJB, visto que grande parte da instituição são as áreas verdes que figuram como um dos
principais atrativos para o público.
32 - Divisão
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de Áreas Verdes UFMG;
33 - Setor
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Jardim Botânico MHNJB/UFMG;
27
Estudos taxonômicos, filogenéticos e de variabilidade
genética a partir da coleção viva de Orchidaceae do
Museu de História Natural e Jardim Botânico da
Universidade Federal de Minas Gerais
João A. N. Batista, Eduardo L. Borba, Henrique O. de Oliveira, Bruna L. Lau & Francisco L. Baptista 34
Contato: [email protected]
Orchidaceae é uma das maiores famílias de angiospermas e o Brasil, com cerca de 2.650 espécies e
205 gêneros, é um dos paises com o maior número de espécies. Coleções biológicas, incluindo plantas
vivas, são importantes centros depositários e de documentação da biodiversidade e desempenham um
papel central no apoio a atividades de pesquisa, educação e conservação. Com o objetivo de subsidiar
pesquisas de biossistemática, taxonomia, filogenia, biologia reprodutiva e variabilidade genética de
espécies de Orchidaceae, iniciou-se a implementação de uma coleção viva de Orchidaceae de Minas
Gerais no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.A coleção encontra-se em processo
de registro no CCBIO/IBAMA (Cadastro Nacional de Coleções Biológicas) e conta atualmente com
cerca de 1400 exemplares de cerca de 200 espécies. Os grupos mais bem representados na coleção
são a subtribo Pleurothallidinae e os gêneros Bulbophyllum e Cyrtopodium. Para o gênero Cyrtopodium a
coleção viva de Orchidaceae apóia hoje três projetos principais: (i) Filogenia, molecular e sistemática
do gênero Cyrtopodium (Orchidaceae); (ii) Biossistemática de Cyrtopodium poecilum (Orchidaceae) em
Minas Gerais e no Distrito Federal; e (iii) Biologia reprodutiva de Cyrtopodium withnerii e C. glutiniferum
(Orchidaceae) em afloramentos calcários e graníticos das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
Os objetivos do primeiro projeto são produzir uma filogenia e revisar o tratamento seccional do
gênero. Nos outros dois projetos, são utilizados marcadores ISSR, polinizações experimentais e
estudos de polinização para estudar a caracterização genética e delimitação de espécies entre pares
de espécies do gênero Cyrtopodium de difícil separação morfológica. Os resultados gerados nesses
projetos são importantes para a compreensão da filogenia e variabilidade genética das espécies
estudadas e serão aplicáveis em uma revisão taxonômica do gênero e na elaboração de planos de
manejo e conservação dessas espécies.
Finaciadores: CNPq, FAPEMIG, Fundação O Boticário.
34 - Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil;
28
Mapa digital da reserva do Museu de História Natural
e Jardim Botânico da UFMG: status de conservação
Thaísa Santos Faria35, Flávia Santos Faria36 e Sérgio Donizete Faria37
Contato: [email protected]
O MHNJB/UFMG abrange uma área equivalente a 60 hectares, a 3ª maior área verde de Belo Horizonte,
numa região originalmente ocupada por Mata Atlântica apresentando diferenças fisionômicas devido
aos diferentes usos do solo ao longo do tempo. Não existe nenhum mapa digital que aponte a
diversidade e vulnerabilidades da reserva. Foi realizado um levantamento de informações sobre a
área do MHNJB, tais como fotos aéreas, imagens de satélite, levantamentos aerofotogramétricos
e bases cartográficas. Todas as imagens e fotos levantadas foram georreferenciadas e sobrepostas
à foto aérea de Belo Horizonte do ano de 1999 e aferidas através de trabalhos de campo no local
com o auxílio de GPS. Elaborou-se um mapa correspondente ao status de conservação com base na
sobreposição de informações sobre o estágio sucessional e espécies ocorrentes (nativas, exóticas e
frutíferas). Para classificar o estágio sucessional utilizou-se a Deliberação Normativa n.º 3, de 8 de
setembro de 2004 e o SNUC (Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000) e conhecimentos botânicos
sobre a área. Identificou-se áreas em estágio inicial de regeneração (altura média de até 5m, camada
fina de serrapilheira; sem sub-bosque, predomínio de espécies pioneiras como Schizolobium parahyba
– guapuruvu e Piptadenia sp. – pau jacaré), estágio avançado de regeneração (altura média de até
12m, serrapilheira, com sub-bosque), áreas recuperadas (plantio misto de espécies exóticas e nativas)
e áreas em restauração (plantio com espécies nativas da região) e com relação à composição de
espécies foram encontradas áreas com predomínio de espécies nativas, com ocorrência de espécies
exóticas (eucalipto, café, cará-do-ar), com ocorrência de espécies frutíferas (manga, jaca, jabuticaba,
pitanga, goiaba), arboreto (ocorrência de espécies brasileiras, exóticas ao estado de MG, como
Ceiba pentandra - sumaúma e Cavanillesia arborea - barriguda) e ornamentais (jardins com plantas
ornamentais e arbóreas, nativas e exóticas). As principais vulnerabilidades foram o estado de
degradação do manancial, trilhas muito largas e erodidas e espécies invasoras. Com a espacialização
dessas informações identificou-se a diversidade vegetal e o status de conservação da reserva, o que
permitirá estabelecer medidas de manejo adequadas para a sua conservação, bem como a educação
ambiental da comunidade do entorno.
35 - Graduanda
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em Geografia IGC/UFMG;
36 - Bióloga
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MHNJB/UFMG;
37 - Professor IGC/UFMG;
29
Plano de Metas para o Setor Jardim Botânico do Museu
de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Flávia Santos Faria 38
Contato: [email protected]
Jardins Botânicos são instituições cujo principal objetivo é a conservação da diversidade vegetal. São
áreas protegidas, que abrigam coleções de plantas vivas devidamente identificadas e registradas com a
finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do país, servindo à educação,
à cultura, ao lazer e à conservação do meio ambiente. Existem normas internacionais que estabelecem
políticas, programas e prioridades dos jardins botânicos na conservação da biodiversidade. Com base
nestas normas, a Rede Brasileira de Jardins Botânicos estabeleceu um Plano de Ação para os Jardins
Botânicos Brasileiros, com metas para serem cumpridas a curto, médio e longo prazos. Estas metas
foram agrupadas em cinco temas: documentação, conservação, uso sustentável e educação para a
conservação da diversidade das plantas e fortalecimento institucional. Com base neste plano de ação,
foi elaborado o Plano de Metas para o Setor Jardim Botânico do MHNJB/UFMG. Para elaboração
deste plano de metas, foi realizado um diagnóstico do setor, com levantamento do histórico, estrutura
administrativa, estruturas físicas, caracterização da flora, fauna, coleções e projetos em andamento. O
Plano de Metas do Setor Jardim Botânico do MHNJB/UFMG foi dividido nas categorias: Instituição,
Recursos humanos, Viveiro de mudas, Flora, Coleções, Fauna, Educação Ambiental e Projetos de
Pesquisa. Os principais objetivos para cada categoria são: Instituição - regularizar o Jardim Botânico
junto ao CONAMA, criar e implantar um plano diretor, participar de eventos científicos; Recursos
Humanos - criar cursos de capacitação para funcionários e estagiários, realizar intercâmbio com
outras instituições para treinamento de pessoal, incentivar a participação em cursos e eventos
científicos;Viveiro de Mudas - aumentar a diversidade de mudas de espécies nativas regionais, fazer
uma agenda de coleta de sementes na reserva, fazer intercâmbio com outras instituições para troca
de sementes ou mudas; Flora - levantamento da flora da reserva, organizar uma coleção carpológica
de referência, levantar o histórico da vegetação do JB, revegetar áreas de interesse com espécies
nativas, cadastrar matrizes na mata para fornecimento de sementes, criar um plano de manejo para a
reserva; Coleções - criar jardins temáticos, criar um jardim de plantas aquáticas, organizar coleções
científicas de grupos de interesse para a conservação, registrar os dados da coleção no banco de
dados; Fauna - realizar inventários de vertebrados e invertebrado e incentivar a pesquisa; Educação
Ambiental - criar uma oficina de produção de mudas, criar uma Exposição de Botânica, criar um
regulamento de uso da área do MHNJB/UFMG, desenvolver estudos de percepção ambiental,
desenvolver atividades interativas, estimular e promover a formação de recursos humanos na área
de educação ambiental; Projetos de Pesquisa - realizar pesquisas na reserva e em outras unidades
de conservação, acompanhar editais de fontes financiadoras de projetos, estabelecer parcerias com
órgãos públicos e privados, participar de programas de resgate de flora. Além de adequar o nosso
jardim botânico a legislação vigente, este plano de metas também servirá como um guia para as ações
administrativas e técnicas, auxiliando no planejamento e execução da missão institucional.
38 - Bióloga
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MHNJB/UFMG;
30
Sessão Cartografia Histórica
31
Conhecendo o Centro de Referência em Cartografia
Histórica e sua importância para o MHNJB
Prof. Antônio Gilberto Costa1
Contato: [email protected]
A dispersão geográfica das instituições guardiãs de documentos cartográficos originais, referentes
ao território brasileiro e, em especial, ao de Minas Gerais, justificou a criação do Centro de Referência
em Cartografia Histórica (CRCH), da Universidade Federal de Minas Gerais. A sua implantação e a
formação do seu acervo visam facilitar o acesso de estudiosos e outros interessados a um formidável
conjunto de documentos cartográficos e outras iconografias, elaborados, principalmente, nos séculos
XVIII e XIX.
OBJETIVOS do CRCH
- divulgar documentos que compõem o seu acervo e os resultados das análises de seus
pesquisadores para diferentes segmentos da sociedade;
- ampliar o conhecimento das realizações técnico-científicas, culturais e históricas de Minas
Gerais e do Brasil;
- viabilizar estudos sobre a evolução dos métodos e técnicas de representação cartográfica e
sobre a formação e valorização de territórios;
- mobilizar estudiosos de diversas áreas, como os da Cartografia, da Geografia, da Geologia, da
História, da Arquitetura e outras, interessados em aprofundar as fronteiras do conhecimento;
- desenvolver ação pedagógica junto aos professores e alunos do ensino médio e superior na
área da Cartografia Histórica e em áreas afins.
ACERVO do CRCH
O acervo é constituído por reproduções ou por documentos cartográficos originais e ainda por
equipamentos, todos obtidos por doações ou empréstimos em regime de comodato, estabelecidos
com diversas instituições. Abrange documentos cartográficos e outras iconografias que foram
elaboradas por sertanistas, militares, cosmógrafos régios, dentre outros, visando, tanto ao atendimento
de interesses econômicos, científicos e particulares, como propósitos políticos, administrativos
e econômicos da Metrópole portuguesa e, mais tarde, do Império do Brasil. A essa produção
acrescentam-se as iconografias produzidas, sobretudo, por naturalistas e outros estrangeiros, que
viajaram ou trabalharam no Brasil, particularmente em Minas Gerais e no século XIX.
Ações e Produtos do CRCH
Os documentos do CRCH encontram-se organizados segundo os conceitos de Mostra Permanente
e Temporária, observando as seguintes linhas temáticas: Formação territorial do Brasil, com base na
cartografia dos Seiscentos aos Oitocentos; Formação territorial de Minas Gerais dos Setecentos até meados
dos Novecentos; Circunscrições territoriais político-administrativas e eclesiásticas; Vias de penetração para a
conquista e ocupação de territórios, referentes às minas gerais, do bandeirismo até meados dos Oitocentos;
Paisagens do território mineiro, envolvendo os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e territórios
vizinhos; Representações de cartógrafos e artistas, com ênfase para as ilustrações que tratam da descrição
das condições de viagem, da botânica etc.; A cartografia da América do Sul, através de documentos produzidos
desde a descoberta até o século XIX.
1 - Coordenador do Centro de Referência em Cartografia Histórica;
32
Eventos, como o Seminários às Quintas e a Oficinas de Outubro e materiais pedagógico e bibliográfico,
em meio impresso e digital, fazem parte da produção realizada no CRCH. Além disso o Centro tem
promovido atividades relacionadas à organização de visitas à sua Mostra Permanente, com o apoio de
diferentes mídias; e à realização de mostras de curta duração, fora dos seus espaços de exposição.
Financiador: FAPEMIG
33
Catálogos Digitais do Centro de Referência em
Cartografia Histórica: Descrição da Cartografia da
América Portuguesa e do Império do Brasil
Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos39 e Prof. Dr. Antônio Gilberto Costa40
Contato: [email protected]
Documentos cartográficos sobre a América Portuguesa e o Império do Brasil têm sido divulgados
através de vários produtos e ações, relacionados às de linhas de pesquisa e de extensão do Centro
de Referência em Cartografia Histórica - CRCH, Universidade Federal de Minas Gerais. Destaca-se,
dentre a produção do Centro, dois projetos, em andamento, concernentes à elaboração de catálogos
digitais, ambientados em CD Rom. O primeiro corresponde à ampliação e à atualização de um
catálogo, finalizado em meados de 2003, que compreende a descrição de aproximadamente sessenta
cartografias manuscritas e impressas, selecionadas dentre os primeiros documentos sobre Minas
Gerais, identificados pelos pesquisadores do CRCH. Os originais desses mapas, elaborados nos
séculos XVIII e XIX, encontram-se, principalmente, nos acervos da Biblioteca Nacional, da Mapoteca
do Itamaraty, do Arquivo Nacional e do Arquivo Histórico do Exército, instituições localizadas
no Rio de Janeiro, e no do Arquivo Histórico Ultramarino em Lisboa. No catálogo, os mapas são
apresentados segundo uma classificação que os incluem no período colonial, no do Reino Unido a
Portugal ou no imperial brasileiro e em circunscrições político-administrativas vigentes nos períodos
históricos considerados. As descrições desses documentos abrangem indicações sobre a autoria, a
data de realização, as características físicas, a instituição guardiã do original e sobre elementos do
espaço geográfico representado, entre outras. Em alguns casos dignos de nota, essas descrições estão
associadas às reproduções dos mapas e são acompanhadas de textos que ampliam as informações
sobre a produção cartográfica e o autor em questão. Além disso, cada período histórico e as divisões
político-administrativas consideradas no processo de classificação dos mapas são brevemente
caracterizados. O segundo projeto encontra-se, atualmente, em andamento, explorando mais
intensamente os recursos do software de autoria, Visual Class, utilizado também no anterior, para se
beneficiar mais amplamente do ambiente computacional que dá suporte ao produto. Em relação ao
conteúdo, aborda-se, desta feita, representações Setecentistas e Oitocentistas do Brasil, estrangeiras
à produção luso-brasileira, oriundas de uma coleção particular, doadas ao CRCH. Nesse catálogo,
as descrições dos mapas estão apoiadas de forma mais rigorosa nos padrões internacionais de
referência sobre materiais cartográficos e as informações proporcionadas ao leitor, no âmbito de
referências bibliográficas, são ampliadas, buscando-se elucidar as formas históricas de apresentação
de elementos cartográficos, tais como escalas, sistemas de localização ou orientação, legendas etc..
Financiador: Pesquisa parcialmente financiada com recursos FAPEMIG
39 - P�������������������������
esquisadora do CRCH/UFMG;
40 - Coordenador
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do CRCH/UFMG;
34
O Acervo do Centro de Referência em Cartografia
Histórica na Base de Dados Mappaisis
Profa. Dra. Márcia Maria Duarte dos Santos41 e Prof. Dr. Antônio Gilberto Costa42
Contato: [email protected]
A identificação de documentos gráficos, versando, primordialmente, sobre Minas Gerais, corresponde
a um dos objetivos norteadores da criação do Centro de Referência em Cartografia Histórica, do
Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais. As fontes em questão, numerosas
e dispersas geograficamente, uma vez que se encontram sob a guarda de várias instituições nacionais
e internacionais, e de colecionadores particulares, conformam um legado formidável e ainda pouco
explorado. Essa avaliação sobre o estado da arte da cartografia e iconografia histórica mineira,
relacionada aos séculos XVIII e XIX, motivou o planejamento de um sistema de documentação. O
sistema compreende, como ponto de partida, o estabelecimento de uma base de dados, focada em
documentos cartográficos. A base foi estruturada, inicialmente, empregando-se o software MicroISIS,
que trabalha na plataforma DOS, disponibilizado pela UNESCO. Recentemente, a base, denominada
MappaISIS , está sendo atualizada pelo o WinISIS, que proporciona ao usuário, através do ambiente
Windows, rápido e fácil acesso à informação. Essa atualização também proporcionou aos gestores do
sistema o acesso a novos recursos para tratar o armazenamento de dados e recuperá-los sob diversas
formas. Os campos da base de dados, abrangendo um total de nove descritores, foram definidos para
caracterizar aspectos técnicos e temáticos dos mapas e para atender às normas internacionais de
referência cartográfica, definidas pelo International Standard Bibliographic Description for Cartographic
Materials-ISBD(CM). Destaca-se que esses campos proporcionam critérios comuns para se analisar
documentos cartográficos de interesse, sem impossibilitar o registro de suas peculiaridades. E notase, por fim, que o conteúdo da base de dados compreende informações presentes nos documentos
analisados, bem como as que resultam de pesquisas de outras fontes.
Financiador: Pesquisa parcialmente financiada com recursos da FAPEMIG
41 - Pesquisadora
��������������������������
do CRCH/UFMG;
42 - Coordenador
�������������������������
do CRCH/UFMG;
35
36
Sessão Extensão
37
Criação de um espaço interativo para educação
ambiental no Museu de História Natural e Jardim
Botânico da UFMG
Cintia Dutra Leal43, Deborah Fernandes Valadão44, Gracielle Leal Vasconcelos45, Pollyana de Carvalho Oliveira46, Flávia
Santos Faria47
Contato: [email protected]
A problemática ambiental é uma das principais preocupações da sociedade moderna. O Museu de
História Natural e Jardim Botânico da UFMG é uma instituição comprometida com as questões
sócio-ambientais, cujo objetivo é desenvolver uma ampla ação de aproximação com a sociedade,
para divulgação e formação por meio da ciência e cultura, promovendo a busca pelo conhecimento.
O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de recursos didáticos, utilizando o lúdico, para
despertar a sensibilidade e conscientizar os visitantes dos problemas ambientais, através de atividades
interativas, estimulando o interesse dos mesmos pela proteção e preservação ambiental. O material
produzido servirá de subsidio para a ambientalização do Receptivo do museu e as atividades nele
expostas visam um primeiro contato dos visitantes com as temáticas que serão vistas ao longo
da visita, como é o caso do jogo “Memórias do Museu”, que possui figuras de animais, plantas e
exposições que podem ser encontradas no local e informações correspondentes às mesmas. O
jogo “Ludo do Museu” contém informações que orientam os participantes sobre como devem se
proceder durante o passeio. Além disso, estão sendo desenvolvidos “Cubos Educativos” sobre os
temas Reciclagem, Ajudando o Planeta (desmatamento, água, poluição e energia) e Qualidade de
Vida, bem como a atividade “Tocar e Sentir”, que visa o desenvolvimento da capacidade perceptiva
das pessoas. A confecção do mascote do museu servirá como forma de transmitir informações
importantes de uma maneira mais descontraída e que chame a atenção das pessoas. Desta forma o
trabalho visa despertar e sensibilizar os visitantes do museu para a integração harmônica na relação
humano/natureza, fazendo com que os mesmos desenvolvam novos comportamentos perante o
ambiente, aprendendo a respeitar e admirar o espaço em que vivem.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
43 - A�������������������������������������������������������
cadêmicas do Curso de Ciências Biológicas da PUC Minas;
44 - A�������������������������������������������������������
cadêmicas do Curso de Ciências Biológicas da PUC Minas;
45 - A�������������������������������������������������������
cadêmicas do Curso de Ciências Biológicas da PUC Minas;
46 - A�������������������������������������������������������
cadêmicas do Curso de Ciências Biológicas da PUC Minas;
47 - Bióloga MHNJB/UFMG;
38
Programa de Educação Ambiental
Rafael Caldeira Camilo Xavier 48
Contato: [email protected]
O Programa de Educação Ambiental do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
tem seu enfoque no atendimento à comunidade. O visitante além de encontrar um rico acervo de
paleontologia, arqueologia, mineralogia, botânica e cultura popular (Presépio do Pipiripau), entra
em contato com um patrimônio natural constituído por centenas de espécies da fauna e flora
brasileiras. Este diversificado patrimônio propicia o desenvolvimento de um programa educativo
e cultural direcionado ao público em geral e, em particular, às redes de ensino públicas e privadas.
O Programa tem como objetivo propiciar o contato direto entre a natureza, os conhecimentos
produzidos e o visitante despertando o interesse pelas ciências, pela natureza e pela vida. Ao
incorporar bolsistas das diversas áreas de conhecimento, técnicos e docentes da UFMG, confere
um caráter multidisciplinar possibilitando a reflexão, através de múltiplos olhares, sobre as relações
do ser humano com a natureza e conhecimento, visa-se à aproximação entre os conhecimentos
produzidos pela universidade e a sociedade. Utiliza-se a visitação mediada por monitores, alunos
da UFMG, que a partir do contexto de ensino-aprendizagem específico do museu, difere-se da
experiência educacional bancária. As atividades são desenvolvidas pelo Centro de Extensão e conta
com uma equipe de monitores advindos de diferentes cursos de graduação da universidade. Durante
a semana, há uma ênfase no atendimento de grupos agendados, como escolas, grupos de terceira
idade, e instituições diversas, existindo ainda a visitação espontânea. Cada grupo recebe a orientação
de um monitor que faz o trabalho de mediação, passando pelos diferentes espaços educativos
do museu onde diversos aspectos do cotidiano podem ser percebidos, expressados, discutidos e
refletidos gerando novos conhecimentos, sentimentos e atitudes. Já nos finais de semana, o Museu
se prepara para receber em seu espaço a comunidade em geral. Trata-se de um público diversificado
que procura atividades de lazer, cultura e conhecimento. Neste caso, existe um trabalho diferenciado,
ficando os monitores fixos nos espaços expositivos prontos para exercer o trabalho de mediação.
A proposta pedagógica fundamenta-se numa concepção que considera o museu com um espaço
educativo que ultrapassa uma visão complementar e ilustrativa a prática escolar, constituindo uma
relação dialógica entre universidade e sociedade. O Programa de Educação Ambiental é referência
nas redes de ensino da capital e do interior do Estado de Minas Gerais. Tem como resultados a
aproximação entre universidade e sociedade, proporcionando aos visitantes o contato direto com
a natureza e com diversas áreas do conhecimento de forma multidisciplinar, não compartimentada,
diferentemente do que ocorre no ensino formal. Para o bolsista discente, constitui-se a oportunidade
de experimentar uma relação com a comunidade em geral e escolar em um ambiente favorável a
troca de experiências e informações. O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG se
caracteriza, como exposto acima, um espaço educativo e cultural diferenciado e dinâmico, possuidor
de um caráter inovador que integra as atividades de ensino, pesquisa e extensão. O Programa de
Educação Ambiental é de extrema relevância, pois contribui efetivamente para a formação dos
discentes e da comunidade visitante.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico
48 - Bolsista
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/Monitor do MHNJB;
39
40
Sessão Museologia
41
Pesquisa, Levantamento e Conservação da Coleção
Entomológica
Claudia Cristina Cardoso49 e Luana da Silva50
Contato: [email protected]
O estudo de espécies animais e vegetais, assim como outros “componentes” biológicos, ou não,
é indispensável à manutenção do conhecimento. Neste âmbito faz-se necessária a existência de
coleções que permitam o livre acesso de pesquisadores e afins para a realização de tais estudos.
Diante deste fato, os museus desempenham um importante papel, uma vez que podem abrigar muitas
destas coleções. O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB-UFMG) abriga
uma ampla coleção entomológica, com centenas de espécimes de variadas espécies e ordens como
Lepidoptera (borboletas e mariposas), Coleoptera (besouros), Hemiptera (barbeiros e percevejos),
Hymenoptera (abelhas, vespas e formigas), dentre outras.A manutenção desta, assim como de qualquer
e toda coleção entomológica, deve se dar de maneira a garantir o bom estado de conservação dos
exemplares pelo máximo de tempo possível, anos ou talvez, décadas. Para tal, várias etapas devem ser
cumpridas e, no MHNJB, algumas delas têm sido realizadas, a começar pela coleção de lepidópteros
onde aproximadamente 200 espécies (somente de borboletas) foram identificadas. O processo de
identificação se dá com o auxílio de chaves específicas, livros, sites, mas, principalmente, com base em
fichas e etiquetas de identificação existentes no museu e livros de campo, onde constam, em alguns
casos, dados importantes, como local e data de coleta e nome do coletor. Infelizmente, estes dados,
algumas vezes também apresentam “erros”, ou por possível extravio do material ao qual se referem,
deixando informações desencontradas, ou por alterações de classificação e nomenclatura que surgem
com a evolução da sistemática. Após identificados e classificados, os exemplares passam pela fase de
tratamento. Esta fase, por sua vez, divide-se em outras duas etapas, ou subfases: A primeira delas,
desinfestação, baseia-se em expor os espécimes à uma temperatura de 50ºC por um período de 40
minutos em estufa apropriada, para a eliminação de ovos, larvas e indivíduos adultos de espécies de
pequenas “pragas” ou até mesmo microorganismos que ataquem e danifiquem a coleção; a segunda,
prevenção, é o processo no qual as gavetas são devidamente higienizadas, recebem aplicação de
formol em pó e naftalina, para evitar o surgimento de novas “pragas”, e têm seu revestimento interno
trocado. Findadas estas etapas, a coleção deve ser revisada periodicamente para a partir daí serem
tomadas as devidas medidas que se fizerem necessárias de acordo com o decorrer do tempo, como
por exemplo a adição de mais naftalina, dentre outros. A expectativa é que até o final de abril de
2009, os trabalhos de desinfestação e tratamento de prevenção sejam concluídos em toda a coleção
entomológica.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
49 - Museóloga
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do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG;
50 - Especialista Entomológica e Estagiária do Curso de Ciências Biológicas da UNA;
42
Readequação Técnica do Sistema de Informatização
do Acervo Museológico do MHNJB com interface na
web
Claudia Cristina Cardoso51 e Isa Paula Rossi Vieira52
Contato: [email protected]
A presente abordagem visa expor os estudos técnicos realizados no Setor de Museologia cujo
objetivo é proporcionar condições de readequação do atual sistema de informatização do acervo
museológico do MHNJB/UFMG, garantindo possibilidades de interface do mesmo na web através
da aquisição de nova ferramenta eletrônica. O Projeto de readequação técnica do sistema de
informatização do acervo museológico, justifica-se tendo em vista a necessidade de disponibilizar
as informações sobre o acervo do MHNJB/UFMG ao usuário proporcionando maior facilidade de
acesso ao Banco de Dados via web. Os contatos e estudos tem sido realizados junto a diversas
firmas especializadas, com apresentações e demonstrações via on-line no Setor de Museologia.
Existe a intenção de dar continuidade ao Programa já existente Acervsys com a migração dos dados,
caso este venha futuramente atender a esta atual demanda. Esperamos que estas questões sejam
equacionadas e definidas até o final de 2008 para em breve iniciarmos o processo que permitirá a
disponibilização dos dados via web sobre o acervo do Museu de História Natural e Jardim Botânico
da UFMG.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
51 - Museóloga
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do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG;
52 - Assistente
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de Administração MHNJB – Setor de Museologia;
43
44
Sessão Plantas Medicinais
45
Pesquisa e recuperação de dados e imagens de plantas
medicinais nativas do Brasil, para uso em estudos em
biotecnologia e conservação
Maria G. L. Brandão, Naiara N.S. Zanetti, Gabriela R. Oliveira, Andressa K. S. Silva, Lorena O. Goulart, Iluriel A. Teixeira,
Karina Q. Fortes e Dyana Santos 53
Contatos: [email protected], [email protected]
A flora medicinal brasileira representa uma das mais ricas fontes de novos produtos farmacêuticos,
cosméticos e nutracêuticos, pois o país é o detentor da maior biodiversidade do planeta. A
miscigenação das culturas enriqueceu a prática de uso das plantas medicinais no Brasil, mas fez com
que a maioria das plantas cultivadas e usadas, hoje, seja exótica. As plantas nativas que são usadas
há séculos, fruto da herança da cultura Ameríndia, são praticamente desconhecidas. Raros são os
exemplos de produtos registrados no Brasil preparados com elas e algumas espécies encontramse ameaçadas de extinção, refletindo o inadequado aproveitamento dessas plantas. O objetivo dos
trabalhos desenvolvidos pelo DATAPLAMT (Banco de Dados e Amostras de Plantas Aromáticas
Medicinais e Tóxicas) é recuperar dados e imagens de plantas medicinais nativas descritas nas obras
dos naturalistas que percorreram o país no século 19, e divulgá-las. Os trabalhos foram iniciados com
a pesquisa das plantas descritas na Estrada Real, estendida recentemente para outras regiões do Estado.
Até o momento, informações sobre 200 espécies foram recuperadas e estão sendo organizados em
um banco de dados e imagens, em fase de conclusão (www.dataplamt.org.br). Além de recuperar e
difundir o conhecimento tradicional sobre as plantas nativas do Brasil, os trabalhos desenvolvidos
contribuem para o melhor direcionamento de pesquisas farmacológicas, que certamente levarão ao
desenvolvimento de produtos de uso adequado e coletivo.
Financiadores do projeto: FAPEMIG, CNPq.
53 - Museu
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de História Natural e Jardim Botânico/UFMG; Faculdade de Farmácia/UFMG;
46
Sessão Zoologia
47
Comportamento e ecologia de um grupo mico-estrela
(Callithrix penicillata) no Museu de História Natural
e Jardim Botânico da UFMG, Belo Horizonte, MG
Patrícia Gomes Ferreira54 e Claudia Guimarães Costa55
Contato: [email protected]
Os primatas da espécie Callithrix penicillata, são animais de pequeno porte (300-450g), distinguíveis
pelos tufos auriculares pretos em forma de pincel. Possuem distribuição geográfica original da região
central do Brasil, são frugívoro-insetívoros, exsudatívoros ou onívoros. As condições ecológicas
determinam os padrões comportamentais que favorecem a evolução de um animal, sendo assim, o
presente estudo tem como objetivo principal avaliar as estratégias comportamentais e ecológicas de
um grupo de mico-estrela (Callithrix penicillata) frente às características ambientais de um fragmento
florestal urbano inserido na área do Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade
Federal de Minas Gerais (MHNJB) Belo Horizonte (MG). A coleta de dados teve início em agosto de
2008 com a amostragem sistemática de dados comportamentais e ecológicos através da utilização dos
métodos “scan sample”, ou varredura instantânea e “Ad libtum” para registro de eventos esporádicos,
ambos amplamente utilizados em diversos estudos de comportamento e ecologia de primatas. Para
a compreensão das estratégias ecológicas adotadas pelo grupo, todos os recursos consumidos
pelos animais estão sendo marcados e posteriormente identificados. É prevista a continuidade dos
estudos até o mês de julho de 2009. O período amostral compreenderá duas estações do ano (seca/
chuvosa) e prevê-se a identificação de mudanças comportamentais e ecológicas sazonalmente além
de possíveis modificações comportamentais no grupo estudado no local, considerando o estado de
conservação e a presença constante de visitantes quando comparadas àquelas preservadas.
54 - P������������������������������������������������
ontifícia Universidade Católica de Minas Gerais;
55 - Museu
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de Ciências Naturais PUC Minas;
48
Estudo do comportamento e ecologia alimentar de um
grupo de macacos-prego (Cebus nigritus) do Museu
de História natural e Jardim Botânico da UFMG, um
remanescente urbano de Mata Atlântica
Kátia Regina da Silva56 e Claudia Guimarães Costa57
Contato: [email protected]
O presente trabalho tem como objetivo principal estudar o comportamento e ecologia alimentar de
um grupo de macacos-prego (Cebus nigritus) que habitam o remanescente urbano inserido na área
do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (MHNJB), Belo Horizonte (MG). Este
estudo visa avaliar a capacidade da área na manutenção do grupo sem que seja necessária a oferta
de recursos alimentares. Os macacos-prego (Cebus nigritus) são animais de tamanho médio (1,4 a 4,8
kg) primariamente arborícolas e onívoros, possuem grande adaptabilidade à ambientes alterados,
fragmentados e degradados. As atividades de campo tiveram início em agosto de 2008 e prevê-se seu
término em julho de 2008. Os dois primeiros meses de amostragem consistiram em esforços para
identificar os indivíduos do grupo. Os dados comportamentais e ecológicos serão coletados durante
cinco dias completos por mês, através do método animal-focal. Como resultado deste estudo é
esperado que seja possível inferir na necessidade da manutenção da ceva de alimentação para o grupo
na área, auxiliar em estratégias de manejo e conservação da espécie na área e auxiliar em programas
de Educação Ambiental com visitantes, funcionários do MHNJB, moradores e trabalhadores de seu
entorno direto.
56 - Pontifícia
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Universidade Católica;
57 - Museu
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de Ciências Naturais da PUC;
49
Fatores que influenciam na distribuição de micoestrela (Callithrix penicillata) em Belo Horizonte
Levantamento de dados no Museu de História Natural
e Jardim Botânico da UFMG
Bruno Teixeira, Fernanda Rodrigues, Luciana Silveira, Raissa Fortini e Robert John Young 58
Contato: [email protected]
O objetivo principal desta pesquisa é identificar os fatores que influenciam a distribuição do micoestrela (Callithrix penicillata) em BH e nesta etapa da pesquisa buscamos fazer o levantamento dos
grupos de mico-estrela encontrados na área de mata do Museu de História Natural e Jardim Botânico
da UFMG (MHNJB). Além deste levantamento, buscamos comparar as espécies cultivadas no viveiro
com as espécies que o mico-estrela usa como fonte de alimento, para que sejam propostas novas
espécies a serem cultivadas no viveiro do MHNJB. O local de estudo foi a área de mata do MHNJB
que apresenta um total de 54,1 hectares. O levantamento de campo em busca dos grupos de micoestrela foi realizado nos dias 25 e 26 de outubro de 2008. O método empregado é o de cobertura
total da área verde para busca dos grupos, onde a cada 10 minutos de caminhada era acionado
playback da vocalização da espécie para facilitar a localização dos indivíduos, no caso de visualização
de algum grupo os indivíduos foram e observados durante 20 minutos. Foram coletados dados do
dia, hora, local do encontro, número de indivíduos e estrutura etária do grupo. As coordenadas
geográficas eram marcadas com uso do GPS sempre quando playback era acionado, ou quando os
animais eram visualizados. A comparação entre as espécies do viveiro com as espécies que o micoestrela usa como fonte de alimento, foi realizada através de levantamento de informações junto ao
MHNJB e de levantamento bibliográfico em artigos sobre o mico-estrela, respectivamente. Durante
o levantamento de campo foram encontrados dez grupos de mico-estrela, sendo estes apresentando
um total de 69 indivíduos, portanto a área de mata do MHNJB apresenta 1,27 indivíduos por hectare.
Com relação comparação entre as espécies cultivadas no viveiro com as espécies que o mico-estrela
usa como fonte de alimento, verificamos que não há espécies sendo cultivadas que sejam fonte de
alimento para o mico-estrela, segundo a bibliografia consultada. Por fim, sugerimos que se evite que
sejam translocados novos indivíduos de mico-estrela para o MHNJB, pois a área já apresenta uma alta
densidade da espécie. Além disso, é sugerido que se cultive no viveiro do MHNJB, espécies nativas de
porte arbóreo que sejam fonte de alimento para o mico-estrela para serem reintroduzidas na área
do MHNJB.
Financiador: Capes
58 - Pontifícia
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Universidade Católica;
50
Levantamento preliminar de Avifauna do Museu de
História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Warley de Almeida Delgado 59
Contato: [email protected]
Nos últimos anos, vem crescendo a preocupação com as áreas verdes e parques da na região
metropolitana de Belo Horizonte, diversos projetos estão sendo desenvolvidos com o intuito de
gerenciar de maneira mais eficiente, do ponto de vista ambiental, estas áreas. Além de representar a
busca por uma melhor qualidade de vida, estes espaços constituem-se em importantes refúgios de vida
silvestre. A relevância de se realizar um trabalho de levantamento faunístico, pode ser interpretado
como a necessidade de se garantir uma ocupação responsável do espaço, capaz de gerar bem estar
para a comunidade da forma mais sustentável possível. Esta iniciativa pode e deve, inclusive, servir como
modelo para a gestão de outras áreas verdes. As aves, assim como outros animais, são importantes
bio-indicadores, da qualidade ambiental e da diversidade ecológica de determinado espaço, sendo
comum, na atualidade, a utilização destas listagens para comprovar a riqueza e eficiência dos projetos
de manejo. O estudo da ornitofauna no Museu de História Natural foi desenvolvido através de
levantamento auditivo e visual, com auxílio de binóculos, em transectos aleatórios que cobriram
todos os ambientes do museu.As observações foram distribuídas dentro das duas estações climáticas
mais marcantes da região Sudeste, o que aumentou as chances de se registrar, por exemplo, espécies
migratórias, ou que se manifestem mais nos meses quentes. Foi realizada na transição entre a estação
seca e a chuvosa, uma observação noturna, em busca de espécies que se movimentam apenas entre
o crepúsculo e a noite. No total foram realizadas quatro campanhas, duas na estação chuvosa, em
12 e 15 de março de 2008, uma na estação seca, em 24 de junho de 2008 e uma na transição, entre
as estações seca e chuvosa, em 11 de outubro de 2008, esta última se estendeu até o período
noturno. Para a identificação taxonômica, foi utilizada como referência bibliográfica, Ornitologia
Brasileira, de Helmut Sick (1997), através da qual será confeccionada uma listagem por espécies
em ordem científica e uma listagem com os nomes populares de todas as espécies identificadas. O
produto principal será um mapa, com a distribuição das famílias nos diversos ambientes do museu,
que contará ainda, com link digital para fotos e informações sobre as espécies. A idéia é disponibilizar
este material em meio digital para consulta dos visitantes.
Financiador: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
59 - Especialista
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em Estudos Ambientais;
51
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
Belo Horizonte, 2008
Download

I Simpósio de Pesquisa e Extensão do Museu de História Natural