BOLETIM DE PESQUISA E EXTENSÃO EDITORIAL A Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico – GPDT - criada em 7 de junho de 2011 é recente e demanda grandes desafios. Nosso campus, nestes últimos 3 anos, vem mostrando grande habilidade no desenvolvimento de pesquisa, fato que se pode observar no número crescente de bolsistas de iniciação científica, bem como em atividades de extensão, como nos projetos comunitários desenvolvidos nas aldeias indígenas do município. Portanto é de fundamental importância que a comunidade acadêmica possa ser informada sobre fatos e eventos voltados à pesquisa e a extensão que estamos desenvolvendo. Nesse contexto, a GPDT resolveu criar um jornal que será o canal aberto de comunicação entre os servidores extensionistas ou pesquisadores e a comunidade acadêmica. Nesta primeira edição, traremos um breve relatório da evolução da pesquisa no Campus Aracruz e informações sobre alguns projetos de extensão e eventos que estão ocorrendo e que vão ocorrer aqui no Campus. Tenho certeza de que este jornal se constituirá num instrumento importante de comunicação aos interessados pela pesquisa e a extensão do Campus Aracruz. Prof. Dr. André Romero da Silva Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico 1º FÓRUM DA PESQUISA E EXTENSÃO A Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico realizará, no dia 15 de dezembro deste ano, o 1º Fórum de Pesquisa e Extensão do Campus Aracruz com o objetivo de apresentar à comunidade acadêmica as pesquisas e projetos de extensão que estão sendo desenvolvidas no campus. O encontro também visa traçar metas para o setor no curto, médio e longo prazos através da realização de uma mesa redonda. Confira, abaixo, a programação do evento: Boletim da Pesquisa e Extensão - 1ª edição EXTENSÃO IFES NAS TERRAS INDÍGENAS DE ARACRUZ O projeto de extensão nas Terras Indígenas do município de Aracruz tem caráter comunitário, com proposição de desenvolver mecanismos que possibilitem a criação e o gerenciamento de instrumentos de auto-sustentabilidade por parte das aldeias aqui instaladas que conseguiram homologar suas terras num longo processo de quadro décadas de lutas e demandas. Neste sentido, a estratégia estabelecida na abordagem e diagnóstico das possibilidades reais de relações entre o Ifes e as Aldeias foi a criação de dois cursos de curta duração sendo um denominado Almoxarife e o outro Auxiliar de Administração, ministrados aos jovens indígenas. Os cursos visam atender a uma dupla demanda de capacitação: empregabilidade e iniciativas de geração de renda internos que envolvam organização laboral mais institucionalizadas. O curso intitulado Gestão de Projetos também foi oferecido e buscou instigar as lideranças locais a desenvolverem ações visando a geração de riquezas, com foco em economia solidária e com uma visão abrangente no tocante aos aspectos culturais e políticos de suporte a sustentabilida- de e identidade indígena. Com esta linha de ação, os primeiros cursos foram ministrados na aldeia Caieiras, a maior, mais influente e urbanizada, para que os agentes do Ifes ganhassem experiência pedagógica e estabelecessem uma relação de confiança e ação. Após alguma resistência e restrições de membros indígenas e indigenistas, foi conquistada a confiança e compreensão das intenções do Ifes enquanto instituição as quais foram alicerçadas na presença e constância das relações, fator definitivo aos aldeiados considerando os traumas históricos que os tornaram arredios e desconfiados. Dessa forma a própria comunidade difundiu internamente uma expectativa extremamente proativa, e criou-se uma boa expectativa pelos cursos nas aldeias. Posteriormente, os cursos foram ministrados na Aldeia Pau Brasil, que sofreu uma pequena queda na qualidade programática e quantidade de discentes, por ser menor, mais isolada, e devido ao início tardio das atividades na aldeia em função da agenda pedagógica do Prof. de Gestão no Campus Aracruz. Neste semestre estão sendo finalizados CORAL ACORDE in CANTO Canto coral é mais uma das opções de extensão oferecidas no Campus Aracruz O Coral “Acorde In Canto” iniciou suas atividades no dia 05 de abril de 2011. O coordenador e regente desse projeto, o servidor Rodolpho da Cruz Rangel, recebeu incentivo direto do Prof. Eraldo José dos Santos, naquele contexto Gerente de Ensino, e o apoio das demais gerências e do Maestro da Ufes Claudio Modesto, para tornar este sonho uma realidade. Na realização de suas atividades o coral conta com a participação e suporte técnico musical do Prof. Felipe Sarmenghi Rangel e do Maestro Heraldo Filho (Coral Maria Penedo & Camerta do IFES – campus Vitória) que com seus conhecimentos potencializam as condições para o crescimento e amadurecimento dos coralistas. Em sua concepção o Coral “Acorde In Canto” é resultado de uma ação sociocultural do Instituto Federal do Espírito Santo, para desenvolvimento de atividade cultural, e contribui tanto para a formação educativa, quanto para a cidadania e desenvolvimento “humano integral”. O início das atividades de ensino e aprendizagem, por meio da música, através do canto coral e utilização de instrumentos musicais permitiu ao Coral realizar inscrições para a participação em eventos cul- turais, e festivais de expressão estadual, nacional e internacional. Assim sendo, o Coral participou do V ENCORIFES (Encontro de Corais do IFES Campus Vitória), do XII CantarES (Festival Nacional de Coros do Espírito Santo), e mais recentemente do XVII Festival Internacional de Corais - Unicanto - Londrina (PR), fato que proporcionou o intercambio cultural com pessoas de vários estados brasileiros, e também de outros países, como Argentina e Venezuela. O Plano de Desenvolvimento Institucional do IFES (2009 - 2013) contempla em seu artigo 3º, o suporte aos arranjos produtivos locais, sociais e culturais, alicerçado no fortalecimento e apoio à participação discente em eventos técnicos, sociais, científicos, esportivos, artísticos e culturais. Além disso, depara-se com uma exigência legal: a lei nº 11.769. Sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina a música como conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica no intuito de contribuir para o desenvolvimento da criatividade, sensibilidade e integração dos estudantes. O Coral “Acorde In Canto” tem em seus planos futuros a intenção de tornar este projeto de Extensão aberto à participação de toda comunidade local. os cursos na aldeia de Comboios, mais isolada e de mais difícil deslocamento. O projeto desenvolvido nas terras indígenas qualificará aproximadamente 120 indígenas até o fim de dezembro de 2011. Ressalta-se que o trabalho desenvolvido nas terras indígenas permitiu identificar várias possibilidades de programas de extensão, que ultrapassam as possibilidades do campus Aracruz, visto que há uma forte demanda na área ambiental, piscicultura e maricultura, agricultura e reflorestamento, gestão e instalação de pequenas unidades industriais, além da demanda natural por cursos de soldadores e eletricistas, que geram empregabilidade apesar de enfatizar o êxodo nas aldeias. Fica o registro que a comunidade e suas lideranças estão propensos e dispostos a estabelecer uma relação de longa perspectiva, onde o Ifes teria condições de implantar estações de pesquisa e práticas extensionistas, com instalações que possibilitariam receber pesquisadores e alunos com locais de manutenção de coleta de materiais, equipamentos e hospedagem transitória. PROGRAMA MULHERES MIL Campus Aracruz é contemplado e participará de Projeto do Governo Federal Instituído pela Portaria nº 1.015, DE 21 DE JULHO DE 2011, o Programa Nacional Mulheres Mil - Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável – foi inserido no Plano Brasil sem Miséria e integra um conjunto de ações que consolidam as políticas públicas e diretrizes governamentais de inclusão educacional, social e produtiva de mulheres em situação de vulnerabilidade. O Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes, a partir da atuação da PróReitoria de Extensão do Ifes, obteve aprovação das propostas para a implementação do Programa Mulheres Mil nos campi Aracruz, Cariacica e Piúma. O Programa possibilita que mulheres moradoras de comunidades com baixo IDH, sem o pleno acesso aos serviços públicos básicos, ou integrantes dos Territórios da Cidadania, tenham uma formação educacional, profissional e tecnológica, que permita sua elevação de escolaridade, emancipação e acesso ao mundo do trabalho, por meio do estímulo ao empreendedorismo. O processo de reconhecimento será desenvolvido por meio dos Programas de Certificação, no âmbito da Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada do Ministério da Educação – Rede Certific. Boletim da Pesquisa e Extensão - 1ª edição A EVOLUÇÃO DA PESQUISA NO CAMPUS ARACRUZ Embora o Campus Aracruz seja um jovem de três anos, temos resultados que nos encoraja a acreditar que temos potencial para desenvolver pesquisa de ponta no interior do Estado. Um levantamento feito pela Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico revelou que o Campus vem produzindo conhecimento científico que está fortemente caracterizado pelo número de trabalhos apresentados em Congressos seja por apresentação em pôster ou pela apresentação oral. O máximo de trabalhos apresentados na forma de pôster ocorreu em 2010 quando 23 pôster foram apresentados entre congressos, workshops, seminários e jornadas sejam eles internacionais, nacionais, estaduais e locais, e o máximo de trabalhos orais ocorreu no ano de 2011 com 8 trabalhos (Figura 1). Nesses período, tivemos publicação de artigos em periódicos internacionais e nacionais, tendo seu ápice em 2009 quando 6 artigos foram publicados. Entretanto, houve uma acentuada queda no número de artigos publicados no ano de 2011 quando 1 publicação foi registrada (Figura 1). Deve-se ressaltar que o Campus Aracruz tem em seu quadro de docentes, profissionais extremamente qualificados dos quais alguns são detentores de patentes depositadas no INPI (Figura 1). Em 2011 tivemos um avanço importante com relação aos trabalhos apresentados em congressos os quais foram em sua maioria oriundos de pesquisa desenvolvida por alunos de iniciação científica do Campus. A história da iniciação científica no Campus se deu com a aprovação de dois projetos no edital PIBITI de 2009 (Figura 2) fato que estimulou demais alunos e docentes a participarem dos editais posteriores de pesquisa do Ifes. No ano de 2010 houve um crescimento acentuado do número de bolsistas de iniciação em decorrência da aprovação de 3 projetos nos editais do PIBIC, 8 projetos aprovados no edital do PIBIC-Jr e 3 projetos aprovados no Edital PIBITI (Figura 2). Já em 2011 8 projetos foram aprovados no Edital PIBIC, 4 projetos foram aprovados no Edital PIBITI e 2 projetos do Edital Pró-Grupos foram iniciados. Sendo assim, o Campus Aracruz possui hoje bolsistas de iniciação científica em 3 dos 4 programas disponibilizados pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão sendo o Programa PIBIC o mais procurado pelos docentes. O Campus Aracruz iniciou suas atividades de orientação de bolsistas de iniciação científica em 2009 com 2 alunos e esta finalizando o ano de 2011 com 14 alunos (Figura 3). Interessantemente, os alunos dos Cursos Técnicos de Química Subsequente e Integrado, bem como os alunos do Curso de Licenciatura em Química, foram os discentes que constituíram o grupo de bolsistas de iniciação científica do Campus ao longo do triênio 2009-2011, fato que está associado ao perfil investigativo e laboratorista do profissional da química. Instituto Federal do Espírito Santo Av. Morobá, 248, Morobá Aracruz - ES CEP:29.193-733 Tel: (27) 3256-0958 Diretor Geral Hermes Vazzoler Jr. Gerencia de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico André Romero da SIlva Gerencia de Gestão Educacional Leandro Bitti Santa Anna Gerência de Administração Geral Mara Lúcia Louvem Vianna Diagramação Marília Ruy Santana