Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Curso de Licenciatura Plena em Educação Física Denis Carlos Barata Silvestre EVENTOS ESPORTIVOS, TURÍSTICOS TRADICIONAIS E SEGMENTADOS. Belém/PA 2013 Denis Carlos Barata Silvestre Eventos Esportivos, Turísticos Tradicionais e Segmentados Trabalho de conclusão de curso a ser apresentado como requisito de avaliação na Disciplina Seminário de TCC do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade do Estado do Pará. Orientador: Prof.Mo. Riod Cesar da Silva. Data de Aprovação: ___/ ___/ _____ Banca Examinadora: ____________________ Orientador ProfºRiod Cesar da Silva Mo. Gestão Empresarial Universidade do Estado do Pará ____________________Membro Prof°. Especialista em Marketing. Universidade do Estado do Pará Aos Meus pais Carlos Teixeira Silvestre eLucidalva Barata Silvestre. Aos Meus Filhos Derick e Davi. AGRADECIMENTOS A Deus, pela oportunidade e Força para enfrentar as dificuldades encontradas nesta longa caminhada. Meus pais, Carlos Teixeira Silvestre e Maria Lucidalva Barata Silvestre, e minhas irmãs, Daniele Barata Silvestre e Diessy Barata silvestre, pelo amor, compreensão e pelo constante incentivo. A minha esposa, Fabiane de Sousa Nogueira, pelo amor, carinho, compreensão em todos os momentos. Aos meus Filhos que amo tanto, Derick Carlos Brito Silvestre e Davi Carlos Nogueira Silvestre, e que são a razão sem igual de meu viver. Agradeço Ao Professor Mo. Riod Cesar da Silva, meu orientador, por ter acreditado em meu potencial, pelo incentivo, sempre indicando a proa a ser tomada nos momentos de grandes dificuldades. Agradeço pela confiança e, principalmente, por que nunca mediu esforços para prestar “socorro” nos momentos que precisei. A todos os meus amigos de classe, que também são grandes colaboradores nesta minha vitória. Aos professores e funcionários da UEPA, que estiveram comigo desde o início do curso numa relação de amizade e companheirismo. E por fim, meus amigos do trabalho, pessoas que sempre estiveram ao meu lado. Dedico também, essa vitória a vocês. A elaboração deste TCC não seria possível sem a compreensão de todos. Denis Carlos Barata Silvestre O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo”. Antoine de Saint-Exupéry Denis Carlos Barata Silvestre RESUMO A presente pesquisa acadêmica retrata a concepção de eventos esportivos e turísticos tradicionais e segmentados, fazendo um breve relato de como as corporações que oferecem serviços e produtos para esse determinado segmento utilizam de estratégias empresariais aplicáveis à gestão de eventos esportivos. Esta pesquisa tem por intento proporcionar ao profissional da área de Educação Física, bem como gestores e administradores que exercem essa função primando pela qualidade e excelência, propondo subsídios teóricos, técnicos e informações atuais dando sustentação das análises dos diversos ambientes, especialmente na definição dos objetivos e metas aplicados no decorrer do desenvolvimento e execução das diversas fases que fazem parte de sua estrutura na prática, primando pelas definições das ações facilitam o desdobramento das fases do processo de desenvolvimento do mais variados tipos de eventos esportivos, elevando a qualidade da tomada de decisões executados durante a sua concretização. definir como a utilização de estruturas e espaços pode desenvolver competências necessárias a idealização dos eventos, e ponderando resultados como forma de prever e alcançar possíveis problemas decorrentes do cumprimento das estratégias que consentem na ampliação das metas da atividade esportiva em questão. A pesquisa está baseada na metodologia qualitativa, pois dessa maneira o pesquisador considera a problemática de distintas formas, no sentido de alcançar diversas conclusões. Esta pesquisa tem o objetivo de proporciona resultado conveniente da organização de eventos esportivos, colaborando com o que é mais um campo para a atuação do profissional de Educação Física. Palavras-chave: Eventos Esportivos. Organizações. Marketing. ABSTRACT This academic research portrays the concept of sporting events and tourist traditional and segmented, with a brief account of how the corporations that provide services and products to utilize this particular segment of business strategies for the management of sporting events. This research is to attempt to provide the professional field of Physical Education, as well as managers and administrators who perform this function striving for quality and excellence offering theoretical support, technical support and information giving the current analyzes of the various environments, especially in setting goals goals and applied during the development and implementation of the various stages that make up its structure in practice settings by prioritizing actions facilitate the unfolding of the stages of development of the various types of wind sports, raising the quality of decision making performed during its implementation. defined as the use of structures and spaces can develop skills idealization of events, results and pondering as a way to predict and reach potential problems resulting from compliance strategies which allow the expansion of the goals of sporting activity in question. The research is based on qualitative methodology, because this way the researcher considers the problem in different ways, in order to reach several conclusions. 's Research aims to provide convenient result of the organization of sporting events, confirming that it is more a field for the professional practice of Physical Education. Keywords: Sporting Events. Organizations. Marketing. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 07 CAPITULO I 10 1.1. Eventos Segmentados 1.2. Evento de Turismo 13 1.3. Terminologia não padronizada 15 1.4. Melhoria na Qualidade de Vida 16 CAPITULO II 17 2.1. Atribuições das Empresas que Prestam Serviços em Eventos Turísticos 2.2. Eventos Contemporâneos Segmentados 20 2.3. Conhecimento para o Contexto de gestão Esportiva 23 2.4. Estratégia para transformação do Conhecimento 23 2.5. Apoio de Redes na estratégia do Conhecimento 26 2.6. Estrutura de Eventos para Governança 28 CAPITULO III 30 3.1. Estrutura de Eventos 3.2. Dimensões teóricas de estrutura de Eventos 31 3.3. Principio de estrutura de Eventos 34 CONCLUSÃO 36 REFERENCIAS 37 7 INTRODUÇÃO Esta pesquisa acadêmica nos mostra as diversas etapas de fases de um evento, podendo o mesmo, ser tradicional, esportivo, recreativo ou como indutor para as diversas áreas do turismo. Podendo apresentar características-chave que definem um evento. A primeira exige que um corpo diretor estabeleça e aplique regras e regulamentações padronizadas que devem ser seguidas para produzir o evento. A segunda é que a atividade seja um esporte reconhecido e com histórico memorável. Outro ponto de grande relevância na realização de eventos esportivos é um corpo técnico competente e com experiência e capacidade de liderança, organização e logística. A direção e organização podem ser executadas por uma associação ou federação, que determina as regras e regulamentações padronizadas que regem a pratica do vento. Essas regras e regulamentações especificam elementos tais como: a área de competição, o campo, quadra de jogo, o número de participantes, suas vestimentas e as ações aceitáveis para participação. A gestão do evento é responsável por sanções e fiscalização, de forma a garantir que as regras e regulamentações sejam seguidas pelos participantes do evento. Um evento esportivo pode ser acarretado por pressões advindas de causas diversas, com a peculiaridade de uma cultura regional ou do país, onde esta sendo realizado. Outro ponto relevante é a necessidade de adequação à novas tecnologias ou a idade dos participantes. Além de adaptações e mortificações no decorrer do tempo; contudo, as transformações não fazem surgir um evento totalmente novo. As mudanças são limitadas, respeitando a universalidade na aplicação de regras e regulamentações, sendo conduzido da mesma maneira, exercido para seguir as regras e regulamentações, incluindo tradições, costumes e rotinas para ser um evento consistente, respeitado e com relevância social. Um evento esportivo pode ser organizado em vários níveis de atividades, podendo ser desenvolvido em uma área de pequeno, médio ou grande porte, sendo que este espaço pode ser adaptado, utilizando-se de regras e regulamentações, em qualquer nível, transformando o evento em uma atividade prazerosa e identificável. 8 Esta pesquisa tem a finalidade de proporcionar ao profissional da área de Educação Física subsídios teóricos, técnicos e informações práticas que vão da maior qualidade durante a realização dos variados eventos esportiva. A Utilização de estruturas e espaços onde se podem desenvolver habilidades necessárias ao planejamento, possibilitando a avaliação de resultados como forma de prever e contornar possíveis problemas decorrentes da execução dos mesmos. A realização dessa pesquisa acadêmica focou no objetivo que possui pontos a ser explicitados: 1- Como desenvolver ações estratégicas pra aprimorar os eventos segmentados? 2- O papel do evento turístico tradicional e qual a sua relevância no contexto do lazer nas cidades sedes? 3-Como ampliar e desenvolver ações pra o melhoramento da gestão de eventos esportivos? Não é fácil. Fazer com que este evento esportivo seja um sucesso é ainda mais trabalhoso, uma vez que, além de superar as expectativas dos mais variados consumidores que adquirem esse tipo de produto e serviços, precisamos solucionar e antever possíveis problemas decorrentes da execução do projeto, exigido, por parte do organizado. Outro ponto que se deve considerar importante é o turismo em nosso país, que está em plana expansão, devido a investimentos de infraestrutura nas cidades onde alguns jogos serão realizados, por isso é que temos que preparar e qualificar o setor de serviços das cidades-sede, e ampliar os investimentos para que o Brasil apresente bens culturais conservados e atraentes, o esforço dos entes federados na revitalização desses espaços, reforço de parcerias com os governos estaduais, federal e municipal. São propostas que surgem nas discussões dos grupos de trabalho, essas pessoas são desafiadas a tomar decisões com seriedade suficiente de montar eventos esportivos de grande porte. Nos dias de hoje eventos esportivos são utilizados como uma ferramenta estratégica para a promoção do turismo, uma vez que atletas e espectadores viajam para o local do evento a fim de participar do espetáculo. Temos como exemplo os jogos Olímpicos, os jogos de Inverno, a copa do mundo de futebol, e alguns eventos radicais que vem apresentando um alto nível de aceitação das pessoas que querem atividades esportivas realizadas na natureza. Um evento esportivo incentiva o turista a ir assisti-lo ou a viajar para conhecer o local nos meses que o antecedem ou nos anos seguintes ao evento. 9 Este trabalho acadêmico subdivide-se em três capítulos, sendo que o primeiro abordará a contextualização de eventos segmentados no Mundo e no Brasil, e a tipologia de eventos segmentados. Outro fator importante e a postura do profissional de Educação Física, bem como outros profissionais que desempenham atividades principalmente em eventos turísticos. No segundo capitulo haverá a explicação sobre a interligação de gestão e eventos turísticos, dando ênfase no setor de eventos esportivos e a sua permanente evolução. Estabelecendo, assim, uma perspectiva que permita o acompanhamento de vários cenários compatíveis com a realidade das terminologias padronizadas, melhor qualidade de vida e atribuições das empresas que prestam serviços no ramo de evento turístico, a viabilidade das possíveis parcerias com diversos anunciantes e como será a relação custo benefícios com a mídia. Nota-se que existe um aumento de eventos segmentados contribuindo para o contexto da gestão de eventos, que é uma função de destaque nesse universo do mundo business, sempre lembrando que o esporte trabalha o eixo da estratégia para transformação do conhecimento e apoio as redes de transformação facilitando as estruturas de eventos esportivos. No terceiro e ultimo capitulo, vamos destacar a implantação do processo que estrutura os eventos esportivos, como utilizar a melhor maneira possível essa ferramenta para auxiliar na elaboração e construção e estratégias que sejam bem aplicadas. Lembrando que no mundo dos eventos esportivos, onde as atividades turísticas são fundamentadas, não há técnicas mágicas, e sim ações estratégicas planejadas que garantem o êxito. Finalizando a pesquisa acadêmica, será explanada, de forma detalhada, a utilização dos métodos aplicados na metodologia e o seu emprego no desenvolvimento dessa pesquisa acadêmica, referendando todos os dados relevantes na preparação das etapas da coleta de dados e ponderando as diversas abordagens propostas pelos autores: Kloter, Mccarthy e Perreault, Martin, Rogers, Giacaglia, Davidson, Braga e Murad, Maple, além de outros autores renomados que fazem suas pesquisas acadêmicas primando pela excelência de seus estudos, bem como revistas e sites especializados que retratam o tema. Em síntese, os eventos esportivos, recreativos e turísticos são considerados grandes negócios e tem uma atenção especial pela mídia especializada, abrindo 10 fronteiras e espaços cada vez direcionados e com qualidade de espetáculo memorável. Entretanto as empresas que oferecem e desenvolvem a prática do evento como alavancas comerciais ou educativas necessitam ampliar uma nova visão da gestão de eventos que perpassa as linhas esportivas. CAPITULO I 1.1-Eventos Segmentados Ao contrário do evento tradicional, o evento segmentado surge por meio de inovações que alteram ou renovam um evento, ou ainda criam um evento completamente novo. Muitos eventos segmentados são progressivamente híbridos, nascidos a partir de raízes do evento tradicional. Giacaglia (2003) sustenta que: Existem três características-chaves de eventos segmentados. A primeira é que o evento é criado e adaptado para um público esportivo, recreativo ou turístico em particular. A segunda é que não precisa existir um corpo diretor tradicional que tenha estabelecido regras e regulamentações históricas, embora haja um quadro de organizadores que pode estabelecê-las. A terceira é que o evento pode conter componentes tradicionais reconhecidos ou pode ter um formato pouco convencional. Segundo Mccarthy e Perreault (1990, p. 366) afirma que: Eventos segmentados existem em diversas formas nas áreas de esporte, recreação e turismo. Alguns exemplos são festivais, conferências, entrevistas coletivas, banquetes, convenções, passeatas, shows e eventos beneficentes. O uso de formatos inovadores pode produzir eventos em novos segmentos esportivos, recreativos ou turísticos. Um levantamento envolvendo 300 organizações corporativas no Reino Unido, o UK Conference Market Survey 2010 revelou que: A idade média do turista em um evento esportivo ou turístico em 2008 é de 38 anos 64% dos representantes são do sexo masculino e comparecem em média três eventos anuais 83% dos participantes entrevistados mostraram-se satisfeitos na maior parte da duração do evento Já no Brasil uma pesquisa organizada pela empresa MPI em 2010 revelaram que: Os turistas vão aos eventos em locais e áreas do litoral brasileiro, principalmente na região Nordeste. 11 65% dos participantes são do sexo masculino 70% tem idade superior aos 35 anos de idade 53% possuem graduação ou estão em universidades 50% dos entrevistados reclamam da falta de logística e infra- estruturas das cidades que estão sediando o evento. Daremos como exemplo de evento segmentado pode ser adaptado para atender a um determinado público. OWinter festival ofLights, nas Cataratas do Niágara, Canadá. Esse evento anual é feito sob medida para a demanda turística que deseja ver o espetáculo das Cataratas do Niágara durante os meses de inverno. Não há nenhum corpo diretor tradicional instituído regras e regulamentações, embora haja um comitê organizador. Martin (2011) comenta que os gestores que organizam esse evento das Cataratas do Niágara tem como referencia principal a inovação, consistindo no uso de iluminação para destacar a beleza natural das quedas e da área circunjacente, em paralelo à apresentação dos personagens da Disney, como uma atração noturna a mais. O evento pode ser adaptado a qualquer momento para suprir mudanças nas necessidades dos turistas, por exemplo, mudando o local de apresentação das luzes ou aumentando ou diminuindo o número de personagens iluminados. Rogers (2006) descreve outros exemplos de eventos segmentados que estão desabrochando em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o basquete está sendo jogado em trampolins em vez de em uma quadra tradicional. Campeonatos de home runde beisebol estão sendo montados. No Canadá, um evento segmentado permitiu que corridas de snowmobilefossem realizadas nos meses de evento na neve. O Canadá também sedia o World Outdoor HockeyChamopionship, com regras adaptadas para premiar com um gol cada pênalti cometido, evitando que um jogador fique sentado no frio enquanto cumpre a punição. Em países de todo o mundo, eventos segmentados de esqui e snowboardingestão sendo praticados em dunas de areia em substituição das montanhas de neve tradicionais. Eventos de futebol e de futebol americano também estão acontecendo na areia, com formação de três-contra-três. Segundo Davidson (2006), Eventos de críquete, com regras adaptadas, são jogados nas Índias Ocidentais, Inglaterra , Nova Zelândia e África do sul. Eventos que testam habilidades específicas apareceram, como competições de golfe de 12 jogadas de longas distâncias, puttinge para acertar o buraco com uma só tacada. Corridas de aventura segmentadas são feitas envolvendo caminhadas em trilhas, percursos a cavalo ou escaladas de montanhas. Eventos que começam como segmentados podem evoluir para o terreno de eventos tradicionais. O triátlon, evento esportivo de atividade tripla que combina natação, ciclismo e corrida, é um exemplo de esporte segmentado que se tornou um evento tradicional. A combinação de esportes tradicionais formou um evento segmentado que se transformou de fenômeno local para internacional. O Ironman triátlon, realizado no Havaí, Estados Unidos, é um exemplo de triátlon que também é um evento turístico de sucesso. Durante certo período, o triátlon desenvolveu regras e regulamentações que eram seguidas de maneira consistente. O evento foi, finalmente, aceito como um esporte a ser praticado nos jogos Olímpicos de Verão, o que significou que os participantes passaram a ser selecionados a partir de uma série de eventos conduzidos com regras e regulamentações padronizadas. Além disso, o evento passou a ser reconhecido como triátlon em todos os níveis, da prática local à internacional. Nesse momento, o triátlon entrou no terreno de evento tradicional. Todavia, o triátlon também continua a se desenvolver como evento segmentado, sendo estimulado pela contínua adaptação de elementos de diversas atividades. Isso inclui adaptação para usar atividades de dois esportes, como caminhada e ciclismo, ou ajustes para permitir que um grupo de três membros possa competir, cada um completando uma das atividades esportivas. O uso contínuo de adaptações para o triátlon mantém o evento no domínio dos eventos segmentados. Desse modo, é possível que um evento ocorra nos âmbitos tradicionais e segmentados simultaneamente. Eventos segmentados continuam a surgir. Eles podem ou não passar para o terreno dos eventos tradicionais no futuro. Independentemente disso, a gama de eventos está em expansão e são necessários gerentes de eventos para organizá-los ao redor do mundo. Quais eventos segmentados estão desabrochando em sua região? Considere as adaptações como sendo melhorias dos eventos tradicionais locais, que permitem o surgimento de eventos turísticos segmentados que ocorrem, ou poderiam ocorrer, em sua região. 13 1.2 - Eventos de Turismo Embora o turismo de negócios e o de lazer dependa de estruturas similares, o primeiro traz consigo benefícios adicionais que tornam um negócio atraente para seus destinos em potencial. Para Braga e Murad (2008, p 14), turismo de negócios é um conceito amplo e pode ser compreendido como: O conjunto de atividades de visitação praticado em lugar diferente do de residência habitual de pessoas que viajam com as finalidades de realizar negócios, cumprir tarefas profissionais, participar de eventos de caráter comercial ou simplesmente, estabelecer contatos que possam promover futuros negócios, ligados aos mais diversos setores da economia. Mas a parte de turismo de negócios e esportivo tem algumas necessidades adicionais relativas á infraestrutura, como locais adequados para o tipo e tamanho do evento que vai ser realizado a presença de prestadores de serviços especializados, e o mais importante pessoas bem treinadas para oferecer e atender com excelência e qualidade as pessoas que estão se fazendo presentes nesse evento. Maple (2006,p.15 ) sustenta que: Eventos de grande porte, como convenções, são projetados para reunir os melhores profissionais de um dado campo de atuação em ambientes onde se possa compartilhar informações e identificar processos. Quando isso acontece, o conhecimento local recebe um grande impulso, junto com capacitação em qualquer área imaginável. Davidson(2010, p. 14) também declara que: A linha que separa essa duas categorias de turismo, se torna ainda mais tênue por conta da presença de “pessoas acompanhantes” em vários eventos de turismo podendo ser de negócio ou esportivo, não é algo atípico que aqueles que viajam rumos e destinos exóticos, como também para participar de feiras de negócios ou conferencias, exposições acabam levando seus amigos ou cônjuges para aproveitar as chances de transformar a viagem em um curto período de férias. Martin (2003) descreve que além do setor de conferencias, exposições e feiras de comercio consistem bastante com apresentação de vários temas direcionados ao público que procura diversos temas ou assuntos específicos podendo ser limitado numero reduzido de ouvintes. Após a explanação os ouvintes podem fazer perguntas direcionado ao tema que foi exposto, esses formatos utilizados tem curta duração e quando acontece pode fazer oque o evento fique isolado, algo que costuma acontecer também é a organização de eventos ser 14 apenas parte de um trabalho de uma pessoa que não possui conhecimento especifico sobre organização de evento seja ele de qualquer atividades. Outros programas de pesquisa utilizam definições um tanto diferentes. Em outubro de 2002, os lideres da indústria no Reino Unido chegaram a um acordo quanto usar a seguinte definição para local de ventos: (...) um local de eventos deve ser uma instalação a ser alugada externamente (as salas de reunião de uma empresa estão fora, por exemplo) e que tenha um mínimo três salas de reunião/conferencia, com uma ocupação mínima de 50 pessoas á maneira de teatro na maior de suas salas. Na Austrália, a definição para eventos de negócios e de lazer utilizada pela National Business Events Study, publicado em 2005, foi: Qualquer atividade pública ou privada que consiste de no mínimo 15 pessoas com interesses profissionais em comum, seja sediada em um local ou locais específicos e organizada por uma organização (ou organizações).Isso pode incluir (mas não se limitara): conferencias, celebrações especiais, seminários, cursos, feiras públicas ou de comercio, exposições, reuniões gerais de campanha, retiros corporativos e programas de treinamento. No Brasil eventos desse porte recebe uma conotação, definida por Martin (2003) como: As atividades restritas a um grupo especificam são pagas unicamente pela entidade empresarial, ou através de patrocínio que da sustentação orçamentaria para alguns tipos de eventos voltados a promover a sua marca nos locais de realização, bem como a atualização em massa para a divulgação de seus produtos e serviços, existe uma aceitação muito grande por parte dos participantes que acabam recebendo brindes e cupons promocionais onde está sendo realizado o evento. Outro ponto que salienta o autor são as oportunidades de qualificação profissional das pessoas que estão desenvolvendo ou exercendo atividades especificas nesses determinados eventos, essas pessoas procuram estabelecer um padrão internacional de serviços e produtos oferecidos principalmente quando o evento é internacional, onde a excelência e qualidade deve ser o ponto principal estabelecido como padrão. 15 Partindo desse ponto esse avanço vai oferecer apoio e reconhecimento, ainda que tardio, pois essa indústria é altamente sofisticada, mas o que conta para a equipe organizadora de eventos turísticos, é que as funções pré-estabelecidas como as metas e objetivos tiveram certo grau de aceitável perante o feito pretendido e alcançado, sendo que é feito pesquisas de satisfação e aceitabilidade, bem como a escolha da cidade sede e o local onde será realizado o evento. 1.3-Terminologia não Padronizada Para Pires (2001), um dos motivos para essa limitação utilizados durante uma coleta de dados estatística sobre o valor e o tamanho da indústria do turismo é a ausência de uma terminologia definida e amplamente aceita. Numa esfera, mais geral, ainda há discursões que levantam duvidas sobre o termo “turismo de negócios” é preciso ou adequado para descrever o setor que engloba conferencias, exposições e viagem de incentivo. Pires (2001) comenta em um contexto mais particular, palavras como “conferência”, “congresso”, “convecção” e “encontro” são usadas de forma como sinônimos ou de forma indiscriminada. Há outras expressões usadas de forma parecida, só que com uma conotação mais especifica: “simpósio”, “colóquio”, “assembleia”, “conclave”, “reunião de cúpula”. Entretanto, é possível que só para a última dentre essas possa atingir um consenso quanto ao significado preciso (a saber, uma conferencia de oficiais do alto escalão, como chefes de governo). Davidson (2010) também argumenta sobre os três tipos de eventos turísticos mais frequentes e com um maior índice de números de participantes: Conferencia: 1- Reunião participativa criada para discursões, elucidação de fatos, solução de problemas e consultas. 2-Evento usado por qualquer organização para exposição e troca de opiniões, transmissão de avisos, aberturas de debates ou divulgação de 16 algum ponto de vista sobre um assunto determinado. Embora não seja de duração muito limitada, uma conferencia é geralmente de curta duração e apresenta objetivos específicos. Uma conferencia costuma ter menor escala que um congresso. Congresso: 1-Reunião habitual de granes grupos de indivíduos, geralmente para discutir um assunto particular. O congresso normalmente se estende por vários dias e tem enumeras sessões simultâneas. O intervalo de tempo entre os congressos costuma ser estabelecido antes da fase de implementação, e pode ser plurianual ou anual. A maioria dos congressos internacionais ou mundiais é do primeiro tipo, enquanto congresso nacional é anual, na maior parte. 2-Reunião de uma associação de representantes de organizações competentes. “3- Termo europeu para „convenção”. Convenção: 1- Evento no qual a atividade principal dos participantes é frequentar sessões educacionais, tomar parte em reuniões/mesas-redondas, socializar ou ir a outros eventos. Uma convenção apresenta uma exposição paralela. 1.4 - Melhorias da Qualidade de Vida Os centros de eventos e as atividades que eles abrigam desempenham um importante papel na melhoria da qualidade geral de vida de uma comunidade. Maple (2006) sugere que as comunidades precisam de algum tipo de atividade para sobreviver “de preferencia, alguma que traga dinheiro de fora da economia local”. Rezende (2000) acrescenta que várias dessas indústrias não são exatamente benignas, especialmente de uma perspectiva comunitária ou ambiental. O mercado de eventos, por outro lado, faz mais que simplesmente evitar prejudicar a comunidade-sede. De fato, ele prospera em meio ás qualidades que as pessoas desejam ter ao seu redor: coisas como um ambiente atrativo e atributos culturais. 17 Além disso, ele proporciona uma razão econômica sólida para que apoie e aprimore tais qualidades para beneficio de todos. CAPITULO II 2.1- Atribuições das Empresas que Prestam Serviços em Eventos Turísticos Martin (2013) comenta que as empresas que prestam e oferecem serviços na área turística, deverá responder por todas as tarefas de organização dos eventos, a qual está oferecendo e coordenando, realizando e apresentando relatórios e informações periódicas aos participantes e clientes. As tarefas, por sua vez, dependem do tipo de evento. Como há diferenças entre a organização e os mais variados tipos de eventos. Giacaglia (2003) optou por lista-la em separado, cada lista poderá ser consultada de forma independente, conforme o interesse da equipe responsável pela organização: Contato com a organizadora do evento para verificação das áreas disponíveis para locação, caso ainda não tenha sido feito pela empresa contratante. Deverão ser apresentadas, quando possíveis três opções de áreas para a escolha do cliente. Além da locação da área, a contratada deverá colher todas as informações necessárias para o desenvolvimento das atividades a serem ofertadas, bem como verificar a possibilidade de estante para divulgação de produtos e serviços. Elaboração de cronograma de atividades, com descrição completa de todos os passos que serão seguidos, a partir do fechamento do espaço onde será realizado o evento. Discursão com o staff dos objetivos e estratégias traçadas para o evento. Elaboração de um pré-projeto contendo o briefing para serviços da montagem da estrutura do evento. Envio do briefing para pelo menos três empresas que executem serviços de montagem e estrutura física que será utilizada durante a realização do evento, a proposta terá que conter valores da programação visual, espaço de estande, para ajuste antes de o evento ser realizado. 18 Apresentação e discussão, com o cliente, dos projetos apresentados previamente avaliados e ajustados. Recebimento e preenchimento do manual dos participantes e material que será entregue par os participantes do evento. Contratação de serviços de terceiros, como: bufê, limpeza, segurança, recepcionista, fotografo, atrações e transporte, entre outros. Elaboração de um fluxograma de pagamentos dos serviços contratados e dos serviços prestados, considerando formas e condições de pagamento. Desse fluxograma deverá resultar o investimento total previsto para a realização do evento. Rogers (2013) relata que as associações de empresas especializadas que organizam os eventos turísticos tendem a seguir vários padrões de rotatividade no tocante á montagem de seus eventos principais durante no ano. Os exemplos citados abaixo se aplicam ao Reino Unido, mas também serve ao mercado brasileiro. Esquemas de rotatividade parecidos devem valer para a maioria dos países nos quais o mercado de eventos de associações nacionais seja significativo: 1- Algumas associações adotam um esquema norte-sul de rotatividade, primeiro realizando os eventos no norte da Inglaterra ou na Escócia, e depois no sul da Inglaterra, para depois voltar á região norte no terceiro ano. 2- A maioria das associações lança mão de um esquema de três ou quatro passando por diferentes regiões do país. Com isso, buscam atender ás demandas, do seu rol de membros, que deve ser composto por pessoas de todas as partes do país. 3- Existem algumas associações que parecem ter dificuldades, optando pela utilização da logística para o mesmo lugar, ano após ano. Uma parte das associações fazem seus eventos turísticos em um lugar diferente a cada ano, sem seguir nenhum padrão geográfico. 4- Para as cidades e casas de eventos que procuram atrair atenção dessas associações é essencial que entendam o padrão de rotatividade adotado pela associação em questão. 19 Outro ponto que é levantado pelo autor são as companhias de gestão de eventos turísticos, essas empresas são operadoras locais especializadas na área de viagens de incentivo (elas podem contribuir com organizadores de eventos, principalmente quando o evento é realizado no estrangeiro). A definição de uma companhia de gestão de destinos, conforme a Societyof Incentive and Travel executives (SITE), é: Uma companhia de gestão de destinos turísticos é uma organização local que oferece serviços de consultoria, montagem de eventos criativos e gestão exemplar de logística tendo como base um profundo conhecimento local de destino e de carências dos mercados de incentivo e motivação. De acordo com o que Catherine Dow, diretora do gabinete europeu SITE, apresentou na UK Business TourismPartnershipResearchGroup( em junho de 2001), há outras tendências nos programas de reservas de viagem de incentivo como: Grupos reduzidos; Lead times mais curtos; Período de qualificação menos intenso; Maior número de locais exóticos; Programas ativos (funcionários premiados participando de atividades externas em vez de passarem o tempo todo na piscina do hotel); Muitos incentivos agora incluem uma reunião- essa é uma forma de os representantes evitarem uma cobrança sobre os benefícios da viagem de comercial, incluir um elemento mais voltado para o trabalho no programa de incentivo. Giacaglia (2003) comenta sobre mais detalhes a respeito de companhias de gestão de eventos turísticos ao redor do mundo podem ser encontrados no site www.comworld.net. O crescimento da escolha das viagens como premiação de companhias de incentivos realizadas pelas empresas nacionais e internacionais no Brasil estimulou a profissionalização do setor e o aparecimento de comitês dentro de associações de classe, como a Ampro (www.ampro.com.br) e o (Braztoa.com.br). Padua (2004) acrescenta que este incentivo é provavelmente suscetível aos altos e baixos das economias nacional e global, do que os outros segmentos de eventos turísticos, em relação aos dos eventos de negócios, alguns casos portanto de retração econômica em indústria de um país especifico, pode acabar estimulando o esquema de viagem de incentivo, isso pode acarretar dificuldades na hora de 20 colocar em prática todos os fundamentos em financiamentos de locação as viagem de incentivos coletivos. Desse ponto de vista Giacaglia (2003) reconhece que os eventos corporativos direcionados ao desenvolvimento turístico de uma região ou de um pa[is inteiro requer aprimorar as relações de hospitalidade da comunidade que vai oferecer este serviço, haja visto que os maiores beneficiados dessas estratégias, é a própria comunidade local. Geralmente eventos corporativos, envolve o uso de grandes estruturas direcionadas aos eventos esportivos e culturais, visando fortalecer os laços de uma organização aos dos seus clientes ou clientes em potencial. Porter (1981) aponta que diante desses fatos consumados, é a postura das associações brasileiras voltadas exclusivamente para esse segmento e a associação Brasileira de Agencias de Viagens Corporativas, (Abracorp), que de acordo com os dados Indicadores Econômicos de Viagens Corporativas (IEVC) e o Instituto de Hospitalidade Lazer e Turismo (Iehlatur), as viagens corporativas somaram R$ 7,3 bilhões em 2010, um crescimento de 17% em relação a 2009. As agências Abracorp responderam a 35% do mercado. 2.2 - Eventos Contemporâneos Segmentados Kotler(1990) faz a seguinte pergunta: por que os eventos segmentados estão surgindo? Este trabalho acadêmico visa fortalecer essa temática e em cima das conclusões dos mais variados autores que desenvolvem as suas pesquisas, propõe que os eventos segmentados estão surgindo como resultado de nossa sociedade contemporânea, que inclui um ambiente de mudanças. Essas mudanças, que vem sendo descrito como era pós-industrial (BELL, 1973; ZUBOFF, 1988). O impacto da mudança pós-industrial na sociedade contemporânea produziu um ambiente de complexidade e imprevisibilidade, as mudanças contemporâneas impactaram em todos os aspectos da sociedade, o que demanda um processo de aprendizagem ativo e contínuo a fim de acomodá-las. Segundo Sproull e Kiesler (1991), indivíduos e organizações são encorajados a se adaptar para superarem o desafio da mudança, sendo estimulado um estado mental para adaptar e inovar em nossa sociedade contemporânea. 21 Segundo Jenser (1999, p. 16) afirma que: A sobrevivência é dependente do indivíduo ou grupo que “é mais adaptável à mudança”. Isso gera a seguinte questão: os eventos segmentados estão sendo produzidos em um processo de aprendizagem para reagir às mudanças em nosso ambiente contemporâneo? Limericket al, (1998). No processo de aprendizagem para acomodar a mudança, chamam de “individualismo colaborativo”. “Esse conceito envolve um grupo ou um coletivo de indivíduos responsáveis, „mantidos juntos por culturas em comum, significados e valores compartilhados”. Segundo (LIMERICKET AL., 1998, p. 128) afirma que: Essa nova forma de coletivo encoraja um estado mental no sentido de que as pessoas precisam “adotar o individualismo, a colaboração e a inovação”. Cada postura deve ser adotada simultaneamente e todos os membros dentro do coletivo têm uma voz. À medida que esses indivíduos preservem sua voz pessoal, são encorajados a colaborar para desenvolver inovações para o gerenciamento da mudança contemporânea do ambiente. Cobb (2005) Salienta a aplicação do conceito de individualismo colaborativo a eventos segmentados requer um estado mental, uma voz individual e um empurrão para que grupos de indivíduos colaborem e sejam inovadores. Com uma voz de âmbito local, o individualismo colaborativo está ocorrendo à medida que os grupos utilizam concepções inovadoras para criar eventos segmentados. Unidos por elos comuns advindos da cultura, significado e valor do evento, são capazes de produzir, compartilhar e cultivar significados e valores adaptados para gerar eventos segmentados. Estes podem ser descritos como experimentos de design. Cobb (2005) descreve experimentos de design como sendo “espaços para testar inovações”. Cobb e seu grupo de pesquisadores indicam que os experimentos de design oferecem a oportunidade de concluir uma série de ciclos de desenvolvimento e permitem revisões regulares para um evento. Segundo Cobb (2005, p. 32), relata que: O conceito de espaço para teste de eventos sugere que as oportunidades para formatar eventos segmentados existem em abundância. Experimentos em eventos segmentados podem explorar e retratar formatos e atividades capazes de oferecer novos entendimentos e inovações, criando eventos originais. Na gestão de eventos esportivos, recreativos e turísticos, aquelas que experimentam novos formatos estão desenvolvendo um conjunto crescente de eventos segmentados inovadores e criativos. Na opinião de Mallen (2013) as indústrias de esporte, recreação e turismo sofreram um crescimento fenomenal desde a década de 1960. O incremento de eventos, tanto tradicionais como segmentados, está mudando o cenário esportivo, 22 recreativo e turístico, no qual cada evento requer uns maiores números de gestores qualificados em eventos esportivos. Eles são necessários para que esses eventos possam ser competitivos, seguindo uma vertente de crescimento, onde a escala de crescimento se mostre favorável a eventos locais, regionais, estatuais, nacionais e internacionais, de grande porte. Adams (2013) faz uma analise de mercado, onde está incluindo ligas, circuitos ou roteiros para grupos de idades e habilidades variadas. Além disso, eventos tradicionais podem incluir um extenso leque de esportes, variando. Os números que retratam eventos segmentados estão crescendo anualmente por meio de festivais, banquetes e shows dedicados a turistas. Some-se a isso a quantidade de eventos esportivos e recreativos que estão sendo alterado ou renovado para produzirem a próxima geração de eventos, e consequentemente o número de gestores necessários cresce proporcionalmente. Porter (1981) comenta que dentro das estimativas apresentadas, em função das complexas condições da indústria esportiva, recreativa e turística. Contudo, um cálculo geral mostra que milhões de eventos tradicionais e segmentados são organizados anualmente no mundo. Em consequência, gerentes bem informados, preparados e experientes estão em alta. Legrain e Magain (1992, p. 29) relatam que: Como facilitadores do encontro entre oferta e demanda e com função de “atrair os consumidores a um local especifico (salões-Feirasexposições) para lhes apresentar sua mercadoria da maneira mais atraente possível”, com a finalidade de “deslocar o consumidor” e “oferecer reduções sobre o preço de venda”, apresentam está característica de diálogo e de marketing baseado na experiência direta. Maximiano (2005) comenta sobre outros exemplos de eventos que nasceram como segmentados e evoluíram para o status de tradicional podem ser encontrados no esporte esqui. Tanto as competições de esqui alpino quanto a ski dancing começaram como eventos segmentados e, então, se tornaram eventos tradicionais. O vôlei é um evento tradicional e, posteriormente, o vôlei de praia foi desenvolvido como um evento segmentado que, então, juntou-se aos eventos tradicionais. Hoje, as duas modalidades fazem parte dos principais eventos tradicionais, como os Jogos Olímpicos, e têm regras e regulamentações tradicionais padronizadas. 23 2.3 - Conhecimentos para o contexto de gestão de eventos Rogers (2011) a compreender e definição de conhecimento, é oferecida uma definição específica para gestão de eventos, construída a partir das várias definições e descrições de conhecimento básico e avançado elencadas o resultado é a definição de conhecimento para o contexto de gestão de eventos. Segundo ROGERS (2011, p.79) afirma que: A sinergia do conhecimento básico e avançado envolve mais do que somente adicionar conhecimento individual para criar um nível de conhecimento abrangente. Uma sinergia dá origem a combinações de conhecimento que podem ser alcançadas por meio de interações. O efeito conjunto de uma sinergia de insights e compreensões é maior do que seria apenas a soma dos efeitos individuais. A combinação sinérgica leva ao desenvolvimento de insights e aprendizados pessoais para o uso prático na área de gestão de eventos. O autor relata que essa definição de conhecimento pode, agora, ser usada para orientar a construção de uma estratégia adequada à corrida para transferência de conhecimento em gestão de eventos. 2.4 -Estratégia para Transferência de Conhecimento Como mencionado no início deste capítulo, você está em um ambiente contemporâneo que considera o conhecimento como um bem valioso. Além disso, há uma corrida para sua transferência que exige que você obtenha sempre mais conhecimento básico e avançado. Kloter (2008). Embora os pesquisadores não tenham um consenso quanto à definição de conhecimento, foi criada uma definição específica para o contexto de gestão de eventos, a partir de várias definições. Essa definição pode, agora, ser usada para desenvolver uma estratégia a fim de buscar conhecimento básico e avançado em gestão de eventos, ou uma estratégia para a corrida para a transferência de conhecimento. Kloter (2008) uma estratégia para transferir conhecimento é um plano para ajudá-lo a se tornar eficiente e eficaz no processo de obtenção e transferência de conhecimento em gestão de eventos. Essa estratégia articula recursos cuja intenção é orientá-lo a desenvolver sua capacidade de usar seu conhecimento de modo competitivo e objetiva aumentar seu entendimento de categorias de conhecimento, 24 desenvolver sua perspicácia (rápidos insights e compreensão) eelevar sua competência (ações e habilidades) aplicada na área de gestão de eventos. Kotler (2008, P. 34) definiu estratégia para corrida para transferência de conhecimento como: Uma estratégia para acorrida para transferência de conhecimento, é uma forma intencional de agir para desenvolver sua capacidade de conhecimento aplicada a área de gestão de eventos esportivos, recreativos e turísticos. Oliveira (1992) relata que uma estratégia para a transferência de conhecimento requer o registro de categorias que possam descrevê-lo e extrapolar seu significado para a indústria de eventos. Um exemplo de estratégia é destacado no quadro seguinte. Esse registro relaciona uma combinação de conhecimento básico e avançado que você pode buscar ao trabalhar na indústria de eventos. Mullin (2004) sugere que seja desenvolvida uma estratégia pessoal para transferência de conhecimento, por escrito, e que a revise e atualize semanalmente durante o semestre de seu curso de gestão de eventos, continuando a fazê-lo depois. Cada tema discutindo em classe pode ajudá-lo a descrever melhor o conhecimento que pode adquirir ou transferir. Em seguida, implanta a estratégia para a transferência de conhecimento. Para começar a implantá-lo, você deve desenvolver uma rede de contatos que apoie sua buscar. Estratégia para corrida para transferência de conhecimento em gestão de eventos Aspectos de conhecimento básico Aplicação dos aspectos de conhecimento básico de gestão de eventos Conhecimento é a compreensão do que eles “fazem” (Blackler, 1995) Desenvolver e compartilhar a compreensão do papel do gerente de eventos, incluindo o que ele faz para se preparar um evento, suas atividades durante cada fase do evento, inclusive as etapas de desenvolvimento, planejamento logístico, execução, monitoramento, gestão, avaliação e reedição do evento. Um aspecto é o entendimento geral de prazos, necessidades de dados para propor ou sediar um evento, conceitos e estruturas teóricas. Conhecimento envolve a obtenção de dados factuais, conceitos e estruturas teóricas (Spender, 1996) 25 Conhecimento envolve “conhecimento conceitual” (Nonakaet al., 2000) Conhecimento envolve “conhecimento sistêmico” (Nonakaet al., 2000) Conhecimento é a familiaridade com temas de cultura, política e personalidade (Gupta e MacDaniel, 2002) Conhecimento é o entendimento da teoria e da prática (English e Baker, 2006) Aspectos de conhecimento avançado Aplicação dos aspectos de conhecimento avançado na área de gestão de eventos “Conhecimento (Collins, 1993) pessoal (enbrained)” “Conhecimento (Collins, 1993) cultural (encultured)” “Conhecimento rotina” (vonKrogh e Grand, 2002) “Conhecimento Grand, 2002) empírico” (vonKrogh Um aspecto envolve desenvolver a compreensão geral de conceitos abstratos – como processos usados para desenvolver ideias -, o entendimento de conceitos ou ideias que foram usados durante os eventos e a percepção do valor qualitativo de ideias relacionadas a eventos. Um aspecto inclui o entendimento do sistemas tecnológicos que auxiliam os eventos, de desenvolvimento de guias e de criação de manuais para os eventos (como diretrizes para as equipes e sinopses de produção). Um aspecto está relacionado com o aprendizado do código de conduta de um gerente, em todas as fases do evento. Além disso, inclui avaliar as organizações envolvidas, seus pontos controversos ou problemas atuais e potenciais e, também, seu impacto nos responsáveis pela tomada de decisões. Ademais, é necessário estar informado a respeito de diversas personalidades e saber lidar com pessoas que poderiam, sutil ou abertamente, tentar influenciar, de várias maneiras, o planejamento do evento. Um aspecto envolve o entendimento geral da teoria (por exemplo, os componentes da teoria de gestão) e como elas fornecem os fundamentos teóricos para as etapas de planejamento e gestão de eventos. Além disso, envolve conhecer processos e procedimentos usados na prática (como necessidades de comunicação durante cada estágio do modelo de planejamento de eventos). e Um aspecto é o desenvolvimento de habilidades cognitivas e conceituais de eventos, refletindo sobre as necessidades logísticas para sediar diversos eventos (isto é, em ambientes abertos e fechados) e para adaptar suas atividades a partir de sua natureza tradicional e/ou segmentada. Um aspecto é o aprendizado dos detalhes particulares de uma cultura por meio da imersão em uma variedade de situações culturais. Um aspecto inclui desenvolver uma compreensão profunda das rotinas de gestão de eventos, abrangendo sua adaptação a eventos específicos e o entendimento do motivo pelo qual certas rotinas não levam a uma gestão bem-sucedida. Um aspecto envolve a busca de experiências práticas em diversos áreas (como vender ingressos, elaborar escalas, equipar a área 26 de competição, providenciar acomodação e transporte, realizar promoções e cerimônias). 2.5 - Apoio de Redes na Estratégia de Conhecimento Uma descrição de Castells (2000, p. 697) indica que: As redes são estruturas dinâmicas e de desenvolvimento autônomo que, alimentadas pela tecnologia da informação e comunicando-se com a mesma linguagem digital, podem crescer e envolver todas as expressões sociais compatíveis com seus objetivos. As redes aumentam seu valor exponencialmente conforme acrescentam elos. A combinação de relacionamento de membros individuais cria a estrutura de uma rede. A natureza social das redes exige o emprego da comunicação como características-chave, sendo constantemente requisitada para a formação e manutenção da rede. O papel principal de cada membro da rede é se comunicar. Cada membro da rede precisa desenvolver a competência de ser um inestimável comunicador. Harris et al. (2000, p. 6) indicaram que a competência para atuar em rede inclui habilidades de Compartilhar seus entendimentos dos temas e imaginar formas de relacioná-los à realização do trabalho necessário para levar a uma visão compartilhada no futuro. Essa visão oferece o contexto que orienta toda a atividade da rede. Conservar essa orientação é fundamental para o desenvolvimento e manutenção de redes. Segundo Mintzberg (2005), o compartilhamento dentro da rede oferece oportunidades para que sejam geradas ideias e criando conhecimento (vonKrogh e Grand, 2002).Para formar uma rede de transferência de conhecimento em gestão de eventos, é necessário que os principais membros ou ativistas incentivem os relacionamentos em um processo de compartilhamento do conhecimento. Oliveira (1988) relata que os ativistas da rede precisam dedicar o tempo, a atenção e a competência necessários para que as relações sejam desenvolvidas e mantidas. O ativismo em rede é um componente-chave na estratégia da corrida para transferência de conhecimento, sendo consciente e esforço para expandir a rede pessoal, encorajar contatos entre membros e aumentar a qualidade das relações da rede para a troca de conhecimento. 27 Segundo Castells (2000, p. 697) relata o ativismo em rede como: O ativismo em rede é o esforço consciente para: expandir o numero de elos na sua rede pessoal, encorajar contatos entre os elos, e aumentar a qualidade dos relacionamentos, dando ênfase na postura e na convivência melhorada. OLIVEIRA (2000) argumenta se caso você não pode participar de uma rede de transferência de conhecimento, deve considerar seriamente ser um ativista, criando sua própria rede de compartilhamento de conhecimento. Para desenvolvê-la, leve em conta: quem você chamaria para começar uma rede pessoal a fim de buscar conhecimento? Oliveira (2000) pergunta sobre o que você espera de cada membro da rede em termos de transferência de conhecimento e o que está oferecendo em troca? Como irá encorajar um número maior de contatos entre você e as outras pessoas de sua rede? Ainda, como irá aumentar a qualidade das relações em rede para obter mais conhecimento? Segundo Maximiano (2005),ao desenvolver uma estratégia de transferência de conhecimento e uma rede para melhorá-la, é importante que você desenvolva suas próprias percepções. O uso de percepções pessoais sobre conhecimento e o ativismo em rede podem criar uma vantagem competitiva, derivada. Segundo Conner e Prahalad (2002, p. 54) Chamam de efeito de flexibilidade. Esse efeito abrange o conhecimento que é personalizado pelo entrelaçamento de perspectivas, opiniões, abordagens, experiências, ideias e opções de cada indivíduo, respeitando os seus limites perante diversas situações apresentadas. Além disso, a personalização envolve o impacto da destreza, personalidade, motivações, habilidades, percepções e interpretações de cada pessoa nesses elementos. Esse impacto cria diferenciação ou o efeito de flexibilidade de um indivíduo. De acordo com Zack (1999) o efeito de flexibilidade gera ideias, interpretações e respostas diferenciadas, responsáveis por uma vantagem competitiva, produzida e desenvolvimento de novo conhecimento. Segundo Zack (1999, p. 31) relata que: O efeito flexibilidade envolve o uso de suas perspectivas, opiniões, abordagens, experiências, ideias e opções pessoais para criar diferenciação de conhecimento, ou os seus “efeitos de flexibilidade”. Ideias, interpretações 28 e respostas diferenciadas fornecem uma vantagem competitiva potencial no ambiente contemporâneo em mutação. A personalização de conhecimento auxilia na produção de ideias e de novo conhecimento, pois a diferenciação garante que as ideias são variadas e não limitadas a um ponto de vista específico (CARNEY, 2001). Aceitar e alimentar a personalização de seu conhecimento favorece o desenvolvimento de opções, interpretações variadas e soluções. 2.6 - Estruturas de Eventos para Governança Maclean (2005). Vamos imaginar um evento de enorme magnitude, como os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Em fevereiro e março de 2010, as comunidades de Vancouver e Whistler, no Canadá, recepcionam o mundo para um grandioso festival esportivo de inverno. As competições para os Jogos Olímpicos de Inverno duram 17 dias, seguindo por outros 10 dias de competição das Paraolímpicas. Os organizadores têm, por missão, inspirar o mundo por meio desse evento. O comitê organizador de Vancouver afirma que “a missão é trocar a alma da nação e inspirar o mundo ao criar e entregar uma experiência olímpica e paraolímpica extraordinária, com legados permanentes. A visão é construir um Canadá mais forte, cujo espírito é elevado pela sua paixão por esporte, cultura e sustentabilidade” (Vancouver 2010, 2007). Maclean (2005) comenta que essa missão e visão devem ser alcançadas por meio da organização de um evento que inclui competição de sete esportes, em 15 modalidades. Milhares de empregadores e voluntários produzirão os jogos, e as imagens dos atletas de centenas de países ao redor do mundo serão televisionados e seguidos atentamente por seus compatriotas. Organizar os jogos Olímpicos requer um enorme processo de planejamento. Agora, volte sua atenção para um evento menor que ocorre em sua comunidade, como um evento de turismo comunitário ou um campeonato simples de esporte em equipe que acontece na sua universidade. Mesmo sendo menor de magnitude e duração, comparando às Olimpíadas, ainda envolve muitos dos mesmos elementos. Segundo Maclean (2005), os elementos do evento podem incluir acomodação, credenciamento, cerimônias, comunicações, alimentos e bebidas, 29 serviços de hospitalidade, gestão de mídia, serviços para o espectador e transporte. Em eventos de esporte, recreação e turismo, a lista pode ser mais extensa ou incluir gestão dos participantes ou competidores, juízes, testes de drogas ou controles de doping, resultados e premiações. Em cada caso, é dedicada uma quantidade considerável de trabalho para o planejamento e produção de um evento de sucesso. Segundo Maclean (2005, p. 31) relata que: Eventos esportivos, recreativos e turísticos têm níveis de magnitude, apelo e complexidade que requerem estruturas bem desenhadas, que contribuam para o seu sucesso. Com frequência, a estrutura e a governança de gestão dos eventos são “silenciosas”, meio que nos bastidores do programa principal de atividades que são consumidas. Contudo, na verdade, elementos eficientes de estrutura e governança é a base para o sucesso. Os eventos simplesmente não obteriam sucesso sem uma estrutura de planejamento e execução que permitisse comunicação eficiente, tomadas de decisão e quantidades adequadas de flexibilidades dos gerentes. Mintzberg (2005) propõe que para compreender isso de forma mais aprofundada, os objetivos do item seguinte incluem: definição dos conceitos relacionados à estrutura e à boa governança da gestão do evento; esboço das dimensões teóricas de estruturas de evento que permitem sua execução bemsucedida, sem identificar suas especificidades, identificação de princípios que resultam na criação de estruturas de eventos eficazes; e aplicação das dimensões teóricas e princípios das estruturas para diversos tipos de eventos populares, na atualidade, na área de esportes, recreação e turismo. Maclean (2005, p. 31) relata que: Os tópicos relacionados acima permitem ao estudante obter uma apreciação de dois princípios importantes e fundamentais sobre a facilitação de estruturas para a gestão de eventos. Primeiro, que diferentes tipos de eventos precisam de diferentes estruturas de gestão, aplicando-se a mais adequada para determinado evento; e, segundo, que gerentes de eventos estão mais bem preparados ao aprenderem princípios orientadores que lhes permitam tomar decisões sobre a estrutura mais apropriada e eficaz parao evento que está sendo planejado, ao invés de reproduzir a estrutura de outro evento. 30 Você pode chamar esses dois princípios fundamentais de flexibilidade e especificidade no que diz respeito à estrutura de gestão de eventos. Os itens seguintes o ajudarão a entender esses e outros princípios e suas aplicações na criação de estruturas de eventos eficazes. CAPITULO III 3.1 - Estruturas de Eventos O que exatamente se quer dizer com o termo estrutura de evento? O termo se refere à decomposição das tarefas envolvidas na execução de um evento, de tal modo que os funcionários ou voluntários tenham papéis definidos e entendam como suas funções se inter-relacionam. Pires (2001). A estrutura envolve funções individuais ou de grupos em comitês para controle das tarefas, compreensão da autonomia que têm para determinadas decisões e estabelecimento de ralações hierárquicas entre indivíduos e comitês. Em geral, os lideres do evento divulgam uma estrutura de gestão em formato gráfico, com caixas e linhas de conexão que representam as áreas departamentais, a proximidade entre áreas que precisam cooperar e/ou colaborar entre si e as relações hierárquicas. Em teoria, a estrutura de uma organização é frequentemente analisada segundo três pontos de vista (Slack e Parent, 2006): o primeiro é a formalização (o nível de definição das regras, regulamentos, políticas e funções individuais e de comitês para orientar as atividades dos gerentes de evento); o segundo é a complexidade (o escopo e o número de diversos comitês e outros grupos necessários para organizar o evento e a densidade da hierarquia de autoridade envolvida); o terceiro é a centralização (o quanto cada tomada de decisões é controlada pelos responsáveis pelo evento ou é delegada para funções de comitês ou indivíduos). Pires (2001). As estruturas de eventos são desenvolvidas para auxiliar na sua governança. Governança refere-se ao exercício de autoridade para definir políticas sobre como o evento será gerenciado, quem fez o quê, quando e como. Para um evento ser bem sucedido, a estrutura criada para produzi-lo deve obter eficácia na transferência de conhecimento e na tomada de decisões. Assim, para facilitar as 31 estruturas de um evento, é necessário ter o conhecimento e entendimento necessário para criar a estrutura organizacional mais adequada para ele. Capinussu (2002) afirma que além dessa teoria sobre estrutura de eventos, foram desenvolvidas diversas outras importantes, que podem auxiliar na compreensão de estruturas eficazes. Escolhemos, para incluir nesta discussão, dimensões teóricas de estruturas de eventos envolvidas na teoria de sistemas, de contingência e de complexidade. Os itens a seguir apresentam uma breve introdução de cada teoria, no contexto da eficácia de estruturas de eventos para a boa governança e sucesso em sua gestão. 3.2-Dimensões Teóricas de Estruturas de Eventos Bateman (1996) descreve que as estruturas de eventos variam consideravelmente. Para exemplos concretos, analise como educacionais e recreativos locais são estruturados. Compare a estrutura de um evento recreativo como a de um evento de turismo local e com a de um campeonato esportivo de elite, também local. Cada evento pode ter uma estrutura exclusiva. A estrutura dita a hierarquia, que, por sua vez, influencia a liberdade de atuação em processos de definição, transmissão e implementação de decisões e ações ao se produzir um evento. Segundo Bettega (2006),na criação de um evento é preciso avaliar qual estrutura leva à execução mais eficiente e eficaz. Várias perspectivas teóricas, que relacionam informações sobre organizações e estruturas de eventos eficazes, auxiliam a atingir esse objetivo. As dimensões teóricas destacadas a seguir são, em grande medida, complementares, de modo que partes de cada teoria podem ser aplicadas de maneira específica à estrutura de eventos que você for desenvolver. Segundo Oliveira (2010, p. 43) descreve que: A teoria de sistemas salienta que as estruturas de gestão de eventos contam com o ambiente no qual opera para muitos dos materiais necessários para a execução do evento. Os materiais incluem uma ampla variedade de itens, como pessoas, equipamentos, tecnologias, instalações e conhecimento, para mencionar alguns. A teoria de sistemas indica que, em um evento, três sistemas diferentes trabalham juntos: de entrada, de processamento e de saída. Bettega (2006) diz que para produzir um evento, você precisa ter recursos (entrada), criar atividades (processamento) e gerar resultados finais para 32 participantes e outros atores (saída). Os três sistemas são inter-relacionados e dependentes uns dos outros para obterem sucesso; uma alteração em um deles inevitavelmente afeta as outras partes. Qualquer evento que você organizar envolve entradas ou a aquisição de insumos (instalações para competição) e recursos humanos (voluntários); o processamento pode incluir a aplicação de tecnologia (site criado para gestão da comunicação e inscrições) e de informação (o número de equipes que podem ser acomodados em uma competição). Oliveira (2010, p 45) sustenta que: As saídas incluem a satisfação dos competidores e o dinheiro arrecadado para a instituição de caridade de sua escolha, por exemplo. O sistema geral do evento interage com seus componentes e com seu ambiente. Compreender a aplicação da teoria de sistemas serve para identificar a importância da interdependência e influência das partes componentes da estrutura organizacional. Segundo Mello (2010, p.17) sintetiza que: A teoria de sistemas indica que estruturas de eventos são criados e gerenciados a partir da compreensão das entradas, processamento e saídas necessárias para execução do evento. A estrutura organizacional interage com o seu ambiente para obter os insumos necessários para produzir o evento (entradas), criar atividades (processamento) e gerar resultados finais para os participantes e outros stakeholdes (saídas ) Segundo Carnagiu (1991), uma extensão racional da teoria de sistemas para compreender a estrutura organizacional e gestão de eventos é a teoria de contingência, que sugere que as estrutura eficaz de uma organização depende de fatores contextuais do ambiente no qual opera, como tamanho, concorrência, estratégia, recursos e assim por diante. Desse modo, o formato da estrutura de eventos e suas unidades devem “se encaixar” no ambiente e funcionar de forma coordenada para que o evento tenha sucesso. Araujo (2002). Portanto, não existe “a melhor maneira” de organizar uma estrutura de eventos, na medida em que ela depende de características do ambiente operacional. Por exemplo, em um evento recreativo beneficente, a estrutura do sistema organizacional deve considerar quantos participantes se inscreverão; contudo, o número de vagas depende inteiramente do número de instalações existentes, Bastos (2004) argumenta sobre o tempo que se pode usar as instalações e de quantos árbitros estão disponíveis. Esses fatores podem ser impactados por outros torneios acontecendo em um período ou local próximos ao seu evento e são 33 denominados, em geral, de restrições. A compreensão das restrições e das contingências ao evento leva à otimização da estrutura organizacional, do processo decisório e da liderança. Segundo (Kotler, p.397) descreve a teoria de contingência como: Indica que a estrutura mais eficaz para gerenciar um evento é baseada ou dependente de fatores contextuais do ambiente no qual o evento está sendo organizado. Os fatores contingências incluem item como tamanho do evento, concorrência com eventos similares e recursos disponíveis para a sua realização. Cervo (1983). Na mesma linha que as teorias de sistemas e de contingência, a teoria de complexidade trabalha para identificar como as organizações se adaptaram, de forma ideal, a seus ambientes. Usando essa teoria, os gerentes focam na complexidade da estrutura necessária para atingir a missão do evento, mantendo a capacidade de rapidamente se adaptar e tomar decisões estratégicas. Cervo (2002). A teoria da complexidade identifica a importância de sistemas de adaptação complexos, que, em geral, consistem em um pequeno número de estruturas relativamente simples e parcialmente conectadas. No exemplo do evento recreativo beneficente, uma estrutura mais simples, envolvendo comitês de programação, organização das instalações, inscrições e voluntários, conectados entre si por meio do comitê líder do torneio, será capaz de se comunicar melhor, tomar decisões eficazes e se adaptar ao ambiente. Segundo Oliveira (2006, p. 43) relata que: A teoria da complexidade indica que as organizações podem se adaptar, de forma ideal, ao seu ambiente, criando uma estrutura de eventos que supra as necessidades em termos de sua complexidade geral sem se tornar extremamente complexa. A adaptação ao ambiente no qual o evento ocorre permite ao gestor maior flexibilidade para tomar decisões estratégicas. Para Bateson (2001), as teorias descritas, resumidas anteriormente, fornecem uma base para entender por que e como as estruturas de eventos podem ser desenhadas de forma ideal. Como podemos facilitar estruturas? O que torna uma estrutura de eventos eficaz e outra não? Bastos (2004) afirma que como as estruturas de eventos influenciam a boa governança, de modo a aperfeiçoar o processo decisório, o desenvolvimento de políticas e a eficiência do evento? A compreensão das teorias vistas lança alguma luz sobre como responder essas dúvidas. E, a partir delas, com a experiência do que 34 funciona na prática e a transferência desse conhecimento, foi identificada diversos princípios para estruturas de eventos, como veremos em detalhes a seguir. 3.3 - Princípios em Estruturas de Eventos Segundo Chivenato (2000), Princípios podem ser relacionados a regras ou entendimentos que resultaram da teoria e da prática sobre como e por quê as coisas funcionam. Ao desenvolver estruturas organizacionais eficazes para a gestão de eventos, diversos princípios foram identificados para auxiliar organizadores de eventos a criar uma estrutura ideal para um evento e ambiente em particular. A seguir, são listrados alguns dos princípios mais importantes que se aplicam ao desenvolvimento de estruturas de eventos. Forma acompanha a função: esse princípio sugere que o tipo de estrutura criado para gerenciar a produção de um evento deve ser baseado no objetivo e na definição dos papéis de governança dentro do formato de gestão (por exemplo, desenvolvimento de políticas, gestão, operação). Copiar a estrutura de um evento anterior de sucesso não necessariamente resulta um uma estrutura viável para outro evento. Por exemplo, seria ridículo usar a estrutura desenvolvida para a produção dos Jogos Olímpicos na execução de um campeonato colegial de basquete, já que o primeiro evento é muito e mais complexo que o último. Especialização operacional: estruturas ideias identificam as atividades necessárias para a execução do evento e agrupam as que são similares ou parecidas em subunidades, a fim de estimular a comunicação e o processo decisório. Dessa forma, cria-se eficiência ao maximizar interconexões entre gerentes com responsabilidades que interferem entre si, gerando grupos de trabalhos mais autônomos, porém conectados. Aumento da complexidade aumenta tanto o planejamento como o tempo necessário para planejar: quanto mais complexa uma estrutura organizacional, mais planejamento é necessário para garantir que a estrutura funciona de forma ideal. É evidente que, com isso, se gastará mais tempo do que com uma estrutura simples. Um exemplo desse princípio é a organização dos Jogos Olímpicos, que têm estruturas operacionais em comitês planejadas com, no mínimo, 6 a 8 anos 35 de antecedência à competição, sendo a extensão do planejamento excepcionalmente vasta. Eficiência da comunicação: o planejamento não acontece na mente de uma pessoa isolada das demais. Portanto, a estrutura para a gestão de eventos deve permitir a criação de elos para que as pessoas comuniquem suas atividades e decisões. Essa comunicação deve ser formalmente organizada a fim de ser eficientemente realizada. A velocidade e o volume de comunicação podem ser aprimorados dependendo do tipo de estrutura de eventos criado. Resultados sinérgicos: sinergia refere-se ao fenômeno de se obter mais eficiência e resultados quando dois ou mais agentes trabalham juntos do que se obteria se cada um tivesse completado as mesmas tarefas isoladamente. As estruturas de eventos que criam oportunidades para resultados sinérgicos são conhecidos por serem eficientes, enxutas e mais eficazes na realização de tarefas. (KILMANN, PONDY E SLEVIN, 1976). Os ganhos sinérgicos resultam da ideia deque o desempenho global é mais do que a simples soma dos resultados, indicando que o todo é maior que a soma de suas partes. Segundo Chivenato(2000),compreender as teorias e princípios relativos à facilitação de estruturas de eventos eficazes é muito importante, porém saber como aplicar as ideias apresentadas para criar estruturas de eventos reais é talvez ainda mais critico para o sucesso do evento e de seus gerentes. A seguir, partimos para uma discursão da aplicação das características-chave da teoria vista. 36 CONCLUSÃO O segmento pesquisado nesse trabalho acadêmico tem o objetivo de corresponder às análises dos mercados esportivos, este segmento, apresenta excelentes indicadores horizontais em crescente evolução no mundo globalizado. Entretanto, a evolução desse mercado, dos produtos e serviços esportivos oferecidos, vão da sustentação as teóricas, técnicas e pesquisas acadêmicas visando o aprimoramento dos eventos esportivos. O referido estudo acadêmico tem a finalidade de ampliar pesquisas no campo de ventos esportivos e turísticos, fazendo uma análise comparativa a partir de dados documentais voltados para a evolução e melhoria e qualidade dos eventos esportivos, que são desenvolvidos em diversas praças do Brasil. Os autores utilizados nesta pesquisa fazem um breve apanhado sobre como gerir os recursos humanos, tecnológicos, financeiros e logísticos, primando pela excelência. O trabalho acadêmico tem por finalidade mostrar as ações na área da gestão esportiva, utilizando-se de ações e estratégias de gestão esportiva. Visando um equilíbrio satisfatório no desenvolvimento e análise de diversos cenários que a organização de eventos precisa. Outra ponte que vai do respaldo aos pontos desenvolvidos na elaboração desses projetos e a relevância sobre o papel da mídia, quais as suas influencias perante os consumidores? E como os patrocinadores e parceiros desses segmentos de mercado vão entender o que os seus clientes em potencial desejam e necessitam. Outro ponto pesquisado trata das etapas do processo de planejamento estratégico, de que maneira as ações estratégicas vão estabelecer um link entre a estruturação e logística do ponto de vista técnico e um plano de ações estratégicas voltadas a cada segmento dos eventos que hoje tem uma grande aceitabilidade, se o produto ou serviço final conseguiu o seu objetivo e metas dentro das demais variáveis elaboradas. Assim essa contribuição acadêmica visa cooperar como base de estudos futuros sobre esse tema desenvolvido. Portanto é aceitável que eventos turísticos ligados ações de lazer, fortalece a economia das sedes onde são realizados esses tipos de entretimento, podendo ser cultural, religioso, universitário ou de aventura, onde pode se mostrar um diferencial a estruturase tipos de eventos, lembrando que a organização é fundamental para que as estratégias utilizadas tenham êxito. 37 REFERENCIAS AFIF, A. A bola da vez: o marketing esportivo como estratégia de sucesso. São Paulo: Infinito, 2000. ARAÚJO, A. G. Placar favorável. Revista Marketing. Fev. 2002. BASTOS, F. C. Administração Esportiva: área de estudo, pesquisa e perspectivas no Brasil. São Paulo: Umesp, 2004. BATEMAN, Thomas S. e SNELL, Scott A. Administração: construindo competitiva vantagem. Richard D. Irwin, 1996. _________, Thomas S. e SNELL, Scott A. Administração:Construindo Vantagem Competitiva. Tradução Celso A. Rimoli. São Paulo: Editora Atlas, 1998. BATESON, J. E. G; HOFFMAN, K. D. Marketing de serviços.4. ed. 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