Pedro de Camargo (Vinícius): Nasceu em Piracicaba (São Paulo) em 7 de maio de 1878. Homem de personalidade inconfundível e caráter ilibado, comedido em suas atitudes e de moral inatacável, tornou-se de direito e de fato verdadeira bandeira do movimento espírita. Os primeiros anos de escolaridade foram feitos no Colégio Piracicabano (orientação metodista) de fundação norte americana. Tinha pela diretora do colégio, a missionária Sra. Martha Watts as mais caras recordações e grande admiração. Foi ela que lhe ensinou os princípios salutares de moral, assim como conselhos elevados, sempre com muito carinho e solicitude durante toda sua infância, os quais lembrados sempre. Os estudos bíblicos eram metódicos no Colégio Piracicabano de maneira que Pedro de Camargo tornou-se um dos maiores entusiastas dessa matéria, transformando-se mais tarde numa das maiores autoridades no tema evangélico. Em 1904 foi fundada na cidade uma das primeiras instituições espíritas que tinha como fundador João Leão Pitta. O funcionamento desta casa gerou grandes perseguições para os espíritas, a ponto de seus freqüentadores terem dificuldades até para conseguir emprego. Pedro de Camargo atento a tudo isto e com uma necessidade imensa de encontrar soluções para suas incógnitas religiosas torna-se espírita (em 1905) e emprega Leão Pitta em sua loja de ferragem. Durante 30 anos, Pedro de Camargo desenvolveu profícuo e imenso trabalho de divulgação das verdades evangélicas à luz da Doutrina Espírita. Foi nessa época que passou a adotar o pseudônimo de “Vinicius” (em razão de uma encarnação em Roma). Suas preleções eram estenografadas e logo em seguida difundidas, fazendo com que sua fama se propagasse por toda a vizinhança. Em 1938 transferiu-se para a cidade de São Paulo, continuando com seu grande trabalho pela cidade. Foi convidado a substituir o confrade Moreira Machado na presidência da União Federativa Espírita Paulista e logo em seguida e juntamente com Thietre Diniz Cintra, fundou uma escola de evangelização para infância e juventude. Em 1939 tornou-se diretor do “Programa Radiofônico Espírita Evangélico do Brasil”. Em 1940, quando a União Federativa Espírita Paulista fundou a “Rádio Piratininga” (emissora de cunho notadamente espírita) foi eleito superintendente da nova emissora. Nesta época já fazia parte da “Federação Espírita do Estado de São Paulo” como conselheiro e fazia também palestras aos domingos, sempre com o salão superlotado. Em 1944, quando a federação espírita lançou o jornal “O Semeador”, Vinicius foi designado a Diretor Gerente, colaborando por mais de uma década. Assíduo colaborador de numerosos órgãos espíritas, escreveu diversos livros, todos de grande relevância no campo da divulgação da doutrina. Seu grande sonho realizou-se com a fundação do “Instituto Espírita de Educação”, onde também ministrou por vários anos. Vinicius também teve notória atuação no campo da Assistência Social Espírita, alem de ter se tornado um dos mais requisitados oradores da época, sempre em prol do esclarecimento evangélico, imprescindível à iluminação interior dos homens. Desencarnou em 11 de outubro de 1966.