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especial
HRS
Boletim informativo do SindSaúde/PR • Abril de 2013 • R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba-PR
Dois anos de trabalho no HRS. Dois anos
que somos servidores do Estado. Dois
de luta dos trabalhadores do hospital.
Nesse período com
nossa união e organização conquistamos:
• melhorias nas condições de trabalho
• saída de chefias incompetentes e autoritárias e
• avanços no valor
da GAS, do auxílio
alimentação e do salário.
Manter a luta e
reforçar a organização!
A história da classe assalariada não é
diferente. Todos os
avanços que os trabalhadores construíram só foram pos-
síveis por conta da
indignação e, principalmente, das ações
coletivas de homens
e mulheres que não
se submeteram às
imposições dos patrões.
O que vivenciamos
no HRS é uma história em que muitos
trabalhadores sentem os problemas e
reagem. Temos nos
reunido, definimos
coletivamente o caminho e, juntos,
vamos à luta. Constatamos, na prática,
que as conquistas
vieram pela nossa
disposição de resistir
e lutar e não por termos bons representantes.
Hemocentro é mais um caos na Sesa
Os servidores lotados no Hemocentro estão sobrecarregados. De 1995 pra cá a demanda aumentou muito
O Hemocentro atende a demanda
do Hospital São Francisco, do HRS, da
Policlínica, CEONC, além dos municípios da 8º Regional de Saúde. Em
1995, a demanda era menor e o Hemocentro tinha 46 servidores. Hoje,
com toda expansão do serviço, o Hemocentro – gerido pela ARSS - conta
com somente 24 servidores, dos quais
oito estão prestes a se aposentar.
RAIO-X
O que aconteceu ao longo dos anos
foi que o Estado não chamou os concursados nem pra repor as aposentadorias. Com isso, existem vários
trabalhadores adoecidos pela sobrecarga, sem falar que o atendimento
também fica prejudicado.
Terceirização é dose! – Queremos
que o Estado volte a administrar o He-
mocentro e efetue o chamamento de
mais servidores via concurso. Essa precária situação, que adoece os trabalhadores e não garante condições adequadas
para os doadores, não pode continuar.
O pessoal do HRS e das outras unidades da Sesa da região devem ficar
atentos, pois se preciso serão convocados pra reforçar a luta dos companheiros do Hemocentro.
é uma publicação do SindSaúde/PR - Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Estado do Paraná. Sede própria à
Rua Mal. Deodoro, 314, 8º andar, cj.801, Ed. Tibagi, Curitiba, PR, CEP 80.010-010. Fone (041) 3322-0921, fax (041) 3324-7386 • www.sindsaudepr.org.br • [email protected] •
Diagramação: Excelência Comunicação. Tiragem: 400 exemplares • Fone: (41) 8802-4450 • É permitida a reprodução com a citação da fonte.
especial hrs
Radiografia do HRS
é entregue à Sesa e à
direção do Hospital
Queremos você nessa construção!
Um grupo de trabalhadores do HRS
tem se reunido para pensar os problemas do HRS. No mês passado detectamos os problemas e construímos uma proposta de intervenção
coletiva. Esse jornal é produto dessa reflexão e avaliação. Definimos
protocolar o relatório de problemas. Enviamos ofício à Sesa e à direção do HRS. Agora é dar um tempo para que haja a manifestação
do patrão. E depois nos reunirmos
novamente pra ver o que avançou e
definir os próximos passos.
Também concordamos em dar um
tempo para que as direções se manifestem com relação às questões
abordadas. Daí é que a gente se reúne de novo pra avaliar o que avançou e definir os próximos passos.
Mas não parados. É hora de reforçar
a solidariedade, intensificar a organização e se preparar pra ir à luta,
principalmente se a coisa não andar
conforme os interesses coletivos.
Alguns dos problemas relatados
Falta de servidores - A demanda
só aumenta. Por isso, não dá pra ficar
dando jeitinho. Do contrário, daqui
a pouco estamos todos estropiados,
o que afetará na nossa qualidade de
vida. Queremos estar saudáveis para o
trabalho no setor público e para nossas atividades em casa, na família.
Uniforme - Outra situação que já
está de aniversário é a falta de uniformes. Já se foram dois anos de HRS,
e a direção ainda não foi eficiente
para conseguir cumprir a lei e fornecer uniforme para 100% dos trabalhadores.
Sobrecarga e perseguição na
UTI - Há algum tempo trabalhar na
UTI do HRS é um verdadeiro martírio.
É a sobrecarga de trabalho, são as
condições inadequadas, além de muita pressão de algumas chefias.
A equipe se esforça pra se qualificar,
estudar, cobrir os buracos para garantir atendimento aos usuários, mas a
chefia trata os trabalhadores de forma
diferenciada. Quem reclama das condições não pode escolher dia de folga,
tem dificuldades pra trocar plantão,
marcar horas extras, e é ameaçado
das mais diferentes formas.
Ouvidos inoperantes
- Após algumas intercorrências no setor, em
meados de dezembro e janeiro, técnicos de enfermagem pediram reunião
com as chefias. Até agora não aconteceu. Essa reunião era só para possibilitar o diálogo entre todos os membros
da equipe para que se tente resolver
os problemas, e para fazer com que
essas chefias escutassem pelo menos
uma vez os técnicos.
Debaixo do tapete - Os trabalha-
dores que se negaram a aceitar a sobrecarga de trabalho e a trabalhar na
ilegalidade foram transferidos. Ao invés de buscar resolver os problemas,
certas chefias, que se acham donas da
UTI, acharam melhor colocar os servidores à disposição de outros setores,
como se na UTI a equipe estivesse
com trabalhadores em excesso.
Segundo legislação da ANVISA (RDC
07/2010), as UTI´s devem ter no mínimo um técnico de enfermagem para
cada dois leitos em cada turno, além
de um técnico de enfermagem por UTI
para serviços de apoio assistencial em
cada turno. Não é isso que acontece
no HRS.
UTI na berlinda
- São vários os
trabalhadores transferidos da UTI e
muitos não querem ir para a Unidade
de Terapia Intensiva para não ter de
passar por esse desrespeito.
O SindSaúde oficializou pedido de explicações à direção do HRS. Esperamos
que a UTI seja tratada como um setor
hospitalar do serviço. É importante
que a direção do HRS mude quem está
criando os problemas para a equipe da
UTI e não quem está tentando contribuir na resolução dos problemas.
Solidariedade
- É muito importante a solidariedade dos colegas dos
outros setores. Já tivemos tiranos em
outras áreas e eles foram embora. Esperamos que o problema seja resolvido. Porque para nos organizar pra
tirar quem cria os problemas e não
quem os quer resolver é um zás-trás.
Outros problemas
Lavanderia
- Há pouco espaço pra
trabalhar, além de calor e ruído excessivos. Não há como não adoecer
especial hrs
Vale-transporte
nessas condições. É urgente garantir
condições dignas de trabalho, pois o
tempo passa e, aos poucos, a gente
perde nossa capacidade auditiva.
Prometeu. Tem de cumprir!
Na opinião da equipe, é grande a
quantidade de roupa em mal estado
de conservação. Por isso, é necessário
renovar e aumentar a quantidade de
roupas.
Ambulatório - A recepção é quente, o que causa desconforto aos trabalhadores e aos usuários. Requeremos
à direção do hospital análise da situação e que a gestão encontre a melhor
forma de garantir condições amenas
no setor.
Basta cumprir a lei.
Aí, ninguém reclama!
A pauta de reivindicações do Centro Cirúrgico é mais que justa, assim
como a de outros setores. São questões que estão garantidas na legislação ou apenas para se ter o mínimo
para trabalhar. Confira:
Uniforme - jaleco/calças - Fazem
parte do Equipamento de Proteção Individual.
Garantia de equipamentos básicos
em quantidade suficiente, tais como
termômetros e esfigmomanômetro
(aparelho de pressão).
Cadeiras de roda para levar os pacientes aos exames, pelo menos uma
para cada ala.
Armários com chave para guardar os
pertences dos trabalhadores.
A reivindicação que se repete em vários setores é que a gestão destine
local adequado para descanso. O
trabalho na saúde tem natureza diferenciada e é preciso dar mais atenção às condições de trabalho. Ter um
espaço adequado para o momento de
descanso é uma necessidade.
No ofício apontamos ainda questões
que ficaram sem retorno, relacionadas
a outros setores. Caso queira conhecer o conteúdo integral do documento
escreva para [email protected] que teremos o prazer de
enviar cópia do ofício protocolado.
Em reunião com o secretário de
Saúde, dia 14 de março, novamente
batemos na tecla da necessidade de
transformar o VT em auxílio transporte, em dinheiro e para todos, e
pagar a dívida que tem com os atrasados.
O secretário Caputo reafirmou
que todos os servidores que têm direito ao VT devem receber o vale.
Ele ainda reiterou que os trabalhadores não podem ser constrangidos
e ameaçados por não utilizarem o
transporte coletivo.
A luta do dia 26 – No último
26 de março, o ato contou com caravanas de todo o Estado. Na reunião com a secretária da Administração, os servidores reivindicaram
os 17 itens da campanha salarial. O
destaque ficou para o atraso do VT
e à falta de pessoal nas unidades.
Até dia 10 de abril, o SindSaúde terá
resposta concreta do governo sobre
o assunto. Mas a luta não pode parar. Se o pagamento do VT atraso
não for feito, o jeito é cruzar os
braços.
Reforçamos que muitos companheiros vão de Van e outras formas
de locomoção por conta da insuficiência de linhas e horários do transporte público.
Teste São Tomé - Já que a Secretaria comprometeu-se a efetuar
o pagamento do VT para todos, atualize seu cadastro no RH. Assim, não
terão mais desculpas para não pagar
o vale-transporte. O SindSaúde e assessoria jurídica estão à disposição
caso a promessa de não intimidação
não seja cumprida.
No ofício, requeremos o pagamento dos VT´s de setembro para
quem teve o desconto, mas não recebeu os vales sob a alegação de não
ter feito a atualização do cadastro.
Esperamos que o HRS atue conforme
a orientação da Sesa e faça os pagamentos, caso contrário o caminho é
reforçar a luta.
A transformação do VT em auxílio
transporte, em dinheiro e para todos, é um dos itens da campanha salarial 2013. Portanto, participe das
mobilizações e demais atividades
da campanha salarial para que essa
conquiste se efetive. Nossa força
está na ação coletiva.
A prática revela que é com
luta que avançamos
Em janeiro, os trabalhadores da
Central de Materiais conquistaram o
justo direito de ter um ar-condicionado no setor. Um dos diretores da
unidade chegou a afirmar aos trabalhadores que foi importante a luta
que fizeram para que o equipamento
fosse instalado. O pessoal da CME estava disposto a cruzar os braços caso
não fosse atendida a reivindicação,
pois estava insuportável trabalhar
com as altas temperaturas do setor.
Esse é um exemplo que nos mostra que só a luta muda a vida. Esperamos que resistências como essa se
espalhem por todo HRS e locais de
trabalho, pois é com a participação
de todos que avançaremos rumo a
novas conquistas.
especial hrs
Estudar para
dar “sustança”
a nossa luta
O que temem os censores?
O que temem os censores?
Quando seguem como traiçoeiras hienas
Os representantes dos trabalhadores.
Vão a cada canto e a cada fresta
Como velhos e indesejosos roedores.
Será que se tornou novamente proibido
Falar de direitos e apontar os exploradores?
Será subversivo lutar por condições de trabalho
e salário?
Identificar quem são os servos e quem são os
opressores.
O que temem os censores?
Quando procuram intimidar com a sua presença
Vigiando o que se diz por todos os corredores,
Inibindo que se fale, do que anda por aqui
errado,
Taxando quem trabalha de “bons
reclamadores”.
Não se pode contestar os inúmeros privilégios,
Apropriado por esse seleto grupo de senhores?
Funciona na Assesoar, o Espaço Marx. É
um grupo de estudos da teoria marxista
direcionado aos estudantes e trabalhadores. A intenção é possibilitar que os
participantes aprendam sobre a história
das lutas dos trabalhadores e a teoria
que embasa essas lutas.
Você é super bem-vindo! A única exigência para participar é estar disposto a estudar coletivamente.
O que temem os censores?
Quando circulam entre todos
Se apresentando como superiores.
Contando com chefias que se impõem pelo
grito,
Como arcaicos e retrógrados ditadores.
Além de ter aos seus pés
Um bom número de fiéis bajuladores.
Que se acham diferentes,
Por lamber os rastros desses “nobres diretores”.
O que temem os censores?
Se muitos deles só sabem arrancar direitos,
Legitimando indicações de políticos corruptores.
Agindo sempre com “dupla face”,
Praticando a politicagem do local aos escalões
superiores.
Os trabalhadores organizados sabem dos seus
direitos,
Não precisam de tutor nem da sapiência de
“doutores”.
E a pergunta que não cala!
Porque temem os censores?
Pois monitoram sorrateiros
Quaisquer mínimos rumores
Tendo por aliados além das línguas,
Câmeras, processos e computadores.
Estão procurando punir quem conteste,
Caçando alvos como franco-atiradores.
Talvez por que temam que dos “de baixo”,
Possam florescer ares mais libertadores.
E que talvez os trabalhadores percebam,
Que pra se “tocar” o trabalho, não precisam de
“instrutores”.
Afinal, porque então temem os censores?
Autor: Bakunin
A programação do semestre do
Grupo é a seguinte:
Manifesto Comunista – Marx e Engels
(28/03; 11/04; 25/04; 09/05)
O Estado e a Revolução – Lênin (23/05;
06/06; 20/06; 04/07)
Manuscritos Econômico-Filosóficos –
Marx e Engels - Nos dias 18/07 • 01/08
• 15/08 • 29/08
A Ideologia Alemã (Cap. Sobre
Feurbach) – Marx e Engels - Nos dias
12/09 • 26/09 • 10/10 • 24/10
Salário, Preço e Lucro – Marx - Nos
dias 07/11 • 21/11 • 05/12)
Ao longo do semestre ocorrerão ainda
exibição de filmes, palestras e cursos.
O grupo reúne-se quinzenalmente, às
quintas-feiras, na Assesoar (Cango, próximo ao morro do Cristo). Para mais informações escreva para: [email protected]
Ajude a fortalecer a luta e a
decidir os rumos do SindSaúde.
Em todos os nossos materiais e nas lutas temos reforçado: o sindicato
somos todos nós e não somente quem está na direção ou ajudando a
organizar o local de trabalho.
Todas as atividades e informativos têm o objetivo de abranger todos
os trabalhadores. A luta é de todos. Se você quer se filiar, acesse o site
do sindicato, preencha a ficha de filiação e entregue a ficha com uma
cópia do contracheque e do RG. O índice da contribuição foi definido
em assembleia, pelo conjunto da categoria, e é de 0,8% sobre o salário
base e a GAS.
Filie-se, ajude a manter a independência do sindicato frente aos patrões, partidos políticos e a definir os rumos do sindicato e de nossas
lutas.
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