Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. Por: José Afonso Piva, PUC – Minas Campus Poços de Caldas Helenita R. da Silva Tamashiro, UNI-FACEF/FABAN Sérgio Lepesch, UNI-FACEF Emiliana Cristina dos Santos Oliveira, FABAN Gestão e Conhecimento, v.2, n.1, Art.1, jul. /nov. 2005 http://www.pucpcaldas.br/graduacao/administracao/nupepu/online/index.htm Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. Gestão da Qualidade em Serviços no Ensino Superior: uma reflexão sob a ótica dos Graduandos em Administração Helenita R. da Silva Tamashiro (UNI-FACEF/FABAN) Sérgio Lepesch (UNI-FACEF) Cláudio Luiz Piratelli (UNIARA) José Afonso Piva (UNI-FACEF/PUCPOÇOS) Emiliana Cristina dos Santos Oliveira (FABAN) Resumo O ensino de administração está sendo marcado por uma pressão cada vez maior em termos de demanda por fatores determinantes do sucesso das organizações, tais como competitividade e qualidade para o sucesso das organizações. Neste processo de oferta e demanda pelo curso, é importante ressaltar que a preocupação em saber o nível de “satisfação” dos alunos, enquanto clientes, pois tal feedback propicia um norteamento adequado no que diz respeito à melhoria da qualidade do ensino. Nesse sentido, a avaliação de instituições universitárias mostra-se importante ferramenta para o monitoramento de ações que propiciem melhorias na prestação dos serviços acadêmicos. Isso explica porque este tema que tem provocado cada vez mais interesse da comunidade acadêmica, do ministério da educação e, de diversos pesquisadores ligados ás envolvidos com a educação. O objetivo do presente estudo é identificar alguns emissores de comunicação que tragam à tona, as percepções e expectativas do corpo discente. Palavras-chave: Qualidade em serviços; percepção da qualidade; satisfação do consumidor. 1. Introdução A virada do milênio trouxe em seu bojo não apenas turbulências relativas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, mas, também, a difícil missão da educação em acompanhar a evolução dos construtos históricos dos quais tem feito parte, uma vez que a ciência e a tecnologia configuram-se as ferramentas de grande relevância no que diz respeito à transformação dos homens no mercado global. Esses fatores por sua vez, têm levado às instituições de ensino a repensar a adoção de suas estratégias ao longo do processo de formulação dos projetos pedagógicos e das concepções de aprendizado e das percepções do seu corpo discente, uma vez que estes estão cada mais seletivos e exigentes quanto aos serviços que lhes são prestados. Essas mudanças, consideradas por Motta (1995), como frutos do processo de globalização, têm levado as organizações a reorganizarem suas estruturas, bem como rever os processos de trabalho, implementando a partir dessas ações, novas práticas administrativas e gerenciais. Complementando essa linha de pensamento, (MEZOMO, 1994 p.45) salienta que “...A Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 1 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. nova filosofia está sendo implementada e começa a produzir resultados no contexto educacional . Podemos nos indagar, se seria a filosofia da melhoria da qualidade instrumento válido, também para revitalizar o sistema e as instituições educacionais e se poderia a escola adotar com vantagens e resultados uma filosofia nascida fora de seus domínios ...”. A conquista e principalmente a manutenção de clientes no elevado cenário competitivo em que as empresas estão inseridas tem despontado como um grande desafio para aquelas que buscam estabelecer um relacionamento duradouro com seus clientes (SINGH e SIRDESHMUKH, 2000). Nesse sentido, a melhoria do nível de satisfação dos clientes tornou-se um objetivo estratégico a ser perseguido pelas empresas que desejam obter vantagem competitiva por meio de um melhor entendimento das necessidades dos consumidores (HOLBROOK e HIRSCHMAN, 1982). O problema, no entanto, reside em compreender os conceitos de qualidade e de valor que os clientes atribuem aos produtos e serviços, o que segundo Christopher (1999), implica adequação entre o valor percebido, o valor obtido e que eles percebem e o preço que estão pagando. Como o nível de qualidade percebido pelo cliente é determinado pela diferença entre a qualidade esperada e a qualidade de fato experimentada, torna-se imperativo o conhecimento prévio das necessidades e expectativas destes em relação ao serviço/produto (GRÖNROOS, 1990), uma vez que, segundo Vavra (1993), do total dos clientes que ficam insatisfeitos apenas 5% farão uma reclamação formal, os outros 95% mudarão de prestador de serviços. Diante disso, a literatura que trata tanto da insatisfação quanto da reclamação dos consumidores vem desenvolvendo importantes aspectos conceituais e empíricos (BITNER, BOOMS e TETREAULT, 1990; STEPHENS e GWINNNER, 1998). Inseridas nesse cenário de acirrada competição, as instituições de ensino vêem-se obrigadas a acompanhar às mudanças ambientais pelas quais as organizações vêm passando nos últimos anos. Esse advento por sinal tem despertado o interesse de diversos pesquisadores que vem apresentando trabalhos voltados para aspectos de grande relevância nesse campo específico do conhecimento científico (PLENS e BRIGHENTI, 2002; NEVES e RAMOS, 2002; TACHIZAWA e ANDRADE, 1999) Neves e Ramos (2002), preconizam que até as Universidades e Faculdades que até pouco tempo, atuavam de forma passiva nas questões educacionais, foram forçadas a adotar ações pró-ativas que contemplem a identificação e satisfação das expectativas e necessidades de um mercado cada vez mais exigente. Partindo da idéia de que os alunos enquanto clientes, consideram relevante a imagem da escola que escolheram para ajudálos em sua inserção no mercado de trabalho, as instituições de ensino superior que desejam sobreviver nesse ambiente cada vez mais competitivo, devem dedicar atenção especial às suas estruturas e às novas exigências (NEVES e RAMOS, 2002). Daí a importância da realização das avaliações institucionais, que levantem as percepções e expectativas dos seus respectivos alunos. Tais avaliações configuram-se o primeiro passo para o diagnóstico da instituição. Estas, segundo Belloni (1996) devem contemplar alguns aspectos relevantes apresentados no Quadro 1. Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 2 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. ASPECTOS Professor O QUE AVALIAR Desempenho no ensino: conteúdo desenvolvido, dos procedimentos adotados, dos materiais de ensino produzidos, etc.; desempenho em pesquisa, produção científica, artística, cultural, etc.; desempenho na extensão; outros aspectos. Ensino Conteúdo dos currículos e programas; perfis profissionais face à perspectiva de desenvolvimento científico e tecnológico e às necessidades sociais; outros aspectos. Pesquisa Relevância técnica-científica e político-social dos projetos ou linhas de pesquisa em desenvolvimento; congruência/complexidade/continuidade entre as atividades de pesquisa versus pesquisa para justificativa de regime de trabalho; outros aspectos. Infra-estrutura de ensino, pesquisa e extensão Recursos humanos: dimensão e funções do corpo técnico; desempenho; Espaços físicos, equipamentos e materiais técnicos e científicos: laboratórios, estações experimentais, geração e processamento de informações, acervo bibliográfico, etc. Quadro 1 – Aspectos relevantes na avaliação institucional. Fonte: adaptado a partir de Belloni (1996). Partindo desse pressuposto, o objetivo central do presente trabalho é apresentar os resultados obtidos em um estudo que procurou investigar em instituições de nível superior do interior paulista, os emissores de comunicação que evidenciassem as percepções e expectativas dos alunos de graduação em administração. Dentre os vários fatores que inspiraram a realização do presente trabalho destacam-se as seguintes constatações: ¾ O fato de que a qualidade pode ser percebida de forma diferente pela mesma pessoa em épocas e situações diferentes (MOLLER, 1994). ¾ A atenção especial atribuída à satisfação dos consumidores no campo científico (ZHANG, 1999; OLIVER, 1980; SWAN e COMBS, 1976; WESTBROOK, 1980). ¾ A busca dos melhores caminhos de se mensurar o nível de satisfação dos consumidores (ANDREASEN 1977), como também analisar os fatores determinantes da insatisfação (DAY e LANDON, 1976; DIAMOND, WARD e FABER, 1976). ¾ A crescente exigência de qualidade por parte daqueles que têm obrigado às universidades a elevar seus níveis de qualidade de formação oferecida (TEJEDOR e BLANCO, 1997). ¾ A administração da qualidade total na escola traz resultados que mudam completamente seu perfil e as atitudes de todas as pessoas envolvidas (MEZOMO, 1994). ¾ Os consumidores continuam comprando aqueles produtos/serviços com os quais estão satisfeitos, além de indicá-los a outras pessoas (RICHINS,1983). Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 3 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. Para a realização da pesquisa os pesquisadores optaram pela adaptação de uma metodologia para avaliação do ensino da administração, desenvolvida pela FEA/USP no início dos anos 90 e, posteriormente utilizados no estudo de Mattar (2004), que pretendeu realizar um amplo diagnóstico e implantar mudanças para adaptar os cursos da FEA/USP-Administração à realidade da virada do século (vide Figura 1). Fontes de Informação • Corpo discente Atributos de avaliação do Curso • Capacidade dos docentes • Infraestrutura física • Apoio administrativo Resultados • Pontos positivos e negativos • Subsídios para aprimoramentos Figura 1 - Modelo utilizado para avaliar o curso de graduação em Administração. Fonte: Mattar (2004). Partindo dessa metodologia desenvolvida pela FEA/USP, selecionou-se algumas variáveis, representadas na Figura 2, com o intuito de identificar o nível de satisfação dos consumidores, a partir de suas percepções quanto à qualidade percebida. Figura 2 - Variáveis do estudo Fonte: os autores. Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 4 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. As variáveis selecionadas nortearam o desenvolvimento do questionário da pesquisa de campo, que buscou responder à seguinte pergunta: Quais são as percepções e expectativas que o corpo discente tem em rela\ção qualidade dos serviços da instituição que escolheram para ajuda-los em sua inserção no mercado de trabalho? A preocupação em levantar a questão aqui apontada consiste no fato de que a formulação de questões ou perguntas representa o ponto de partida para as explicações das hipóteses e da natureza dos fenômenos que as respondem (MOURA CASTRO, 1978). De acordo com Selltiz, Wrightsman e Cook (1987), são dois os tipos gerais de razões para a proposição de questões de pesquisa: as intelectuais, baseadas no desejo de conhecer ou compreender, e as práticas, baseadas no desejo de conhecer a fim de tornar-se capaz de fazer algo melhor ou de maneira mais eficiente. Para efeito deste estudo, a segunda razão é a que mais se aproxima dos objetivos deste trabalho. 2. Qualidade de serviços versus qualidade do ensino Os estudos de Lovelock (1998, p. 5) apontam que “serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma parte à outra, que apesar do processo possa estar ligado a um produto físico, o desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em propriedade de nenhum dos fatores de produção”. As diversas acepções quanto às definições de serviço apresentadas no Quadro 2, possibilitam inferir que os clientes extraem valor dos mesmos sem, necessariamente, obterem a propriedade de elementos tangíveis. Grönroos (1995) Lovelock (1998) São mais ou menos intangíveis por serem atividades ou processos e não coisas. Os produtos dos serviços são realizações intangíveis. Kotler e Armstrong (1995) É toda atividade essencialmente intangível. Albrecht (2000) Gianessi e Correa (1996) É todo trabalho feito por uma pessoa em benefício da outra. São atividades de comércio, transportes, comunicação, serviços sociais e administração pública. Quadro 2 – Diferentes conceitos de serviço. Fonte: os pesquisadores, a partir do referencial teórico. Partindo-se desse conceito pode-se afirmar que as atividades educacionais desenvolvidas no âmbito das instituições de ensino superior configuram-se prestações de serviços. O desafio quanto às diversas formas de desempenhar eficientemente a grande variedade de serviços que despontaram nas diversas áreas da economia tem sido, no entanto, uma constante no âmbito das organizações em função da intangibilidade do serviço. De fato, Morris e Johnston (1987); Dotchin e Oakland (1994) salientam que fatores como a intangibilidade e a variabilidade dos serviços dificultam o estabelecimento de especificações precisas dos mesmos. Complementando esse raciocínio, Oliver e Desarbo (1988) ressaltam que, embora o produto tenha uma excelente qualidade para o consumidor, este pode atribuir sua insatisfação ao Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 5 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. atendimento do vendedor. De acordo com Garvin (1984), a qualidade percebida envolve uma avaliação realizada diretamente pelo cliente, apesar de se tratar de uma avaliação subjetiva. As idéias de Moller (1994) mostram-se coerentes com esses pressupostos, ao apontarem que o julgamento da qualidade de um produto ou serviço varia de acordo com as necessidades das pessoas em um dado momento, por esta razão, a qualidade é percebida de formas diferentes pela mesma pessoa em épocas e situações diferentes. Diante disso, o conhecimento prévio das necessidades e expectativas dos clientes em relação ao serviço/produto torna-se imperativo para o sucesso das organizações. No contexto das instituições de ensino, Manãs (1996) deixa evidências de que do ponto de vista conceitual, a qualidade em serviços ainda passa por um processo de definição que torna o processo de sua mensuração muito complexo. Em sua concepção, a qualidade do ensino depende dos serviços e dos serviços percebidos. Partindo desse ponto de vista, Loreto (2001) sugere que no processo de avaliação da qualidade de ensino sejam considerados alguns aspectos: ensino ministrado (qualidade da prestação do serviço) e, como a qualidade é assegurada (garantia da qualidade). A imagem e o reconhecimento da instituição perante a sociedade são dimensões adicionais respaldadas por Kotler e Fox (1994). Dentre os problemas encontrados nas instituições de ensino superior que afetam sua imagem estão aqueles relativos aos professores, no que diz respeito à falta de preparação (BORDENAVE e PEREIRA, 1995) Por outro lado, o fracasso das escolas de pedagogia é deve-se ao fato destas não ajudarem os professores a largar o papel de mestres e se tornarem seres humanos, compreendendo que são guias (BUSCAGLIA, 1997). 3. Gestão da qualidade na prestação de serviços e a satisfação do consumidor Gestão da Qualidade na prestação de serviços, segundo Paladini (2000), apresenta as seguintes características: a) flexibilidade e adaptação dos processos produtivos a momentos, situações e contextos; b) priorização da eficácia, depois da eficiência e, em seguida, da produtividade; c) constante avaliação de aspectos de interação da empresa com o cliente; d) consideração do atendimento como um diferencial na satisfação e fidelização dos consumidores. O fato de os clientes poderem intervir no processo de geração dos serviços implica na geração de expectativas ao longo do seu contato com o atendente, o que requer cautela, flexibilidade e criatividade por parte do prestador dos serviços. Assim, os estudos sobre a satisfação do consumidor nos últimos anos vêm absorvendo esforços significativos dos pesquisadores em marketing, uma vez que o reconhecimento desse princípio básico de gestão possibilita um melhor monitoramento da satisfação do consumidor e do desempenho da organização. De acordo com Rust e Zahorik (1993), nesta última década, a ênfase nos preços fora substituída pela ênfase na gestão da satisfação dos clientes. Assim, questões relacionadas à satisfação dos consumidores têm recebido uma atenção especial no campo científico (ZHANG, 1999). Alguns pesquisadores têm, por exemplo, procurado investigar os melhores caminhos de se mensurar o nível de satisfação dos consumidores (ANDREASEN 1977), e analisar os fatores determinantes da insatisfação (DAY e LANDON, 1976; DIAMOND, WARD e FABER, 1976). Outros, por sua vez, têm discutido as bases teóricas da satisfação dos consumidores (OLIVER, 1980; SWAN e COMBS, 1976; WESTBROOK, 1980). Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 6 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. À melhoria do atendimento podem ser atribuídos alguns fatores que se refletem diretamente sobre a sustentabilidade da competitividade das organizações: lealdade à marca, comunicação boca-a-boca, lucratividade e participação no mercado (OLIVER, 1997). Por esta razão, as empresas de marketing têm demonstrado grande interesse pela satisfação do consumidor e, segundo Richins (1983), com boas razões, pois os consumidores continuam comprando aqueles produtos com os quais eles estão satisfeitos, além de indicá-los a outras pessoas. De fato, segundo Cardozo (1965, p. 244), “a satisfação do consumidor com um produto leva à repetição de compra, aceitação de outros produtos na mesma linha de produtos, bem como a boca-a-boca favorável. Se isso estiver correto, então o conhecimento dos fatores que afetam a satisfação do consumidor é essencial.” Como a qualidade dos serviços prestados é julgada pelo cliente, torna-se imperativo o conhecimento prévio das necessidades e expectativas destes em relação ao serviço/produto. As observações de Monroe e Krishnan (1985) afirmam que a percepção refere-se a um processo de organização, interpretação e derivação de significado de estímulos por meio dos sensos. Nessa mesma linha de pensamento, Liljander e Strandvik (1994), ressaltam que a satisfação do consumidor com a qualidade decorre de uma comparação entre suas expectativas antes da prestação do serviço e de suas experiências com o serviço prestado. Assim, Howard (1977) sugere que é importante discernir entre os atributos ofertados e as percepções dos clientes, uma vez que estas podem diferir significativamente. Grönroos (1995) e Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985; 1990) afirmam que a qualidade de serviço é determinada pela diferença entre a qualidade esperada e a qualidade percebida ao longo de sua prestação. Para os autores, a qualidade de serviços consiste na diferença entre as expectativas e as percepções dos clientes em relação a um serviço experimentado. Além disso, chamam a atenção para o fato de que a chave que assegura uma boa qualidade em serviço é obtida quando as percepções dos clientes excedem suas expectativas. Para esses autores, a “Qualidade Percebida” é um julgamento do consumidor sobre a superioridade ou excelência de um serviço. Cabe à empresa o papel de identificar e monitorar continuamente estas percepções, uma vez que, segundo Grönroos (1995), é importante que as empresas estejam atentas às percepções dos clientes quanto à qualidade dos serviços. 3. Aspectos Metodológicos 3.1 Mensuração das dimensões selecionadas A explicitação da metodologia a ser utilizada para a realização desta pesquisa pode ser considerada uma etapa fundamental, por esclarecer como se pretende tratar o problema colocado, uma vez que o projeto metodológico descreve a estrutura e a orientação geral do projeto de pesquisa (SILVA, 1999). Assim, para atingir os objetivos do estudo a pesquisa qualitativa torna-se o caminho mais adequado, por permitir que o pesquisador obtenha maiores detalhes das informações desejadas (GHAURI e GRONHAUG, 1995). A grande vantagem desse tipo de pesquisa, de acordo com Bryman (1989) e Ghauri e Gronhaug (1995), consiste na riqueza dos detalhes obtidos. O método adotado foi o indutivo, no qual buscou-se, através das constatações particulares chegar às conclusões finais. Este método trata geralmente de problemas que pertencem ao nível de constatação de uniformidades empíricas, as quais transportam-se para o Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 7 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. nível da abstração e das formulações lógicas (BRYMAN, 1989; SALOMON, 1991). O estudo de caso é o desenho de pesquisa mais adequado para este estudo, uma vez que o objetivo do mesmo é obter um conhecimento mais aprofundado de uma realidade delimitada (TRIVIÑOS, 1990). Além disso, o estudo de caso, segundo Yin (1994), é uma pesquisa de natureza empírica que investiga um fenômeno atual dentro da situação onde ele ocorre, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são claros. Para análise dos resultados, adotou-se a probabilidade percentual probabilística, uma vez que segundo Larson e Farber (2004), a probabilidade estatística porcentual baseia-se em observações obtidas de experimentos probabilísticos, isto é, é a freqüência relativa porcentual do evento considerado. As escalas de atitudes utilizadas neste trabalho são eventos das diferentes variáveis analisadas para verificar a satisfação do serviço prestado nos cursos analisados da instituição de ensino superior do interior paulista. Dessa forma, é possível verificar qual variável, e para qual curso analisado, possui a maior e/ou menor escala de atitude porcentual. A expressão utilizada será: Onde: P= Probabilidade estatística porcentual A= Quantidade de respostas para determinada variável em determinada escala de atitude T= Total de questionários aplicados para cada curso analisado Para estabelecimento da satisfação do serviço prestado, será complementada a análise da probabilidade estatística porcentual das respostas obtidas para os dois cursos analisados, através da média aritmética normalizada porcentual das escalas de atitude para todas as variáveis pesquisadas. Triola (1998) afirma que a média aritmética é, de modo geral, a mais importante de todas as mensurações numéricas, pois representa o centro do conjunto de dados, no sentido de ser o ponto de equilíbrio dos mesmos. Também fala a respeito da média aritmética normalizada como uma medida estatística capaz de comparar uma variável para duas populações de tamanhos diferentes. Dessa forma, será possível verificar o nível da satisfação em cada curso analisado através da comparação de suas escalas de atitude. A expressão utilizada para este fim será: Onde: = Média aritmética normalizada M= Total de respostas para cada escala de atitude T= Total de questionários aplicados para cada curso N= Total de variáveis analisadas Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 8 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. 3.2 População e amostra A amostra constituiu-se de 84 elementos, entre 23 e 52 anos de idade, a partir de uma população de 134 graduandos em administração. Como escala de atitude, optou-se pela utilização de perguntas de natureza fechada que variaram de ‘Insuficiente, Fraco, Regular, Bom, Excelente’. Como o objetivo dos pesquisadores foi identificar e comparar a satisfação sobre a qualidade dos serviços prestados, a partir de uma amostra específica da população identificada, sem a intenção de generalizar os resultados obtidos, conduziu-se a pesquisa a partir de uma amostra intencional não probabilística. A utilização da amostra intencional é justificada pelo fato de se poder escolher os casos a serem incluídos no estudo, em função do conhecimento prévio da localização da população. A amostragem não probabilística, por sua vez, caracteriza-se pelas seguintes razões: pode ser que toda a população sorteada não esteja disponível para o estudo; limitações de recursos financeiros, materiais e humanos para a realização de uma amostragem probabilística (MATTAR, 1997). 4. Análise dos Resultados Os resultados obtidos nos questionários aplicados ao curso de Administração, sintetizados respectivamente, no Gráfico 1 e na Tabela 1, revelam que a escala de atitude ‘Bom’ aparece como principal resposta nas variáveis, a menos do quesito ‘Atendimento Pessoal’, que recebe nível de escala de atitude ‘Excelente’, correspondendo a 48,5% das respostas. Observa-se também que a escala de atitude ‘Insuficiente’ aparece apenas no quesito ‘Ambiente físico’, correspondendo a 3% das respostas. A escala de atitude ‘Bom’ aparece como principal resposta nas variáveis, a menos dos quesitos ‘Professores’ e ‘Coordenadoria’, que recebem nível de escala de atitude ‘Excelente’ (respectivamente 46,4% e 45,2% das respostas). Observa-se também que a escala de atitude ‘Insuficiente’ aparece nos quesitos ‘Cantina’, ‘Sala de aula’, ‘Atendimento Pessoal’, ‘Informações claras (de interesse geral)’ e ‘Coordenadoria’ (respectivamente 3,6%, 8,3%, 1,2%, 2,4% e 2,4% das respostas). Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 9 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. Gráfico 1 – Respostas às variáveis pesquisadas para o curso de Administração. Fonte: Questionários aplicados. Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 10 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. Observando-se o gráfico acima é possível perceber que a escala de atitude ‘Bom’ aparece como principal resposta nas variáveis, a menos dos quesitos ‘Professores’ e ‘Coordenadoria’, que recebem nível de escala de atitude ‘Excelente’ (respectivamente 46,4% e 45,2% das respostas). Observa-se também que a escala de atitude ‘Insuficiente’ aparece nos quesitos ‘Cantina’, ‘Sala de aula’, ‘Atendimento Pessoal’, ‘Informações claras (de interesse geral)’ e ‘Coordenadoria’ (respectivamente 3,6%, 8,3%, 1,2%, 2,4% e 2,4% das respostas). A Tabela 1 por sua vez mostra estes resultados e suas respectivas probabilidades porcentuais em relação ao total de questionários aplicados neste curso. I SOBRE AS CONDIÇÕES DO CURSO, INDIQUE O GRAU DE ADEQUAÇÃO 1. Biblioteca 2. Ambiente físico 3. Apoio administrativo 4. Recursos de áudio e vídeo disponibilizados 5. Cantina 6. Sanitários 7. Salas de aula 8. Laboratório de Informática 9. Atendimento pessoal 10. Informações claras (de interesse geral) 11. Professores 12. Coordenadoria F A A% R A A% A B A% A E A A% A% 0 0 0 0,0 0,0 0,0 2 5 4 2,4 6,0 4,8 13 17 13 15,5 20,2 15,5 42 44 40 50,0 52,4 47,6 27 18 27 32,1 21,4 32,1 0 3 0 7 0 1 0,0 3,6 0,0 8,3 0,0 1,2 4 5 1 13 1 4 4,8 6,0 1,2 15,5 1,2 4,8 9 10 11 23 7 14 10,7 11,9 13,1 27,4 8,3 16,7 40 35 40 26 42 40 47,6 41,7 47,6 31,0 50,0 47,6 31 31 32 15 34 25 36,9 36,9 38,1 17,9 40,5 29,8 2 0 2 2,4 0,0 2,4 4 0 5 4,8 0,0 6,0 12 9 7 14,3 10,7 8,3 40 36 32 47,6 42,9 38,1 26 39 38 31,0 46,4 45,2 Tabela 1 – Mensuração às variáveis dos questionários aplicados aos 84 alunos do curso de Administração A: total de resposta à escala de atitude do quesito; A%: probabilidade porcentual de respostas em relação ao total de questionários aplicados 5. Considerações finais e sugestões para pesquisas futuras Os resultados aqui verificados permitiram formular algumas análises conclusivas: a ótica dos clientes, claramente expressa nos gráficos e tabelas apresentados, mostra que, para ambos cursos analisados, a satisfação é positiva. Considerando a escala de atitude positiva para os níveis ‘Regular, Bom, Excelente’, obteve-se para o curso de Administração um porcentual positivo de satisfação de 93,74%. Observa-se que a satisfação negativa para os clientes do curso de Administração foi de 6,26%. O único quesito que não obteve nível de satisfação ‘Insuficiente’ nem ‘Fraco’ foi ‘Professores’. Os demais quesitos obtiveram nível de satisfação ‘Fraco’. Os quesitos com nível de satisfação ‘Insuficiente’ foram ‘Cantina’, ‘Sala de aula’, ‘Atendimento Pessoal’, ‘Informações claras (de interesse geral)’ e ‘Coordenadoria’. Foram percebidas algumas limitações neste trabalho, pelo fato de não ter sido não possível comparação das variáveis analisadas com variáveis que pudessem mensurar a percepção dos alunos quanto à qualidade do serviço prestado pela instituição de ensino Gestão e Conhecimento PUC Minas campus Poços de Caldas 11 V. 2, n. 1, art. 1, jul./nov. 2005 ISSN 1808-6594 Gestão da qualidade em serviços no ensino superior: uma reflexão sob a ótica dos graduandos em Administração. José Afonso Piva; Helenita R. da Silva Tamashiro; Sérgio Lepesch; Cláudio Luiz Piratelli; Emiliana Cristina dos Santos Oliveira. superior, pela restrição dada ao questionário aplicado. Dessa forma, a análise estatística não foi baseada em hipóteses nem em correlações. Assim, uma sugestão de uma nova pesquisa, seria, por exemplo, a ampliação do questionário aplicado com questões que auto-avaliem o entrevistado, como sexo, faixa etária, freqüência e participação nas aulas, pontualidade, freqüência à biblioteca, busca de informações em canais de comunicação, realização das tarefas propostas pelo professor. Dessa forma os pequenos problemas encontrados na instituição de ensino superior poderiam ser abordados especificamente na dimensão estrutural, gerencial e pessoal do entrevistado, pois seria possível mensurar a percepção dos alunos quanto à qualidade do serviço prestado pela instituição de ensino superior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDREASEN, A. R. A taxonomy of consumer satisfaction/dissatisfaction measures. Journal of Consumer Affair, 11, p.11-24, July, 1977. ALBRECHT, K. Vocação para serviços. HSM Management. Edição Especial, p.47-54, São Paulo, mar/abr, 2000. BELLONI, I. 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