Biologia
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Aula 36 – Tecido Sanguíneo
Elementos figurados
O sangue é um tecido conjuntivo que se caracteriza pelo
fato de sua substância intercelular ser líquida, não possuindo
fibras ou proteoglicanas.
As funções básicas do sangue são o transporte de
substâncias como nutrientes, gases respiratórios e excretas, além
de proporcionar a defesa corporal.
O sangue apresenta ao microscópio óptico duas partes
bem definidas, a parte líquida ou plasma e a parte sólida ou
elementos figurados.
A proporção entre estas duas partes pode ser facilmente
analisada colocando-se sangue num tubo de ensaio numa
centrífuga: a parte sólida se precipita e passa a ocupar o fundo do
tubo de ensaio; basta analisar então a proporção entre elas. Essa
proporção entre a parte líquida e a sólida do sangue é chamada
de hematócrito. O hematócrito normal é correspondente a 55%
de plasma e 45% de elementos figurados.
Os elementos figurados correspondem a células ou
fragmentos de células que desempenham funções específicas
dentro do sangue. Esses elementos figurados são as hemácias,
as plaquetas e os leucócitos.
1. Hemácias ou eritrócitos
As hemácias são também chamadas eritrócitos (do
grego erythron, ‘vermelho’) ou glóbulos vermelhos. Sua função é
o transporte de oxigênio no sangue.
As hemácias podem transportar oxigênio devido à
presença de um pigmento respiratório denominado hemoglobina.
Ela é uma proteína associada a um grupo prostético chamado
grupo heme, que contêm ferro. A hemoglobina é responsável pela
cor vermelha do sangue, ainda que seja amarela quando vista
isoladamente.
O oxigênio associa-se ao ferro do grupo heme e é
transportado pela hemácia, sob a forma de oxiemoglobina. O gás
carbônico pode se associar à hemoglobina através de sua parte
protéica, formando carboemoglobina. Entretanto, enquanto a
maior parte do oxigênio no sangue é encontrada sob a forma de
oxiemogobina (97%), apenas uma pequena parcela de gás
carbônico é transportada sob a forma de carboemoglobina (30%),
de maneira que se pode dizer que a função da hemoglobina é
basicamente o transporte de oxigênio. Tanto a oxiemoglobina
como a carboemoglobina dissociam-se facilmente recompondo
hemoglobina livre.
Hemoglobina adulta e hemoglobina fetal
Dois tubos de hematócrito com sangue: o da esquerda antes e o
da direita depois da centrifugação. No tubo da direita
(centrifugado), observar que as hemácias constituem cerca de
43% do volume sanguíneo. Entre as hemácias e o plasma existe
uma fina camada constituída por leucócitos.
Plasma
O plasma é composto por água (90%), sais minerais
(0,9%), proteínas (7%), aminoácidos, açúcares, glicerol, ácidos
graxos e vitaminas. As principais proteínas presentes no plasma
são:
- albumina, a mais abundante entre elas, cujas funções são
reserva, equilíbrio osmótico e transporte de algumas substâncias,
sendo produzida pelo fígado;
- fibrinogênio, relacionada ao processo de coagulação
sangüínea, sendo também produzida pelo fígado;
- imunoglobulinas ou anticorpos, relacionadas aos mecanismos
de defesa corporal, sendo produzidas pelos plasmócitos.
Utiliza-se o termo soro para designar o plasma sem o
fibrinogênio. Nesse caso, o plasma perde a capacidade de
coagulação sangüínea, facilitando-lhe o armazenamento em
bancos de sangue, por exemplo.
A hemoglobina pode aparecer em algumas versões, como
a versão adulta e versão fetal. A hemoglobina fetal (HbF)
apresenta maior afinidade pelo oxigênio do que a hemoglobina
adulta (HbA) materna. Isso explica a grande captação deste gás
pelo sangue fetal ao nível da placenta durante a gestação.
Essa diferença de afinidade possibilita que o oxigênio se
desloque do sangue materno para o fetal. Afinal de contas, se a
hemoglobina materna tivesse mais afinidade como o oxigênio, ele
nunca seria transferido para a hemoglobina fetal. Se esta última
tem afinidade maior pelo oxigênio, desloca o mesmo da
hemoglobina materna. Além disso, a diferença de afinidade
garante a perfeita oxigenação embrionária e fetal durante a
gestação dos mamíferos placentários, mesmo com reduzida
oxigenação do sangue do feto a partir da transferência de gases
via placenta.
No adulto, a hemoglobina fetal seria um problema, pois
dificultaria a passagem de oxigênio para os tecidos, uma vez que
este gás se liga mais fortemente a ela. No feto, isso não ocorre
porque o consumo de oxigênio pelos tecidos fetais é muito
intenso, devido ao seu metabolismo altíssimo, o que gera uma
grande diferença de pressão parcial de O2 entre a hemácia e o
tecido, forçando o oxigênio a sair para o tecido mesmo com essa
alta afinidade pela hemoglobina.
Na maioria dos vertebrados, ou seja, em peixes, anfíbios,
répteis e aves, as hemácias são nucleadas, apresentando
capacidade de mitose e vida longa. Essas propriedades evitam a
sobrecarga dos órgãos hematopoiéticos (produtores de sangue),
como o fígado. As hemácias nucleadas desses animais
apresentam forma esférica, com relação superfície/volume
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pequena e capacidade de captação de oxigênio reduzida quando
comparada às hemácias anucleadas de forma bicôncava.
Em mamíferos, as hemácias são anucleadas, o que as
torna bicôncavas e com grande relação superfície/volume, o que
as torna mais eficazes na captação de oxigênio. Devido a essa
estrutura, nenhuma parte do seu interior dista mais que 1 m da
sua superfície. Isso indica que os mamíferos têm uma maior
eficiência no transporte de oxigênio e produção de energia quando
comparados com os demais vertebrados. Acredita-se que a
eficiência de uma hemácia bicôncava só pode ser comparada com
a de 9 hemácias esféricas com 1/9 do volume da hemácia
bicôncava.
Essas hemácias de mamíferos são incapazes de fazer
mitose e apresentam vida curta, de cerca de 120 dias em
humanos, o que ocorre pela ausência de núcleo. Cabe à medula
óssea promover a constante renovação das hemácias mortas.
Fotomicrografia eletrônica de varredura de eritrócitos humanos
normais. Notar a forma bicôncava destes corpúsculos. 6.500 x.
A hemácia não é apenas um “saco cheio de hemoglobina”.
As moléculas de hemoglobina (Hb) dispõem-se, entre outras
proteínas, formando um retículo ou “estroma”, no interior da célula,
que lhe confere a forma discoide, achatada no centro,
correspondente à estrutura bicôncava. Está provado hoje que é a
anormalidade na estrutura molecular da hemoglobina que provoca
os contornos anormais na anemia falciforme ou siclemia. Nesse
caso, essas células tomam o aspecto de meia-lua ou foice, o que
justifica o nome da anemia.
Origem e metabolismo das hemácias
As hemácias são formadas a partir do tecido
hematopoiético mieloide. Nele, as células-tronco mieloides se
diferenciam em eritroblastos, ainda na medula óssea vermelha e
nucleados. Estes saem da medula óssea para o sangue, onde
assumem o nome de reticulócitos, que são anucleados, mas
ainda com organelas. Na corrente sangüínea, eles perdem as
demais organelas, assumindo a forma de hemácias ou
eritrócitos efetivamente.
Pelo fato de não possuírem organelas, hemácias não
possuem mitocôndrias, não realizando respiração aeróbica e
obtendo energia a partir do mecanismo de fermentação láctica.
Pelo fato de não possuírem núcleo, as hemácias dos
mamíferos são incapazes de sintetizar proteínas. Desta maneira,
elas têm vida muito curta, de cerca de apenas 120 dias. Depois
desse período elas morrem e são destruídas por leucócitos,
principalmente no fígado e no baço, em um processo denominado
hemocaterese.
A hemoglobina é das hemácias mortas é metabolizada em
bilirrubina, pigmento de cor amarelo-esverdeada. Esta, a partir da
corrente sangüínea, é eliminada pelos rins na urina e pelo fígado
na bile, através das fezes. A cor amarelada da urina e das fezes
tem origem na bilirrubina.
Algumas condições levam ao acúmulo de bilirrubina na
pela, seja por impossibilidade de o fígado removê-la do sangue,
como ocorre nas hepatites, ou pela excessiva produção da mesma
devido ao grande número de hemácias mortas, como na
eritroblastose fetal. Em ambos os casos, a bilirrubina acumulada
deixa a pele amarelada, numa condição denominada icterícia.
Quantidades de hemácias
O número normal de hemácias no sangue é de
aproximadamente 4,5 a 5,5 milhões de hemácias por mm3 de
sangue, sendo a quantidade menor em mulheres. O menor
número de hemácias em mulheres é explicado pela sua menor
atividade metabólica, relacionada à menor massa muscular, e,
principalmente, pelas constantes perdas de sangue com a
menstruação.
A diminuição na quantidade de hemácias no sangue
recebe o nome de eritropenia ou hipoglobulinemia.
Normalmente, associa-se essa diminuição na quantidade de
hemácias no sangue à anemia, que é uma diminuição na
quantidade de hemoglobina. Esta pode ocorrer por vários motivos.
Existem várias formas de anemia:
- Anemia ferropriva: É causada pela deficiência nutricional de
ferro, sendo a forma mais comum da doença. É particularmente
comum em indivíduos desnutridos e mulheres jovens, nesse caso
devido às perdas de sangue na menstruação. O tratamento é feito
através de uma dieta rica em ferro, com alimentos como fígado,
carne vermelha, gema de ovo e leguminosas como o feijão, além
de vitamina C, que facilita a absorção do ferro, por, ao se oxidar,
ceder elétrons para promover conversão de ferro férrico Fe3+, mais
difícil de absorver no intestino, em ferro ferroso Fe2+, mais fácil de
absorver no intestino. Em casos graves, pode ser recomendada a
utilização de suplementos alimentares à base de sulfato ferroso.
- Anemia perniciosa: É uma grave forma de anemia causada
pela deficiência nutricional de vitamina B12 e/ou vitamina B9
(ácido fólico). Ela está normalmente relacionada à falta do FIA
(fator intrínseco anti-anêmico), substância produzida pelo
estômago e que é necessária à absorção da vitamina B12; esta
deficiência está normalmente relacionada a lesões gástricas.
- Anemia falciforme ou siclemia: É de origem genética e está
relacionada a uma alteração na estrutura da cadeia de
hemoglobina, levando a hemácia a assumir a forma de uma foice
e se tornar facilmente hemolisável por fígado e baço. O indivíduo
homozigoto apresenta uma forma grave da doença, conhecida
como siclemia maligna, letal, e o heterozigoto revela uma forma
mais leve da doença, a siclemia benigna, que não é letal e confere
resistência à malária.
- Anemia do Mediterrâneo, anemia de Cooley ou talassemia:
É também é de origem genética, sendo comum em populações da
região europeia do Mediterrâneo e áreas adjacentes. Nela, as
hemácias são esféricas e facilmente hemolisáveis pelo baço. Isso
provoca em compensação uma hiperfunção mielocítica, levando à
deformação dos ossos. Não há alteração na estrutura da molécula
de hemoglobina, mas parece haver um bloqueio na produção de
hemoglobina de adulto (HbA) e alta percentagem sangüínea de
hemoglobina fetal (HbF), o que torna as hemácias facilmente
hemolisáveis por fígado e baço. O indivíduo homozigoto apresenta
uma grave doença, conhecida como talassemia major, e o
heterozigoto revela uma forma benigna, a talassemia minor.
- Anemia aplástica: É resultante do envenenamento radioativo de
alta intensidade, que leva à destruição da medula óssea. Muito
grave, seu tratamento exige o transplante de medula óssea.
O aumento na quantidade de hemácias no sangue recebe
o nome de policitemia ou eritrocitose ou hiperglobulinemia.
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Ela pode aparecer em situações em que indivíduos estão em
ambientes com menor teor de oxigênio no ar. Por exemplo, a
exposição a grandes altitudes, onde o oxigênio é rarefeito, leva,
em algumas semanas, à produção de maior quantidade de
hemácias para compensar a falta de oxigênio, o que é conhecido
como policitemia fisiológica.
O hormônio eritropoietina (EPO), produzido naturalmente
nos rins (e em menor quantidade no fígado), é o responsável por
estimular a produção de hemácias na medula óssea, sendo, por
vezes, utilizado como doping por atletas praticantes de esportes
de resistência, como o ciclismo, para facilitar o transporte de
oxigênio e aumentar a produção de energia. O problema advindo
do uso de eritropoietina como é o aumento da viscosidade do
sangue, dificultando a sua circulação e podendo levar à
sobrecarga da função cardíaca.
2. Plaquetas ou trombócitos
ativo). Esta, por sua vez, promove a quebra do fibrinogênio
(proteína solúvel) em fibrina (proteína insolúvel), que então
organiza uma malha, caracterizando o coágulo.
Os íons de cálcio (Ca++) participam da catálise de quase
todas as reações da cascata da coagulação como cofator
enzimático.
substâncias inflamatórias liberadas pela lesão FATOR INATIVO FATOR ATIVO FATOR INATIVO FATOR ATIVO FATOR INATIVO FATOR ATIVO... ativação das plaquetas
As plaquetas ou trombócitos não são células, mas
fragmentos de uma célula proveniente da medula óssea vermelha
denominada megacariócito.
As plaquetas participam do processo de coagulação
sangüínea, pois acumulam vesículas que contêm a enzima
tromboplastina.
TROMBOPLASTINA liberada
PROTROMBINA TROMBINA
Hemostasia e coagulação sanguínea
Quando um vaso sanguíneo é lesionado, é importante um
rápido reparo para evitar maiores perdas de sangue e prejudicar
funções como o transporte de oxigênio. Este bloqueio ao
sangramento, denominado hemostasia, é feito em três etapas:
1. Vasoconstricção na região afetada, para reduzir o volume de
sangue que atinge a área lesionada;
2. Agregação plaquetária, a partir de plaquetas que vão se
aglomerando no local da lesão, formando um tampão plaquetário
para impedir a saída do sangue;
3. Coagulação sanguínea, ou seja, formação do coágulo, que
consiste de uma rede de fibrina, proteína insolúvel que estabiliza o
tampão plaquetário no local da lesão.
Cascata da coagulação
A cascata da coagulação consiste de uma série de
reações envolvendo os fatores da coagulação, um conjunto de
12 proteínas produzidas pelo fígado, muitas delas necessitando
de vitamina K para sua síntese. Essas reações químicas
culminam com a produção do coágulo, também chamado
trombo.
O mecanismo da cascata da coagulação se inicia quando
ocorrem lesões nas paredes dos vasos sangüíneos, sendo
ativado tanto pela liberação de substâncias inflamatórias como
pelo contato do sangue com componentes da parede do vaso ou
do tecido conjuntivo circundante do vaso, basicamente o colágeno.
Uma vez que a cascata da coagulação se inicia, ocorre a
conversão de um fator da coagulação inicial, que se encontra
inativo, num fator ativo. Este fator ativo formado, por sua vez,
transforma outro fator inativo em ativo. Assim, cada fator ativado
ativa o fator seguinte, sucessivamente, até que haja ativação das
plaquetas para que liberem a enzima tromboplastina ou
tromboquinase.
A enzima tromboplastina ou tromboquinase liberada
pelas plaquetas ativa o último dos fatores da coagulação, uma vez
que converte a protrombina (fator II inativo) em trombina (fator II
FIBRINOGÊNIO FIBRINA
Cascata da coagulação.
Decorrido algum tempo após a coagulação, ocorre a
fibrinólise, que consiste na degradação da fibrina. Este
processo é desencadeado por uma substância chamada de
ativador de plasminogênio tecidual, que converte uma proteína
denominada plasminogênio, inativa, em uma proteína denominda
plasmina, ativa e com ação proteolítica sobre a fibrina, que é
então degradada.
O sangue não coagula dentro do vaso por vários
motivos, como por exemplo, devido à velocidade do fluxo. O
principal, porém, é a presença da heparina, substância de
natureza glicídica (polissacarídeo) liberada pelos mastócitos,
que impede a conversão de protrombina em trombina. A
tromboplastina transforma protrombina em trombina por
inibir a ação da heparina.
Alguns fatores que prejudicam a coagulação sanguínea
- Lesões hepáticas diminuem a produção dos fatores da
coagulação pelo fígado, aumentando o risco de hemorragias. Isso
ocorre, por exemplo, em indivíduos alcoólicos crônicos.
- Deficiências de vitamina K diminuem a produção dos fatores da
coagulação pelo fígado, aumentando o risco de hemorragias.
Como a microflora bacteriana intestinal é a principal fonte de
vitamina K para o corpo humano, isso ocorre, por exemplo, em
crianças recém-nascidas (que ainda não apresentam microflora,
estando sujeitas a uma condição denominada de síndrome
hemorrágica do recém-nascido, prevenida pela administração de
vitamina K após o nascimento) e em indivíduos que fizeram uso
excessivo de antibióticos por via oral (o que leva à morte das
bactérias da microflora).
- Hemofilia é a deficiência genética na produção de algum dos
fatores da coagulação sangüínea, aumentando o risco de
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hemorragias. A hemofilia A é a forma mais comum da doença,
estando relacionada a um alelo recessivo de um gene localizado
no cromossomo sexual X, levando à falta do fator VIII ou globulina
anti-hemofílica.
- Dengue é uma doença viral transmitida pela fêmea do mosquito
Aedes aegypti e que pode levar a condições hemorrágicas. As
hemorragias na dengue são de caráter autoimune, uma vez que
os anticorpos produzidos contra o vírus da dengue levam à
destruição de células endoteliais, com consequente ruptura de
capilares, bem como de plaquetas, com consequente deficiência
de coagulação. No primeiro contágio pelo vírus, na chamada
dengue clássica, a resposta imune mais fraca leva a uma
pequena produção de anticorpos, levando a hemorragias leves
que se manifestam na forma de eritemas (manchas vermelhas). A
partir do segundo contágio pelo vírus, na chamada dengue
hemorrágica, a resposta imune mais intensa leva a uma maior
produção de anticorpos, levando a hemorragias intensas e
possível morte por choque hemorrágico.
- Ácido acetilsalicílico ou AAS é uma substância de ação antiinflamatória encontrada em medicamentos como a Aspirina, que
diminui a capacidade agregação plaquetária, dificultando a
coagulação sanguínea e aumentando o risco de hemorragias. Por
isso, esses medicamentos são fortemente contraindicados em
casos de suspeitas de dengue.
Quantidades de plaquetas
O número normal de plaquetas no sangue é de
aproximadamente 250 a 400 mil plaquetas por mm3 de sangue.
A diminuição na quantidade de plaquetas é denominada
trombocitopenia e pode levar a uma deficiência de coagulação,
com consequente tendência a hemorragias. Doenças como a
dengue e a púrpura trombocitopênica (autoimune, com
produção de anticorpos contra as próprias plaquetas do indivíduo).
O aumento na quantidade de plaquetas é denominado
trombocitose e pode levar à coagulação sangüínea no interior de
vasos sangüíneos intactos, promovendo a formação de coágulos
que podem obstruir a passagem do sangue para determinas áreas
do corpo. Em períodos pós-operatórios, por exemplo, a
trombocitose é um acontecimento normal para evitar hemorragias.
Trombose
Trombose é a formação de um coágulo (trombo) no
interior de um vaso sanguíneo. Este trombo pode promover a
obstrução de um vaso sanguíneo, num processo conhecido como
embolia (tromboembolia), com consequente efeito de isquemia
(interrupção no fluxo de sangue) e hipóxia (deficiência de
oxigenação) teciduais. Como resultado, pode ocorrer morte
tecidual, levando a episódios como o infarto do miocárdio no
coração e acidentes vasculares cerebrais (AVC ou derrames) no
encéfalo, com efeitos possivelmente fatais.
Considerando que a lentidão no fluxo sanguíneo pode
promover coagulação sangüínea espontânea, pacientes com
condições cardíacas estão mais sujeitos a episódios de trombose
e tromboembolia. Assim, a recomendação do uso de ácido acetilsalicílico (AAS) para esses pacientes pode ser explicada pela
ação anticoagulante do medicamento.
Substâncias como o ativador de plasminogênio tecidual
podem ser usados para levar à dissolução do coágulo em
pacientes que sofreram episódios de trombose, uma vez que
levam à ativação do plasminogênio inativo em plasmina de ação
fibrinolítica. Outra substância frequentemente utilizada nesses
casos é a estreptoquinase, produzida por bacterias
estreptococos e que também pode promover a ativação do
plasminogênio inativo em plasmina de ação fibrinolítica.
3. Leucócitos
Os leucócitos (do grego leukós, ‘branco’) também são
chamados de glóbulos brancos e são as principais células de
defesa do organismo. A maioria deles age através de mecanismos
de fagocitose de microorganismos invasores, apesar de que,
alguns deles, não têm essa capacidade.
Existem duas categorias de leucócitos: granulócitos e
agranulócitos.
- Os leucócitos granulócitos ou polimorfonucleares são
caracterizados pela grande quantidade de grânulos
intracitoplasmáticos, correspondentes a lisossomas ou vesículas
contendo enzimas líticas, e pelos núcleos segmentados ou
multilobulados (bi, tri, tetra ou pentalobulados). Correspondem
aos neutrófilos, eosinófilos e basófilos, representados abaixo:
neutrófilo
eosinófilo
basófilo
- Os leucócitos agranulócitos ou mononucleares são
caracterizados pela pouca quantidade de grânulos
intracitoplasmáticos e pelos núcleos de forma esférica ou
reniforme. Correspondem aos monócitos e linfócitos,
representados abaixo:
monócito
linfócito
Leucócitos granulócitos neutrófilos
Os neutrófilos são células de formato ameboide que
agem contra bactérias através de processos de fagocitose. Como
são as células de defesa mais abundantes, sempre são as
primeiras a chegar ao local da infecção.
Durante sua atividade, muitos neutrófilos e muitas
bactérias acabam morrendo, e a mistura de neutrófilos e bactérias
mortos forma o pus; o leucócito morto, já em decomposição, é
chamado piócito. Os neutrófilos, ao se esgotarem, costumam se
suicidar por autólise, quando rompem as suas membranas
lisossômicas. Estas enzimas se espalham na área infectada,
matando também um grande número de bactérias.
Como já dito, os neutrófilos são os leucócitos mais
abundantes do sangue, correspondendo a cerca de 60 a 70% dos
leucócitos.
O termo neutrófilo vem do fato de elas não se corarem
nem por corantes básicos nem por corantes ácidos, mas por
corantes neutros.
Leucócitos granulócitos eosinófilos
Os eosinófilos ou acidófilos são células de formato
ameboide com função de eliminação de parasitas, como
protozoários e vermes. Esse combate é feito através de
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processos de fagocitose e pela produção da proteína perfurina,
que abre espaços na membrana celular da célula do patógeno,
esgotando-a de seus nutrientes e sais e levando-a a morte.
A presença de uma grande porcentagem de eosinófilos no
hemograma exame de sangue denota provavelmente uma
verminose, apesar de eles também aumentarem de número diante
de reações alérgicas.
Os eosinófilos correspondem a cerca de 2 a 4 % dos
leucócitos.
O termo acidófilo vem do fato de eles se corarem por
corantes ácidos, como a eosina, de cor rósea.
Leucócitos granulócitos basófilos
Os basófilos são células de formato ameboide com
função de produção e acúmulo de mediadores da inflamação,
principalmente a histamina, relacionada ao processo alérgico.
São os leucócitos menos abundantes do sangue,
correspondendo a cerca de 0,5 a 1 % dos mesmos.
O termo basófilo vem do fato de eles se corarem por
corantes básicos, como a hematoxilina, de cor azul.
Leucócitos agranulócitos monócitos
Os monócitos são células de formato ameboide, com
núcleo esférico ou reniforme, que agem contra bactérias através
de processos de fagocitose.
Os monócitos são as células com capacidade fagocítica
mais eficiente do organismo. Eles são células específicas,
capazes de reconhecer o agente agressor e combatê-lo da melhor
maneira possível. Além disso, secretam substâncias que atraem
outros leucócitos.
Correspondem a cerca de 3 a 8% dos leucócitos do
sangue.
Sistema mononuclear fagocítico ou sistema retículoendotelial
Quando os monócitos atravessam as paredes dos
capilares por diapedese e passam para um outro tecido, recebem
nomes diferentes. Dá-se o nome de sistema mononuclear
fagocítico ou sistema retículo-endotelial ao conjunto de
monócitos do corpo humano.
Células como macrófagos e histiócitos (no tecido
conjuntivo), osteoclastos (no tecido ósseo), células de Kupffer
(no fígado), células de Langerhans ou dendríticas (na pele) e
micróglias (no tecido nervoso) são derivados de monócitos.
Os linfócitos T4 são também denominados linfócitos TH
(do inglês helper, ‘auxiliar’) ou linfócitos T auxiliares. Os
linfócitos T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções
do sistema imunológico, como a ativação dos macrófagos e a
transformação de linfócitos B em plasmócitos. Esse controle
ocorre pela produção, por parte dos linfócitos T4, de substâncias
denominadas citocinas ou linfocinas, que podem ser de três
tipos:
- Interleucinas, que agem ativando ou inativando as demais
células de defesa.
- Interferons, que são produzidos por células T infectadas por
vírus, e inibem a infestação de células vizinhas pelo mesmo vírus.
- TNFs ou fatores de necrose tumoral, que estimulam a ação de
células de defesa contra células cancerosas.
O termo T4 diz respeito à presença na membrana celular
destas células da proteína CD-4. Esta proteína age nos
mecanismos de reconhecimento celular, sendo usada como
receptora pelo vírus HIV causador da AIDS. Assim, o vírus HIV
leva à morte dos linfócitos T4, levando a um quadro de
imunodeficiência e ao desenvolvimento de doenças oportunistas
no indivíduo doente.
Os linfócitos T8 são também denominados linfócitos TC
ou linfócitos T citotóxicos. Eles também recebem nomes como
células assassinas naturais (do inglês natural killer ou NK). Esses
linfócitos agem contra células infectadas por vírus e células
cancerosas. Eles não são células fagocíticas, empregando outros
mecanismos para exterminar esses agentes agressores, como a
proteína perfurina, que abre espaços na membrana celular da
célula agressora, esgotando-a de seus nutrientes e sais.
O termo T8 vem de uma proteína de membrana
denominada CD-8. Observe que os linfócitos T8 não são atacados
pelo vírus HIV, uma vez que porque não têm proteína CD-4, e sim
proteína CD-8.
Linfócitos B
Os linfócitos B também são produzidos no tecido
hematopoiético linfoide, e sofrem o processo de maturação nos
órgãos linfáticos espalhados pelo corpo. Em aves, esse processo
de maturação ocorre num órgão denominado Bolsa de Fabricius,
de onde vem o termo linfócito B.
Os linfócitos B têm a função de se transformar em
plasmócitos, que por sua vez têm a função de produzir
anticorpos.
Leucócitos agranulócitos linfócitos
Os linfócitos são células de formato esférico com núcleo
grande ocupando quase todo citoplasma. Eles ocorrem em dois
tipos, os linfócitos T e os linfócitos B.
Linfócitos T
Os linfócitos T são produzidos no tecido hematopoiético
linfoide, e sofrem o processo de maturação no timo, glândula
situada na região do pescoço. O timo atua até cerca de 8 anos de
idade, para ocorrer a maturação das células do sistema imune.
Após essa idade, o timo regride.
Existem duas variedades de linfócitos T, os linfócitos T4 e
os linfócitos T8.
Linfócitos em meio a hemácias.
Os linfócitos correspondem de 20 a 30% dos leucócitos
circulantes no sangue.
Quantidades de leucócitos
O número normal de leucócitos no sangue é de
aproximadamente 5 a 13 mil leucócitos por mm3 de sangue.
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A diminuição na quantidade de leucócitos é denominada
leucopenia e aparece em casos como a AIDS, levando a um
quadro de imunodeficiência.
O aumento na quantidade de leucócitos é denominado
leucocitose e aparece diante de infecções no organismo. Se o
organismo é invadido por microorganismos patogênicos, começa a
haver uma intensa produção de leucócitos para combatê-los, o
que leva à leucocitose. Em casos de leucemia, ou seja, câncer de
medula óssea, o número de leucócitos aumenta severamente,
podendo ir até além de 100 mil leucócitos por mm3.
Linfa
A linfa é um tecido de transporte formado por uma parte
líquida, conhecida como plasma linfático, cuja composição varia
em função da alimentação, podendo ser mais ou menos rica em
lipídios, uma vez que os lipídios absorvidos no intestino passam
pela circulação linfática antes de atingir a circulação sangüínea, e
por uma parte celular, composta basicamente por linfócitos e
alguns leucócitos granulócitos. Nesse tecido não há hemácias,
plaquetas ou monócitos. É um fluido que banha os tecidos, sendo
coletado por um sistema circulatório linfático composto por vasos e
nódulos linfáticos, que conduzem a linfa aos vasos sanguíneos.
Origem das células dos tecidos conjuntivos
As células dos tecidos conjuntivos podem ter duas origens,
a partir de células mesenquimais indiferenciadas ou a partir de
células totipotentes da medula óssea vermelha.
As células mesenquimais indiferenciadas podem
originar:
- fibroblastos e fibrócitos;
- lipoblastos (adipócitos jovens) e adipócitos (lipócitos);
- condroblastos e condrócitos;
- osteoblastos e osteócitos.
As células totipotentes da medula óssea vermelha
podem originar:
- hemácias;
- megacariócitos e plaquetas;
- leucócitos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos);
- monócitos, macrófagos e demais células do sistema
mononuclear fagocítico;
- mastócitos;
- linfócitos;
- plasmócitos (a partir de linfócitos B).
É bom lembrar que os linfócitos e plasmócitos se originam
a partir de tecido hematopoiético linfoide, e todas as demais
células acima listadas se originam a partir de tecido
hematopoiético mieloide.
Exercícios
Questões estilo múltipla escolha
1. (ENEM) Um paciente deu entrada em um pronto-socorro
apresentando os seguintes sintomas: cansaço, dificuldade em
respirar e sangramento nasal. O médico solicitou um hemograma
ao paciente para definir um diagnóstico. Os resultados estão
dispostos na tabela:
CONSTITUINTE
NÚMERO NORMAL
PACIENTE
Glóbulos vermelhos
4,8 milhões/mm3
4 milhões/mm3
Glóbulos brancos
(5 000 a 10
9 000/mm3
3
000)/mm
Plaquetas
(250 000 a 400
200 000/mm3
3
000)/mm
TORTORA, G. J. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto Alegre: Artmed,
2000 (adaptado).
Relacionando os sintomas apresentados pelo paciente com os
resultados de seu hemograma, constata-se que
A) o sangramento nasal é devido à baixa quantidade de plaquetas,
que são responsáveis pela coagulação sanguínea.
B) o cansaço ocorreu em função da quantidade de glóbulos
brancos, que são responsáveis pela coagulação sanguínea.
C) a dificuldade respiratória decorreu da baixa quantidade de
glóbulos vermelhos, que são responsáveis pela defesa
imunológica.
D) o sangramento nasal é decorrente da baixa quantidade de
glóbulos brancos, que são responsáveis pelo transporte de gases
no sangue.
E) a dificuldade respiratória ocorreu pela quantidade plaquetas,
que são responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue.
2. (ENEM) Do veneno de serpentes como a jararaca e a cascavel,
pesquisadores brasileiros obtiveram um adesivo cirúrgico testado
com sucesso em aplicações como colagem pele, nervos, gengivas
e na cicatrização de úlceras venenosas, entre outras. A cola é
baseada no mesmo princípio natural de coagulação do sangue. Os
produtos já disponíveis no mercado utilizam fibrinogênio humano e
trombina bovina. Nessa nova formulação são utilizados
fibrinogênio de búfalos e trombinas de serpentes. A substituição
de trombina pela de cascavel mostrou, em testes, ser um escolha
altamente eficaz na cicatrização de tecidos. A principal vantagem
deste novo produto biotecnológico é
A) Estar isento de contaminações por vírus humanos e permitir
uma coagulação segura, ou seja, a transformação do fibrinogênio
em fibrina.
B) Estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos que irão
transforma as moléculas de protrombina em trombina com a
participação de íons cálcio.
C) Evitar rejeições pelos pacientes que utilização essa técnica e
dessa forma transformar eficientemente a trombina em
protrombina , responsáveis pela coagulação.
D) Aumentar a formação do tampão plaquetário uma vez que a
trombina é uma enzima que transforma a fibrina em fibrinogênio
que estimula a produção de plaquetas.
E) Esterilizar os locais em que é aplicado graças à ação antibiótica
de trombina e o aumento da síntese dos fatores de coagulação no
fígado com a participação dos íons potássio.
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Biologia
129
3. (UNIFOR)
Maria Vitória de 4 anos, pelo menos uma vez por mês, pede sua
mãe para tomar “sanguinho”. Ela apresenta talassemia major,
apresentando crises de fraqueza e falta de fôlego. O procedimento
é necessário para regularizar suas taxas de hemoglobina. Sua
esperança de cura é o transplante de medula óssea que ocorrerá
logo depois do nascimento de sua irmã “Maria Clara”, a fim de que
as células-tronco extraídas do seu cordão umbilical recomponham
a produção de hemoglobina de Maria Vitória. A compatibilidade
das duas irmãs foi esclarecida devido à tecnologia genética que
permite selecionar um embrião saudável, analisando um pedaço
de DNA, o cromossomo 6, em que estão localizados os principais
genes associados à compatibilidade e à rejeição. Um organismo é
compatível ao outro mesmo quando a semelhança entre os dois é
menor que 100%, diz o geneticista Ciro Martinhago, diretor da
RDO Diagnósticos Médicos, em São Paulo.
Veja. 12 outubro 2011, “Maninhos salvadores” (adaptado).
Relacionando o texto acima com alguns aspectos genéticos das
estruturas celulares, constata-se que
A) a talassemia apresenta esses sintomas de fraqueza e falta de
fôlego devido à deficiência no cromossomo 6 que impede a
produção normal de hemoglobina.
B) as células-tronco retiradas do embrião de sua irmã vão salvar a
vida de Vitória, portanto irão permitir a nova produção de
hemoglobina na sua medula.
C) devido à compatibilidade entre as irmãs, o glicocálice que
reveste externamente suas células possui glicídios diferentes.
D) no braço curto do cromossomo 6 existem informações gênicas
para codificar uma série de anticorpos presentes no plasma que
são totalmente semelhante nas irmãs.
E) as transfusões sanguíneas tomadas por Maria Vitória
regularizam as taxas e a ação da proteína hemoglobina devido ao
transporte de O2 que ajuda na maior produção de energia.
4. (UNIFOR) Sobre o tecido sanguíneo dos mamíferos, é correto
afirmar que
A) as hemácias são responsáveis por todo o transporte de gases
respiratórios.
B) numa infecção, o número de neutrófilos não se altera, uma vez
que essas células não têm capacidade de fagocitose.
C) a reposição periódica de hemácias deve-se a células
indiferenciadas presentes na medula óssea.
D) na elaboração do cariótipo humano, usam-se indiferentemente
glóbulos brancos ou glóbulos vermelhos.
E) a hemoglobina presente na hemácia é sintetizada
constantemente, durante toda a vida da célula.
5. (UNIFOR) O esquema abaixo representa componentes do
sangue humano.
Têm função de fagocitose somente os indicados em
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
6. (UNIFOR) Os linfócitos T estão diretamente relacionados com a
AIDS porque
A) têm sua quantidade muito aumentada nos indivíduos
portadores de HIV.
B) combatem eficazmente o vírus, englobando-o e destruindo-o.
C) produzem anticorpos eficazes contra a ação do vírus.
D) podem ser destruídos pelo vírus diminuindo, por isso, a defesa
contra infecções.
E) atuam como reservatórios do HIV, transportando-o pela
corrente sangüínea.
7. (FMJ)
REGENERAÇÃO DE MÚSCULO DÁ ESPERANÇA A
CARDÍACOS
Pela primeira vez no mundo, cientistas conseguiram induzir a
regeneração de músculo cardíaco (...). Na análise dos
especialistas, o avanço pode substituir intervenções cirúrgicas
para revascularização do coração e até mesmo transplantes.
Adaptado de O Globo, 24-09-2004
Nos últimos anos, muitas técnicas e medicamentos vêm sendo
desenvolvidos para combater males cardíacos e circulatórios.
Substâncias conhecidas como fibrinolíticas, como a
estreptoquinase e a uroquinase, conseguem desobstruir vasos e
são usadas no tratamento da obstrução das coronárias e de outros
vasos sanguíneos. A estreptoquinase, por exemplo, foi isolada a
partir de bactérias do grupo dos estreptococos e destrói a rede de
fibrina interferindo diretamente em um processo sangüíneo
dependente:
A) das hemácias e dos leucócitos.
B) das plaquetas e do fígado.
C) dos leucócitos e das plaquetas.
D) dos neutrófilos e hemácias.
E) de todas as células sanguíneas.
8. (UNICHRISTUS) Nos hemogramas, conhecidos popularmente
como “exames de sangue”, diversas características são avaliadas.
Abaixo, estão apresentados os resultados parciais de
hemogramas de 3 pacientes do sexo masculino que pretendem se
submeter a cirurgias.
PACIENTE
TIPOS
VALORES
CELULARES
NORMAIS
X
Y
Z
Hemácias
4,8 a 5,5
4,8
5,2
4,8
milhões/mL de
sangue
Plaquetas
200.000 a
90.000 390.000 380.000
400.000/mL de
sangue
Leucócitos
5.000 a 8.000/mL 7.700
12.000
1.800
totais
de sangue
Analisando os resultados obtidos do hemograma dos três
pacientes podemos inferir que
A) o paciente X poderá submeter-se à cirurgia, uma vez que não
terá problemas relacionados com a coagulação do sangue.
B) o paciente Y provavelmente poderá submeter-se à cirurgia no
momento, por apresentar infecção.
C) o paciente Z poderá se submeter à cirurgia por estar
predisposto a contrair infecções.
D) caso os pacientes X e Z sofram algum acidente que provoque
hemorragia, ambos terão também comprometido o transporte de
CO no sangue.
E) se forem realizados exames para se conhecerem as taxas de
nutrientes, hormônios e de excretas nitrogenadas, a parte
sanguínea analisada deverá ser o plasma.
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Biologia
9. (UECE) O órgão rico em linfonodos, localizado do lado
esquerdo do abdômen, sob as últimas costelas, que armazena
certos tipos de glóbulos brancos, age na filtragem do sangue para
remover microrganismos, substâncias estranhas e resíduos
celulares e destrói hemácias envelhecidas é o
A) baço.
B) timo.
C) fígado.
D) pâncreas.
10. (UECE) Os linfócitos B quando passam a se multiplicar e a
produzir anticorpos que atacam o invasor são chamados de
A) plasmócitos. B) neutrófilos. C) macrófagos. D) monócitos.
11. (UECE) Na eritropoese os reticulócitos são células
intermediárias
A) nucleadas, que participam da produção de glóbulos brancos.
B) anucleadas, que participam da produção de glóbulos
vermelhos.
C) nucleadas, que participam da produção de glóbulos vermelhos.
D) anucleadas, que participam da produção de glóbulos brancos.
12. (UECE) Assinale a opção que apresenta a associação correta
de dados – denominação, núcleo, tipo, função e origem, nesta
ordem – relacionados aos leucócitos.
A) Neutrófilo; Irregular; Agranulócito; Fagocitar microrganismos;
Células-tronco mieloides.
B) Eosinófilo; Bilobado; Granulócito; Combater vermes; Célulastronco mieloides.
C) Basófilos; Trilobado; Agranulócito; Transformar-se em
macrófagos; Células-tronco linfoides.
D) Monócitos; Ferradura; Granulócito; Liberar histamina; Célulastronco linfoides.
13. (FCM-CG Nos mamíferos, particularmente no homem, os
glóbulos sanguíneos vermelhos (hemácias) apresentam uma
sobrevida de 120 dias aproximadamente, sendo substituídos por
novas células que são renovadas constantemente. A destruição
das hemácias ocorre
A) no fígado.
B) no baço.
C) no pâncreas.
D) no intestino delgado. E) pela ação dos leucócitos.
14. (FCM-CG) A coagulação sanguínea é um processo de grande
importância nos ferimentos e age automaticamente impedindo as
hemorragias. Nesse processo algumas substâncias são
necessárias. Na espécie humana, no processo de coagulação
sanguínea, a tromboplastina,
A) pela ação da tromboquinase, se transforma em trombina.
B) pela ação dos íons de cálcio, se transforma em trombina.
C) pela ação dos íons de cálcio, se transforma em protrombina.
D) junto com íons de cálcio, transforma a protrombina em
trombina.
E) junto com íons de cálcio, transforma o fibrinogênio em fibrina.
15. (UNP) O pus é uma secreção de cor amarelada, com odor
desagradável, produzido em consequência de um processo de
infecção. Uma análise completa do pus mostraria que esta
secreção é constituída por
A) leucócitos em processo de degeneração, plasma, fragmentos
de bactérias, proteínas e elementos orgânicos.
B) leucócitos em processo de degeneração, soro, fragmentos de
vírus, proteínas e fibras.
C) hemácias íntegras, soro, fragmentos de bactérias, proteínas e
elementos orgânicos.
D) hemácias íntegras, plasma, fragmentos de vírus, fibras e
elementos orgânicos.
16. (UNINASSAU) A tabela a seguir mostra o hemograma de um
suposto paciente que foi ao médico para um check-up.
EXAME
PACIENTE
VALORES
NORMAIS
Nº de hemácias
4.200.000/ mm3 de
4.000.000 –
sangue
5.000.000/ mm3 de
sangue
Nº de plaquetas
270.000/ mm3 de
150.000 – 450.000/
sangue
mm3 de sangue
3
Nº total de
10.300/ mm de
5.000 – 8.000/mm3
leucócitos
sangue
de sangue
Nº de Neutrófilos
58%
45% - 65%
Nº de Linfócitos
25%
20% - 40%
Nº de Monócitos
7%
5% - 9%
Nº de Eosinófilos
9%
1% - 5%
Nº de Basófilos
1%
0% - 1%
Analisando a tabela, o que o médico poderia dizer ao paciente
sobre seu estado de saúde?
A) O número de hemácias está dentro dos parâmetros normais,
logo não há risco de hemorragia decorrente de sua baixa
presença.
B) O número de plaquetas está um pouco baixo, mas dentro da
normalidade. Portanto, a oxigenação dos tecidos está sendo
realizado e ele no momento, não apresenta um quadro anêmico.
C) Apesar do número total de leucócitos está acima do normal,
isso não é problema e só demonstra que a imunidade do paciente
está alta.
D) O número de linfócitos está dentro da normalidade. Caso esse
número estivesse muito baixo, poderia ser indício de um quadro
de leucemia.
E) O número de eosinófilos está acima do normal e isso está
associado a processos alérgicos, como os decorrentes de uma
verminose.
17. (UESPI) A fagocitose de hemácias velhas no baço e no fígado
provoca a degradação da hemoglobina e resulta no composto que
dá cor à urina, ou seja, a:
A) amônia.
B) ureia.
C) bilirrubina.
D) estercobilina.
E) urobilina.
18. (UESPI) O resultado de um exame de leucograma pode indicar
doenças ou processos específicos que ocorrem em um indivíduo
que não está saudável. Sobre o papel dessas células no
organismo humano, faça a correspondência correta.
1. Linfócitos T
(_) fagocitose bacteriana.
2. Linfócitos B
(_) secreção de histamina.
3. Basófilos
(_) produção de anticorpos.
4. Eosinófilos
(_) controle de vermes.
5. Neutrófilos
(_) controle de infecções virais.
A sequência correta é:
A) 2, 3, 5, 1, 4.
B) 5, 3, 2, 4, 1.
C) 2, 1, 4, 5, 3.
D) 3, 2, 5, 1, 4.
E) 1, 4, 2, 3, 5.
19. (UERN) Uma criança, moradora da zona rural de Mossoró-RN,
apresentou os seguintes resultados em um hemograma.
ELEMENTOS
NÍVEL
Hemácias
Normal
Hemoglobina
Inferior Ao Normal
Neutrófilos
Normal
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Eosinófilos
Superior Ao Normal
Linfócitos
Normal
Plaquetas
Normal
Assinale a alternativa que apresenta o quadro clínico dessa
criança.
A) Hemorragia e verminose.
B) Anemia e reação alérgica.
C) Anemia ferropriva e verminose.
D) Anemia falciforme e infecção bacteriana.
20. (UPE) A figura abaixo representa etapas do processo de
coagulação sanguínea. Na etapa final, a fibrina produzida forma
uma rede entrelaçada que retém as hemácias e interrompe a
hemorragia.
E) Imediatas: aumentam a frequência respiratória, os batimentos
cardíacos e a pressão arterial. A longo prazo: aumenta o número
de hemácias.
22. (UNESP) Há vinte anos, casos incomuns de anemia
começaram a chamar a atenção dos pesquisadores. Ao invés de
adultos jovens, como habitualmente, eram os idosos que
apresentavam uma expressiva redução na taxa de hemoglobina.
Mais intrigante: a anemia dos idosos não cedia ao tratamento
convencional. Analise as hipóteses apresentadas pelos cientistas
para tentar explicar esses casos incomuns.
I. A origem do problema estava relacionada à degeneração do
baço, que nesses idosos deixou de produzir glóbulos vermelhos.
II. A origem do problema estava na produção de glóbulos
vermelhos a partir de células-tronco da medula óssea.
III. A origem do problema estava na produção de glóbulos
vermelhos pela medula espinhal.
Considerando hipóteses plausíveis, isto é, aquelas possíveis de
serem aceitas pela comunidade científica, estão corretas:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
23. (UFV) Observe a figura abaixo, que representa
esquematicamente a origem e a diferenciação das células
sanguíneas:
Biologia - Amabis e Martho - vol 1 – Ed.Moderna
Identifique a alternativa cujas palavras correspondem aos espaços
de números 3, 4 e 6 da figura.
A) 3- íons cálcio, 4-protrombina e 6-fibrinogênio.
B) 3- íons sódio, 4-protrombina e 6-plaqueta.
C) 3- íons potássio, 4-leucócito e 6-fibrinogênio.
D) 3- íons cálcio, 4-leucócito e 6-hemácia.
E) 3- íons sódio, 4-trombócito e 6-protrombina.
21. (FUVEST) Jogadores de futebol que vivem em altitudes
próximas à do nível do mar sofrem adaptações quando jogam em
cidades de grande altitude. Algumas adaptações são imediatas,
outras só ocorrem após uma permanência de pelo menos três
semanas. Qual alternativa inclui as reações imediatas e as que
podem ocorrer a longo prazo?
A) Imediatas: aumentam a frequência respiratória, os batimentos
cardíacos e a pressão arterial. A longo prazo: diminui o número de
hemácias.
B) Imediatas: diminuem a frequência respiratória e os batimentos
cardíacos; aumenta a pressão arterial. A longo prazo: aumenta o
número de hemácias.
C) Imediatas: aumentam a frequência respiratória e os batimentos
cardíacos; diminui a pressão arterial. A longo prazo: diminui o
número de hemácias.
D) Imediatas: aumentam a frequência respiratória, os batimentos
cardíacos e a pressão arterial; diminui a pressão arterial. A longo
prazo: aumenta o número de hemácias.
Assinale a afirmativa incorreta:
A) A medula óssea vermelha é um tecido conjuntivo rico em fibras
reticulares e em células pluripotentes (I).
B) As hemácias se formam a partir dos eritroblastos (IV), que se
originaram das células-tronco mieloides (III).
C) As células-tronco (I) originam duas linhagens celulares: as
células-tronco mieloides (II) e as linfoides (III).
D) As células-tronco da linhagem mieloide originam células como
neutrófilos, basófilos e eosinófilos (VII).
24. (UFPI) Qual a sequência correta para a coagulação do sangue
nos vertebrados?
A) Plaquetas, fibrinogênio, protrombina, fibrina, trombina.
B) Trombina, plaquetas, fibrinogênio, protrombina, fibrina.
C) Plaquetas, protrombina, trombina, fibrinogênio, fibrina.
D) Plaquetas, fibrina, fibrinogênio, trombina, protrombina.
E) Fibrinogênio, plaquetas, protrombina, fibrina, trombina.
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25. (UFPB) Células especializadas patrulham o nosso corpo
circulando pelos vasos sangüíneos e linfáticos. Assim que
percebem a presença de microrganismos, estas células
atravessam a parede dos vasos e invadem os tecidos, fagocitando
estes microrganismos que depois são digeridos pelos seus
lisossomos. As células mencionadas são
A) neutrófilos e linfócitos.
B) neutrófilos e plaquetas.
C) macrófagos e linfócitos. D) macrófagos e plaquetas.
E) neutrófilos e macrófagos.
26. (UFRN) O excesso de radiação solar também pode provocar
queimaduras na pele. Esse tipo de lesão acarreta perda de água
dos tecidos, que, por sua vez, retiram água do sangue. Para
prevenir a perda excessiva de água do sangue para os tecidos, o
organismo conta com a ação das proteínas sanguíneas,
principalmente da albumina, que agem
A) reduzindo a quantidade de íons na composição do sangue.
B) diminuindo a permeabilidade da membrana das células dos
vasos.
C) aumentando a absorção de água no líquido intersticial.
D) elevando a pressão osmótica do plasma sanguíneo.
27. (UFF) O sistema imune apresenta um tipo de célula que passa
do vaso sanguíneo para o tecido conjuntivo onde irá exercer sua
função de defesa. A célula e a passagem são, respectivamente,
identificadas como
A) basófilos e pinocitose.
B) macrófagos e fagocitose.
C) leucócitos e endocitose.
D) leucócitos e diapedese.
E) glóbulos brancos e endocitose.
28. (PUCMG) Observe o esquema, que mostra a diferenciação de
células-tronco humanas nos elementos figurados indicados:
Assinale a afirmativa incorreta.
A) A célula-tronco é pluripotente com capacidade de se diferenciar
em diversos tipos celulares.
B) Pelo menos 3 tipos de células diferenciadas no esquema dado
são encontradas no sangue.
C) Plaquetas e hemácias não apresentam capacidade de
proliferação mitótica.
D) Apenas 2 das células diferenciadas apresentam núcleo.
Questões estilo V ou F
29. (UFPE) O corpo humano possui cerca de 5 a 6 litros de
sangue, que é essencial para a sobrevivência e o funcionamento
de células, tecidos e órgãos. Considerando o conhecimento sobre
o tecido sanguíneo, analise as proposições abaixo.
(_) As hemácias são células anucleadas, de origem mesodérmica,
sem mitocôndrias e ricas em hemoglobina; são produzidas com o
estímulo da eritropoietina.
(_) Processos hemorrágicos intensos produzem o choque
hipovolêmico, o que pode levar à morte, em razão da perda de
plaquetas e dos fatores de coagulação sanguínea.
(_) Células T citotóxicas são linfócitos que amadurecem no timo;
são especializadas na produção de antígenos e células de
memória durante as infecções.
(_) Neutrófilos e macrófagos são fagócitos originários da medula
óssea vermelha, sendo que os primeiros possuem núcleo
trilobado, e os segundos, um grande núcleo na região central da
célula.
(_) Eosinófilos são células que combatem infecções parasíticas,
enquanto os basófilos produzem aumento da permeabilidade
vascular através da secreção de histamina.
Questões discursivas
30. (FMJ) O técnico de laboratório do setor de emergência de um
grande hospital é requisitado para fazer o hematócrito de três
diferentes pacientes. Neste exame, pesquisa-se a massa total de
células sanguíneas por unidade de volume. Uma vez que o
número de hemácias predomina largamente sobre os demais
elementos figurados (há normalmente 500 hemácias para cada
leucócito e 30 minúsculas plaquetas), o valor do hematócrito
depende praticamente do volume ocupado pelos glóbulos
vermelhos. Observe alguns dados sobre os pacientes:
- paciente 1 era morador de cidade em altitude elevada;
- paciente 2 teve forte desidratação;
- paciente 3 sofria de severa anemia.
Em qual (is) paciente(s) o hematócrito poderá apresentar valores
acima do normal? Justifique sua resposta.
31. (FMJ) Quando atletas vão disputar Olimpíadas em locais de
grande altitude, como no caso dos jogos realizados na Cidade do
México, situada a 2260 m, costumam queixar-se de cansaço, dor
de cabeça, taquicardia e náuseas. Por isso, são aconselhados a
viajar algumas semanas antes da competição. Com os
conhecimentos sobre a fisiologia humana, responda:
A) Qual o motivo da viagem antecipada?
B) Por que, a princípio, os competidores sentem taquicardia e
cansaço?
C) Sabendo-se que a eritropoietina, secretada pelos rins, estimula
a medula óssea a produzir hemácias, por que alguns atletas, ao
nível do mar, fazem uso desta substância?
32. (UNICAMP) Horas depois de uma pequena farpa de madeira
ter espetado o dedo e se instalado debaixo da pele de uma
pessoa, nota-se que o tecido ao redor desse corpo estranho fica
intumescido, avermelhado e dolorido, em razão dos processos
desencadeados pelos agentes que penetraram na pele juntamente
com a farpa.
A) Indique quais células participam diretamente do combate a
esses agentes externos. Explique o mecanismo utilizado por essas
células para iniciar o processo de combate aos agentes externos.
B) Ao final do processo de combate forma-se muitas vezes uma
substância espessa e amarelada conhecida como pus. Como essa
substância é formada?
33. (UNESP) Uma seringa descartável, contendo 10 mL de
sangue humano recém-colhido com anticoagulante, foi mantida na
posição vertical, com a agulha voltada para cima. Passadas várias
horas, o conteúdo da seringa sedimentou e fracionou-se em três
fases distintas, representadas na figura.
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133
A) Cite duas estruturas presentes no componente B do sangue
centrifugado e sua respectiva função.
B) Analisando-se o componente B desse sangue, verificou-se a
presença de uma grande quantidade de estruturas identificadas
como Eosinófilos. Qual a provável causa da grande quantidade
dessa estrutura no sangue analisado?
Comprimindo-se o êmbolo da seringa, foram descartadas as fases
1 e 2. O conteúdo da fase 3 foi misturado a água destilada,
transferido para um tubo e submetido à centrifugação.
A) Que elementos do tecido sanguíneo seriam encontrados nas
fases 1, 2 e 3?
B) Após centrifugação da fase 3, que elementos celulares seriam
encontrados no precipitado? Justifique.
34. (UFSCAR) A duração de uma hemácia no tecido sanguíneo
humano é de 90 a 120 dias. Por serem continuamente renovadas,
torna-se necessária a remoção constante das hemácias
envelhecidas do sangue.
A) Onde ocorre a produção de novas hemácias e em que órgãos
ocorre sua remoção?
B) Na parte líquida do sangue, chamada plasma, encontram-se
determinadas proteínas, como as globulinas e as albuminas. Qual
a função de cada uma dessas proteínas?
35. (UERJ) Macrófagos são células que participam da formação
das placas ateroscleróticas. Essas placas contêm colesterol e seu
acúmulo nas paredes das artérias pode provocar ataque cardíaco.
No plasma sanguíneo, a maior proporção de colesterol está
presente na lipoproteína de baixa densidade (LDL). Indique as
duas propriedades do macrófago que o capacitam a instalar-se na
placa aterosclerótica e a captar o colesterol como partícula LDL.
Justifique sua resposta.
36. (UFOP) O tecido conjuntivo sanguíneo é extremamente
importante no que se refere tanto ao transporte de nutrientes,
metabólitos e gases (trocas gasosas) quanto à defesa do nosso
organismo. Sobre o sangue, resolva os itens abaixo:
A) Os neutrófilos são os glóbulos brancos (leucócitos) mais
abundantes no nosso sangue. Cite duas características
morfológicas que nos permitam reconhecer esta célula em um
esfregaço sanguíneo.
B) Especialmente na estação chuvosa, os exames de sangue
laboratoriais dos estudantes de Ouro Preto apontam altos níveis
de leucócitos do tipo basófilo e eosinófilo. Responda o que este
resultado indica sobre o estado de saúde desses estudantes?
C) Explique por que alguns tipos de macrófagos ficam
estrategicamente posicionados na pele, nos alvéolos pulmonares
e no tubo digestivo.
37. (UFC) Considere que uma determinada quantidade de sangue
de uma pessoa adulta foi colocada em um tubo de ensaio e
centrifugada, com o objetivo de fracioná-lo em diferentes
componentes. O resultado foi a separação em dois componentes:
o componente A, que correspondeu a 90% do volume total de
sangue, e o componente B, que permaneceu no fundo do tubo de
ensaio e correspondeu a 10% do total do sangue. De acordo com
o exposto, responda ao que se pede.
38. (UFRJ) O gráfico a seguir mostra a relação entre a
disponibilidade de oxigênio na atmosfera e sua dissolução no
sangue de indivíduos de duas populações. A curva A é típica de
indivíduos aclimatados a grandes altitudes, já a curva B foi obtida
em indivíduos que vivem ao nível do mar.
Observe que, por exemplo, sob uma pressão parcial de oxigênio
de 100 mm Hg, a quantidade de O2 no sangue é de cerca de 18%
na curva B, ao passo que, na curva A, à mesma pressão, há
aproximadamente 26% de oxigênio no sangue. Explique por que
as quantidades de oxigênio dissolvido no sangue dos
indivíduos A e B são diferentes.
39. (UFRRJ) Mamíferos, incluindo seres humanos, quando
expostos a altitudes elevadas, produzem hemácias menores e em
maior número. Explique como esse mecanismo funciona e por que
as hemácias menores são também mais eficientes na captura de
oxigênio.
40. (UFMG) A eritropoetina (EPO) é um hormônio sintetizado
principalmente pelos rins, com função de estimular a produção de
hemácias e de hemoglobina. A administração endovenosa de EPO
é uma das formas conhecidas de doping em competições
esportivas em que há exigência de elevado aporte de oxigênio aos
tecidos. Observe a figura abaixo:
Fonte: adaptado de Biological Sciences – Santa Barbara City College on line. Disponível em:
<http://www.biosbcc.net/doohan/sample/htm/Blood%20cells.htm>Acesso em: 3 set. 2012
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br
Aula 36 - Tecido Sanguíneo
1.
Resposta: A
Comentário: Os elementos figurados correspondem a células ou fragmentos de células, correspondendo a hemácias, plaquetas e
leucócitos.
- As hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos têm como função o transporte de oxigênio, devido à presença de um pigmento
respiratório denominado hemoglobina. A hemácia de mamíferos é uma célula anucleada com forma bicôncava.
- As plaquetas ou trombócitos não são células, mas fragmentos de uma célula proveniente da medula óssea vermelha denominada
megacariócito. As plaquetas participam do processo de coagulação sangüínea, pois acumulam vesículas que contêm a enzima
tromboplastina.
- Os leucócitos ou glóbulos brancos são as principais células de defesa do organismo.
Como o indivíduo apresenta número de hemácias menor do que o normal, apresenta problemas no transporte de oxigênio, e
conseqüentes efeitos como cansaço e dificuldade de respirar. Como o indivíduo apresenta número de plaquetas menor do que o
normal, apresenta deficiência de coagulação sangüínea, e conseqüente efeito de sangramento nasal.
2.
Resposta: A
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas e os tecidos lesados liberam
tromboplastina, enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa) em trombina (ativa). A trombina converte o
fibrinogênio (solúvel) em fibrina (insolúvel). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca a
hemorragia. Os íons cálcio (Ca++) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina. O risco da utilização de
fibrinogênio extraído de sangue humano está na contaminação do paciente por vírus no sangue utilizado no processo; a não utilização
do sangue humano evita a contaminação por vírus humanos.
3.
Resposta: E
Comentário: A talassemia, também chamada de Anemia de Cooley ou Anemia do Mediterrâneo, é uma doença genética, onde há
alteração na produção de hemoglobina, com consequente prejuízo no transporte de oxigênio nas hemácias. Como na anemia por falta
de ferro, ocorrem sintomas como falta de ar, cansaço e fraqueza, além de afetar a medula óssea e os ossos. Como a hemoglobina está
nas hemácias e as hemácias são produzidas na medula óssea, a talassemia pode ser tratada com transplante de medula óssea ou de
células tronco formadoras de medula óssea. Um obstáculo ao transplante é encontrar um doador compatível de medula óssea. Essa
compatibilidade é dada por substâncias denominadas de moléculas de histocompatibilidade no glicocálix das células, que é constituído
de glicoproteínas e glicolipídios na membrana celular. Assim, analisando cada item:
Item A: falso: Segundo o texto, é no cromossomo 6 que “estão localizados os principais genes associados à compatibilidade e à
rejeição”, e não à talassemia. A produção de hemoglobina defeituosa na talassemia está relacionada a genes do cromossomo 11.
Item B: falso: As células-tronco retiradas da irmã de Vitória formarão uma nova medula óssea produtora de hemoglobina normal,
uma vez que a medula óssea original de Vitória só pode produzir hemoglobina defeituosa.
Item C: falso: Se há compatibilidade entre Vitória e sua irmã, pode-se afirmar que os glicocálix de ambas possuem os mesmos
glicídios.
Item D: falso: Como mencionado, a compatibilidade não está relacionada a anticorpos semelhantes, mas ao glicocálix semelhante.
Item E: verdadeiro: Enquanto Vitória não é curada com o transplante de células tronco de sua irmã, as transfusões sangüíneas que ela
recebe ajudam a regularizar as taxas e a ação da hemoglobina em seu corpo, e a hemoglobina nas hemácias está relacionada ao
transporte de gás oxigênio utilizado na respiração aeróbica para a produção de energia.
4.
Resposta: C
Comentário: Analisando cada item:
Item A: falso. As hemácias não são responsáveis por todo o transporte de gases respiratórios, uma vez que parte deles é transportado
no plasma sangüíneo; a maior parte do transporte de gás carbônico se dá na forma de bicarbonato no plasma.
Item B: falso. Numa infecção, o número de neutrófilos (tipo de leucócito) aumenta para otimizar a fagocitose dos microorganismos
invasores.
Item C: verdadeiro. Como são anucleadas, as hemácias em mamíferos têm vida curta e são constantemente repostas pela
multiplicação e diferenciação de células-tronco da medula óssea (tecido hematopoiético mielóide).
Item D: falso. O cariótipo humano representa os cromossomos da célula, de modo que os glóbulos vermelhos não podem ser usados
em sua montagem por serem anucleados (e conseqüentemente sem cromossomos).
Item E: falso. A hemoglobina só é sintetizada nas hemácias jovens que ainda não perderam seus núcleos, uma vez que sem núcleo
não há DNA para produzir RNA para promover a síntese protéica.
5.
Resposta: C
Comentário: Os elementos figurados correspondem a células ou fragmentos de células, correspondendo a hemácias, plaquetas e
leucócitos.
- As hemácias ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos têm como função o transporte de oxigênio, devido à presença de um pigmento
respiratório denominado hemoglobina. A hemácia de mamíferos é uma célula anucleada com forma bicôncava. Estão representadas
em II.
- As plaquetas ou trombócitos não são células, mas fragmentos de uma célula proveniente da medula óssea vermelha denominada
megacariócito. As plaquetas participam do processo de coagulação sangüínea, pois acumulam vesículas que contêm a enzima
tromboplastina. Estão representadas em I.
- Os leucócitos ou glóbulos brancos são as principais células de defesa do organismo. Estão representadas em III, na forma de
neutrófilos. Os neutrófilos se coram por corantes neutros e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função
fagocítica. São os leucócitos mais abundantes no sangue, e por isso os primeiros a chegar nas infecções.
6.
Resposta: D
Comentário: Os linfócitos são leucócitos de formato esférico, com núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma. Existem
dois tipos de linfócitos, os linfócitos B e os linfócitos T. Os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir anticorpos. Os
linfócitos T existem em duas variedades, os linfócitos Tc (ou T8) e os linfócitos Th (ou T4).
- Os linfócitos Tc (citotóxicos) ou T8 recebem também o nome de células assassinas naturais e agem contra células cancerosas ou
células infectadas por vírus.
- Os linfócitos Th (do inglês helper, ‘auxiliar’) ou T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções do sistema imunológico
através de substâncias denominadas citocinas ou linfocinas.
O termo LT4 diz respeito à presença na membrana celular destas células de uma proteína denominada CD-4. Esta proteína é receptora
para o vírus HIV causador da AIDS. Observe que o LT8 não é atacado pelo vírus HIV porque não tem CD-4, e sim CD-8. Assim, o
vírus da AIDS, o HIV, ataca os linfócitos T4 apenas. Como estas células atuam no controle de todas as atividades do sistema imune, a
destruição da mesma leva a uma inatividade do sistema imune, caracterizando uma imunodeficiência.
7.
Resposta: B
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas e os tecidos lesados liberam
tromboplastina, enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa) em trombina (ativa). A trombina converte o
fibrinogênio (solúvel) em fibrina (insolúvel). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca a
hemorragia. Os íons cálcio (Ca++) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina. As proteínas que agem no
processo de coagulação sangüínea, denominadas fatores da coagulação, são produzidas no fígado na presença de vitamina K.
8.
Resposta: E
Comentário: Analisando cada paciente:
- X apresenta número normal de hemácias e leucócitos, mas apresenta número de plaquetas menor do que o normal, com deficiência
de coagulação sanguínea;
- Y apresenta número normal de hemácias e plaquetas, mas apresenta número de leucócitos maior do que o normal, devendo estar com
uma infecção;
- Z apresenta número normal de hemácias e plaquetas, mas apresenta número de leucócitos menor do que o normal, com deficiência
de imunidade.
Assim, analisando cada item:
Item A: falso. O paciente X não poderá submeter-se à cirurgia, uma vez que apresenta número de plaquetas menor do que o normal,
com deficiência de coagulação sangüínea.
Item B: falso. O paciente Y provavelmente não poderá submeter-se à cirurgia, uma vez que apresenta número de leucócitos maior do
que o normal, devendo estar com uma infecção.
Item C: falso. O paciente Z não poderá se submeter à cirurgia, uma vez que apresenta número de leucócitos menor do que o normal,
com deficiência de imunidade.
Item D: falso. A hemorragia compromete o transporte de O2 pelo sangue, uma vez que esta tarefa é executada pelas hemácias.
Item E: verdadeiro. O plasma é a parte líquida do sangue, transportando substâncias como nutrientes, hormônios e excretas
nitrogenadas.
9.
Resposta: A
Comentário:
10.
Resposta: A
Comentário: Os plasmócitos as células do tecido conjuntivo responsáveis pela formação de proteínas de defesa conhecidas como
anticorpos ou imunoglobulinas. Os plasmócitos são células ovóides, com núcleo esférico, excêntrico (não central) e com cromatina
em uma disposição bem típica, conhecida como “em roda de carroça”. Os plasmócitos se originam a partir de leucócitos que
abandonam o sangue por diapedese, particularmente a partir dos linfócitos B. Observe a figura abaixo representativa de um
plasmócito.
11.
Resposta: B
Comentário: As hemácias são formadas a partir do tecido hematopoiético mielóide por um processo denominado eritropoiese.
Primeiramente são formadas células denominadas eritroblastos, ainda na medula óssea vermelha e nucleados. Estas saem da medula
óssea para o sangue, onde assume o nome de reticulócitos, que são anucleados, mas ainda com organelas. Na corrente sangüínea, eles
perdem as demais organelas, assumindo a forma de hemácias ou eritrócitos efetivamente.
12. Resposta: B
Comentário: Os leucócitos ou glóbulos brancos são células de defesa no sangue e se dividem em:
- agranulócitos ou mononucleares, com pouca quantidade de grânulos intracitoplasmáticos e núcleo esférico ou reniforme;
correspondem aos monócitos e linfócitos.
- granulócitos ou polimorfonucleares, com grande quantidade de grânulos intracitoplasmáticos e núcleo multilobulado; correspondem
aos neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
De modo detalhado:
- Os monócitos são células amebóides capazes de emitir pseudópodes e com núcleo esférico ou reniforme. Quando atravessam as
paredes dos capilares por diapedese e passam aos tecidos conjuntivos recebem o nome de macrófagos. São as células com capacidade
fagocítica mais eficiente do organismo.
- Os linfócitos são leucócitos de formato esférico, com núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma. Existem dois tipos de
linfócitos, os linfócitos B e os linfócitos T. Os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir anticorpos. Os linfócitos Tc
(citotóxicos) ou T8 recebem também o nome de células assassinas naturais e agem contra células cancerosas ou células infectadas por
vírus. Os linfócitos Th (do inglês helper, ‘auxiliar’) ou T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções do sistema imunológico
através de substâncias denominadas citocinas ou linfocinas. São os únicos leucócitos de origem no tecido hematopoiético linfóide,
uma vez que os demais têm origem tecido hematopoiético mielóide.
- Os neutrófilos se coram por corantes neutros e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função fagocítica. São os
leucócitos mais abundantes no sangue, e por isso os primeiros a chegar nas infecções.
- Os eosinófilos ou acidófilos se coram por corantes ácidos (são básico) e são células de formato amebóide com núcleo bilobulado e
função de eliminação de parasitas (como protozoários e vermes).
- Os basófilos se coram por corantes básicos (são ácidos) e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função de
produção e acúmulo de mediadores da inflamação, principalmente a histamina, relacionada ao processo alérgico. São os leucócitos
menos abundantes do sangue.
Assim:
Item A: falso. Neutrófilos têm núcleo trilobulado e são granulócitos.
Item B: verdadeiro.
Item C: falso. Basófilos têm núcleo bilobulado, são granulócitos, não originam macrófagos e vêm das células-tronco mielóides.
Item D: falso. Monócitos têm núcleo esférico ou reniforme (em ferradura), são agranulócitos, não liberam histamina e vêm das
células-tronco mielóides.
13.
Resposta: A, B
Comentário:
14.
Resposta: D
Comentário:
15.
Resposta: A
Comentário:
16.
Resposta: E
Comentário:
17.
Resposta: E
Comentário:
18.
Resposta: B
Comentário:
19.
Resposta: C
Comentário:
20.
Resposta: A
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas (1) e os tecidos lesados liberam
tromboplastina (2), enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa, 4) em trombina (ativa, 5). A trombina converte
o fibrinogênio (solúvel, 6) em fibrina (insolúvel, 7). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca
a hemorragia. Os íons cálcio (Ca++, 3) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina.
21.
Resposta: E
Comentário: Quando exposto a um ambiente com baixo teor de oxigênio, como o que ocorre em grandes altitudes, o organismo
humano tenta compensar o pequeno teor de oxigênio no ar com um aumento na eficiência do transporte desse pouco oxigênio para os
tecidos. Assim, de imediato, ocorre aumento de freqüência respiratória (para aumentar o fluxo de oxigênio para os pulmões), dos
batimentos cardíacos e da pressão arterial (para aumentar o fluxo de sangue e conseqüentemente de oxigênio para os tecidos). Como o
investimento metabólico nessas atividades é muito elevado, essas reações não conseguem ser mantidas por longos períodos de tempo.
Em longo prazo, o organismo aumenta a quantidade de hemácias (policitemia fisiológica) para aumentar a eficiência no transporte de
oxigênio pelo sangue até os tecidos.
22.
Resposta: B
Comentário: A diminuição na quantidade de hemácias no sangue recebe o nome de eritropenia ou hipoglobulinemia. Normalmente,
associa-se essa diminuição na quantidade de hemácias no sangue à anemia, que é uma diminuição na quantidade de hemoglobina no
sangue, com conseqüente no transporte de oxigênio no sangue. Como são anucleadas, as hemácias em mamíferos têm vida curta e são
constantemente repostas pela multiplicação e diferenciação de células-tronco da medula óssea (tecido hematopoiético mielóide), de
modo que problemas de eritropenia/anemia podem estar relacionados à não formação adequada de hemácias. Assim:
Item I: falso. O baço não produz glóbulos vermelhos.
Item II: verdadeiro. Glóbulos vermelhos são produzidos a partir de células-tronco do tecido hematopoiético mielóide na medula
óssea.
Item III: falso. A medula espinhal é formada de tecido nervoso, não tendo relação alguma com a formação de glóbulos vermelhos.
23.
Resposta: C
Comentário:
24.
Resposta: C
Comentário: A coagulação sangüínea ocorre quando, após um ferimento ou pancada, as plaquetas (1) e os tecidos lesados liberam
tromboplastina (2), enzima capaz de catalisar a transformação de protrombina (inativa, 3) em trombina (ativa,4). A trombina converte
o fibrinogênio (solúvel, 5) em fibrina (insolúvel, 6). A malha de fibrina retém os glóbulos sanguíneos formando o coágulo que estanca
a hemorragia. Os íons cálcio (Ca++) participam como cofator enzimático na catálise da maioria das reações da cascata da coagulação
sangüínea, sendo fundamental para ativação de alguns fatores da coagulação, como a própria trombina.
25.
Resposta: E
Comentário: Os leucócitos ou glóbulos brancos são células de defesa no sangue e são de 5 tipos:
- Os monócitos são células amebóides capazes de emitir pseudópodes e com núcleo esférico ou reniforme. Quando atravessam as
paredes dos capilares por diapedese e passam aos tecidos conjuntivos recebem o nome de macrófagos. São as células com capacidade
fagocítica mais eficiente do organismo.
- Os linfócitos são leucócitos de formato esférico, com núcleo esférico grande ocupando quase todo citoplasma. Existem dois tipos de
linfócitos, os linfócitos B e os linfócitos T. Os linfócitos B transformam-se em plasmócitos para produzir anticorpos. Os linfócitos Tc
(citotóxicos) ou T8 recebem também o nome de células assassinas naturais e agem contra células cancerosas ou células infectadas por
vírus. Os linfócitos Th (do inglês helper, ‘auxiliar’) ou T4 são responsáveis pelo controle de todas as funções do sistema imunológico
através de substâncias denominadas citocinas ou linfocinas.
- Os neutrófilos se coram por corantes neutros e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função fagocítica. São os
leucócitos mais abundantes no sangue, e por isso os primeiros a chegar nas infecções.
- Os eosinófilos ou acidófilos se coram por corantes ácidos (são básico) e são células de formato amebóide com núcleo bilobulado e
função de eliminação de parasitas (como protozoários e vermes).
- Os basófilos se coram por corantes básicos (são ácidos) e são células de formato amebóide com núcleo trilobulado e função de
produção e acúmulo de mediadores da inflamação, principalmente a histamina, relacionada ao processo alérgico. São os leucócitos
menos abundantes do sangue.
Assim, têm função de fagocitose neutrófilos e macrófagos.
26.
Resposta: D
Comentário: Albumina é a principal proteína sangüínea, desempenhando papéis como o transporte de algumas substâncias e a
manutenção do equilíbrio osmótico entre sangue e tecidos vizinhos.
27.
Resposta: D
Comentário:
28.
Resposta: B
Comentário: Analisando cada item:
Item A: verdadeiro. Células-tronco pluri/totipotentes têm a capacidade de originar qualquer tipo de células, de qualquer origem
embrionária; assim, como a célula representada é capaz de originar células sangüíneas (de origem mesodérmica) e células nervosas
(de origem ectodérmica), conclui-se que ela é pluri/totipotente (devendo então ser uma célula-tronco embrionária, proveniente de um
embrião até a fase de blástula).
Item B: falso. Glóbulos vermelhos e glóbulos brancos são células encontradas no sangue, mas plaquetas não são células (e sim
fragmentos de uma célula da medula óssea denominada megacariócito) e os neurônios não são encontrados no sangue.
Item C: verdadeiro. Plaquetas são fragmentos anucleados de células, e hemácias são células anucleadas; assim, nenhuma das duas
apresenta capacidade de proliferação mitótica, sendo formadas a partir da diferenciação de células da medula óssea vermelha.
Item D: verdadeiro. Das células diferenciadas (plaquetas não são células), glóbulos brancos e neurônios são nucleados, mas hemácias
são anucleadas.
29.
Resposta: VFFVV
Comentário:
1º item: verdadeiro. Os eritroblastos, durante a diferenciação, expelem o núcleo e produzem grande quantidade de hemoglobina,
transformando-se em reticulócitos. Estes expelem as mitocôndrias e os ribossomos, transformando-se em hemácias. A produção de
hemácias é estimulada pelo hormônio eritropoietina.
2º item: falso. O choque hipovolêmico ocorre devido ao débito de volume sanguíneo para circular nos capilares e irrigar os tecidos e
órgãos. Nessas condições, ocorre aumento dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória e baixa da pressão arterial.
3º item: falso. Células T citotóxicas (linfócitos T CD8) têm como função principal o reconhecimento e a destruição de células
infectadas por microrganismos ou células anormais, como as cancerígenas.
4º item: verdadeiro. Neutrófilos são fagócitos que migram rapidamente para os sítios de infecção, em especial nas infecções
bacterianas; macrófagos, além de agirem como fagócitos, processam em seu interior antígenos e os apresentam na membrana celular
para ativar outros grupos celulares da resposta imune; possuem as características celulares descritas acima.
5º item: verdadeiro. Eosinófilos são importantes em infecções parasíticas liberando seus grânulos tóxicos aos invasores; a histamina
liberada pelos basófilos aumenta a permeabilidade vascular, de forma a permitir o extravasamento de células da resposta imune do
endotélio para o tecido onde se encontram os antígenos.
30.
Resposta:
Paciente 1, pois desenvolve policitemia e apresenta maior proporção de hemácias.
Paciente 2, pois a desidratação leva à diminuição do teor de água, fazendo com que aumente a proporção de elementos figurados.
31.
Resposta:
A) Permitir que os atletas desenvolvam policitemia, para compensar o menor teor de oxigênio na atmosfera.
B) A taquicardia permite que se transporte o oxigênio no sangue com maior eficiência, e o cansaço se dá devido à diminuição na
produção de energia pela diminuição na atividade respiratória devido ao menor teor de oxigênio.
C) Para permitir um mais eficiente transporte de oxigênio e atividade respiratória, com conseqüente ganho de resistência.
32.
Resposta:
A) As células são neutrófilos e macrófagos. O mecanismo utilizado é a fagocitose. Nesse processo essas células, ao migrarem para o
interior dos tecidos afetados, emitem pseudópodes que envolvem as bactérias e o corpo estranho.
B) O pus é formado pelos macrófagos e neutrófilos (ou células de defesa) mortos, após o combate às bactérias, além de restos
celulares dos tecidos afetados.
33.
Resposta:
A) Os elementos encontrados seriam:
- Fase 1 - plasma sangüíneo;
- Fase 2 - leucócitos e plaquetas;
- Fase 3 - eritrócitos (série vermelha).
B) A fase 3 contém eritrócitos. Estes, após a adição da água destilada, hemolisam. Assim, após a centrifugação não haverá células
inteiras, mas apenas membranas e hemoglobina diluída.
34.
Resposta:
A) Medula óssea vermelha (produção); fígado e baço (remoção).
B) As globulinas promovem o transporte de gases e as albuminas conferem pressão osmótica ao sangue e são substancias de reserva.
35.
Resposta: Migração / diapedese e fagocitose. O macrófago, ao migrar através da parede do vaso, entra em contato com o sangue e
fagocita as partículas de LDL ali presentes.
36.
Resposta:
A) Neutrófilos têm formato irregular (amebóide), não coráveis por corantes ácidos ou básicos, e dotados de núcleo multilobulado
(normalmente trilobulado).
B) Reações alérgicas.
C) São células que oferecem o primeiro combate aos agentes invasores, apresentando antígenos às demais células do sistema imune.
37.
Resposta:
A) Hemácias, Função: transporte de oxigênio; Leucócitos, Função: defesa, produção de anticorpos; Plaquetas, Função: Coagulação;
Macrófagos, Função: Defesa.
B) Reação alérgica ou doença parasitária intestinal.
Comentário: O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo. O sangue apresenta duas frações: o
plasma e os elementos figurados. O plasma, componente líquido do sangue, corresponde a cerca de 90% do volume total e é formado
por água, proteínas, gases, além de substâncias orgânicas e inorgânicas. O componente sólido é formado pelos elementos figurados,
que são células sanguíneas e fragmentos de células, e correspondem a cerca de 10% do volume total do sangue. Dentre as células que
constituem os elementos figurados do sangue estão as hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos) com função de transporte de
oxigênio; leucócitos (glóbulos brancos) com função de defesa através da produção de anticorpos, e plaquetas, que são fragmentos de
células com capacidade de coagulação sanguínea. Outras células são os macrófagos e eosinófilos, com capacidade de fagocitose,
defendendo o organismo de corpos estranhos. Os eosinófilos são células de defesa específicas que têm capacidade de fagocitar
determinados invasores, e essas células só aparecem em grande quantidade quando o indivíduo apresenta uma doença alérgica ou
doenças provocadas por parasitas intestinais.
38.
Resposta: Indivíduos aclimatados a grandes altitudes (A) têm um número maior de hemácias e, portanto, mais hemoglobina no
sangue do que os não aclimatados (B), por isso seu sangue é capaz de transportar uma maior proporção do oxigênio disponível na
atmosfera.
39.
Resposta: As hemácias menores têm uma maior relação superfície/volume e captam o oxigênio com maior eficiência; o maior número
de hemácias aumenta a eficiência no transporte de gases. Ambos os aspectos contribuem para compensar o menor teor de oxigênio na
atmosfera em grandes altitudes.
40. Resposta:
1.
A) Medula óssea, uma vez que é a responsável pela produção de células sanguíneas.
B) O aporte elevado de O2 aos tecidos leva ao aumento da produção de energia na respiração celular.
C) Risco de obstrução dos vasos sanguíneos pelas hemácias em grande número.
2.
A) As hemácias anucleadas de mamíferos são bicôncavas, apresentando maio relação superfície/volume, o que as leva a possuir maior
capacidade de transporte de O2.
B) As hemácias anucleadas de mamíferos têm vida curta, devendo ser continuamente renovadas, o que é estimulado pela EPO.
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