APRESENTANDO Todos os que exam'~::: ram e absorveram a «sã C:J «palavras de verdade- e :;' zas de Deus» que a 19re< apresentou em suas qua:~: 1976, . certamente • to c.S , adultos em Cristo», C:5: (""1 graça e no conhecir5~~_ Senhor e Salvador 15S_", devem estar melhor «::;,=::" responder a todo aqli6 e dir razão da esperar;:: vós»_ CONSEUtO_REDATORIAL~ Dr. Johannes Rottmann Dr. Donaldo Schüler Rev. Leopoldo Helmann EXPEDiÇÃO E ENCOMENDAS~ Casa Publicadora Concórdia S. Aa quem devem ser dirigidos os ped1dos -de 8sslnaturas, bem como os valores correspondenteS ê assinatura. ENDEREço~ Foi -graças aos co 2.::'::-:= boa reputação, cheios ::: =-::: to e de sabedoriac:..= -.:.: vel praticar uma sac:: ::. ("2.-=' reflexão teológica, gens de edificação 5S::-~ trar que ainda hoje ~ _ ::'" 'saram de ensinar e ce :-_ o Cristo». Todo aquele que ~__ ~_ e aproveitar as expcs ;:.?' oportunas dos artiS::s Ó das mensagens devcc ::-:.=:::.= lises objetivas de te-ss c bam o nosso sécu c : --, melhor a responsao = _ que estão convictos c= ::_= de escrever palavras cs ::.que tem significado:: =-: Evangélica Luterana cc =:s: Procurai progreG:r cação da igrej~ .::.i o CÂNONE DO ANTIGO TESTAMENTO Rudi APRESENTANDO Todos os que examinaram, refletiram e absorveram a «sã doutrina», as «palavras de verdade» e as «grandezas de Deus» que a Igreja Luterana apresentou em suas quatro edições de 1976, certamente «tornaram-se mais adultos em Cristo», cresceram «na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo», e devem estar melhor «preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós»" Foi graças aos colaboradores «de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria» que nos foi possível praticar uma sadia e equilibrada reflexão teológica, transmitir mensagens de edificação espiritual e mostrar que ainda hoje muitos «não ces'saram de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo»" Todo aquele que souber valorizar e aproveitar as exposições atuais e oportunas dos artigos doutrinários, das mensagens devocionais, das análises objetivas de temas que perturbam o nosso século, compreenderão melhor a responsabilidade daqueles que estão convictos de que «é tempo de escrever palavras de verdade» e de que tem significado o lema da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em 1976. Procurai progredir para a edificação da igreja. L Zimmer ") Por várias razões o tópico a ser estudado nas páginas seguintes deve merecer atenção cuidadosa. Uma destas razões, sem dúvida, está inerente nas grandes proporções assumidas pelo movimento ecumênico, envolvendo de modo especial também a Igreja Católica. Este fato naturalmente levanta a seguinte questão: Qual é a extensão da Escritura autoritaUva da Igreja, a' dos católicos ou a dos protestantes? Outra razão decorre diretamente da propagação do liberalismo teológico no mundo, atingindo também o Brasil de uma maneira não menos perniciosa. A influência do liberalismo em relação ao cânone do Antigo Testamento assume várias formas. De um modo, essa influência manifesta-se na completa rejeição do cânone do Antigo Testamento, baseada ou na alegação de que o Deus do Antigo Testamento não é o Deus e Pai do Sénhor Jesus (Marcião, Harnack), ou na alegação de que o Antigo Testamento sempre prejudicou a prática da arte exegética da Igreja e submergiu as controvérsias doutrinárias em complicações inúteis e desnecessárias (Schleiermacher). De um outro modo, a influência do liberalismo manifesta-se na avaliação negativa do Antigo Testamento, encarando-o apenas como uma apresentação (entre outras) das possibilidades básicas para a compreensão da existência humana. Neste caso vê-se o Antigo Testamento como "lei" num sentido negativo, a saber, como preparação para ouvir-se o "evangelho" expresso no Novo Testamento (Bultmann). E a influência do liberalismo ainda manifesta-se de um terceiro modo, isto é, na identificação Iiteralística da Igreja com o antigo Israel. *) O autor, pastor da IELB, está terminando seus estudos teológicos, como doutorando em Teologia, no Concórdia Seminary de .Saint Louis, Mo, EUA. 169" Ao ignorar a descontinuidade entre os cânones do Antigo e Novo Testamentos e consequentemente enfatízar demasiadamente a continuidade, esta tendência liberal advoga, entre outras coisas, o envolvimento direto da Igreja na política (Teologia da Liberação). E uma terceira razão deve levar-nos a ver a importância deste tópico. Esta razão diz respeito ao uso prático do Antigo Testamento nas atividades da Igreja, a saber, na pregação, no ensino, no aconselhamento, na missão; enfim, no planejamento e execução de todas as atividades da Igreja. Embora tenhamos aceito e defendemos a afirmação das nossas Confissões de que "Cremos, ensinamos e confessamos que os escritos proféticos e apostólicos do Antigo e Novo Testamentos são a única regra e norma de acordo com todas as doutrinas bem como os que ensinam devem ser avaliados e julgados, como está escrito no SI 119.105:' Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos' " (FC, Ep. I, 1), observa-se que muitas vezes não fazemos jus ao princípio confessional "Antigo e Novo Testamentos" . Querer responder, através do estudo do cânone do Antigo Testamento, a todos os problemas até este ponto, seria uma pretensão injustificável. Vários desses problemas caberiam mais adequadamente dentro da Hermenêutica Bíblica. No entanto, se fizermos menção deles aqui é porque, por um lado, eles envolvem de uma ou de outra forma o presente tópico, e, por outro, esperamos fornecer algumas indicações que possam contribuir para a solução desses problemas. 11 - A FORMAÇÃO DO CÃNONE ANTIGO TESTAMENTO DO A. "Cânone" o termo grego kanôn vem de uma palavra semítica que significa "cana", "junco". A cana foi um dos primeiros instrumentos de medida, de modo que kanôn veio a designar especificamente a "cana de medida", e então, metaforicamente, veio a significar aquilo que regula, julga, ou serve como norma ou modelo para outras cousas. Mais tarde, na crítica literária, os gramáticos de Ale- xandria chamavam a sua coleção de escritos antigos de kanôn, porque esta coleção era o padrão para a linguagem pura e o modelo para a composição literária. O mesmo termo também era usado pelos gregos no sentido ético. Eurípedes faz referência ao "cânone do bem", e Aristóteles afirma, na Ética, que o b'om homem é "o cânone e a medida" da verdade. O Novo Testamento emprega o termo kanôn de uma maneira similar a dos gregos. Paulo concluiu a carta aos Gálatas enunciando a promessa de que "a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus" (GI 6.16; cf. 2 Co 10.13-16), Somente no 4.° século da era cristã este termo veio a ser usado com referência às Escrituras, primeiramente por Atanásio, em 352 A.D. (De decretis Nicaenae synodi 18.3), e então no Concílio de Laodicéia, em 360 A.D. B. Duas Posições Ao estudarmos a formação do cânone do Antigo Testamento, imediatamente encontramos entre os teólogos duas posições opostas: a dos liberais e a dos conservadores. Os liberais procuram explicar a formação do cânone como um processo puramente humano; esta é a caracteristica distintiva de sua posição. Os livros bíblicos, quando pela primeira vez apareceram, não teriam sido sagrados e divinamente autoritativos, mas teriam adquirido tal status na medida que a comunidade dos crentes atribuía-Ihes autoridade divina, e por fim, em vista de ameaças que colocavam em perigo' a lista desses livros, esta canonizava-os com a finalidade de assegurar e garantir uma norma e regra da fé e conduta. '" claro que não podemos generalizar e colocar todos os criticos no mesmo pacote. Os mais moderados, na verdade, reconhecem de alguma forma a presença da providência divina em todo esse processo. O nosso objetivo em resumir a posição liberal desta forma é de dar relevo à posição conservadora defendida neste estudo. Em geral, a teoria dos críticos baseia-se em alguns eventos da história do POV: n ca~:- .::~:~: _, occe'.::: 'S =~ 23.253 _' ~ teo,,, "',:,,_ Vvet~~2.:"3-=- doc"",a-'.: pecti\"a--ca-'", s: = e 450 ,to.. C rei Josi2.s':" de pe.r:a " canoniZ2.:: uma nO'-a so ter:e. ::' ---------------.'"''"'''']1·· "~"" ::: a intrco~:~: a par:> :::= mentaco 02: dras (=0 - "7 ma : da::- _- -~-c;:. Profetas ~--7-' '=: muel e :=.7'0 S ::-~,,--~. " mias, =::a::, ~ S çado a a:=-'~:= que o ,...a-:=-:~,:_ mas estes ,< nicidade :'0: = ,~ logo de ::: "'= ~,,:~ constitue", :: ' -" ~'i'-C~ braico. os ::'0:- ~:= aparecer 2.:'O'::';: :.S::-: fetas este,s - : =---final na ce- - - : ocasião d: --Jabné rea:;:'O:: :,=c': :-~ Nesta 00='0 ~ -: -=.--,,~ tensão da :'O-: 7- -"~ - T'~ -= estabeleci: -: -: pertencen:'Os =-: cerrando .~. :.: :~=_~. Em vez êo=. =-='=~' = T ral, vamos ê-a: '---="'posição c: - 'OS' ::: -:~ adotada ,,~: --a simpies dos ave,"::'O :.ô e Esdras -, "" Escrituras :.:.':' __ posto e -~: casos -, a posição •• discutida --. ografia). =,~ =~ =- A posiçã: ::-,=se por el]\e1'd",' :,'0=. none foi uma -::--::' palavras auto'::':- =: 170 ª _:::: r'....'" 1m -=""-"~ ;:::7<2-;: :3:'3: . __ .. 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Por ocasião da Reforma do rei Josias (622 A.C.) o documento O (grande parte de Deuteronômio) teria sido canonizado, isto é, introduzido como uma norma obrigatória. O segundo passo teria ocorrido depois do Exílio com a introdução do Pentatêuco (compilado a partir dos documentos JED e suplementado pelo acréscimo de P) por Esdras (Ed 7; Ne 8), como a função e norma da comunidade de Jerusalém. Os Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis) e Posteriores (Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze) teriam começado a aparecer ao mesmo tempo em que o Pentatêuco vinha sendo composto, mas estes só viriam a adquirir a canonicidade pelo ano de 200 A.C. (cf. Prólogo de Eclesiasticus). Os livros que constituem a última parte do cânone hebraico, os Escritos, teriam começado a aparecer apenas depois que a dos Profetas estavam canonizada. E o passo final na canonização teria ocorrido por ocasião do muito discutido Sínodo de Jabné realizado pelos rabis em 90 A.C. Nesta ocasião ter-se-ia definido a extensão da terceira parte do cânone e estabelecido o exato número dos livros pertencentes ao Antigo Testamento, encerrando o processo de canonização. Em vez de atacarmos a posição liberal, vamos, pelo contrário, apresentar a posição conservadora. Esta atitude é adotada não por falta de argumento a simples leitura dos textos a respeito dos aventos que envolvem o rei Josias e Esdras mostra que a existência de Escrituras canônicas é um fato pressuposto e não resultante em ambos os casos -, mas por considerarmos que a posição liberal tem sido extensamente discutida por outros teólogos (cl. Bibliografia). A posição conservadora caracterizase por eQtender que a formação do cânone foi uma obra divina pela qual as palavras autoritativas de Deus foram escritas, através do mistério da inspiração, em documento após documento, sendo o cânone formado pelo próprio aparecimento destas Escrituras inspiradas. Aqui tabém é preciso deixar claro que, embora o que acabamos de dizer caracterize os teólogos conservadores em geral, nem todos possuem a mesma visão quanto ao processo histórico da formação do cânone em si. Na verdade, existem poucos estudos detalhados nesta área. Também neste estudo não pretendemos ser exaustivo. O objetivo é fornecer um breve esboço das origens e desenvolvimento do cânone, sua divisão, e o problema dos apócrifos, encerrando o estudo com algumas reflexões sobre a função do cânone do Antigo Testamento na Igreja. O presente estudo está baseado em várias obras (cl. Bibliografia), mas acima de tudo reflete a posição elaborada por Meredith G. Kline em sua obra '. ne Structure of Bliblical Authority (Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1972), pois achamos que mais do que qualquer uma ela faz jus às evidências bíblicas. C. Origens e Desenvolvimento do Cânone As raízes formais do cânone bíblico encontram-se na literatura do Oriente antigo. A publicação do artigo de George Mendenhall, "Covenant Forms in Israelite Tradution," em The Biblical Archae ologist XVI1.3 (Sept. 1954), 50-76, constituiu-se num marco para os estudos do Antigo Testamento. Embora já era reconhecido anteriormente, desde então tornou-se evidente que Deus ao fazer a sua aliança com o povo de Israel no monte Sinal lançou mão de uma forma comum naquela época em todo o Oriente. Esta forma chama-se Tratado de Suserania. Sem entrar em maiores detalhes, estudos da forma demonstrada de modo conclusivo que, entre outras, tan" to a aliança no Sinai como a renovação da aliança em Moabe (Deuteronômio) correspondem inteiramente em suas partes ao Tratado de Suserania usado pelos heteus no 2.0 milênio A.C., exceto naquilo que destoa do monoteísmo hebreu. Uma das feições essenciais da forma da aliança atestada pelos tratados heteus é 171 I I i I, I i i I ! I ii! I i I I • ªi ~ I I ~ o fato que eles eram redigidos por escrito. Em outras palavras, o documento contendo o tratado era parte integrante e inseparável do próprio tratado. Semelhante, nós bem sabemos que tanto no Sinai como em Moabe o soberano Deus transmitiu através de MOisés, o mediador da aliança, aos seus vassalos terrenos a lei do seu reino. E suas palavras autoritativas, reguladoras da fé e conduta de Israel, foram inscritas nas tábuas de pedra e "no livro". No devido tempo Deus providenciou que as "tábuas da lei" fossem colocadas na arca e o "livro da lei" fosse guardado junto da arca, no santuário, como testemunhas permanentes da aliança. O carácter canônico destes documentos certamente ficou claro, pois esta provisão de guardar os documentos no santuário e a sanção canônlca constituíam a marca de canonicidade para os documentos extrabíblicos. E os dois elementos não faltam nas Escrituras: Em Dt 31.9-13 temos ampla descrição da provisão de guardar o "livro da lei" no santuário (cf. Dt. 10.2; Ex 25.16, 21; 40); da mesma forma encontramos a sanção canônica em Dt 4.2: "Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando" (et. Dt 27.2ss.; Js 8.30ss.; Jr 36; é importante notar essa sanção em Ap 22.18s.; cl. 1.3). E é claro que a "palavra" mencionada nesta sanção não é qualquer expressão oral, mas na realidade refere-se ao documento escrit9, pois em Dt 30.10 a "palavra" é identificada com a "voz do Senhor" escrita no "livro da lei". Em vista disso conclui-se que, no que diz respeito à forma, à es· trutura canônica já era usada no Tratado de Suserania. Era necessário apenas que esta forma fosse absorvida e inspirada pelo Sopro de Deus para tornar-se aquilo que a Igreja confessou como sendo o cânone. E foi isto que aconteceu quando Deus adotou a forma literária e legal das alianças de Suserania para a administração do seu reino em Israel. As origens da Escritura canônica, então, coincidem com a fundacão formal de Israel como reino de Deus. O próprio tratado que formalmen~ te estabeleceu a teocracia israelita era em si mesmo o começo e o núcleo de 172 todo o corpo escriturístico que constitui o cânone do Antigo Testamento. De forma que o conceito de cânone está inerente no conceito de aliança. Admitindo que de fato a canonicidade bíblica está fundada na aliança, ainda assim surge a pergunta: Qual é a base da canonicidade do grande número de escritos do Antigo Testamento que não possuem a forma clássica da aliança? Será que podemos estender as conclusões a que chegamos até este ponto a toda a Bíblia? ou no caso deste estudo, a todo o Antigo Testamento? As evidências supridas pelas Escrituras sugerem que sim, nós podemos estender essas conclusões a todo o Antigo Testamento e, em última análise, também ao Novo Testamento. Em 2 Co 3.14, o apóstolo Paulo refere-se à leitura das Escrituras por parte dos judeus, chamando todo o Antigo Testamento de "antiga aliança". Haveremos de ver que esta identificação é muito apropriada se levarmos a sério. em .primeiro lugar, o testemunho expresso do Antigo Testamento de que Deus é o seu autor primário. Por outro lado. no entanto, chegaremos à mesma conclusão se analisarmos o Antigo Testamento na sua direta procedência terrena de membros individuais e de grupos do povo de Israel, o povo de Deus. Pois toda a vida de Israel, seu culto e sua cultura (esta última tanto em sua manifestação privada, na família, como em sua manifestação pública, na esfera do estado) estava sob o domínio de Deus, um dominio do centro de culto de seu povo, o lugar de sua presença teofânica. Deste fato segue a conclusão que toda a literatura inspirada que derivava deste culto e era relacionada a ele (como as legislações rituais e hinos), e era associada com a cultura (como a lei civil, a história nacional, as mensagens diplomáticas dos profetas ea instrução dos sábios) servia à aliança e inevitavelmente levava a sua marca. Além disso, haveremos de observar que as funções particulares das várias partes do cânone do Antigo Testamento na vida de Israel relacionam-se a um ou outro elemento dos documentos da aliança Mosaica. ilustrações destes fatos serão providenciados no que segue. (1) Lei Sendo o corpo esc,,~_- õ", tigo Testamento um tr,,~5: c ~ a presença das leis é fê:: -:: cada, pois as estipulaç6sõ -= 10 Suserano eram um e "'-"'" nos tratados antigos .. " "'- " go que contém as esk:,c; "c ~.~ ça fundadora do povo c:' ::~ tras leis contidas no Pe-:":õ-,, borações sobre as e5::. =.:5 cálogo, sendo que Ds"s :; lar ao seu povo atrai"'õ mediador da aliança. As leis menciona·:as _ 23.33 são especificam:,-:õ '" como o "livro da 2!]a-.;" :;: 24.4). O fato que esc" :: '7-~ abrange assuntos mys s õ civís e de culto, i~c,::_=. s _ é uma indicação ce :: -:; ~ de Israel caía ds"'~-:; : S.S "'! ções da aliança ':'" ::"'. õ disto é a tranform,,;sc -õ' •• ria da esfere. oo":c:õ. :'- - "" ~ o palácio do ;'='- c:' =", próprio S3n~"2:: = : 3 --- ~ ção da 3",,-:2 ::",ô3:C- C?;!J CÕ e=~e:;" ._~ ma de S3S-':: ta de Da;(: :: _."'- :;~'.,. .,.-:;s perigrinaç.5es ,,- _:' õ . c :s:~ tuário, e a es::_. :ocs.: :c"~ da lei'" deve"", S:" Tabernáculos Ge se::, "'- S·'= ante de todo c ::,: :: outro lado, o S,S:",-2 :,ô ~ culto era tamo,,"'" -,ô~ compensação pc: ::,o- S~ :.:::; tipulações do tratac: :2 a ~ geral, era atraves ca culto que os is,ae:22 ='::f" mais diretamente " S 5-:2 relacionamento pess,:5 Deus. Mais um aspecto a ~ o fato que as leis d: ;;....-;:. também legislavam a :'" Israel. Assim, encc:-,:':õ.- :'3... têuco, leis que prescr,o, = - ?' de Israel o seu sistem5 :,o '" sacerdotes, juizes, reis = :; ~ tras dividem o ter"::::': jE Canaã entre as tribos c: :<:."3 Iam como programa ...2: _-~ ta desta terra com a f-s :::s belecer ali o culto e c:::-'" h -" ~t : o:: 8scriturístico que consti- e ::jo Antigo Testamento. De , : conceito de cânone está : :::)nceito de aliança. '::: que de fato a canonicidaestá fundada na aliança, ainsAge a pergunta: Qual é a :e~onicidade do grande núme, ::s do Antigo Testamento que em a forma clássica da alian, que podemos estender as a que chegamos até este ::2 a Bíblia? ou no caso deste t:do o Antigo Testamento? :as supridas pelas Escrituras :J8 sim, nós podemos estencJnclusões a todo o Antigo : e, em última análise, tam,:'10 Testamento. ::: 3.14, o apóstolo Paulo re8itura das Escrituras por par'8US, chamando todo o Antigo de "antiga aliança". Havever que esta identificação é ::Jriada se levarmos a sério, '0 lugar, o testemunho expres::go Testamento de que Deus JLOr primário. Por outro lado, chegaremos à mesma conanalisarmos o Antigo Testasua direta procedência terre"bras individuais e de grupos e Israel, o povo de Deus. Pois a de Israel, seu culto e sua ta última tanto em sua manirivada, na família, como em ;stação pública, na esfera do tava sob o domínio de Deus, a do centro de culto de seu ;ar de sua presença teofânica. segue a conclusão que toda : inspirada que derivava desera relacionada a ele (como 5es rituais e hinos), e era asm a cultura (como a lei civil, nacional, as mensagens diploiS profetas ea instrução dos rvia à aliança e inevitavel'Ia a sua marca. Além disso, de observar que as funções i das várias partes do cânone Testamento na vida de Israel ,se a um ou outro elemento nentos da aliança Mosaica. destes fatos serão providenque segue. (1) Lei Sendo o corpo escriturístico do Antigo Testamento um tratado da aliança, a presença das leis é facilmente explicada, pois as estipulações impostas pelo Suserano eram um elemento central nos tratados antigos. Além do Decálogo que contém as estipulações da aliança fundadora do povo de Deus, as outras leis contidas no Pentatêuco são elaborações sobre as estipulações do Decálogo, sendo que Deus continuou a falar ao seu povo através de Moisés, o mediador da aliança. As leis mencionadas em Ex 20.2223.33 são especificamente identificadas como o "livro da aliança" (Ex 24.7; cf. 24.4). O fato que esta coleção de leis abrange assuntos morais e cerimoniais, civís e de culto, individuais e de grupo, é uma indicação de como toda a vida de Israel caía dentro das regulamentações da aliança de Deus. Resultante disto é a tranformação natural e necesária da esfera política em cúltica. Assim, o palácio do grande Rei vem a. ser o próprio santuário, e os ritos da ratificação da aliança correspondem ao sistema de sacrifícios (especialmente a oferta de paz). Entende-se então as três perigrinações anuais obrigatórias ao santuário, e a estipulação de que o "livro da lei" deveria ser lido na Festa dos Tabernáculos de sete em sete anos diante de todo o povo (Dt 31.9ss.), Por outro lado, o sistema de sacrifícios do culto era também um meio de fazer compensação por ofensas contra as estipulações do tratado da aliança. E, em geral, era através da par1;icipação no culto que os israelitas experimentavam mais diretamente a aliança como um relacionamento pessoal com o Senhor Deus. Mais um aspecto a ser destacado é o fato que as leis do Antigo Testamento também legislavam a vida coletiva de Israel. Assim, encontramos, no Pentatêuco, leis que prescrevem para o povo de Israel o seu sistema de governo com sacerdotes, juízes, reis e profetas. Outras dividem o território da terra de Canaã entre as tribos do povo e estipulam como programa nacional a conquista desta terra com a finalidade de estabelecer ali o culto e o domínio de Deus. Finalmente, deparamo-nos com que tratam de ofensas de toda nidade (cf. especialmente Lv impõem sanções de interesse mais leis a comu4.13) e nacional. (2) História As narrativas históricas constituem uma grande parte do cânone do Antigo Testamento. A combinação deste material com legislações, especialmente no Pentatêuco, é uma indicação da sua natureza, a saber, de ser parte integrante da aliança; pois nos Tratados de Suserania um prólogo histórico introduzia a secção das estipulações. Tanto no Decálogo COmo em Deuteronômio as leis são precedidas por uma revisão histórica do relacionamento gracioso de Deus para com Israel. Se encararmos o Pentatêuco como uma unidade cujo núcleo é a aliança de Deus e a geração de Israel do período do êxodo, então as narrativas do Gênesis e a primeira parte do Êxodo assumem o caráter de um prólogo histórico, em que o relacionamento fundamentado na aliança é remontado às suas raizes históricas nas intervenções de Deus no passado em favor do povo escolhido e dos seus ancestrais, os patriarcas. As demais narrativas históricas do Pentatêuco, como também era comum nos tratados extrabíblicos, fornecem o cenário para o aparecimento de certas legislações específicas. Quanto às narrativas encontradas fora do Pentatêuco, embora não exerçam a função de prólogo ou cenário para as leis decorrentes da aliança, tematicamente elas não são nada mais do que uma elaboração dos prólogos históricos dos tratados Mosaicos. Pois o seu tema, de um modo geral, é o relacionamento de Deus para com Israel como o seu Senhor, relacionamento este que fora estabelecido pela aliança. Assim, por um lado, as narrativas relatam os contínuos benefícios concedidos por Deus, o fiel protetor do seu reino vassalo, e, por outro lado, a constante quebra da aliança por parte do povo e consequente inflingimento dos males delineados nas maldições dos tratados Mosaicos, especialmente Deuteronômio. Em vista disso, os pontos altos destas narrativas só podiam ser as renovações e re-afirmações 173 I j I I I l l I I I II I ;3 I 1 ~ ;;; jic:; ~ ~ :;~ 1 I gj ,~ ~ ••• da aliança (cf. Js 8.30ss.; 23 e 24; 1 Sm 12; 2 Sm 7; 2Rs 11.17ss.; 22 e 23; 2 Cr 15.8ss.; 34 e 35; Ed 9 e 10; Ne 9 e 10). Além disso, devemos notar a estreita conexão entre as narrativas, e como as narrativas históricas estão ligadas à aliança. É reconhecido que a vocação dos profetas era distintamente subordinada à aliança. (3) Profecia Os profetas eram mensageiros de Deus, não apenas no sentido geral de serem inspirados agentes de revelação, mas no sentido particular de exercerem uma distintiva função diplomática. Nesta função eles eram os representantes de Deus na administração de sua aliança sobre Israel, para declarar as suas reivindicações e reforçar a sua vontade através de efetiva proclamação. O estabelecimento do ofício profético foi em si mesmo matéria de uma estipulação de um tratado da aliança. Através de Moisés, o mediador da antiga aliança, Deus estabeleceu que a função de Moisés fosse continuada por uma sucessão de profetas semelhantes a ele (Dt 18.15ss.; cf. Ex 4.16; 7.12). A tarefa peculiar desta sucessão de profetas era a elaboração e aplicação das sanções da aliança feita através de Moisés. De maneira que os escritos proféticos são extensões dos documentos Mosaicos. (4) Louvor É claro que muitos salmos eram usa- dos no culto de Israel. E sendo que o santuário era o ponto focal e sacramental das orações de Israel (cf. 1 Rs 8. 29 ss.), podemos afirmar que os salmos em geral possuem uma orientação cúltica. Os salmos de louvor eram os sacrifícios espirituais oferecidos ao grande Rei; como veículos da devoção privada e pública, eles continuamente faziam soar o "Amém" de Israel pela ratificação da aliança. Além destes, há salmos que relatam a história do relacionamento estabelecido pela aliança (cf., por exemplo, SI 78; 105; 106; 135; 136), estes relacionam-se com os prólogos históricos dos tratados. Em salmos que exaltam a lei, Israel re-afirma a sua submissão às estipulações da aliança. En174 fim, os salmos serviam como um instrumento de culto na manutenção do relacionamento apropriado do povo para com Deus, um relacionamento fundado na aliança. (5) Sabedoria A tese central dos livros de sabedoria é que "0 temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (cf. Pv 1.7; 9.10; Jo 28.28; SI 111.10), o que é o mesmo que dizer que o caminho da sabedoria é o caminho da aliança. Em Deuteronômio, Moisés deixa claro que Israel recebeu a sabedoria como uma dádiva objetiva do Senhor quando ele entregou-Ihes os justos estatutos da sua aliança, e que a possessão subjetiva da sabedoria por parte de Israel deveria ser manifestada em sua observação da aliança (Dt 4.6-8; cf Jr 8.8; Ed 7.14j 25). Em vista disso, a função da literatura da sabedoria do Antigo Testamento é a explicação da aliança de uma maneira a traduzir suas estipulações em máximas e in.struções referentes à conduta em diferentes áreas e sob diversas condições da vida. Mas os livros da sabedoria estão igualmente preocupados com a efetuação das sanções da aliança na experiência humana. Um importante ponto de contato entre a sabedoria do Antigo Testamento e os tratados, bíblicos e extra-bíblicos, é a preocupação que os seus preceitos fossem transmitidos a sucessivas gerações através da instrução dos pais aos filhos (cf. Pv 3.1sS.; 6.20s.; 7.1sS.; Dt 4. 2-8; 6.1s5.; 11.13ss.; Jr 31.3ss.). O fato de Deus providenciar as palavras de sua aliança em forma de instrução a ser levada a efeito no lar lembra-nos da verdade que o Senhor da aliança é também o Pai do seu povo (cf. Dt 1.31; 8.5; 14.1; 32.5ss.; 1 Co 8.5s.). Resumindo, então, podemos dizer que o tratado de Suserania adaptado na aliança do Sinai e na renovação desta, em Moabe, antecipou em sua forma compósita o desenvolvimento subsequente do cânone do Antigo Testamento, de forma que a aliança do Sinai constituiuse numa notável epítome de todo o relacionamento entre Deus e o seu povo. E com M. G. Kline podemos dizer que no tratado da aliança vemos uma coroIa de pétalas cerradamente compactas, enquanto que no cânone :: -' tamento como um todo, rola da aliança desabro: -Oo~ Portanto, o Antigo Tes:s-~ apenas materialmente rs..õ 'a malmente sui generis. :: = como um todo a alianç::: := com o seu povo, e corr:,: :s nico, isto é, divinarr:e-:Oo constituindo-se na now::: = e conduta do povo de :> .~ -= - :;, D. Divisão do Cânone Há uma grande diS:. o"=~: da seguinte questão: C_ = c:; original do cânone d:, ""-, ~:;; to? Uma posição é:: _7 :c= o cânone estava d'v':;.:: õa saber, a mesma ':'" = = tramos na Bíblia He: -'O ::: lei (Toráh) 1. Gênesis: '" 4. Números: 5" ::8'_::=':----. Profetas (Neb ,~ Anteriores: ê_: = _ = _= muel (1 e 2" :: = ~ = Poster,crss" 12. Ezequiei: = _= o _ Amós, Obad':::s" _. - ~ Habacuque, Sê': - ~ Malaquias). Escritos (Ketubi~ 14. Salmos: '5 17. Rute; 18. Can:a-eo 20. Lamentações: 2'" _ 23. Esdras e Nee~== __ (1 e 2). A primeira evid9c-: = " atesta claramente es'a do 4.° século A.D" visão em três partes, -. portada por algumas 8'" antigas mas não tãc :: = -="'" no prólogo do livro a:::·~ siasticus, escrito pele =-:;0 menciona duas vezes "a = tas e os outros", mas s e ~ os livros que constitc;=i Também Josefo (contra ~ pelo ano 90 A.D., me:,::-,i; são em três partes, e ,,: -'2", mero que cada uma de"o Lei - 5 livros; Profetas· .:5 resto dos livos conter,,:: .~ e preceitos para a cc-:.::5 Para chegar ao total de ;; c'!i 3 ,nos serviam como um ins:9 culto na manutenção do '2'1tO apropriado do povo pa8-'8, um relacionamento funda3nça. :edoria central dos livros de sabedoo temor do Senhor é o prin'3bedoria" (cf. Pv 1.7; 9.10; Jo '11.10), o que é o mesmo que o caminho da sabedoria é o ia aliança. Em Deuteronômio, xa claro que Israel recebeu a oomo uma dádiva objetiva do ando ele entregou-Ihes os jus:·s da sua aliança, e que a posojetiva da sabedoria por parei deveria ser manifestada em '.ação da aliança (Dt 4.6-8; cf i 7.14j 25). Em vista disso, a literatura da sabedoria do An,mento é a explicação da auma maneira a traduzir suas :;8 em máximas e in.struções a conduta em diferentes áreas ersas condições da vida. Mas da sabedoria estão igualmen:;Jados com a efetuação das a aliança na experiência huma1:;Jortante ponto de contato en,daria do Antigo Testamento e s, bíblicos e extra-bíblicos, é ação que os seus preceitos ~nsmitidos a sucessivas gera'és da instrução dos pais aos Pv 3.1ss.; 6.20s.; 7.1ss.; Dt 4. : 11.13ss.; Jr 31.3ss.). O faiS providenciar as palavras de a em forma de instrução a ser ,feito no lar lembra-nos da vero Senhor da aliança é tamdo seu povo (cf. Dt 1.31; 8.5; 85.; 1 Co 8.5s.). ndo, então, podemos dizer que ce Suserania adaptado na ali;ínai e na renovação desta, em itecipou em sua forma comdesenvolvimento subsequente e do Antigo Testamento, de a aliança do Sinai constituiu-,otável epítome de todo o re1to entre Deus e o seu povo. G. Kline podemos dizer que da aliança vemos uma coroaias cerradamente compactas, enquanto que no cânone do Antigo Testamento como um todo vemos esta corola da aliança desabrochada em flor. Portanto, o Antigo Testamento não é apenas materialmente mas também formalmente sui generis. Ele é de fato como um todo a aliança de Deus para com o seu povo, e como tal ele é canônico, isto é, divinamente autoritativo, constituindo-se na norma e regra da fé e conduta do povo de Deus. D. Divisão do Cânone Há uma grande discussão em torno da seguinte questão: Qual foi a divisão original do cânone do Antigo Testamento? Uma posição é que originalmente o cânone estava dividido em três partes, a saber, a mesma divisão que encontramos na Bíblia Hebraica: lei (Toráh) 1. Gênesis; 2. Exodo; 3. Levítico; 4. Números; 5. Deuteronômio. Profetas (Nebiim) Anteriores: 6, Josué; 7. Juízes; 8. Samuel (1 e 2); 9. Reis (1 e 2). Posteriores: 10. Isaías; 11. Jeremias; 12. Ezequiel; 13. Os Doze (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias). Escritos (Ketubim) 14. Salmos; 15. Jó; 16. Provérbios; 17. Rute; 18. Cantares; 19. Eclesiastes; 20. Lamentações; 21. Ester; 22. Daniel; 23. Esdras e Neenias; 24. Crônicas (1 e 2). A primeira evidência escrita que atesta claramente esta divisão provém do 4.° século A.D., no Talmud. A divisão em três partes, no entanto, é suportada por algumas evidências mais antigas mas não tão claras. Ben Sira, no prólogo do livro apócrifo de Eclesiasticus, escrito pelo ano 130 A.C., menciona duas vezes "a lei e os profetas e os outros", mas ele não enumera os livros que constituiamcada parte. Também Josefo (contra Apionem, 1.8), pelo ano 90 AD., menciona uma divisão em três partes, e acrescenta o número que cada uma delas possuia: Lei - 5 livros; Profetas - 13 livros; e o resto dos Iivos contendo hinos a Deus e preceitos para a conduta - 4 livros. Para chegar ao total de 22 livros, Josefo provavelmente juntou o livro de Rute a Juízes e o livro de Lamentações a Jeremias. Este fato, no entanto, envolve a transferência de Rute e Lamentações do terceiro grupo de livros (cf. acima) para o segundo; e, como o grupo que ele chama de Profetas possuia 13 livros, Josefo deve ter transferido mais alguns livros do terceiro grupo para O segundo. Finalmente, inclusive uma referência no Novo Testamento parece apoiar a divisão em três partes. Em Lc 24.44, Jesus dirige-se aos discípulos dizendo "que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos". A referência "nos Salmos" pode ser interpretada pelo menos de duas maneiras: Em primeiro lugar, ela pode de fato identificar um terceiro grupo de livros, sendo uma parte deste grupo, a saber, o livro dos Salmos que encabeçava o grupo, mencionada pelo todo; por outro lado, no entanto, Jesus pode ter mencionado os Salmos à parte apenas para enfatizar que eles são especialmente ricos em profecias Messiânicas, mantendo ao mesmo tempo a divisão em duas partes. Esta última interpretação parece ter apoio no versículo 27 do mesmo capítulo 24 de Lucas, onde lemos:"E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-Ihes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. " Como esta última citação de Lucas já indicou, a divisão do cânone do Antigo Testamento em duas partes, a saber, a Lei de Moisés e' os Profetas, também estava em uso. Na realidade, esta divisão possui uma lista maior de evidências atestando o seu uso, e há os que defendem a posição de que esta teria sido a divisão original. O livro de Daniel, do tempo do Exílio, já parece sugerir a divisão em duas partes (9.2, 6, 11); da mesma forma, após o Exílio, Zacarias (7.12) e Neemias (9.14, 29-30). No período intertestamentário encontramos esta mesma divisão em 2 Macabeus (15.9) e no Manual de Disciplina da comunidade de Qumran (1.3; 8.15; 9.11). Finalmente, no Novo Testamento, a menção da divisão em duas partes é a mais frequente (Mt 5.17, 18; 22.40; Mc 13.11; Lc 16.16, 29, 31; 24.27; At 13.15; 20.27; 24.14; 26,22; Rm 1.2). 175 Os críticos vêem na abundância das evidências atestando a divisão em duas partes uma indicação clara que até o período do Novo Testamento apenas duas das três partes do cânone tinham sido canonizadas, e a terceira ainda estava aberta. A terceira, na sua opinião, teria sido fechada pelos rabis e alcançado a canonização no sínodo de Jabn,é, pelo ano 90 A.D. Esta posição, no entanto, não pode ser mantida se considerarmos que o Novo Testamento, ao usar a designação "Lei e Profetas", sempre identifica com ela todo o cânone do Antigo Testamento, incluindo os livros do terceiro grupo da Bíblia Hebraica atual. O livro dos Salmos é um dos livros mais citados no Novo Testamento. Jó é citado como "Escritura" em 1 Co 3.19, Daniel é chamado de "profeta" por Jesus em Mt 24.15. Provérbios é citado por Jesus em Lc 14.8-10 e por Tiago em sua epístola (4.6). As considerações feitas até este ponto levam-nos a concluir que não se pode tomar nenhuma das divisões acima analisadas como sendo a divisão original. As evidências sugerem que as duas estavam em uso, e que havia grande flexibilidade na organização dos livros que vem depois do Pentateuco. No entanto, precisa ficar claro que esta flexibilidade não significa que o cânone ainda estava aberto, isto é, sem definição exata do número de livros, no tempo de Cristo. No Novo Testamento, a expressão "todas as Escrituras'" (cf. Lc 24.27), bem como as citações de livros que abrangem todo o Antigo Testamento, e ainda o fato que nenhum livro apócrifo é citado como " Escritura", são evidências que claramente mostram que no tempo de Jesus o cânone do Antigo Testamento já estava fechado. Por outro lado, o testemunho de Josefo (90 A.D.) corresponde a esta conclusão, e demonstra que tal fechamento não era de data recente, pois Josefo deixa claro que a lista dos livros já estava completa há muito tempo. Finalmente, devemos acrescentar uma palavra sobre a divisão do Antigo Testamento que possui mos em nossas Bíblias. O agrupamento dos livros na Bíblia portuguesa segue a versão latina chamada Vulgata, que por sua vez segue a Septuaginta, a versão grega. Apa176 rentemente esta sequência dos livros bíblicos está baseada no conteúdo: Lei Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio (5 livros, o Pentatêuco). História Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuél, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester (12 livros). Poesia e Sabedoria - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares (5 livros). Profecia Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (17 livros; total - 39). 111 - o PROBLEMA DOS APóCRIFOS Se conferirmos uma Bíblia Católica, haveremos de ver que o seu cânone do Antigo Testamento possui um acréscimo de 15 Iivros ou partes de livros: 1 e 2 Esdras, Tobias, Judite, Adições ao livro de Ester, Sabedoria de Salomão, Eclesiasticus, Baruque, Carta de Jeremias, Oração de Asarias e Cântico dos Três Jovens, Susana, Bel e o Dragão (estes últimos três são adições ao livro de Daniel), Oração de Manassés, e 1 e 2 Macabeus. Estes livros e partes acrescentadas a livros bíblicos, que foram escritos durante os últimos dois séculos antes de Cristo e no primeiro da era cristã, sãochamados de "Apócrifos". O nome, na realidade vem do grego apókrypha, que significa "cousas que estão escondidas". Alguns sugeriram que estes livros foram "escondrdos", ou tirados de circulação, porque continham doutrinas misteriosas, ou esotéricas, muito profundas para quem não era um iniciado. Outros sugeriram que este termo foi empregado para indicar que os livros mereciam ser "escondidos", porque eram falsos e heréticos. Seja como for, o problema é: Por que nós, luteranos, ou protestantes em geral, não aceitamos estes livros como integrantes do cânone do Antigo Testamento? Esta pergunta leva-nos de novo a considerar o princípio que determina a canonicidade de um livro, Nas considerações acima, sob o subtítulo "Origens e Desenvolvimento do Cânone", procuramos G='=' primeiro lugar, que o ::':: '" aliança determina a (:2.':'.,," livros bíblicos, e, e~ õ-.'-?i; que ele faz isto, nas (: -co' e humanas, ao chama' ' rem seus mediadore:: ~=:~-j ver os termos de sua a ,,' ~'" gundo aspecto, no e',::": maiores esclarecima':::: A passagem chave ":: '" , a este respeito é e. G= ::":,,, "homens falaram de. :ô-~ ::: vidos pelo Espírito 5ô'-,; Fortes razões leva~" - o o no Novo Testame-~~ :ô" -.~ diretamente ligaca " :;--:c • ...:... frequente uso, De·::: ==h.:'-;; Testamento, da .:=;'::' ='~fetas" parece aD::-'?' :,,':: s; (2). No context: :::. ::::=~ dro, o apóstolo ~:;::. : ''''-.:; com referência a ==:: .. .õ: Testamento; (3:, Deus" caracter'z=- a ,': ~.: ~ ~,~ a saber. a de. ==-=" Deus e se;,; ec.: c~ demos cíze':::_e ,7 " vo Testane~,: -;:o == _ == isso mess-:' ----- apenas e:- P'c:;·=;, pírito 22.:-::: ::: são leva,,-::: a :_ saber:-:s c_" ~ Antí·co --- , .. -- -- -.- - ..= _ .... ,,"- -e:::2-= =': e ,"'.oc, =-= van o:::::: :':''0' iõ;; lado. se ,:-~--:~ ~ :~".' 'ª sociacãü 2"'" ~ .::. -:~ : :::,'Ê! foi dese"':,i:a ~: __ :! que Deus 25:a: s~: =_ -'- ~.;.;;; través de u'T: 'T == 2': _. "'.:É meteu que .::" - _'" ~ :: ao seu povo :::: 2,:-e semelhantes e. ',' =~= = '-~ fetas (Dt 18.15<2 e--ó., '" sempre que o 5=-- --' ::: ';;;j va por bem ac.',,;,:=--=,' ou desenvolver 2.;- _-:; "-'=:~ ança, com a =2.:~ := povo a compree,.:e' -= do e as impiics.;E:2:: ,_ ~ mento com ele, ae :- 2~ - d o !::sp:,: . pe Ia açao : aô ~ detalhes ou aspe::::= =~ aos anais da sua & 2.-:2 "" Antigo Testamento ~ ~s3j prOTe:&S .. = = L'.~ ~ esta sequência dos livros bí2. baseada no conteúdo: ?nesis, Êxodo, Levítico, Númes e Deuteronômio (5 livros, o ",tatêuco). - Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuél, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester (12 livros). Sabedoria - Jó, Salmos, Pros. Eclesiastes e Cantares (5 - Isaías, Jeremias, LamentaEzequiel, Daniel, Oséias, Joel, Obadias, Jonas, Miquéias, Habacuque, Sofonias, Ageu, as e Malaquias (17 livros; to39). ;) PROBLEMA DOS APóCRIFOS ~ferirmos uma Bíblia Católica, de ver que o seu cânone do stamento possui um acréscimo os ou partes de livros: 1 e 2 )bias, Judite, Adições ao livro Sabedoria de Saio mão, EcleBaruque, Carta de Jeremias, , Asarias e Cântico dos Três Jsana, Sei e o Dragão (estes 3S são adições ao livro de Da;ão de Manassés, e 1 e 2 Maostes livros e partes acrescen'irOS bíblicos, que foram esc ri:8 os últimos dois séculos an:sto e no primeiro da era cris~hamados de "Apócrifos". O realidade vem do grego apóJe significa "cousas que estão s". Alguns sugeriram que esforam "escondidos", ou tiraculação, porque continham douteriosas, ou esotéricas, muito para quem não era um iniciros sugeriram que este termo Jado para indicar que os livros ser "escondidos", porque eram heréticos. Seja como for, o é: Por que nós, luteranos, ou ,s em geral, não aceitamos s como integrantes do cânone , Testamento? Esta pergunta :ie novo a considerar o prindetermina a canonicidade de >nsiderações acima, sob o sub'igens e Desenvolvimento do Cânone", procuramos deixar claro, em primeiro lugar, que o próprio Deus da aliança determina a canonicidade dos livros bíblicos, e, em segundo lugar, que ele faz isto, nas dimensões terrenas e humanas, ao chamar homens para serem seus mediadores, fazendo-os escrever os termos de sua aliança. Este segundo aspecto, no entanto, precisa de maiores esclarecimentos, nesta altura. A passagem chave no Novo Testamento a este respeito é a de Pedra, que diz: "homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21). Fortes razões levam-nos a concluir que no Novo Testamento canonicidade está diretamente ligada a profelas: (1). O frequente uso, peios escritores do Novo Testamento, da designação "Lei e Profetas" parece apontar para esta direção; (2). No contexto da passagem de Petermo "profecia" dra, o apóstolo usa com referência à Escritura do Antigo Testamento; (3). E o falar "da parte de Deus" caracteriza a função dos profetas, a saber, a de serem mediadores entre Deus e seu povo. Em vista disso, podemos dizer que, de acordo com o Novo Testamento, livros inspirados e, por isso mesmo, canônicos eram produzidos apenas por profetas "movidos pelo Espírito Santo". Entretanto, esta conclusão leva-nos a outro problema, pois bem sabemos que nem todos os livros do Antigo Testamento foram escritos por profetas, isto é, por pessoas que ocupavam o ofício profético. Mas, por outro lado, se tomarmos a sério a estreita associação entre aliança e cânone, como foi desenvolvida acima, e se notarmos que Deus estabeleceu a sua aliança através de um mediador, Moisés, e prometeu que continuaria a comunicar-se ao seu povo por meio de mediadores semelhantes a Moisés, a saber, os profetas (Dt 18.15-22), então veremos que sempre que o Senhor da aliança achava por bem acrescentar alguns detalhes ou desenvolver alguns aspectos da aliança, com a finalidade de levar o seu povo a compreender melhor o significado e as implicações do seu relacionamento com ele, ele chamava alguém, pela ação do Esprito, para escrever tais detalhes ou aspectos, adicionando-os aos anais da sua aliança, o cânone do Antigo Testamento. E assim que tais ° escritos faziam a sua aparição, eles imediatamente faziam-se reconhecer como parte daquele corpo escriturístico que já era norma e regra da fé e conduta do pOVO de Deus. Isto significava que mesmo aqueles autores de livros canônicos que Qão eram profetas no sentido clássico exerceram esta função ao produzir as suas obras inspiradas, pois naquele momento ou período eles exerciam a função de mediadores do Deus da aliança, transmitindo as suas palavras, Tendo feito essas qualificações, podemos dizer que, no sentido humano, a "profeticidade" é o princípio de canonicidade. Quanto aos livros Apócrifos, então, é apenas necessário dizer que eles simplesmente não são obras escritas por profetas "movidos pelo Espirito Santo"; nenhum deles reclama esta qualificação. Em vista disso, desde o seu aparecimento eles não se fizeram reconhecer como integrantes do cânone. E, assim, embora fazendo parte da Septuaginta, a tradução grega muito usada no tempo de Jesus, eles jamais foram citados como Escritura no Novo Testamento. Esta constatação final, pelo menos, além do que foi dito acima, deveria merecer a nossa confiança. Para finalizar queremos apenas destacar brevemente algumas implicações teoiógicas da posição apresentada no corpo deste estudo. O reconhecimento de que as origens do cânone coincidem com a fundação do reino de Deus em Israel, no Sinai, leva-nos a observar, em primeiro lugar, que a Escritura já no momento de sua aparição possui o caráter de uma palavra triunfante, pois surge em conseqüência de uma demonstração do poder de Deus em julgamento e salvação, de acordo com promessas proféticas dadas aos patriarcas. Em segundo lugar, observamos que, constituindo-se no próprio documento da aliança, esta palavra triunfante tem como função o estruturamento do reino da aliança. E ela desempenha essa função de duas maneiras, a saber, como palavra de poder e palavra autoritativa. Como palavra de poder a Escritura possui o seu protótipo nas enunciações criadoras de Deus rei atadas em Genesis 1, pelas quais ele de fato criou luz, vida, etc. Da mesma forma, 177 a palavra da Escritura, manejada eficazmente pelo Espírito, é poderosa para a existência a nova criação de Deus. É por meio da Escritura como palavra poderosa que Deus prepara e incorpora o seu povo como pedras vivas na estrutura do seu Templo. No estudo do cânone, no entanto, a preocupação gira mais em torno da Escritura como palavra autoritativa. Nesta função ela constitui-se num modelo arquitetõnico, pois canonicidade é uma questão de normaS. Sendo assim, as Escrituras funcionam como autoridade delineadas dos elementos constituintes do santo Templo de Deus em suas dimensões históricas e teológicas, humanas e divinas. Em outras palavras, a insistência da Reforma que as Escrituras formam a Igreja, e não vice-versa, fica aqui confirmada e é colocada em destaque. Mas, nesta função específica das Escrituras, será que o Antigo Testamento ainda possui para nós que vivemos sob a Nova Aliança a mesma autoridade como para o antigo Israel? Certamente não. Se o Antigo Testamen-· to ainda tivesse para nós a mesma autoridade que teve para o antigo Israel, deveríamos submeter-nos à prática da circuncisão e à observação do sábado, etc., pois canonicidade é uma questão de normas e regras de fé e conduta. O Antigo Testamento, então, permanece normativo para a fé, em todos os séculos (todo o Novo Testamento constituise numa confirmação e desenvolvimento do Antigo, neste sentido), mas ele não permanece normativo para a conduta, a não ser naquelas normas de vida que de alguma forma foram confirmadas pelo Novo Testamento. Em vista disso, deveríamos falar não em "cânone das Escrituras", mas em "cânones do Antigo e do Novo Testamento", que juntamente constituem as "Escrituras", estabelecendo assim uma distinção entre "cânone" e "Escrituras". Esta distinção não envolve a negação da infalibilidade do Antigo Testamento; ela apenas afirma que o "cânone" da Igreja da Nova Aliança e o Novo Testamento, enquanto que as "Escrituras" consistem nos oráculos de Deus comunicados ao seu povo tanto na era Mosaica como na era Messiânica. Finalmente, é preciso enfatizar que, embora não sendo autoritativo para nós 178 em matéria de conduta ou vida, o Antigo Testamento continua sendo parte integrante das Escrituras da Igreja. como tal ele é palavra poderosa dirigida a nós como lei e evangelho para julgamento e salvação, a fim de que nos arrependamos e confiemos no Messias, o Emanuel de Deus, Jesus Cristo. Além disso, como parte das Escrituras, o Antigo Testamento é palavra autoritativa em matéria de fé, sendo que, juntamente com o Novo Testamento, é normativo para a teologia tanto em suas dimensões divinas como humanas. A ignorância de um ou outro dos fatos acima apontados pode levar-nos a sérias consequências teológicas, Entre outras, enumeramos as seguintes: (1) Se ignorarmos que o Antigo Testamento não é mais normativo em matéria de conduta, seremos de alguma forma "judaizantes" modernos; (2) Se, na prática, considerarmos que o Antigo Testamento é supérfluo para a fé cristã baseada no Novo Testamento, então ou a nossa teologia acabará sendo acentuadamente colorida pelo pensamento grego, (3) ou, no extremo, exaltaremos as nossas próprias fantasias e aspirações como expressões do pensamento de Deus; (4) Mas, acima de tudo, tal atitude deixar-nos-á extremamente empobrecidos, pois negligenciamos dois terços da rica, poderosa e genuína palavra escrita de Deus. Portanto, é absolutamente necessário que todos aqueles que ensinam e pregam na Igreja de fato façam jus ao princípio praticado pelos escritores das nossas Confissões, isto é, façam uso constante do "Antigo e Novo Testamentos", a fim de que em todas as atividade da Igreja se reflita uma teologia sadia. t BIBLIOGRAFIA Baltzer, Klaus. The Covenant Formulary: In Old Testament, Jewish, and Early Christian Writings. Traduzido por David E. Green. Philadelphia: Fortress Press, 1971. Bright, John, The Authority of the Vld Testament. Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1975. Geisler, Norman L. "The Extent of the Old Testament," em Current Issues in Biblical and Patristic Interprelaticr' honor of Merril C. Ten~=, _~ his former students). Eê-õ:: F. Hawthorne. Grand o~: ::;; William B, Eerdmans Pija ,,- -~ 1975. Pp. 31-46. Green, William Henry_ G~~ tion to the Old Testam~,.,:- . 'New York: Char'62 S: -:;;, 1916. Harris, R. 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Gr::c York: Abingdon '>5S:O ::-,;; " =:"", Woudstra, Marten fi_ r;~ Cj;j cognition of the Old T~.a~ of the Christian CanorL .:.-ª dada na capela do Ca _ ., Sexta-feira, 1.° de r:,s-:;;; Grand Rapids, Mich:;aological Seminary, -,s,:.; 2' de conduta ou vida, o An2:-nento continua sendo parte das Escrituras da Igreja. I:: sie é palavra poderosa dirigi:omo lei e evangelho para jul: salvação, a fim de que nos ~os e confiemos no Messias, de Deus, Jesus Cristo. Além - o parte das Escrituras, o An::-nento é palavra autoritativa 2 de fé, sendo que, juntamente .0 Testamento, é normativo pagia tanto em suas dimensões :-no humanas. 'ància de um ou outro dos faapontados pode levar-nos a 'sequências teológicas. Entre Jmeramos as seguintes: (1) Se que o Antigo Testamento não ormativo em matéria de conrnos de alguma forma "judai(2) Se, na prática, Ddernos; ~,08 que o Antigo Testamento ) para a fé cristã baseada no 2mento, então ou a nossa teoará sendo acentuadamente copensamento grego, (3) ou, no ialtaremos as nossas próprias , aspirações como expressões 'ento de Deus; (4) Mas, acima tal atitude deixar-nos-á extreempobrecidos, pois negligenis terços da rica, poderosa e ",lavra escrita de Deus. Por2bsolutamente necessário que 'es que ensinam e pregam na ato façam jus ao princípio pra)8 escritores das nossas Cono é, façam uso constante do Novo Testamentos", a fim de das as atividade da Igreja se teologia sadia. BIBLI OGRAFIA aus. The Covenant Formulary: estament, Jew!sh, and Early Nritings. Traduzido por David Philadelphia: Fortress Press, n, The Authority of the l.li\:1 Grand Rapids, Michigan: k House, 1975. rman L. "The Extent of the Old , em Current Issues in Siblieal and Patristic lnterpretation (Studies in honor of Merril C. Tenney presented by his former students). Editado por Gerald F. Hawthorne. Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishlng Company, 1975. Pp. 31-46. Green, William Henr!. General Introduction to the Old Testament: The Canon. 'New York: Charies Scribner's Sons, 1916. Harris, R. Laird. lnspiration and Canon!city of lhe Bible: An Historical and Exegetical Study. Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1969. Harrison, R. K. Introduction to the O!d Teslament. Grand Rapids, Michigan: Wll!lam B. Eerdmans Publishing Company, 1969. Young, Edward J. "The Canon of the Old Testament," em Revelation anã the Bible: Contemporary Evangelical Thought. Editado por Carl F. H. Henry. Philadelphia, Pennsylvania: Presbyterian and Reformed Publishing Company, 1958. Pp. 154-168. --:0:-AS TRADUÇÕES DA BíBLIA Walter G. Kunstmann Sellin, Ernst and Georg Fohrer.lntroduction to the Old Testament. Traduzido por David E. Green. Nashville e New York: Abingdon Press, 1968. Quando o Senhor da Igreja mandou seus discípulos a todo o mundo a fim de pregarem a todas as nações a Palavra da Vida, e quando: no dia do Pentecostes équipou os apóstolos com o Espírito Santo, também Ihes concedeu falarem em diversas linguas, desta maneira Ele certamente manisfestou a sua vontade que houvesse comunicação direta com as nações no próprio idioma destas. Por isso era do agrado do Senhor que na medida do possível a Sua Palavra se tornasse acessível a todos, não apenas aos eruditos, como aconteceu na Idade Média no seio da Igreja Católica com a Bíblia em latim, mas que surgissem traduções nos idiomas que prevalescessem. E como fez Lutero, que ao traduzir a Bíblia para o alemão achou índispensável de "dem gemeinen Mann aufs Maul schauen", de reparar na linguagem do homem comum, surgiram em todas as épocas traduções da Bíblia ou de partes da mesma. Desta maneira foram feitas traduções para os idiomas universais nas respectivas épocas: a Septuaginta para o mundo grego que por séculos era o idioma universalmente falado e lido {1}, e depois a Itala - Vulgata (2), quando os romanos conquistaram e governavam o mundo de então. Woudstra, Marten H. The Continued Reeognition of the Oid Testament as Part of the Christian Canon. Aula inaugural dada na capela do Calvin Seminary Sexta-feira, 1.° de novembro de 1963. Grand Rapids, Michigan: Calvin Theological Seminary, 1963. Mas desde cedo surgiram no oriente traduções de importância mais ou menos regional e de carater missionário, abrangendo muitas vezes apenas o Novo Testamento. Depois de Tatiano (ca 172 AO) com seu Diatessaron (harmonia dos evangelhos) e diferentes versões si- Jeffery, Arthur. "The Canon of the Old Testament," em The Interpreter's Bible. Editado por George Arthur Buttrick et aI. Vol. I. New York e Nashville: Ablngdon Press, 1952. Pp. 32-45. Johnson, John. Revelalion, Canonicily anã Interpretation. Springfield, 111.: Concordia Seminary Print Shop, 1967. Kline, Meredith G. The Structure of Biblical Authority. Grand Rapids, Michigan: Willlam B. Eerdmans Publishing Company, 1972. Metzger, Bruce M. (editor). The Apocrypha of the Olã Testament: Revised Standard Version. New York: Oxford Universily Press, 1965. Rowley, H. H. The Growth of the Old Testament. New York e Evanston: Harper & Row, Publishers (Harper Torchbooks), 1963. 179 riacas, das quais a Peshitta (3) é a mais importante, podemos lembrar a armênica, isto de um lado, e do outro lado, desde o 4. século da era cristã as versões cópticas (a sahídica e a bohairica) e a etiópica, seguidas mais tarde pela arábica. No ambiente germânico, primeiro e digno de menção a tradução gótica de Wulfila (Ulfila), bispo missionário dos godos, que, para poder dar a Bíblia ao seu povo adotivo, teve que inventar o alfabeto gótico. Em Upsala é guardado o "Codex Argenteus" desta tradução. Existem ainda muitos manuscritos parciais da mesma versão, como o "Codex Carolínus". Houve nos séculos XV e XVI vários ensaios de traduções para o aiemão, geralmente feitas com base apenas na Itala-Vulgata. Mas estas não podem ser comparadas com a do reformador Martinho Lutero que, depois da tradução do NT no seu retiro na Wartburgo em 1522, deu ao povo alemão a Bíblia toda num caprichado alemão, compreensível para todos, desde 1534, fazendo, posteriormente, ele mesmo, nada menos do que 8 revisões desta obra, sempre melhorando-a, até 1546. Por causa da linguagem antiquada, desde 1864 até 1912 foram 'feitas revisões da "Bíblia de Lutero", mas com as necessárias atualizações lamentavelmente foi mudado também o teor de várias passagens quanto ao seu sentido em conformidade com a teologia racionalista-Iiberal do século passado. Lutero traduziu das línguas originais e da maneira mais fiel possível. Ao lado de traduções modernas para o alemão, também feitas em confordade com os originais, como p.ex. a de H. Menge (1961), podemos mencionar ainda "Gute Nachricht für Sie" (Boa Nova para Você), o NT em linguagem de hoje, que se beseia nas edições paralelas populareS inglesas "Good News for Modern Man" e "The New Testament in Today's English Version", com muitas deficiências devido a liberdades tomadas para com o texto. Diz Bo-Reicke (4); "Traduções não alemãs há legiões, especialmente após a invenção da arte tipográfica e da Reforma". Isto em território luterano e reformado, algumas com base em Lutero que mais tarde foram modernizadas nos séculos XVIII a XX (5). 180 Só de traduções para fins missionários, da Bíblia, do NT e de partes das Escrituras, existem mais de 1000 em línguas e dialetos diferentes. Esta obra está sendo continuada, e ainda resta muito a fazer (6). Em parte, os missionários, antes de poderem dar a Palavra de Deus às tríbos no meio das quais estavam e estão trabalhando, tiveram que inventar além de vocábulos e designações para cousas abstratas (como alma, pecado, eternidade, etc.) até letras e sinais para idiomas e dialetos que nunca antes possuiram escrita ou literatura. Não falta muito que se cumpra a Palavra (Mt 24.14): "E será pregado este evangelhO do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." Quanto, agora, à divulgação de Biblias e partes da mesma é necessário lembrarmos que nao apenas na antigüidade e no começo da Idade Média as cópias foram feitas à mão e com isto se tornaram caríssimas, fora do alcance do povo em geral, até que Deus, certamente com isto visando a maior divulgação de Sua Palavra, em 1452 fez surgir a 1.a Biblia impressa. Joh. Gutenberg inventou a arte tipográfica, de modo que a tradução feita por Lutera pudesse "ter livre curso". Mais tarde foram as Sociedades Siblicas que mais contribuíram para uma divulgação em larga escala da Palavra de Deus. Surgindo na época do pietismo, publicavam altruisticamente, i.e. sem visar lucro algum, pelo contrário, POSSIbilitando mediante as contribuições de seus associados a venda da Bíblia abaixo do preço de custo, obra esta ricamente abençoada por Deus. É considerada a primeira Soe. Bíblica a "Cansteinsche Bibelanstalt", fundada em 1710 em Halle, Alemanha, pelo Barão H. Canstein. Mas esta sociedade ainda tinha um carácter local. Quando, porém, em 1804 foi fundada a Sociedade Bíblica Britânica, seguida pela "Württenbergische Bibelgesellschaft" (1812) e a "Haupt-Bibelgesellschaft", em 1814, a Sociedade Bíblica da Saxônia, também em 1814, e mais tarde (1852) a de AItenburg na Alemanha, isto em nada agradou a Satanás, o inimigo mortal da Palavra de Deus. Quando se tinha formado até uma Soco Bíbl. Católica em Regensburg (por V;f;tt,-~-imprimiu e divulgou c- ~ tólica para o alemãG ''-~2 ander von Ess e cutr:5 _--=em 1817, não apenas '2: - :'" 2.-;; Regensburg, mas ta",:2demais Sociedades "õ: Isto, porém, não aper-=-5 -~::; trabalho abençoado ':::5 -::~ des, mas em segui-:2. '- '- A se formaram tais SGC '-: '- :~=: surgiu na Alemanha: é-':~ lischer Bibelgesei!sc-a'-2ciedades Bíblicas :::.::-;~:;: 1950, a "United B':;2 ~: ~'''' sociedades afiiiads2 2- --::iEi Esta UBS, em 1873 - ,-- -." de 1526 diferentes "-s- ; ~"" ou de partes da '-:::-" :'=' nações em dife'e~~:ô~ -: _::;; indigenas. O que mais ce ::-: -'" ou antes devia ':e·,,~-':. terra é a fund2ç2.: :õ. ·5:,:,~ :3 do Brasil (888 8~ -~ _= ~ agora com 5e:'8:õ.' õ.õ ',,: _'" se todos os e3·'õ~-' :: :s ano de seu 2:·: O''' ~-~ çado mais res da 2':.2. :::.: :, -, Ult!:T:2.c2-:e Iica Ro'T:s~õ. :: _:: ::- -=.~ rável a 8:: 2. to Sibil:: :e~·õ. ;: Splritu", '9':2 - __ 5 Bispos do 2-2: :~ .. ~ dou com 3. L~2:0 da" e a ao:t:. "3: :.=-- o::;; "Bíblia na L";; _:;;e- :~ até agora foi ::.: :.::.: na 2.a edição. :Ô2:-2-':-::·.ã! ção do AT e 2.25- :: = :2 1980. Isto nos leva e ::=: do primeiro tr2cL:::: :e:: _ ~ tuguês, o Rev. J02.: =" ,,~ (7). Pouco se ;2'2 õ.::, '" '" P. ex. o Dicionár!:: ::- .. ~ leiro, por Alvaro Va; ~ sonagens com o no'-", := porém, lamentavelr8-"8 :'" humilde reverendo ;:;e ;; :-="" tanto devemos. Almeida, nascia:: gal, em 1628, deixo;; " '." • 14 anos, indo para ~ ": ='ª para MálacA nas '''Q':;2 ---j ,j::, ': = _ ~, = _, ~ ~ , .. '" = e- ~ ~'aduções para fins missionáaiia, do NT e de partes das existem mais de 1000 em linsietos diferentes. Esta obra continuada, e ainda resta mu·6). Em parte, os missionários, :::derem dar a Palavra de Deus -o meio das quais estavam e a'hando, tiveram que inventar . :::cábulos e designações para ;seratas (como alma, pecado, etc.) até letras e sinais pae dialetos que nunca antes escrita ou literatura. 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Quando, 1804 foi fundada a Sociedade tànica, seguida pela "WürttenBibelgesellschaft" (1812) e a slgesellschaft", em 1814, a Bíblica da Saxônia, também e mais tarde (1852) a de AI, Alemanha, isto em nada a,satanás, o inimigo mortal da Deus. Quando se tinha foruma Soe. Bíbl. Católica em Regensburg (por Wittmann, 1805), que imprimiu e divulgou uma tradução católica para o alemão feita pelo Prof. Leander von Ess e outros, uma bula papai, em 1817, não apenas fechou a SB de Regensburg, mas também amaldiçoou as demais Sociedades Bíblicas existentes. Isto, porém, não apenas não impediu o trabalho abençoado das mesmas entidades, mas em seguida em todo o mundo se formaram tais sociedades. Em 1948 surgiu na Alemanha o "Verband Evangelischer Bibelgesellschaften" (Liga de Sociedades Bíblicas Evangélicas) e, em 1950, a "United Bible Society" com 56 sociedades afiiiadas em todo o mundo, Esta UBS, em 1973, distribuiu um total de 1526 diferentes traduções da Bíblia ou de partes da mesma para todas as nações em diferentes ,línguas e dialetos indígenas .. O que mais de perto nos interessa, ou antes devia interessar, nesta nossa terra é a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) em 10 de junho de 1943, agora com secretarias regionais em quase todos os estados do Brasil e que no ano de seu 25.0 aniversário já tinha lançado mais do que 10 milhões de exemplares da Bíblia toda ou partes da mesma. Últimamente também a Igreja Católica Romana divulga em medida considerável a Bíblia. Isto se deve ao Movimento Bíblico desta Igreja ("Divino Amante Spiritu", 1943). A Conferência Geral dos Bispos do Brasil, recentemente, concordou com a"Almeida Revista e Atualizada" e a adotou tão bem como a nossa "Bíblia na Linguagem de Hoje", da qual até agora foi publicada apenas o NT (já na 2." edição). esperando-se a publicação do AT e assim da Biblia tl)da para 1980. Isto nos leva a dizer algo a respeito do primeiro tradutor da, Bíblia para o português, o Rev. João Ferreira de Almeida (7). Pouco se fala sobre este pioneiro. P. ex. o Dicionário Enciclopédico Brasileiro, por Alvaro Magalhães, traz 8 personagens com o nome de Almeida, deixa, porém, lamentavelmente, de mencionar o humilde reverendo de Batávia, a quem tanto devemos. Almeida, nascido em Lisboa, Portugal, em 1628, deixou a sua pátria já com 14 anos, indo para a Holanda e depois para MálrlcR nas Indias Orientais, onde ele, que tinha sido educado por um clérigo na fé católica, se converteu e fez confissão de fé para a Igreja Reformada. Casou com a filha de um pastor holandês. Só, agora começou a estudar as Iinguas originais das Escrituras Sagradas. Com 16 anos traduziu o NT para o português, mas esta versão deve ter sido feita da Vulgata. Como pastor, serviu a grande congregação evangélica de Batávia na ilha de Java, desde o ano de 1663 até 1689. Faleceu em 1691. Além de traduções para sua língua materna de Esopo, do Catecismo de Heidelberg e outras obras da Igreja Reformada, traduziu enfim toda a Bíblia das línguas originais (8). Esta Biblia portuguesa foi impressa várias vezes na Batávia e na Holanda, depois também em Nova lorque, Londres e Rio de Janeiro. E esta a Bíblia que a SBB, por comissão revisara, atualizou, sempre com base nas línguas originais, como também ao português moderno, Isto num trabalho de mais de 7 anos. Nesta revisão, a nossa Igreja tem prestado importante colaboração sobretudo o saudoso Prof. Dr. Paul W. Schelp. Enquanto diverSaS equipes trabalharem em diversos centros do Brasil (9), a última revisão geral foi feita por Dr. Schelp, assistido, quanto ao português, pelo rev. Antônio de Campos Gonçalves num trabalho de dois anos em tempo integral, período em que a nossa Igreja Ev. Luterana do Brasil licenciou o Dr. Schelp de sua cadeira no Seminário Concórdia em Porto Alegre, RS, assim que ele desta maneira pode dedicar-se integralmente a trabalho tão importante, sendo naquela ocasião substituído na sua cátedra pelo então pas'cr da Com. Ev. Luterana "Cristo" de Porto Alegre, o abaixo firmado. Desta maneira a referida congregação também quis colaborar para que se realizasse a magna obra. A atualização e revisão, sempre com base nos melhores textos das línguas originais, podia muito bem ser considerada uma nova "tradução". Mas, é uma homenagem, aliás muito merecida, ao grande vulto, o rev. João Ferreira de AImeida e seu trabalho gigantesco, pois traduziu toda a Blíbia sozinho, pessoalmente. Assim foi resolvido que seu nome venerando continuasse no frontispício de nossa Bíblia brasileira. 181 Nunca houve uma tradução que não tivesse, posteriormente, necessitado de correções e aperfeiçoamentos. Assim existe para este fim no seiol da nossa SBB a "Comissão Permanente de Revisão e Consulta" (10) que recebe continuamente sugestões para o aprimoramento da Bíblia Revista e Atualizada. Tais sugestÕés, é claro, devem ser bem fundamentadas sempre com argumentos gramaIlcais, lexicográficos, ou então baseados no contexto e consenso bíblicos, e isto tanto quanto às línguas originais como ao português. Para ta! a citada comissão pede a colaboração das igrejas e seus componentes, de professores e teologandos, de ministros e leigos. E falando de correção e sugestões: isto vale igualmente para a "Bíblia na Linguagem de hoje: O Novo Testamento", agora já na sua 2." edição. O AT na linguagem de hoje ainda está sendo elaborado. A "Comissão para Versões Biblicas" da nossa Igreja-Mãe nos Estados Unidos, mediante a "Comissão para Teologia e Relações Eclesiais" (CTCR), distribuiu recentemente (setembro de 1975) um trabalho, entitulado "Comparative Study of Bible Translations and Paraphrases". No preâmbulo diz entre outras: "Por causa das muitas traduções das Sagradas Escrituras agora disponiveis e em uso popular, a CTCR pediu da "Com. para Versões Bíblicas": " ... desenvolver critérios para auxiliar individuos a avaliar traduções contemporâneas da Bíblia" (cf. Canvention Workbook, 1971, pg. 36). Em resposta a este pedido, a Com. para Versões Bíblicas preparou este estudo comparativo de dez das mais amplamente usadas traduções e paráfrases da Bíblia ..." Escolheram para fins analíticos as passagens bíblicas constantes das Perguntas 121 a 159 do Catecismo Sinodal, comparando os termos de 6 traduções (5 recentes mais a "King James Version") e de 4 paráfrases (entre estas o NT na linguagem de hoje, "Good News for Modem Man", e os salmos como parte da mesma obra). O "Novo Dicionário de Aurélio" traz sob "paráfrase": 1) Desenvolvimento -do texto de um livro ou de um documento, conservando-se as idéias originais ..2) Tradução livre ou desenvolvida .. - Por "desenvolver" entende-se: aumentar, explicativamente. 182 Agora o nosso equivalente do NT "for Modem Man", o "Nt na Linguagem de Hoje", certamente não conserva apenas as idéias originais, e não desenvolve, antes simplifica e reduz vocabulário, visto ser este bastante reduzido em mais do que a metade do povo brasileiro, a quem se quer proporcionar também a Palavra de Deus. O NT na Linguagem de Hoje não foi criado para substituir o NT da Almeida Revista e Atualizada, e muito menos para servir no altar e no púlpito. E que nesta tradução possam ser encontradas falhas e erros, e que exista a possibilidade, sim, a necessidade de aprimoramento, jamais foi negado. Isto acontece com cada nova tradução, como tem acontecido com a de Lutero também (oito revisões por ele mesmo feitas), A Almeida Revista e Atualizada está sendo corrigjda ainda hoje, onde isto se comprovar necessário. Mas para que tal aconteça é indispensável a colaboração (não apenas uma crítica generalizada e destrutiva) de todos nós. O autor desta, por experiência própria sabe, como são levadas a sério as "reclamações" pela comissão competente, da qual ele faz parte. O que mais interessa no opúsculo dos irmãos da Igreja-Mãe é o resultado a que chegaram com sua classificação. Aquilo que - sempre da seleção reduzida de passagens analisadas (num total de 104 passagens, das quais 7 são do AT e o resto do NT) - foi julgado bom sob todos os aspectos, não levou nota. Os marcados com 1) são considerados "usáveis, mas não refletindo o original tão bem como devia". Os marcados com 2) são considerados "não usáveis". Agora: nas 10 traduções analisadas as melhores são KJV (King James VerO = 5. A NASV (New sion), com 5 American Standart Version) com 2+3=5. A NIV (New Intemational Version, NT) 4 = 6. O que neste contexto com 2 interessou mais o autor desta é a TEV (Today's English Version: Good News for Modem Man, NT), classificado entre as "paráfrases" e correspondendo (11) ao nosso NT na Linguagem de Hoje, a classificação é 7 13 = 20, enquanto outras traduções: a NEB (New English Bible), a JB (Jerusalem Bibie), a PH (Philips, NT in Modem English) e a LB, esta "pará- + + + frase" The Living Bible Pé'.2':; mam 23, 30, 30 e 53 ,=:::-== As conclusões gera:s. :::0; liza a publicação da CTC::: :'ª acertadas, referindo-se :: c:,;,: duções da Bíblia em ~:=::= "-1- Nenhuma versão é p"'~ huma versão é inadequad~ ~ sagem - 3 - Algumas .8r:--':_ usadas com maior pree-::_c; outras, como o sumário ,~d:Cc!: dispensável competência ~..=:s bíblicas (12) ao julgar "'~ Concluimos esta decimentos a Deus G-,~ ~:" Palavra desde os cr"g-:: = ;;; sos dias; que foi dae·a. ': ':s§ ;-~j! da, no nosso idioma. trossim, à Socied2d~ :: = .::;; por seus esforços 2.-'_ :-! Bíblia ao povo bras:~': :: coração a colabor202: :~ '" penas no trabalho =;;: ~ b!ia, mas espeG"?>"~--~ :; o':! çoamento das tr2..:·;;:, ':= ::" sa Igreja traba[~2 ~ :: - ~ camos a nossE. '2 _'" ! nossas al171as c:- =- (1) A Septuaginta 11 (283-246 2.. C-=- _. = .." '" ,-~ .. -=- :;;;, duzida por 72 ~'_: --2 2'~ mente para a :: : 2< :c= tornou-se OCo:;::: ":2 .. pora bem C0171: ::..= cristãos na fase Testamento. (2) ítala é n0171eoc;~'" .." ~ cedente para as t,a: gas antes de He-c:- -: ~ Vulgata) que, frag""","'t",""'=: de ca 175 a 400 ,:'.0. P:' -= lia e Espanha o po'i::: .. 2: ~ o grego da LXX, C2":::2 .. ~ pes) foram traduzidc:s ::.2'2 o uso nos cultos. Es:",: c:::: ram uniformes, e ftêS c. " ção local desta espsç S ==':l; lata Agostinho. - A Vu1g..,""" é a versão oficiai e 2."~: -" Católica desde 1546. _ - ~ te, a ítala, a Vulgata,:_~-~ geral originou-se ccr'", :.. = ~ 390 a 405 AD em 82'=- ::=: do original hebraico. ,:.. ~:; =- :::;c! : 'lOSSO equivalente do NT "for '::.r,". o "Nt na Linguagem de r:::.mente não conserva apenas :"ginais, e não desenvolve, an'ca e reduz vocabulário, visto :::.stante reduzido em mais do 2.de do povo brasileiro, a quem .'cporcionar também a Palavra O NT na Linguagem de Hoje -ado para substituir o NT da 'svista e Atualizada, e muito -a servir no altar e no púlpito. -::: tradução possam ser encon2.Se erros, e que exista a possim, a necessidade de aprijamais foi negado. Isto a:,m cada nova tradução, como s:::ido com a de Lutera também 3es por ele mesmo feitas). A .avista e Atualizada está sendo :::inda hoje, onde isto se com:essário. Mas para que tal a, indispensável a colaboração ::.s uma crítica generalizada e de todos nós. O autor desta, éncía própria sabe, como são sério as "reclamações" pela :::ompetente, da qual ele faz frase" The Living Sibie Pa:aphrased), somam 23, 30, 30 e 53 respectivamente. As conclusões gerais, com que finaliza a publicação da CrCR ótimas e bem acertadas, referind·:)-se a todas as traduções da Bíbiia em todas as épocas: "01- Nenhuma versão é perfeita. -2- Nenhuma versão é inadequada em cada passagem - 3 - Algumas versões devem ser usadas com maior precaução do que outras, como o sumário indica. -4- e indispensável competência nas linguagens bíblicas (12) ao julgar uma versão." Concluimos esta com sinceros agradecimentos a Deus que velou sobre Sua Palavra desde os originais até aos nossos dias; que foi dada, e está sendo dada, no nosso idioma. Agradecemos, outrossim, à Sociedade Bíblica do Brasil por seus esforços altruístos em dar a Bíblia ao povo brasileiro. E pedimos de coração a colaboração de todos não apenas no trabalho de divulgação da Bíblia, mas especialmente para o aperfeiçoamento das traduções com que a nossa Igreja trabalha e com as quais edificamos a nossa fé para a salvação de nossas almas. Notas mais interessa no opúsculo dos igreja-Mãe é o resultado a que COITIsua classificação. Aquilo :)re da seleção reduzida de pasaiisadas (num total de 104 pas,s quais 7 são do AT e o resto foi julgado bom sob todos os não levou nota. Os marcados ~o considerados "usáveis, mas ndo o original tão bem como )s marcados com 2) são con"não usáveis". nas 10 trad uções anal isadas James Ver5 O = 5. A NASV (New Standart Version) com 2+3=5. ~ew International Version, NT) <i = 6. O que neste contexto mais o autor desta é a TEV :nglish Version: Good News for :an, NT), classificado entre as s" e correspondendo (11) ao na Linguagem de Hoje, a clas:; 7 13 = 20, enquanto outras a NEB (New English Bible), ;salem Bible), a PH (Philips, NT English) e a LB, esta "pará9S são KJV (King + + (1) A Septuaginta (LXX), sob Ptolomeos II (283-246 a.C.) na ilha de Pharos traduzido. por 72 eruditos israelitas, inicialmente para a biblioteca de Alexandria, tornou-se o código dos judeus na díáspora bem como, quanto ao A T o dos cristãos na fase inicial da era do Novo Testamento. (2) Haia é nome quase coletivo e imprecedente para as traduções latinas antigas antes de Hierônimo (tradutor da Vulgata) que, fragmentárias, circularam de ca 175 a 400 AO. Por na Africa, Itália e Espanha o povo não mais dominar o grego da LXX, certos trechos (perícopes) foram traduzidos para o latim para o uso nos cultos. Estas versões não foram uniformes, e ítala foi uma designação local desta espécie, segundo nos relata Agostinho. - A Vulgata, por sua vez, é a versão oficial e autorizada da Igreja Católica desde 1546. Utilizando, em parte, a ítala, a Vulgata, quanto ao AT, em geral originou-s6 com Hierônimo, que de 390 a 405 AO em Belém traduziu o AT do original hebraico. A Vulgata passou por diferentes fases, até que, desde 1546, no Concílio de Trento fosse declarada "autorizada", mas obteve, depois de várias revisões por comissões nomeadas no Concílio, a sua forma definitiva somente em 1592 (sob os Papas Sixto V e depois Clemente VIII). (3) A Peshitta ("a Simples") foi a maís usada das traduções sírlcas (revisão concluída ca 400 AO), traduzido. do grego e do Targum, por isso de pouco valor para a crítica sacra. (4) Bibl.,-Hist. Handworterbuch, I, 244). (5) Na Inglaterra, W,Tyndale, NT 1525 M. Coverdale, 1535, mais tarde com outras traduções aproveitada para a "Great Bible ", 1539, revisada esta para a "BIshop's Bible", 1568, chegando, posteriormente, à "King James Version" ou "Authorized Version", 1611. Esta última é, depois da de Lutera, a tradução mais divulgado.. Novas revisões em inglês são: a "Revised Version", 1881/85, a "Standard Version", 1901, e afinal a "Revised Standard Version", 1952, esta última surgido. nos Estados Unidos onde, em 1971, apareceu a "The New English Bible". Iria levar-nos longe demais, se aí quiséssemos enumerar todas as traduções surgidas na Suiça, na Holanda, nos países escandinávios. (6) A "United Bible' Society" (UBS) com a sua publicação "The Bible Translator", ulTIa revista técnica que quer "ajudar aos tradutores", agora já por 26 anos, às comissões tradutoras ou aos missionários que., isoladamente, traduzem textos bíblicos das línguas originais em todo o mundo. A UBS ajuda também financiar tais empreendimentos. Restam ainda centenas de tribos com idiomas próprios que ainda não possuem a "sua" Bíblia. Os missionários não deviam ensinar, como antes tem sido a regra, aos indígenas um idioma mundialmente conhecido, que todavia sempre para eles continuaria língua estrangeira, para somente depois instruí-Ios mediante este idioma e começar a sua obra missionária. (7) Para informações mais concisas a respeito confere: P. Schelp, Igreja Luterana 1954, 9/10, pgs. 173-181, e 11/12, pgs. 243-249. (8) NT três edições por ele feitas: 1681, 1693 e 1712; a 1." edição do AT foi publicada só após a sua morte por seus sucessores no pastorado de Batávia, em 183 1748. Escreve David Lopes "A expansão da língua portuguesa no Oriente nos séculos XVI, XVII e XVIII", Barcelona, 1936, diz: "A segunda tradução (da Bíblia), feita pelo católico Antônio Pereira de Figueiredo, sobre a Vulgata latina, ortodoxa, pois, é superior (a de Almeida) ...". Isto deixa claro, que a primeira foi de Almeida e que esta, por Lopes considerada não ortodoxa por não se basear na Vulgata, consequentemente se baseara nos textos hebraico e grego. (9) Além do Dr. Schelp colaboraram da nossa Igreja entre outros os revs. Th. Reuter, Prof. Johannes H. Rottmann, Prof. W. K. Wadewitz, e o autor desta. (10) Desta, o signatário é membro, tendo preenchido a vaga deixada pelo Dr. Schelp. (11) Prof. Dr. Robert Bratcher, que dirigiu nos EU os trabalhos desta tradução, é colaborador constante também da nossa "em Linguagem de Hoje". (12) Hebraica e grega. A HISTORICIDADE DE ADÃO E EVA Paulo W. Buas Amo Besse! (Estudantes de Teologia - 3.° ano Seminário Concórdia) Capítulo I Introdução Objetiva-se através desta monografia verificar em que implica afirmar ou negar a historicidade de Adão e Eva. De princípio achou-se conveniente abordar a problemática da diferenciação entre história e mito, uma vez que é importante definir sob qual dessés termos deve ser classificado o relato bíblico da criação do primeiro homem. Em seguida, julgou-se oportuno apresentar diversos pontos de vista referente ao tema deste estudo. Por último, tentou-se, sumariamente, afirmar a hístoricídade de Adão e Eva. Resta ainda ressaltar a complexídade que envolve a abordagem dum tema co184 mo este aqui tratado. Encontrou-se dificuldades na coleta de fontes que fornecessem indicações precisas e as bases para formar as afirmações convenientes ao caso. - (As traduções das citações do original foram feitas para a publicação pelos próprios autores). Capítulo Diferenciação entre 1I história e mito A teologia moderna ultimamente, com freqüência, se tem perguntado o que é verdadeiro, histórico, e o que é mitológico na Bíblia, Antes de se fazer qualquer julgamento sobre o procedimento dos teólogos da nossa época, é conveniente analisar a definição e o sentido que se dá aos termos história e mito. A teologia "moderna" faz uma diferenciação entre Historie e Geschichte, conforme o teólogo Ernst Ki:isemann se expressa: "Hitoria ist erstarrte Geschichte. , , ", 1 Na medida em que o tempo passa, um acontecimento do passado se solidifica. O que, no entanto, é decisivo é a lição que tal acontecimento trouxe, Aquilo que se aprendeu do acontecimento é o que se chama de Geschichte. "Historie ist also das Erstarrte. Geschichte das Lebendige", 2 Apesar de se fazer a diferenciação entre ambos os termos, pode-se afirmar que eles designam um fato verídico acontecido no passado e re!embrado no presente, Consideramos Adão e Eva personagens históricos, levando em consideração a seguinte explanação: Se os acontecimentos de Gênesis 1-3 deveriam ser chamados "históricos", depende de como aquele termo é empregado. Se "histórico" se refere ao que realmente aconteceu, Gênesis 1-3 é histórico. Mas se "histórico" é empregad'o para designar ao que pode ser estabelecido em termos de observações e relatos humanos, então a criação obviamente está excluida do âmbito do "histórico". Visto que, no entanto, o termo "não-histórico" geralmente tem o sentido de "não tendo acontecido", sería muito enganoso, e, em conseqüência, em desacordo com a forma da sã doutrina declarar a criação e a queda como sendo "não-histórico". 3 Tem-se atribuído a ,~o mais variados sentidos to _e comum a pa!avr2- - ': ; zahlung, besonders e'- -e :;-:~ te, die in einer biidhafte- =:...", was ein Volk oder e"e =e" in religioser Hinsicht ; s_:' Tomando como defir:;:~: :.,,; o mito é a expre'ó-,~: _~ preensao do me:2-"2-:, ,;§ da revelação, o s~::'=" '-"" se-ia dizer, em t&Se um livro de mitos dizer é, contudo niente, A inconveniêno :: to de mito em re :~: _ ~ em primeiro iuge- ::' cher e Barth 0,,3-:: -e~ reditariedade c:: -ec~: autor fale de"-: ~: -- -sando não na. =s" :2-c na realidade C?S =-.s=-~, ~ homem come 2;= :,~ '" rico no sen:::::-: :: -- _- ':::; =_ =_, =- tará correndc tendido e. confusão ~ Vale : =- =- ~::: ' &:-',2 ::::'" -- -= ""'-'7,::,! do que se c_e __ e, raJ entsc = É mistec ',e-' :'O' ,~ =- ::- =- respeite, ,:;s :: s, e tido '1'23,,"":: -: ---------- --expres~ê.c. ~. verdade :=--:: :; -- --- re,gcss Apes8;- c-~ mais amplo:; =- -"i 2: :S'-: ,- '" xa de ser .es,":::,,: -- -7 -., - Strauss diz que: =- :: 1; não teria inoe'-,::o- e-'s:: :355 mais do que 2" ~=- - ~--"" histórica, das ':;e::e -~ ~-:"'i das pelo pOder-,s-- j; incorporada nu:,,; :s-';: - =; J. Andrade Fe"e '.o =-=-=~ sa com respeite à :s: =-; A pretensa "de=_~ mann mostra u"" = -- 'O'::;;: assunto: Buitm::-- ~- ~.'" "o relato de a::;::'é- -;,,= '" mano de seres ::e --::o-:;; ou inferiores." O - ~ =;;i eliminar o sobre~::' -= s do mito num Se~=:;: : ,= =c"§ =- ~ - ~ tratado. Encontrou-se di- 2 coleta de fontes que for-jicações precisas e as ba: rmar as afirmações conveni:2S0. - (As traduções das cita';,:nal foram feitas para a pus as próprios autores). Capítulo ação entre II história e mito ;;ia moderna ultimamente, com se tem perguntado o que é histórico, e o que é mia Bíblia. Antes de se fazer .igamento sobre o procedimenogos da nossa época, é concalisar a definição e o sentido aos termos história e mito. .gia "moderna" faz uma difeentre Historie e Geschichte, :: teólogo Ernst Kasemann se ;;Hitoria 1st erstarrte GeschiNa medida em que o tempo acontecimento do passado se O que, no entanto, é decisi2.0 que tal acontecimento trou) que se aprendeu do aconteo que se chama de Geschich:orie 1st also das Erstarrte. das Lebendige". 2 de se fazer a diferenciação os os termos, pode-se afirmar designam um fato verídico ano passado e relembrado no aramos Adão e Eva persona:ricos, levando em considera2uinte explanação: acontecimentos de Gênesis 1-3 ser chamados "históricos", decomo aquele termo é empre"histórico" se refere ao que aconteceu, Gênesis 1-3 é hisas se "histórico" é empregado :nar ao que pode ser estabele:ermos de observações e relaos, então a criação obviamente ilda do âmbito do "histórico". no entanto, o termo "não-hiseralmente tem o sentido de .~ acontecido", seria muito enem conseqüência, em desa~ a forma da sã doutrina de:riação e a queda como sendo rico", 3 Tem-se atribuijc 2 :)2'2':r2 "mito>; os mais variados se,,~j::s [\]um sentido lato e comum a :::3'a·.'r& mito é "eine Erzahlung, beson,j2-s 2'-e Güttergeschichte, die in eine, b'::-.,,'~en Form ausdrückt, was ein Volk o:er eine Personengruppe in religioser Hinsicht glaubt". 4 Tomando como definição que o mito é a expressão humana de apreensão do mata-racional (no caso da revelação, ° supra-racional) poderse-ia dizer, em tese, que a Biblia é um livro de mitos. Essa maneira de dizer é, contudo, perigosa e inconveniente. A inconveniência do uso do conceito de mito em relação à Biblia, se vê, em primeiro lugar, por aquilo que VIScher e Barth chamaram a "pesada hereditariedade do termo". Ainda que o autor fale de Adão como mito, pensando não na falsidade do relato, mas na realidade da criação especifica do homem como algo que não é histórico no sentido comum, esse autor estará correndo o risco de ser mai entendido e, pois, na contingência de confusão. 5 Vaie analizar primeiramente o sentido que se quer dar ao termo "mito" para, então, analisar as idéias do autor. É mister verificar se o termo "mito" é usado no sentido de contos primitivos a respeito de Deus ou se é usado no sentido mais amplo indicando a maneira de expressão, diferente do discurso literal, mas que é a apresentação essencial da verdade religiosa. Apesar da atribuição dum sentido mais amplo ao termo, seu uso não deixa de ser perigoso no campo teológico. Strauss diz que o uso do termo "mito" não teria inconvenientes caso "não seria mais do que as vestimentas, em forma histórica, das idéias reiigiosas, plasmadas pelo poder inventiva da legenda e incorporada num personagem histÓrico".o J. Andrade Ferreira assim se expressa com respeito à teologia de Bultmann: A pretensa "demitolização" de Bultmann mostra uma nuance diversa do assunto: Bultma.nn entende por mito "o relato de aparências no plano humano de seres de mundos superiores ou inferiores." O que eie pretende é eliminar o sobrenaturai, e o faz usando mito num sentido que é peculiar. 7 O Dr. Olto Piper considera viável a aplicação do termo "mito" à Bíblia: A linguagem mitica, diz ele, fala do sobrenatural em termos concretos como se toda ela fosse muito semelhante ao mundo natural, mas ao mesmo tempo o caráter peculiar das realidades sobrenaturais é indicado pela ausência de certas limitações que os mesmos objetos deveriam ter, se designassem fenômenos do mundo natural. 8 O relato bíblico do primórdio casal Adão e Eva, bem como da criação de todo o universo, não pode ser considerado mito quando a definição desta palavra não quer significar um acontecimento certo, veridico, do passado. Capitulo 111 Posições assumidas face ao reiato biblico da criação de Adão e Eva Na medida em que os tempos correm, tem surgido multiformes afirmações que procuram desvirtuar o verdadeiro sentido das páginas do Sagrado Livro de Deus, de modo especial o relato da criação do homem como também da criação de todo o universo. A ciência com sua teoria evolucionista e a teologia "moderna" com a "demitificação' da Bíblia, negam ou colocam em dúvida a historicidade dos primeiros homens criados neste mundo pelo Criador. Evolução e teologia "moderna", Quer-se aqui considerar a posi';:2.0 a argumentação dos cientistas evoiucionistas e dos teólogos "modernos'. Eis uma afirmação científica: Considerando no seu corpo, o "homem" nasceu por uma mutação espontânea, passando de uma natureza menos perfeita a uma natureza mais p",feita, para afinal desembocar nà natureza Ilumana. 9 Ou ainda: "Os evolucionistas concordam que o homem evoluiu de uma criatura a qual hoje não seria considerada homem". 10 A teoria evolucionista faz ainda a seguinte afirmação: O homem é considerado como sendo um produto, possivelmente o produto 185 final, desse sistema. Com respeito ao que teria sido sua ascendência, não há unanimidade de opinião. O pensamento popular é que sua descendência é dos macacos antropóides superiores ou, senão, que o homem e o macaco têm um ancestral comum. O ponto crítico da questão é a suposição dessa teoria de que o homem não foi criado separadamente mas que ele mesmo é um subproduto da vida animal. 11 A ciência acredita no surgimento do homem duma forma gradativa, isto é, provindo originariamente de seres de vida simples, os quais aos poucos se desenvolveram e adquiriram enfim um cérebro capaz de raciocinar. Ao mesmo tempo a ciência crê no surgimento de um grande número de seres racionais ao mesmo tempo e em diversos lugares, e não apenas num ser individual. Há teólogos que pretendem desmembrar o relato de Gênesis da criação em dois relatos diferentes: o capítulo primeiro seria um relato e os capítulos segundo e terceiro outro relato. Westermann assim declara sobre os dois supostos relatos: Ambos se esforçam para demonstrar como tudo tem sua existência em Deus. Tudo é o que é porque Deus o faz assim. (... ) Em Gn 1 a questão é, donde tudo se originou e como tudo surgiu? Em Gn 2 a questão é, por que o homem é assim como ele é? Ambas as questões humanas são, num sentido, deixadas abertas e permitiram uma variedade de respostas. Quando, porém, ambos os relatos da criação apontam ao investigador que Deus é o Criador, eles indicam, em tudo o que dizem da crição, a linha demarcatória em que questões humanas somente podem terminar numa calma e reverente sub-missão diante do Criador. 12 Questiona-se onde e em que altura dos acontecimentos descritos em Gênesis, se poderia dividir a criação e história, ou fixar o início da história. Sobre a questão Westermann diz o seguin- te: No capítulo 1 criação e história estão nitidamente separadas uma da outra. Nos capítulos 2 e 3 pOder-se-ia dizer que a história começa exatamente 186 com a obra da criação. t: uma narrativa que começa com a criação, e desde o princípio aponta para a realidade presente dos seus ouvintes. Ela não se detém em relatar diferentes estágios que tiveram sua importância numa remota pré-história, isto é, uma fase antes e outra após a queda em pecado. Antes, ela mostra ao leitor, em seu próprio contexto, através da história de como tudo começou, qual é sua real existência. 13 Apesar da questão duvidosa abordada acima, o mesmo teólogo deixa intrmamente relacionadas a criação do homem e a história seqüente. O autor bíblico tem ligado ambos de tal maneira que um não pode ser compreendido separadamente do outro. 14 Alguns opinam de que o modo como Deus criou o homem, segundo Gn 2.7, é descrito também em outras fontes extra-bíblicas. A idéia de que Deus formou o homem do barro, como um oleiro molda um vaso, é bem conhecida de fontes extra-bíblicas, da África Central, Egito e Grécia. Portanto, não é uma idéia especificamente bíblica. 15 Além do que foi citado, outros procuram datar a escrita de Gênecis num período bastante tarde após os acontecimentos da criação, fazendo a seguinte consideração: Uma renovada reflexão sobre a criação deverá, em primeiro lugar, dar-se conta de que o primeiro capítulo da Bíblia, embora importante, não é o único texto em que é expressada essa doutrina. Essa passagem, conquanto se ache na primeira página do Livro Sagrado, foi escrita relativamente tarde, como, aliás, muitas outras passagens. Deve, pois, ser lida numa perspectiva de uma revelação em via de desenvolvimento, da qual ela forma o maduro coroamento. 16 Outro fator bastante polêmico e discutido é a ordem cronológica na criação e o modo como o homem foi formado. Na tentativa de solucionar o problema, muitos distorcem a situação ao ponto de afirmar que o texto bíblico deixa transparecer claramente que tais questões não existiam para o escritor sacro inspirado, e, em conseqüência, não se preocupou com elas . Caso essas pre- ocupações tivesse,,: S'. ~. :: escritor, ele não ts'" :: :::= pítulos 1 e 2 dO:2 -s ,,':' " que sobre estes ::::- ,~ '~, alegam eles. A ele interess2':= ô::: 'S";-ê leitores reconh,,:sô.ôs':;\ criaturas, tanto" Sô :: -: ;:: que vivem. Pa-a" ~ :; :;; atural atual é ,..,s:: -- - '" a origem rerTK'S : ~ :':@ Até Leão Xlii ,=- 's= ::;:c,;; a Bíblia não tr2Z - .0::2 _c~.~ concreto das ot·.o:~ :=. - :~: Os escritores s=.; 2: _, :: Espírito Sam:. __2 ~"" falava, não te ..::: - =., =. ec'.==< mens algo sob"s " -" .'7.::-;; visíveis, o q-~s ". - ~.S' ~ importância 2;: _-" :' ~ , 18 Duvidando: 2 -::: ':;::;:: texto bíblico. __ 2:- --:: .3 revelação p"-'c.=- :-'- : - ::: t:: sacro, outrc:s 5._5:=--Z.-'- :''':::~ respeito do :: -:" _:: . : __ .'l'i lato de Gn :" : ,,:~: - -~ Só se ::: ::2 2: - - ~'" sobre & ::. ;210 que: pela ::;& ,,-" 2, -" :s _7. -~ ,,"- 'c--:. :::;0 do 'caç·:::-,,': ::- -"---:~:3ê o ma s:s.s -tamsntc c __ Nesta cs~:-=:-"';: - :':..~:]! naL ::.:),,::::: homem: é : -= -=-',,, 5-=-;,_ -,= :;i3 a sua ex;s:~"': = ~:,-,:-s-:::= ~ todo a um 2.:: : - "c:: '"" que o ar\::" " "s;..-;" -?-... ro seu, em ::,,-::-:-:-= :::; de Deus. ;>:- "" -=:-:-: dois sex::". - -; -:. :" is seres v\v:" := ,,Mas ao me" ....: dicalmente d:s 3- - ::-.: ~ ele é capaz", :-:0:.-.0::: ~ pela palavra '" 2;2': 2~ ~ us, tendo pGr:2-:: - 2 :; ~''''''-E! diata e única :: do mundo. Se o hagiógr&': :-2.- =::.~ ::lÇ:c :::. gem do ho~~- == - '---'~.-= o mesmo hOmET S ela direta de DS,_2 cunstância par:2-'-:2 a relação do h:::-2=- -= ::: ra da criação. É uma nar_e começa com a criação, e princípio aponta para a rea:-esente dos seus ouvintes. se detém em relatar diferentes que tiveram sua importância 710ta pré-história, isto é, uma 2S e outra após a queda em Antes, ela mostra ao leitor, próprio contexto, através da :e como tudo começou, qual ,aí existência. 13 da questão duvidosa abordaJ mesmo teólogo deixa intieracionadas a criação do ho"stória seqüente. O autor bí'igado ambos de tal maneira :J pode ser compreendido se'8 do outro. 14 opinam de que o modo como o homem, segundo Gn 2.7, também em outras fontes ex- l de que Deus formou o homem ). como um oleiro molda um bem conhecida de fontes exas, da África Central, Egito e Portanto, não é uma idéia es,ente bíblica. 15 :) que foi citado, outros procua escrita de Gênecis num peante tarde após os acontecicriação, fazendo a seguinte ão: 1Jvada reflexão sobre a criaará, em primeiro lugar, dar-se 2 que o primeiro capítulo da embora importante, não é o xto em que é expressada essa Essa passagem, conquanto e na primeira página do Livro foi escrita relativamente tar\0, aliás, muitas outras passaave, pois, ser lida numa perde uma revelação em via de vimento, da qual ela forma o coroamento. 16 3-tor bastante polêmico e dis3- ordem cronológica na crianodo como o homem foi fortentativa de solucionar o prodos distorcem a situação ao ifirmar que o texto bíblico deirecer claramente que tais quesexistiam para o escritor sacro a, em conseqüência, não se com elas . Caso essas pre- ocupações tivessem existido na mente do escritor, ele não teria colocado nos capítulos 1 e 2 dois relatos lado a lado, que sobre estes pontos se contradizem, alegam eles. A ele interessava sobretudo que seus leitores reconhecessem serem todos criaturas, tanto eles como o mundo em que vivem. Para ele, a condição criatural atual é mais importante do que a origem remota da criatura. 17 Até Leão XIII já fez declarações que a Bíblia não traz nada sobre o modo concreto das obras da criação: Os escritores sagrados, ou, antes, o Espírito Santo, que pela boca deles falava, não tencionava ensinar aos homens algo sobre a natureza das coisas visíveis, o que, com efeito, não é de importância aiguma para a salvação. 18 Duvidando da inspiração integral do texto bíblico, ou admitindo apenas uma revelação parcial da criação ao escritor sacro, outros sustentam pensamentos a respeito do conteúdo doutrinário do relato de Gn da criação, como segue: Só se pode admitir como revelação sobre a origem da humanidade aquilo que o autor sacro podia conhecer pela palavra de Deus presente. Tudo o mais deve ser atribuido ao esforço do hagiógrafo por representar concretamente a doutrina. Nesta perspectiva, o conteúdo doutrinal, contido no relato da criação do homem, é o seguinte: O homem deve a sua existência concreta e como um todo a um ato criador livre de Deus, que o criou e elegeu para ser parceiro seu, em liberdade. Este parceiro de Deus, por ele mesmo criado nos dois sexos, origina-se como os demais seres vivos da substância da terra. Mas ao mesmo tempo se distingue radicalmente dos animais, porquanto só ele é capaz e chamado a responder, pela palavra e ação, ao apelo de Deus, tendo portanto uma relação imediata e única com o Senhor absoluto do mundo. Se o hagiógrafo transpõe para a origem do homem a aliança divina com o mesmo homem e a sua proveniência direta de Deus, também esta circunstância pertence à sua afirmação: a relação do homem a Deus é tão fundamental para a existência humana, que jamais em toda a sua 'história o homem pode esquivar-se dela. Embora, continue com o direito de rejeitar ou aceitá-Ia, como parceiro livre que é, por mercê de Deus, contudo sempre permanece a aliança como razão última de sua existência. 19 Além do que acima foi afirmado, tudo mais sobre o relato da criação deve ser encarado apenas como meios e modos do autor biblico se expressar. Baseado nisso, a formação do homem e mulher descritas em Gn como a conhecemos, nada mais seria que uma maneira de expressão do autor. Encarando o problema sob este aspecto, a modelagem do homem a partir do pó da terra, bem como o sopro do fôlego da vida nas narinas do homem e a formação da mulher a partir duma costela tomada do homem, deixam de ser uma realidade objetiva e histórica. Constata-se mais uma outra teoria, olhando o tema da criação sob um prisma diferente: A narrativa do Gênesis da criação é realmente uma forma de "propaganda ateística". Destina-se a ensinar aos hebreus que a visão mágica, pela qual a natureza é tida como uma força semidivina, não tem nenhuma base de fato. Jeová, o Criador, cujo ser se centraliza fora do processo natural, que chama este processo à existência e dá nome às suas peças, permite ao homem perceber a própria natureza como matéria de fato. 20 A teologia não mais toma como certo o surgimento do homem por uma criação feita por Deus, em que o homem teria sido formado do nada, sem haver matéria viva preexistente. Enquanto alguns aceitam como sendo viável a teoria da evolução, embora ainda não comprovada, outros ficam pendentes entre o relato da criação, conforme .. Gênesis, e a teoria da evolução. O catolicismo hoje, por exemplo, não pretende obrigar aos católicos de aceitarem a teoria evolucionista ou ficar com a criação adulta do homem por Deus. U catolicismo quer deixar a decisão a critério de cada um - é uma liberdade da fé. Constata-se hoje entre os cristãos como entre os teólogos cada vez maior número de 'partidários de uma visão e187 volucionista do universo, principalmente no tocante à origem do homem. Baseados na Encíclica "Humani Generis", alguns teólogos católicos admitem que o corpo humano tenha-se desenvolvido de formas de vida pré-humanas. A alma, no entanto, Deus teria criada. Após a decorrência de algum tempo, a vida animal teria evoluido já bastante, estando apta para receber a a!ma espiritual por parte do Criador, como novo princípio vital. 21 Embora o catolicismo hoje não pretenda forçar diretamente a ninguém a admitir a teoria evolucionista, eie tenra amainar o conceito de evolução fazendo a seguinte afirmação; Não resta dúvida que um evo!ucionismo antroprológico radical como o de Spencer, Lamark, Darwin e Hackei são excluidos pela revelação, porque impugnam uma ação criadora de Deus, sobre o devir do homem. ( ... ) No âmbito de uma fé revelada, portanto, só é admissível um evolucionismo moderado. 22 A teologia católica, até tempos recentes, crê que o Adão do relato bíblico era um indivíduo histórico, e protoparente de toda a' humanidade, Ela aceitava a descendência do gênero humano dum Adão individual fundamentado nos textos vétero-testamentários. Mas com a crescente aceitação dum evolucionismo moderado, muitos teólogos católicos modificaram seu pensamen- to: Entre os exegetas católicos afirma-se cada vez mais a convicção de que os autores de Gn 1-2 não pretendiam ensinar como verdade revelada que Aaao fosse uma só pessoa da qual descendesse toda a humanidade. O teólogo dogmático terá que renunciar a eSi.a passagem bíblica como prova do 1110nogenismo. Os demais textos do A.T. não acrescentam nada à exposição de Gênesis. Mais difícil é julgar dos textos neotestamentários, porquanto sua explicação, por parte dos exegetas católicos, da atualidade, diverge consIderavelmente. Enquanto antigamente todos os exegetas católicos eram de opinião que Rm 5.12-21 continha o ensinamento católico sobre o pecado original e, relacionado com ele, a doutrina tradicional sobre Adão como pai 188 individual da humanidade, hoje muitos exegetas católicos já defendem a idéia de que Paulo não pode ser citado como testemunha a favor do monogenismo. Dificilmente será possível decidir esta questão diretamente com textos escriturístic0s, a não ser através duma ulterior reflexão teológica sobre as implicações do pecado original. 23 Quando a ciência lançou a teoria da evolução com todos os seus argumentos, a teologia romana sentiu-se obrigada a expressar a sua posição sobre o fato: ou se rebate a teoria científica ou se nega a antiga interpretação do relato biblico para concordar com cientistas. Mas a aceitação da teoria evolucionista redundaria num revés para a teologia. Muitos tiveram, então, a infeliz ousadia de tentar harmonizar as afirmações bíbncas com as teorias científicas. Uma dessas tentativas de harmonização está traduzida nas palavras abaixo: A Bíblia ... descreve o desenvolvimento progressivo da vida na terra, a separação da terra da água, a criação das plantas, dos peixes, dos 2nlmais gigantescos, de bovinos, e, finalmente, do homem. Desenvo!vimento progressivo, portanto. Este relato bíblico da criação ... foi confirmado pela ciência. 24 "Deus cria, Deus opera em nós, por meio da evolução" 25, afirma Teilhard. Teilhard procurou conciliar a fé no antigo e tradicional dogma da criação com a ciência. Ele explica a sua posição assim: Ao nível da ciência, a formação da vida e do homem é explicada pelas forças naturais, cujas leis as ciências naturais vão cada vez mais decifrando; de outra parte, este contínuo impulso da matéria para uma crescente intimidade, e portanto para uma superação de si mesma, ao nível da reflexão filosófica, demonstra ser sustentado psIa vontade de uma pessoa absolutamente transcendente; "Deus, motor, coletor, transformador, por antecipação, da evolução". 26 Em outras palavras, o que pretende estabelecer é não excluir totalmente um ser superior o qual teria contribuido na formação do homem e do universo . ...: para não desprezar totalmente a Sagrada Escritura, julga-se que ela n'ão teve intenções de dize: : -::: " ação foi ·efetuada. :: _ -..;; constituiria argume-:: 'a,: ~ lucionismo e nem se : ::" a:õ Da mesma ma"s -:c :: -: ; dúvidas sobre a c::c: ~: :: i mem, também sU'Q-~: _,~ descendência do [--e ': :.5 vida gira em to:ro :a :=_ dora do homem - 2-= -=-= capaz de originar ,,- -de alma espírituai :: _ ~~ 3; sidade da partic;c:s~ ~: - - ª cada novo desce":s--~ ='; não existir nenhc:-a : 00' ~~ esclarecedora do a5: _-,duas opiniões: a) o traducionisc:--: c --];i tem origem a ::'-:E: material ou 85: - -_: :'" b) o criacionisme criada imedia:2- a- = fundida no cor:: Afirmação Eva da h,::::~-- - -':-.-...:: , ; '~<', '- '- ',~ Tendo aprese-:,,:: :,-s com respeito :'o:' a:~ __ o" cabe agora apresa-'a " '..1! Endossamos a c: s: ~guinte enuncia,::;: --- - - - _.u 105 1-3 de Gêns55 É, portanto, nS:5'-55"-: .~ fessar o que 65:=" :" - -~~ 1 - A criação ex """-,: do nada - co-: _-: dias por par-e :e :~ 2 - A criação p:' =,,_: homem, Adão. a _= ~ Iher, Eva; e a : como um se' e responsáveL ra - a~ isto é, em '.e-::a:.,.,", santidade, dG:a::: -= conhecimento:a - " e em bem-:s,e-- _-5[g mento com se_ :- ,,[g 3 - A queda do '"::-5'~ ato de desoee: ~-: a dade, a conse: ~~--s magem de Ds_" 5; "i do sua natur.=':::.. :::~ 4 - A promessa d: :::. ,';; As afi rmaçõ65 ::.:" :.~ :2 humanidade, hoje muitos 2:ctólicos já defendem a idéia o 2.'.1;0não pode ser citado co~'.1nha a favor do monogenis':>i:nente será possível deci;::'.1estãodiretamente com tex~:..1rfStiC0Sl a não sei através ê"r;or renexão teológica sobre :2.ções do pecado original. 23 a ciência lançou a teoria da :: m todos os seus argumen:;;[2 romana sentiu-se obriga"ssar a sua posição sobre o õe rebate a teoria científica ou 2ntiga interpretação do relato -3. concordar com cientistas. Hação da teoria evolucionista num revés para a teologia. ;,am, então, a infeliz ousadia iarmonizar as afirmações bias teorias científicas. Uma ':ativas de harmonização está '-as palavras abaixo: ... descreve o desenvolvi·agressivo da vida na terra, a ,0 da terra da água, a criaplantas, dos peixes, dos ani;antescos, de bovinos, e, fido homem. Desenvolvimen'essivo, portanto. Este reiato :2. criação ... foi confirmado neia. 24 cria, Deus opera em nós, por ,volução" 25, afirma Teilhard. rocurou conciliar a fé no an':ional dogma da criação com Ele explica a sua posição da ciência, a formação da do homem é explicada pelas aturais, cujas leis as ciências vão cada vez mais decifrando; : parte, este contínuo impulso ria para uma crescente intimiportanto para uma superação 8sma, ao nível da reflexão fidemonstra ser sustentado po,de de uma pessoa absolutaranscendente: "Deus, motor, transformador, por antecipaevolução". 26 e'as palavras, o que pretende r é não excluir totalmente um Jr o qual teria contribuido na do homem e do universo. "" desprezar totalmente a Sagra'a, julga-se que ela não teve intenções de dizer o modo como a cnação foi ·efetuada. Eia também não constituiria argumento favorável ao 8VOlucionismo e nem se opõe ao mesmo. Da mesma maneira como se levantam dúvidas sobre a criação do primeiro homem, também surgiram dúvidas sobre a descendência do pr1meiro casal. A dúvida gira em torno da capacidade geradora do homem - se ele por si só seria capaz de originar um novo ser animado de alma esp'('ua! ou se haveria necessidade da participação do Criador em cada novo descendente. Pelo fato de não existir nenhuma passagem bíblica esclarecedora do assunto, se originaram duas opiniões: a) o traducionismo (a alma dos filhos tem origem a partir da substância material ou espiritual dos pais); b) o criacionismo (a alma espiritual é criada imediatamente por Deus - infundida no corpo gerado pelos pais). Capítulo Afirmação Eva IV da historicidade de Adão e Tendo apresentado diversas posições com respeito à criação de Adão e Eva, cabe agora apresentar a nossa posição. Endossamos a posição assumida no seguinte enunciado, referente aos capítulos 1-3 de Gênesis: É, portanto, necessário afirmar e confessar o qúe estes capítulos ensinam: 1 - A criação ex nihílo - uma criação do nada - como uma obra de seis dias por parte de Deus. 2 - A criação por Deus do primeiro homem, Adão, e da primeira mulher, Eva; e a criação do homem como um ser perfeito, raciona;, e responsável, na imagem de Deus, isto é, em verdadeira justiça e santidade, dotado de um perfeito conhecimento da vontade de Deus e em bem-aventurado relacionamento com seu Criador. 3 - A queda do homem através de um ato de desobediência e incredulidade, a conseqüênte perda da imagem de Deus, e a corrupção de sua natureza (pecado origina!). 4 - A promessa do Salvador. As afirmações dos próprios capí- tulos são apoiadas e confirmadas especialmente por todo o Novo Testamento e muitas passagens individuais do mesmo (Rm 5. 12-21; 1 Co 15.21 e ss, e 45 e ss.; 1 Co 11.7-12; 1Tm 2.13 e s.). Claramente, portanto, a estrutura fatual-histórica da narrativa de Gênesis é· o fundamento indispensável, não somente para a história do povo de Deus que segue, mas para a própria encarnação e redenção. Dentro dessa estrutura, sem dúvida, se encontrarão elementos figurativos. Mas devemos rejeitar todas as interpretações que de qualquer modo minam a realidade (facticity) da própria estrutura, a saber, a sugestão de que a criação e a queda de Adão e Eva podem ser tomadas como não representando pessoas e eventos reais, mas como mitos ou parábolas atemporaís do que acontece a todo homem. 28 Esta posição vai de encontro tanto à teoria .evoluclonista quanto à moderna teologia liberal. Com referência à primeira cabe afirmar o que segue: E claro que o evolucionismo é uma maneira anti-cristã de encarar o mundo. Ele é atersta e basicamente materialista, e expressa a fuga instintiva do homem pecador de Deus (ver Rm 1.18 e ss.). Ele relativiza todos os absolutos morais e inspira várias filosofias, incluindo ideologias demoniacas que trouxeram incontáveis misérias sobre' milhões de seres humanos em nosso tempo. 29 Enquanto evolução como usualmente entendida, é, portanto, claramente contrária à Escritura, pode-se perguntar se toda e qualquer especulação evolucionista deve ser rejeitada com base bíblica. Nas palavras abaixo parece dar-se alguma luz neste sentido: Realmente a Escritura fala muito pouco acerca do mistério do "como" da criação, e onde a Escritura silencia, a igreja não pode dogmatizar. Se nestas áreas pensadores cristãos sugerem a possibilidade de algumas formas ou aspectos de evolução como meios de Deus para criar, então diferenças de opinião sobre tais pontos de vista deveriam ser tratados como não-doutrinários e, portanto, não divisórias da 189 comunhão da igreja. Os claros limites de tal espécie de especulação são a autoridade da Escritura em geral. e a historicidade de Adão e Eva em particular, como estas doutrinas são expressas em algum detalhe no presente documento e na "The Theses of Agreement and Inerrancy". 30 Necessário se faz ainda apontar alguns aspectos bíblicos para os quais a afirmação da historicidade de Adão e Eva é de vital importância, sendo que ao mesmo tempo eles corroboram a mesma afirmativa. Primeiramente lembramos as diversas genealogias apresentadas na Escritura Sagrada. Nessas genealogias o nome de Adão aparece lado a lado dos nomes de outras personagens histó.ricas. Negar, portanto, a historicidade de Adão e Eva implica também em negar a autenticidade dessas genealogias. Outro fator importante a considerar é o paralelo estabelecido pelo apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, em que ele justapõe o primeiro e o segundo Adão. Os versículos 12-25 do capítulo 5 desta carta, constituem um dos trechos do Novo Testamento que mais nos obriga a defendermos a historicidade das primitivas criaturas humanas. Martin Franzmann faz o seguinte comentário a respeito do paralelo estabelecido nesta passagem: Tão certo como a grande ação Iibertadora de Cristo foi dele tão somente, e ainda assim envolve e afeta a todos, tão certo também a transgressão de Adão foi sua própria ação e, no entanto, envolve e afeta a todos. O paralelo formal que mais se aproxima deste, nos escritos de Paulo, é 2 Co 5.14, onde Paulo assim se expressa .quanto ao significado da morte de Cristo: "Um morreu por todos, logo todos morreram. " Aplicando isto ao contraste entre Cristo e Adão, poderse-ia dizer sem deturpar o pensamento de Paulo: "Um pecou por todos; logo todos' pecaram." Adão pecou como cabeça e representante inclusivo de sua espécie. 31 Se nós aceitamos essa posição, que realmente parece apresentar o sentido que Paulo pretendeu dar às suas paiavras, devemos, caso quisermos ser coerentes, aceitar a historicidade da Adão. 190 O versículo 12 afirma claramente que o pecado entrou no mundo por um só homem. Em Gênesis nos é mostrado que este homem é Adão. Foi dito acima que Adão pecou como o representante de todos os homens; seu pecado foi transmitido qual doença hereditária a todos os homens (descendentes de Adão). Sendo assim parece fora de dúvida que devemos rejeitar opiniões que querem transformar o relato bíblico sobre Adão numa mera apresentação simbólica da origem do homem. Capítulo V Conclusão A questão da aceitação da historicidade de Adão e Eva é uma questão de fé. Se aceitamos a Bíblia como sendo, em todos os seus aspectos; a revelaçao de Deus, então parece não haver outra opção a não ser a de aceitar que Adão e Eva são personagens histór"icos. Caso, porém, quisermos passar o re.Iato bíblico pelo crivo da razão enveredaremos" sem dúvida, pelos caminhos da teologia "moderna" e das teorias evolucionistas. Opção que nos oferece um número de possibilidades não comprovadas. Optou-se, nesta monografia, pela ~rimeira alternativa: a fé. Acredita-se que as conclusões atingidas dentro deste posicionamento estejam justificadas pelas razões apresentadas no decorrer da exposição. NOTAS 1 Gerhard Bergmann, Alarm um die Bibel (Gladbeck, Westfalen: Schriftenmissions-Verlag, 1963), p. 26 . 2 Ibid. 3 "The Theses of Agreement and Inerrancy," The Springfielder, XXXVIII (September, 1973), p. 87. 4 Bergmann, p. 55. 5 Júlio Andrade Ferreira, "Mito" na Terminologia Teológica Contemporânea, "Revista Teológica" (Seminário Teológico Presbiteriano de Campinas, 1960), p. 35. 6 Ibid., p. 36. 7 Ibld., p. 37. 8 Ibid. 9 Pieter Smulders, "Fé na Criação e no Evolucionismo,"~ A Redescoberta do Homem. Do Mito à Antro::~ (Petrópolis, RJ: Editora ,!Ç2~2., 10 John F. Fritz. --õ ~ The Springfielder, XX/, 1973), p. 110. 11 James H. Jann:2 turns to God (Grand P-,-2 .::;; Zondervan Publishing ;""2 _:::: 12 Claus Westerrna.-Account of Creation tress Press, C. 1954), 13 Ibid., p. 25. 14 Ibid., p. 26. 15 Ibid. 16 Smulders, p. R~": 17 Ibid., p. 63. 18 Ibid. 19 Mysterium Salutis. 0:i Dogmática Histórico·Sa\-.-tf::~ do por Johannes Feine " § rer. RJ: Editora VC;2~ó .L p. 8,9. 20 Harvey Coxo A c;~~ (Tradução de Jovelin: ::=".",., Myra Ramos. RJ: Ed::c= ? 1968), p.33. 21 Mysterium SaluUs 22 Ibid., p. 15. 23 Ibid., p. 16.17. 24 Smulders, p. e"c: =..:. 25 Ibid., p. 79. 26 Ibid., p. 75. 27 Mysterium SaÍtit1s 28 The Theses of A9;c~ rrancy, p. 86,87: 29 Ibid., p. 87.83 30 Ibid., p. 88. 31 Martin H. F's-:-" --", Romanos (Traduzido 02' ',":il K. Rehfeldt. Porto .~&:;c~ C dora Concórdia, 1972 c:- 3i: --:(,=-- : 12 afirma claramente que o ":u no mundo por um só hoGênesis nos é mostrado que ,.,..' é Adão. Foi dito acima :cecou como o representante : 3 homens; seu pecado foi qual doença hereditária a toisns (descendentes de Adão), 2-ssim parece fora de dúviaa :)3 rejeitar opiniões que que:rmar o relato bíblico sobre 2. mera apresentação simbó::Jem do homem. Capítulo V Conclusão :ão da aceitação da historicijão e Eva é uma questão de s'tamos a Bíblia como sendo, :8 seus aspectos, a revelaçao ?rltão parece não haver outra ~o ser a de aceitar que Adão oersonagens histórkos. orém, quisermos passar o re: pelo crivo da razão enveresem dúvida, pelos caminhos ,'moderna" e das teorias eiS. Opção que nos oferece ) de possibilidades não come. nesta monografia, pela ~rinativa: a fé. Acredita-se que 35es atingidas dentro deste ento estejam justíficaaas peapresentadas no decorrer da NOTAS ~rd Bergmann, Alarm um die beck, Westfalen: Schriftenmis" 1963), p. 26. Theses of Agreement and Ineie Springfielder, XXXVIII (Sep73), p. 87. nann, p. 55. Andrade Ferreira, "Mito" na a Teológica Contemporânea, iológica" (Seminário Teológico 'o de Campinas, 1960), p. 35. p. 36. p. 37. Smulders, "Fé na Criação e )nismo," A Redescoberta do Homem. Do Mito à Antropologia Crítica (Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1970), p.71 10 John F. Fritz, "The Beginnings," The Springfielder, XXXVII! (September, 1973), p. 110. 11 James H. Janncey, Science Returns to God (Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1972), p. 53. 12 Claus Westermann, The Genesis Account of Creation (Phíladelphia: Fortress Press, c. 1964), p. 24. 13 Ibid., p. 25. 14 Ibid., p. 26. 15 Ibid. 16 Smulders, p. 61,62. 17 Ibid., p. 63. 18 Ibid. 19 Mysterium Salutis. Compêndio de Dogmática Histórico-Salvífica, 11/3 (Editado por Johannes Feiner e Magnus Lohrer. RJ: Editora Vozes Uda., 1972), p. 8,9. 20 Harvey Cox, A Cidade do Homem (Tradução de Jovelino Pereira Ramos e Myra Ramos. RJ: Editora Paz e Terra', 1968), p.33. 21 Mysterium Salutis, p. 21. 22 Ibid., p. 15. 23 Ibid., p. 16,17. 24 Smulders, p. 63,64. 25 Ibid., p. 79. 26 Ibid., p. 75. 27 Mysterium Saiutis, p. 10. 28 The Theses of Agreement and Inerrancy, p. 86,87: 29 Ibid., p. 87,88. 30 Ibid., p. 88. 31 Martin H. Franzmann, Carta aos Romanos (Traduzido por Mário e Gladis K. Rehfeldt. Porto Alegre: Casa Publicadora Concórdia, 1972), p. 80. --;(,õ-- TRADUÇÃO DA PALAVRA PARA 11 ALMAII NO ANTIGO TESTAMENTO Dr. Heber F. Peacock "The Bible Tranlator" 27,2,216ss (Trad. e Anotado W. Kunstmann) A palavra hebraica geralmente traduzida com "alma" em traduções ao pé da letra, se acha mais de 750 vezes no AT. Mas apenas algumas vezes a tradução "alma" é adequada ao sentido do hebraico. Muito mais vezes a palavra quer dizer cousas como "garganta", "desejo", "ser interior (inner being)", "vida", "pessoa", e às vezes é usada no mesmo sentido como nós íamos empregar um pronome pessoal. Num artigo como este é impossível dizer exatamente como cada passagem bíblica devia ser traduzida para cada um dos idiomas, mas talvez seja útil apresentar alguns exemplos dos diferentes usos da palavra. O tradutor pode usar os exemplos seguintes como guia para controlar o sentido de sua própria tradução. Talvez também ache útil comparar com atenção cada uma das ilustrações para ter a certeza que compreende aquilo que o texto bíblico pretende dizer. Só então será capaz a decidir qual a maneira melhor de traduzir passagens a King James-Version (KJV), a Revised-Standard-Version (RSV) e a New-English-Bible (NEB) serão citados, sendo o vocábulo para "alma" impresso em grifo. * (1) Comecemos com algumas passagens nas quais o vocábulo para "alma" de fato significa "garganta". Confere, p. ex. Pv 25.25 KJV: como água fresca para uma .. alma sedenta RSV: idem NEB: como água fresca para a garganta quanto esta está seca (AR: como água fria para o sedentO) O tradutor desta, por sua própria conta, acrescentará, entre Parêntese, a passagem como a achamos na nossa AImeida Revista e Atualizada. 191 Nesta e em outras passagens, onde o tema maior á algo para comer e beber, a palavra claramente se refere a garganta. Por extensão também seria possível compreender a palavra como referindo-se a uma "pessoa sedenta". O mesmo significado acha-se em Is 29.8: KJV: sua alma é vazia RSV: sua fome não é saciada NEB : a achar-se vazio (AR: sente-se vazio (= o faminto) Em Is 5.14 é encontrado o mesmo significado, mas aqui a figura é extendida à morte, como se fosse uma pessoa: KJV: o IIlferno se alargou RSV: Sheol alargou seu apetite NEB: Sheol está aberto com garganta tensa (AR: aumentou o seu apetite) A significação essencial da palavra é 'garganta". Isto fica ciaro pele fato de na linha seguinte a palavra pai alela ser "boca". A palavra traduzido. "inferno" ou "Sheo!" se refere ao mundo dos mortos. A morte é ilustrada como sendo algum enorme gigante que abre a sua boca e garganta para engolir a pessoa quando esta morre. Em algumas traduções não seria possível manter a idéia figurativa, que o mundo, dos mortos é como um enorme gigante que abre sua boca e garganta. Talvez seja necessário usar algo parecido como "o mundo dos mortos tem grande apetite", ou até "a morte está pronta para levar embora grandes multidões de gente". (2) A palavra também é usada de maneira um pouco diferente, assim que "garganta" está em lugar da parte do corpo que respira, ao invés da parte do 'c.orpo que está necessitando algo para comer e beber. Nestes casos, a palavra tem quase o sentido de "respiração" (hálito). Vê Jó 11.20: KJS : sua esperança será como o render do espírito (ghost) RSV: sua esperança é de respirs!r seu últhro NEB: sua esperança é desespero (AR: sua esperança será o render do espírito) E nota o uso em Gn 35.10: KJV: sua alma estava partindo RSV: idem NEB : com seu último hálito (AR: ao sair-lhe a alma) 192 (3) A palavra também significa "pescoço" como o exterior da garganta. Confere J r 4.10: KJV: a espada alcançou até à alma RSV: a espada tem alcançado a própria vida deles NEB: a espada se acha às nossas gargantas (AR: A espada lhe penetra até à alma) Confere também tais passagens como Si 69.1 onde está bem claro que a significação do vocábulo é "pescoço": KJV: as águas estão entrando até à minha alma RSV: as águas subiram até ao meu pescoço NEB: idem (AR: as águas me sobem até à alma) Também no SI 105.18 o hebraico usa a mesma palavra que seguidamente é traduzida como "alma", mas a referência a "ferros", e a menção de "pés" na linha anterior torna evidente que "pescoço" é o sentido: KJV: ele foi posto em ferros RSV: seu pescoço foi posto em um colar de ferro NEB: um colar de ferro apertou seu pescoço (AR: a quem puseram em ferros) A palavra, assim, evidentemente se refere a uma parte do corpo e é, em um sentido, um símbolo para um homem em aperto ou em perigo. A garganta ou o pescoço é quase uma figura para fome, sede, hálito e o próprio homem exposto ao perigo. (4) O vocábulo traduzido "alma" pode também ter significado de "necessidade" (want) ou "desejo". Em tais passagens como Dt 14.26, onde a causa desejada. é algo para se comer ou beber, está bem perto de se assumir que a garganta é vista como centro do desejar e necessitar: KJV: tudo que a tua alma deseja RSV: tudo que almeja teu apetite NEB: tudo que tu desejas (AR: o que deseja a tua alma) Ma3 a mesma palavra é usada até quando outras causas são objeto do desejo. Em tais passagens se torna claro que a garganta não está em foco. Antes o vocábulo para "alma" se refere aos desejos intrínsecos em geral. É quase sua cobiça que é ~ õ';l mo sujeito do desejo. Coe'"',,, KJV: a alma do pervs c~: ~ RSV: idem NEB: o homem 0'2'.,,'0< com mal (AR: a alma do os'.'; o:) mal) Note que a NEB rã.: o vocábulo para "a1!T:2" ".~ parte interior do hOf"e- ~ ceu, que o desejo é:=.'õ,,== homem. mas reconheç-=~ ~ G care.cterfstica de ;....: ::-~ Até ern mU:T2S :=-::~'':::7 objeto do desele ~ =7_= parte de h:,me- c_e e-:o: __ sede de De.;:, ·:'-:e:: ,:::ê 'lalma~~ é '....:53.:·: ::=·~:'::=-=-=_::>E do homs!T: ~::=. anela por De_= KJV: 2::- :o:::: = _~ = =. pós ti RSV: .,,':': - ~ .': 'e por ti. 6 :"'.' NEB : a':,5'~_ Deus (AR: ass1C'" --, a minha alma (5) A palavre :='-:7simbolizar o cer1:'e: ::::0 homem ou aquilo e:_= :: :~"= de disposição erne:e:o-e ',ê;J ma" como alguma :e-ê' :- -;: a inteira idéia de ~:-ê'::::i nagem sensível. qUê' 0:0---;;; Em Êx 23.9 note c: ....: -1am exprimir esta i::s e _';2c~ (coração) como o ee:_' 7-"" símbolo para home- : o- o =;;; KJV: vós con;-,eoe" - '""" forasteiro RSV: idem NEB : vós con;"eoê': ~ se sente por se' ""'-"-'Ji (AR: vós conhecê''' ' , forasteiro) A "alma" é imE.g;,,=:~ -::~ tro de toda espécie :e 5:0 :;; clusive tais como ócio :-,3i mina 2 Sm 5.8: KJV: que são de Davi RSV: idem NEB : os inimiºo~ 'T'r~r:_~ (AR: a quem e aim=: o~ rece) :o :o :o h : a.'avra também significa "pes: ') exterior da garganta, Cana. espada alcançou até à alma s. espada tem alcançado a a. vida deles s. espada se acha às nossas lIas espada lhe penetra até à .ó, ô"bém tais passagens como ':;e está bem claro que a sig:::; vocábulo é "pescoço": as águas estão entrando até -a alma as águas subiram até ao meu ;0 idem as águas me sobem até à al- i .,., no SI 105. 8 o hebraico ;ma palavra que seguidamente 6. como "alma", mas a refe'erros", e a menção de "pés" anterior torna evidente que é o sentido: ele foi posto em ferros seu pescoço foi posto em um de ferro Jm colar de ferro apertou seu ?O a quem puseram em ferros) assim, evidentemente se ':02 parte do corpo e é, em um ê símbolo para um homem em em perigo. A garganta ou o quase uma figura para fome, G e o próprio homem expos:go. 'ocábulo traduzido "alma" po, ter significado de "necessimt) ou "desejo". Em tais como Dt 14.26, onde a cou'a é algo para se comer ou bem perto de se assumir que é vista como centro do de,cessitar: tudo que a tua alma deseja tudo que almeja teu apetite tudo que tu desejas o que deseja a tua alma) mesma palavra é usada até tras causas são objeto do detais passagens se torna claro ;anta não está em foco. Anábulo para "alma" se refere os intrínsecos em geral. E \/ra, quase sua cobiça que é imaginada como sujeito do desejo. Confere Pv 21.10: KJV: a alma do perverso deseja mal RSV: idem NEB: o homem perverso ocupa-se com mal (AR: a alma do perverso deseja o mal) Note que a NEB não tentou traduzir o vocábulo para "alma" como alguma parte interior do homem, mas reconheceu, que o desejo é caracteristica do homem, mas reconheceu, que o desejar :3 característica do homem inteiro. Até em muitas passagens, onde o objeto do desejo é Deus, não é uma parte do homem que anele por, ou tem sede de Deus. Antes o vocábulo para "alma" é usado para expressar o desejo do homem total; é o próprio homem que anela por Deus. Veja SI 42.1: KJV: assim arqueja minha alma após ti, ó Deus RSV: assim suspira a minha alma por ti, ó Deus NEB: assim eu suspiro por ti, ó Deus (AR: assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma) (5) A palavra também é usada para simbolizar o centro dos sentimentos do homem ou aquilo que podemos chamar de disposição emocional. Não é a "alma"como alguma parte do homem, mas a inteira idéia do homem, como personagem sensível, que é central. Em Êx 23.9 note como KJV e RSV tentam exprimir esta idéia usando "heart" (coração) como o equivalente inglês do símbolo para homem como ser sensível: KJV: vós conheceis o coração dum forasteiro RSV: idem NEB : vós conheceis como alguém se sente por ser extrangeiro (AR: vós conheceis (\ coração do forasteiro) A "alma" é imaginada como o centro de toda espécie de sentimentos, inclusive tais como ódio e tristeza. Examina 2 Sm 5.8: KJV: que são odiados pela alma de Davi RSV: idem NEB : os inimigos mordazes de Davi (AR: a quem a alma de Daví aborrece) Nota-se que a NEB muda o foco e traduz a idéia sem usar uma palavra para alguma parte interior do homem. U homem todo se acha envolvido no sentimento. A mesma causa acontece em tais passagens como Jr 13.17: KJV: a minha alma chorará (shall weep) RSV: idem (will weep) NEB: Eu somente posso chorar (AR: a minha alma chorará) (6) Existem também muitas passagens nas quais o vocábulo "alma" somente pode significar a própria vida, por exemplo como NEB traduz Si 30.3: KJV: tu fizeste subir minha alma do túmulo RSV: tu fizeste subir minha alma do Sheol NEB : tu me fizeste subir do Sheol (AR: da cova fizeste subir minha alma) Se considerarmos o versiculo todo, que a pessoa tem sido devolvida à vida. torna-se claro que o sentimento deve ser porque foi trazida de volta do mundo dos mortos. O vocábulo também é usado referente à vida animal, onde fica óbvio que a significação não é "alma" no sentido usual da paiavra, mas no da vida em si. Isto fica claro em todas as traduções de Pv 7.23: KJV: isto é para sua vida RSV: que isto lhe custará a sua vida NEB: ele estava arriscando sua vida (AR: isto lhe custará a vida) Também em tais passagens, como Dt 12.23, está claro que devemos compreender o vocábulo para "alma" no sentido de "vida", como foi feito por todas as traduções: KJV: o sangue é a vida RSV: idem NEB: idem (AR: pois o sangue é a vida) (7) Em um número de passagens do AT fica claro que "alma" ou "vida" não é algo que o homem possui. Antes, a idéia é, que o homem inteiro (as a whole) é vida; ele é causa viva. Isto significa que muitas vezes a palavra para "alma" deve ser traduzida "pessoa" ou "ser". Isto é bem claro em tais versícuIas como Gn 2.7: 193 KJV: o homem se tornou uma alma vivente RSV: o homem se tornou um ser vivente NEB: o homem se tornou uma criatura vivente (AR: o homem passou a ser alma vivente) Em Lv 17.10 é achado um uso similar, e uma palavra como "pessoa" deve ser empregada na tradução, se o sentido é para ser esclarecido: KJV: me voltarei contra aquela alma RSV: me voltarei contra aquela pessoa NEB: me voltarei contra aquele eomedor (AR: contra ele me voltarei) Note que a NEB substitui "pessoa" com aquele, a quem "pessoa" se refere. (8) Com o uso do vocábulo como "pessoa" estam os colocados muito pel"to da possibilidade de usar a palavra no sentido de "homem" ou "humanidade". A palavra muitas vezes é usada desta maneira; é também usada simplesmente como pronome. Para tomar um exemplo, confere Lv 24.17, onde a palavra para "alma" tem sido traduzida "homem": KJV: aquele que matou qualquer homem RSV: aquele que mata um homem NEB: caso um homem ferir outro e o matar (AR: quem matar a alguém) O mesmo uso do vocábulo para "alma" se acha referente a anirnais. O contexto deixa claro que a idéia geral é compreendida. Confere Lv 24.18: KJV: quem matar um animal RSV: aquele que mata um animal NEB: todo aquele que fere um animal e o mata (AR: quem matar um animal Quando a palavra é usada com "todo", fica claro que o sentido é "cada um". Em Gn 46.15 é contado cada um: KJV: todas as almas de seus filhos RSV: conjuntamente os seus filhos NEB: seus filhos (AR: todas as pessoas de seus filhos) Note que na NEB o contexto em si é suficiente para indicar, que a palavra 194 quer dizer "cada um", e não é traduzida diretamente. O uso do vocábulo para "alma" como um pronome é óbvio em um número de passagens, onde o pronome da primeira pessoa é entendido. Vê Gn 27.4: KJV: que minha alma te abençoe RSV: que eu te abençoe NEB : que eu te dê uma bênção (AR: para que eu coma e te abençoa) Estas poucas ilustrações não bastam para cobrir todas as várias significações da palavra para "alma" no AT. Mas deviam mostrar ao tradutor como é importante compreender a larga extensão da significação da palavra. Os versículos citados também deviam advertir o tradutor que nunca se deve traduzir a palavra (ou qualquer outra questão) sem cuidadosamente atender para o sentido geral da· passagem que defronta, ou sem considerar os vários sentidos possíveis da palavra. Nota do tradutor. - O trabalho acima apresentado em tradução serve para ilustrar em geral as possibilidades de os tradutores chegarem a traduções levemente divergentes sem, entretanto, ferir a imutabilidade do texto original inspirado. Para nós, porém, em certo sentido o exemplo escolhido é significativo. Conhecemos as possibilidades enumeradas, mas para nós o sentido geral e primário de "néphesh = psyché - alma" é basicamente igual no AT como no NT. Os tradutores da Septuaginta eram israelitas vetera-testamentários, mas traduzem "néphesh" com "psyché" na quase totalidade dos casos. E quem é que prova que só os gregos deram à "alma" o sentido neo-testamentário? O dicionário de Koehler-Baumgarten dedica nada menos do que 3 3/4 colunas a "néphesh" e traz as seguintes significações (a que o autor do trabalho acima se agarrou, aparentemente):" 1 - garganta; 2 - alma (não no sentido grego); 3 - ser vivente; 4 - gente, homem; 5 - hálito, alma, personalidade; 6 - cada um, todo que; 7 - vida; 8 - hálito, alma como centro de emoções e sentimentos (vontade). - O dicionário novo de de Gruyter, seguindo a linha pré-traçada de K-B, traz mais ou menos o mesmo, acrescentando, também ele, a "alma"; "não no sentido grego". Podemos imaginar, p. ex. SI 103.1, sub- stituindo "alma" por "º2'::2~~ ço" etc. "Interior" a;~ç=. '~"'= já por causa da paras =. j há em mim", Confere :::: sagens como Gn 2,7' - S Si 31.5; 146.4; Ec 12.7 -: ,:", Poderíamos aumentar e~:~= ';i tos outros exemplos. =.::;;g sa parte imortal, ina!ad2 ::'~ do corpo se separa na -:'2 que, na ressurreição 22'=' , o corpo, que recebe :': : e~ aceitação em filiação ,~ :: seqüências do pecado. ,2 2::" juntamente com o c:::: .; E isto é ensinado tant: -: ~ NT. Confessamos q"" :2;]; "corpo e alma". O ,,-:::2'~ nalista que lamentavei~e -2 ; teologia, nega a idé:2 :2 "" "alma" no AT. Eis:: se reflete também n: ~_.~ bom e útil, acima a:::-222-'3; PROF. Dr. HER,\,< SASSE[ DD - Um dos grandes nestes tempos do fi,,-·. ~, 2' seu Senhor e Deus :2·2 vale de lágrimas para deira, da qual foi - ~22 -:: i terra - cidadão abe-; ::,,::~ 8asse, um dos país e~:: '7_3!J assinado, fechou os e'~:: :3;': do, a fim de ser ir2::::<: "3!! guarda da milícia do 3e' - :r o exército dos 144000 ", .. que vêm da gran:e :--.i varam suas vestiduras, e 2~ j sangue do Cordeíro.'=:~: acham diante do trone ::': J;; vem de dia e de noite -: 5iii e aquele que se asse-:.:: C! tenderá sobre eles c se~ ~ Foi no oitavo dC:T,'n;: ~ dia 8 de agosto deste s':: ~ via, recentemente, (nas::2_ ~ lho de 1895) compie:s::: s de existência terrena, 3e_s tais foram postos à cs::::o:a nhor de sua ressureiç§: -; "cada um", e não é tradus-nente. do vocábulo para "alma" co'~nome é óbvio em um núme:ssagens, onde o pronome da assoa é entendido. Vê Gn 27.4: que minha alma te abençoe que eu te abençoe que eu te dê uma bênção para que eu coma e te aben- poucas ilustrações não bastam r todas as várias significações , para "alma" no AT. Mas de'rar ao tradutor como é impor'preender a larga extensão da l) da palavra. Os versículos mbém deviam advertir o traduunca se deve traduzir a pala.aiquer outra questão) sem cui~te atender para o sentido ge'ssagem que defronta, ou sem os vários sentidos possíveis :radutor. - O trabalho acima aem tradução serve para i1us;eral as possibilidades de os chegarem a traduções leve'ergentes sem, entretanto, ferir :idade do texto original inspira nós, porém, em certo senti,mplo escolhido é significativo. os as possibilidades enumerapara nós o sentido geral e ie "néphesh = psyché - alma" lente igual no AT como no NT. Jres da Septuaginta eram israero-testamentários, mas traduhesh" com "psyché" na quase dos casos. E quem é que só os gregos deram à "alma" neo-testamentário? O dicioná)ehler-Baumgarten dedica nada que 3 3/4 colunas a "néphesh" seguintes significações (a que jo trabalho acima se agarrou, ente):" 1 - garganta; 2 - alma ;entido grego); 3 - ser vivente; homem; 5 - hálito, alma, per~; 6 - cada um, todo que; 7 - vi;ao, alma como centro de em0sntimentos (vontade). - O dici/0 de de Gruyter, seguindo a Iiraçada de K-B, traz mais ou mesmo, acrescentando, também -na": "não no sentido grego". imaginar, p. ex. SI 103.1, sub- stituindo "alma" por "garganta", "pescoço" etc. "Interior" ainda seria possível, já por causa da paralela: "e tudo que há em mim". Confere com atenção passagens como Gn 2.7; 7.15; Jó 12.10; S1 31.5; 146.4; Ec 12.7 no seu contexto. Poderiamos aumentar esta lista por muitos outros exemplos. É a alma, a nossa parte imortal, inalada por Deus, que do corpo se separa na hora da morte e que, na ressurreição será reunida com o corpo, que recebe de Deus perdão e aceitação em filiação, ou sofre as conseqüências do pecado, já aqui, e depois, juntamente com o corpo, eternamente. E isto é ensinado tanto no AT como no NT. Confessamos que Deus nos deu "corpo e alma". O modernismo racionalista que lamentavelmente penetrou na teologia, nega a idéia da existência da "alma" no AT. E isto, de certo modo, se reflete também no trabalho, em si bom e útil, acima apresentado. J PROF. Or. HERMANN SASSE, 00 -; Um dos grandes no Reino de Deus, nestes tempos do fim, foi chamado por seu Senhor e Deus para partir deste vale de lágrimas para sua pátria verdadeira, da qual foi - mesmo peregrino na terra - cidadão abençoado. Hermann Sasse, um dos pais espirituais do abáixo assinado, fechou os olhos para este mundo, a fim de ser transportado, da vanguarda da milícia do Senhor Jesus, para o exército dos 144.000 de Ap 7.14,15, " ... que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo". Foi no oitavo domingo da Trindade, dia 8 de agosto deste ano de 1976. Havia, recentemente, (nasceu em 17 de julho de 1895) completado seu 81.0 ano de existência te"rena. Seus restos mortais foram postos à disposição do Senhor de sua ressureição, no dia 12 de agosto, na terra da cidade de seu refú' gio terreno, Adelaide, Austrália do Sul. Dr. Hermann Sasse tornou-se um dos esteios do luteranismo confessional quando se negou a assinar e subscrever a "Declaração de Barmen", aquele mundialmente conhecido documento, elaborado em protesto às perseguições da política eclesiástica dos partidários de Hitler contra a Igreja Confessional Evangélica da Alemanha. Hermann Sasse, no início estava muito a favor desta declaração; ele mesmo participou na elaboração das Teses. No entanto, quando os teólogos ao redor de Karl Barth introduziram elementos calvinistas-existencialistas na formulação final da declaração, protestou e, segundo explicações dadas pessoalmente ao abaixo assinado, não subscreveu. - Certamente não porque foi nazista. Ao contrário: sofreu meses horríveis em campos de concentração do nazismo por causa de sua firme posição confessional. Negou-se a subscrever a afamada "Declaração" por sua absoluta fidelidade às Confissões da Igreja Luterana. Esta absoluta fidelidade às Confissões Luteranas, também o fez protestar contra aquela aglomeração de igrejas de posições confessionais diferentes na igreja Evangélica da Alemanha (EKiD), quando a sua própria igreja, a Igreja Luterana da Bavária, se afiliou à EKiD. Desligou-se desta Igreja e também demitiuse do seu. alto cargo de Professor de Teologia na Universidade de Erlangen. Amava tanto a verdade, como ele a tinha conhecido, que em 1949 emigrou com sua família para a Austrália. Aqui ele de novo pôde viver e ensinar segundo sua consciência. Desde aquele ano até o ano passado, por mais de 25 anos, serviu à Igreja Evangélica Luterana na Austrália na capacidade de professor de Teologia Sistemática e História Eclesiástica na Faculdade de Teologia do "Immanuel Theological Seminary" na cidade de Adelaide, Austrália do Sul. Na mão de Deus lá ele tornou-se o instrumento mais decisivo na unificação das duas igejas luteranas, de modo que agora em todo aquele continente só existe uma única Igreja Luterana. Sua voz - mesmo de longe - foi ouvida em todo o mundo teológico através das suas "Cartas" - "Briefe an lutheri195 sche Pastoren" - que por muitos anos regularmente foram por ele escritas e em grande parte republicadas na revista teológica "Lutherische Blatter", que neste ano já tem 28 anos de existência, sob a redação de um dos grandes amigos e discípulos de Hermann Sasse, o Dr. Friedrich Wilhelm Hopf. Nestas cartas (das quais também a "Igreja Luterana" publicou, através de vários anos, mais ou menos uma dezena) sua voz se ouviu em respostas à questões fundamentais de Teologia, tais como: A Igreja de Cristo e sua verdadeira Unidade; A Origem, Forma e Significância das Confissões da Igreja, desde os inícios até o nosso século; Os Sacramentos da Igreja, especialmente a Santa Ceia; A Autoridade e a Inspiração das Escrituras Sagradas, etc. Em todas estas questões ele procurava e achava as respostas da Bíblia, demonstrando-se um verdadeiro confessor e defensor das verdades biblicas contra todas as aberrações e interpretações espúrias. Uma das suas obras mais profundas foi traduzida para a língua brasileira por Mário Rehfeldt, sob o título "Isto é o meu corpo" (Ed. CPC), um livro em que Hermann Sasse expõe, de uma maneira inequívoca, a doutrina bíblica da Presença Real de Cristo na Santa Ceia, doutrina defendida também pelas Confis- -:0:- 196 sões da Igreja Luterana. - Friedrich WiI-. helm Hopf colecionou os mais destacados trabalhos teológicos, ensaios e artigos, que durante os anos foram publicados em diferentes revistas e jornais teológicos, em dois volumes sob o título "In Statu Confessionis": um verdadeiro monumento dedicado a este "grande", porém muito humilde confessor e servo do seu Senhor Jesus Cristo, que foi o nosso querido amigo e mestre, o Dr. Hermann Sasse. Escreve Dr. Friedrich Wilhelm Hopf em memória do Hermann Sasse, no número 113 de "Lutherische Blatter": "Por cima da vida e da morte deste homem de Deus está escrito o que confessamos no terceiro artigo; Tenho crido no Espírito Santo, na Santa Igreja Cristã, a Comunhão dos Santos, na Remissão dos pecados, na Ressurreição da carne e na vida Eterna. Amém." Sim, dele, com verdade, pode ser dito o que lemos em Dn 12.3: "Os que foram sábios, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que muitos conduziram à justiça, como as estrelas sempre e eternamente." Johannes H. Rottmann DEVOCION ·S,= Luterana. - Friedrich WiI-_ ::iecionou os mais destaca:s teológicos, ensaios e ar:",rante os anos foram publi:fferentes revistas e jornais em dois volumes sob o títu" Confessionis": um verdadei;~'o dedicado a este "granmuito humilde confessor e 'eu Senhor Jesus Cristo, que : querido amigo e mestre, o -: Sasse. Dr. Friedrich Wilhelm Hopf 2. do Hermann Sasse, no nú:8 "Lutherische Bléitter": :a da vida e da morte deste Deus está escrito o que cono terceiro artigo: crido )rrito Santo, ,ta Igreja Cristã, a Comunhão ,ntos, nissão dos pecados, ;surreição da carne .'ida Eterna. Amém." ,Ie, com verdade, pode ser lemos em Dn 12.3: "Os que os, resplandecerão como o '!rmamento; e os que muitos à justiça, como as estrelas eternamente." Johannes H. Rottmann DEVOCIONAL A IMAGEfYl DO (Meditação: CRISTÃO SI 51.5-9) Th. Reuter V.5: "Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe." A procriação em si não é algo pecaminoso, pois faz parte da ordem criadora divina (Gn 1.28). Por esta razão também depois da queda não pode constituir pecado. Este versículo antes fala do efeito que o primeiro pecado teve para com a humanidade inteira, e por isso para comigo também. Pela procriação uma geração passa o pecado, característico do homem depois da queda, à outra geração; meus pais o passaram a mim. Para apagar o conhecimento desta verdade, o diabo inventou um truque pérfido, a saber, a mentira grosseira da evolução. Segundo esta, o homem devia ser descendência do animal, tendo-se desenvolvido no percorrer de milhões de anos ao estado atual. Seria lógico, que deste modo o homem não podia ser pecaminoso, pois o animal, seu suposto ante passado, não tem alma, nem espírito, nem livre-arbítrio. O mal no homem destarte não teria nada a ver com moral, mas seria somente um característico do seu estado primitivo. Não existiria assim na história humana a queda nem o pecado original, nem culpa hereditária. Confrontando com esta afirmação tenho que decidir-me: ou aceito a verdade divina no tocante ao meu estado natural, ou então concordo com o pai da mentira, colocando-me no mesmo nível com os animais que não tem alma, logrando-me a mim mesmo, querendo esquivar-me da responsabilidade que tenho diante de Deus. Outro truque diabólico nesta conexão é a idéia de o homem nascer em inocência e se tornar mau somente pelo convívio com maus elementos. Cederei eu a este logro satânico ou farei uso da minha reflexão? Basta observar uma cri197 ança ao mentir pela primeira vez, ao dizer propositadamente uma mentira para proteger-se contra qualquer conseqüência :como não está corando tal criança! Vejo até que aqui se manifesta que "do coração precedem os maus pensamentos .. falsos testemunhos" (Mt 15.19) e que "a norma da lei, gravada nos seus corações, testemunha-Ihes a consciência e os pensamentos mutuamente acusando-se" (Rm 2.15). Todavia o diabo tencioha levar-me à convicção de que o mal, provindo só de fora, podia ser vencido por mim mesmo, mediante um bom carater e por energia própria, sastifazendo destarte as exigências de Deus e merecendo seu bom agrado. Quero eu iludir-me tão grosseiramente, ou quero levar a sério minha consciência acusadora? Sim, quero conscientizar-me do meu estado natural assim como o Deus onisciente me vê a mim: "Nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe." V.6: "Eis que te comprazes na verdade no íntimo, e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria." O olhar de Deus penetra no interior. Estando a norma. da lei gravada no meu coração, encontro ainda a lei do Senhor por extenso na Bíblia. Estas duas realidades confrontam-me com a vontade de Deus pelo que toca não somente às minhas ações e palavras, aos meus pensamentos, gestos· e feições, mas também, às minhas omissões e até ao meu ser inteiro. A Bíblia diz, resumindo toda a vontade de Deus a nosso respeito: "Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo" (Lv 19.1). Deus olha o meu interior e vê minha reação frente à sua lei. Quer ver contrição. Devo arrepender-me, reconhecendo que não sou como devo ser, que não faço o que ele manda, mas faço o que ele proíbe. E Deus compara o que confesso com a . boca com o que vê no meu coração. Se bem que eu confesse: "Sou pecador", é possível que meus pensamentos acham: "Não sou pior do que os outros, pois todos são pecadores." Deste modo escondo-me no anonimato do mundo pecador. Penso que posso esquivar-me do olhar de Deus como Adão e Eva atrás dos arbustos. Deus, porém, procura sinceridade e veracidade comigo mesmo. Quer que eu me veja a sós com o Deus 198 santo, quer qué eu sinta não estar conforme a norma divina, quer que eu reconheça ter ofendido a santidade dele e ter merecido a condenação eterna. Deste modo, todavia, ainda não me tornei cristão. O arrependimento acima descrito pode ser um tal "que traz pesar" (2 Co 8.10), como o vejo em Caim que pensou não haver maneira para Deus endireitar sua situação de assassino (Gn 4.13). "Caim se retirou da presença do Senhor" (v.16), isto é, do lugar onde Deus fez "conhecer a sabedoria no recôndito". Na família de Adão vivia a fé no Deus de amor que prometera salvação aos pecadores. Este amor é a "sabedoria no recôndito" do coração de Deus, revelada nas promessas divinas, no santo evangelho. O arrependimento que não traz pesar, diz: "Que vergonha! Ofendi ao Deus de amor! Concorri em crucificar o Filho de Deus e empurrá-Io à morte. Meus pecados são os cravos que o prenderam à cruz, que o fizeram gemer: 'Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?'" Sentir doridamente' a vergonha de ter agido contra este santo Deus do amor, isto é verdadeiro arrependimento e contrição. Que Deus mos conceda! gota mínima pode da' ::_."" todo o mundo, o Iiberta,,:;::- .;ji nio infando (Hinário -n s As lavagens do Antigo - "'~ são nada mais do que '::-:0;; mento da "lavagem de é;;_~ vra" (Ef 5.26). Tudo ac, : adquiriu por sua obedi,k:" • siva, ele o incluiu no 5=--: isso dum modo tão cec';: ::,; vras são verdade ete,-= "Quem crer e for batiza.:: (Mc 16.16). Para ilustrar o valor e a:A ta lavagem espiritual, Da, 2~ feito dela com um fenõ,~s-J; miliar aos habitantes da:_2:' rando o cume Hermom, =- 5E; eterna lá, aquela pureza :2;: pura e não contaminada::'l ve se oferece à vista, t2: ;; pureza que o batismo e'E;i "sem mácula ou cousa 5e" 5.27). Dela Paul Gerra-:hino natalício: ','Louvo eç _-z visto. Limpo estou, jus:: ,. mor de Cristo." Excia--:, "Agora, pois, nenhuma ::-;; para os que estão es (Rm 8.1). V.7: "Purifica-me com hissôpo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve." V.8: "Faze-me ouvir jút~ para que exultem os OS5-~ gaste." Vejo que no Antigo Testamento observaram-se ritos de purificação. Num destes, o sangue de um animal imolado se aspergiu por meio dum ramo de hissôpo sobre a pessoa a ser purificada. Num outro, cumpriram-se lavagens cerimoniais. Davi se refere parabolicamente a estes ritos, pedindo que Deus, de um modo semelhante, porém mais sublime, efetue a purificação de Davi. É óbvio, que essa não é conseguida por sangue de animal ou água simples. Vejo que todos os detalhes do culto do Antigo Testamento são tipos daquilo que Deus prometeu fazer para a redenção. Vejo que são sombras do corpo que havia de vir (CI 2.17), a saber, o Cristo. Diz a carta aos Hebreus (9.13,14): "Se o sangue de bode e de touros santifica os contaminados quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo purifica a nossa consciência." E João escreve (1 Jo 1.7): "O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado." A Nova tão sublime não ;:::::" só de raciocínios, bem C_-2 da razão para compree,,:::eda mesma e reconhece- 5.S'; A nova é a Boa Nova. :: E notícia alegre. Esta 0"3-", mudação no meu intimo.- Í<.J' pela pregação da Lei ,je ::8;i que esmiuça a penha" '.1' ;! destroçado, como que:s ~ fossem esmagados (C!.=- ~ contrição nos outros sai"': s dimento: 6; 32; 38: Agora, porém, percebo a ~::'.• a nova de júbilo e de ae,;;~ bálsamo sedativo, assis:_,,: mo a mão de cirurgião C~2 do o meu corpo, todo G~=·-" ço a exultar e a gloriar : -.=.: Salvador, do Senhor qc;s -:e 15.26). Esta alegria qLa se ~ mim se me torna o e'e- :::::: Não importa mais, cos:; se , tam OS dias de minha ',::> i - Que eu sinta não estar conerma divina, quer que eu resr ofendido a santidade dele <;:do a condenação eterna. e. todavia, ainda não me tornei arrependimento acima descrisr um tal "que traz pesar" (2 emo o vejo em Caim que penaver maneira para Deus endisituação de assassino (Gn 4., se retirou da presença do .16), isto é, do lugar onde Denhecer à. sabedoria no recônfamília de Adão vivia a fé no ,mar que prometera salvação ores. Este amor é a "sabe3côndito" do coração de Deus, 3S promessas divinas, no santo jimento que não traz pesar, vergonha! Ofendi ao Deus de corri em crucificar o Filho de iQurrá-lo à morte. Meus pecas cravos que o prenderam à o fizeram gemer: 'Deus meu, por que me desamparaste?'" :Jamente' a vergonha de ter agieste santo Deus do amor, isto ro arrependimento e contrição. mos conceda! )urifica-me com hissôpo, e fio; lava-me, e ficarei mais ai- neve." 10 Antigo Testamento observas de purificação. Num destes, de um animal imolado se asmeio dum ramo de hissôpo assoa a ser purificada. Num priram-se lavagens cerimoniais. ;fere parabolicamente a estes ndo que Deus, de um modo '. porém mais sublime, efetue ão de Davi. É óbvio, que es:onseguida por sangue de aniJua simples. Vejo que todos '8 do culto do Antigo Testatipos daquilo que Deus pro,r para a redenção. Vejo que as do corpo que havia de vir a saber, o Cristo. Diz a carta iJS (9.13,14): "Se o sangue de ; touros santifica os contami,nto à purificação da carne, ; o sangue de Cristo purifica :onsciência." E João escreve "O sangue de Jesus, seu Fipurifica de todo pecado." A gota mínima pode dar pureza plena a todo o mundo, o libertando do vil demônio infando (Hinário 177.9). As lavagens do Antigo Testamento não são nada mais do que tipos do sacramento da "lavagem de água pela Palavra" (Ef 5.26). Tudo aquilo que Cristo adquiriu por sua obediência ativa e passiva, ele o incluiu no santo batismo, e isso dum modo tão certo como as palavras são verdade eterna que dizem: "Quem crer e for batizado, será salvo" (Mc 16.16). Para ilustrar o valor e a qualidade desta lavagem espiritual, Davi compara o efeito dela com um fenômeno natural familiar aos habitantes daquela terra, mirando o cume Hermom, a saber, a neve eterna lá, aquela pureza tão alva. Tão pura e não contaminada como esta neve se oferece à vista, tão perfeita é a pureza que o batismo efetua, pureza "sem mácula ou cousa semelhante" (Ef 5.27). Dela Paul Gerhardt canta num hino natalício: '.'Louvo algum em mim é visto. Limpo estou, justo sou pelo amor de Cristo." Exclamo com Paulo: "Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1). V.8: "Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste." Nova tão sublíme não pode ser objeto só de raciocínios, bem que eu precise da razão para compreender as palavras da mesma e reconhecer seu conteúdo. A nova é a Boa Nova, o Evangelho, a notícia alegre. Esta origina uma transmudação no meu íntimo. Anteriormente, pela pregação da Lei de Deus, "martelo que esmiuça a penha" (Jr 23.29), fiquei destroçado, como que os meus ossos fossem esmagados (cf.a descrição da contrição nos outros salmos de arrependimento: 6; 32; 38; 102; 130; 143). Agora, porém, percebo a nova do perdão, a nova de júbilo e de alegria como um bálsamo sedativo, assim que digo: E como a mão de cirurgião que endireita todo o meu corpo, todo o meu ser. Começo a exultar e a gloriar o nome de meu Salvador, do Senhor que me sarou (Ex15.26). Esta alegria que se apoderou de mim se me torna o elemento da vida. Não importa mais, como se me apresentam os' dias de minha vida, se a tribu~ lação se amontoar às vezes, ou se ela me acompanhar por longos trechos da vida. Sou perdoado.' Por isso o dito de Salomão se refere também a mim: "Ele não se lembrará muito dos dias de sua vida, porquanto Deus lhe enche o coração de alegria" (Ec 5.20). Sinto-me no convívio com os Filipenses, aos quais Paulo tanto escreve acerca da alegria e os exorta: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos (4.4). Oxalá eu aparecesse muito mais alegre no Senhor. Para eu não me ver criticada por aquele pensador afamado, mas incrédulo, que disse: "Os. cristãos deveriam aparecer-me muito mais redimidos !" V.9: "Esconde o teu rosto de meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades." Confessei meu pecado, fui perdoado e me alegro. Não convem, todavia, ficar agora despreocupado. Minha justificação não é uma transformação do meu ser. É, antes, um ato que se dá no coração de Deus, um ato forense. Deus me justifica a mim, o ímpio. Juiz algum deveria proceder assim (pr 17.15), porque o direito tem que prevalecer. Deus, sim, ele justifica o ímpio, pois o direito divino foi satisfeito pela obediência ativa e passiva de Jesus Cristo. Por amor dele fui justificado. Ele me substituiu a mim em sua justiça e paixão. Creio nele,isto é: ponho toda a minha confiança na sua obra vicária. Sua justiça agora me é imputada. Sou justificado perante Deus. Deus me vê tão justo, como é justo o seu Filho. Permaneço, todavia, pecador no que diz respeito ao velho homem que habita em mim até ao sepulcro. "Simul justus et peccator", diz Lutera, descrevendo o redimido. Paulo pinta um quadra vivo deste conflito em Rm 7.15-23. Por isso necessito do perdão contínuo. É mister Deus esconder o seu rosto dos meus pecados que diariamente cometo, e de apagar sempre de novo as minhas iniqüidades. Todas elas. A Bíblia inclui também a mim. Perguntando: Quem há que possa descernir as próprias faltas?" Por esta razão também eu tenho que pedir: "Absolve-me das faltas que me são ocultas" (SI 19.12). 199 Envolvido por completo no perdão, vivo mesmo, sou vitalizado, vivo realmente no sentido de GI 2.19 b, 20. O perdão divino é o sol da graça, sol este de que me vem a força para viver como um redimido. Esboço: O crente vê a sua imagem em cinco facetas: 1 - Pecaminoso por descendência 2 - Arrependido por meio da Palavra 3 - Purificado por Cristo 4 - Regozijado pelo Evangelho 5 - Vitalizado pelo perdão contínuo. "BEM-A VENTURADOS OS MANSOS" (Meditação - Mt 5.5) J. E. van den Brink Diz assim a terceira bem-aventurança: "Bem-aventurados' os mansos, porque eles herdarão a terra." Quem pertence a esta categoria e quais são suas qualificações? Está o Senhor se referindo aos pretensos sentimentais, que sempre falam terna e amorosamente de uma necessidade geral e coletiva, mas que nunca fazem coisa alguma para a edificação da igreja ou da família? São estes homens tímidos, que não sabem dizer não, sempre duvidando até mesmo de si, sempre, se comprometendo, são estes os bem-aventurados? Este glorioso futuro está prometido aos de caráter imponente, destituidos de energia e dinamismo? Apontando a Si mesmo como um exemplo o Senhor disse ser manso e humilde. Os que o seguem acharão descanso para as suas almas. O próprio Jesus era, em Si mesmo, uma fonte de poder espiritual, sabedoria e conhecimento, entretanto se entregou à direção do seu Pai celestial. Os mansos são dóceis. São accessíveis a influências externas. Jesus disse referindo-se a si mesmo: "Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer." Os mansos gostam de ser guiados. Quem não tem esta qualificação é ingovernável. Pessoas possuídas por espíritos maus são insubmissas. Em alguns casos a Bíblia os chama de teimosos e obstinados, semelhantes a uma criança que resiste aos pais. É um comportamento natural a obediência dos filhos aos pais. Se eles se recusam a obedecer-Ihcs, a quem vêem, possivelmente não poderão obedecer a Deus a quem não vêem. Se, entretanto, acontecer de a criança ficar sob a influência de um espírito mau, não se harmoníza com aqueles que cuidam dela, o que seria lógico, mas ao, espírito injusto e mau de rebelião. A Bíblia chama a desobediência e a rebelião de pecado de adivinhação e feitiçaria. A teimosia não é chamada de adivinhação, mas tem as mesmas origens, que é a obediência a Deus, portanto é idolatria. Em decorrência da velha aliança não ter tido compreensão do reino dos céus e ser incapaz de libertar uma criança da escravidão do mal, isto é, incapaz de tirar a teimosia do coração, o processo de desobediência nas crianças, às vezes, chegava ao seu clímax com a morte da mesma. Então o filho rebelde era morto, como idólatra, por todos os homens da tribu(Dt 17.5; 21.12). Os mansos são pessoas livres, que não sofrem a influência perniciosa dos espíritos maus. Jesus os chama de bem-aventurados, felizes. Esta bem-aventurança é também um paralelo às anteriores e tem uma condiço. A benção não será recebida porque se é pobre de espírito, ou porque se chora, ou pelo fato de se ser manso, gentil e submisso. O senhor afirma aqui que Sua mensagem do reino dos céus abre um caminho de livramento para todos. Os mansos, que são chamados de abençoados, abrem seus corações para o Espírito de Deus. Durante sua vida na terra Jesus guiou seus discípulos no caminho certo. Prometeu mandar o Espírito Santo depois de sua partida, para guiar às fontes da vida todos aqueles que recebessem de seu Espírito; Este mesmo Espírito faz verdadeiras as palavras do poeta dos Salmos: "Guia os mansos no que é reto, e Ihes ensina o seu caminho." O oposto do manso é o teimoso ou rebelde. Estevão disse aos líderes: "Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis à (direção) do Espírito Santo;" Naque- les judeus habitava ~:'"" o=:'~ mosia, o espirito de 82.:2.'=.= rio. Jesus disse a reS:2:: :~ des o diabo por pai,' - : eram incapazes de::~:~:=' am ouvir e cumprir c c.= :'=~ Moisés era uma ce22: = -. '" o Senhor pode e.-, _ ,,=,, sua mansidão. e.-:" :.7 :S mento, se pôs -O' -",'-= - :."" homem de do';:=' .:2·,: = - ~:" terra promet': = , -.: - =:=-;; . dos céus.;':.:-='2.,: -:-:c; Deus p6:je =..,: :O".::= '! seu povo 2:~ .- c:. :2 --c:. ':''::'J;§ disso o E2C':': :2 := _ um lugar a:~::: - 2 -':' celestia!. Pedra. 2::S:':: c:.:-':~ Iheres que ~::5~2- :-'::§ incrédulos atr2,~~ .:2 . - o'':'' e submisso. C: _o - 2.: .: "'~ com jóias e f(::::" :2 .:.c.::=:: o conseguiram 2::2,os :: -" submissa. É i["':.:s~ ,2 ':.:ê Iher alcance seu :'""e..-:.: :: ~ pírito de teimosia e -2':2 ;.: O Espírito Se:;:: -. -.:: ~ " ~ pessoa usando a 'i:~razão somente os ~,,:.,.:= :::: cados para o Reu,: :s :'7';;; que são guiados po, 2.= Espírito. Se resisÚ~ç= :: E se afastará de nós. :02.': :';i tas; "Irmãos, se u,,-, :--7:.." i ser surpreendido ems.g"que sais espirituais c:--g .: ~ pirito de mansidão." ::2S::", ais são guiados pelo Es:-:: ~ nunca Ihes orienta a 2;; '2fúria ou violência. O =2::', '" pode lidar com pessoa2 :.s táveis, dóceis, o que, :2:.':; clui mansidão. Os me-2:= S Palavra de Deus como " ....•.:.• não como um solo ef'"'::-s:;",--= cebei com mansidão a ::" ,,''' implantada", pois o soe e·::g é receptível. 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Então o filho a morto, como idólatra, por omens da tribu(Dt 17.5; 21.12). ,sos são pessoas livres, que 1 a influência perniciosa dos naus. Jesus os chama de rados, felizes. Esta bem-aé também um paralelo às antem uma condiço. A benção ecebida porque se é pobre de u porque se chora, ou pelo ser manso, gentil e submisso. afirma aqui que Sua mensano dos céus abre um caminho :;to para todos. Os mansos, hamados de abençoados, acorações para o Espírito de -ante sua vida na terra Jesus discípulos no caminho certo. 'TIandar o Espírito Santo dea partida, para guiar às fontodos aqueles que recebesu Espírito; Este mesmo Eserdadeiras as palavras do po:Imos: "Guia os mansos no e Ihes ensina o seu camin'!. :0 do manso é o teimoso ou Estevão disse aos líderes: ie dura cerviz e incircuncisos e ouvido, vós sempre resis~o) do Espírito Santo," Naque- les judeus habitava um espírito de teimosia, o espírito de Satanás, o adversário. Jesus disse a respeito deles: "Tendes o diabo por pai." - Por esta razão eram incapazes de obedecer, não podiam ouvir e cumprir o que Deus ordenava. Moisés era uma pessoa muito mansa e o Senhor pode guiá-Io. Quando perdeu sua mansidão, ainda que por um momento, se pôs na mesma posição de um homem de dura cerviz e não entrou na terra prometida, uma imagem do Reino dos céus. Abraão era manso, portanto, Deus pôde guiá-Io, desde a sua terra e seu povo até uma terra estranha. Além disso o Espirito de Deus o guiou para um lugar ainda melhor, isto é, a pátria celestia!. Pedro, o apóstolo, admoestou as mulheres que conquistassem seus maridos incrédulos através' de um espírito calmo e submisso. O que não puderam fazer com jóias e frizar de cabelos, somente o conseguiram através de uma atitude submissa. É impossível que uma mulher alcance seu marido se tiver um espírito de teimosia e rebelião. O Espírito Santo nunca dirige uma pessoa usando a violência e por esta razão somente os mansos estão qualificados para o Reino de Deus, aqueles que são guiados por sua mão, por seu Espírito. Se resistirmos ao Espírito, ele se afastará de nós. Paulo diz aos gálatas: "Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós, que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão." Pessoas espirituais são guiados pelo Espírito Santo e ele nunca Ihes orienta a agirem com raiva, fúria ou violência. O Espírito Santo só pode lidar com pessoas que sejam tratáveis, dóceis, o que, naturalmente, inclui mansidão. Os mansos são para a Palavra de Deus como um canal aberto, não como um solo empedernido: "Recebei com mansidão a palavra em vós implantada", pois o solo endurecido não é receptível. Deve ter sido chocante para os judeus quando ouviram que somente os mansos herdariam a terra. Pois esperavam que seus problemas políticos fossem resolvidos por uma vitória militar, não através da direção do Espírito Santo. Pensavam que a herança da terra ou, mais diretamente, do país - depen- desse de uma demonstração de força e poder exterior. Mas as pessoas que herdarão a terra, que até mesmo governarão todo o universo, não são as agressivas, mas as mansas. "Sabeis que os santos julgarão o mundo?" Deus só pode usar pessoas como o manso Moisés, pois só estes são capazes de guiar as nações e governar em obediência a ele. A descendência de' Abraão é o "herdeiro do mundo", isto é, Cristo e os que estão em Cristo. No Novo Testamento a palavra herança é quase sempre usada em conexão com bençãos espirituais, com uma herança celestial, com a vida eterna, com as promessas. A terra não é mencionada aqui, pois dentre os mansos Deus recrutará aqueles que herdarão tudo. Até então, o que governa o mundo comanda a terra através de meios de violência, agressão, compulção e supressão. Na plenitude do tempo "os reis da terra" serão revelados, aqueles que governam junto com seu "Capitão". E serão achados aptos, porque são guiados pelo Espírito de Deus e portanto fazem a vOntade do Pai. COMUNHAO E AÇAO IINO SENHOR 111 (Estudo bíblico) (Romanos 16.3-16) Vilson Scholz Introdução: Apenas mais uma destas insípidas relações de nomes que estão na Biblia. Algo semelhante às genealogias. Nomes difíceis, estranhos e malsonantes. Esta é a primeira impressão. É uma impressão falsa. Romanos 16 é um dos mais instrutivos capítulos do Novo Testamento (Emil Brunner). É pre. ciso apenas lê-Ia adequadamente, com É um mente aberta para os detalhes. capítulo importante por ser o epílogo da carta aos Romanos, a jóia do Novo Testamento, o mais rico escrito doutrinário de toda a Bíblia. Além disso, é o mesmo Paulo quem escreveu os 15 primeiros capítulos e este ultimo é-lhe igualmente importante. 201 Romanos 16 nos mostra que a congregação cristã é formada por pessoas, nomes, que individualmente são importantes para Deus. No Cristianismo o que interessa e é de importância vital são as pessoas: o Deus pessoal, em contraste com o "deus" imanente (politeísmo) e o "deus" espírito transcendente (ens spirituale) dos filósofos; as três pessoas: Pai, Filho, Espírito Santo (trindade na unidade); a pessoa individual - o cristão. Cristianismo não é massa, povo, - é indivíduo. Eis então o grande significado de Romanos 16: tudo o que Paulo escreveu anteriormente não fica suspenso no ar mas sim, é uma realidade na vida de indivíduos e por isso Paulo cita nomes. Quando Paulo cita "Apeles, aprovado em Cristo", "Rufo, eleito no Senhor" ele faz com que as palavras escritas anteriormente (como pr. ex. "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" Rm 3.28), sejam trazidas para a vida, deixando de ser apenas uma afirmação É como se ele dissesse: "Conteórica. cluímos que Urbano, Asíncrito são justificados pela fé ... " Estas pessoas, no Cristianismo, se relacionam. Se relacionam no sentido vertical e horizontal: e isto forma a COMUNHÃO. Esta é a primeira grande lição e verdade deste texto: por detrás das saudações vemos que existe uma Grande Família ligada pela comunhão. COMUNHÃO a) "Saudai ... Saudai ... Saudai" (v. 3, 5, 6, 7, etc.) Paulo escreve aos cristãos de Roma, em Corinto, durante o inverno de 55-56 A. D. A congregação de Roma era-lhe em grande parte desconhecida (1.13). Àqueles que Paulo conhece ele solicita que saúdem. importante é que ele não diz "eu vos saúdo" mas "saudai vós este e aquele". Paulo pede que os próprios cristãos de Roma saúdem uns aos outros em seu lugar. Paulo tem por objetivo incentivar a comunhão, a união. Os cristãos de Roma podem saudar os outros em lugar de Paulo porque existe um elo comum que os une: o SENHOR. Na verdade, quando um cristão saúda o outro, ele se confessa ligado a este em nome de Cristo. Por isso, quando Paulo, que viveu 202 inteiramente para Jesus e que fazia tudo em Cristo, fala em "saudar' ele não quer expressar mera simpatia humana mas sim união e amor em Jesus. b) "Saudai a meu querido Epêneto, primlcias da Ásia, para Cristo" - Epêneto foi o primeiro gentio da Ásia incorporado em Cristo. Bem-aventurados os primeiros que não abandonam o primeIro amor! Epêneto continuava em Cristo e por isso Paulo não receia em usar a calorosa palavra "meu querido", "agapeetón mou", meu amado (v. 5). c) "Saudai Amplíato, meu dileto amigo (no original "meu amado") NO SENHOR ... e a meu amado Estáquis" (v. 8,9) "amado NO SENHOR" - Fato que se destaca neste capítulo 16 de Romanos e que é de profunda implicação teológica é a insistência com que Paulo enfatiza o "no Senhor" (en kyríoo), "em Cristo" (en Kristõo). Para ser exato, Paulo, em suas cartas, emprega essa expressão 164 vezes. Andrônico e Júnias estavam em Cristo antes de Paulo (v. 7). Os da casa de Narciso estão no Senhor (v. 11). Estar no Senhor, estar em Cristo querl dizer "estar ligado a ele". "Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós", .diz Jesus em João 15.4 Objetivamente somos ligados a Cristo pelos meios da graça. O batismo nos incorpora em Cristo, nos torna corpo de Cristo que é a Cabeça (há uma estreita, absolutamente necessária relação entre cabeça e corpo). Subjetivamente, o que nos liga a Cristo é a fé. Estar em Cristo, estar no Senhor em resumo quer dizer "ter comunhão com Cristo", a comunhão vertical. Os que tem esta comunhão tem também razões suficientes para chamar o irmão de "amado nó Senhor", estabelecendo a comunhão horizontal mesmo que se trate de um escravo, que para os homens era "coisa". (Amplíato provavelmente era escravo). d "Saudai os da casa de Aristóbu10 ... os da casa de Narciso, que estão no Senhor" (v. 10,11) - Os da casa de Aristóbulo e Narciso são dois grupos de escravos compostos de muitas pessoas. (Eram conhecidos não pelo nome mas como sendo da casa de, propriedade de Aristóbulo e Narciso, os senhores, donos). São pessoas despersonalizadas (não Ihes conhecemos os nomes), rlas- sificadas, sem expressão scc,;. cravos, objetos. Mas, estão no E isto basta. Paulo não c::; ::~ cristãos" ou que "crêem e mas que "estão no Senhçc " uma existência nova, inic'a:::= ::.~ ',e~ e determinada por Jesus, no Senhor, que os compr::c;:" dão espiritual com sua me":,, s:; va na cruz, está sua impe:-t2~:·" sar de humanamente esora,:s vres no Senhor. Paulo escre,: !! tãos da Galácia (Gi 3.28) c_= estão em Cristo, que se]a~ quer libertos, são um só. =s_ vos de Roma estão em Cris:c = ; Paulo os saúda e solicita c.:e :: nos os saúdem como conse-,:ô hor Jesus. e) "Saudai ... aos irmã: õ reúnem com eles .. , os sa~-::~ reúnem com eles" (v, 14':: duas afirmações nos mos,r:=~ cristãos de Roma não se rejê '" única sala de cultos. A cen;;-7~ =,,--, reunia em diversas casas, cio na três congregações áom:: ;; te capítulo 16 de Romanos. a de Áquila e Priscila (v.5), reunem como os mencionacc2 ~ e os do v. 15. Paulo de~,::-" "santo" porque apesar de :12cerem eles o são, declaraccs :;; devido à cruz de Cristo e esc. j; to de eles estarem em Crist: tos" em Cristo são "irmãos" :: ~ irmãos formam o corpo de ::-';; corpo de Cristo se reúne. -" comunhão. f) "Saudai-vos uns acs _ ósculo santo. Todas as igrE"-" to vos saúdam". (v. 16) lavras Paulo aumenta e 'e:-", ;: da comunhão. Ele so]'c:,;.'" ; seu lugar, saúdassem j,"9'==--õ escravos, livres, gentios (i=::~~:"; gente de origem judai::a "--jE Júnias), romanos (Urbano -, :ô\ e mulheres que agora eram _- ; pela união com Cristo. ;.;:;;;: pede que saúdem uns a:s ::': mentando o círculo. Peje:.â S3:! údem com o ósculo (1:,e.: era uma cerimônia esta::·e:: ':2' ja antiga e temos mençª-::: ,;. , 16.20, 2 Co 13.12, 1 Ts :: 22 Cada um se dirigia ac -,2U: c: _ '~e para Jesus e que fazia tu-sto, fala em "saudar' ele não -essar mera simpatia humana jC:íão e amor em Jesus. :;udai a meu querido Epêneto, ::a Ásia, para Cristo" - Epêne"imeiro gentio da Ásia incorpoCristo. Bem-aventurados os que não abandonam o primeiEpêneto continuava em Crissso Paulo não receia em usar :; palavra "meu querido", "agaou", meu amado (v. 5). oudai Ampliato, meu dileto ami:ginal "meu amado") NO SENe a meu amado Estáquis" (v. J NO SENHOR" - Fato que se este capitulo 16 de Romanos je profunda implicação teológisistência com que Paulo enfa10 Senhor" (en kyríoo), "em m Kristõo). Para ser exato, 1 suas cartas, emprega essa 164 vezes. Andrônico e Júam em Cristo antes de Paulo da casa de Narciso estão no 11). Estar no Senhor, estar querl dizer "estar ligado a ele". ei em mim, e eu permaneces", diz Jesus em João 15.4 inte somos ligados a Cristo )S da graça. O batismo nos em Cristo, nos torna corpo de é a Cabeça (há uma estreita, mte necessária relação entre corpo). Subjetivamente, o que Cristo é a fé. Estar em Criso Senhor em resumo quer di:omunhão com Cristo", a co,rtical. Os que tem esta co1m também razões suficientes 3r o irmão de "amado no Sen·elecendo a comunhão horizonque se trate de um escravo, os homens era "coisa". (Amavelmente era escravo). dai os da casa de Aristóbuia casa de Narciso, que estão . (v. 10,11) - Os da casa de e Narciso são dois grupos de ':Jmpostos de muitas pessoas. hecidos não pelo nome mas Jo da casa de, propriedade ulo e Narciso, os senhores, ão pessoas despersonalizajas conhecemos os nomes), 1'1 as- sificadas, sem expressão social. São escravos, objetos. Mas. estão no Senhor. E isto basta. Paulo não diz que "são cristãos" ou que "crêem em Cristo" mas que "estão no Senhor", que tem uma existência nova, iniciada em Jesus e determinada por Jesus. Neste estar no Senhor, que os comprou da escravidão espiritual com sua morte substitutiva na cruz, está sua importância. Apesar de humanamente escravos, são livres no Senhor. Paulo escreve aos cristãos da Galácia (GI 3.28) que os que estão em Cristo, que sejam escravos quer libertos, são um só. Estes escravos de Roma estão em Cristo e por isso Paulo os saúda e solicita que os romanos os saúdem como conservos do Senhor Jesus. e) "Saudai .. , aos irmãos que se reúnem com eles '" os santos que se reúnem com eles" (v. 14,15). - Estas duas afirmações nos mostram que os cristãos de Roma não se reuniam numa única sala de cultos. A congregação se reunia em diversas casas. Paulo menciona três congregações domiciliares neste capitulo 16 de Romanos: a da casa de Áquila e Priscila (v.5), os que se reunem como os mencionados no v. 14 e os do v. 15. Paulo denomina-os de "santo" porque apesar de não o merecerem eles o são, declarados por Deus, devido à cruz de Cristo e devido ao fato de eles estarem em Cristo. Os "santos" em Cristo são "irmãos" entre si. Os irmãos formam o corpo de Cristo, e o corpo de Cristo se reúne, mantém a comunhão. f) "Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam". (v. 16) - Com estas palavras Paulo aumenta e fecha o circulo da comunhão. Ele solicitara que, em seu lugar, saúdassem diversas pessoas: escravos, livres, gentios (Epênoto - v. 5), gente de origem judaica (Andrônico e Júnias), romanos (Urbano' - v. 9), homens e mulheres que agora eram um só corpo pela união com Cristo. Agora Paulo pede que saúdem uns aos outros, aumentando o círculo. Pede que se saúdem com o ósculo (beijo) santo. Esta era uma cerimônia estabelecida na igreja antiga e temos menção dela em 1 Co· 16.20, 2 Co 13.12, 1 Ts 5.26, Pe 5.14. Cada um se dirigia ao vizinho dando e recebendo um beijo na face, demonstrando que estavam unidos pelo mesmo vínculo. l:: um costume que ainda persiste nas igrejas do Oriente, onde homens e mulheres sentam separados na igreja. Para ampliar o circulo da comunhão e fechá-Ia, Paulo, diz que todas as igrejas de Cristo (não "as igrejas do oriente" mas "as igrejas de Cristo") saúdam a igreja de Roma (ocidente). A grande família dos que estão em. Cristo está reunida, está em comunhão. AÇAO A segunda grande verdade de Rm 16 é que a congregação, aquele corpo em comunhão, é um todo ativo, é uma comunidade ativa que trabalha no SENHOR. a) "Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus". Áquila e Priscila formam um casal exemplar no Novo Testamento. Moravam originalmente em Roma donde foram expulsos por um decreto de Cláudio em 49 D.C. (At 18.2). Foram a Corinto onde Paulo foi seu hóspede após seu "fracasso" em Atenas. De Corinto Paulo os levou consigo a Êfeso (At 18.19). onde instruem Apoio (At 18.26) e mantém uma igreja em sua casa (1 Co 16.19). Deixando de vigorar o decreto de Cláudio, eles voltam a Roma (Rrri 16.3). Mais tarde encontramolos novamente em Éfeso (2 Tm 4.19). Um casal que muito se moveu dentro do Império Romano e que aproveitou esta sua situação para ser "cooperador" na obra que Paulo estava realizando em Cristo Jesus. Paulo era o pioneiro. Sua estratégia missionária era lançar a semente em determinados centros, criando pequenas células, prosseguindo viagem então. A partir destes centros (Êfeso, Corinto, etc.) o trabalho se desenvolvia, era continuado. Nesta expansão e neste trabalho de edificar, instruir o corpo de Cristo entrava o trabalho de outras pessoas e entre estas o de leigos como Priscila e Áquila, em cuja casa se reunia parte da congregação de Roma (v. 5). Eles igualmente arriscaram suas próprias cabeças por Paulo. Não sabemos o "quanto" nem o "onde" contudo sabemos que houve muitas destas situa203 ções e experiências das quais hoje nos faltam detalhes mas que nos novos céus e nova terra ouviremos maiores detalhes contados pelos personagens nelas envolvidos, entre os quais Áquila e Priscila. Por este seu cooperar com Paulo, por este seu arriscar da vida por Paulo, são-lhe gratos as igrejas dos gentios, somos-Ihes gratos também nós que dentre os gentios fomos incorporados em Cristo. b) " ... Maria que muito trabalhou por vós" (v. 6) - É notável o trabalho das mulheres. Sua atuação é destacada. Priscila, citada antes de Áquila seu marido; Maria, Pérside, Trifena e Trifosa, etc. Quantas servas consagradas! c) " ... Urbano, que é nosso cooperadar em Cristo" (v. 9) Urbano, "nosso' cooperador de Paulo e dos romanos. Era cooperador não por causa de vantagens pessoais, por tradição, para manter aparências, por amizade a Paulo e aos cristãos de Roma; ele era cooperado r em Cristo, ele agia porque estavà em Cristo, porque Cristo agia nele e por intermedia dele . d) " ... Trifena e Trifosa ... trabalhavam no Senhor .... Pérside que também muito trabalhou no Senhor" (v. 121 - Mulheres que trabalharam e muito. Não trabalharam para a igreja. Trabalhavam no Senhor, como fruto da união com este, e no serviço do Senhor. igreja primitiva desconhecia um trabalho voltado para uma denominação, uma organização externa. Trabalhavam no e para seu Senhor, eles, os servos redimidos. e) " ... Rufo ... e sua mãe, que também tem sido rT\ãe para mim" (v. 13). "mãe para mim" - por detrás destas palavras está uma história viva ocorrida no passado, talvez em Jerusalém. Mães, além de serem mães no âmbito humano (mãe de Rufo), podem ser e são também mães para os servos de Deus (Paulo e outros) rio Senhor! Rufo - segundo Me 15.21, trata-se do filho de Simão Cireneu. (Marcos, o transmissor, o intérprete de Pedro, escreveu .seu Evangelho em Roma, para os romanos razão porque, ao relatar sobre Simão, refere-se a Rufo e Alexandre que eram conhecidos dos romanos). Assim sendo, Rufo é o filho do homem que por 204 coação carregou a cruz de Cristo rumo ao GÓlgota. Agora Rufo leva sua cruz espontaneamente e difunde a cruz de Cristo na capital do mundo de então, Roma. É provável inclusive que Rufo junto com Andrônico e Júnias tenham sido os pioneiros do trabalho em Roma. Já na primeira geração o Evangelho de Jesus estava em Roma, criando a comunhão e impulcionando para a ação. Sejamos cooperadores do Evangelho para que isto seja realidade no Brasil! "SERVOIl (Estudo bíblico) (At 16.17) Valdir Feller No Grego a palavra é "doulos" e se traduz literalmente por "escravo". ~ o termo fundamental de todo o cristão. Significa um objeto, um escravo, ou alguém que foi comprado por um determinado preço, e recebeu então a marca . de seu dono, e não tem a liberdade de fazer o que quer e de falar o que quer, só deve fazer a vontade de seu dono. O verdadeiro servo de Deus é na realidade um escravo, não um empregaao. Um servente, um empregado, ou um o· perário, como nós conhecemos nos dias de hoje, pode desejar a sua liberdade a hora que quiser; trabalha segundo um certo horário (Horista-quinzenista-mensalista-empreiteiro etc.) e tem partes do dia livre para fazer o que quizer; trabalha por um salário; possui vontade própria e pode pensar por sua conta; pode discutir o 'preço que quer pelos seus serviços; o que quer fazer; onde quer trabalhar; possui leis que o protegem; possui certas garantias (INPS-FGTS-PIS-Sin' dicatos, parques de recreação etc.). Um escravo não pode fazer nenhuma dessas coisas. O escravo é uma possessão absoluta de seu amo e não tem tempo para fazer o que ele quiser, nem vontade que se possa dizer sua. Deve render a sua vida ao seu dono, sem fazer perguntas, sem opor objeções ou restrições, sem poder escolher o que ele quer fazer, sem poder tirar férias (no cristianismo não há férias - não se pode deixar de ser cristão por um determinado tempo como que para dGecs' ~S'nós, como cristãos, somcs 7~:-' Deus e não possuimos 'C·'::'::7 Nós somos objetos comp-~:::=e to pagou o preço. 1 Cc ê = = fostes comprados pcr :'s~: pois, glorificai a Deus nCi:: õõ :: (demonstra a nossa ob(g::.:~:: :~ cravos compradOS). O Cri,;: ~:~ lado quando nós nos vet"c=-:::, bo (O salário do pecado 2 s -:~ 6.23). Cristo pagou o :;0'=:: .: resgatar desse pecado e ::':;;'::' ª so dono. Foi o Gn:cc:.s :;" condições de ,esga::ar ::, := alguém, pois e'a "es: es:::.::' cravo é um se, C'SS:: " õ,,própria e, conss:::",s-:::s,,-::" libertar ou des,,:,,' ",- :: ,h:: cravo não pode ::s '~S' ' tem que obedece' ,,; SS_ :::-: j to alguém está es ::s:: s.-=: s õ-:' diabo e não pode õ6 si mesmo). Para quem Cristo p.a:-~;,; '" Cristo morreu para De",,, :: ::S;;' lou o preço. O diat.ç ,..~::: s:~ preço pois está abaixo ::e :",..2 está acima de tudo. dee -::õ <; e ele faz o preço. (Tai:;ez_ esquema esclareça meiho" Douloi são todos os (;'.;6 ;;, pagamento de Cristo. Cad2 s-õ: sua obrigação, sua incurntê-:: ~ isso o seu Dono lhe dá::-j equipa (dons espirituais) .. ::...." vos temos dois nascimen::s ,~ carne, para o mundo e espírito, para a vida pelo :3-õ-:" e Nicodemos ... "impo~::.-.:~ de novo") .. 0:.'-;: Quem é servo, ou escravo á ABRAÁO é servo de Ds~õ 24; SI 105.42. MOISÉS recebe este zes do qualquer um outr:: :.~ da bíblia - Ex 14.31; Nm -2-; Js 1.1; 2.7; 13.15; 8.31; 11-2 2Cr 24.6; Ne 1.7; 10.19; Se • '" 10; 144.10; Dn 9.11. JACÓ é servo de Deus - ~ 45.4; Ez 37.25. 0 •• __ ,i 1 i 1 j ~rregou a cruz de Cristo rumo :2.. Agora Rufo leva sua cruz o2.rnente e difunde a cruz de capital do mundo de então, :: provável inclusive que Rufo ~ Andrônico e Júnias tenham :c·neiros do trabalho em Roma. primeira geração o Evangelho estava em Roma, criando a coimpulcionando para a ação. ooperadores do Evangelho pa'o seja realidade no Brasil! /lSERVQII (Estudo bíblico) (At 16.17) Valdir Feller ego a palavra é "doulos" e se É o sralmente por "escravo". damental de todo o cristão. Si"1 objeto, um escravo, ou al3 foi comprado por um deterreço, e recebeu então a marca ono, e não tem a liberdade de ue quer e de falar o que quer, azer a vontade de seu dono. jadeiro servo de Deus é na re11 escravo, não um empregaClo. nte, um empregado, ou um 0orno nós conhecemos nos dias pode desejar a sua liberdade 1e quiser; trabalha segundo um ário (Horista-quinzenista-mensasiteiro etc.) e tem partes do ara fazer o que quizer; trabalha ;alário; possui vontade própria 3nsar por sua conta; pOde diseço que quer pelos seus servie quer fazer; onde quer traba,ui leis que o protegem; posgarantias (INPS-FGTS-PIS-Sinarques de recreação etc.). cravo não pode fazer nenhuma 'sas. O escravo é uma posseslta de seu amo e não tem tem,zer o que ele quiser, nem vonse possa dizer sua. Deve renvida ao seu dono, sem fazer sem opor objeções ou res3m poder escolher o que ele sem poder tirar férias (no cr:são há férias - não se pode dei'r cristão por um determinado tempo como que para descansar). Assim, nós, como cristãos, somos escravos de Deus e não possuimos vontade própria. Nós somos objetos comprados. Cristo pagou o preço. 1 Co 6.20: "Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo". (demonstra a nossa obrigação como escravos comprados). O preço foi estipulado quando nós nos vendemos ao diabo (O salário do pecado é a morte - Rm 6.23). Cristo pagou o preço para nos resgatar desse pecado e agora é o nosso dono. Foi o único que possuia as condições de resgatar ou de comprar alguém, pois era sem pecado. Um escravo é um ser preso e sem vontade própria e, consequentemente, não pode libertar ou desatar um outro. Um escravo não pode libertar o outro, pois tem que obedecer ao seu dono (Enquanto alguém está em pecado é escravo do diabo e não pode se libertar dele por si mesmo). Para quem Cristo pagou o preço? Cristo morreu para Deus, e este estipulou o preço. O diabo não estipulou o preço pois está abaixo de Deus. Deus está acima de tudo, dele nos afastamos e ele faz o preço. (Talvez um pequeno esquema esclareça melhor). '" Douloi são todos os que aceitam o pagamento de Cristo. Cada escravo tem sua obrigação, sua incumbência e para isso o seu Dono lhe dá condições, o equipa (dons espirituais). Como escravos temos dois nascimentos; um para a carne, para o mundo e o outro para o espírito, para a vida pelo batismo. (Cristo e Nicodemos ... "importa-vos nascer de novo"). Quem é servo, ou escravo de Cristo? ABRAÃO é servo de Deus - Gn 26. 24; SI 105.42. MOISÉS recebe este título mais vezes do qualquer um outro personagem da bíblia - Ex 14.31; Nm 12.7; Dt 34.5; Js 1.1; 2.7; 13.15; 8.31; 11.12; 1Cr 6.49; 2Cr 24.6; Ne 1.7; 10.19; SI 105.26; 132. 10; 144.10; Dn 9.11. JACó é servo de Deus - Is 44.1,2; 45.4; Ez 37.25. CALEBE E JOSUÉ são servos de Deus - Nm 14.24; Js 24.9; Jz 2.8. DAVI ocupa o segundo lugar, com respeito a Moisés, entre os servos de Deus - 1Re 8.66; 11.36; 2Re 19.34; 20.6; 1Cr 17.4; titulos dos salmos 18 e 36; SI 89.3; Ez 34.24.. ELlAS é servo de Deus - 2Re 9.36; 10.10. JÓ é servo de Deus - Jó 1.8; 42.7 OS PROFETAS são servos de Deus 2Re 21.10; Am 3.7. OS APÓSTOLOS são servos de DeusFp 1.1; Tt 1.1; Jd 1; Rm 1.1; 2Co 4.5. UM HOMEM COMO EPAFRAS é também servo de Deus - CI 4.12. TODOS OS CRISTÃOS SÃO SERVOS DE DEUS - Ef 6.6. Podemos acrescentar ainda; Os maiores homens da história tem considerado como a maior honra saberem ser servos de Deus. Não havia título mais alto que se podia aspirar entre os reis cristãos. O lema do principe de Gales, que se inscreve debaixo de três plumas de seu escudo é "servo". Nada neste mundo pode ser maior do que um servo de Deus. Devemos notar a amplitude a que este termo se refere: Moisés, o LEGISLADOR; Davi, o PASTOR DE OVELHAS, o mais doce CANTOR de Israel, o REI de sua nação; Abraão, o PEREGRINO E AVENTUREIRO; Calebe e Josué, SOLDADOS e homens de ação; Elias e Isaias, PROFETAS e varões de Deus; Jó, que foi fiel em seu infortúnio; Os apóstolos que transmitiram aos homens a história de Jesus; Todos os crístãos, porque todos podem aspirar o título de servo de Deus, porque ... Rm 3.23,24 ("Fostes comprados por preço" 1Co 6.20) E ... "Agora não vos torneis escravos de homens" ... Mas de Crísto - 1Co 7.23. Não há nada' que Deus não possa usar, se está disposto a submeter-se a seu serviço. Cada um tem o seu d('l~ e como escravo deve usá-Io dignamente em favor de seu dono. 205 1 1 I $ I UMA PALAVRA A CADA (Estudo bíblico) (Tito 2.1-10) UM Tito recebe recomendações as quais deve transmitir aos seus congregados. Elas dirigem-se às mais variadas faixas de idades. Arno Bessel UMA PALAVRA INTRODUÇÃO - (Algumas recomendações como proceder): Todos devem ter sua Bíblia. Leitura particular silenciosa. Pensar na vida diária (comparar a vida particular com a narração biblica): em casa, no relacionamento com os pais, irmãos; na escola, no serviço, na igreja. - Destacar as palavras que mais chamaram a atenção. Ouvidos atentos: deixar que Deus fale: Obs.: Antes de principiar a leitura, pode-se fazer a seguinte oração: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve." Leitura comparativa com o Novo Testamento na Linguagem de Hoje. Notar que a palavra de Deus se dirige às mais diversas classes de pessoas. Deus se dirige a cada um a responsabilidade ante Deus é individual. Todos estão colocados no mesmo plano. Tito recebe instruções de Paulo de como e o que deveria ensinar às pessoas que lhe foram confiadas. Verso 1 - Tito certamente estava ciente como proceder e o que ensinar, uma vez que recebera instruções de Paulo AOS HOMENS V. 2 IDOSOS Verso 2 - Cabe aos homens idosos serem exemplos; são o mastro principal que dá equilíbrio à congregação, no caso. Sua maturidade e experiência na vida haverão de mostrar-se: 1) Pela temperança - ser moderado, ter medida, manter-se dentro dos limites cristãos quanto à bebida, sexo, pensar e falar. A leviandade, a irreflexão e a imprudência não devem mais acompanhá-I os. Homens idosos não deveriam deixar arrastar-se pelas paixões e desejos carnais, nem por emoções espirituais. 2) Pelo respeito - une-se à temperança - tomar as coisas a sério. Respeitar para ser respeitado. 3) Pela sensatez - empregar a inteligência como dom de Deus. 4) Serem sadios na fé, no amor, na constância .. Na - fé - ser autêntico na confiança em Deus, Fundamento da fé: Palavra de Deus; no amor - o padrão do amor sadio é a Palavra de Deus - é o amor de Deus para com os que não lhe retribuiram amor, e nem mereciam este amor. É o amor desinteressado, t sem esperar por recompensas. É o amor dos apesares: Exemplo: Deus amou apesar dos homens não o amarem; apesar que não receberia nenhuma recompensa, étc. (Tt 1.9). Paulo, no entanto, dá um lembrete: "Tito, lembre-te: Ensina somente o que a Palavra de Deus diz." Tito recebe uma admoestação e incentivo de permanecer firme naquilo que aprendera, em meio das falsas doutrinas que estavam sendo anunciadas ao seu redor. Tito é colocado em contraste com os falsos profetas (Tt i. i 0-16). Ligado ao ensino da sã doutrina está a conduta. A sã doutrina requer justamente uma conduta condigna - que condiz, prová e mostra o que ela na verdade é. A aceitação ou não-aceitação do Evangelho, bem como sua estimação por parte dos não-cristãos, podem depender bastante do modo de se portar e viver dos cristãos. 206 UMA PALAVRA ÀS MULHERES V. 3-5 IDOSAS E MOÇ"" Verso 3 - "Sérias em seu proceder" Conduzir-se convenientemente, sabendo que sempre se está na presença de DeuS. "Não caluniadoras" - 8.° Mandamento - manter a língua no freio. Língua - órgão usado por Satanás, muitas vezes. Pode ser usada para bendizer ou maldizer. A fala - particularidade, bênção dada somente aos homens; destaca o homem das demais criaturas. Eleva o homem sobre os animais. Pode também escravizá-I o quando empregada maldosamente. Ex.: fofocas. "Não escravizada pelo vinho" - parece ser causa menos comum entre as mulheres do que entre os homens. No Oriente: vinho era bebida comum; água ;,,-~ - ~:' ~ nho era necessário. N~::::" vinho, mas o muito vinr.: :_ :_-:;' bidas alcoólicas. Mulheres idosas-espelhos ::;; às mais moças. Segue parte positiva: 'i _ ''='" tarefas - "Sejam mestras ::: ~~ as experiências são vali::sa: -"',, Iheres mais moças. Te- já enfrentaram muitas s - , ~~~" as moças irão enfrenta; - :: ':J perigos - por isso agora :e.:~ ; contra os perigos. Conse:~:s;~ te, pouco aceitos pelos r"f:::: S selho sábio da mulher ex: E' E -:i! capaz de evitar muita Inre": :,,:2 tos passos em falso da ,7;,,'-'0' -" Verso 4 - "Instruírem ... 2. ~-:" seus maridos" - trata-se dE 2.~:" Na agitação da vida, no tra: "- - : ga diários, na convivênc:a --" ajudar ao outro a supcrta: as :'" des. Compartilhar o bem =. ::: J!! O amor pode esfriar -: õ: 2., e baixos - daí lembre-se C"E : dádiva de Deus. Ele pedE :~amarem a seus filhos" - c-:=. ; pera a Palavra de Deus, c :~: " amor materno pode dec-=s:",' sumir. (Pode-se abordar éS -::, cias da mãe que trabalha "- -õ da de seus filhos). Verso 5 - "Sensatas" - aS2- homens, assim tabém as :--:';-7'""" são conclamadas a freiar a" :,,:1 turais do corpo e do esp1r":: sato para fazer aos outres s'o;; tarefa das idosas. "Hones:as :;I! ras no proceder. Pureza As oportunidades tentadoras s~:; ras para levar ao deslise, &::a de casa" - 1 Tm 5.13 - De,,'O '~ dicadas donas de casa. ==~:.a lhos, zelar pela vida es,,:':." Construir um lar acolhedc- - ::; propícias para a educaçã:, t:::;. lhos. Daí a importância da ~..~ ver com tempo integral CC~ :.;; ILUSTRAÇÃO - Lutera: ,n.::=. .~ foi pintada de modo tal qus c== cima duma lesma. A les"7'= :::ti! onde ela vai, leva sua casa Assim a mulher deve pe::-2.-ij seus cuidados do lar e n~: 3t! -"cebe recomendações as quais ,-,smitir aos seus congregados. gem-se às mais variadas faixas ~ALAVRA AOS HOMENS V. 2 IDOSOS - Cabe aos homens idosos se:'1plos; são o mastro principal 3quilíbrio à congregação, no camaturidade e experiência na vião de mostrar-se: 1) Pela tem- ser moderado, ter medida, dentro dos limites cristãos : bebida, sexo, pensar e falar. ;ade, a irreflexão e a imprudendevem mais acompanhá-Ios. 1dosos não deveriam deixar arpelas paixões e desejos carnais, emoções espirituais. 2) Pelo - une-se à temperança - tomar 3 a sério. Respeitar para ser 3) Pela sensatez - empre:e!igência como dom de Deus. sadios na fé, no amor, na conNa - fé - ser autêntico na confiDeus. Fundamento da fé: PaDeus; no amor - o padrão do iO é a Palavra de Deus - é o Deus para com os que não lhe n amor, e nem mereciam este o amor desinteressado, t sem ar recompensas. É o amor dos Exemplo: Deus amou apesar inS não o amarem; apesar que )eria nenhuma recompensa, etc. 'RA ÀS MULHERES V. 3-5 IDOSAS E MOÇnv "Sérias em seu proceder" ;8 convenientemente, sabendo re se está na presença de De) caluniadoras" - 8.° Mandalanter a língua no freio. Língua ;ado por Satanás, muitas vezes. usada para bendizer ou malaiIa - particularidade, bênção date aos homens; destaca o hodemais criaturas. Eleva o ho'e os animais. Pode também o quando empregada maldoEx.: fofocas. "Não escravizainho" - parece ser cousa mem entre as mulheres do que )mens. No Oriente: vinho era bebida comum; água rara - por isso vinho era necessário. Não se proíbe o vinho, mas o muito vinho ou outras bebidas alcoólicas. Mulheres idosas - espelhos de conduta às mais moças. Segue parte positiva: Mulheres tem tarefas - "Sejam mestras do bem." Suas experiências são valiosas para as mulheres mais moças. Tem vivido a vida - já enfrentaram muitas situações que as moças irão enfrentar - perceberam perigos - por isso agora devem advertir contra os perigos. Conselhos, geralmente, pouco aceitos pelos moços. O conselho sábio da mulher experiente já foi capaz de evitar muita infelicidade e muitos passos em falso da mulher moça. Verso 4 - "Instruírem ... a amarem a seus maridos" - trata-se de amor mútuo. Na agitação da vida, no trabalho e fadiga diários, na convivência mútua, um ajudar ao outro a suportar as dificuldades. Compartilhar o bem e o mal. O amor pode esfriar - oscilar: altos e baixos - daí lembre-se que o amor é dádiva de Deus. Ele pode dá-Io. "A amarem a seus filhos" - onde não impera a Palavra de Deus, o tão elogiado amor materno pode decrescer, senão sumir. (Pode-se abordar as inconveniências da mãe que trabalha fora - afastada de seus filhos). Verso 5 - "Sensatas" - assim como os homens, assim tabém as mulheres jovens são conclamadas a freiar as paixões naturais do corpo e do espírito. Ser sensato para fazer aos outros sensatos tarefa das idosas. "Honestas" - sinceras no proceder. Pureza, castidade. As oportunidades tentadoras são inúmeras para levar ao deslise. "Boas donas de casa" - 1 Tm 5.13 - Deus requer dedicadas donas de casa. Educar os tIlhos, zelar pela vida espiritual no lar. Construir um lar acolhedor - condições propícias para a educação boa dos filhos. Daí a importância da mãe conviver com tempo integral com os filhos. ILUSTRAÇÃO - Lutero: A deusa Vênus foi pintada de modo tal que parasse em cima duma lesma. A lesma, para onde onde ela vai, leva sua casa. Assim a mulher deve permanecer nos seus cuidados do lar e não se afastar muito dos mesmos. Comparar Pv 7.11 com 31.10 e ss. Missão primeira da mulher - ser mãe, zelar pelo lar. "Submissas aos maridos" - Hoje se faIa muito em emancipação da mulher isto não pode, todavia, excluir a submissão ao marido. Ef 5.22,23; 1 Pe 3.1-6; Gn 3.16. Submissão não é escravizar. Na antigüidade, especialmente, a mulher era considerada inferior em muitos sentidos em relação ao homem = objeto. Cristianismo eliminou, ou tenta eliminar, esta concepção - como seres humanos não há diferença de valor entre um e outro. - Pode ser que aqui surgem perguntas e discuções. O líder deve ser preparado para tal. É da vontade de Deus que o marido seja o cabeça, o chefe da família - não se entende com isso autoridade tirânica. Homem ser o cabeça é como Cristo é o Cabeça da igreja que a si mesmo se entregou por ela - traçar a comparação entre Cristo e a significação do homem como cabeça. A submissão vem acompanhada por o verdadeiro amor verdadeiro amor vem acompanhado por submissão voluntária. "As ações das mulheres cristãs devem pregar (soar) mais alto que suas palavras." UMA PALAVRA AOS MOÇOS - V. 6-8 Verso 6 - "Em todas as cousas sejam criteriosos" - ser sensato, de modo reforçado. Ser controlado - sensatos: usar suas faculdades mentais, sua inteligência para distinguir o que convém ao cristão. Envolve moderação em todos os aspectos - auto-domínio. As tentações apresentam-se bem vestidas, atraentes. Não brincar com cousas que sabemos que são perigosas expor-se voluntáriamente ao perigo. Quando menos se espera, é possível acontecer a queda. O diabo é o melhor amigo - mas amigo da "onça"! Verso 7 - Ser PADRÃO - é recomendação a Tito, mas não exclui cada cristão individualmente. PADRÃO - modelo oficial - alguma coisa que se usa para comparar outras. Ex.: o metro. Outras extensões se compara (o seu tamanho) 207 com a medida oficial que é o metro. Cristão ser exemplo, PADRÃO = outros se medirem, se compararem com eie, Na comparação se manifestam as diferenças que há entre um e outro. Tito - ser padrão, exemplo "de boas obras" - primeiramente se refere ao pastor; em segundo lugar a cada cristão. Pastor: membros observam sobremanei ra seu proceder. Haver coerência do seu ensino com a vida que leva. O EXEMPLO de vida é a melhor pregação. "Integridade e reverência" - motivação certa (amor de Deus) - não desejo de recompensa - motivado pelo amor de Cristo ensinar a doutrina pura, de modo que não se ache nada contrário à Palavra de Deus. "Reverência" - dignidade correspondente ao ensino - não arrogante quanto à posição que o pastor ocupa, Pregar a verdade - não adaptar a pregação às conveniências dos ouvintes para agradá-Ias - não perguntar se eles gostam ou não: Pregação ser convicta, clara, decisiva, convincente que o adversário se envergonhe perante ela. Deveria ser impossível ao adversário apontar qualquer objeção - responsabilidade pastora! ! ! ! Verso 8 - "Linguagem sadia e irrepreensível" - assim que nada se tem a objetar contra. Manter a integridade da revelação, sem acréscimos nem diminuições. JOVENS - SEREM gradável. Isto também é válído no relacionamento familiar: pais - filhos. Tópico: NT e a escravatura. De uma ou outra maneira todos estão subordinados: no trabalho, no lar, na escola, na igreja, etc. "Não furtem" - Por causa da consciência, por causa da fé, por causa do mandamento de Deus: "Não furtarás". Fidelidade para que o senhor possa depositar plena confiança nele. O Evangelho será beneficiado desta maneira o Evangelho está comprometido com a boa conduta (fidelidade) do cristão. O 7.° Mandamento - tenho a impressão - que menos parece nos atingi" Achamos que contra este quase não pecamos, ou pecamos menos que contra os demais! Não seria a cola em aula furto? Por que? 1. É sinônimo de preguiça - Ec 10.18; Pr 13.4. 2, 3. 4. É covardia - fuga à responsabilidade. Vai contra a consciência - Rm 14,23. É Infidelidade - Lc 16.10; 19.17 Ap 2.10, 5. E engano - Pr 26.18,19; SI 6.6b. "O costume começa a existir quando o ato se tem muitas vezes repetido." - cola, roubo pode tornar-se vício! Alunos - também na escola ser CriStão PADRAO ! CONCLUSÃO EXEMPLOS Surgem dúvidas: Posso fazer isso ou aquilo? Frequentar baile! posso ou não posso? É questão individual - questão de consciência. Muito importante perguntar-se: "Deus pode ir e ficar comigo onde vou ?" UMA PALAVRA AOS SERVOS - v. 9,1u Verso 9 e 10 - Recomendações espeCiais de Paulo aos servos (escravos). Deve ter havido escravatura nas congregações da época. Serem obedientes - respeitar os superiores - não rebelar-se na sua situacão humilde. Portar-se de tal modo que o senhor (patrão) se mostre satisfeito com ele. Não ser involuntários, descontentes. Respondões - retrucar asperamente à uma ordem pouco a208 - - Deus fala a todos. Cada um é responsável por si, em primeiro lugar. O vizinho não pode defender-me perante Deus, assim como o advogado defende a causa duma pessoa perante a justiça. Não apreciamos as verdades quando nos tocam - elas doem! Cristo, a Palavra de Deus não diz o que agrada mas o que é verdade, o que edifica, o que é conveniente ao homem. CRISTO TEM TAMBÉM UMA PALAVkl-\ PARA VOCÊ! - palavra de perdão, de amizade, de ajuda, de salvação. Cada um mostre que o nome de cristão que ele leva não é simples enfefeite, mas que realmente tem significado para sua vida. OBS.: Este estudo ce:~ diversas oc.a.s; :-·7~ - congregaçã: - socieda:je ;:= 37~-:-~ liga de reuni§e := Dependec::: :::'.~ Devoce.e Na Carta aos 82.=.::'.s :õ:-,;; siculo 11 e 12. es:-e·e "Faço-vos, porém. s:'.: e_~ evangelho por mim a-.-: :'.:: ê gundo o homem: p:r:~= =_ -~ bi, nem o aprendi ::2 -: -õ~ mas mediante reveiaçb: _= _'" to", Prezados amigos Uma das coisas que ~ leitura das cartas de Pe~: e que ele manifesta com r~-::e o:' gelho que anuncia. ,A,sse;:c. --=--,: trata de um apocalipse d .=:. Cristo. Quanto a isso, ":b: e~ bra de dúvida. No ccc:eJ": .." nossa palavra chega e -~:;:tema contra quantc;; c-e;: _e- ; que vá além do seu, se.-= :'. , ele mesmo, Paulo, eu T ~ ::20:0, ou Pedro, ou Tiago, ou - =e:-} vindo do céu: seja a":2:=-e _'! lembra ele, e ag.ora re::: :::.; ma. Adeptos de algumas ':--"", samento naturalista iec-c-2, tipo de certeza conce~~--~ ções é fenómeno bem c:--=-:;o tas vitimas de aluclna;::-e--o dogmatizar e trovejar an2:~- 25O fenômeno realmen:e e :.;: cido. Mas pensar que es~e :'"} do também o caso de Pa_: Isto também é válído no re,ento familiar: pais - filhos. NT e a escravatura. _ma ou outra maneira todos es::::rdinados: no trabalho, no lar, :a, na igreja, etc. J'tem" - Por causa da consciên. causa da fé, por causa do mande Deus: "Não furtarás". de para que o senhor possa deoiena confiança nele. O Evanerá beneficiado desta maneira 2e1ho está comprometido com a ~duta (fidelidade) do cristão. . Mandamento - tenho a impresque menos parece nos atingir; 8 que contra este quase não peou pecamos menos que contra ais! 08S.: EVANGELHO ... I/NAO SEGUNDO O HOMEMil seria a cola em aula furto? Por Devoção - (GI 1.12,13) nônimo de preguiça - Ec 10.18; , 3.4. ::vardia - fuga à responsabilidade. contra a consciência - Rm 14.23. :fidelidade - Lc 16.10; 19.17 2.10. ngano - Pr 26.18,19; SI 6.6b. ::ostume começa a existir quando 3e tem muitas vezes repetido." 'oubo pode tornar-se vício! ;8 - também na escola ser cnsRAO! ISÃO fala a todos. Cada um é res'lei por si, em primeiro lugar. :nho não pode defender-me peDeus, assim como o advogado je a causa duma pessoa peranjustiça. =-preciamos as verdades quando Dcam - elas doem! . a Palavra de Deus não diz o .grada mas o que é verdade, o -difica, o que é conveniente ao n. '0 TEM TAMBÉM UMA PALAVkA VOCÊ! - palavra de perdão, de :ie, de ajuda, de salvação. um mostre que o nome de cris;e ele leva não é simples en1emas que realmente tem signifi:Jara sua vida. Este estudo pode ser usado em diversas ocasiões: - congregaçã.o - sociedade de senhoras - liga de leigos - reunião de juventude Dependendo das circunstâncias, dever-se-á enfatizar e desenvolver mais o item que se refere mais diretamente às pessoas com as quais se está tratando. Arnaldo Schueler Na Carta aos Gálatas, capítulo I, versículo 11 e 12, escreve o Apóstolo: "Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de JesLls Cris- to". Prezados amigos. Uma das coisas que impressionam na leitura das cartas de Paulo é a certeza que ele manifesta com respeito ao evangelho que anuncia. Assegura-nos que se trata de um apocalipse direto de Jesus Cristo. Quanto a isso, não admite sombra de dúvida. No contexto imediato de nossa palavra chega a redigir um anátema contra quantos preguem evangelho que vá além do seu, seja lá quem for: ele mesmo, Paulo, ou Timóteo, ou Tito, ou Pedro, ou Tiago, ou mesmo um anjo vindo do céu: seja anátema! Já o disse, lembra ele, e ag.ora repito: Seja anátema . Adeptos de algumas formas de pensamento naturalista lembram que esse tipo de certeza concernente a revelações é fenómeno bem conhecido. Certas vítimas de alucinações costumam dogmatizar e trovejar anátemas. O fenômeno realmente é bem conhecido. Mas pensar que este pode ter sido também o caso de Paulo é flagran- temente superficial. Há um complexo de fatos que tornam impossível enquadrar o Apóstolo na hipótese naturalista. Sublinharemos apenas um deles, que se evidencia a qualquer inspeção. Os devaneios do homem, invariavelmente, naturalmente, trazem a marca de sua origem. Mas vem aos olhos que o evangelho anunciado pelo Apóstolo transgride os horizontes do homem. E não só transgride os horizontes do homem; está em conflito insanávei com tudo o que o homem considera óbvio. Hostiliza todas as fantasias humanas e por elas é hospitalizado. Choca-se com o que de melhor produziu a sabedoria humana e com o consenso unânime dos homens. Manifestamente, o evangelho de Paulo não é katà ánthrõpon, "segundo o homem". Seu evangelho machuca de ta! forma as visões do coração, que do ponto de vista humano este maior de todos os missionários parece um homem fora de si, um propagandista empenhado em fabricar a destruição da causa qual se mata. E Paulo, em certo sentido, é um homem fora de si. Ele mesmo se explica no versículo imediatamente anterior ao nosso texto: "Porventura procuro eu agora o favor dos homens, ou o de Deus? ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo". Homem que pode falar assim é, em certo sentido, homem fora de si, alheado, arrancado de si mesmo. Vocês decidiram habilitar-se, neste Seminário, para a missão de anunciar aos homens um evangelho, rejeitado pela sabedoria dos homens, tornou-se sabedoria para vocês. Toda vez que isso' acontece, estamos em presença do milagre da fé. Graças a este milagre, concluímos contra as visões do homem. Graças a este milagre, sabemos meditar o evangelho fazendo cara feia às objeções do homem. Graças a este milagre, resistimos a todas as emendas ao evangelho, emendas que têm, qualquer uma delas, a particularidade assustadora de anular· o evangelho todo inteiro. Que Deus preserve em nossos frágeis corações de homens esta fé no evangelho que não é segundo o homem. Amém 209 " ... ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO" (Devoção) Acir Raymann Irmãos: Penso que tenho uma mensagem muito importante para vocês nesta manhã. É uma mensagem que sempre me enche de alegria e de conforto. A mensagem é esta: a comunicação e o amor já existiam antes da fundação do mundo! Fala-se tanto neste bimônio comunicação e amor. Fala-se tanto na sua falta e na sua necessidade. Na verdade os grandes problemas da humanidade residem n0 desiquilibrio ou na inexistência de comunicação e amor. homem moderno pergunta de onde vêm comunicação e amor tão necessanos à sobrevivência do ser humano. Músicos, cantores, poetas, psicólogos afirmam que tudo depénde de comunicação e amor mas nem sempre sabem de onde vêm e não sabem o que significam. Nós podemos afirmar que embora façam parte da natureza humana, comunicação e amor não surgiram na criação do mundo. Não apareceram com as coisas que existem. Não foram criados do nada. Comunicação e amor já existiam bem antes .de todas as cousas. Este relacionamento íntimo, este sentimento quente que tens pelo teu Deus, pelos teus pais, teus filhos, tua esposa, tua namorada, teu amigo não é novo, é mais antigo que qualquer cousa que vês. É um reflexo da comunicação e do amor que existiam antes da criação. A expressão registrada em Gênesis 1.26 que diz "Façamos o homem" demonstra que houve uma conversação, uma assembléia, uma decisão inteligente e volitiva dentro da Trindade. Portanto, houve comunicação! Comunicação existia em Deus! Comunicação faz parte da eternidade! Que dizer do amor? Em João 17.24 Jesus ora a seu Pai no céu dizendo: "Tu me amaste antes da fundação do mundo". Jesus está afirmando que é amado pelo seu Pai antes e 210 da criação de todas as cousas. Antes de "No princípio", portanto, uma situação, que não é uma situaçã.o estática, estava acontecendo. Mas, esta comunicação e este amor não se limitavam, não se restringiam à Trindade. Eles visavam um objetivo fora dela - visavam a criatura, o homem. Deus estava pensando no mundo, nos homens, em nós quando comunicava-se consigo mesmo e demonstrava amor para consigo mesmo. Por isso o apóstolo Pedro (1.20) enfatizava que a morte sacrificial de Cristo já era conhecida, preordenada antes mesmo da fundação do mundo. E tudo porque Deus pensava em nós. Na minha pessoa. Na tua vida. No meu destino. Na tua salvação. O Pai amava o Filho e através do Filho amava a cada um de nós. Por isso nós sobrevivemos espiritualmente porque recebemos a comunicação e o amor de Deus. Que grande evangelho, que grande consolo, que grande maravilha quando o Senhor diz em Efésios (1.4) que "Deus nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo ... e em amor nos predestinou para ele". Sublime mensagem! Para mim, a mais grandiosa. Sim, nós fazemos parte do pensamento de Deus desde a eternidade. Não estamos no mundo por acaso. Não somos salvos por acaso. Houve um plano, bem definido, bem delineado. Mas, o cuidado de Deus por nós não se manifesta apenas no que respeita a nossa vida, nossa salvação. Deus envolve-se também naquilo que queremos ser, realizar. E isto também nos toca bem de perto. Se somos de Deus, somos agentes de Deus. Somos reflexos da comunicação e do amor de Deus. O ministério que exercemos ou para o qual nos preparamos também não é um acaso. A função profética também está dentro dos planos de Deus. Também faz parte da eternidade. Todos conhecemos a passagem de Jeremias(1.5) que diz: "Antes que tu te formasses no ventre materno ... eu te constituí profeta às nações". E motivado por este consolo (Continua na pág. 212) COMENTÁRI :ão de todas as cousas. Antes princípio", portanto, uma situas não é uma situação estática, es:;:otecendo. <:: comunicação e este amor não ::'/am, não se restringiam à TrinEles visavam um objetivo fora deavam a criatura, o homem. stava pensando no mundo, :8 homens, em nós quando comunica:):)nslgo mesmo e demonstrava ara consigo mesmo. Por isso o Pedro (1.20) enfatizava que a acrificial de Cristo já era conhe'eordenada antes mesmo da funiD mundo. porque Deus pensava em nós. minha pessoa. :a tua vida. No meu destino. Na tua salvação. ,mava b Filho e através do Filho , cada um de nós. Por Isso nós amos espiritualmente porque re3 a comunicação e o amor de ,nde evangelho, que grande congrande maravilha quando o diz em Efésios (1.4) que "Deus ::liheu em Cristo antes da fundanundo ... e em amor nos predes:ra ele". Sublime mensagem! '11, a mais grandiosa. fazemos parte do pensamento desde a eternidade. Não es~ mundo por acaso. Não somos ar acaso. Houve um plano, bem bem delineado. cuidado de Deus por nós não resta apenas no que respeita a 'da, nossa salvação. Deus entambém naquilo que queremos izar. E isto também nos toca perto. Se somos de Deus, so;ntes de Deus. Somos reflexos nlcação e do amor de Deus. O ) que exercemos ou para o qual paramos também não é um a\ função profética também está ias planos de Deus. Também ; da eternidade. Todos oonhepassagem de Jeremias(1.5) que es qUE!tu te formasses no ventre eu te constituí profeta às E motivado por este consolo (Continua na pág. 212) ie COMENTÁRIOS o EXORCISTA Rev. Abival Pires da Silveira O livro "O EXORCISTA" termina com um diálogo interessante entre o padre Dyer e Chris, a mãe de Rags. "O que você aoha que aconteceu mesmo? Perguntou o padre Dyer em voz baixa. Como descrente. Acha que ela estava endemoninhada mesmo?" Baixando a vista, Chris pensou um pouco antes de responder. - "Pois é, como você diz ... quanto a Deus sou descrente. E continuo sendo. Mas quando se trata do diabo ... bem aí a ooisa muda de figura. Nisso eu seria capaz de acreditar. E acredito realmente, acredito mesmo. E não é só por causa do que aconteceu com Rags. Falo de modo geral. Quando se pensa em Deus, ohega-se à conclusão de que, se ele existe, então com certeza precisa dormir um milhão de anos cada noite, porque do contrário teria que ficar irritado. Entende o que eu quero dizer? Deus nunca abre a boca pra nada. Mas o diabo não pára de fazer propaganda, padre. O diabo faz comerciais à beça." Dyer olhou-a um instante e, depois, retrucou tranqüilamente: - "Mas já que tudo o que há de ruim no mundo leva você a pensar que o diabo tem de existir, então como é que você explica tudo o que há de bom?" A idéia a fez espremer os olhos enquanto resistia à mirada dele. Por fim baixou-os. - "Pois é, pois é ... murmurou. Aí é que está." (O Exoroista, pg. 318, Rg/74). Este diálogo descreve com rara fidelidade uma das vivências de nossa vida cotidiana e ao mesmo tempo uma experiência fundamental da humanidade: a experiência do mal, da dor, do sofrimento, da doença, da morte, de potências satânicas e de poderes demoníacos. Sabemos que esta não é uma questão fácil e que poderia ser abordada de muitas e qiferentes perspectivas. É claro 211 que vamos analisar este problema da perspectiva bíblico-teológica mas é bom assentarmos alguns pontos preliminares muito importantes com a ajuda de disciplinas auxiliares. o PROBLEMA DA LINGUAGEM O problema da linguagem é fundamental na cultura moderna. A comunicação tornou-se hoje um problema. Se por um lado os meios de comunicação propiciaram uma vertiginosa veiculação de idéias, de outro lado a dinâmica e a aceleração do processo dissemântico privaram os vocabulários de toda sua univocidade. Em outras palavras: quando abrimos o jornal ou ouvimos o noticiário as paiavras mais usadas como amor, democracia, revolução, abertura, detente, têm tantas conotações que já não significam mais nada a ponto de as pessoas que as usam passarem a brigar para dizer o que queriam dizer e o que não queriam dizer quando as usaram. Não apenas no campo político, mas dentro dos lares, os pais já não enten- antes da fundação do mundo." (Vem da pág. 210) de ser designado por Deus antes de nascer que Jeremias profetiza a uma nação que perdeu a comunicação e o amor com Deus. É -motivado pela graça de que Deus o separou antes de nascer (GI 2.15-16) que Paulo anuncia o que para alguns é escândalo e loucura. Motivados também por esta verdade de que Deus nos chamou, escolheu e designou para o ministério é q'ue precisamos desenvolvê-Io com sublimidade, dinamismo, responsabilidade. O ministério de cada um de nós também faz parte da eternidade. Foi ali que foi designado. Por isso o "lde ... pregai" (Me 16.15) de Jesus é uma ordem imperiosa. Porque esta missão está dentro de nós, faz parte de cada um de nós. Nós fomos agraciados pela comunicação e pelo amor de Deus, que nos criaram, redimiram, e salvaram. Sejamoa bons portadores, instrumentos desta comunicação e desta amor de Deus porque são de importância e de valor eternos. Amém. 212 dem mais a linguagem dos filhos e vice-versa. As palavras já não servem para comunicar. Não comunicam bem, para não dizer não comunicam nada. No campo da religião este problema se torna dramático, pois, a fé depende totalmente da palavra. A revelação divina é transmitida com a palavra humana. "A FÉ VEM PELO OUVIR". A fé entra pelo ouvido. Ora, quando a palavra humana perde o seu valor e gera confusão, é claro que a convivência humana fundamentada na fé entra em cri- se. Daí porque o homem de hoje encontra grande dificuldade em compreender a linguagem que versa sobre pecado, graça, milagre, anjo e, também, demônio. Este é um aspecto. O PROBLEMA DA CIÊNCIA, OU DO PROGRESSO CIENTíFICO Escreveu alguém, recentemente, co' mentando este gosto sensacionalista pe' Ia demologia. "Não se pode usar luz elétrica ou aparelho de teievisão ou, em casos de doença, valer-se dos recursos médicos e clínicos modernos e ao mesmo tempo crer no mundo dos espiritos e dos milagres. Com o conhecimento das forças e das leis da natureza morreu a crença na existência dos espíritos e dos demônios". Não há dúvida alguma que o progresso e o conhecimento científico tem arrancado, expulsado, exorcizado da mente do homem idéias mágicas e crendices. Se a idade média se caracterizou por uma crença excessiva nos demônios a ponto de se tornarem comuns e corriqueiras as excomunhões, as condenações e queimas de bruxas e luceferinos, a partir do seco XVII sob a influência do iluminismo e do desenvolvimento científico começou-se a relegar tais crenças cada vez mais ao reino da magía e da fantasia. E hoje, graças a Deus, sabemos que fenômenos físicos como tempestades e secas têm suas causas naturais e não precisamos dos espíritos bons ou maus para explicá-Ias, assim como a medicina especializada já fincou alguns marcos significativos nesta delicada fronteira que distingue possessão de fenômenos patológicos naturais, so' bretudo nas diversas fonnas de -' mentais. O PROBLEMA HERMENtuTICO o gênio próprio da literatu;2sa exige critérios e catego'3;; prias de interpretação. Assim. 2 mental que na interpretação ::.'" bíblicos se tome em considers~ ~ nero literário próprio. Sem:, remos a Bíblia dizer aquilo q~s diz e deixaremos de dizer a:j, ela diz. 1'·18stesentido seris esta observação: das mações ;::",0 :' se ~';;:'':::': jL,;igE. .~~'..~-:..~ dois extra",:::s.:e-'S ':2-'~e o que é c':::::,,=- ôs' .--,,:: :: alidade, p:::·c.= - - '". ~~,~ :~~ concepção ;:;,-,:ç= :: -, :~ = tá superado \1 ).- 2-5 :: - - . ' 3, se pode em ",:::6:= 5= "', do conhecimento c_" :e--:" ~ tos fatos (por exe:-:-::: :c:- '51 físicos ou psíquiccs'::-:mente que as forças çe-: - di existem ou não exercecs~~: Agora entremos no rm.:n,j: :::; as potências demoníacas 2-:',,"" caráter paradoxal e c:::,,:;a.s:,,--" lado o seu caráter pess:::s : -" constatado pela pre:c.:c"-;,~: :: sar nomes concreL:s:: -: o Belzebu, Lúcifer. De outro lado. ess"" ,- acas apresentam -:2- ',,-S' :::2 -: ,,: São simplesmene sem especificaçãc. ~ ~- as potestades do a.', -:: :" nio, força, prepotér:a. :=-=:~c!! O termo "diab::: e- -- ~ ballein que signífica. :e-õ: --C:-'~ diabólico é tudo a.::_ : : -=- ~ desintegra, confunce ,,-':: - ~ Bíblia, todas as m2~ ',,5:::=Sê: ou demoníacas tê,.,., - e=-: ,~ mum da desordem. c:" ::"S -,?'i confusão. Aqui a e,ôô-:-- 2. 1 deres satânicos. E =-,::' ~ E como podemos tc:-:-2.' -"'::'~ les? De que moa: : ::~- c= los como forças aLa.':: snosso mundo? Sã:: 2",,:= 2.5. que a Bíblia nos res:: - ::" 1 - A primeira C2:,,:::' ~ interpretação demoni2:2 - ~ :;. Assim, a tentação é _~2 -:!; = - 0:-: 1 s a linguagem dos filhos e viAs palavras já não servem pa-caro Não comunicam bem, pa:zer não comunicam nada. "mpo da religião este problema dramático, pois, a fé depende - da palavra. A revelaçfio 01'"nsmitida com a palavra humaFÉ VEM PELO OUVIR". A fé : ouvido. Ora, quando a pa,ana perde o seu valor e gera é claro que a convivência hudamentada na fé entra em cri- ~rque o homem de hoje encon:e dificuldade em compreender ;em que versa sobre pecado, agre, anjo e, também, demônio. ~ um aspecto. 3LEMA DA CIÊNCIA, OU DO ROGRESSO CIENTíFICO eu alguém, recentemente, coeste gosto sensacionalista pe:gia. "Não se pode usar luz .; aparelho de televisão ou, em doença, valer-se dos recursos : clínicos modernos e ao mescrer no mundo dos espíritos agres. Com o conhecimento e das leis da natureza morreu na existência dos espíritos e 1[OS". dúvida alguma que o progrescnhecimento científico tem ar:xpulsado, exorcizado da men~em idéias mágicas e crendi, idade média se caracterizou rença excessiva nos demônios 9 se tornarem comuns e cor:s excomunhões, as condenaôimas de bruxas e luceferinos, J seco XVII sob a influência mo e do desenvolvimento cimeçou-se a relegar tais crenvez mais ao reino da magia sia. E hoje, graças a Deus, ue fenômenos físicos como 3 e secas têm suas causas não precisamos dos espíritos ,us para explicá-Ias, assim co)ina especializada já fincou )OS significativos nesta deliera que distingue possessão ;os patológicos naturais, so- bretudo nas diversas formas de doenças mentais. O PROBLEMA HERMENtoUTICO O gênio próprio da iiteratura religiosa exige critérios e categorias próprias de interpretação. Assim, é fundamental que na interpretação dos textos bíblicos se tome em consideração o gênero literário próprio. Sem o que faremos a Bíblia dizer aquiio que ela não diz e deixaremos de dizer aquilo que ela diz. Neste sentido seria oportuna esta observação: Ao se julgar as afirmações das Escrituras deve-se evitar dois extremos: de uma parte, nem tudo o que é dito deve ser tomado como realidade, porque muita coisa pertence à concepção antiga do mundo e hoje está superado (1), mas por outra parte não se pode em hipótese alguma, em nome do conhecimento que temos hoje de mUItos fatos (por exemplo: de fenômenos físicos ou psíquicos) concluir imediatamente que as forças demoníacas não existem ou não exercem ação maléfica. Agora entremos no mundo bíblico. Aí as potências demoníacas apresentam um caráter paradoxal e contrastante. De um lado o seu caráter pessoal que pode ser constatado pela preocupação em se usar nomes concretos como Satã, Belial, Belzebu, Lúcifer. De outro lado, essas forças demoníacas apresentam um caráter impessoal. São simplesmente potências, poderes, sem especificação. São os poderes e as potestades do ar símbolos de domínio, força, prepotência, despotismo .. O termo "diabo" vem do grego diaballein que significa desordenar. Logo, diabólico é tudo aquilo que desordena, desintegra, confunde, aniquila. Assim, na Bíblia, todas as manifestações diabólicas ou demoníacas têm o denominador comum da desordem, da desintegração, da confusão. Aqui a essência desses poderes satânicos. E como expressam eles? E como podemos tomar consciência deles? De que modo podemos percebêlos como forças atuando em nós e no nosso mundo? São essas as perguntas que a Bíblia nos responde. 1 - A primeira categoria bíblica da interpretação demoníaca é a TENTAÇAO. Assim, a tentação é uma manifestação da presença diabólica. Fazer com que o mundo, fazer com que a existência, fazer com que as coisas no seu conjunto ou nos seus pormenores apareçam como TENTAÇÃO. Pessoas, atitudes, palavras, situações, intuições apareçam carregadas de sedução e de ameaça. Tentações, seduções e ameaças que adquirem um caráter absoluto e que visam instalar o homem numa órbita em que ele se aparte de Deus e se perca. E eis porque é perigoso o tentador. Ele não tem sinais característicos. O seu perigo está justamente no disfarce da sedu- ção. 2 - Outra categoria típica da interpretação demoníaca na Bíblia é a DOENÇA. Encontramos constantemente nos relatos dos evangelhos as doenças, de um modo geral, como manifestação da presença diabólica. Marcos e Lucas atribuem ao demônio o caso de um "espírito surdo-mudo". Mateus cita o caso de um endemoninhado ao qual o demônio tinha arrebatado não somente a fala mas também a vista. Em Lucas, também, uma mulher atormentada é descrita como possuída por um espírito de enfermidade. E assim poderíamos enumerar muitos outros casos do espírito do mal causando doenças descritas de um modc vago como a daquela mulher encurvada a quem Jesus chama e diz: "Esta filha de Abrão a quem Satã mantém prisioneira por 18 anos". Outrora a doença era considerada uma deterioração das relações com o cosmos, um estado caótico da existência individual e, consequentemente, uma situação falsa perante Deus. Havia sensibilidade muito grande para esse tipo de defeitos, aos quais se procurava dar uma interpretação ética. Doença e possessão quase não se dissociavam. Nos evangelhos a doença é a expressão da impotência do homem, de sua prostração e miséria e de sua necessidade de cura e restauração. Mas além deste dois há um terceiro nível de manifestacão diabólica. São as chamadas • 3 - POSSESSÕES DEMONIACAS oro- priamente ditas. A possessão é ~ma manifestação especialmente drástica do poder satânico como se ele fosse a alma desse corpo. É a possessão total em que a atividade demoníaca suplanta as potências anímicas a tal ponto que 213 as faculdades superiores da alma e a própria consciência desaparecem. É por isso que um especialista no assunto assim se expressa: "nas doenças psíquicas experimentamos ainda hoje o "momento da possessão" que', num sentido mais amplo, e profundo se verifica em todas as doenças". A narrativa do endemoninhado de Gerasa nos Sinóticos tem um valor quase paradigmático. O desventurado tem uma afinidade inegável com a morte. A tendência de seu ser revela-se na ação de arruinar, de destruir, de corromper, de aniquilar, Perdeu a sua identidade. Esqueceu o seu nome. É a síntese de forças em conflito que o arrebentam de dentro para fora. Está condenado à escravidão e à morte. E este poder diabólico não destrói apenas o homem enquanto individuo. Ele invade a história. Apossa-se das instituições políticas e sociais, insinua-se no ânimo dos detentores do poder criando um verdadeiro império que o apóstolo descreve na figura dos principados e potestades. E o "principe deste mundo". Dentro de todo este contexto Cristo é apresentado como o Exorcista por excelência. Este é um dos aspectos mais desconcertantes do ministério de Jesus. Não era algo periférico mas central em sua obra. Cristo tem não só de ensinar uma doutrina, mostrar um caminho e trazer uma vida. Ele tem de romper os grilhões de um poder antidivino. Ele vence a tentação, repreende a enfermidade, expulsa o demônio e numa visão do seu triunfo cósmico vê Satã caindo do céu É afirmação da como um relâmpago. vitória, total, completa e final de Cristo sobre toda e qualquer expressão do poder demoníaco. Onde Cristo entra a tentação e a sedução são desmascaradas, as enfermidades são curadas, os endemoniados são devolvidos ao seu perfeito juizo e as potestadas são destronadas. As narrativas de exorcismo nos evangelhos não são narrativas vulgares. Elas se encaixam plenamente na economia da salvação: A nossa vida e a vida do nosso mundo se desenrola na fronteira da vida e da morte, da liberdade e da escravidão, e só Ele, descrito co214 mo o mais forte que venceu a morte, pode livrar-nos dos poderes da morte e dar vida. Os exorcismos que ele praticou são os sinais do advento do Reino de Deus, da destruição do império de Satanás e uma antecipação da salvação, escatológica. O filme ou o livro "O Exorcista", na verdade, nos ensina, quiçá sem querer, uma verdade preciosa. Penso que sem pretender, inconscientemente, o autor de "O EXORCISTA" põe em evidência o fato de que a fixação em fenômenos extraordinários de suposta origem diabólica dificulta uma compreensão adequada do ministério no qual têm lugar as relações entre o homem e Deus. Em outras palavras: todos os recursos técnicos foram empregados para a representação mais surrealista possivel do espírito maIígno a ponto de causar calafrios, horror e até náuseas e vômitos mas o resultado foi que ao invés de levar. à fé na bondade libertadora de Deus, levou a heroina, a mãe de Rags, no fim da tragédia, a confessar que quanto a Deus continuava descrente, mas depositava toda a sua fé no diabo. É bem o retrato da condição do homem de hoje: de um lado o descrédito de Deus mas de outro a sua aproximação cada vez maior dos poderes satânicos que, à semelhança de "O Exorcista", parece ter descoberto uma nova técnica de fazer possessos. Hoje o clima cultural é diferente. Vangloriamo-nos de viver na tecnópolis construida pelo nosso próprio engenho. Mas aí continuam a operar, quiça apenas de um modo mais sofisticado, os poderes demoníacos. As atividades do espírito malígno adaptam-se ao espírito da época. O cidadão megalopolense é manipulado, no recôndito mais íntimo de sua consciência, pela tecnologia audio-visual, pelos meios técnicos de comunicação de massas, pela propaganda e pelos fenômenos de sugestão global. Nunca, como em nossos dias, o homem foi tão manipulado, massificado, despersonalizado e, quanto mais despersonalizado, tanto mais suscetível de sedução demoníaca. Pois ela nivela o valor da personalidade individual, impede decisões pessoais, e tende a destruir a autoconsciência e reSpD'i5s: ::.S::'f vidual. O endeusamenL: :::6 '::.: :5 cados para a sociedade :::6 :: - :;'-' exploração desenfreiada ::.::e: e ' ~'e! comerciais, o apelo CC;-5'e-'e stintos, tornam o h:~e:e -::. ~ fácil de qualquer t':: :8 ::8-::'- '" Talvez, isto tudo 65:6.':: -.:: : -;; um dos fenômenos ~S5 :e-e::'';; era tecnológica: 2, : -S' : e5 ::.--ª proliferação dos '6,::e '::; - ção dos terrei ros. e ::.:::._ " -'-_~ orixás e enxús, a ir::;'.5-- e ::.e:~. ~ róscopos, nas mOde'- 5e - ee - ~ lis do século XX. Isso tudo vai gere.e::: _- _ ~ bido de angústia dOSe,:", :55::''';;; um apelo cego e fanáL::.: e: ...., provocando práticas f2n::':5:: 20 .:: sticiosas que vivem à c.e:.:: :" !!!; dade sensual, do medO e ::: -=~ onde há medo, e onde ~2 ::.'e'E: onde há superstição, e:":e -, ;; e terror não há verdade":; -8 : ~":; magia. 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Quando os disoro~>:s .~ :::::c'''' trariados que outras :-~'ss:~ ; também expulsando d2C"Ó-:; para que Jesus os cast';~=""'":i!! mais forte que venceu a morte, Ira r-nos dos poderes da morte e 3, 3xorcismos que ele praticou são s do advento do Reino de Deus, ruição do império de Satanás e Iecipação da salvação, escatolóme ou o livro "O Exorcista", na nos ensina, quiçá sem querer, 'dade preciosa. Penso que sem ,r, inconscientemente, o autor de RCISTA" põe em evidência o faue a fixação em fenômenos extrios de suposta origem diabóli,Ita uma compreensão adequada ,tério no qual têm lugar as relare o homem e Deus. Em outras : todos os recursos técnicos fooregados para a representação realista possivel do espírito maponto de causar calafrios, hor3 náuseas e vômitos mas o re'oi que ao invés de levar à fé ade libertadora de Deus, levou a, a mãe de Rags, no fim da a confessar que quanto a Deus 'a descrente, mas depositava Ja fé no diabo. É bem o retrandição do homem de hoje: de o descrédito de Deus mas de ua aproximação cada vez maior ,res satânicos que, à semelhan) Exorcista", parece ter descoa nova técnica de fazer pos) clima cultural é diferente. Van'0S de viver na tecnópolis conso nosso próprio engenho. Mas 1am a operar, quiça apenas de mais sofisticado, os poderes JS. As atividades do espírito ,daptam-se ao espírito da époidadão megalopolense é mani) recôndito mais íntimo de sua 'a, pela tecnología audio-visual, JS técnicos de comunicação de 'ela propaganda e pelos fenôsugestão global. como em nossos dias, o hotão manipulado, massificado, 3!izado e, quanto mais desper, tanto mais suscetível de seioníaca. Pois ela nivela o varsonalidade individual, impede )8ssoais, e tende a destruir a autoconsciência e responsabilidade individual. O endeusamento de ídolos fabricados para a sociedade de consumo, a exploração desenfreiada das paixões nos comerciais, o apelo constante aos instintos, tornam o homem de hoje vítima fácil de qualquer tipo de demonismo. Talvez, isto tudo esteja na origem de um dos fenômenos mais paradoxais da era tecnológica: a volta das bruxas, a proliferação dos feiticeiros, a multiplicação dos terreiros, a popularização dos orixás e enxús, a industrialização dos horóscopos, nas moderníssimas megalópolis do século XX. Isso tudo vai gerando um clima mórbido de angústia doentia, despertando um apelo cego e fanático ao irracional, provocando práticas fantásticas e supersticiosas que vivem à custa da emotividade sensual, do medo e do terror. E onde há medo, e onde há crendice, e' , onde há superstição, e onde há angústia e terror não há verdadeira religião e sim magia. Daí porque hoje, quiça mais ainda que nos tempos de Cristo, temos de, como cristãos e como igrejas, atentar para o mandamento de Cristo: "não nos deixes cair em tentação", "curai enfermos" e "expulsai demônios". Quando Jesus pede a seus discípulos para curarem enfermos e expulsarem demônios, não distingue entre enfermidades corporais, mentais ou espirituais. Cada página do evangelho mostra que ele menciona igualmente as três e as três são uma só. Aqui está, talvez, a lição mais preciosa que o divino exorcista nos quer transmitir: - que tanto a enfermidade física, como mental, tanto a enfermidade individual como a social, são conseqüências do distanciamento entre o espírito do homem e o espírito divino e que nenhuma doença pode ser curada e nenhum demônio pode ser expulso sem a reaproximação do espírito humano com o divino. Como os discípulos, tenhamos alegria em nossa vocação. Nesta missão encontraremos outros aliados. Quando os discípulos relataram contrariados que outras pessoas estavam também expulsando demônios, pediram para que Jesus os castigasse mandando cair sobre eles fogo do céus. Não foram atendidos e Jesus lembrou: "quem não é contra nós é por nós", Aí está a medicina, aí está a psiquiatria e tantos outros aliados preciosos neste ministério grandioso de cÚrar e exorcisar os males do homem e do mundo. Mas aí está, também, a advertência de Cristo: haveremos de encontrar demônios que só podem ser exorcizados pela palavra da fé, pela mensagem da reconciliação e do' perdão. Apesar de nossa enfermidade, apesar dos demônios que operam dentro de nós, de nossas igrejas e de nosso mundo, apesar de todos os usurpadores deste século, apesar da brutalidade e do cinismo, apesar dos tiranos e poderosos, apesar do pecado e da servidão, alegramo-nos. porque: Teu é o poder, Tua é a glória, Não por uns tempos Mas por todo o sempre, Senhor! E alegramo-nos, mais ainda:~ não porque curamos e expulsamos demônios, mas porque temos os nossos nomes arrolados nos céus. (Extraído p. 3, 7) de "O Estandarte", junho/?6 1 1 I II 1 I I 1 j j i 1 i I J ~ j ~ i Ii I QUE LUZES LARça A HISTÓRIA SOBRE I O SIGNIfiCADO i; ª DA páSCOA 1 (D. A. Reily - Professor de História Eclesiástica da Faculdade de Teologia de Rudge Ramos, SP) Os cristãos primitivos pouco se preocuparam em recordar os seus atos para .a posteridade. Por isso, há muitas lacunas em nosso conhecimento da história da Igreja nos primeiros séculos. Não podemos precisar quando a Igreja começou a celebrar a Páscoa como festa . anual e nem sabemos onde tal celebração primeiro se fez. Mesmo assim, a própria controvérsia que se travou sobre a Páscoa, concernente ao dia correto da sua celebração, a maneira da sua celebração e as interpretações da 215 I I j festa, lança luzes sobre o verdadeiro significado da Páscoa. A resistência dos cristãos, de origem gentílica, a tudo que cheirava de judaísmo. Existem evidências de diversas espécies que os cristãos primitivos faziam questão de demonstrar que não eram judeus. A Didaquê, por exemplo, explica que os cristãos jejuavam nos 4.° e 6.0 dias da semana, exatamente para ~ ser diferentes dos "hipócritas" (os judeus), os quais jejuavam nos 2.° e 5.° dias (Cap. 8). O próprio Apóstolo Paulo criticara severamente os Gáiatas por guardarem "dias, meses, tempos e anos", a saber, observar os sábados e festa judáicas (GI 4.10). O mais conhecido dos Apologistas Cristãos, Justino Mártir, no seu Diálogo com o judeu Trifão, deixou claro que os cristãos não levaram em conta os sábados e as outras festas judáicas. Por causa deste evidente desprezo de "dias, meses, tempos e anos" e o afã geral de evitar quaiquer aparência de judaísmo, é provável que a Igreja demorou algum tempo antes de introduzir a prática anual da celebração da Páscoa. No Novo Testamento não existe nenhuma referência a uma "Páscoa Cristã" no sentido de um dia anual, a exemplo da festa judáica. A referência neotestamentária mais parecida é 1 Co 5.7"Cristo, nossa Páscoa" ou "Cristo, nosso cordeiro pascai". Também a Didaquê, um manual de culto cristão, que dá instruções sobre batismo, santa ceia, festa de amor, oração, jejum e coisas afins não menciona nenhuma ce!ebração anual da Páscoa. Apesar desta resistência a "dias, meses, tempos e anos", duas cousas significativas ocorreram. A primeira destas é que os cristãos começaram, espontaneamente, a celebrar, como dia especial de culto, "o primeiro dia da semana" (cf. 1 Co 16.2; At 20.7) que depois também foi denominado Ó "Dia do Senhor" (d. Ap 1.10; Didaquê capo 14, refere ao "dia próprio do Senhor"). O "Dia do Senhor", é claro, foi o dia da ressurreição, nada tendo a ver com o sábado dos judeus. Os cristãos deixaram claro este fato. Um dos Pais 216 Apostólicos, Barnabé, na sua Epístola, chamava Domingo o 8.0 dia! "Portanto, guardamos o 8.° dia com alegria, no qual também Jesus ressurgiu dos mortos, e tendo se manifestado, subiu aos céus" (Cap.15). Ele o chamava assim, pois quis enfatizar que em Cristo, e particularmente na sua ressurreição, Deus havia iniciado uma nova era! Bem mais tarde, Agostinho também deixou clara a distinção entre o Sábado dos judeus e o Domingo dos cristãos: "Sábado significa descanso; Domingo significa ressurreição". A segunda coisa foi que, apesar da resistência de Paulo e de outros, a Igreja chegou a estabelecer um dia anual para oomemorar a morte e ressurreição do Senhor! E curiosamente, este dia cristão veio a ter o mesmo nome daquele dos judeus - Páscoa. (Claro que a coincidência da morte e ressurreição ae Jesus com aquela grande festa judáica contribuiu significativamente para isto). Gostariamos de ter maiores detalhes sobre as origens desta festa anual, porém as lacunas aqui são grandes. Na verdade, as primeiras referências à Pásooa como festa anual provêm da controvérsia entre dois bispos sobre a data correta da sua celebração. Bispo Poli carpo de Esmirna (o qual foi martirizado depois) visitou o Bispo Aniceto de Roma, e os dois discutiram sobre o dia e a maneira corretos da celebração da Pásooa. Não chegaram ao acordo, mas se separaram ainda como amigos. O que nos interessa no momento, porém, é que esta disputa ocorreu mais ou menos no ano 154 d.C., o que índica que, pelo menos em meados do segundo século, já se celebrava a Páscoa como uma festa anual. Apesar, então, de uma resistência ao estabelecimento pelos cristãos de dias especiais, a Igreja, de fato, chegou a estabelecer, quase desde o início, um dia espeoial semanal, e um outro anual. Este fato força-nos a perguntar: por quê? A única explicação que nos parece de qualquer-forma adequada é que ambas destas coisas enalteciam a RESSURREiÇÃO, e que a Igreja reconhecia a ressuneição como pedra - de - toque do próprio cristianismo. - Sem a ressurreição, Jesus seria apenas um profeta, mestre e mártir, im- portante, sem dÚ":::=- - ~ vamente diferente ce _um Amós. Poré~ :e e =--Deus poderosame"te -e e=-_ o ~ mo Filho de Deus ::- . - Sem a ressurre~§: a Igreja, cuja razão c:e ~e- e-= - ~ har as maravi!has .je : e _~ mente a ressurreiçãe,. - Sem a ressurreiçª-c ~:: ~ " -;; tã seria vã, toda a ç~:: ~-~::': uma falsidade (1 Co 15.-":' Foi esta convicção ,Le ",: c ]i tãos a celebrarem toda =- 5" - ~- :' surreição, para que es:a ~ª-: ::31 nas uma memória, um 12::: - "=_ :;;i também um elemento na "_=- e ,_~ no dia-a-dia. No entan::::, ="-- :~ resistiram à tendência C3 -=.:econtecimento uma festa ar;c;" ::: o início, pela importâne':;c-õ" '~ pre mais do que um dia:-õ :-= ~ pois os cristãos sentia" :-õ::'5: a necessidade de um te,,:: - ~ "rado para se preparar ça -õ. moração, que Gregório \ =..:: "- - -va "a festa das festas" :;dos dias". -= A evidência histé - :;" va a crer que :09: universal na Igreja a :,,-õ:'''::':da Páscoa. Mas. ,,-:e~~ _~ _-::1 dade da celebraçª.:; !"o~CF~ 6'"" quanto à data e -à !7'a ê'~'= ~ , lebração. Pelo ex::~~: :õ: -~ -c;; ro que havia difere- :::'5 " ção em Roma e ."-"" __ mais ou menos e~ -~_ uma outra contrC'''e~'' - -:: :,,-:5; uma terceira mej",:":e := >ÕE da Páscoa e um;:, ~e-:e -" :"',, mo a correta. 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E curiosamente, este dia "eio a ter o mesmo nome daJS judeus - Páscoa. (Claro que :ência da morte e ressurreição ae em aquela grande festa judáica j significativamente para isto). mos de ter maiores detalhes so)'ígens desta festa anual, porém :as aqui são grandes. Na verprimeiras referências à Páscoa sta anual provêm da controvér, dois bispos sobre a data corsua celebração. Bispo Policar:smirna (o qual foi martirizado visitou o Bispo Aniceto de Ro3 dois discutiram sobre o dia e 'a corretos da celebração da Não chegaram ao acordo, mas raram ainda como amigos. O interessa no momento, porém, :ta disputa ocorreu mais ou me,no 154 d.C., o que indica que, :os em meados do segundo sése celebrava a Páscoa como a anual. ,r. então, de uma resistência ao :mento pelos cristãos de dias a Igreja, de fato, chegou a sr, quase desde o início, um :ial semanal, e um outro anual. força-nos a perguntar: por quê? ca explicação que nos parece Jer' forma adequada é que am,s coisas enalteciam a RESSURe que a Igreja reconhecia a 20 como pedra - de - toque do dstianismo. a ressurreição, Jesus seria a1 profeta, mestre e mártir, im3, portante, sem dúvida, mas não qualitativamente diferente de um Jeremias ou um Amós. Porém, pela ressurreição, Deus poderosamente revelara Jesus como Filho de Deus (Rm 1.4). - Sem a ressurreição, nem existiria a Igreja, cuja razão de ser era testemunhar as maravilhas de Deus, particularmente a ressurreição. - Sem a ressurreição, toda a fé cristã seria vã, toda a proclamação cristã uma falsidade (1 Co 15.14). Foi esta convicção que levou os cristãos a celebrarem toda a semana a ressurreição, para que esta não fosse apenas uma memória, um fato histórico, mas também um elemento na sua existência no dia-a-dia. No entanto, também não resistiram à tendência de fazer do acontecimento uma festa anual. E desde o início, pela importância dela, foi sempre mais do que um dia de celebração, pois os cristãos sentiam, desde logo, a necessidade de um tempo mais demorado para se preparar para esta comemoração, que Gregório Nazianzo chamava "a festa das festas" ou "o mais feliz dos dias". 11 A evidência histórica que temos leva a crer que logo tornou-se prática universal na Igreja a celebração anual da Páscoa. Mas, apesar da universalidade da celebração, havia diversidade quanto à data e à maneira da sua celebração. Pelo exposto acima, ficou claro que havia diferenças entre a celebração em Roma e Ásia Menor. Porém, mais ou menos em 167 d. C., arrebentou uma outra controvérsia, indicando ainda uma terceira modalidade da celebração da Páscoa e uma terceira data tida como a correta. Sem nos perder em minúcias, será necessário a esta altura examinar ligeiramente cada grupo, especialmente quanto à sua interpretação da data correta da celebração. 1) A ênfase dos Ebionistas ou Judaizantes. Este grupo, seguindo a orientação dos Evangelhos Sinõticos, a saber, Mateus, Marcos e Lucas, entendeu que Jesus realizou sua última ceia na noite de 14 de Nisã (isto é, na mesma noite em que os Judeus em geral também estavam celebrando sua Páscoa). Para eles, Jesus fora crucificado no dia 15 do mês de Nisã. 2) O segundo grupo, representando um costume geral da Ásia Menor, baseou a sua prática no Evangelho de João, que indica que Jesus morreu na tarde do dia 14 de Nisã. Estes faziam uma vigília e jejum, terminando o mesmo às 15 horas (a hora que Jesus teria morrido) com a Santa Ceia. 3) A terceira posição, a romana, era a mais radical. Esta desprezou o calendário judáico, sem desprezar a história. Todos os Evangelhos concordam que a ressurreição ocorreu no "primeiro dia da semana", ou seja, domingo. Já vimos como as Igrejas espontaneamente adotaram o domingo, ou seja, o Dia do Senhor, como o seu dia especial de .adoração, por ser o dia da ressurreição de Cristo. A celebração romana sempre se fazia no domingo, sem levar em conta a data do calendário judáico. A prática romana, então, fez duas coisas: a) Ela conservou o elemento histórico do acontecimento, em lembrar que Jesus de fato apareceu ressurreto aos seus discípulos no primeiro día da semana. b) Ao mesmo tempo, ela desvinculou o evento da festa judáica! .Pois as respectivas práticas acima descritas representavam três posições filosóficas ou doutrinárias bem diversas. Senão, vejamos: Sucintamente, podemos representar a posição Ebionista assim: "A Páscoa Cristã é, basicamente, uma continuação da Páscoa judáica". A posição da Ásia Menor era: "A Páscoa cristã, de fato, se liga à Páscoa judáica, mas não é idêntica". Enquanto a posição romana insistia: "A Páscoa cristã é algo radicalmente novo. De fato. ela ocorreu históricamente na mesma época da Páscoa judaica, mas convém frisar que há novidade, há elementos únicos, há dimensões inéditas, que precisam ser enfatizados e aproveitados" . Esta controvérsia sobre a data correta da celebração da Páscoa noslembra, então, dois fatos importantes. Primeiro, que a nossa fé é essencialmente histórica! Ela está vinculada a eventos que ocorreram mesmo, envolvendo pessoas cujos nomes conhecemos e cujas 2171 personalidades podemos deiinear, em uma área geográfica conhecida e em época que pode ser precisa quase ao dia e hora. Não é uma filosofia cujos princípios são universais e eternos, Mas é a fé no Deus que age e que de fato agiu na pessoa de Jesus, o carpinteiro de Nazaré, o qual viveu, ensinou, 'morreu e foi ressurreto! Mas, em segundo lugar, que este carpinteiro judeu, criado em Nazaré, e crucificado em Jerusalém, não pode ser confinado ao judaísmo. Este carpinteiro de Nazaré realmente revolucionou o mundo; ele derrubou a parede que separava Judeu e Gentio (Ef 3.14); ele iniciou a nova era; ele inaugurou o Reino de Deus entre os homens. (Expositor Cristão, Março/76, p.5) SÓ NO CASO DE URIAS Poucas pessoas têm a nobreza de caráter e a delicadeza de espírito daquele que escreveu a maior parte dos Salmos, o livro mais lido da Bíblia. Oitavo e último filho de Jessé, ruivo, de belos olhos e boa aparência, harpista de grande talento, homem de fé, ao mesmo tempo forte e corajoso, sisudo em palavras, profundamente humano, desprovido de vaidade e espírito de vingança, nascido em Belém da Judéia, Davi começou a vida exercendo a profissão de pastor de ovelhas. Saiu da obscuridade de repente, ao aceitar por conta própria o desafio de Golias. Pouco depois tornou-se chefe da guarda pessoal e genro do rei Saul. A sua popularidade foi tal, que despertou os ciumes do rei e foi obrigado a fugir por tempo indeterminado. Neste período, juntaram-se a Davi "todos os homens que se achavam em a,perto, e todo o homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles" (1 Samuel 22.2). Com a morte de Saul, Davi foi aclamado rei e tratou com benevolência os seus inimigos. Fez o que era agradável aos olhos de Deus, a ponto de se tornar padrão para os demais reis, até o cativeiro babilônico, Mas há um grave senão, que a Bíblia não oculta: Davi fez o que era reto perante o Senhor, e não se desviou de tudo quanto lhe ordenara 218 em todos os dias da sua vida,senão só no caso de Urias, o heteu"(1 Reis, 15.5). O chamado caso de Urias foi o escândalo provocado por um escorregão moral de grandes proporções envolvendo o rei e Bate-Seba, a mulher de Urias. A análise cuidadosa deste famoso adultério e de suas conseqüências há de produzir nos leitores boa dose do temor do Senhor e oportunas advertências para o dia de hoje. Para tornar as causas mais vivas, apresentaremos os fatos por meio de uma suposta entrevista com o autor da comovente confissão do Salmo 51. As respostas colocadas na boca de Davi têm base bíblica e uma dose muito pequena de imaginação. A concupiscência dos olhos Ultimato - Ninguém poderia supor que o Rei seria capaz de todas aquelas misérias contidas no 11.° capítulo do 2.° livro de Samuel ... Davi - Nem eu tampouco. Posso, no entanto, garantir que não foi uma cousa premeditada. Fui tomado de surpre- sa. Ultimato - Os psicólogos dizem que há uma idade considerada perigosa, entre os 31 e os 50 anos, um período de tumulto interior, quando a juventude já acabou, mas a velhice ainda não se estabeleceu. O Rei pecou quando estava nesta faixa? Davi - Sim, mas não exagero o valor destas pesquisas. Se há crises de idade, não há algo como dispensa de certas obrigações morais, que devem ser guardadas a qualquer custo, para o nosso próprio bem. José era jovem sadio e solteiro quando, em circuntâncias tremendamente favoráveis ao pecado, rejeitou a proposta da mulher de Potifar, sob a alegação de que pecaria contra Deus (Gênesis, 39.7-20). Jamais tentei desculpar o meu pecado. Ultimato - Como o Rei explica o seu adultério com Bate-Seba? Davi - Creio ter havido o concurso dos seguintes elementos: 1.°) Naqueles dias eu não estava fazendo o 'que deveria fazer. Meu lugar era o campo de batalha e não Jerusalém (2 Samuel, 11.1 e 12.26-31; 1 Crônicas, 20.1). 2.°) Dei um valor exagerado ao ímpeto das paixões. Dispus-me a satisfazer a carne de imediato, sem mais ne!7, ....~ - J esta razão passei por cima::,o ~ contrariei inclusive certas face:e" j ha personalidade. 3.°) A!ér- :: ~" vavelmente porque atravessa',=, -" odo de relativa segurança e ~~:i o meu relacionamento cor- :>õ';; estava na melhor fase. Ultimato - Por que não ta de recato de Bate-Seba - - - mentos que o levaram ao Davi - Não há dúvida ca ::. e da parte dela uma provocaç~: '." se pode depender da ausê- ~ ~ ~ tações para se viver corre;"-~'" mundo inteiro jaz; no maligno ~ -"j há no mundo, a concupiscê-:: :: ~ ne, a concupiscência dos é> ~ ::" :: berba da vida - não proce:a ::e mas procede do mundo. :::-~ fazer a vontade de Deus ne"ca ::' hostil (1 João 2.15-17; 5.18 = eu falhei, porque fiz a "':-. e Não há aquilo que se Cf,e-e esmagadora da carne, pcs e }j é humana e não divina, e Ce.~ " mite que sejamos tentado ô ~ ~ nossas forças (1 Coríntics - 3) bém não se pode confu,:; - "e~ pecado _ O sexo faz p,,;-::e :::õ de Deus e é elemento :r: ô::·e-s:,; biologia atual. Pecado ê .o.::_' dência sempre presente ::,o -~.} ceitar as regras do j09: e _-;; de achar que Deus rão ='=,o existe, não ditou lei a!;c - ô A diferença entre perék- Ultimato - Parece G. ~ :: ::e: s.: xe aiguns problemas ce' e : = = Davi - Primeiro. =. c'e::_:.;;; ocultar o ocorrido. Se:;.-:: = ~ indesejável de Bate-Se: =. fracasso da tentativa se "e.:",' c dela do campo de bate -:: '" -~ tar com ela, para q:.;e; : = - - .;, do como de Urias. Ultimato - Foi ar o:...~ : =e , matar a Urias, um de se.3 :::Samuel, 23.39)? 5 Davi - Não o me.:e ::próprias mãos. 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Fui tomado de surpreato - Os psicólogos dizem que idade considerada perigosa, en1 e os 50 anos, um periodo de interior, quando a juventude já mas a velhice ainda não se ~eu. O Rei pecou quando esta faixa? - Sim, mas não exagero o va,s pesquisas. Se há crises de ão há algo como dispensa de )brigações morais, que devem :Jadas a qualquer custo, para o óprio bem. José era jovem sadteiro quando, em circuntâncias mente favoráveis ao pecado, reproposta da mulher de Potifar, 'egação de que pecaria contra ênesis, 39.7-20). Jamais tentei . o meu pecado. lto - Como o Rei explica o seu com Bate-Seba? - Creio ter havido o concurso intes elementos: 1.°). Naqueles lão estava fazendo o que deveMeu lugar era o campo de não Jerusalém (2 Samuel, 11.1 1; 1 Crônicas, 20.1). 2.°) Dei exagerado ao ímpeto das pai)ispus-me a satisfazer a carne de imediato, sem mais nem menos. Por esta razão passei por cima de tudo e ; contrariei inclusive certas facetas de minha personalidade. 3.°) Além disto, provavelmente porque atravessava um período de relativa segurança e facilidade, o meu relacionamento com Deus não estava na melhor fase. Ultimato - Por que não incluiu a falta de recato de Bate-Seba entre os elementos que o levaram ao pecado? Davi - Não há dúvida de que houve da parte dela uma provocação. Mas não se pode depender da ausência de tentações para se viver corretamente. O mundo inteiro jaz; no maligno, e tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede de Deus, mas procede do mundo. Compete-nos fazer a vontade de Deus neste ambiente hostil (1 João 2.15-17; 5.19). Foi ai que eu falhei, porque fiz a minha vontade. Não há aquilo que se chama pressão esmagadora da carne, pois a tentação é humana e não divina, e Deus não permite que sejamos tentados além das nossas forças (1 Coríntios, 10.13). Também não se pode confundir sexo com pecado. O sexo faz parte da criação de Deus e é elemento indispensável na biologia atual. Pecado é aquela tendência sempre presente de não se aceitar as regras do jogo, a presunção de achar que Deus não existe ou, se existe, não ditou lei alguma. A diferença entre perdão e correção Ultimato - Parece que o pecado trouxe alguns problemas para o Rei ... Davi - Primeiro, a preocupação de ocultar o ocorrido. Segundo, a gravidez indesejável de Bate-Seba. Terceiro, o fracasso da tentativa de trazer o marido dela do campo de batalha e fazê-Io estar com ela, para que o filho fosse tido como de Urias. Ultimato - Foi aí que o Rei resolveu matar a Urias, um de seus valentes (2 Samuel, 23.39)? Davi - Não o matei com as minhas próprias mãos. Enviei por Urias uma carta ao comandante do Exército, ordenando que pusesse o marido de BateSeba na frente da maior força da peleja, para que a morte dele parecesse aci- dente de guerra. Tenho repugnância disto tudo, especialmente da falsidade e da maldade de meus atos. O pecado nunca vem só. Ele cria um circulo vicioso e ilude. Ultimato - Depois da morte de Urias, o Rei levou a viúva para o palácio e a fez sua mulher. Houve algum problema de consciência? Davi - O pecado insensibiliza. Só acordei para a hediondez de minha conduta meses depois, por ocasião do nascimento de nosso filho, quando a palavra do Senhor veio a mim por intermédio do profeta Natã. Ultimato - Foi nesta ocasião que o Rei compôs o Salmo 51 ? Davi - Minha alma se derreteu como cera. Nunca senti tanto a necessidade de perdão e purificação. Orei para que o Senhor me lavasse completamente de minha iniqüidade, não retirasse de mim o seu Santo Espírito e me devolvesse a alegria da salvação. Ultimato - Deus o perdoou? Davi - Enquanto calei os meus pecados, não obtive cousa alguma do Senhor. Mas, quando confessei tudo que havia feito, Ele me perdoou. Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada e cujo pecado é coberto (Salmo 32.1-5). Ultimato - Se Deus o perdoou, por que, então, feriu a criança? Davi - E necessário fazer distinção entre perdão e correção. Deus me livrou da culpa, mas não me poupou das conseqüências naturais do pecado. Por meio do perdão, eu me aproximei dEle outra vez, reatei a comunhão perdida, achei-me purificado de minha iniqüidade, encontrei ânimo e alegria para viver e livrei-me de sua mão que pesava sobre mim dia e noite. Por meio da correção, Deus mostrou o seu desagrado pelo meu pecado e os homens viram que Ele é Deus zeloso. O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe (Hebreus, 12.6). A vara e o cajado de Deus me consolam (Salmos, 23.4). Ultimato - O Rei nunca teve um sentimento de aversão por Bate-Seba? Davi - Por que o teria? Quando a criança morreu, fui a ela e consolei-a. Não a deixaria sozinha numa hora desta. 219 Ultimato - A naturE3za humana tem dificuldade para acolher crítica e repreensão. Quanto mais alta a posição do indivíduo, maior é esta dificuldade. Guarda o Rei algum rancor contra o profeta Natã? Davi - O Senhor me disse por boca de Natã: "Eis que da própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol". Davi - Natã veio a mim por ordem do Senhor. ~Jão havia nada de pessoal nas palavras dele. Graças ao profeta, o círculo vicioso criado pelo pecado se rompeu. Portanto, nada tenho contr'a ele. Quando Bate~Seba me deu à luz o segundo filho, Salomão, este dentro do matrimônio, eu o entreguei nas mã.os de Natã (2 Samuel, 12.25). Anos a fio o profeta foi amigo particular da família. Ele teve papel importante para que Salomão subisse ao trono após a minha morte (1 Reis, 1.5-31). Dois filhos dele foram oficiais de meu filho (1 Reis, 4.5). Ultimato - Então, Deus é mau e vingativo? Davi - Entendo doutra maneira. Eu provoquei o Senhor a zelo, isto é, levei o Senhor a agir, a descarregar a sua mão sobre mim, a exercer a sua justiça ou a sua ira. Já disse, e repito: o Senhor é Deus zelozo (Êxodo, 20.5). Por esta razão, quando Slmei, valendo-se da situação, me amaldiçoou e me atirou pedras, estando eu fugindo de Jerusalém, não permiti que Abisai lhe tirasse a cabeça, dizendo-lhe: "Deixai-o, que amaldiçoe, pois o Senhor lhe ordenou" (2 Samuel, 16.5-14). Os ris.cos a longo prazo Ultimato - Natã anunciou que o Rei, por ter desprezado a palavra do Senhor, veria acontecimentos bastante desagradáveis, envolvendo membros da família real. Estas cousas se deram? Davi - Elas foram acontecendo aos poucos. A primeira tragédia foi o incesto de Amnon. Este meu filho primogenito se apaixonou por uma meia-irmã, chamada Tamar, filha de outra esposa, forcou-a e abandonou-a. A segunda ocorreu dois anos depois: meu filho A> salão matou a Amnon à traição para vingar a irmã, e fugiu para o exterior. Ao cabo de três anos, permíti que Absalão voltasse ao país, mas ordenei que permanecesse em sua casa, em Jerusalém. A liberdade total só a concedi depois de mais dois anos. A terceira tragédia deu-se quatro anos mais tarde: este mesmo Absalão furtou o coração dos homens de Israe! para si e levantou uma conspirata contra mim. Fui obrigado a fugir de Jerusalém. Deixei dez concubinas para cuidarem da casa, e Absa!ão, para se mostrar odio~o a mim, armou uma tenda no eirado e, à vista de todo o povo, coabitou com elas. Ultimato - Mas tudo isto tem relação com o seu pecado com Bate-Seba? 220 Ultimato - Quer dizer que Deus mandou Absalão possuir as concubinas do Rei ? Davi - Deus não mandou que eie fizesse isto. Foi Aitofel quem lhe deu este conselho. Também não foi Deus quem sugeriu que os irmãos de José intentassem contra a sua vida, mas o Senhor fez uso daquele crime como lhe aprouve e o transformou em bem (Gênesis, 50.20). Deus tem tudo sob controle. Absalão agiu como quis e não deíxou de responder por seus atos, mas Deus se serviu de tudo aquilo para cumprir o seu intento. Uitimato - Diz-se que onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos, 5.20). O Rei o comprova? Davi - Acho notável que Natã tenha chamado Salomão de Jedidias,que quer dizer "amado do Senhor". Foi este meu filho com Bate-Seba que ocupou o trono após minha morte. Exatamente ele conduziu o país ao período de maior glória e construiu o templo do Senhor em Jerusalém. O perdão de Deus t:. como se nada é algo maravilhoso. tivesse acontecido. Por esta razão, lêse na genealogia de Jesus, de acordo com Mateus: "Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias" (1.6)! (Ultimato - junho/76 - p. 6,7) REENCARNAÇÃO Para o Jornal Espírita. - ._A Viagem "marca uma n0'i'" =',,- =, doutrina espírita no Bras: - ~ mesmo abatendo o entus!",s-.: .: iro que deixou muita gen:e .:: - ~ com vontade de estuda":::2 :; Allan Kardec, é possive: c:_= : 1 tismo ganhe alguns novos ::::7:'~'" número de católicos com c.: -. : ::" píritas se amplie. Os pro:s;:,,--~~õ mente sem doutrina e se~ =:.: " se cuidem, porque o al2.:: = ': de. Ao mesmo tempo. a:c,,-; ~c· rece e estimula uma ava!iaçé.: :: ~ espíritas, especialmente a -~~- .• à luz do Cristianismo. "-5 O que é A reencarnação é uma: '=- :::; e muita antiga, sem o me...:' ._'-.~ to bíblico. Faz parte da :: --" -~ rita codificada por Allan 1<","::=- '" ados do século passado. = -;c "" ralidade das existências. 7-" qual todas as criaturas h·1-2- .... , cessivas encarnações, vã: 2,: - -.~ dativamente, quer no p;2.~': --" quer no plano moral, er-::_,,-:: :: mesmo passo, vão resgs:=:-:: - !! crimes do passado. "O::: ,,' encarnação, «diz o próp": ,: ~.:~ expiação, o melhorament:: :::.: c .=':S; humanidade". As novO'.. ,,'-: =='! podem se dar aqui na 1'2--::: :. , tros corpos celestes, de -·2 -.:; perior ao nosSO. O es:r":: := mem pode encarnar n0 c.:' c: .~ mulher e vice-versa. Em que se baseia A doutrina da reenoa--2:§.: assentar as suas bases i:3 7;~ 3; espíritos. Detalhes fanté.s-::2 s2 buídos a eles e aceitos.: _z- :'=. disse: "Tenho ainda mu:: : - = zer, mas vós não o podes ;_::'1 ra" (Jo 16.12), Ele esta, .. s" !'1 a outras revelações, inoc;s." à reencarnação, que viria", s ==-' por intermédio dos esc!" ::2 2'-" com o concurso de dive,sC:2 -~ que chega a ser séria ir"6'.S"-S"" - o Senhor me disse por boca Eis que da própria casa sus"'-sl sobre ti, e tomarei tuas mu'Uá própria vista, e as darei a ""'0, o qual se deitará com elas, -s iuz deste sol". nato - Então, Deus é mau e vinEntendo doutra maneira, Eu o Senhor a zelo, isto é, levei - a agir, a descarregar a sua -e mim, a exercer a sua justiça ,s ira. Já disse, e repito: o SenJeus zelozo (Êxodo, 20.5). Por :ãc, quando Simei, valendo-se da me amaldiçoou e me ,atirou estando eu fugindo de Jerusac permiti que Abisai lhe tirasse ;;a, dizendo-lhe: "Deixa i-o, que :a, pois o Senhor lhe ordenou" .ai, 16.5-14). lato - Quer dizer que Deus manselão possuir as concubinas do - Deus não mandou que ele 'sto. Foi Aitofei quem lhe deu ,selho. Também não foi Deus ,,;geriu que os irmãos de José em contra a sua vida, mas o 'ez uso daquele crime como lhe e o transformou em bem (Gê;,20). Deus tem tudo sob con'.bsalão agiu como quis e não a responder por seus atos, mas , serviu de tudo aquilo para :' seu intento. ,10 - Diz-se que onde abundou ). superabundou a graça (Roma:j. O Rei o comprova? - Acho notável que Natã tenha Salomão de Jedidias, que quer 'nado do Senhor". Foi este com Bate-Seba que ocupou o ,ós minha morte. Exatamente lziu o país ao período de. maie construiu o templo do SenJerusalém, O perdão de Deus naravilhoso. t:: como se nada ::ontecido. Por esta razão, lê,nealogia de Jesus, de acordo JUS: "Jessé gerou ao rei Davi; Davi, a Salomão, da que fora = Urias" (1.6)! (Ultimato - junho/76 - p, 6,7) REENCARNACÃO , Para o Jornal Espírita, a telenovela A Viagem "marca uma nova era para a doutrina espírita no Brasil". De fato, mesmo abatendo o entusiasmo passageiro que deixou mui,ta gente confusa e com vontade de estudar os livros de Allan Kardec, é possível que o Espiritismo ganhe alguns novos adeptos e o número de católicos com convicções espíritas se amplie. Os protestantes igualmente sem doutrina e sem Bíblia que se cuidem, porque o alarde foi grande. Ao mesmo tempo, a ocasião favorece e estimula uma avaliação dos temas espíritas, especialmente a reencarnação, à luz do Cristianismo, o que é A reencarnação é uma crença pagã e muita antiga, sem o menor fundamento bíblico. Faz parte da doutrina espírita codificada por Allan Kardec em meados do século passado. Ensina a pluralidade das existências, em virtude da qual todas as criaturas humanas, em sucessivas encarnações, vão evoluindo gradativamente, quer no plano intelectual, quer no plano moral, enquanto que, ao mesmo passo, vão resgatando erros e crimes do passado. "O objetivo da reencarnação, «diz o próprio Kardec», é a expiação, o melhoramento progressivo da humanidade ". As novas encarnações podem se dar aqui na Terra ou em outros corpos celestes, de nível moral superior ao nosso. O espírito de um ho" mem pode encarnar no corpo de uma mulher e vice-versa. Em que se baseia A doutrina da reencarnação procura assentar as suas bases na revelação dos espíritos. Detalhes fantásticos são atribuídos a eles e aceitos. Quando Jesus disse: "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora" (Jo 16.12), Ele estaria se referindo a outras revelações, inciusive à lei da reencarnação, que viriam a seu tempo por intermédio dos espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns, o que chega a ser séria irreverência para quem conhece e preza a Palavra de D.eus. Além destas bases, a reencarnação seria a explicação para o sofrimento humano e para uma série de fenômenos, tais como a existência de crianças-prodígio, as reminiscências, as faculdades supranormais de animais, etc. A doutrina firma-se ainda na tentativa de afastar para longe e para sempre a idéia do juízo final, pois, por meio dela, quer queiram quer não, com menor ou maior demora, todos os homens chegarão ao estado de perfeição e pureza que Deus exige, por esforço e moto próprios. Confrontando .com a Bíblia Ninguém se iluda: uma vez aceita a reencarnação, as principais doutrinas do Cristianismo são reduzidas a nada. A atriz Eva Wilma estava tremendamente enganada quando declarou ao Jornal Espírita que não acha "o Espiritismo conflitante com o Catolicismo". E o ator Ewerton de Castro, que também trabalhou na novela A Viagem e que é membro de uma Igreja Presbiteriana Independente, confessou grave tibieza ao afirmar, ao mesmo jornal, que gosta muito da doutrina espírita e encontrou nas obras de Kardec respostas a muitas de suas perguntas. Apesar de o Espiritismo se gloriar de não ser materialista por acreditar, acertadamente, que o homem não é só corpo, o sistema deixa o homem sozinho em seus anseios de salvação, Não há Iu'gar na doutrina espírita para a mais ,importante mensagem da Bíblia, de que Jesus "veio buscar e salvar o perdido" (Lc 19.10). Não se conta a expiação de nossos pecados "mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas" (Hb 10.10). O véu do templo não se rasgou em duas partes, de alto a baixo, naquela sexta-feira da Paixão (Me 15.38), e nós não podemos entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus (Hb 10.19). Não é a propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 1.9; 2.2). Deus não amou ao mundo de tal maneira a dar o seu Filho unigênlto, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Paulo estava errado quando declarou: "Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de I II i 221 § -.. para que ninguém se glorie" (Ef 2.8-9). O escrito da dívida que era contra nós não foi removido nem encravado na cruz (CI 2.14). O ladrão que se arrependeu e creu ali na cruz junto a Jesus, não se salvou nem foi levado para o Paraíso (Lc 23.43). O castigo que nos traz a Daz nunca esteve sobre Ele, Jesus, m~s repousa implacavelmente sobre nós, indefinidamente (ls 53.5). obras, Aquele que crê na reencarnação obriga-se a rejeitar a doutrina das ultimas cousas conforme apresentada na Bíblia. Para ele não haverá salvos e perdidos, não obstante as palavras de Jesus (Mt 13.41,2 4, 49, 50; 25.46; etc). O juízo final é algo meramente simbólico. Os injustos, contemporâneos a Noé e a Ló, não estão, sob castigo, reservados para o dia do juízo (2 Pe 2.4-11). A ressurreição dos mortos não deve ser entendida como Paulo ensinou: "Semeiase o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção" (1 Co 15.42), pois entre a morte e a "ressurreição" dar-se-ão intermináveis novas encarnações. A destruição dos céus e da Terra que agora existem (2 Pe 1.13) será um fenômeno natural, e quando isto suceder, daqui a milhões de anos, a Terra já estará desabitada, porque os seres humanos "terão atingido um nível evolutivo em que o plano terreno não mais Ihes servirá de morada". o que fazer A doutrina da reencarnação é tão o' posta à Bíblia que se impõe uma opção como aquela que Elias colocou dis'lte de Israel: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o" (1 Rs 18.21). No caso das múltiplas existências, a primeira opção terá que ser entre o Espírito Santo de Deus e os espíritos de que falam os espíritas, entre a autoridades das Escrituras Sagradas e a codificação de Allan Kardec, entre o absolutamente certo dos Evangelhos (SI 2.36) e a ficção reencarnacionista. De uma causa não haja dúvida: é inútil qualquer tentativa de harmonizar o verdadeiro Cristianismo com o Espiritismo. (Ultimato - maio/76 222 - p. 5) MÉDICOS CAPITULAM DE DIANTE ADIVINHOS Um pesquisador afirma: adivinhos podem evitar que os médicos tenham de realizar exames que envolvem riscos. Os adivinhos podem diagnosticar certas doenças e males indeterminados com a mesma certeza que os médicos com métodos complicados, mas sem riscos, concluiu um relatório, foi pesquisa de um enoontro médico em Tuscon, Arizona, EUA. O DI'. C. Norman Shealy, um cirurgião, formado pela Universidade de Wisconsin, disse numa entrevista, que num, estudo de 18 meses concluiu que adivinhos podem realizar um diagnóstico médico exato em cada três de quatro casos. portanto, a mesma média alcançada com métodos que muitas vezes são acompanhados de exposição a raios ou outros riscos. O médico disse que muitas queixas sobre males indefinidos - como dores de cabeça e no ventre - levam a uma série de exames caros e arriscados, que não garantem um diagnóstico correto. O DI'. Shealy disse aos médicos que a sua "solução-PSI" (Fator PSI == poder sobrenatural), poderia ser a resposta para a realização de um diagnóstico numa situação duvidosa e arriscada. Ele não aconselha, portanto, consultar adivinhos ao invés de médicos, mas aconselhou aos médicos que consultem um vidente conhecido quando acharem necessário. "Se o PSI disser não, porque deveríamos realizar o exame?" - "E se consultares três adivinhos, e eles concordarem, poderás ohegar a uma certeza em torno de 98%, e isto é muito mais garantido que um diagnóstico médico!" - O Congresso Nacional sobre complementação da medicina, exortou à procura de diretivas novas e não tradicionais na medicina, e à busca de caminhos onde o corpo e o espírito trabalhem conjuntamente para a cura. O DI'. Shealy afirmou que sua pesquisa foi realizada com mais de 200 pacientes, e com a ajuda de videntes, interpretadores de sinais, quiromantes e astrólogos, que na maioria dos casos nunoa viram os pacientes cujo diagnóstico tinha que fornecer. "A maior parte do trabalno foi feita pelo correio, e nunca fornecemos informações médicas", d'S5e : 3 aly, "aos videntes enviar:s ":=f interpretadores de sinais e =-S:': :1 necemos a data do naS':~8',= quiromantes as impressões :~ Os adivinhos receberam t=-c,:~ senho do corpo. Ali loca'z=-, te do corpo onde estava: chendo depois um formu:2': ::-, os casos", disse Shealy. ' : ?,-; já era conhecido. Os as .• ' -:5 3 a 10 vezes mais exatos: _8 Em aproximadamente 75% :: ~ _ seu diagnóstico foi corret:, Baseado nesta exatid2.c :0'7;; pôs a utilização da soluçã:-=:: vés de muitos dos 750.00G: ~':~ tencialmente perigosos exs.~.e:: li traste com Raio-X, real iza:::: =-.-" te nos EUA. "Quando se :' c~ pa de Raio-X do crâneo.: s.' um tumor cerebral, a ona-c,o :"trá-Io está em menos de "Os médicos conseguem _-" ;; de 80% com exames de ::- '~õc;; se ele, "mas com O riscc C" : . ;; ção em torno de 10%. :::;; hos conseguimos uma ex,,:c~: ~ sem fator de risco. S0--:e-:~'2 exames com Raio-X des: =:.~ ença que necessita de =:,o',o:§ significa que nós méd>:== ' "-=7-' tes testes para evitar c 2; - :0' ..:< sos. Poderíamos alca,..:;:e' ~ --si até uma maior exatidê.: -, - .;j ticos-PSI, evitando a",;õ ~,,-'8 complicações" . =- =- =- =- ~ >, ::. .Ci O DI'. Shealy disse ·c,,, c - E!; num certo caso de pesc, S~, ==.~ diagnóstico médico. 'T,' - ~-::: ~ ente que, pensávamos. s:" 2 :$ mia. Um PSI o olhe,-, 2 ::'::':2 " sofria do fígado. Ele c. S;"2 2,-.:= em 10 dias o paciente 2::'e' ~ ~ Dois dias depois o pa: 2-'2 -=-,,, da cama e disse q",e 52 "2--:'< Achamos que ele t6-.·e,,": -::::' j; venenamento em co"s;:-cc~-:::: tesia na operação." -\. - :_:.~~ o diagnóstico do adiv--: :::. ""paciente que ele tinha :2-.' :8' '~ ma linfático. "Eu ache :~e : ~ tico estava errado. C :a: 8':e após nove meses.. A. =-_::::: =que ele havia morrid:: ::~ _=- ~ sistema linfático." ;08 CAPITULAM DE DIANTE ADIVINHOS oesquisador afirma: adivinhos poItar que os médicos tenham de exames que envolvem riscos. ,divinhos podem diagnosticar cer"ças e males indeterminados com '8 certeza que os médicos com ; complicados, mas sem riscos, ; um relatório, foi pesquisa de entro médico em Tuscon, Arizona, Dr. C. Norman Shealy, um cirurrmado pela Universidade de Wisdisse numa entrevista, que num, :!e 18 meses concluiu que adivinem realizar um diagnóstico médi) em cada três de quatro casos, a mesma média alcançada com que muitas vezes são acompan1a exposição a raios ou outros O médico disse que muitas queira males indefinidos - como docabeça e no ventre - levam a 'ie de exames caros e arriscas não garantem um diagnóstico O Dr. Shealy disse aos médicos ,ua "solução-PSI" (Fator PSI = Dbrenatural), poderia ser a res,ra a realização de um diagnós:a situação duvidosa e arriscada. aconselha, portanto, consultar , ao invés de médicos, mas au aos médicos que consultem nte conhecido quando acharem 'o. "Se o PSI disser não, por,ríamos realizar o exame?" - "E ítares três adivinhos, e eles coni. poderás chegar a uma certetorno de 98%, e isto é muito sntido que um diagnóstico médiO Congresso Nacional sobre entação da medicina, exortou à de diretivas novas e não tradi'a medicina, e à busca de cande o corpo e o espírito trabanjuntamente para a cura. O iy afirmou que sua pesquisa foi com mais de 200 pacientes, e uda de videntes, interpretadores s. quiromantes e astrólogos, -naioria dos casos nunca viram ltes cujo diagnóstico tinha que "A maior parte do trabalho foi ) correio, e nunca fornecemos informações médicas", disse o Dr. Shealy, "aos videntes enviamos fotos, aos interpretadores de sinais e astrólogos fornecemos a data do nascimento, e aos quiromantes as impressões das mãos. Os adivinhos receberam também um desenho do corpo. Aii localizavam a parte do corpo onde estava o mal, preenchendo depois um formulário. Em todos os casos", disse Shealy, "o diagnóstico já era conhecido. Os adivinhos foram 3 a 10 vezes mais exatos que o acaso. Em aproximadamente 75%· dos casos o seu diagnóstico foi correto." Baseado nesta exatidão, Sheaiy propôs a utilização da solução-PSI, ao invés de muitos dos 750.000 caros e potencialmente perigosos exames de contraste com Raio-X, realizados anualmente nos EUA. "Quando se tira uma chapa de Raio-X do crâneo, para localizar um tumor cerebral, a chance de encontrá-Io está em menos de 10%, disse ele. "Os médicos conseguem uma exatidão de 80% com exames de contraste", disse ele, "mas com o risco de complicação em torno de 10%. "Com os adivinhos conseguimos uma exatidão de 98%, sem fator de risco. Somente 10% dos exames com Raio-X descobrem uma doença que necessita de operação, isto significa que nós médicos fazemos estes testes para evitar diagnósticos falsos. Poderíamos alcançar a mesma, ou até uma maior exatidão, com diagnósticos-PSI, evitando anualmente 5. O O u complicações" . O Dr. Shealy disse que um adivinho, num certo caso de pesquisa, corrigiu um diagnóstico médico. "Tínhamos um paciente que, pensávamos, sofria de leucemia. Um PSI o olhou e disse que ele sofria do fígado. Ele disse também que em 10 dias o paciente estaria em casa. Dois dias depois o paciente levantou-se da cama e disse que se sentia bem. Achamos que ele teve sintomas de envenenamento em conseqüência da anestesia na operação." - Num outro caso, o diagnóstico do adivinho dizia de um paciente que ele tinha câncer no sistema linfático. "Eu achei que o diagnóstico estava errado. O paciente morreu após nove meses. A autópsia revelou que ele havia morrido de câncer no sistema linfático." Nota da Redação: Copiamos este relatório horrivel da revista "Chamada da Meia Noite", cujo redator evangélico acrescenta um comentário que aceitamos na íntegra. Escreve Wim Malgo: "Esta é uma notícia muito séria. Ela relata nada menos que o fato de a classe médica americana estar se colocando à disposição dos demônios. Em outros campos o limite entre a ciência e o ocultismo já foi apagado há muito. Agora também a medicina é atacada. Por que os médicos capitulam diante dos adivinhos? Porque se impressionam com os resuitados. Certamente desconhecem que Satanás sabe muito, mas que para cada manifestação do seu conhecimento exige um preço, o direito sobre a alma do paciente em questão. Não podemos aiertar suficientemente contra a busca do auxílio com adivinhos, pois quem faz tal coisa é abominação ao Senhor" (Dt 18. 10-12). BRASIL: 500 MILHÔES 1. Em 1872 quando foi feito o primeiro recenseamento geral do país, tinha o Brasil dez milhões de habitantes. Acabara de sair vitorioso de sangrenta guerra contra o paraguai, que invadira o Sul e ameaçara a segurança nacional. 2. Trinta anos antes, cessara o tráfico dos escravos, principal fonte de braços para a agricultura e mineração e para o desenvolvimento do país. Já estava em andamento a campanha da abolição da escravatura, o que, na opinião de muitos, significaria a desorganização do setor agrícola e a queda da produção. 3. A primeira prioridade do Brasil, era então, povoar para desenvolver e garantir a segurança nacional. Embarcamos em intensa campanha para atrair colonos europeus. Oferecíamos ajuda em dinheiro, terras gratúitas e outras vantagens aos que quisessem emigrar para o Brasil e aqui se radicarem. A resposta foi muito satisfatória. Nas décadas seguintes cinco milhões de italianos, portugueses, espanhóis, alemães e pessoas de outras nacionalidades optaram pelo Brasil. Na década de 1880, mais de 500 mil estrangeiros chegaram ao Brasil, ís223 to é, o dobro da migração de 1800 a 1870. No último decênio do século, mais de 1.200 mil emigrantes preferiram nosso País. Tal caudal humano correspondia a quase 10% da população total de então. 4. A família numerosa era glorificada de todas as formas. As mulheres eram convocadas a dar à pàtria o maior número possivel de filhos. Era a po!ítica adequada, certa e lógica para um continente subpovoado. Cem anos mais tarde, em 1972, a população brasileira atingia a marca dos 100 milhões. Agora, somos 110 milhões. Crescemos ao ritmo de três milhões por ano. Justificam-se hoje as políticas, atitudes e "slogans" de um século atrás? A nossa primeira prioridade não deveria ser a qualidade de vida dos brasileiros, em vez da quantidade de vidas? 5. Não só duplicou nossa população em um século, como nas últimas décadas passou a só aumentar nas cidades e grandes aglomeraçõ~s metropolitanas. Em 1940, dos 41 milhões de brasileiros, 28 milhões estavam dispersos nas áreas rurais e 13 milhões viviam nas cidades e vilas. Em 1970 mais da metade dos 93 milhões de brasileiros (52 milhões) se concentravam em cidades e vilas e 41 milhões nas áreas rurais. Em 1980, nossa população urbana será de 80 milhões e a rural 40 milhões. Em 40 anos, de "país essencialmente agrícola" em que dois terços da população eram habitantes do campo, nos transformaremos em "nação preponderantemente urbana com dois terços da população nas cidades e vilas. 6. Os brasileiros mostram clara preferência pela vida nos grandes aglome" rados urbanos, onde as oportunidades de trabalho são mais amplas. Em 1960, habitavam as nove regiões metropolitanas oficiais 13.600 mil pessoas. Em 1970, eram 22800 mil. Em 1985, serão 51 milhões, ou seja, quase a mesma popula-' ção total do Brasil em 1950. Em 1960, apenas três regiões metropolitanas tinham mais de um milhão de habitantes. Em 1970, seis estavam nesta categoria. Em 1985, todas terão mais de um milhão. A região metropolitana de São Paulo terá 20 milhões e a do Rio 12 milhões. 224 7. A causa principal da rápida urba-. nização é o acelerado crescimento demográfico e a migração rural urbana. Todo nosso aumento populacional ocorre nas áieas urbanas. Estas aumentam 3 milhões de pessoas por ano. Assim, nos 24 anos que nos separam do fim do século, a população urbana do Brasil aumentará 100 milhões de pessoas. Chegaremos ao ano 2.000 com uma população de 200-210 milhões, dos quais 80%, ou seja, 160-170 milhões viverão nas megalópoles cidades e vilas. 8. Quantos seremos daqui a 100 anos? Em 1872 éramos 10 milhões. Duplicamos em 1910. Já em 1939 o Brasil tinha 40 milhões. Em 1965 atingimos a cifra de 80 milhões. Em 1990 nossa população terá duplicado para 160 milhões. Se duplicarmos nos 30 anos seguintes (supondo que a taxa de crescimento demográfico caia para 2,3% ao ano), seremos 320 milhões no ano 2020. Se a taxa de crescimento diminuir para 1,5% ao ano, nossa população será de 640 milhões no ano 2065. 9. Como num planeta fínito não pode haver crescimento infinito, a população do mundo tenderá a se estabilizar no futuro. A do Brasil também. As taxas de crescimento demográfico diminuem com o desenvolvimento econômico, a urbanização, a elevação d9 "status" da mulher'- e muitos outros fatores de modernização da sociedade. No Brasil já se verifica lenta redução de natalidade, o que autoriza certa cautela nas projeções de população. Mas, pode se confirmar com bastante confiabilidade que no ano 2000 seremos cerca de 200 milhões e que, daqui a cem anos, o Brasil terá aproximadamente 500 milhões de habitantes. 10. Com esta perspectiva, não teria Chegado a hora de o Governo patrocinar amplo programa de planejamento familiar voluntário, oferecendo aos casais que desejam determinar o número dos filhos a informação e os meios indispensáveis? É bem provável que nos próximos 24 anos a população aumente cerca de 100 milhões de pessoas, as quais, em sua totalidade, se localizarão nas áreas urbanas. Torna-se, pois, indispensável que o poder público ajude (Continua na pág. 226) A IGREJA NO ft :ausa principal da rápida urba-. o acelerado crescimento de: e a migração rural urbana. ;330 aumento populacional ocor,,"eas urbanas. Estas aumentam 53 de pessoas por ano. Assim, anos que nos separam do fim J. a população urbana do Bra'ntará 100 milhões de pessoas. -nos ao ano 2.000 com uma pode 200-210 milhões, dos quais - seja, 160-170 milhões viverão siópoles cidades e vilas. s A IGREJA NO MUNDO -no num planeta finito não pocrescimento infinito, a popumundo tenderá a se estabilizar A do Brasil também. As ta"8scimento demográfico diminuo desenvolvimento econômico, zação, a elevação dQ "status" ,r, e muitos outros fatores de ?ção da sociedade. No Brasil [fica lenta redução de natalidaue autoriza certa cautela nas de população. Mas, pode se com bastante confiabilidade no 2000 seremos cerca de 200 :; que, daqui a cem anos, o à aproximadamente 500 milhões ntes. Lutero na avaliação do catolicismo de hoje - 459 anos após afixação de suas famosas teses na porta da catedral de Wittenberg, Martinho Lutero ainda é discutido. O número de agosto-outubro de 1975 do jornal "Catolicismo", editado em Campos, RJ, publica violento artigo contra o reformado r alemão sob o título "Aprender com Lutero?" e diz: "nos lábios de Lutero encontramos palavras que só se pode transcrever fazendo ao mesmo tempo um ato de reparação a Deus Nosso Senhor e aos seus santos. São blasfêmias que dispensam qualquer comentário." Já o teólogo dominicano francês Yves Congar, em recente entrevista, publicada inclusive na "Folha da Tarde" de Porto Alegre, diz exatamente o contrário: "Lutera foi um dos maiores gênios religiosos da História, e de certa forma maior do que Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Pascal. Lutero reexaminou o cristianismo inteiro. Ele foi um homem da Igreja". - É evidente: assim como foi profetizado do próprio Jesus nas palavras de Simeão: "Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição" (Lc 2.34), assim seus mensageiros aqui na terra, e em especial os que por Deus foram chamados de levantar bem alto a bandeira do evangelho, como Lutero, serão até o fim deste mundo "alvo de contradição". - H.R. :m esta perspectiva, não teria a hora de o Governo patrocio programa de planejamento 'oluntário, oferecendo aos cadesejam determinar o número : a informação e os meios in:;Is? É bem provável que nos 24 anos a população aumente 100 milhões de pessoas, as sua totalidade, se localizarão urbanas. Torna-se, pois, insi que o poder público ajude (Continua na pág. 226) Alvos para o I Centenário dos Batistas Brasileiros - Em 1982, portanto daqui a seis anos, os batistas brasileiros comemorarão o· seu primeiro centenário. No momento, eles possuem 3.000 igrejas e 400.000 membros. Neste período de 312 semanas ou 2.190 dias, esperam alcançar o seguinte alvo, proposto na última convenção nacional realizada em Manaus: 6.600 igrejas, 1. 000. 000 de membros, 120 missionários no Exterior, 550 missionários nos campos nacionais, 3.000 alunos nos seminários, 3.000 igre- :antos seremos daqui a 100 am 1872 éramos 10 milhões. Duem 1910. Já em 1939 o Brasil milhões. Em 1965 atingimos ;e 80 milhões. Em 1990 nossa o terá duplicado para 160 mioe duplicarmos nos 30 anos se'supondo que a taxa de cresdemográfico caia para 2,3% ao '"emos 320 milhões no ano e a taxa de crescimento dimi? 1,5% ao ano, nossa populade 640 milhões no ano 2065. 225 jas com pastores de tempo integral e uma tiragem de 50.000 exemplares do órgão oficial, o semanário O Jornal Batista. (Parece que a proporção entre o número de membros e a tiragem do órgão oficial ainda não é ideal - Um jornal para 20 batistas. O entusiasmo da convenção deveria aumentar o alvo para 200.000 exempiares - um jornal para 5 batistas.) Para conseguir 3.300 novas igrejas até 1982, será necessário organizar mais de 10 igrejas por domingo. Para conseguir 600.000 novos crentes até 1982, será necessário um acréscimo dominical de 19.230 pessoas por batismo. Os alvos são audaciosos, mas possíveis, com a benção de Deus e a consagração dos fi eis. Não obstante os batistas terão que zelar pela qualidade dos frutos e pela motivação do aivo proposto. - "Ultimato", nr.89,6. A População Judaica - De acordo com o 1976 "American Jewish YearbooK , a população judaica mundial é de 14. 200.000, assim espalhada: 5.700.000 nos EUA (40,1%), 2.900.000 em Israel (20,4 %), 2.700.000 na União Soviética (19%) e o restante em outros países (20,4%). Em cada quilômetro quadrado do atuai Estado de Israel há 140 habitantes de nacionalidade judaica. A população é acentuadamente urbana (84%) e cresce à razão de 3% ao ano. Em 1973, houve 27,4 nascimentos e 9 mortos por B R A S I L: 500 Milhões (Vem da pág. 224) aos que desejam planejar suas famílias e, assim, evite que, a longo prazo, nos tornemos a índia do Ocidente, em número de habitantes. A política de fomentar o crescimento populacional era patriótica há cem anos. Hoje, nossa "primeira prioridade" é reduzir o explosivo crescimento demográfico do País, se desejarmos legar a nossos filhos e netos uma sociedade maís justa em que a qualidade da vida melhore gradativamente. Nada fazer neste campo, por preconceito religioso, timidez política ou apego a velhas idéias, é marcar um encontro nacional com o caos. (Folha de S. Paulo de 24-6-76) 226 mil habitantes. No censo levantado por militares durante nove meses e vinte dias, por ordem 'do rei Davi, cerca de 1.000 anos antes de Cristo, havia em Israel 1.300.000 homens de guerra, o que significa uma população muito maior que a atual (2 Sm 24.8-9). - "Ultimato" nr.89,7. A mulher que fuma - O presidente da Sociedade Americana de Câncer, Dr. Benjamin F. Byrd, declarou recentemente que a campanha contra o fumo deve ser intensificada, e as companhias de cigarros deveriam ser proibidas de relacionar o fumo com "saúde, beleza, boa aparência e sexo". O pronunciamento foi ocasionado pela revelação de que 27% das meninas entre 13 e 17 anos estão fumando agora nos EUA, um elevado aumento nos últimos seis anos. O hábito de fumar entre rapazes permaneceu mais ou menos constante neste mesmo período. A propósito, sabe-se que no Estado de Utah a incidência de câncer fica 22% abaixo da taxa no país e os pesquisadores relacionam este fato com outro : 70% da população daquele Estado é mórmon, e os mórmons não fumam. Aqui no Brasil, o cirurgião plástico Dr. Vilmar Ribeiro Soares, por ocasião do XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Plática, realizada alguns meses atrás em Porto Alegre, explicou ql:le o fumo é o grande causador do evelhecimento precoce da mulher e explica substancialmente a procura da cirurgia plástica. - H.R. cf. "Ultimato" nr. 91.15. o trabalho dos "Gideões" torna-se frutífero também no Brasil. - Esta organização reune homens de negócios e profissionais liberais que acreditam na Bíblia como a Palavra de Deus e em Jesus Cristo como o eterno Filho de Deus e Salvador pessoal daqueles que crêem. A Convenção Mundial dos "Gideões" deste ano realizou-se em São Francisco da Califórnia, EUA, em julho deste ano. Nos dias 17 a 19 de Setembro realizarse-á em Goiânia a VII Conferência Nacional dos Gideões Brasileiros. - Tanto a organização internacional como a do Brasil tem por objetivo colocar as Escrituras Sagradas em quartos de hotéis, e nas mãos de militares, estudantes, enfermeiras, presidiários ete. - "Ultimato" (a- gosto 76.14) rep;C':~::: "~-~= nantes que mostram :: -: == de Brasília distribus',~ ,~= - -:tos aos 1) soldados :::~ =' = -:-mens da Polícia M!::,,' =-Ji pré-universitários; 4i e5'~: = -'7-" grau; 5) presidiários s ~ ;. :',-~ um colégio católico. -: .::: '" "Gideões" começou er- '~=-= : s ra muito modesta. H~;s. S5::::'~ vários países, os "G1de::25 : o,!! dos porque o relógio de : ,õ :::: rendo", estão aceleran,:;: " ::: Evangelhos através da:õ--~ o';; Novos Testamentos. AC2: ,,- = =i ganizar o Campo de D2:."- - ~ 3> onde há 2.500 quartos de-::e tado de Senegal é dor--<,,:::: :::7'" com uma minoria de c,,:: ::::: " e o Campo de Jerusa!é:::: " ção Internacional de - : "s uma oferta especial pari'. i'. :::: _:::j 636.000 Novos Testame~:: s ::::.::: siL - Aqui o trabalho se ôo-: ::: ~ mais.: Só no ano passôo:~ :, i: de Brasília" distribuirapiares. Os Gideões:::e ','O-" distribuiram mais de • ~= === :; organização daquele C2.-:: ::: deões" de Londrina, P=. :S'S':!; tribuir 30. 000 Novo~ -20::: -S~ 1976. H.R. -= ,CS Ordenação de mulhec~ -c.., Õj Esta questão está ce"":- -::-:: ~ algumas Igrejas - ta;:: i'. : ::::: protestantes. O A':2: 5:: representante do Va' :,,- ~ -:" :: reunião anual da Fe-:-=-s~~~ '!; dos Concílios de .S2.:e-:::~--: ton, Texas,- declar: _ - e-: _ ,~::; "Mais por razões te: :,;:::.2 :::.e gicas, as mulheres .._-:=. 50.~: das sacerdotes na ,;'S =. .::::-" Que tal não é a Ct-'O :s= = ~ ja Católica se vê :-=: -ôo-: :'2' Pontifícia Comissã: :-c de vinte membros • ::::5 :c7'S"'! nacional, concluiu : -,; : mento, por si só. ~~: ::::·S:'O s para "determinar de ':' - =- :::.:::' vez para sempre" o." =-= -.'''''' possam ser admiti:as ôo: ==.=,;'1l mesmo grupo de es:~: :2:2 credita que se a Ig-e.a :-2'dócio às mulheres - ~- .::: c::::. íntenções de Cristo :-_e~ 2.= :::::= =~ ,ntes. No censo levantado por durante nove meses e vinte diordem 'do rei Davi, cerca de os antes de Cristo, havia em JO.OOO homens de guerra, o que Jma população muito maior que (2 Sm 24.8-9). - "Ultimato" her que fuma - O presidente da ; Americana de Câncer, Dr. F. Byrd, declarou recentemencampanha contra o fumo deve sificada, e as companhias de jeveriam ser proibidas de relafumo com "saúde, beleza, boa e sexo". O pronunciamento :nado pela revelação de que meninas entre 13 e 17 anos :ando agora nos EUA, um eleento nos últimos seis anos. O fumar entre rapazes perma;is ou menos constante neste :eriodo. A propósito, sabe-se stado de Utah a incidência de :a 22% abaixo da taxa no país quisadores relacionam este fa:utro : 70% da população dae.do é mórmon, e os mórmons TI. Aqui no Brasil, o cirurgião ) r. Vilmar Ribeiro Soares, por o XIII Congresso Brasileiro de "ática, realizada alguns meses Porto Alegre, explicou que o grande causador do evelheci,coce da mulher e explica sub·nte a procura da cirurgia plásR. cf. "Ultimato" nr. 91.15. lalho dos "Gideões" torna-se ~mbém no Brasil. - Esta orgaune homens de negócios e proliberais que acreditam na Bia Palavra de Deus e em Jecomo o eterno Filho de Deus r pessoal daqueles que crêem. l':;ão Mundial dos "Gideões" realizou-se em São Francisco nia, EUA, em julho deste ano. 17 a 19 de Setembro realizar30iânia a VII Conferência Na; Gideões Brasileiros. - Tanto ;ção internacional como a do por objetivo colocar as Escrí'adas em quartos de hotéis, e de militares, estudantes, enferssidiários etc. - "Ultimato" (a- gosto 76.14) reproduz fotos impressionantes que mostram como os "Gideões" de Brasília distribuem Novos Testamentos aos 1) soldados do exército; 2) homens da Polícia Militar; 3) estudantes pré-universitários; 4) estudantes de 1.° grau; 5) presidiários e 6) à diretoria de um colégio católico. - O trabalho dos "Gideões" começou em 1899, de maneira muito modesta. Hoje, espalhados em vários países, os "Gideões", "preocupados porque o relógio de Deus está correndo", estão acelerando a difusão do Evangelhos através da distribuição de Novos Testamentos. Acabam eles de organizar o Campo de Dacar, no Senegal, onde há 2.500 quartos de hotel - o Estado de Senegal é dominado pelo Islão, com uma minoria de católicos romanos, e o Campo de Jerusalém. Na Convenção Internacional de julho levantou-se uma oferta especial para a aquisição de 636.000 Novos Testamentos para o Brasil. - Aqui o trabalho se amplia cada vez mais,. Só no ano passado os "Gideões de Brasilia" distribuiram 73.000 exemplares. Os Gideões de Natal, RN, já distribuiram mais de 160.000, desde ~ organização daquele campo. E os "Gideões" de Londrina, PR, pretendem distribuir 30. 000 Novos Testamentos em 1976. H.R. Ordenação de mulheres na Igreja. Esta questão está perturbando bastante algumas Igrejas - tanto a católica como protestantes. O Arcebispo Jan Jadot, representante do Vaticano nos EUA, na reunião anual da Federação Nacional dos Concílios de Sacerdotes, em Houston, Texas,' declarou inequivocamente: "Mais por razões teológicas que sociológicas, as mulheres nunca serão ordenadas sacerdotes na Igreja Católica." Que tal não é a última palavra na Igreja Católica se vê pelo fato de que a Pontifícia Comissão Bíblica, composta de vinte membros - todos de fama internacional, concluiu que o Novo Testamento, por si só, não parece suficiente para "determinar de forma clara de uma vez para sempre" que as mulheres não possam ser admitidas ao sacerdócio. O mesmo grupo de estudiosos também acredita que se a Igreja permitir o sacerdócio às mulheres não iria contra as intenções de Cristo. Quase ao mesmo tempo, a irmã Elizabeth Carroll, da ordem das "Religious Sisters of Mercy", recebeu uma ovação quando afirmou, numa reunião de 600 freiras em Nova York, que "nem os Evangelhos nem as doutrinas centrais da igreja excluem as mulheres do ministério ordenado". No meio protestante, as divergências são, às vezes, enormes. Há pouco tempo atrás uma pastora presbiteriana dos EUA acusou os que se opõem à ordenação de mulheres de misogenia (desprezo ou aversão às mulheres) e convidou-os ao arrependimento .. , Em compensação, Lavínia Stewart, pastora da Igreja Batista Monte Sião, em Nassau, Capital das Bahamas, foi eleita a Mulher Religiosa do ano(1975), pelos ouvintes de estação de rádio do arquipélago. Ela foi ordenada em 1971, após a morte do marido, a quem substituiu no pastorado da igreja. E a Rev. Dora Ofori-Owusu, a primeira mulher ordenada pela Igreja Presbiteriana de Ghana, na África Ocidental, acaba de aceitar um convite para trabalhar no Presbitério de Atlanta, Geórgia, na área de evangelismo e educação. - Também a Igreja Episcopal nos EUA na sua última Convenção Geral, realizada em fins de setembro na cidade de Minneapolis, Estado de Minnesota, teve muitas dificuldades de evitar, ao menos por ora, uma completa ruptura sobre a questão da ordenação de mulheres. A parte mais aberta para a Igreja Católica não aceita mulheres no ministério ordenado, enquanto a parte que se inclina para o protestantismo em geral já ordenou várias mulheres e quer que sejam confirmadas como ministros femininos ordenados. - Também aquela parte na Igreja Luterana, Sinodo de Missouri, que se reuniu na organização chamada "ELlM" está favoravelmente inclinada a aceitar mulheres no pastorado. - Sem dúvida surgirá também nas igrejas luteranas da América Latina o problema mais cedo ou mais tarde, e o assunto deve ser estudado à base do Novo Testamento. H.li. Rebelião feminina na religião judaica - É sem dúvida, uma notícia extraordinária que a Revista "Veja" na sua seção "Religião" está comentando, noticia, aliás, que se sincroniza perfeitamente com o comentário acima. A revista dá destaque ao seu comentário, 227 reproduzindo a foto de uma (notem o feminino!) rabi tendo na mão o rolo da Lei, a rabi Priesand. Notícia e comentário que seguem, merecem, de fato, também destaque para nós, os luteranos. O texto é o seguinte: "Segundo a tradição hebraica, o lugar de uma mulher judia é o lar. Por isso, nas sinagogas ortodoxas, a mulher fica segregada no balcão ou atrás das balaustradas. Não é chamada à "aliiah" (leitura da Tora, a lei mosaica) nem conta para o "minián" (serviço religioso que só se realiza com um mínimo de dez pessoas). Ela também não possui qualquer participação na cerimônia de casamento ou no encaminhamento do pedido de divórcio, bem como no serviço religioso que acompanha o nascimento de seus filhos. E, mesmo no Judaismo Reformado, que há 130 anos proclamou a igualdade feminina, a ordenação de uma primeira mulher rabi só ocorreu quatro anos atrás. A tradição admite a existência de todas essas limitações, mas explica que elas só ocorrem para assegurar a sobrevivência da fé judaica. Em outras palavras, os direitos principais da mu· Iher judaica seriam a concepção, para a continuidade de sua raça, e a educação de seus filhos como judeus praticantes. 'Depois do holocausto nazista a que fomos submetidos e do advento das modernas técnicas anticoncepcionais, essas premissas se tornaram extremamente atuais', sustenta o rabino ortodoxo Steven Riskin, de Nova York. "Necessitamos desesperadamente de mulheres que tenham uma porção de filhos. Além disso, o lar, onde são gerados novos judeus, é uma fonte de espiritulidade bem maior que a sinagoga." - O fato é que nos Estados Unidos, onde vive a maior comunidade hebraica do mundo, formada por 6 milhões de pessoas, os judeus vêm-se reproduzindo apenas vegetativamente, ou quase cada casal tem em média dois filhos. Mais ainda, muitos que nascem judeus simplesmente abandonam sua fé depois de adultos, e uma terça parte com nãojudeus. Para arrematar, um respeitável contingente de mulheres, inspirado pelo movimento feminista, trabalha inces- santemente pelos chamados "direitos religiosos . femininos". "Se as mulheres são infelizes, aí está o perigo para a sobrevivência da raça judaica", diz Ester Faber, ex-Iider da Organização Feminista Judia, de 1.500 associados. Com a finalidade expressa de conquistar tais direitos, um grupo de feministas judias está lançando nos Estados Unidos a revista "Lilith", cujo título homenageia uma mitológica figura feminina, anterior até mesmo a Eva, que teria sido, segundo a lenda, expulsa do Paraíso por reivindicar igualdade em relação ao primeiro homem, Adão. A combatividade de crescente número de feministas judias, aliás, já levou a mudanças significativas. Uma pesquisa da Assembléia Rabínica mostra, por exemplo, que 50% dos ministros do culto judaico dos Estados Unidos já estão permitindo a participação da mulher em alguns atos religiosos, inclusive no chamamento à leitura do Tora. - Com efeito, estimuladas pelo sucesso, algumas mulheres judias chegam a ultrapassar antigas tradições e criar rituais próprios. Arabi Sandy Sasso, por exemplo, da Havurah Reconstrucionista de Manhattan, acaba de escrever um serviço celebrando o nascimento de sua filha. "Havia um enorme simbolismo envolvendo o nascimento de um menino, mas pouquísima coisa em relação ao de uma menina", explica ela. Além disso, em sua busca do que chamam "espiritualidade alternativa", mulheres judias começam a se unir em grupos religiosos pouco ortodoxos, como certas comunidades independentes destinadas a estudar e a prestar culto a Deus. parte de suas irmãs de S3.fg_-: pegadas à tradição. "Devo admitir que as aç::-:5 dias feministas me parecer:- ::""l ameaça", diz, por exemplo, :2---~ berg, filiada a uma sinagoga :~ de Los Angeles. "Vejo-as o: - : tivessem tentando destrui r :...:::: críticas, as feministas judias 'católicas e protestantes, res;::- j'l estão simplesmente buscandc dade e igualdade. Mas nc: - ::~ luta, muitos judeus ortodoxos 2-~ que elas estão na verdade - -;; formas de sua fé. (Revista "Veja" 06/10,:-~ "'ª João Ferreira de Almeida ordinário Lisboeta". - Em 16!'';: ~ lescente de 14 anos, chamado ~G reira de Almeida, nascido er:- residente na Ilha de Java (Inc:-é; um folheto em espanhol !ro::_< Diferença da Cristandade da 1º'2~ mada e Romana" e se torne" ::< O rapazinho era um gênio e- j ca e, aos 17 anos, já havia to";::J;; ra o português o Novo Test2.-~ vindo-se da versão latina de :3 espanhola, da francesa e G2Casou-se com a filha de um :f!: landês, que muito o ajudo" -:;:: do holandês e do grego. G::;- É bem verdade que o movimento das feministas judias também se defronta com problemas. Das três primeiras mulheres ordenadas rabis pelo Judaismo Reformado, somente uma, Sally Príesand, por coincindência a primeira, tem o direito de fazer pregações. E os tempos também não são fáceis para a Organização Feminista Judia. Acometida por falta de dinheiro e divergências internas, o movimento viu recentemente desertar metade de sua diretoria. E tal como o movimento leigo, as feministas judias também se defrontam com resistência da 228 ~-_. ?'lte pelos chamados "direitos femininos". re- 2.S mulheres são infelizes, ai es"lgO para a sobrevivência da raca", diz Ester Faber, ex-Iider da ::ção Feminista Judia, de 1.500 JOS. Com a finalidade expressa :uistar tais direitos, um grupo de ,8 judias está lançando nos Es'lidos a revista "Lilith", cujo tí-nenageia uma mitológica figura " anterior até mesmo a Eva, que segundo a lenda, expulsa do por reivindicar igualdade em reprimeiro homem, Adão. A come de crescente número de femidias, aliás, já levou a mudanças ,vaso Uma pesquisa da Assembínica mostra, por exemplo, que ministros do culto judaico dos Unidos já estão permitindo a ~ão da mulher em alguns atos 3. inclusive no chamamento à leiTora. 3 efeito, estimuladas pelo su'gumas mulheres judias chegam lssar antigas tradições e criar róprios. A rabi Sandy Sasso, pio, da Havurah Reconstrucionislnhattan, acaba de escrever um elebrando o nascimento de sua avia um enorme simbolismo eno nascimento de um menino, quísima coisa em relação ao nenina", explica ela. Além disua busca do que chamam "esde alternativa", mulheres judias a se unir em grupos religiosos 'lodoxos, como certas comuniJependentes destinadas a estuorestar culto a Deus. 11 verdade que o movimento das judias também se defronta 'emas. Das três primeiras mu"denadas rabis pelo Judaismo :, somente uma, Sally Príesand, ;ndência a primeira, tem o diazer pregações. E os tempos ão são fáceis para a OrganiT1lnlsta Judia. Acometida por 'nheiro e divergências internas, 'lto viu recentemente desertar sua diretoria. E tal como o leigo, as feministas judias defrontam com resistência da parte de suas irmãs de sangue mais apegadas à tradição. "Devo admitir que as ações das judias feministas me parecem como uma ameaça", diz, por exemplo, Dianne Weinberg, filiada a uma sinagoga ortodoxa de Los Angeles. "Vejo-as como se estivessem tentando destruir tudo". A tais críticas, as feministas judias, tal como católicas e protestantes, respondem que estão simplesmente buscando mais liberdade e igualdade. Mas no curso desta luta, muitos judeus ortodoxos acreditam que elas estão na verdade mudando as formas de sua fé. (Revista "Veja" 06/10/76, pág. 73) João Ferreira de Almeida - "O extraordinário Lisboeta". - Em 1642, um adolescente de 14 anos, chamado João Ferreira de Almeida, nascido em Lisboa e residente na Ilha de Java (Indonésia), leu um folheto em espanhol intitulado "A Diferença da Cristandade da Igreja Reformada e Romana" e se tornou oalvinista. O rapazinho era um gênio em lingüística e, aos 17 anos, já havia traduzido para o português o Novo Testamento, servindo-se da versão latina de Beza, da espanhola, da francesa eda italiana. Casou-se com a filha de um pastor holandês, que muito o ajudou no estudo do holandês e do grego. Com a idade de 28 anos ordenou-se pastor da Igreja Reformada e foi enviado como missionário a Ceilão e à índia. Mais tarde voltou para Java e pastoreou a comunidade portuguesa de Batávia, hoje Jacarta, capital da Indonésia. Dos originais grego e hebraico, traduziu todo o Novo Testamento (1670) e quase todo o Velho Testamento (de Gênesis a Ezequiel 48.21). A impressão foi custeada pela Companhia Holandesa das índias Orientais. Um volume, da 3.a edição, impresso em Al"1lsterdam, em 1712, pode ser visto na seção de Livros Raros da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro João Ferreira de Almeida é o primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa e o autor da 32.a versão integral da Bíblia nas línguas modernas, depois da Reforma. A obra tem sido revisada várias vezes. A Sociedade Bíblica do Brasil gastou dez anos para apresentar uma edição revista e atualizada no Brasil da tradução de Almeida. É: a versão mais usada pelos evangélicos brasileiros. O extraordinário lisboeta traduziu também a liturgia das Igrejas Reformadas, o Catecismo de Heidelberg e as fábulas de Esopo (aos 44 anos). A morte o levou no dia 6 de agosto de 1691, com a idade de 63 anos. ("Ultimato", nr. 92, 15) -:0:- 229 LIVROS leonhard Goppelt: Teologia do Novo Testamento - Volume I: Jesus e a Comunidade Primitiva. - Tradução do manuscrito por Marlin Dreher. - Coedição: Editora Sinodal/Editora Vozes São Leopoldo/ Petrópolis. 1976. 300 páginas, Capa plastificada. - Cr$ 70,00. É com profunda satisfação que anunciamos a publicação dum dos mais recentes e, sem dúvida, mais importantes livros no campo da teologia neotestamentária ultimamente escrito: "Theologie des Neuen Testaments" com o subtítulo para o primeiro volume "Jesus und die Urgemeinde" de leonhard Goppeit. Goppelt, um dos teólogos luteranos que não caiu diante das ondas derrubadoras da teologia existencial, pessimista e negativista, apresenta com esta obra, numa visão magistral, a riqueza do Novo Testamento sob um aspecto novo e empolgante. Esta nossa satisfação tornajá no mesmo ano se alegria quando da publicação do original alemão - podemos ter em mão uma tradução desta obra numa linguagem fluente e nobre para a Iingua brasileira, por Martin Oreher, pastor da IECLB, baseado no manuscrito do próprio autor. A esta alegria associa-se mais uma satisfação, a saber, que a obra pode ser publicada no Brasil em coedição Editora Sinodal/Vozes e que, porisso, terá - o que certamente merece - uma divulgação realmente ampla. o Para dar aos nossos leitores oportunidade de conhecer algo mais sobre o método do autor, o conteudo da obra e seu alto objetivo, reproduzimos aqui a "Introdução", da qual infelizmente, não é mencionado o autor. Vale a pena lê-Ia: "O Novo Testamento contém as únicas tradições fidedignas a respeito da atividade de Jesus, bem como a respeito da formação básica da igreja e da sua pregação. Constitui, por isso, para todos os tempos, a base decisiva e orientadora de tudo aquilo que se designa por cristianismo e por igreja. Os escritos do Novo Testamento, no entanto, são, todos eles, palavras destl230 nadas a uma determinada situação histórica. O objetivo de uma "Teologia do Novo Testamento" é o de deduzir, de escritos isolados ou de grupos de escritos, imagens objetivas e coerentes da atividade de Jesus ou da pregação e da primeira igreja. Ela é uma disciplina de ciência neotestamentária, surgida no século XVIII. A "Teologia do Novo Testamento" é o cume do monte ao qual conduzem os difíceis caminhos da exegese neotestamentária e do qual, olhando-se para trás, a vista os pode abranger. Essa comparação evidencia que entre a exegese e. a Teologia do Novo Testamento existe uma reciprocidade. A Teologia neotestamentária nao somente coleta os resultados da exegese, mas desenvolve um panorama, ou melhor, uma visão global que, por seu torno, enriquece a exegese e, no fundo, a torna possivel. O estudo do Novo Testamento ocorre, tanto teológica como historicamente, sempre a partir do detalhe em direção ao todo e do todo em direção ao detalhe. Nas diversas exposições da "Teologia do Novo Testamento" espelham-se, mais do que nas exegeses isoladas, as posições, a orientação e as premissas dos diversos teólogos. Por isso é CII8 se apresentam nelas, com especial clareza, os problemas metódico-hermenêuticos, históricos e teológicos que nos oferecem os escritos do Novo Testamento. Nos diversos tópicos abordados evidenciar-se-ão as possibilidades de solução, discutidas na pesquisa, e suas pressuposições, e não apenas a nossa opinião. Assim o leitor participará do diálogo da pesquisa, habilitando-se a formar uma opinião própria. A "Teologia do Novo Testamento" resume, pois, os resultados teológicos da pesquisa neotestamentária. Esses resultados, e as afirmações do NT que se encontram por trás deles, somente trarão frutos para o diálogo teológico e eclesiástico da atualidade, caso as análises históricas e as premissas das quais partem se tornarem transparentes da maneira a que há pouco aludimos. Não podemos submeter a compr: :-~-i NT, de maneira estática, às :"S;; do pensamento moderno, ne- :'" 2'l! tar o homem e a socieda:e com meras recitações do NT. :) aspectos, o Novo Testamec:::- :; mem de nossos dias, deve"" ~= frontados em um diálogo cr":. diálogo tem que se realizar. e5:~:" te, entre o texto e o exege~:: ~ as disciplinas exegéticas e e e""", Somente por esse caminho é ':" e de chegar a uma compreensê.::.;; mações neotestamentárias.:e "" que se tornem compreensíve:s ::~ ti ma exigência e última pro!'"essa Compreendida desta mans"=. , logia do Novo Testamento ase" ~e sição-chave em toda a teo:;:: Sua estrutura e sua problemá'::: ; ciam-se no resumo da histÓ"=. j quisa a respeito de seu dEee- :~ to, que apresentamos a seg~' ~ lidade deste resumo é a de : 'i! respeito dos problemas bás:-:s ' tudo do Novo Testamento e = ;; da posição dos teólogos eLe :'''' , ram a esse estudo. Para:-: :e'de orientação, através de :-:- - :'''i ladas e da literatura, noss=- :;'~ tem que ser, necessariame-:= e"" ~= lica. Não é necessário :: a leitura da "Teologia tc .,: mento" na primeira página: :-::7 ;; cipiar também com a 16'."'= :7 minados temas, p.ex., c:=- : a respeito da ressurrei;ê.: Quanto mais, no ent2r':: --nomes e opiniões, tanto -=. S """c: será que se procurem 0":-'- =.: ~ sa orientação global Q~e :"'-=.----.; presenta o resumo maCe -::--:; história da teologia da :,,:'" "Ji Essa introdução é ::"~:~::: : extenso "Sumário" a'.~ _:" -'" grande riqueza do ma:e'=- :C~'e;;; obra. O livro tem, t2!'":~ - - - ~ registro de passage,",s ::: =-= que perfaz mais do q~s "- :"'~ que nos dá uma idéia ::: ,,:: =. - := tudo. - O que ainda pC::.Oo :'7" =:: tado seria um registro ::e -:-~ picos, o qual enriqt.:s,:s" S - - ~ o uso da obra; será, :8' , acrescentado ao segun:: ':: - -~ Só nos resta reCOiT:S-:"- ::~ te aos nossos leitores =- :: -: .• -= cs; 0:-: '" uma determinada situação his.:) objetivo de uma "Teologia do stamento" é o de deduzir, de 'solados ou de grupos de eslagens objetivas e coerentes da de Jesus ou da pregação e da igreja. Ela é uma disciplina de 'eotestamentária, surgida no séiL 3010gia do Novo Testamento" é do monte ao qual conduzem s caminhos da exegese neotesa e do qual, olhando-se para lista os pode abranger. Essa ·ão evidencia que entre a exe! Teologia do Novo Testamento -na reciprocidade. A Teologia ,entária nã'o somente coleta os 3 da exegese, mas desenvolve ama, ou melhor, uma visão glocor seu torno, enriquece a exeia fundo, a torna possível. O ) Novo Testamento ocorre, tanca como historicamente, semrtir do detalhe em direção ao J todo em direção ao detalhe. iversas exposições da "Teolo'ovo Testamento" espelham-se, que nas exegeses isoladas, as a orientação e as premissas 30S teólogos. Por isso é Gi!>') 1tam nelas, com especial claemblemas metódico-hermenêuti,'cos e teológicos que nos os escritos do Novo Testamento. 30S tópicos abordados evidenas possibilidades de solução, na pesquisa, e suas pressu:; não apenas a nossa opinião. ",tor participará do diálogo da habilitando-se a formar uma ópria. J,ogia do Novo Testamento" :lis, os resultados teológicos ,a neotestamentária. Esses reas afirmações do NT que se por trás deles, somente traQara o diálogo teológico e eda atualidade, caso as análi;as e as premissas das quais tornarem transparentes da que há pouco aludimos. Não podemos submeter a compreensão do NT, de maneira estática, às premissas do pensamento moderno, nem confrontar o homem e a sociedade de hoje com meras recitações_ do NT. Os dois aspectos, o Novo Têstamento e o homem de nossos dias, devem ser confrontados em um diálogo crítico. Esse diálogo tem que se realizar, especialmente, entre o texto e o exegeta, e entre as disciplinas exegéticas e sistemática. Somente por esse caminho é que se pode chegar a uma compreensão das afirmações neotestamentárias, de maneira que se tornem compreensíveis como última exigência e última promessa. Compreendida desta maneira, a Teologia do Novo Testamento assume a posição-chave em toda a teologia cristã. Sua estrutura e sua problemática evidenciam-se no resumo da história da pese quisa a respeito de seu desenvolvimento, que apresentamos a seguir. A finalidade deste resumo é a de orientar a respeito dos problemas básicos do estudo do Novo Testamento e a respeito da posição dos teólogos que se dedicaram a esse estudo. Para poder servir de orientação, através de opiniões isoladas e da literatura, nossa exposição tem que ser, necessariamente, esquemática. Não é necessário que se inic'e a leitura da "Teologia do Novo Testamento" na primeira página; pode se principiar também com a leitura de determinados temas, p.ex., com a discussão a respeito da ressurreição de Jesus. Quanto mais, no entanto, aparecerem nomes e opiniões, tanto mais necessário será que se procurem informações nessa orientação global que certamente apresenta o resumo mais importante da história da teologia da Idade Moderna .." Essa introdução é precedido por um extenso "Sumário" que nos mostra a grande riqueza do material oferecido na obra. O livro tem, também, no fim, um registro de passagens bíblicas citadas que perfaz mais do que 17 páginas, o que nos dá uma idéia do alcance do estudo. - O que ainda podia ser acrescentado seria um registro dos nomes e tópicos, o qual enriqueceria muito ainda o uso da obra; será, como é de esperar, acrescentado ao segundo volume. Só nos resta recomendar cordialmente aos nossos leitores a compra deste livro para um estudo criterioso. Tal estudo, provavelmente, nos induzirá a por pontos de interrogação aqui e acolá ao lado de algumas afirmações e formulações, estranhas à terminologia à qual, em nosso meio, estamos acostumados. Porém podemos assegurar aos nossos leitores também, que o estudo deste livro enriquecerá grandemente a nossa "bagagem teológica" e a nossa visão geral daquele instrumento divino, nos dado para nos servir em nosso ministério neste mundo: o Novo Testamento. Johannes H. Rottmann Desafio às Igrejas. - Diálogo Ecumênico em Tempos de Mudança. Patrocinado pelo Instituto de Pesquisa Ecumênica de Estrasburgo (França). Editorado por Walter Altmann e Bertholdo Weber. Editora Sinodal, São Leopoldo. 1976. Coedição Edições Loyola, São, Paulo 126 páginas, Capa plastificada-Cr$ 25,00. Este "Desafio às Igrejas" é também um desafio para nós. Merece ser estudado; merece ser estudado criteriosamente. Pode ser que entre os nossos leitores haja muitos que, com grande reserva, vão se aproximar deste "Desafio" e, aliás, com certa razão, especialmente quando se lê somente o que o subtítulo promete: Diálogo Ecumênico! - Já se tem conhecimento de tantos "diálogos ecumênicos" não só infrutíferos, mas sim, até perigosos pela inclinação a fazer concessões, pressupostas em tais "diálogos". No entanto achamos que essa coletânia nos apresenta algo novo. Já o fato de que é um livro de co-edição das Edições Loyola, de origem jesuíta, e da Editora Sinodal, com a qual a Comissão de Literatura da IELB também está trabalhando, lançando co-edições, mostra um raio de ação algo extraordinário. Além disso convém lembrar que até a Comissão de Teologia e Relações Eclesiais da Igreja Luterana-Sinodo de Missouri mantém diálogos com teólogos da Igreja Católica Romana, o que também nos demonstra que o subtítulo do livro indica algo que realmente existe, a saber "tempos de mudança". Neste sentido achamos aceitável o primeiro parágrafo da descrição na capa do livro: "O 'cenário' ecumênico é hoje muito di231 verso daquele de dez anos atrás. O que atualmente carateriza o ecumenismo é o que tem sido chamado a transconfessionalidade de posições. Quer dizer, dentro das mais diversas igrejas institucio~ nais, podem ser localizadas as mesmas tendências, os mesmos posicionamentos, as mesmas correntes, as mesmas tensões, as mesmas divergências, os mesmos conflitos." Desta maneira o conteudo pode ser visto como uma tentativa de demonstrar estas tensões e ao mesmo tempo a possibilidade de um diálogo apesar das tensões. Assim temos: 1." parte: As Igrejas e suas tensões internas - com contribuições de Prof. DI'. Gunars J. Ansons (Instituto de Pesquisa Ecumênica de Estrasburgo): O movimento ecumênico e a tensão entre correntes sócio-po! iticas e evangelicais; - Pe. Jesús Hortal, S. J. (Faculdade de Teologia Cristo Rei, São Leopoldo): Catolicismo brasileiro hodierno: posições e tendências; - Pastor DI'. Walter Altmann (Faculdade de Teologia da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, São Leopoldo): A crise de identidade eclesial e a incónformidade de Cristo; - Pastor Albérico Baeske (Pastor Regional da I Região Eclesi- ástica da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Vitória): Ecumenismo e teologia da libertação. - 2." parte: Duas Perspectivas de Ação Ecumênica com contribuições de Pe. Fernando Bastos, S. J. (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, Rio de Janeiro): A missão da Igreja hoje; - D.Mário Teixeira Gurgel, S.D.S. (Bispo de Itabira): Relações ecumênicas nas comunidades de base. 3." parte: Diálogo Teológico Católico-Lu terano: Histórico e Significado do Relatório de Malta - com contribuições de Prof. DI'. Harding Meyer (Instituto de Pesquisa Ecumênica de Estrasburgo): O diálogo católico-Iuterano internacional; Pe. Jesús Hortal, S.J. (Faculdade de Teologia Cristo Rei, São Leopoldo): O Evangelho e a Igreja perante a realidade brasileira; - Pastor DI'. Walter Altmann (Faculdade de Teologia da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, São Leopoldo): O Evangelho e a Igreja no contexto do ecumenismo brasileiro. - Essa relação do conteúdo do livro mostra seu alcance. Sem dúvida constitui este livro um enriquecimento da literatura ecumênica nessa época "de mudanças". O preço é acessível. Johannes H. Rottmann -:0:íNDICE Apresentando ARTIGOS L. pág. 169 DE FUNDO: O Cánone do Antigo Testamento - Rudi Zimmer, 169 As Traduções da Biblia - W. Kunstmann, 179 A Historicidade de Adão e Eva - P. W. Buss! A. Bessel, 184 Tradução da palavra para «alma» no A. T. - H. E. Peacock, 191 Professor Dr. Hermann Sasse, DD t - Johannes H. Rottmann, 195 DEVOCIONAL: A Imagem do Cristão - Meditação - Th-Reuter, 197 «Bem-aventurados os mansos» - Meditação - v. d. Brínk, 200 Comunhão e ação «no SenhOr» - Est. Bíblico - V. SCholz, 201 «Servo» - Estudo Biblico - Valdir Feller, 204 Uma palavra a cada um - Estudo Biblico - Arno Bessel, 206 Evangelho ... <mão segundo o homem» - Devoção - A. Schueler, 209 «Antes da fundação do mundo» - Devoção - Acír Raymann, 210 COMENT ARIOS: O Exorcísta - A. Pires da Silveira, 211 Luzes sobre o Significado da Páscoa - D. A. Reily, Só no caso de Urias - Uma «entrevista», 218 Reencarnação, 221 Médicos capitulam diante de adivinhos, 222 Brasil: 500 Milhões, 223 A Igreja no lUundo, 225 LivrOs, 230 232 215