1 Ministério da educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos Diretoria de Graduação e Educação Profissional PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Projeto de Abertura do Curso de Licenciatura em Educação do Campo Habilitações em: • Ciências Agrárias • Ciências da Natureza e Matemática. Dois Vizinhos 2010 2 Projeto de Abertura do Curso de Licenciatura em Educação do Campo Habilitações em: • Ciências Agrárias • Ciências da Natureza e Matemática. Projeto apresentado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação – COEPP pela Comissão designada por portaria nº 065 de 25 de junho de 2009 e pela Direção do Campus Dois Vizinhos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Comissão de Elaboração: Profª MSc. Vanice Schossler Sbardelotto Prof. Dr. Alfredo de Gouvêa Prof. Dr. Celso Eduardo Pereira Ramos Prof. MSc. Serinei Cesar Grigolo Dois Vizinhos 2010 2 3 ÍNDICE 1 HISTÓRICO ...................................................................................................................04 1.1 Histórico da UTFPR....................................................................................................04 1.2 Histórico do Campus Dois Vizinhos............................................................................08 2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO....................................................................................... 10 3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA.................................................................11 3.1 Concepção do curso...................................................................................................11 3.2 Justificativa e finalidades............................................................................................13 3.2.1 Introdução .................. ...........................................................................................13 3.2.2 Caracterização da Região Sudoeste do Paraná.....................................................13 3.2.3 Demanda Regional de Formação em Licenciatura em Educação do Campo ........19 3.2.4 Trajetória da Licenciatura em Educação do Campo...............................................22 3.2.5 A Demanda de Formação de Professores para o campo........................................26 3.2.6 Origem da Educação do Campo..............................................................................27 3.3 Objetivos do Curso......................................................................................................29 3.4 Competências, Habilidades e Atitudes Esperadas do Egresso .................................30 3.5 Perfil Profissional........................................................................................................31 3.6 Titulo Profissonal, Atribuções e Campo de Atuação Profisional.................................31 4 MATRIZ CURRICULAR................................................................................................32 4.1 Lógica da Organização Curricular...............................................................................33 4.2 Composição da Formação..........................................................................................34 4.2.1 Ênfases e Núcleos Formadores .................. ..........................................................38 4.3 Matriz Curricular do curso...........................................................................................40 4.4 Disciplinas por Semestre/Periodização.......................................................................41 4.5 Ementário das Disciplinas...........................................................................................65 4.7 Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório...........................................................65 4.8 Trabalho de Conclusão de Curso............................................................................ ...66 4.9 Planos de Ensino e Referências Bibliográficas...........................................................66 5 INFRA-ESTRUTURA DO CURSO................................................................................66 5.1 Instalações e Equipamentos.......................................................................................66 5.2 Biblioteca e Acervo Bibliográfico.................................................................................67 5.3 Setores de produção e pesquisa................................................................................67 5.4 Laboratórios..............................................................................................................71 6 CORPO DOCENTE ......................................................................................................74 6.1 Relação de Docentes..................................................................................................74 6.2 Relação das disciplinas/núcleos e docentes ministrantes..........................................76 ANEXOS............................................................................................................................80 ANEXO A – Regulamento acadêmico...............................................................................81 3 4 1 HISTÓRICO 1.1 HISTÓRICO DA UTFPR A instituição atualmente denominada Universidade Tecnológica Federal do Paraná iniciou suas atividades no começo do século XX, quando em 23 de setembro de 1909, através do Decreto Presidencial nº 7.566, foi institucionalizado o ensino profissionalizante no Brasil. Em 16 de janeiro de 1910, foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artífices de Curitiba, à semelhança das criadas nas capitais de outros estados da federação. O ensino ministrado era destinado, inicialmente, às camadas mais desfavorecidas e aos menores marginalizados, com cursos de ofícios como alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria. Em 1937, a Escola iniciou o ensino ginasial industrial, adequando-se à Reforma Capanema. Nesse mesmo ano, a Escola de Aprendizes Artífices passou a ser denominada de Liceu Industrial de Curitiba e começou o Ensino Primário. A partir de 1942, inicia o ensino em dois ciclos. No primeiro, havia o Ensino Industrial Básico, o de Mestria, o Artesanal e o de Aprendizagem. No segundo, o Técnico e o Pedagógico. Com essa reforma, foi instituída a Rede Federal de Instituições de Ensino Industrial e o Liceu mudou a denominação para Escola Técnica de Curitiba. Em 1943, surgem os primeiros Cursos Técnicos: Construção de Máquinas e Motores, Edificações, Desenho Técnico e Decoração de Interiores. Em 1944, é ofertado o Curso Técnico em Mecânica. Em 1946, foi firmado um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos visando ao intercâmbio de informações relativas aos métodos e à orientação educacional para o ensino industrial e ao treinamento de professores. Decorrente desse acordo criou-se a Comissão Brasileiro-Americana Industrial (CBAI), no âmbito do Ministério da Educação. Os Estados Unidos contribuíram com auxílio monetário, especialistas, equipamentos, material didático, oferecendo estágio para professores brasileiros em escolas americanas integradas à execução do Acordo. A então Escola Técnica de Curitiba tornou-se um Centro de Formação de Professores, recebendo e preparando docentes das Escolas Técnicas de todo o país, em cursos ministrados por um corpo docente composto de professores brasileiros e americanos. Em 1959, a Lei nº 3.552 reformou o ensino industrial no país. A nova legislação acabou com os vários ramos de ensino técnico existentes até então, unificando-os. Permitiu maior autonomia e descentralização da organização administrativa e trouxe uma ampliação dos conteúdos da educação geral nos cursos técnicos. A referida legislação estabeleceu, ainda, que dois dos membros do Conselho Dirigente de cada Escola Técnica deveriam ser representantes da indústria e fixou em 4 anos a duração dos cursos técnicos, denominados então cursos industriais técnicos. Por força dessa lei, a Escola Técnica de Curitiba alterou o 4 5 seu nome, à semelhança das Escolas Técnicas de outras capitais, para Escola Técnica Federal do Paraná. No final da década de 60, as Escolas Técnicas eram o "festejado modelo do novo Ensino de 2° Grau Profissionalizante", com seus alunos destacando-se no mercado de trabalho, assim como no ingresso em cursos superiores de qualidade, elevando seu conceito na sociedade. Nesse cenário, a Escola Técnica Federal do Paraná destacava-se, passando a ser referência no estado e no país. Em 1969, a Escola Técnica Federal do Paraná, juntamente com as do Rio de Janeiro e Minas Gerais, foi autorizada por força do Decreto-Lei nº 547, de 18/04/69, a ministrar cursos superiores de curta duração. Utilizando recursos de um acordo entre o Brasil e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), foram implementados três Centros de Engenharia de Operação nas três Escolas Técnicas referidas, que passaram a oferecer cursos superiores. A Escola Técnica Federal do Paraná passou a ofertar cursos de Engenharia de Operação nas áreas de Construção Civil e Eletrotécnica e Eletrônica, a partir de 1973. Cinco anos depois, em 1978, a Instituição foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR), juntamente com as Escolas Técnicas Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que também ofereciam cursos de ensino superior de curta duração. Era um novo modelo de instituição de ensino com características específicas: atuação exclusiva na área tecnológica; ensino superior como continuidade do ensino técnico de 2º Grau e diferenciado do sistema universitário; acentuação na formação especializada, levando-se em consideração tendências do mercado de trabalho e do desenvolvimento; realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços à comunidade. Essa nova situação permitiu no CEFET-PR, a implantação dos cursos superiores com duração plena: Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrotécnica, Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrônica/Telecomunicações e Curso Superior de Tecnologia em Construção Civil. Posteriormente, em 1992, passaria a ofertar Engenharia Industrial Mecânica em Curitiba e, a partir de 1996, Engenharia de Produção Civil, também em Curitiba, substituindo o curso de Tecnologia em Construção Civil, que havia sido descontinuado. Em 1988, a instituição iniciou suas atividades de pós-graduação "stricto sensu" com a criação do programa de Mestrado em Informática Industrial, oriundo de outras atividades de pesquisa e pós-graduação "lato sensu", realizadas de forma conjunta, com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), além da participação do governo do Estado do Paraná como instituição de apoio ao fomento. Mais tarde, em 1991, tendo em vista a interdisciplinaridade existente nas atividades de pesquisa do programa, que envolviam profissionais tanto nas áreas mais 5 6 ligadas à Engenharia Elétrica quanto aqueles mais voltados às áreas de Ciência da Computação, o Colegiado do Curso propôs que sua denominação passasse a ser de "Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial" (CPGEI), o que foi aprovada pelos Conselhos Superiores do CEFET-PR. A partir de 1990, participando do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico, o CEFET-PR estendeu sua ação educacional ao interior do estado do Paraná com a implantação de suas Unidades de Ensino Descentralizadas nas cidades de Medianeira, Cornélio Procópio, Ponta Grossa e Pato Branco. Em 1994, o então CEFET-PR, através de sua Unidade de Pato Branco, incorporou a Faculdade de Ciências e Humanidades daquele município. Como resultado, passou a ofertar novos cursos superiores: Agronomia, Administração, Ciências Contábeis, entre outros. No ano de 1995, foi implantada a Unidade de Campo Mourão e, em 2003, a Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos foi incorporada ao CEFET-PR, passando a ser a sétima UNED do sistema. . Em 1995, teve início o segundo Programa de Pós-Graduação "stricto sensu", o Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE), com área de concentração em Inovação Tecnológica e Educação Tecnológica, na UNED Curitiba. Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, desvincula a educação profissional da educação básica. Assim, os cursos técnicos integrados são extintos e passa a existir um novo sistema de educação profissional, ofertando cursos nos níveis básico, técnico e tecnológico, no qual os Centros Federais de Educação Tecnológica deveriam prioritariamente atuar. A partir de então, houve um redirecionamento da atuação do CEFET-PR para o Ensino Superior, prosseguindo com expansão também da Pós-Graduação, baseada num plano interno de capacitação e ampliada pela contratação de novos docentes com experiência e titulação. Devido a esta mudança legal, a UTFPR interrompe a oferta de novas turmas dos cursos técnicos integrados a partir de 1997. Este nível de ensino continuou a ser contemplado em parcerias com instituições públicas e privadas, na modalidade pós-médio. Em 1998 iniciou-se o Ensino Médio, antigo 2º grau, desvinculado do ensino profissionalizante e constituindo a etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, ministrado em regime anual. Em 1999, tiveram início os Cursos Superiores de Tecnologia, como uma nova forma de graduação plena, proposta pelo UTFPR em caráter inédito no País, com o objetivo de formar profissionais focados na inovação tecnológica. Também em 1999 o CPGEI iniciou o doutorado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial. Em fevereiro de 2001 começou a funcionar em Curitiba, com o nome de Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais um curso de mestrado, 6 7 envolvendo professores de diferentes áreas como: Física e Química e Mecânica. No ano de 2002 ocorreu a primeira defesa de dissertação do programa. Em 2003 a Unidade de Ponta Grossa passa a ofertar o mestrado em Engenharia de Produção, comprovando o crescimento da pós-graduação, juntamente com a interiorização das atividades do sistema. Na continuidade, em 2006, foi aprovado o Programa de PósGraduação em Agronomia (PPGA), em Pato Branco; em 2008, o Programa de PósGraduação em Ensino de Ciência e Tecnologia (PPGECT), em Ponta Grossa. Em 2009, a UTFPR acrescenta mais dois Programas de Pós-Graduação, um em Engenharia Elétrica (PPGEE), em Pato Branco, e outro em Engenharia Civil (PPGEC), em Curitiba. Em outubro de 2005 pela Lei Federal 11.184, O CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA tornou-se a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Os alicerces para a Universidade Tecnológica foram construídos desde a década de 70, quando a Instituição iniciou sua atuação na educação de nível superior. Assim, após sete anos de preparo e obtido o aval do Governo Federal, o Projeto de Lei n° 11.184/2005 foi sancionado pelo Presidente da República, no dia 7 de outubro de 2005, e publicado no Diário Oficial da União, em 10 de outubro de 2005, transformando o Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) em Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a primeira do Brasil. A iniciativa de pleitear junto ao Ministério da Educação a transformação teve origem na comunidade interna, pela percepção de que os indicadores acadêmicos nas suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão credenciavam a instituição a buscar a condição de Universidade Especializada, em conformidade com o disposto no Parágrafo Único do Artigo 53 da LDB. O processo de transformação do CEFET-PR em universidade pode ser subdividida em três fases principais: • A primeira fase, 1979-1988, responsável principalmente pela inserção institucional no contexto das entidades de Ensino Superior, culminando com a implantação do primeiro Programa de Mestrado; • A segunda fase, 1989-1998, marcada pela expansão geográfica e pela implantação dos Cursos Superiores de Tecnologia; • A última fase, iniciada em 1999, caracterizada pelo ajuste necessário à consolidação em um novo patamar educacional, com sua transformação em Universidade Tecnológica. Em 2006, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento dos Campi Apucarana, Londrina e Toledo, que começaram suas atividades no início de 2007, e Francisco Beltrão, em janeiro de 2008. Assim, em 2009, são 11 campi, distribuídos no Estado do Paraná. 7 8 Após a transformação em Universidade, ocorreu um processo acelerado de implantação de novos cursos de graduação. Assim, no segundo semestre letivo de 2009 foram ofertados 28 cursos de tecnologia, 24 cursos de engenharia, 5 bacharelados em outras áreas e 3 licenciaturas. Em 2009, ano de seu centenário, a UTFPR conta com 1.393 docentes, 647 técnicoadministrativos e 16.091 estudantes matriculados em cursos de Educação Profissional de Nível Técnico, de Graduação e em Programas de Pós-Graduação lato e stricto sensu, distribuídos nos 11 Campi, no Estado do Paraná. 1.2 HISTÓRICO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS A história da UTFPR Campus Dois Vizinhos é resultado de inúmeros esforços da comunidade sudoestina. Na década de 70, representantes políticos, comunitários e com apoio do conjunto da população, que mais tarde viria se constituir na Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná - AMSOP buscavam materializar a idéia de construir o que seria a primeira Escola Agrotécnica Federal (EAF) do Estado. Segundo IBGE (2007)1, o Sudoeste do Paraná conta com uma população de 565.513 (quinhentos e sessenta e cinco mil, quinhentos e treze) habitantes, economia voltada ao setor primário, composto basicamente pelo minifúndio, a exemplo do oeste catarinense e paranaense. A implantação desta Escola se tornou uma busca contínua na vida do Sudoeste do Paraná e especialmente no município de Dois Vizinhos. Em 1992, por instrução da Secretaria da Educação Média e Tecnológica - SEMTEC, do Ministério da Educação e do Desporto, Dois Vizinhos foi contemplado com a criação da Escola, emitindo para tanto, parecer favorável à aquisição de uma área com aproximadamente 200 hectares, indispensável para a viabilização do projeto, ficando evidenciado, portanto, a necessidade de uma contrapartida do Município. As exigências do MEC e as normas do Programa de Expansão do Ensino Tecnológico - PROTEC foram prontamente atendidas. Em agosto de 1993, o Município adquiriu 191,3ha de terra, deixando assim evidenciada a vontade dos munícipes em edificar a futura EAF em Dois Vizinhos. No dia 20 de dezembro de 1996, a, Prefeitura Municipal de Dois Vizinhos procedeu a inauguração das obras já realizadas. Para o funcionamento desta instituição de ensino e considerando a morosidade na criação da Autarquia Federal, proposta inicial, criou-se através de ordem Ministerial uma Unidade de Ensino Descentralizada - UNED (Portaria Ministerial 047, publicada no DOU em 1 . Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2007. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em 21/01/2008. 8 9 14.01.97), vinculada à EAF de Rio do Sul - SC, uma Autarquia Federal vinculada ao MEC/SEMTEC criada pela Lei 8.670 de 30 de junho de 1.993 e autarquizada pela Lei 8.731 de 16 de novembro de 1.993, para posterior processo de autarquização ao qual este Município concordou. Em 14 de março de 1997, procedeu-se o teste de seleção da primeira turma de alunos, para o Curso de Técnico Agrícola com habilitação em Agropecuária, a qual colou grau em maio de 2000, sendo, portanto a turma pioneira de formados desta escola. Com os novos desafios propostos pela reforma da educação, em março de 1999, no seu terceiro ano de existência, deu-se início ao primeiro curso Técnico Agrícola no sistema Pós-Médio dentro dos moldes da reforma da educação, com habilitações em Agricultura, Zootecnia e Agropecuária. A autarquização da UNED Dois Vizinhos, proposta inicial foi buscada incessantemente, mas tornava-se um sonho cada vez mais distante, visto a política implementada pelo governo federal à época, até chegar a um veredito, que não seria realizada, pela interpretação de um decreto do Ministério da Educação que proibia a criação de novas autarquias federais. A manutenção da UNED - Dois Vizinhos vinculada à EAF Rio do Sul, trazia uma série de problemas de ordem administrativa e de apoio pedagógico, já que o provisório se tornava em permanente e a distância (aproximadamente 460 km) representava uma barreira difícil de ser transposta. Diante de tal realidade, novas alternativas se buscavam para a solução destes problemas. Eis que surgiu a idéia, em meados de 2001, de a UNED - Dois Vizinhos ser incorporada pelo sistema CEFET-PR. Mais uma longa caminhada foi iniciada, com muitas dificuldades, até que a idéia foi aceita. Foi criada, então, uma comissão, com representantes de ambas as Instituições, para a elaboração de um projeto de incorporação da UNED - Dois Vizinhos ao sistema CEFET-PR. No dia 19 de novembro de 2003 foi assinado o repasse, pela Escola Agrotécnica de Rio do Sul, da Escola Agrotécnica Federal de Dois Vizinhos para o Sistema CEFET-PR, ficando vinculada administrativamente à UNED Pato Branco do sistema CEFET-PR. Criouse, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR, com sede administrativa no Campus Pato Branco. No início de 2007, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR passou a ter autonomia administrativa. 9 10 2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO • Denominação do Curso: Curso de Licenciatura em Educação do Campo; • Titulação conferida: Licenciado em Educação do Campo; • Habilitação: Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam as seguintes ênfases: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências Agrárias; • Modalidade de curso: Licenciatura; • Duração do Curso: quatro anos; a) tempo normal – 08 semestres letivos; b) tempo mínimo e máximo – conforme estabelecido no Regulamento da Organização Didático Pedagógica aplicável ao curso. • Processo Seletivo: a admissão dos alunos será feita por processo seletivo definido pela UTFPR; • Número de vagas oferecidas: 60 (sessenta) vagas; • Turnos previstos: Diurno; • Ano e semestre de início de funcionamento do Curso: 2010, segundo semestre; • Regime de Funcionamento: Regime de alternância; O Regime de Alternância é um dos elementos constitutivos deste projeto, pois garante que o estudante passe parte do tempo na Universidade e outro na comunidade de origem, escola rural. Também é um dos elementos importantes da dinâmica do curso, pois garante aos educadores do campo, a possibilidade de exercer suas atividades profissionais na sua escola ou comunidade concomitante com o seu aperfeiçoamento profissional na academia sem abandonar suas atividades de professor, sendo esta uma das metodologias que mais se aproxima com a nossa realidade e necessidade. A alternância tempo/escola e de tempo/comunidade será um dos elementos centrais da proposta pedagógica, pois mesmo com mudanças em curso no campo, a organização pedagógica do curso mantém elementos de sua especificidade, uma vez que as proposições de ensino-aprendizagem e as práticas de produção têm revelado limites que, não superam a problemática do êxodo rural. Os referenciais gerais do conhecimento histórico-cultural expresso na organização curricular serão, nesse sentido, componentes que tencionarão o modo de pensar e viver propiciados pelo cotidiano da vida e da produção, que se constituem no ponto de partida para cumprir os objetivos do ensino proposto neste projeto. A relação entre o tempo/escola e o tempo/comunidade será pedagogicamente pensada, de forma que o estudo e as reflexões, ao mesmo tempo gerem novidades no campo conceitual e operativo das práticas sociais e, na relação oposta, a vivência nas práticas políticos, sociais, culturais e produtivas gerem problemas, questões, tensões, que 10 11 serão reaproveitadas pelo processo escolar, demandando novas incursões pelo conhecimento sistematizado. Assim, o tempo em que os educadores do campo vivenciam nas suas comunidades será dedicado a um constante processo de reflexão pedagógica sobre a realidade do campo, os quais posteriormente enriquecerão o debate da etapa presencial na academia e, desta forma possibilitando uma troca de saberes, buscando superar as dicotomias entre o saber acadêmico e a realidade da vida no campo. As atividades de alternância serão determinadas por períodos alternados de 15 dias na escola/comunidade de origem e 6 dias no Campus Dois Vizinhos da UTFPR. Após o período presencial os alunos receberão atividades pedagógicas para serem desenvolvidas nas suas escolas e/ou comunidades. 11 12 3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 3.1 CONCEPÇÃO DO CURSO A presente proposta de implementação de um Curso de Graduação - Licenciatura em Educação do Campo atende à demanda formulada pelo Ministério da Educação, por meio do Edital n° 9, de 29 de abril de 2009. A Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos, em consonância com as entidades representativas do segmento agrário e educacional do sudoeste do Paraná, teve neste edital a oportunidade de oferta da sua primeira turma nesta modalidade de curso. “O projeto de oferta do Curso de Licenciatura em Educação do Campo” foi elaborado e submetido e, tendo sido aprovado pelo MEC, busca-se pelo presente a aprovação junto às instâncias internas da UTFPR. O Curso tem como objeto a escola de Educação Básica do Campo, com ênfase na construção da organização escolar e do trabalho pedagógico para os anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Pretende formar e habilitar profissionais para atuar na educação fundamental e média nas escolas do campo, jovens pertencentes às comunidades do campo que tenham concluído o Ensino Médio e/ou pessoas que estejam atuando em outras atividades educativas não escolares junto às populações do campo. O curso tem a intenção de preparar educadores para uma atuação profissional que vai além da docência, dando conta da gestão dos processos educativos que acontecem na escola e no seu entorno. Simultaneamente, o curso pretende contribuir para a construção coletiva de um projeto de formação de educadores que sirva como referência prática para políticas e pedagogias de Educação do Campo. Dessa forma, insere-se num esforço de afirmação da Educação do Campo como política pública, em um processo de construção de um sistema público de educação para as escolas do campo. A matriz curricular desenvolve uma estratégia multidisciplinar de trabalho docente, organizando os componentes curriculares em quatro áreas do conhecimento: Linguagens (expressão oral e escrita em Língua Portuguesa, Artes, Literatura); Ciências Humanas e Sociais; Ciências da Natureza e Matemática, e Ciências Agrárias. A presente proposta oferecerá aos estudantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, a opção de escolha de habilitação em uma destas áreas: Ciências da Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias. Cada estudante poderá optar pela habilitação em uma delas, na qual será certificado. Assim, será ofertada uma turma com duas habilitações. A organização curricular prevê etapas presenciais (equivalentes a semestres de cursos regulares) em regime de alternância entre Tempo/Espaço Escola-Curso e Tempo/Espaço Comunidade-Escola do Campo, tendo em vista a articulação intrínseca entre 12 13 educação e a realidade específica das populações do campo, bem como a necessidade de facilitar o acesso e a permanência no curso dos professores em exercício, ou seja, evitar que o ingresso de jovens e adultos na educação superior reforce a alternativa de deixar de viver no campo. Entende-se por Tempo-Escola os períodos intensivos de formação presencial no campus universitário e, por Tempo-Comunidade, os períodos intensivos de formação presencial nas comunidades camponesas, com a realização de práticas pedagógicas orientadas. A carga horária total prevista é de 3960 horas/aula, integralizadas em oito etapas (semestres) presenciais de curso. De acordo com a intenção da proposta do MEC, que estimula a parceria das IES, com entidades educacionais com atuação na formação de educadores e junto às populações do campo e suas organizações, o curso será implementado mediante a parceria entre as seguintes organizações: a) do campo: ACESI/FETRAF – Associação Centro de Educação Sindical da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar; INFOCOS – Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário; ARCAFAR – Associação das Casas Familiares Rurais; ASSESOAR – Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural; CAPA – Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor; SisCOOPAFI – Sistema das Cooperativas da Agricultura Familiar Integradas; SisCLAF – Sistema das Cooperativas de Leite da Agricultura Familiar; CRESOL/BASER – Base das Cooperativas de Crédito com Interação Solidária; AFASP – Associação das Agroindústrias Familiares do Sudoeste do Paraná; MAB – movimento de Atingidos por Barragens; MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Cooperiguaçu – Cooperativa Iguaçu de Prestação de Serviços. b) instituições governamentais que se articulam em torno do território: ACAMSOP – Associação das Câmaras de Vereadores do Sudoeste do Paraná; AMSOP – Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná; ASSEC – Associação dos Secretários Municipais de Agricultura da Região de Pato Branco; ASSEMA – Associação dos Secretários Municipais de Agricultura e Meio Ambiente da Região de Francisco Beltrão; EMATER – Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural; Escolas Agrotécnicas, representadas pela Escola Agrícola Francisco Beltrão; IAP – Instituto Ambiental do Paraná; IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná; INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária; SEAB – Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento; UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – campus de Francisco Beltrão; UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – campi de Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão. Ainda de acordo com a proposição do MEC, a realização do curso dar-se-á através da organização de turma específica, composta a partir de demandas identificadas pelas 13 14 instituições parceiras, de modo a favorecer uma formação identitária de turma e a gestão coletiva do processo pedagógico. Será realizada seleção específica, cujos critérios e instrumentos atenderão ao caráter de ação afirmativa desta proposição com prioridade a ser dada aos professores em exercício nas escolas do campo. 3.2 JUSTIFICATIVA E FINALIDADES 3.2.1 Introdução A demanda por educação no campo na região sudoeste vem sendo amplamente debatida por diversos movimentos sociais, universidades e população do campo. Desta forma, para caracterizar a demanda e justificar a proposição do curso, faz-se necessário apresentar a região e a discussão que se desenvolve nela em torno da educação do campo. 3.2.2 Caracterização da Região Sudoeste do Paraná Esta caracterização foi elaborada pelo grupo gestor do território sudoeste do Paraná, de onde se extraem os elementos que localizam a importância da educação do campo para o território. A utilização desta produção é fundamental para entender o contexto em que o presente curso nasceu e foi sendo demandado, a ponto que a inserção da UTFPR neste contexto, a credencia apresentar este projeto. Contextualizamos aqui a realidade demográfica, sócio-econômica e ambiental do território do Sudoeste do Paraná. A região está localizada no Terceiro Planalto Paranaense e compreende uma área de 17.043 km2 de extensão, que representa cerca de 8% do território estadual. Abrange 42 municípios situados entre a margem esquerda do rio Iguaçu e a divisa com a região Oeste de Santa Catarina. Os municípios que, atualmente, integram o território do Sudoeste são os seguintes, por ordem alfabética: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu, Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Coronel Vivida, Cruzeiro do Iguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Francisco Beltrão, Flor da Serra do Sul, Honório Serpa, Itapejara do Oeste, Manfrinópolis, Mangueirinha, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, Palmas, Pato Branco, Pérola do Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita, Renascença, Realeza, Salgado Filho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São João, São Jorge do Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê e Vitorino. 14 15 A população do território do Sudoeste, em 2000, totalizava 557.380 habitantes, sendo que 60,6% localizavam-se nas áreas urbanas e 39,4% nas zonas rurais, segundo a classificação adotada pelo Censo Demográfico do IBGE. Analisando-se esses dados numa perspectiva histórica, de 1970 a 2000, pode-se perceber o movimento migratório que ocorreu na região ao longo desse período, pois, na década de 1970, a população rural representava 82% do total. Quadro 1: Distribuição relativa da população rural e urbana, entre 1970 e 2000 Área 1970 1980 1991 2000 2000* Rural 82,0 68,0 52,5 39,4 47,1 Urbana 18,0 32,0 47,5 60,6 52,9 Fonte: IBGE. Censo Demográfico (1970, 1980, 1991, 2000). * Desconsiderando os dados relativos aos municípios de Francisco Beltrão e Pato Branco. Levando em consideração os dados apresentados no Quadro 2, pode-se verificar que 22 municípios possuem mais da metade da população nas áreas rurais e 32 apresentam taxas de urbanização abaixo da média regional, ou seja, menor que 60,6%. Essas informações apontam para a permanência do caráter eminentemente rural dessa região, ainda que uma importante parcela dos municípios apresente índices mais altos de concentração da população em áreas urbanas. Quadro 2. Distribuição da população total, urbana e rural nos municípios do território do Sudoeste do Paraná, em 2000 Município Ampére Barracão Bela Vista da Caroba Boa Esperança do Iguaçu Bom Jesus do Sul Bom Sucesso do Sul Capanema Chopinzinho Clevelândia Coronel Domingos Soares Coronel Vivida Cruzeiro do Iguaçu Dois Vizinhos Enéas Marques Flor da Serra do Sul Francisco Beltrão Honório Serpa Itapejara do Oeste Manfrinópolis Mangueirinha Mariópolis Marmeleiro População Total População Urbana Nº % 15.623 10.403 66,59 9.271 5.825 62,83 4.503 757 16,81 3.107 564 18,15 4.154 382 9,20 3.329 1.307 39,26 18.239 9.311 51,05 20.543 10.529 51,25 18.338 14.814 80,78 7.004 797 11,38 23.306 14.732 63,21 4.394 2.214 50,39 31.986 22.382 69,97 6.382 1.250 19,59 5.059 590 11,66 67.132 54.831 81,68 6.896 1.443 20,93 9.162 4.961 54,15 3.802 448 11,78 17.760 6.460 36,37 6.017 3.771 62,67 13.665 7.168 52,46 População Rural Nº % 5.220 33,41 3.446 37,17 3.746 83,19 2.543 81,85 3.772 90,80 2.085 62,63 8.928 48,95 10.014 48,75 3.524 19,22 6.207 88,62 8.574 36,79 2.180 49,61 9.604 30,03 5.132 80,41 4.469 88,34 12.301 18,32 5.453 79,07 4.201 45,85 3.354 88,22 11.310 63,68 2.246 37,33 6.497 47,54 15 16 Nova Esperança do Sudoeste 5.258 Nova Prata do Iguaçu 10.397 Palmas 34.819 Pato Branco 62.234 Pérola do Oeste 7.354 Pinhal do São Bento 2.560 Planalto 14.122 Pranchita 6.260 Realeza 16.023 Renascença 6.959 Salgado Filho 5.338 Salto do Lontra 12.757 Santa Isabel do Oeste 11.711 Santo Antônio do Sudoeste 17.870 São João 11.207 São Jorge do Oeste 9.307 Saudades do Iguaçu 4.608 Sulina 3.918 Verê 8.721 Vitorino 6.285 Sudoeste Total 557.380 Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2000. 1.224 5.311 31.411 56.805 2.720 737 4.814 3.160 9.951 2.928 2.158 5.602 5.695 10.814 5.788 4.511 1.987 1.195 3.029 3.190 337.969 23,28 51,08 90,21 91,28 36,99 28,79 34,09 50,48 62,10 42,08 40,43 43,91 48,63 60,51 51,65 48,47 43,12 30,50 34,73 50,76 60,63 4.034 5.086 3.408 5.429 4.634 1.823 9.308 3.100 6.072 4.031 3.180 7.155 6.016 7.056 5.419 4.796 2.621 2.723 5.692 3.095 219.484 76,72 48,92 9,79 8,72 63,01 71,21 65,91 49,52 37,90 57,92 59,57 56,09 51,37 39,49 48,35 51,53 56,88 69,50 65,27 49,24 39,37 O IDH do Sudoeste (0,760) situava-se abaixo do IDH do Paraná (0,787) e mais distante ainda quando comparado ao IDH nacional (0,792), no ano 2000. O Sudoeste só possuía um indicador superior à média brasileira e paranaense: a longevidade das pessoas do Sudoeste alcançava 0,775, contra 0,741 (Brasil) e 0,747 (Paraná). Nos demais indicadores os valores de referência encontram-se abaixo das médias estadual e nacional. A variável renda per capita (0,653) é a que mais se distanciava das posições ocupadas pelo Paraná (0,736) e do Brasil (0,763), demonstrando que a renda regional encontra-se num patamar bem inferior: 16 municípios apresentam um IDH abaixo do IDH do Sudoeste. Comparando-se o IDH-Municipal com o IDH do Paraná, observa-se que 18 municípios possuem indicadores inferiores ao do estado. Analisando-se o ranking das posições de cada município, percebe-se que sete localizam-se entre os 50 mais bem colocados e apenas cinco entre as cem posições mais baixas (Bom Jesus do Sul, Coronel Domingos Soares, Honório Serpa, Manfrinópolis e Pinhal do São Bento). O Sudoeste do Paraná, comparado as outras regiões do interior do país, caracterizase por ser uma região de ocupação relativamente recente, visto que só a partir das últimas seis décadas iniciou a formação dos primeiros núcleos urbanos, estabelecendo, assim, um processo mais intenso de dinamização das atividades econômicas, em particular daquelas relacionadas à agropecuária. No decorrer desse período, e principalmente com a implementação do modelo de modernização agrícola conservadora, a partir de fins da década de 1960, o papel das atividades agrícolas tem desempenhado um lugar central na estrutura econômica regional. 16 17 Num panorama mais geral, o Sudoeste abriga 8 unidades de abate e processamento de aves, 30 laticínios, 23 frigoríficos para abate e processamento de suínos e bovinos, 8 empresas ligadas à produção de ração animal, em especial para aves, 101 serrarias (desdobramento de madeira), 34 estabelecimentos para a produção de lâminas e chapas de madeira, dentre outros empreendimentos que estabelecem uma relação direta com as atividades agropecuárias. Porém, é importante ressaltar que uma parcela das empresas ligadas aos segmentos de siderurgia, metalúrgica e usinagem de metal (48), de ferramentas, ferragens, funilaria e cutelaria (43) e embalagens plásticas (7) possui uma relação com as demandas do setor agropecuário (IPARDES, 2004, p. 85). Nesse mesmo estudo realizado pelo IPARDES, é possível recuperar também elementos importantes para se entender a dinâmica do mercado de trabalho da Mesorregião Sudoeste. A população economicamente ativa dessa região, em 2000, é de, aproximadamente, 243.000 pessoas, sendo que 94.000 (42,1%) encontram-se ocupadas nas atividades agropecuárias ou de extração florestal. É importante ressaltar que 30 dos 37 municípios que compõem a Mesorregião Sudoeste do IBGE possuem uma extrema dependência das atividades agropecuárias, na medida em que respondem por 40% ou mais da população ocupada nesse setor (IPARDES, 2004, 59-60). Segundo o IBGE (1996), na estrutura fundiária no sudoeste do Paraná há o predomínio de pequenos estabelecimentos. Dos mais de 50 mil estabelecimentos rurais da região, 90% possuem áreas inferiores a 50 hectares e ocupam 46% da área. Especificamente na microrregião de Francisco Beltrão, onde se situam a grande maioria dos municípios, cerca de 95% dos estabelecimentos tem área inferior a 50 ha, que conjuntamente ocupam 75% da área. No levantamento que está sendo realizado pelo Departamento de Estudos SócioEconômicos Rurais (DESER), no âmbito do projeto Diversificação das Áreas Produtoras de Tabaco na Região Sul, levando em consideração 40 dos 42 municípios do Sudoeste2, observa-se que em 12 municípios a combinação entre soja-milho-leite representa o sistema de produção dominante nos estabelecimentos rurais3. Mas é comum também que, pelo menos, dois deles se articulem a um terceiro produto (ovos, suínos, frangos, fumo) e formem um novo sistema (soja-ovos-milho, soja-leite-suínos, milho-leite-soja etc.). Essas situações específicas ocorrem em 34 municípios, demonstrando a efetiva importância desses produtos na composição do VBP da agropecuária do território do Sudoeste. Em função da evolução histórica acima apresentada, o território do Sudoeste apresenta uma grande diversidade de instituições e organizações sociais. 2 A ausência de dois municípios (Bela Vista da Caroba e Palmas) desse banco de dados justifica-se em função de não produzirem fumo em suas terras. 3 Analisando-se as informações referentes aos três principais produtos na composição do VBP Agropecuário dos municípios, verifica-se que soja e leite, cada um, são citados em 29 municípios e o milho aparece em 27. 17 18 De um lado, da perspectiva do Estado e de seus organismos governamentais, verifica-se uma lenta tendência de retomada de seu papel como indutor dos processos de desenvolvimento econômico. Essa tendência difere da lógica que embasou a concepção do Estado Mínimo, provocando um violento desaparelhamento dos órgãos e das políticas governamentais voltados para a agricultura familiar. Os efeitos desses processos foram sentidos diretamente pelos produtores familiares na redução dos serviços públicos de assistência técnica e extensão rural, no desaparecimento de diversos instrumentos de política agrícola e na ausência de programas de infra-estrutura social para as áreas rurais dos municípios (moradia, saneamento, estradas, energia elétrica, lazer, educação, saúde, dentre outros). As estruturas institucionais disponíveis nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) da região Sudoeste possuem grandes fragilidades para atender às demandas imediatas da agricultura familiar e do desenvolvimento rural, particularmente no que diz respeito à falta de profissionais qualificados para atuar de acordo com os princípios da sustentabilidade e de infra-estrutura física e de recursos financeiros para desempenhar os serviços públicos essenciais às populações rurais. Por sua vez, ao se olhar para o território do Sudoeste do ponto de vista das organizações sociais, é possível constatar uma tendência de expansão e diversificação das formas de organização coletiva dos produtores familiares (sindicatos, movimentos sociais, associações de produção, agroindústrias, cooperativas de crédito, de produção e de comercialização, entidades de assessoria técnica, redes de cooperação, dentre outras), transformando-os em sujeitos sociais para intervir nesse contexto. Essas novas institucionalidades foram criadas como fruto do avanço dos processos sociais que exigem estruturas organizativas adequadas para responder aos desafios colocados pela realidade e também das capacidades acumuladas regionalmente que permitem forjar essas inovações organizacionais. Esse processo tem contribuído para o crescimento da visibilidade e da expressão social e política da agricultura familiar nessas regiões, tornando-a um personagem central na implementação de ações voltadas para a conformação de um projeto de desenvolvimento sustentável. A constituição desses espaços organizativos resulta também do processo de mudanças verificado no meio rural e, em especial, no setor agrícola da região Sudoeste. Diante do contexto de implementação de um modelo de desenvolvimento socialmente excludente, economicamente concentrador de riquezas e de terras e ambientalmente insustentável, a agricultura familiar adquiriu um maior grau de complexificação social, econômica, política e cultural. A partir de meados da década de 1990, a nova realidade imposta pela inserção dependente do país no processo de globalização forçou os 18 19 segmentos familiares rurais a se posicionarem de forma mais propositiva no cenário da disputa dos interesses econômicos. Essa situação é derivada da conjugação de fatores externos e internos. De um lado, para enfrentar os dilemas colocados pela realidade macro-econômica na qual está inserida, torna-se necessário que a agricultura familiar esteja mais organizada para defender seus interesses estratégicos e imediatos, bem como para melhor se posicionar num mercado oligopolizado e competitivo. Nesse sentido, o contexto global impulsiona-a a construir organizações sociais e redes que respondam à complexidade dessa nova situação histórica. Criaram-se também movimentos sociais de mulheres agricultoras, de sem terra e de atingidos por barragens, associações e cooperativas de produção, cooperativas de crédito solidário, organizações não-governamentais, redes de comercialização e certificação de produtos agroecológicos. Nesse contexto, surgiram também espaços coletivos de gestão territorial do desenvolvimento, a exemplo do Grupo Gestor do Território do Sudoeste do Paraná e do Fórum da Mesorregião Grande Fronteira Mercosul, visando priorizar e implementar políticas de desenvolvimento a partir de uma perspectiva territorial e não apenas políticas públicas setoriais. A capacidade da agricultura familiar para constituir, particularmente ao longo das duas últimas décadas, uma diversidade de institucionalidades organizacionais demonstra não só a sua capacidade de resistência política, econômica, social e cultural aos processos globais em curso na sociedade. Reflete também a capacidade desses setores de responder aos desafios derivados de sua inserção subordinada no atual modelo hegemônico de desenvolvimento, apresentando uma pluralidade de alternativas capaz de gerar um posicionamento mais dinâmico nos novos contextos que se abrem pela luta social. Transformar reivindicações coletivas em políticas públicas, desenvolver iniciativas inovadoras para a construção de um modelo tecnológico fundado na sustentabilidade e em formas de cooperação, ampliar o acesso aos direitos sociais, fortalecer espaços de participação cidadã e instituir relações humanas baseadas na eqüidade social tem sido uma constante. Nesse momento, diante das duas tendências acima apontadas (retomada do papel indutor do Estado nos processos de desenvolvimento rural e expansão/diversificação das organizações sociais da agricultura familiar), ambos setores tem percebido a urgência de se colocar na agenda política das principais instituições governamentais e organizações de representação dos interesses coletivos da agricultura familiar da região Sudoeste do Paraná a necessidade de se concretizar uma articulação democrática capaz de abarcar essa multiplicidade de institucionalidades. A conformação desse campo busca o fortalecimento dos laços de cooperação recíproca e solidária entre forças sociais que ocupam diferentes posições nesse cenário, mas que podem compartilhar de um objetivo estratégico comum. 19 20 Além disso, visa fortalecer a agricultura familiar enquanto uma estratégia imprescindível para a construção de um projeto sustentável, solidário e democrático de desenvolvimento no meio rural. Portanto, a diversidade e a multiplicidade desses complexos processos sociais ainda em construção devem ser potencializadas, sem que se criem mecanismos hierarquizados e verticalizados que inibam as iniciativas inovadoras ou ainda que reproduzam a histórica fragmentação das ações voltadas para o desenvolvimento. 3.2.3 Demanda regional de formação em Licenciatura em Educação do Campo Resgatando dados apresentados no quadro 1, destaca-se o fato de 47,1% da população pertencentes ao território do sudoeste4 vive no campo, explicitando a necessidade de investimentos e esforços governamentais pela melhoria da qualidade de vida dessas populações. Acrescido a esse fato os Núcleos Regionais de Educação de Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos apresentam juntos 105 escolas do campo que, potencialmente, demandam professores com formação específica em Educação do Campo para adequar os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas às Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, tendo em vista que todos os professores que atuam nestas escolas possuem formação adequada para a docência da Educação Básica, ou estão em fase de qualificação, porém sem a adequação à realidade do campo. Observou-se que no Núcleo Regional de Educação de Pato Branco, existem atualmente 28 escolas do campo; atuam nestas escolas um total de 420 professores e apenas 7 deles residem próximo aos estabelecimentos onde atuam, os demais se deslocam das sedes dos municípios para as escolas do campo. A mesma realidade observa-se no Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos, que conta com 19 escolas do campo, com 246 professores, sendo que todos deslocam-se das sedes dos municípios para as escolas do campo. No Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, existem 48 escolas, com 596 professores e 494 se deslocam para as escolas do campo. Esta realidade ocasiona problemas de diferentes naturezas: em períodos de chuvas, os professores não conseguem se deslocar, e muitas escolas ficam sem aulas por vários dias no ano letivo; como o deslocamento para as escolas do campo é difícil para os professores, muitos deles solicitam remoção para escolas urbanas, sempre que possível, assim ocorre uma grande rotatividade de professores nas escolas do campo e, o que consideramos de maior relevância, é que pelo fato de os professores que atuam nestas escolas não terem a vivência da realidade do campo, das suas características e 4 Excetuando os municípios de Pato Branco e Francisco Beltrão. 20 21 necessidades, os Projetos Políticos Pedagógicos destas escolas não contemplam a educação do campo em seus marcos situacionais, operacionais e conceituais. Apenas uma escola do Núcleo Regional de Dois Vizinhos, o Colégio Estadual São Francisco do Bandeira, desenvolve uma experiência de educação do campo em parceria com o Projeto Vida na Roça e seu PPP contempla as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Assim, o projeto ora apresentado, visa formar professores, a médio e longo prazo para a atuação nestas escolas; formar professores que tenham a vivência do campo articulada com o processo de escolarização, formação e certificação, pretendido com a escola formal, assim como, fortalecer as escolas do campo, com professores que sejam da própria comunidade onde a escola está inserida, refletindo sobre as necessidades e adequando os currículos às características específicas destas escolas. Como público alvo, destina-se à jovens do campo que concluíram e que estão em fase de conclusão do Ensino Médio nestas escolas do campo. Quadro 3. Escolas do Campo dos Núcleos de Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos. Município – NRE Pato Branco ESCOLA/COLÉGIO Bom Sucesso E.E.Colônia Paraíso Chopinzinho C.E.João Paulo I C.E.Cely Tereza Grezzana C.E.Santa Inês E.E.Linha Aparecida E.E.São Luiz C.E.Orestes Tonet E.E.Gleci R.Zanchett E.E.Jupira Bondervalle E.E. Monteiro Lobato E.E.Cândido Rossoni C.E.Castelo Branco E.E.Duque de Caxias CE.do Núcleo Santa Lúcia E.E.Carlos Gomes Clevelândia Cel.Domingos Soares Cel.Vivida Itapejara do Oeste Mangueirinha C.E.Vilma dos S. Dissenha E.E.André G. Sobral E.E.Conceição Almeida E.E.Valêncio Dias E.E.Dorival Cordeiro Palmas C.E.Rural Paulo Freire Pato Branco C.E.Bairro São Roque E.E.Frei Ceciliano E.E.N.Sª.do Carmo C.E.São Luís E.E.Dois Irmãos E.E.José de Anchieta E.E.D.Pedro I São João 21 22 Boa Esperança do Iguaçu Município – NRE Dois Vizinhos 5 C. E. Boa Esperança do Iguaçu Cruzeiro do Iguaçu E E Canoas - E Fund E E Irma Celestina Maria Dois Vizinhos E E Gernano Stledile. E E Linha Conrado C E São Francisco do Bandeira E E Barra Bonita - E Fun E E Rio Gavião - E Fund. Nova Esperança do Sudoeste Nova Prata do Iguaçu Salto do Lontra São Jorge D'Oeste Ampére Barracão Bom Jesus do Sul Capanema Enéas Marques E E Cecília Meireles - E Fund. E E De Barra do Lontra E E Prof. José Luiz PEdroso E E De Linha Boeira E E Nosso Senhor do Bonfim E E De Pinhal da Várzea E E De Sede da Luz E E De Iolopolis E E Nova Sant’Ana E E Pio X Município – NRE Francisco Beltrão E E Água Boa Vista E E Pe. Antônio Vieira E E Nossa Senhora Aparecida E E De Varem Bonita E E E Padre Anchieta E E São Roque E E Sen. Teotonio Vilela C E Santo Emílio E E Albino J. Calcagnotto E E Tanredo Neves E E XV de Novembro E E Castelo Branco E E – Duas Barras E E De Pinheiro E E Rui Barbosa E E Antônio Francisco Lisboa E E Pinhalzinho E E De Vista Alegre Flor da Serra do Sul Francisco Beltrão E De Tatetos Assentamento Missões E E Arnaldo Fávero Busato Manfrinopolis Marmeleiro Perola E E Rui Barbosa C E Bom Jesus E E Esquina Gaúcha E E Castelo Branco E E Sagrada Família E E Duque de Caxias E E Irmão Miguel E E São Valério E E Barra do Rio Branco E E Vista Gaucha Planalto Pranchita 5 Único colégio de Ensino Fundamental e Médio do município. 22 23 Realeza C E De Flor da Serra E E De Saltinho Salgado Filho Santa Isabel do Oeste E E Duque de Caxias E E Anunciação E E Jacutinga E E Nova Estrela E E São Judas Tadeu E E São Pedro Santo Antonio do Sudoeste E E Marques do Herval E E Km 10 E E Nova Riqueza E E Dom Pedro II E E Rodolfo G. da Silva E E Rui Barbosa E E Tancredo Neves E E Deodoro da Fonseca E E Regente Feijó Verê Estes dados apontam para a grande significância da educação no campo na região sudoeste do Paraná. Pode-se constatar também que 14 destas escolas oferecem além dos anos finais do ensino fundamental, o ensino médio, indicando o público alvo para a Licenciatura em Educação no Campo. 3.2.4 Trajetória da Licenciatura em Educação do Campo O marco inicial desse processo, que culmina com a proposição da primeira Turma de Licenciatura em Educação do Campo, tem início já na II Conferência Estadual por uma Educação Básica do Campo, realizada em Porto Barreiro-PR, de 02 a 05 de novembro de 2000. Neste seminário a região começou a discutir, com as entidades que participavam da “Articulação Paranaense por Uma Educação do Campo” a necessidade de uma nova forma de compreender e fazer a educação, desde as necessidades e anseios dos povos do campo. Esses povos, formados pelos agricultores familiares, camponeses, acampados, assentados da Reforma Agrária, do Movimento dos Atingidos por Barragens entre outros, possuem uma identidade, lutam para que a educação seja pensada reconhecendo suas especificidades e a maneira própria de conceber O mundo, o modo próprio de vida. O Movimento pela Educação do Campo ganha força com a Articulação Paranaense, a qual, dentro outras ações assumiu o papel de reunir as demandas de formação expressas pelas diferentes representações que faziam parte da mesma, encaminhando-as à espaços educacionais que se propunham acolhe-las. Dentre elas, a Escola Técnica Federal do Rio Sul – Unidade de Dois Vizinhos, hoje UTFPR, foi um dos primeiros espaços que veio colocar-se em diálogo com estas proposições. O Curso Técnico Profissionalizante em Desenvolvimento Sustentável e Agroecologia, desenvolvido entre os anos de 2002-2003 foi 23 24 uma das primeiras experiências desenvolvidas com este caráter. Este curso foi protagonista, gerando a multiplicação da mesma modalidade em outras Universidades. Esta nova forma de conceber a formação em parceria com os Movimentos Sociais levam o Campus Dois Vizinhos da UTFPR, avançar em outra importante referência de desenvolvimento da região, o Projeto Vida na Roça – PVR6. Uma experiência que pode ser considerada síntese de um aprendizado histórico das organizações da população do campo e constitui-se como método de conceber e gerir o Desenvolvimento multidimensional7, trazendo para um mesmo espaço, além das formas organizadas da população, os órgãos de governo e universidades. O PVR fundamenta-se no princípio de que o ser humano é um ser de trabalho que se constrói nas relações sociais e de que, independentemente de seu lugar social, toma decisões, cria, transforma e age de forma coletiva e organizadora na defesa de seus interesses de classe. A partir desta concepção, todas as ações realizadas na comunidade buscam consolidar uma nova forma de organização local com autonomia e respeito às diversidades. A participação das pessoas (crianças, jovens, idosos, mulheres e homens) na elaboração, execução e avaliação dos projetos, possibilita que as mesmas tenham o controle, interno e externo, tanto no processo como no produto, gerando ações e proposições para os espaços públicos e formativos. Desta forma, as pessoas vão construindo um projeto de desenvolvimento que não se reduz às atividades econômicas isoladas, fragmentadas ou de dependência. Ao contrário, a concepção de desenvolvimento busca dar conta da totalidade da existência humana, envolvendo os aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais, construída tanto na educação formal como na educação não formal, imprescindível para ir atingindo novos níveis nas diferentes formas de organização. Este projeto aposta no fortalecimento da capacidade organizativa da população do campo e suas comunidades em, coletivamente, estudar sua situação no contexto da sociedade, identificar os principais desafios estabelecendo as prioridades de ação, negociar os aportes das políticas públicas e contribuir de forma permanente nos rumos e na gestão 6 As discussões em torno da implantação do projeto Vida na Roça (PVR) em Dois Vizinhos ocorreram entre os representantes da agricultura Familiar e da Prefeitura Municipal de Dois vizinhos, da Assesoar e da UNIOESTE, escola Técnica Federal do Rio Sul – Unidade de Dois Vizinhos,na sede da Assesoar, em Francisco Beltrão. Os primeiros contatos com o Projeto Vida na Roça se deram em setembro de 2001, quando aconteceu a I Conferência Regional de Educação do Campo em Dois Vizinhos, onde se discutiu a relação entre Educação Pública do Campo e desenvolvimento. Com o fortalecimento do debate através da Conferência, as entidades da Agricultura Familiar de Dois Vizinhos e Prefeitura Municipal re-animam o debate que, além da decisão política, acabou aceitando o desafio de colocar em prática as primeiras ações. 7 O PVR tem o diferencial de construir processos de desenvolvimento procurando abranger as múltiplas dimensões, tais como: educação, saúde, saneamento, cultura, gênero e gerações, produção e renda, dentre outras demandas que possam emergir. Neste sentido, “democratizar o poder, construir hegemonia popular, sacudir o imobilismo, superar a impotência criada por práticas clientelistas e fragmentadas, tão comumente usadas na política, canalizar e focalizar esforços em nome de um projeto coletivo, e acima de tudo, permitir que 24 25 de seus projetos de vida. O Campus Dois Vizinhos da UTFPR assumiu esta dinâmica e sistematicamente acompanhou e contribui com o processo, especialmente na dimensão de educação. Nesta dimensão, envolveu-se significativamente com a escola pública do campo de abrangência das comunidades do Projeto Vida na Roça, a qual tem desenvolvido uma proposta pedagógica inovadora que integra ações práticas na perspectiva da agroecologia, junto ao currículo da escola. No Sudoeste do Paraná, para coordenar esse debate foi organizada a Articulação Sudoeste “Por Uma Educação do Campo”, formada pelas organizações, entidades e movimentos populares, preocupados com a causa da educação, cujo Campus Dois Vizinhos da UTFPR esta inserido. Como culminância desses processos, a cada dois anos foram realizados seminários regionais de educação do campo, com expressiva participação de professores do campo, lideranças dos Movimentos Sociais e Entidades, sendo que o do anos de 2002 foi realizado nas próprias dependências Campus Dois Vizinhos da UTFPR. Com a constituição do Grupo Gestor no Território Sudoeste, constituiu-se a Câmara Temática de Educação, que no processo de revisão e aprofundamento do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, na definição da política de desenvolvimento territorial, passa integrar-se a Articulação Sudoeste de Educação, constituindo-se assim um espaço fortalecido pela Articulação e pelo acúmulo do debate presente nesta instância. Dentre um conjunto de ações que vem pautando, nos dias 06 e 07 de novembro/08 realizou o III Seminário Regional de Educação do Campo envolvendo diretamente a comunidade local/municipal e mais de 60 organizações entre escolas, universidades, sindicatos, cooperativas, ONGs e órgãos públicos da região, do estado e nacional, cujo Campus Dois Vizinhos da UTFPR fez parte da Coordenação Geral. Deste seminário, foram tiradas importantes Diretrizes para a região e que delineiam as ações da Câmara. Dentre as proposições estão presentes itens que transcrevemos aqui pela força de sua expressão: A educação ser pensada a partir dos seus sujeitos, vigiar e garantir as políticas propostas para o Estado do Paraná, fortalecimento das ações de formação das organizações sociais populares. O território, orientado pelas proposições do seminário, levará para a AMSOP proposta de que os municípios incluam a educação do campo nos seus PPAs (planos plurianual dos municípios). O território tem claro que precisa fortalecer a educação do campo, a partir das secretarias de educação. Acredita-se que isto desencadearia demandas de formação de professores para as universidades. “Nós Movimentos Sociais precisamos articular nossas demandas e fazer as Universidades assumi-las como pesquisas, cursos de formação dos educadores do campo, potencializando nossas ações. Já tem alguns debates sobre cursos de especialização de educação do campo nas 8 faculdades particulares, as públicas é que precisam avançar nesse debate. os próprios sujeitos co-mandem o processo, a partir de suas escolhas conjuntas, tem sido as grandes potencialidades do PVR.” 8 Carta do III Seminário Regional de Educação no Campo, novembro de 2008. 25 26 Nesta caminhada, os Sujeitos Históricos do Sudoeste do Paraná congregam forças e em um momento expressivo como foi a 8 ° Jornada da Agroecologia no Paraná, que reuniu 3 mil pessoas, realizam um Seminário de Educação do Campo. Esse espaço pauta mais uma vez as demandas de formação para a Educação do Campo, dentre elas a de formação dos educadores observando o específico do campo, ampliando para às áreas de conhecimento. Portanto, a abordagem da educação do ponto de vista do acesso da população do campo ao ensino formal público não deixa de ser a grande luta. Os dados demonstram que além de ser desafortunadamente desigual em relação a urbana, e apesar dos últimos esforços dos órgãos públicos, em busca da reversão dos dados, os índices, fruto da dívida histórica, ainda permanecem alarmantes. Temos ainda uma significativa diferença entre escolaridade no campo e na cidade. De acordo com o relatório - Situação da Infância e Adolescência Brasileira 2009 – O Direito de Aprender – recentemente divulgado pelo Fundo das Nações Unidas (Unicef) os jovens do campo com 15 anos ou mais tem 4,5 anos de estudo concluídos, contra 8,5 anos da população urbana. Levando em consideração a caracterização da região apresentada, além dos elementos referentes às discussões em torno da educação do campo e inserção do Campus Dois Vizinhos da UTFPR junto a comunidade local, apresentamos a proposição deste projeto assim justificada: a) pela região sudoeste do Paraná apresentar indicadores de grande população rural e sua forte influencia no desenvolvimento da região; b) para reconfigurar a situação da educação do campo, pois há a indicação de menor escolarização em anos nas populações do campo, precarização do ensino, exposição das crianças à situações de risco em função da nuclearização, fazendo-se necessário estimular a manutenção de escolas no campo, bem como, a formação de professores com perfil para atuarem nela; c) pela demanda por uma Licenciatura em Educação do Campo, discutida e apresentada pelos movimentos sociais e organizações ligadas ao campo (ANEXO I, II, III, IV, V e VI). Essas organizações, de grande inserção e representatividade regional, têm debatido temas voltados ao desenvolvimento do campo, como, soberania alimentar, agroecologia, sustentabilidade, dimensões estas que levaram ao debate educacional; d) pela inserção do Campus Dois Vizinhos da UTFPR nos debates dos movimentos e organizações e pelo histórico da discussão da educação do campo, compreendendo seu papel educativo na produção, reprodução e transmissão do conhecimento; e) pelo compromisso social, como instituição pública de ensino, em que deve responder às políticas públicas de educação no campo; 26 27 f) neste mesmo sentido, o Campus Dois Vizinhos da UTFPR responde à diretriz institucional de formação de professores. 3.2.5 A demanda de formação de professores para o Campo As questões do campo são mais amplas que as educacionais, envolvem questões relacionadas à política agrícola e à política agrária dos governos. Mas, historicamente, em nosso país, as políticas educacionais não levaram em conta a realidade e as demandas do campo. Reconhece-se que tais questões não são simples, porém a sua solução depende do compromisso político e do financiamento público, bem como da organização social, dos Movimentos Sociais para indicar formas efetivas de propostas de educação. A Educação do Campo não se restringe à escolarização, ela interrelaciona-se na educação, cultura, economia, política, novas relações com a terra, entre as pessoas, na produção e com a vida. Assim, em primeiro lugar, o Curso de Licenciatura em Educação do Campo tem a finalidade de formar educadores do campo e para o campo. Educadores que tenham uma visão de globalidade da realidade e do ser humano que a compõe. A universalização da oferta das séries finais do ensino fundamental e médio constitui-se em um dos maiores desafios presentes no sistema educacional brasileiro. Neste contexto, a formação e a ampliação do quadro de educadores que atendam estes níveis de ensino é um ponto fundamental na superação desse desafio. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA revela que 82,2% dos jovens de 15 a 17 anos freqüentaram a escola em 2004, porém apenas 45,1% estavam matriculados no ensino médio, que é o nível adequado à faixa considerada. Segundo o mesmo estudo, o mais grave é a presença de uma queda no número de matriculas neste nível de ensino a partir de 2005, nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Essa situação agrava-se ainda mais no meio rural, em que pouco mais de um quinto dos jovens na mesma faixa etária está cursando o ensino médio. A Pesquisa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PNERA, 2004), feita pelo Instituto Nacional de Pesquisa em Educação - INEP em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA, apontou que entre as 8.679 escolas existentes em assentamentos, apenas 373 delas oferecem o ensino médio. A escassez e a falta de formação de professores encontram-se entre os vários fatores responsáveis por esse quadro. Segundo dados do INEP, há uma carência de 235 mil professores para o ensino médio no país, principalmente nas áreas de ciências da natureza. Associado a esse quadro, a evasão nos cursos de licenciatura nas universidades de todo país é excessivamente elevada, por vários fatores que vão desde a repetência sucessiva nos últimos anos à falta de recursos para os alunos se manterem nos cursos. 27 28 Além disso, o número de vagas oferecidas pelas universidades para os cursos de Licenciatura é insuficiente para a demanda atual. O Brasil corre ainda o sério risco de ficar sem professores do ensino médio na rede pública na próxima década. A pesquisa realizada pelo IPEA mostra que em um universo de 2,5 milhões de educadores, cerca de 60% estão mais próximos da aposentadoria que do início de carreira. A situação dos professores de ensino fundamental das escolas do campo é ainda mais preocupante. De cada 100 professores que atuam de 5ª a 8ª séries, 57 cursaram o ensino médio e de cada 100 professores que atuam neste nível, 21 só tem o próprio ensino médio. Nas séries iniciais de cada 100 educadores apenas 9 têm curso superior, mas há professores que não fizeram nem o magistério nem concluíram o ensino médio (8% do total). Esse dado destaca a grande demanda de formação de educadores para as escolas do campo. 3.2.6 Origem da Educação do Campo O conceito de Educação do Campo é novo. Tem menos de dez anos. Surgiu como denúncia e como mobilização organizada contra a situação atual do meio rural: situação de miséria crescente, de exclusão/expulsão das pessoas do campo; situação de desigualdades econômicas, sociais, que também são desigualdades educacionais, escolares. Seus sujeitos principais são as famílias e comunidades de camponeses, pequenos agricultores, sem-terra, atingidos por barragens, ribeirinhos, quilombolas, pescadores, e muitos educadores e estudantes das escolas públicas e comunitárias do campo, articulados em torno de Movimentos Sociais e Sindicais, de universidades e de organizações não governamentais. Todos buscando alternativas para superar esta situação que desumaniza os povos do campo, mas também degrada a humanidade como um todo. Uma das mais marcantes características deste movimento: sua indissociabilidade do debate sobre os modelos de desenvolvimento em disputa na sociedade brasileira, e o papel do campo nos diferentes modelos. A especificidade mais forte da Educação do Campo, em relação a outros diálogos sobre educação deve-se ao fato de sua permanente associação com as questões do desenvolvimento e do território no qual ele se enraíza. A afirmação de que só há sentido o debate sobre Educação do Campo como parte de uma reflexão maior sobre a construção de um Projeto de Nação, é o chão inicial capaz de garantir o consenso dos que se reúnem em torno desta bandeira. A luta principal da Educação do Campo tem sido por políticas públicas que garantam o direito da população do campo à educação, e a uma educação que seja no e do campo. NO: as pessoas têm direito a ser educadas no lugar onde vivem; DO: as pessoas têm direito 28 29 a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais. E esta educação inclui a escola: hoje uma luta prioritária porque há boa parte da população do campo que não tem garantido seu direito ao acesso à chamada Educação Básica. Um dos fundamentos da Educação do Campo é que só há sentido em construir processos pedagógicos específicos às necessidades dos sujeitos do campo, vinculados à construção de um outro tipo de modelo de desenvolvimento. Não há sentido desencadear esforços para a produção de teorias pedagógicas para um campo sem gente, para um campo sem sujeitos, ou, dito de outra forma, para uma ruralidade de espaços vazios. A base fundamental de sustentação da Educação do Campo é que o território do campo deve ser compreendido para muito além de um espaço de produção agrícola. O campo é território de produção de vida; de produção de novas relações sociais; de novas relações entre os homens e a natureza; de novas relações entre o rural e o urbano. A Educação do Campo está ajudando a produzir um novo olhar para o campo. E faz isso em sintonia com toda uma nova dinâmica social de valorização deste território e de busca de alternativas para melhorar a situação de quem vive e trabalha nele. Uma dinâmica que vem sendo construída por sujeitos que já não aceitam que o campo seja lugar de atraso e de discriminação, mas sim consideram e lutam pra fazer dele uma possibilidade de vida e de trabalho para muitas pessoas, assim como a cidade também deve sê-lo; nem melhor nem pior, apenas diferente; uma escolha. 3.3 OBJETIVOS DO CURSO Objetivo Geral Formar educadores para atuação específica junto às populações que trabalham e vivem no e do campo, no âmbito das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica, e da diversidade de ações pedagógicas necessárias para concretizá-la como direito humano e como ferramenta de desenvolvimento social. Desenvolver estratégias de formação para a docência multidisciplinar em uma organização curricular por áreas do conhecimento nas escolas do campo. Contribuir na construção de alternativas de organização do trabalho escolar e pedagógico que permitam a expansão da educação básica no e do campo, com a rapidez e a qualidade exigida pela dinâmica social em que seus sujeitos se inserem e pela histórica desigualdade que sofrem. 29 30 Objetivos Específicos • Formar e habilitar profissionais em exercício na educação fundamental e média que ainda não possuam a titulação mínima exigida pela legislação educacional em vigor • Habilitar professores para a docência multidisciplinar em escolas do campo nas seguintes áreas do conhecimento: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências Agrárias. • Formar educadores para atuação na Educação Básica em escolas do campo aptos a fazer a gestão de processos educativos e a desenvolver estratégias pedagógicas que visem a formação de sujeitos humanos autônomos e criativos capazes de produzir soluções para questões inerentes à sua realidade, vinculadas à construção de um projeto de desenvolvimento sustentável de campo e de país. • Preparar educadores para a implantação de escolas públicas de Educação Básica de nível médio e de educação profissional nas/das comunidades camponesas. • Capacitar docentes para uma atuação pedagógica de perspectiva transdisciplinar e articuladora das diferentes dimensões da formação humana pretendida. • Garantir uma reflexão/elaboração pedagógica específica sobre a educação para o trabalho, a educação técnica, tecnológica e científica a ser desenvolvida especialmente na Educação Básica de nível médio e nos anos finais da educação fundamental. 3.4 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPERADAS DO EGRESSO. O Currículo do curso permitirá ao egresso adquirir as seguintes competências e habilidades para: • Solucionar problemas concretos; • Organizar e planejar intervenção coletiva em determinada realidade; • Melhorar a comunicação oral e escrita; • Apropriar-se (busca e interpretação) do conhecimento disponível e ter elaboração teórica própria; • Articular teoria e prática; conhecer e de intervir numa realidade específica; relacionar convicções com tomadas de posição e comportamentos cotidianos; 30 31 • Compreender criticamente o processo histórico de produção do conhecimento científico e suas relações com o modo de produção da vida social; • Compreender a realidade do campo no Brasil hoje; • Posicionar-se com cuidado do desenvolvimento humano integrado ao desenvolvimento da natureza; • Compreender o processo de formação da consciência humana; • Posicionar-se diante de idéias, questões ou situações; • Posicionar-se de modo a demonstrar valores humanistas e compromisso com transformações que visem uma sociedade de justiça, igualdade e liberdade para todos. • Implementar, a partir de uma capacidade teórico-metodológica, estratégias pedagógicas para a condução de processos educativos que articulem projetos, sujeitos e interpretação da realidade específica. • Compreender as principais correntes de pensamento filosófico e científico que influenciam o pensamento pedagógico e identificação de concepções que têm sido referência na construção da Educação do Campo. • Apropriar-se da construção teórico-prático da Educação do Campo. • Posicionar-se como pesquisador da realidade e ter domínio de procedimentos básicos para realização de uma pesquisa científica. • Compreender os processos formadores dos sujeitos do campo, incluindo o recorte dos diferentes ciclos etários (especialmente aqueles próprios das ênfases escolhidas para o curso). • Exercer a docência a partir de uma concepção de educação e de forma articulada às diferentes dimensões do processo pedagógico escolar. • Apropriar-se das categorias teóricas básicas e dos métodos de construção científica da área da docência escolhida que permitam a continuidade dos estudos por conta própria. • Compreender a lógica do trabalho interdisciplinar e transdisciplinar no modo de produção da ciência e no modo de organizar o estudo/o ensino por área do conhecimento. • Organizar/desenvolver, a partir de uma capacidade didático-metodológicas, atividades de ensino por área do conhecimento. 3.5 PERFIL PROFISSIONAL 31 32 O Curso será desenvolvido de modo a profissionalizar os participantes para atuar, de acordo com o Art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394 de 20 de dezembro de 1996, nas seguintes funções: Na docência na educação básica – séries finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional, em uma das áreas de conhecimento propostas pelo curso: Ciências da Natureza e Matemática e Ciências Agrárias. A proposta é de que a turma ofereça aos estudantes a opção de escolha em uma destas áreas, sendo esta definição construída entre a Universidade e suas parcerias considerando as demandas/perfil do grupo e as condições objetivas da oferta. Na gestão de processos educativos escolares, entendida como formação para a educação dos sujeitos das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica, para a construção do projeto político-pedagógico e para a organização do trabalho escolar e pedagógico nas escolas do campo. Na gestão de processos educativos nas comunidades: preparação específica para o trabalho formativo e organizativo com as famílias e ou grupos sociais de origem dos estudantes, para liderança de equipes e para a implementação de iniciativas e ou projetos de desenvolvimento comunitário sustentável que incluam a participação da escola. 3.6 TÍTULO PROFISSIONAL, ATRIBUIÇÕES E CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL. A área de atuação profissional é definida, considerando a Constituição Federal de 1988: artigos 205, 206, 208 e 210; a Lei nº 9.394, de 20/12/1996, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; a Lei nº 10.172, de 9/01/2001, que institui o Plano Nacional de Educação; o Parecer CNE/CEB 36/2001 sobre Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo; a Resolução CNE/CEB 1/2002 que institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo; Parecer CNE/CP 009/2001 sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena; e a Resolução CNE/CP 1/2002 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Assim, o profissional formado no curso de Licenciatura em Educação no Campo receberá o título de Licenciado podendo atuar na Educação Básica, preferencialmente nas Escolas do Campo, nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias, de acordo com a opção de habilitação escolhida pelo estudante. 32 33 4 MATRIZ CURRICULAR A realização do curso através da organização de turma específica composta a partir de demandas identificadas pela Instituição e/ou pelas parcerias constituídas, de modo a favorecer uma formação identitária de turma e a gestão coletiva do processo pedagógico. Esta forma de organização curricular deverá intencionalizar atividades e processos que garantam/exijam sistematicamente a relação prática-teoria-prática vivenciada no próprio ambiente social e cultural de origem dos estudantes. (Conforme proposta do MEC) A organização curricular por etapas presenciais (equivalentes a semestres de cursos regulares) em regime de alternância entre Tempo/Escola e Tempo/Comunidade, para não condicionar o ingresso de jovens e adultos na educação superior à alternativa de deixar de viver no campo. (Cf Proposta MEC) A carga horária será de 3300h para a ênfase em ciências agrárias e 3300h para a ênfase em ciências da natureza e matemática, distribuídas em 8 etapas, sendo prevista uma etapa a cada semestre integralizando 4 anos de curso. A carga horária total do curso será assim composta: • Núcleo de Estudos Básicos NEB = 780h • Núcleo de Estudos Específicos NEE = o 1500 h ênfase em ciências agrárias; o 1500 h ênfase em ciências da natureza e matemática; • Núcleo de Atividades Integradoras = 820h, sendo 210h de pesquisa; 150h de práticas pedagógicas; 400h de estágios, 60h de seminários integradores. • Atividades acadêmico-científico-culturais com 200h. Serão 9 h diárias de trabalho nos componentes curriculares durante cada Tempo/Escola. Serão ofertadas 60 vagas para a turma do curso. A partir do quarto período os alunos deverão optar por uma das ênfases, Ciências da Natureza e Matemática ou Ciências Agrárias. 4.1 LÓGICA DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A organização curricular do Curso de Licenciatura em Educação do Campo está baseada nas seguintes premissas: 33 34 • Objeto de estudo/profissionalização do curso: Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio apresentam as seguintes ênfases: Ciências da Natureza e Matemática; Ciências Agrárias. • Organização curricular que permita aos estudantes-educadores vivenciar na prática de sua formação a metodologia (e particularmente a da docência por área do conhecimento) para a qual estão sendo preparados a atuar nas escolas do campo. • O currículo deste curso está organizado em três níveis desdobrados: Núcleo de Estudos Básicos (NEB), Núcleo de Estudos Específicos (NEE), divididos em duas ênfases [Ciências da Natureza e Matemática] e [Ciências Agrárias], Núcleos de Atividades Integradoras (NAI), Atividades acadêmico-científico-culturais. Para o desenvolvimento do currículo deste curso é previsto: disciplinas, seminários, estudo independente, estudos temáticos, oficinas de capacitação pedagógica, oficinas de produção de materiais didáticos, trabalhos de campo e projetos. • A definição dos diferentes componentes curriculares de cada área, bem como seus conteúdos e metas de aprendizado específicas, será uma construção processual do curso, integrando o trabalho pedagógico dos educadores e buscando envolver progressivamente os estudantes (como parte da sua formação profissional). Devem ser consideradas as ementas indicadas neste documento e a visão de totalidade de cada Núcleo de Estudos que deverá ser objeto de discussão entre os educadores durante as primeiras etapas do curso. • Haverá uma intencionalidade na articulação entre a organização de estudos e as demais dimensões e práticas formativas oportunizadas pelo curso (gestão coletiva do processo pedagógico, participação em atividades de trabalho no local de realização do curso, convivência na turma e entre diferentes turmas). • Cada etapa poderá ter um foco temático ou de práticas cuja definição será uma construção processual no curso, integrando o planejamento específico da etapa: diálogo entre o Projeto Pedagógico, o processo pedagógico da turma e demandas do movimento da realidade de atuação dos estudantes. • A organização curricular deverá considerar e articular no planejamento de cada etapa: o objeto do curso, os Núcleos de Estudo, possíveis focos (temas e ou práticas) da etapa, diferentes tipos de componentes curriculares e o princípio filosófico-metodológico da práxis. • Todos os educandos terão um estudo introdutório nas áreas do conhecimento em que o curso poderá habilitar para a docência, tendo em vista uma preparação 34 35 básica para discutir o papel de cada área no currículo do ensino fundamental e no ensino médio e também para organizar estudos e práticas que integrem as diferentes áreas. Cada estudante fará a opção pela ênfase [Ciências da Natureza e Matemática] e [Ciências Agrárias], da docência ofertada. • O processo de avaliação deverá permitir uma articulação radical entre Tempo Escola e Tempo Comunidade. Para tanto as atividades de Tempo Comunidade deverão ser planejadas de modo a atender as especificidades da comunidade de inserção de cada educando, mas com orientação docente em tempo Escola. Em Tempo Escola o processo avaliativo, considerado como elemento do processo pedagógico e não como uma etapa ou etapas pontuais deste, será discutida coletivamente pela equipe docente e de coordenação, que elegerão as estratégias e metodologias adequadas a cada etapa. 4.2 COMPOSIÇÃO DA FORMAÇÃO A composição apresentada desdobra os conteúdos exigidos pela legislação dos cursos de licenciaturas. Tabela 4.1 - Relação das Disciplinas e Carga Horária do Núcleo de Estudos Básicos, Núcleo de Estudos Específicos e Núcleos de Atividades Integradoras do Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR. Área Teoria Pedagógica (240h) Economia Política (225h) Filosofia (120) Disciplinas C/H Total C/H C/H Teórica Pratica C/H APCC NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS – NEB (780h) Teoria Pedagógica 1 45 45 Teoria Pedagógica 2 45 45 Teoria Pedagógica 3 45 45 Teoria Pedagógica 4 30 30 Desenvolvimento Humano e 45 45 Aprendizagem 1 Desenvolvimento Humano e 30 30 Aprendizagem 2 240 240 Economia Política 1 45 45 Economia Política 2 45 45 Economia Política 3 30 30 Questão Agrária 30 30 Realidade Brasileira 1 30 30 Realidade Brasileira 2 45 45 225 225 Filosofia 1 30 30 Filosofia 2 45 45 45 45 Filosofia 3 120 120 35 36 Política Educacional (105) Política Educacional 1 Política Educacional 2 Política Educacional 3 Linguagens, Leitura, Interpretação e Produção de Textos. (90h) Técnicas de Leitura e Interpretação de Textos Técnicas de Produção de Textos Libras 1 Libras 2 Total NEB 45 30 30 105 15 45 30 30 105 15 15 30 30 15 30 30 90 780 90 780 NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS – NEE Ênfase Ciências Agrárias (1500) Ênfase Ciências da Natureza e Matemática (1500) - disciplinas em todas as áreas – para todos os estudantes (330 h); - área específica para ênfase em Ciências Agrárias (870h); - área específica para ênfase em Ciências da Natureza e Matemática (870h); - gestão de processos educativos escolares - para todos os estudantes (135h); - gestão de processos educativos nas comunidades - para todos os estudantes (165h). Linguagens (75h) Ciências da Natureza e Matemática (105) Ciências Humanas e Sociais (75h) Mediações entre Forma Social e Forma Estética Estética e Política 45 30 15 30 15 15 Saúde, Sexualidade e Reprodução. Tópicos de Matemática 45 60 45 60 Introdução ao Estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais Conceitos Organizadores das Ciências Humanas e Sociais 30 30 45 45 30 30 45 30 15 330 285 45 Tópicos de Geometria Elementar 60 60 Álgebra Linear e Geometria Analítica B Didática da Matemática 1 Fundamentos de Matemática Elementar 60 30 90 60 30 90 Funções Reais de uma Variável Real 60 60 Hidrodinâmica, Termodinâmica Cálculo Diferencial Integral Genética 60 60 60 60 60 60 Ciências Gestão da Unidade Familiar Agrárias (75h) Produção Ecologia de Agroecossistemas. de Subtotal ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências da Natureza e Matemática (870h) Ciências da Natureza e Matemática (855h) 36 37 O Organismo Animal Mecânica 45 60 45 60 Equações Diferenciais Aplicadas Estudos dos Ecossistemas de Energia e Ciclos Biogeoquimicos Educação Financeira Estatística Eletromagnetismo e Eletricidade Introdução à Análise Real 45 60 45 60 45 45 45 45 870 45 45 45 45 870 60 45 60 45 45 60 45 60 45 45 75 75 60 60 75 75 60 60 45 45 75 75 75 75 para 60 60 de 30 30 60 60 870 870 30 30 15 30 15 15 Subtotal ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências Agrárias (870h) Tema Contextual I – Estudos do Meio Biofísico (255h) Introdução à Botânica Introdução à Zoologia Agropedologia 1 Fisiologia Vegetal Recursos Florestais na Propriedade Rural Tema Introdução à Fitotecnia Contextual II– Introdução à Zootecnia Sistemas de Agroclimatologia e Hidrologia Produção Sistemas de Cultivo e de Criação (270h) Tema Forragicultura Contextual III –Práticas Olericultura e Plantas Medicinais Agrícolas (195h) Agropedologia 2 Tema Contextual IV–Ferramentas para o desenvolvimento rural (150h) Subtotal Fundamentos em Topografia Legislação Ambiental Elaboração e Análise Projetos para Agricultura Familiar Desenvolvimento Rural GESTÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS ESCOLARES – para todos os estudantes (135h) Escola e Escola e Educação do Campo 1. Educação do Escola e Educação do Campo 2. Campo (60h) Organização Escolar e Método de Trabalho Organização Escolar e Trabalho Pedagógico 1. Organização Escolar e Trabalho Pedagógico 2. Método de 30 15 Método de 30 30 37 38 Pedagógico (75h) Organização Escolar e Trabalho Pedagógico 3. Método de Subtotal 15 15 135 105 30 GESTÃO DE PROCESSOS EDUCATIVOS NAS COMUNIDADES - para todos os estudantes (165H) Projeto de Desenvolvimento do Campo (45h) Sujeitos do Campo (30h) Métodos de Organização e Educação Comunitária Projeto de Desenvolvimento do Campo 45 45 Sujeitos do Campo 30 15 Métodos de Organização e Educação comunitária 1. Métodos de Organização e Educação comunitária 2. 15 15 45 30 15 Métodos de Organização e Educação comunitária 3. 30 15 15 Subtotal TOTAL (NEE) Ênfase Ciências Agrárias 165 1500 120 1380 45 120 TOTAL (NEE) Ênfase Ciências da Natureza e Matemática 1500 1380 120 (90h) NÚCLEOS DE ATIVIDADES INTEGRADORAS – NAI (820h) Pesquisa 1 15 15 Pesquisa 2 30 15 Pesquisa 3 30 15 Pesquisa Pesquisa 4 30 15 (210h) Pesquisa 5 30 15 Trabalho de Conclusão de Curso 1 45 30 Trabalho de Conclusão de Curso 2 30 30 Subtotal (pesquisa) 210 135 Práticas Pedagógicas 1 45 30 Práticas Práticas Pedagógicas 2 45 30 Pedagógicas Práticas Pedagógicas 3 60 45 (150h) Subtotal (Práticas Pedagógicas) Estágio Curricular Supervisionado 1 – Estágios Comunidade (400h) Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA Estágio Curricular Supervisionado 3 – Gestão e Docência Estágio Curricular Supervisionado 4 – Gestão e Docência Subtotal (Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório) 15 15 15 15 15 15 75 15 15 15 150 100 105 60 45 40 100 60 40 100 60 40 100 60 40 400 240 160 38 39 Seminário Integrador 1 Seminário Integrador 2 Seminário Integrador 3 (60h) Seminário Integrador 4 Subtotal ( Seminários Integradores) Total (NAI) Seminários Integradores Atividades Complementares (200h) 15 15 15 15 60 820 15 15 15 15 60 540 Atividades Acadêmico-CientíficoCulturais Totalização TT TOTAL DO CURSO (Ênfase Ciências Agrárias) 3300h TOTAL DO CURSO (Ênfase Ciências da Natureza e 3300h Matemática) 280 200 AT/AP APCC 2700h 400h 2700h 400h A.C 200h 200h 4.2.1 Ênfases e Núcleos Formadores A organização do curso prevê três grupos distintos de disciplinas, aqui nominados de NÚCLEOS FORMADORES, sendo eles: Núcleos de Estudos Básicos – realizados por todos os estudantes; Núcleos de Estudos Específicos – que compreende, entre outras disciplinas, a ênfase do curso, assim, os estudantes farão a opção por uma ou outra ênfase, em que são destinadas 30 vagas para cada uma delas; Núcleo de Atividades Integradoras – realizada por todos os estudantes, que compreender, entre outras disciplinas, o estágio curricular supervisionado obrigatório; e atividades complementares. As cargas horárias são assim dispostas entre os diferentes núcleos: Tabela 4.2 – Organização da carga horária conforme o Núcleo de Estudos do Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR. NÚCLEOS DE ESTUDO NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS (NEB) NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS (NEE) – Ênfase em Ciências Agrárias - disciplinas em todas as áreas; - área específica; - gestão de processos educativos escolares; - gestão de processos educativos nas comunidades NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS (NEE) – Ênfase em Ciências da Natureza e Matemática - disciplinas em todas as áreas; - área específica; - gestão de processos educativos escolares; - gestão de processos educativos nas comunidades NÚCLEO DE ATIVIDADES INTEGRADORAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES CARGA HORÁRIA 780 h 1500 h 1500 h 820 h 200 h 39 40 TOTAL (Ênfase Ciências Agrárias) TOTAL (Ênfase Ciências da Natureza e Matemática) CIÊNCIAS AGRÁRIAS Conteúdo 3300 h 3300 h AT APCC Total Núcleo de Estudos Básicos – NEB 780 Núcleo de Estudos Específicos – NEE 1380 120 1500 Núcleo de Atividades Integradoras – NAI 540 280 820 780 Atividades Complementares 200 Total 3300 CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA Conteúdo AT AP APCC Total Núcleo de Estudos Básicos – NEB 780 Núcleo de Estudos Específicos – NEE 1380 120 1500 Núcleo de Atividades Integradoras – NAI 540 280 820 780 Atividades Complementares 200 Total 3300 40 41 4.3 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO NO CAMPO MATRIZ CURRICULAR 1º Período ECONOMIA POLÍTICA 1 2º Período 1.1 0 54/0/0 ECONOMIAPOLÍTICA 2 6 NEB FILOSOFIA1 LIBRAS 2 TEORIA PEDAGÓGICA1 NEB POLÍTICAEDUCACIONAL 1 1.3 0 54/0/0 NEB FILOSOFIA 2 6 NEB 54h/a 1.4 0 54/0/0 TEORIAPEDAGÓGICA 2 6 NEB LIBRAS 1 4 NEB ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 1 2 NEE SUJEITOS DO CAMPO NEB TÉCNICAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS NEB 36h/a 1.6 0 18/0/18 MEDIAÇÕES ENTRE FORMA SOCIAL E ESTÉTICA NEE 36h/a 1.7 0 18/0/18 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO 2 NEE PESQUISA 1 2 NAI PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1 4 NAI INTR. AO ESTUDO DA ÁREADE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS NEE 18h/a 1.9 0 36/0/18 NEB TEORIA PEDAGÓGICA3 6 NEB 54h/a 2.4 0 54/0/0 TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS 2.5 0 18/0/0 GESTÃO DA UNIDADE FAMILIAR DE PRODUÇÃO NEE 54h/a ORG. ESCOLAR E MÉTODO DE TRAB. PEDAGÓGICO 1 NEE ESTÉTICA E POLÍTICA 2 2.6 0 36/0/18 NEE TÓPICOS DA MATEMÁTICA NEE CONCEITOS ORG. DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS NEE 54h/a ECOLOGIADE AGROECOSSISTEMAS 4 4 ORG. ESCOLAR E MÉTODO DE TRAB. PEDAGÓGICO 2 NEE 36h/a 2.10 0 18/0/18 PESQUISA 3 2 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 2 NAI PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 3 54h/a 72h/a 3.4 0 18/0/0 3.5 0 18/0/18 FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA ELEMENTAR NEE 36h/a INTRODUÇÃO À BOTÂNICA NEE INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA 6 AGROPEDOLOGIA 1 NAI NEE ORG. ESCOLAR E MÉTODO DE TRAB. PEDAGÓGICO 3 NEE 36h/a PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO NEE 72h/a 2 NEE 36h/a 4.5 0 108/0/0 O ORGANISMO ANIMAL 12 NEE FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL REAL NEE INTRODUÇÃO À FITOTECNIA INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA MÉTODOS DE ORG. E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 1 NEE 18h/a 2 54h/a 5.6 0 72/0/0 72h/a 5.7 0 90/0/0 90h/a 5.8 0 90/0/0 AGROCLIMATOLOGIAE HIDROLOGIA 5.9 0 72/0/0 8 NEE MÉTODOS DE ORG. E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 2 NEE 72h/a 5.10 0 36/0/18 4 54h/a 5.11 0 18/0/18 PESQUISA5 6 54h/a 5.5 0 54/0/0 10 18h/a 4.11 0 54/0/0 72h/a 90h/a 54h/a 4.10 0 18/0/0 8 NEE 72h/a 4.9 0 54/0/0 NEE 54h/a 72h/a 36h/a 4 EDUCAÇÃO FINANCEIRA NEE EST. ECOSSISTEMAS DE ENERGIAE CICLOS BIOGEOQUÍMICOS NEE CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL TEORIA PEDAGÓGICA4 OLERICULTURA E PLANTAS MEDICINAIS NEB 72h/a AGROPEDOLOGIA2 NEE 6.4 0 72/0/0 ELETROMAGNETISMO E ELETRICIDADE 8 FUNDAMENTOS EM TOPOGRAFIA PARA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NEE MÉTODOS DE ORG. E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA3 NEE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1 NAI SEMINÁRIO INTEGRADOR 2 NEE 72h/a 6.5 0 72/0/0 INTRODUÇÃO A ANÁLISE REAL 6.6 0 90/0/0 6.7 0 90/0/0 FORRAGICULTURA NOME DADISCIPLINA TC R- Referência da Matriz APS - Atividade Prática Supervisionada (semestre) AT/AP/APCC - Teóricas/Práticas/Ativ, Prática como Componente Curricular (em hora aula no semestre) TT - Total de aulas (emhora aula semanal) CHT - Carga Horária Total do Semestre em hora/aula PR- Pré-Requisito TC - Tipo de Conteúdo 2 NAI 18h/a 54h/a 54h/a 7.7 0 54/0/0 SISTEMADE CULTIVOS E DE CRIAÇÃO NEE 72h/a 8 8 72h/a 6.9 0 18/0/18 2 ELAB. E ANÁLISE DE PROJETOS P/ AGRIC. FAMILIAR NEE 36h/a 6.10 0 36/0/18 DESENVOLVIMENTO RURAL 4 7.9 0 36/0/0 4 36h/a 7.10 0 72/0/0 8 54h/a NEE 72h/a 6.11 0 18/0/0 RECURSOS FLORESTAIS NA PROPRIEDADE RURAL 7.11 0 54/0/0 NEE 54h/a 18h/a NAI SEMINÁRIO INTEGRADOR 3 NAI 36h/a ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 2 - EJA 120 h/a 6 7.12 0 36/0/0 4 36h/a 7.13 0 18/0/0 2 18h/a ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 3 - GESTÃO E DOCÊNCIA 120 h/a ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 4 - GESTÃO E DOCÊNCIA 120 h/a 400 HORAS CHT LEGENDA 4 8.4 0 18/0/0 7.5 0 54/0/0 7.8 0 72/0/0 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2 120 h/a SEMINÁRIO INTEGRADOR 4 54h/a 54h/a 18h/a TT PR 36h/a 6 6.8 0 72/0/0 2 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 1- COMUNIDADE NEE 8 54h/a NEE 90h/a 4.12 0 18/0/0 R APS AT/AP/APCC ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 2 8.3 0 36/0/0 6 NEE 90h/a 2 NAI 4 36h/a 7.6 0 54/0/0 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS 4.13 0 18/0/18 PESQUISA 4 8.2 0 36/0/0 NEB 36h/a 7.4 0 54/0/0 54h/a 6 NEE 72h/a 2 NAI POLÍTICA EDUCACIONAL 3 6 10 NEE 7.2 0 36/0/0 8.1 0 54/0/0 6 NEB 36h/a 7.3 0 54/0/0 ESTATÍSTICA 6 54h/a 10 NEE REALIDADE BRASILEIRA 2 4 8 NEE 8º Período 7.1 0 36/0/0 4 NEB 36h/a 6.3 0 54/0/0 2 NAI POLÍTICA EDUCACIONAL 2 8 10 NEE 54h/a 4.8 0 72/0/0 MECÂNICA 6 5.3 0 72/0/0 7º Período 6.1 0 36/0/0 6.2 0 72/0/0 8 72h/a 4.7 0 54/0/0 NEB 6 108h/a 4.6 0 72/0/0 5.2 0 54/0/0 8 6 36h/a 3.12 0 18/0/0 SEMINÁRIO INTEGRADOR 1 FISIOLOGIA VEGETAL 4 3.11 0 54/0/18 GENÉTICA DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM2 36h/a 5.4 0 72/0/0 8 NEE 54h/a 3.9 0 36/0/0 NEE 6 NEE 54h/a 3.8 0 36/0/18 HIDRODINÂMICA, TERMODINÂMICA 8 72h/a 3.7 0 54/0/0 NEB 4 NEE 6º Período 5.1 0 36/0/0 4 NEB DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM1 8 4.4 0 36/0/0 DIDÁTICA DA MATEMÁTICA 18h/a 6 NAI 36h/a 4 NAI NEE 54h/a 2 36h/a 2.12 0 36/0/18 4.3 0 72/0/0 3.10 0 18/0/18 2 NAI 72h/a 4 NEE 36h/a 2.9 0 36/0/0 NEE 8 54h/a 2.8 0 36/0/0 8 ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIAANALÍTICA B 3.6 0 72/0/0 4 2.7 0 54/0/0 4.2 0 72/0/0 3.3 0 54/0/0 6 REALIDADE BRASILEIRA 1 36h/a 54h/a 2 18h/a 2.11 0 18/0/18 PESQUISA 2 NEB 5º Período 4.1 0 36/0/0 4 NEB TÓPICOS DE GEOMETRIA ELEMENTAR 2 54h/a 6 NEE 36h/a 1.8 0 18/0/0 6 6 54h/a 1.5 0 36/0/0 FILOSOFIA 3 36h/a 2.3 0 54/0/0 QUESTÃO AGRÁRIA 36h/a 3.2 0 54/0/0 4 36h/a 4º Período 3.1 0 36/0/0 4 NEB 54h/a 2.2 0 36/0/0 4 NEB ECONOMIA POLÍTICA3 6 NEB 54h/a 1.2 0 36/0/0 3º Período 2.1 0 54/0/0 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS TIPO DE CONTEÚDO (TC) NEB - NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS NEE - NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS NAI - NÚCLEO DE ATIVIDADES INTEGRADORAS 41 240 h/a ATIVIDADES COMUNS CIENCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA CIENCIAS AGRÁRIAS FRENTE Atualização: SETEMBRO 2010 42 4.4 DISCIPLINAS POR SEMESTRE LETIVO / PERIODIZAÇÃO Primeiro Período Economia Política 1 Filosofia 1 Teoria Pedagógica 1 Política Educacional 1 Libras 1 Escola e Educação do Campo 1 Sujeitos do Campo Pesquisa 1 Práticas Pedagógicas 1 Total Segundo Período AT h/a AP h/a APS h/a APCC TOTAL h/a h/a 54h/a 36h/a 54h/a 54h/a 36h/a 18h/a 18h/a 18h/a 36h/a 18h/a 54h/a 36h/a 54h/a 54h/a 36h/a 36h/a 36h/a 18h/a 54h/a 324h/a 54h/a 378h/a AT h/a 18h/a 18h/a AP h/a APS h/a APCC TOTAL h/a h/a Economia Política 2 Libras 2 Filosofia 2 Teoria Pedagógica 2 Técnicas de Leitura e Interpretação de Textos Mediações entre Forma Social e Estética. Saúde, Sexualidade e Reprodução. Introdução ao Estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais Gestão da Unidade Familiar de Produção. Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 1 Pesquisa 2 Práticas Pedagógicas 2 54h/a 36h/a 54h/a 54h/a 18h/a 36h/a 54h/a 36h/a 36h/a 18h/a 18h/a 36h/a 18h/a 18h/a 18h/a 36h/a 36h/a 36h/a 36h/a 54h/a Total 450h/a 72h/a 522h/a Terceiro Período AT h/a Economia Política 3 Filosofia 3 Teoria Pedagógica 3 Técnicas de Produção de Textos Estética e Política Tópicos de Matemática Conceitos Organizadores das Ciências Humanas e Sociais Ecologia de Agroecossistemas Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 2 Pesquisa 3 Práticas Pedagógicas 3 Seminário Integrador 1 54h/a 36h/a 36h/a 18h/a 54h/a 18h/a Total 468h/a Quarto Período 18h/a AP h/a APS h/a 36h/a 54h/a 54h/a 18h/a 18h/a 72h/a AT APCC TOTAL h/a h/a 18h/a 18h/a 18h/a 18h/a 72h/a AP APS 54h/a 36h/a 54h/a 54h/a 18h/a 54h/a 54h/a 36h/a 54h/a 54h/a 18h/a 36h/a 72h/a 54h/a 54h/a 36h/a 36h/a 72h/a 18h/a 540h/a APCC TOTAL 42 43 h/a Ciências da Natureza e Matemática Questão Agrária Tópicos de Geometria Elementar Álgebra Linear e Geometria Analítica B Didática da Matemática Fundamentos da Matemática Elementar Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 3 Projeto de Desenvolvimento do Campo Métodos de Organização e Educação Comunitária 1 Pesquisa 4 Total 36h/a 72h/a 72h/a 36h/a 108h/a 18h/a 54h/a 18h/a 18h/a 432h/a Ciências Agrárias Questão Agrária Introdução à Botânica Introdução à Zoologia Agropedologia 1 Fisiologia Vegetal Organização Escolar e Método Trabalho Pedagógico 3 Projeto de Desenvolvimento do Campo Métodos de Organização e Educação Comunitária 1 Pesquisa 4 Total 36h/a 72h/a 54h/a 72h/a 54h/a 18h/a 54h/a 18h/a 18h/a 396h/a Quinto Período AT h/a Ciências da Natureza e Matemática Realidade Brasileira 1 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1 Hidrodinâmica e Termodinâmica Funções Reais de Uma Variável Real Genética O Organismo Animal Métodos de Organização e Educação Comunitária 2 Pesquisa 5 Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade Total 36h/a 54h/a 72h/a 72h/a 72h/a 54h/a 36h/a 18h/a 72h/a 486h/a Ciências Agrárias Realidade Brasileira 1 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1 Introdução à Fitotecnia Introdução à Zootecnia Agroclimatologia e Hidrologia Métodos de Organização e Educação Comunitária 2 Pesquisa 5 Estágio Curricular Supervisionado 1 – Comunidade Total 36h/a 54h/a 90h/a 90h/a 72h/a 36h/a 18h/a 72h/a 468h/a Sexto Período AT h/a h/a AP h/a AP h/a h/a APS h/a APS h/a h/a h/a 18h/a 18h/a 36h/a 72h/a 72h/a 36h/a 108h/a 18h/a 54h/a 18h/a 36h/a 450h/a 18h/a 18h/a 36h/a 72h/a 54h/a 72h/a 54h/a 18h/a 54h/a 18h/a 36h/a 414h/a APCC TOTAL h/a h/a 18h/a 18h/a 48h/a 84h/a 36h/a 54h/a 72h/a 72h/a 72h/a 54h/a 54h/a 36h/a 120h/a 570h/a 18h/a 18h/a 48h/a 84h/a 36h/a 54h/a 90h/a 90h/a 72h/a 54h/a 36h/a 120h/a 552h/a APCC TOTAL h/a h/a Ciências da Natureza e Matemática 43 44 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2 Mecânica Estudos dos Ecossistemas de Energia e Ciclos Biogeoquímicos Cálculo Diferencial Integral Educação Financeira Métodos de Organização e Educação Comunitária 3 Trabalho de Conclusão 1 Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA Seminário Integrador 2 Total 36h/a 72h/a 36h/a 72h/a 72h/a 72h/a 54h/a 18h/a 36h/a 72h/a 18h/a 450h/a 72h/a 72h/a 54h/a 36h/a 54h/a 120h/a 18h/a 534h/a Ciências Agrárias Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2 Olericultura e Plantas Medicinais Agropedologia 2 Fundamentos em Topografia para Legislação Ambiental Métodos de Organização e Educação Comunitária 3 Trabalho de Conclusão 1 Estágio Curricular Supervisionado 2 – EJA Seminário Integrador 2 Total 36h/a 90h/a 90h/a 72h/a 18h/a 36h/a 72h/a 18h/a 432h/a Sétimo Período Ciências da Natureza e Matemática Política Educacional 2 Teoria Pedagógica 4 Estatística Eletromagnetismo e Eletricidade Introdução à Análise Real Equações Diferenciais Aplicadas Trabalho de Conclusão 2 Estágio Curricular Supervisionado – Gestão e Docência Seminário Integrador 3 Total Ciências Agrárias Política Educacional 2 Teoria Pedagógica 4 Forragicultura Sistema de Cultivo e de Criação Elaboração e análise de projetos para agricultura familiar Desenvolvimento Rural Recursos Florestais na Propriedade Rural Trabalho de Conclusão 2 Estágio Curricular Supervisionado 3 – Gestão e Docência Seminário Integrador 3 Total Oitavo Período AT h/a 18h/a 18h/a 48h/a 84h/a 18h/a 18h/a 48h/a 84h/a AP h/a APS h/a 36h/a 36h/a 54h/a 54h/a 54h/a 54h/a 36h/a 72h/a 18h/a 414h/a 36h/a 90h/a 90h/a 72h/a 36h/a 54h/a 120h/a 18h/a 516h/a APCC TOTAL h/a h/a 48h/a 48h/a 36h/a 36h/a 54h/a 54h/a 54h/a 54h/a 36h/a 120h/a 18h/a 462h/a 36h/a 36h/a 54h/a 72h/a 36h/a 36h/a 54h/a 72h/a 36h/a 72h/a 54h/a 36h/a 36h/a 72h/a 54h/a 36h/a 72h/a 18h/a 486h/a AT h/a 48h/a 48h/a AP h/a APS h/a 120h/a 18h/a 534h/a APCC TOTAL h/a h/a 44 45 Realidade Brasileira 2 Política Educacional 3 Escola e Educação do Campo 2 Estágio Curricular Supervisionado 4 – Gestão e Docência Seminário Integrador 4 Total Atividades Complementares 54h/a 36h/a 36h/a 54h/a 36h/a 36h/a 72h/a 18h/a 216h/a AT h/a 48h/a 48h/a AP h/a APS h/a APCC TOTAL h/a h/a Atividades Acadêmico-Científico-Culturais TOTAL DO CURSO ÊNFASE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA ÊNFASE EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS 120h/a 18h/a 264h/a 240h/a AT h/a 3480h/a 3480h/a AP h/a APS h/a APCC TOTAL h/a h/a 480h/a 480h/a 3960h/a 3960h/a 4.5 EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS A seguir são apresentadas as ementas das disciplinas, por período letivo. 1º PERÍODO ECONOMIA POLÍTICA 1 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Contexto histórico do desenvolvimento da economia política e suas categorias básicas; abordagem desde os clássicos do pensamento da área; retomada breve da história dos modos de produção e das formações sociais. FILOSOFIA 1 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Problematização sobre modos de pensar o conhecimento e a ciência introduzindo questões do debate atual; bases históricas e filosóficas do pensamento moderno e de sua crítica e autocrítica. TEORIA PEDAGÓGICA 1 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) 45 46 Pré-requisito: Não tem Ementa Concepções de educação e matrizes pedagógicas construídas ao longo da história do pensamento educacional; elementos de algumas matrizes pedagógicas produzidas desde a concepção humanista-histórica; estudo a partir de alguns clássicos do pensamento social e pedagógico. POLÍTICA EDUCACIONAL 1 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudo crítico sobre o processo de constituição, organização, conteúdo e método de implementação das políticas públicas – o papel do Estado na formulação das políticas educacionais. LIBRAS 1 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC (00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Línguas de sinais e minoria lingüística; as diferentes línguas de sinais; status da língua de sinais no Brasil; cultura surda; organização lingüística da libras para usos informais e cotidianos: vocabulário; morfologia; sintaxe e semântica; a expressão corporal como elemento lingüístico. ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 1 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Constituição histórica da Educação do Campo como prática social e categoria teórica; questões do debate atual sobre Educação do Campo. SUJEITOS DO CAMPO Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudos sócio-histórico antropológicos sobre os diferentes sujeitos do campo e sua inserção na dinâmica social. Sujeito transformador. Práticas sociais e culturais. Conceitos de campo e 46 47 de sujeito nas diferentes agriculturas: tradicional, moderna e alternativa. Aspectos sócio-históricos e metodológicos de construção dos sujeitos. As distintas percepções dos sujeitos; a participação social e a apropriação de conhecimentos; as contribuições de gênero e das gerações na reconstrução do conceito de campo. PESQUISA 1 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Exercícios sobre construção de referenciais para fundamentação teórica de um projeto de investigação; instrumentos e técnicas de pesquisa; preparação para a utilização do diário de campo no Tempo Comunidade. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 1 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Espaço interdisciplinar e transdisciplinar articulado a realidade vivenciada pelos educandos no curso e a prática pedagógica da escola; didática, planejamento e avaliação; preparação dos estágios e oficinas de capacitação pedagógica; estudo das experiências pedagógicas da Educação do Campo. 2º PERÍODO ECONOMIA POLÍTICA 2 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Conceitos e categorias fundamentais do método da Economia Política na compreensão da formação, funcionamento e transformação do capitalismo; interpretações da sociedade atual. LIBRAS 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: LIBRAS 1 Ementa 47 48 A educação de surdos no Brasil; cultura surda e a produção literária; emprego da Libras em situações discursivas formais: vocabulário; morfologia; sintaxe e semântica; prática do uso da Libras em situações discursivas mais formais. FILOSOFIA 2 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Modos de pensar o conhecimento e a ciência na Época Contemporânea; termos do debate atual. TEORIA PEDAGÓGICA 2 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Filosofia da práxis e teoria pedagógica; aprofundamento do estudo das matrizes de formação humana e suas implicações na constituição do projeto político-pedagógico da Educação do Campo. TÉCNICAS DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Elementos da comunicação; funções da linguagem; técnicas de leitura e interpretação de texto; tipos textuais: narração descrição e dissertação; gêneros textuais; produção e interpretação de textos. MEDIAÇÕES ENTRE FORMA SOCIAL E ESTÉTICA Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudo das obras estéticas e suas mediações; estudo dos processos históricos de produção artística, com ênfase em suas determinações econômicas, sociais e culturais; estudo da cultura como produto e processo social; estudo da historicidade das formas e dos conteúdos. SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO 48 49 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Reprodução, modos de reprodução dos seres vivos e sexo; determinação do sexo; características sexuais primárias e secundárias; ação dos hormônios na maturação sexual, fertilização e desenvolvimento do feto; riscos da gravidez precoce e tardia; construção do papel de gênero nas sociedades e identidade de gênero; doenças sexualmente transmissíveis; alimentação durante a gravidez, amamentação e infância; cultura e alimentação. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudos introdutórios ao estudo da Área de Ciências Humanas e Sociais, salientando os processos de formação das ciências que a compõem, relacionando com os diferentes contextos históricos, e os instrumentos/métodos de trabalho que as caracterizam. GESTÃO DA UNIDADE FAMILIAR DE PRODUÇÃO Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Introdução ao marco teórico e conceitual; os movimentos camponeses e sua inserção na cena política; as relações de trabalho na agricultura (mutirão, troca-de-dia, arrendamento, assalariamento temporário); o enfoque multidisciplinar e enfoque sistêmico; o sistema geral, modelização dos sistemas complexos; o estabelecimento agrícola familiar visto como um sistema; a família como sistema de decisão e os elementos constitutivos do sistema operante; o sistema de produção: constituição e funcionamento; evolução e reprodução; as interações entre a economia, estratégias e práticas dos agricultores. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 1 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Compreensão conceitual e abordagem histórica sobre organização escolar e método de trabalho pedagógico; Aprofundamento teórico sobre concepção e formas de organização escolar. 49 50 PESQUISA 2 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Início da atividade-processo de pesquisa que vai culminar no trabalho monográfico; reflexão sobre a escola do campo e os processos educativos nas comunidades como objeto de estudo; apresentação da proposta de linhas de pesquisa do Curso; início de elaboração da “carta de intenções” de pesquisa de cada estudante; discussão da “carta de intenções” de pesquisa com o coletivo de origem do estudante no Tempo Comunidade. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Escola como espaço de trabalho coletivo de reflexão e ação; análise de Projeto Político Pedagógico: instrumento teórico-metodológico de organização do trabalho pedagógico e do trabalho escolar na sua totalidade; elaboração, acompanhamento e avaliação de planejamentos para estágio. 3º PERÍODO ECONOMIA POLÍTICA 3 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Desafios históricos do capitalismo e do movimento socialista. FILOSOFIA 3 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Método de pensamento e produção do conhecimento pela pesquisa; a pesquisa como forma de diálogo entre teoria e prática; construção de referencial filosófico-metodológico. TEORIA PEDAGÓGICA 3 50 51 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudos sócio-histórico-antropológicos sobre a forma escolar de educação e sobre os sujeitos da educação básica. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Técnicas de produção de textos; coesão; coerência; produção de textos: fichamentos, resumos, resenhas e textos narrativos, descritivos e dissertativos. ESTÉTICA E POLÍTICA Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudo da produção cultural como um terreno efetivo dos embates sociopolíticos, tanto da perspectiva da sedimentação da configuração contemporânea das forças sociais, quanto da perspectiva das principais transformações históricas dessa dinâmica; padrões hegemônicos e contra-hegemônicos de representação da realidade. CONCEITOS ORGANIZADORES DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudos sobre os conceitos organizadores da área de ciências humanas e sociais, relacionando com as demais áreas do conhecimento numa perspectiva de totalidade, tendo como contexto a escola básica e a realidade do campo brasileiro. ECOLOGIA DE AGROECOSSISTEMAS Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Definições da ecologia; história e objeto da ciência ecológica; história e objetivos da ecologia filosófica e política; ecologia das populações e estudo dos ecossistemas; as características dos principais ecossistemas naturais; fluxos de energia e cadeias alimentares; fatores 51 52 determinantes da dinâmica das populações; capacidade de suporte, curva de Gauss; dinâmica dos sistemas predadores-presa; ciclos bio-geoquímicos; definição, importância e valor da biodiversidade; estudos de agroecossistemas; análise de riscos ambientais e gestão ambiental na agricultura familiar. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Aprofundamento teórico sobre concepção e formas de trabalho pedagógico em escolas de educação básica. PESQUISA 3 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Exercícios sobre as implicações dos conceitos de disciplinaridade, multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade na prática de pesquisa; discussão sobre a “carta de intenções” de pesquisa de cada estudante e primeiro esboço do projeto de pesquisa. TÓPICOS DE MATEMÁTICA Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Progressões – Trigonometria – Matrizes – Sistemas Lineares e Determinantes – Análise Combinatória – Probabilidade – Polinômios e Equações Algébricas. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 3 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudo preparação e produção de materiais para a prática docente; conhecimento e reflexão sobre teorias e experiências pedagógicas inovadoras; análise global e crítica da realidade educacional articulado ao espaço comunidade da vida do educando. SEMINÁRIO INTEGRADOR 1 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) 52 53 Pré-requisito: Não tem Ementa Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes; promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias. 4º PERÍODO TÓPICOS DE GEOMETRIA ELEMENTAR Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Geometria Euclidiana Plana; Geometria Euclidiana Espacial; Geometria Não-Euclidianas. ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA B. Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Geometria analítica plana; Vetores; Espaços Vetoriais, Transformações Lineares; Autovalores e Autovetores. DIDÁTICA DA MATEMÁTICA 1 Carga horária: AT(36) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem O conhecimento matemático e o ensino da Matemática; Objetivos e valores do ensino da Matemática; Noções de transposição didática, contrato didático, situações didáticas, obstáculo epistemológico, registro de representação, campos conceituais, engenharia didática; Matemática e as práticas de ensino, pesquisas contextualizadas; Planejamento didático para a Matemática; Modalidades de Avaliação. QUESTÃO AGRÁRIA Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa 53 54 O que é questão agrária; a evolução da situação de posse e uso da terra no Brasil e a formação do campesinato brasileiro; diferentes teses clássicas sobre a questão agrária brasileira; debate atual sobre reforma agrária e desenvolvimento do campo. INTRODUÇÃO À BOTÂNICA Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Níveis de organização nos vegetais; sistemática vegetal: princípios e conceitos básicos; hierarquia taxonômica; nomenclatura botânica; sistemas de classificação; métodos em taxonomia clássica e biossistemática; morfologia externa e interna de plantas superiores; evolução das estruturas vegetativas e reprodutivas; origem, evolução e dispersão de plantas superiores; descrição e identificação de plantas; reprodução: sexual, gâmica e orgânica; estudo de plantas de interesse econômico regional. INTRODUÇÃO À ZOOLOGIA Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Nomenclatura zoológica e fundamentos práticos de taxonomia zoológica; morfologia, sistemática e fisiologia dos seguintes filos: Protozoa; Platelmintos; Nematelmintos; Annelida, Artropoda e Chordata; filogenia da classe Insecta; identificação em nível de família das principais ordens de insetos de interesse agronômico; método de conservação e identificação de insetos. AGROPEDOLOGIA 1 Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Geologia, mineralogia e pedologia; gênese e morfologia do solo; física e química do solo. Gestão da água; levantamento e classificação de solos; identificação de solos através de métodos de classificação em campo e certificação em laboratório. FISIOLOGIA VEGETAL Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa 54 55 Relações hídricas: transpiração e absorção de água; metabolismo mineral das plantas: nutriente, absorção e transporte de elementos, carências minerais; fotossíntese; respiração; crescimento: germinação de sementes, reguladores do crescimento; desenvolvimento das plantas: vernalização, fotoperiodismo, rendimento das plantas cultivadas; fisiologia da produção. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E MÉTODO DE TRABALHO PEDAGÓGICO 3 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Análise de práticas de gestão de processos educativos desenvolvidas pelos estudantes em escolas de educação básica. PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO CAMPO Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Papel da agricultura camponesa no Brasil; abordagem histórica e debate atual sobre projetos de desenvolvimento do campo e projeto de país. METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 1 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Introdução ao estudo de métodos de organização de base e educação comunitária a partir da experiência dos movimentos sociais e do referencial da educação popular. FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR. Carga Horária: AT(108) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(108) Pré-requisito: Não tem Ementa Lógica de argumentação; Argumentos Válidos; Inferência Lógica; Técnicas de Demonstração; Teoria de conjuntos; Relações de Ordem e Equivalência; Operações internas; Estruturas Algébricas; Os Inteiros. PESQUISA 4 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) 55 56 Pré-requisito: Não tem Ementa O diálogo entre teoria e prática; a importância do rigor metodológico e da consciência do percurso do pensamento na interpretação da realidade; conclusão do projeto de pesquisa; preparação para o início do trabalho de campo; início da pesquisa de campo no Tempo Comunidade. 5º PERÍODO FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL REAL Carga horária: AT(72) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Números reais; Relação de ordem; Intervalos; Valor absoluto. desigualdades; Relações; Funções. Funções transcendentes REALIDADE BRASILEIRA 1 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Visão panorâmica da formação social do Brasil: colônia, emancipação, abolição e revolução burguesa no Brasil; concepções da estrutura agrária brasileira. DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM 1 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Aspectos culturais, neurológicos e psicológicos do desenvolvimento humano e da aprendizagem; estudos específicos sobre o ciclo da adolescência e juventude. HIDRODINÂMICA E TERMODINÂMICA Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa As origens da hidrostática e da hidrodinâmica; hidrostática: os conceitos de pressão e densidade; os princípios de Arquimedes, Pascal, lei de Stevin e vasos comunicantes e suas aplicações no campo; hidrodinâmica e a conservação da energia: a lei de Bernoulli e suas 56 57 aplicações no campo; as origens da termodinâmica; termometria; os conceitos de calor, energia e capacidade térmicas; as formas de transmissão do calor; as leis da termodinâmica; teoria cinética dos gases e a hipótese ergódica; processos isotérmicos, isobáricos e adiabáticos; o ciclo de Carnot. GENÉTICA Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Origem da domesticação de plantas e animais e a mudança do comportamento nômade para sedentário da humanidade; principais centros de domesticação do mundo; primeiras explicações sobre herança e sexo; genes e cromossomos; DNA e o conceito moderno de gene; código genético do DNA às proteínas; mitocôndrias, cloroplastos e bactérias; tipos de divisão celular; conceito de genótipo e fenótipo; noções básicas de probabilidade; Mendel: primeira e segunda leis da herança; dominância completa e incompleta; interação gênica; ligação; melhoramento genético e diversidade genética; transgenia. O ORGANISMO ANIMAL Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Características gerais dos organismos vertebrados e invertebrados; homeostase; sistemas: nervoso, endócrino, digestório, respiratório, circulatório, urinário, reprodutivo e músculo esquelético; neurônios, natureza do impulso nervoso, neurotransmissores; controle do movimento; sentidos: visão, audição, tato, paladar, olfato; sistema de defesa do organismo. INTRODUÇÃO À FITOTECNIA Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90) Pré-requisito: Não tem Ementa Formas e níveis de manipulação de agroecossistemas; estudo de viabilidade técnica e econômica de agroecossistemas; os tipos de cultivos, enfocando as explorações agrícolas nacionais e regionais; noções de ecofisiologia de cultivos anuais; doenças e pragas de principais cultivos regionais; produção de cultivos anuais como: cereais e grãos. INTRODUÇÃO À ZOOTECNIA Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90) 57 58 Pré-requisito: Não tem Ementa A zootecnia e seus objetivos; origem da domesticação das principais espécies produtoras de alimento e trabalho; noções de anatomia e fisiologia animal: ruminantes e monogástricos; nutrição animal: princípios da nutrição, necessidades nutricionais dos monogástricos e ruminantes e balanceamento de dietas alimentares; reprodução animal. AGROCLIMATOLOGIA E HIDROLOGIA Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Clima e seu efeito no meio natural e antrópico; o clima regional e mudanças climáticas; fenômenos climáticos; classificação climática e zoneamento agroclimatológico; radiação solar e balanço de energia; temperatura; umidade do ar; vento e transferência turbulenta; precipitação pluviométrica; evaporação e evapotranspiração; coeficiente cultural; estação agrometeorológica; estratégias de manipulação do ambiente físico de interesse na agropecuária; microclima de ambientes agrícolas parcialmente modificados; aspectos micrometeorológicos relacionados à epidemiologia vegetal e animal; balanço hídrico climatológico; análise de dados de precipitação; ciclo hidrológico; bacias hidrográficas. METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Aprofundamento do estudo de métodos e fundamentos para o trabalho de organização e educação comunitária; orientação metodológica para construir com a comunidade um projeto de intervenção na realidade do campo envolvendo a escola. PESQUISA 5 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Bancas de qualificação do relatório de pesquisa; oficina sobre análise de dados; revisão da redação do relatório de pesquisa e elaboração de artigo no Tempo/Comunidade. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 1 - COMUNIDADE Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120) 58 59 Pré-requisito: Não tem Ementa Análise global e crítica da realidade educacional na relação com os conhecimentos didáticos metodológicos, na práxis com as comunidades do campo. 6º PERÍODO CÁLCULO DIFERENCIAL INTEGRAL Carga horária: AT(72) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Limites; Continuidade; Derivadas; Diferenciais; Integração indefinida; Integração definida. EDUCAÇÃO FINANCEIRA Carga Horária: AT(54) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: não tem Juros, taxas e descontos; Inflação e atualização monetária; Equivalência de capitais; Séries de pagamentos; Depreciação e amortização; Imposto de renda; Investimentos; Previdência social e previdência privada; Mercado financeiro; Mercado de ações. DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Educação e envelhecimento: processos individuais e sociais de envelhecimento; construção social da velhice; especificidade dos processos de aprendizagem na educação de adultos e idosos. MECÂNICA Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa As origens e os principais conceitos da Mecânica, Leis de Newton: estática, cinemática e dinâmica; os conceitos de velocidade e aceleração; movimentos simples; vetores; a lei de Hooke e o sistema massa-mola; o atrito e a dissipação de energia; as leis de Kepler e da gravitação universal; ferramentas básicas da mecânica; força, torque e suas aplicações no 59 60 campo; o conceito de energia mecânica e sua conservação; aplicações dos conceitos da mecânica no campo. ESTUDOS DOS ECOSSISTEMAS DE ENERGIA E CICLOS BIOGEOQUÍMICO Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa O sol na história humana; fluxo de energia na natureza; fotossíntese e o papel dos produtores primários; conceito de ecossistema; cadeias e teias tróficas; conceito de organismo, população e espécie; papel dos grupos de organismos no ecossistema; comunidade e sucessão; interações entre os seres vivos; clima; distribuição dos seres vivos e diversidade de acordo com o clima e quantidade de energia; principais formações vegetais mundiais. OLERICULTURA E PLANTAS MEDICINAIS Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90) Pré-requisito: Não tem Ementa Introdução à olericultura; fatores climáticos e edáficos; planejamento da horta: localização, escolha e preparo do terreno, solo, nutrição; tipos de exploração em olericultura: diversificada, especializada, agroindustrial, horta doméstica, recreativa ou educativa; reprodução de olerícolas; cultivo em ambiente protegido; irrigação; controle fitossanitário; comercialização; principais famílias botânicas; identificação e cultivo; estudo das plantas medicinais; valorização do conhecimento popular. AGROPEDOLOGIA 2 Carga Horária: AT(90) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(90) Pré-requisito: Não tem Ementa Biologia do solo; matéria orgânica e ciclo do nitrogênio; atividade biológica; gestão do fósforo; complexo sortivo e gestão das bases; toxicidade e desequilíbrio mineral; comportamento face a determinada prática cultural e diagnóstico pedológico; potencial de fertilidade química; acidez e calagem; a queimada e seus efeitos nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo; avaliação da fertilidade do solo; adubos e adubação orgânica e mineral. FUNDAMENTOS EM TOPOGRAFIA PARA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 60 61 Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Conceitos fundamentais em: planimetria, altimetria; topologia: formas gerais de modelado topográfico; processo de representação; traçado das poligonais; perfis topográficos; símbolos e convenções; noções de cartografia; noções em sensoriamento remoto; noções em posicionamento por satélite (GPS); legislação ambiental. METODO DE ORGANIZAÇÃO E EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA 3 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Análise de práticas e projetos de intervenção na realidade desenvolvidos pelos estudantes no tempo/espaço comunidade: método de trabalho e projeto de desenvolvimento do campo em que se inserem. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(18) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Oficina sobre análise de dados e conclusão do trabalho monográfico; conclusão da redação da monografia. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 2 – EJA Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120) Pré-requisito: Não tem Ementa Prática educativa com jovens e adultos; cultura e cotidiano escolar: sujeitos, saberes, espaços e tempos; planejamentos e avaliações; identidade dos sujeitos da escola: classe social, gênero, sexualidade e etnia. SEMINÁRIO INTEGRADOR 2 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes; 61 62 promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias. 7º PERÍODO EQUAÇÕES DIFERENCIAIS APLICADAS Carga horária: AT(54) AP(00) APS(00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Equações diferenciais ordinárias de primeira ordem; Equações diferenciais ordinárias de segunda ordem. Aplicações. ESTATÍSTICA Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: não tem Estatística descritiva. Distribuição amostral. Estimação pontual e por intervalos. Testes de hipóteses. Análise de regressão linear simples. POLÍTICA EDUCACIONAL 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Análise crítica e contextualizada das políticas e formas de organização da educação básica brasileira; educação de jovens e adultos (EJA) na legislação brasileira, limites e possibilidades. TEORIA PEDAGÓGICA 4 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa A educação básica sob os princípios do trabalho, da ciência e da cultura; especificidade do ensino médio; estudos sobre politecnia, educação tecnológica e educação profissional desde a realidade do campo. ELETROMAGNETISMO E ELETRICIDADE Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem 62 63 Ementa Eletrostática e o conceito de carga elétrica; lei de Coulomb; campo elétrico; potencial elétrico e a capacitância; eletrodinâmica e o conceito de corrente elétrica; a resistência elétrica e a lei de Ohm; circuitos elétricos e suas aplicações no campo; as leis de Kirchoff; as origens do eletromagnetismo; o magnetismo terrestre e o funcionamento da bússola; campo magnético; força magnética; campo magnético produzido por correntes; indução e indutância eletromagnética. FORRAGICULTURA Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Importância e estudo das espécies forrageiras; critérios de escolha da espécie a ser utilizada; implantação, formação e manejo de pastagens; controle de pragas e doenças; uso de leguminosas em consórcio com pastagens; implantação, formação e manejo de bancos de proteína; uso e formação de capineiras; principais espécies forrageiras utilizadas como capineiras; degradação e recuperação de pastagens degradadas; métodos de conservação das forrageiras: fenação e ensilagem. SISTEMA DE CULTIVO E DE CRIAÇÃO Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa O estudo agronômico de cultivos: metodologia de diagnose; estudo das condições do meio agrícola: práticas do agricultor; zoneamento do conjunto das parcelas; a roça como componente do estabelecimento agrícola, composição hierarquizada de um sistema de produção; ampliação da visão da parcela para a micro-região; sistematização e elaboração de diagnósticos sobre os sistemas de cultivos característicos da agricultura familiar regional; definição do sistema de criação; estrutura e interrelações do sistema de criação; fluxos e funcionamento do sistema de criação; produtividade do rebanho; fatores externos do sistema de criação; relações entre sistemas de cultivo e criações. ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS PARA AGRICULTURA FAMILIAR Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa 63 64 Discussão, reflexão e prática de elaboração de projetos voltados para a agricultura familiar; a agricultura familiar como unidade de produção e suas especificidades com relação a projetos e financiamentos; captação de recursos; programas e órgãos financiadores; acompanhamento e execução de projetos. DESENVOLVIMENTO RURAL Carga Horária: AT(72) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(72) Pré-requisito: Não tem Ementa Desenvolvimento rural; desenvolvimento agrícola; interdisciplinaridade nas questões de desenvolvimento; noção de desenvolvimento sustentável; aspectos históricos da agricultura no Brasil; a agricultura familiar no Brasil; os diferentes instrumentos de intervenção do estado nacional para o desenvolvimento rural: infra-estrutura; política agrária; incentivos; subvenções; proteção de mercado; a evolução do pensamento no Brasil sobre o papel da agricultura familiar; a evolução das políticas públicas e suas conseqüências sobre a agricultura familiar; as instituições de apoio à agricultura, de pesquisa, de formação e de desenvolvimento no Brasil e as suas relações com a agricultura familiar e as organizações de produtores. RECURSOS FLORESTAIS NA PROPRIEDADE RURAL Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Importância econômica, social e ecológica de florestas; situação florestal do Brasil e do Paraná; sementes e mudas florestais; implantação de florestas; sistemas agroflorestais; tratos culturais em florestas; noções de manejo florestal; rentabilidade de florestas e sistemas florestais. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Defesa da monografia perante banca e redação de artigo a partir da monografia. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 3 – GESTÃO E DOCÊNCIA Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120) Pré-requisito: Não tem 64 65 Ementa Docência na área de habilitação e gestão de processos educativos na escola; gestão educacional, formas de implementação e operacionalização de uma gestão democrática e emancipadora. SEMINÁRIO INTEGRADOR 3 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes; promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias. INTRODUÇÃO À ANÁLISE REAL Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Cálculo Diferencial Integral Conjunto dos números naturais; Conjuntos finitos, infinitos, enumeráveis e não-enumeráveis; corpo dos números reais ordenados e completos. 8º PERÍODO REALIDADE BRASILEIRA 2 Carga Horária: AT(54) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(54) Pré-requisito: Não tem Ementa Visão panorâmica da história da formação do povo brasileiro desde suas matrizes étnicas e culturais; debates contemporâneos sobre alternativas de desenvolvimento para o Brasil e os desafios de construção de um projeto de nação. POLÍTICA EDUCACIONAL 3 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo; educação rural nas constituições brasileiras; educação rural e legislação educacional; educação no campo. 65 66 ESCOLA E EDUCAÇÃO DO CAMPO 2 Carga Horária: AT(36) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(36) Pré-requisito: Não tem Ementa Estudos sobre a escola na perspectiva da Educação do Campo. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 4 - GESTÃO E DOCÊNCIA Carga Horária: AT(120) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(120) Pré-requisito: Não tem Ementa Docência e gestão de processos educativos escolares; escola com espaço de trabalho coletivo de reflexão e ação cotidianas; projeto político pedagógico: instrumento teóricometodológico de organização do trabalho pedagógico da sala de aula e da escola na sua totalidade. SEMINÁRIO INTEGRADOR 4 Carga Horária: AT(18) AP(00) APS (00) APCC(00) TA(18) Pré-requisito: Não tem Ementa Espaço destinado a garantir a discussão interdisciplinar dos temas incluídos nas linhas de pesquisa do curso e a socialização dos projetos de pesquisa realizados pelos estudantes; promover a interlocução entre os docentes participantes do curso nas diferentes áreas de conhecimento, enriquecendo a construção das pesquisas e monografias. 4.6 ATIVIDADES COMPLEMENTARES As atividades complementares obedecerão ao estabelecido no Regulamento para Atividades Complementares dos Cursos de Graduação da UTFPR. 4.7 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO As Diretrizes para os Cursos de Graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o Regulamento da Organização Didática Pedagógica aplicável ao curso, assim como o Regulamento de Estágio Curricular Obrigatório da UTFPR, definirão os procedimentos operacionais para este modelo de atividade de ensino. O Estágio Curricular Supervisionado desenvolvido no Curso deverá obedecer ao regulamento Geral de Estágio da UTFPR. 66 67 O Estágio Curricular Supervisionado será realizado nas comunidades de origem dos educandos, e será acompanhado pelos professores do Curso, pelos especialistas da área e pelos movimentos sociais, prioritariamente, em Escolas Públicas do campo e articulado, preferencialmente, aos projetos parceiros de educação dos movimentos sociais. O Estágio Supervisionado, em suas etapas específicas, compreenderá a carga horária distribuída ao longo do Curso. 4.8 TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO O trabalho de Conclusão de Curso obedecerá ao Regulamento para Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para os Cursos de Graduação da UTFPR. A monografia é trabalho de caráter científico, produzido como resultado de pesquisa, a partir de fontes conceituais ou empíricas, articulando conhecimentos construídos ao longo do curso, articulado com as linhas de pesquisa da Educação do Campo. 4.9 PLANOS DE ENSINO E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Os planos de ensino e as referências bibliográficas das disciplinas seguem o Projeto Pedagógico do Curso e serão constantemente revisados durante a semana de planejamento de ensino no início do semestre. Portanto, devido à dinâmica de atualização desses documentos, os mesmos não foram incluídos na presente proposta. 67 68 5 INFRA-ESTRUTURA DO CURSO. A seguir é apresentada uma relação das instalações e equipamentos disponíveis para o uso do curso. Para tal, além da infra-estrutura do Setor Administrativo e de Apoio (incluindo o ginásio esportivo), e da Biblioteca, existem doze Unidades de Ensino e Pesquisa (UEPs) e quatro laboratórios. 5.1 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Tabela 5.1.1 – Área destinada ao setor administrativo e de apoio Instalação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Almoxarifado Alojamento (com vagas para 120 alunos) Ginásio esportivo Cozinha/Refeitório/Auditório Depósito Guarita Lavanderia Residência funcional (casa de hóspedes) Residência funcional (pessoal administrativo) Residência funcional (pessoal de apoio) Salas administrativas Vestiário (para alunos semi-internos) Total Qtde. 01 03 01 01 01 01 01 01 04 04 15 01 34 Área/ Instalação (m2) 300,00 300,27 1.253,69 766,11 164,25 4,00 107,75 172,26 117,20 78,66 179,67 Tabela 5.1.2 – Área destinada ao setor pedagógico e de pesquisa Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Laboratórios 04 56,71 2. Pátio coberto, cantina e banheiros 01 299,98 3. Sala de audiovisuais 01 69,70 4. Sala para biblioteca com 3 ambientes 01 203 5. Salas de aula 11 46,10 6. Salas para professores 09 19,89 Total 26 Área Total (m2) 300,00 900,81 1.253,69 766,11 164,25 4,00 107,75 172,26 468,68 314,64 551,30 179,67 5.183,28 Área Total (m2) 226,84 299,98 69,70 203,00 507,10 179,01 1.485,63 5.2 BIBLIOTECA E ACERVO BIBLIOGRÁFICO A Biblioteca oferece aos seus usuários os seguintes serviços: • orientação para a utilização da Biblioteca; • orientação aos usuários em suas pesquisas; • consulta local; 68 69 • empréstimo domiciliar; • reserva de materiais; • empréstimo entre Bibliotecas; • levantamento bibliográfico; • portal de Periódicos Capes. • orientação para a normalização de trabalhos acadêmicos, de acordo com a ABNT; • catalogação na fonte; Tabela 5.2.1 – Composição do Acervo Tipo de obra Livros Folhetos Periódicos Anais DVD Total Títulos 3282 863 156 111 170 4582 Exemplares 6071 1225 2886 187 185 10554 5.3 SETORES DE PRODUÇÃO E PESQUISA Tabela 5.3.1 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Produção de Mudas Instalação Instalação Qtde. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Viveiro - área sombreada Viveiro - área sombreada para cultivo Estufa para produção de mudas Estufa túnel baixo Galpão de ferramentas Sala ambiente, escritório e banheiros Telado para produção de mudas Total 01 01 01 01 01 01 01 07 960,0 357,0 50,0 37,5 40,0 100,1 50,0 Tabela 5.3.2 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Fruticultura Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Sala de apoio 01 50,0 Total 01 Tabela 5.3.3 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Silvicultura Instalação 1. 2. 3. 4. 5. Área/instalação (m2) 960,0 357,0 50,0 37,5 40,0 100,1 50,0 1.594,6 Floresta Estacional Semidecidual em estágios médio e inicial de regeneração Trilha de interpretação ecológica Plantios de recuperação ambiental com espécies nativas Talhões de espécies florestais exóticas Arboreto Total Área Total (m2) 50,0 50,0 Qtde. 01 Área Total (m2) 483.000,0 01 06 02 01 11 2.000,0 50.000,0 17.000,0 14.000,0 566.000,0 69 70 Tabela 5.3.4 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Plantas Medicinais e Aromáticas Instalação Qtde. Área/instalação Área Total 2 (m ) (m2) 1. Área de cultivo 01 400,0 400,0 Total 01 400,0 Tabela 5.3.5 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Paisagismo* Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Sala de apoio 01 25,0 Total 01 Área Total (m2) 25,0 25,0 * Composta por todos os espaços destinados à jardinagem e paisagismo do Campus. Tabela 5.3.7 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Mecanização Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Carpintaria 01 192,02 2. Galpão para abrigo de máquinas 01 648,01 3. Paiol 01 133,60 01 76,90 4. Residência funcional 5. Sala ambiente, escritório e banheiros 01 100,10 Total 05 Área Total (m2) 192,02 648,01 133,60 76,90 100,10 1.150,63 Tabela 5.3.7.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em Mecanização Equipamentos Qtde. 1. Arado com 3 discos reversíveis 01 2. Arado subsolador com engate hidráulico de 5 hastes 01 3. Armário de aço com duas portas 02 4. Bebedouro elétrico industrial 01 5. Bigorna em ferro fundido com 20 kg 01 6. Bomba hidráulica acionada por roda d’água 01 7. Bomba p/ combustível rotativa com filtro para tambor de 200 l 01 8. Bomba para graxa manual 20 kg 01 9. Cadeira universitária com porta livros e prancha fixa 50 10. Carreta agrícola de 4,5 ton com 2 eixos 01 11. Cavaletes para mecânico – capacidade de 6 ton 05 12. Colheitadeira de forragem para silagem 01 13. Compressor de ar capacidade 200 libras 01 14. Conjunto de irrigação agrícola 01 15. Cultivador adubador com duas caixas de adubo 01 16. Distribuidor de esterco com capacidade de 4.000 l 01 17. Enxada rotativa agrícola 01 18. Furadeira de bancada – motor 0,5 cv 01 19. Grade aradora, 12 discos recortados 01 20. Hidrocompressor de alta pressão 01 21. Macacos hidráulicos tipo garrafa com capacidade de 2 ton 02 22. Mesa em madeira para escritório 02 70 71 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. Micro-trator com 2 rodas, sistema de engate rápido Moto-esmeril com rebolo e escova Pulverizador costal de 20 l Pulverizador de barras com tanque de 400 l Roçadeira mecânica com roda traseira Sulcador adubador de 2 linhas Torno de bancada em ferro fundido fixo Trator agrícola diesel quatro rodas, potência 14 cv Trator agrícola diesel, tração 4x4, potência 40 cv Turbo atomizador com capacidade 400 l 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 Tabela 5.3.8 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Piscicultura Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Laboratório para produção de alevinos 01 120,0 2. Viveiro (Açude) 04 20,0 Total 05 Tabela 5.3.9 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Apicultura Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Apiário 01 5.000 Total 01 Tabela 5.3.10 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Avicultura Instalação Qtde 1. Galpão de avicultura de corte automatizado 01 2. Galpão de avicultura de postura 02 3. Residência funcional 01 4. Sala ambiente, escritório e banheiros 01 Total 05 Área Total (m2) 120,0 80,0 200,0 Área Total (m2) 5.000,0 5.000,0 Área (m2) 1.800,00 372,24 76,90 100,10 Tabela 5.3.11 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Suinocultura Instalação Qtde. Área/ Instalação (m2) 1. Complexo contendo unidade produtora de 01 300 leitões – instalações para 42 matrizes, com sala ambiente, escritório, farmácia, banheiros e alojamento para plantonista 2. Esterqueira e fossa séptica 01 635,48 3. Residência funcional 01 76,90 Total 03 Tabela 5.3.12 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Bovinocultura Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Área destinada à pastagem 01 144.600,00 Total (m2) 1.800,00 744,48 76,90 100,10 2.721,48 Área Total (m2) 300 635,48 76,90 1.012,38 Área Total (m2) 144.600,00 71 72 2. Campo experimental e demonstrativo de plantas forrageiras 3. Complexo contendo instalações para gado leiteiro, sala ambiente, sala de ordenha, escritório, depósito e banheiros 4. Residência funcional Total 01 3.350,00 3.350,00 01 280,52 280,52 01 04 76,90 76,90 148.307,40 Tabela 5.3.12.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em Bovinocultura Equipamentos Qtde. 1. Conjuntos de ordenha 03 2. Resfriador de expansão com capacidade de 1.000 l 01 Tabela 5.3.13 – Unidade de Ensino e Pesquisa em Agroindústria Instalação Qtde. Área/instalação (m2) 1. Abatedouro 01 121,03 2. Curral de espera 01 27,47 3. Fábrica de ração 01 131,09 Total 03 Área Total (m2) 121,03 27,47 131,09 279,59 Tabela 5.3.13.1 – Equipamentos Disponíveis na Unidade de Ensino e Pesquisa em Agroindústria Equipamentos Qtde. 1. Arquivo de metal 02 2. Balança eletrônica de bancada, capacidade 250 kg 02 3. Balcão com duas portas, 1,2 m com pia inox 01 4. Cadeira universitária com porta livros 30 5. Caldeira, capacidade 100 kg 01 6. Câmara fria para maturação de queijo 01 7. Câmara frigorífica 01 8. Depenador de frango em aço inox 01 9. Engenho de cana de açúcar com capacidade de 400 l por hora 01 10. Fogão industrial 04 bocas com forno 01 11. Freezer Vertical EF340 Esmaltec 110 01 12. Máquina elétrica de moer carne 01 13. Mesa em madeira para escritório 02 14. Mesa para evisceração 01 15. Misturador para salame, capacidade 50 kg 01 16. Pasteurizador de leite a placa, capacidade 300 l 01 17. PHmetro de bancada com eletrodo sensor 01 18. Sala de maturação de salame 01 19. Sangrador para aves em aço inox 01 20. Serra fita para cortar carne 01 21. Tacho para fabricação de doce de leite 01 72 73 5.4 LABORATÓRIOS Tabela 5.4.1 – Laboratório de Bromatologia e Microbiologia Equipamentos 1. Agitador magnético com aquecimento 2. Balança analítica (precisão) 3. Bomba a vácuo 4. Capela de exaustão 5. Chapa aquecedora com resistência e dimmer de temperatura nominal até 300º C. 6. Compressor hermético com no mínimo 1/6 hp a base de óleo 7. Deionizador de água capacidade de 50 l por hora 8. Estufa de secagem e esterilização 9. Manta aquecedora para balões de fundo redondo, capacidade de 250 ml 10. pHmetro digital microprocessado; permite a análise com resolução 0,01 11. Sistema de determinação de nitrogênio por destilação e digestão, com exaustão de vapores ácidos para 8 provas macro. 12. Termômetro de máxima e mínima Tabela 5.4.2 – Laboratório de Qualidade do Leite Equipamentos 1. Balança de precisão com capacidade mínima de 2.200 g, sensibilidade de aproximadamente 0,01g 2. Banho maria digital 3. Barrilete para o depósito de água purificada, capacidade mínima de 30 l. 4. Butirômetro para o leite 5. Centrífuga para 8 butirômetros com rotação 1.100 rpm 6. Chapa aquecedora com resistência e dimmer de temperatura nominal até 300ºC. 7. Crioscópio eletrônico digital destinado a determinar o ponto de congelamento do leite. 8. Destilador de água 9. Estufa bacteriológica 10. Estufa para secagem e esterilização 11. PHmetro digital microprocessado; permite a análise com resolução 0,01 12. Microscópio binocular 13. Mini-agitador magnético sem aquecimento com capacidade de agitação de até 5.000 ml 14. Refratômetro manual escala de 0 a 32% Tabela 5.4.3 – Laboratório de Microbiologia e Fitopatologia Equipamentos 1. Agitador magnético 2. Agitador mecânico 3. Autoclave vertical mr. Phoenix 4. Balança de precisão capacidade 5.000 g 5. Banho Maria 6. Bomba a vácuo 7. Câmera de fluxo laminar 8. Capela de exaustão 9. Colorímetro Qtde. 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 02 Qtde. 02 01 01 08 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 Qtde. 01 01 01 01 01 01 01 01 01 73 74 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. Condicionador de ar 10.000 btus Direcionador mod. P104p mr. Paragon Estereomicroscópios completos Estufa de cult.bacteriol Estufa de secagem Evaporador rotativo Freezer Germinador de grãos Micro-centrífuga refrigerada Microscópio completo Microscópio Studar completo (ufc system) mb5ro Microscópio Studar gmdo completo Nortex PHmetro Refrigerador Tabela 5.4.4 – Laboratório de Informática Instalação 1. Sala ambiente Total 01 01 07 01 01 01 01 01 01 04 01 04 01 01 01 Qtde 01 01 Área (m2) 56,71 Total (m2) 56,71 56,71 Tabela 5.4.4.1 – Equipamentos Disponíveis no Laboratório de Informática Equipamentos 1. Cadeira 2. Computador conectado a internet 3. Mesa para computador Qtde. 15 15 15 Tabela 5.4.4.2 – Recursos Áudio-Visuais do Laboratório de Informática Recurso 1. DVD 2. Projetor multimídia 3. Retroprojetor 4. Televisão 29 polegadas 5. Videocassete Qtde. 02 07 07 02 02 74 75 6 CORPO DOCENTE O corpo docente será composto pelos professores dos cursos existentes no Campus de Dois Vizinhos da UTFPR. Todos os professores que ministrarem aulas no curso deverão fazer parte das reuniões, da organização do curso, acompanhar o projeto pedagógico e demais atividades pertinentes. No decorrer do Curso, algumas disciplinas poderão ser ministradas por professores convidados de outras instituições. Os professores relacionados a seguir constituem a equipe docente que estão potencialmente comprometidos com a implantação do curso de licenciatura para educadores do campo. O quadro ainda poderá sofrer alterações pontuais quando da implementação do curso, considerando as alterações próprias da distribuição docente ao início de cada ano letivo e a adequação às disciplinas previstas no PPP do curso. Além dos professores pertencentes ao quadro do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, que terão a carga horária destinada a atender as disciplinas do curso de Licenciatura em Educação do Campo incluídas em seu plano de atividades docentes, a proposta aprovada junto ao Ministério da Educação, por meio do Edital n° 9, de 29 de abril de 2009 prevê recursos para contratação de professores, para as áreas nas quais o quadro de docentes do Campus Dois Vizinhos da UTFPR não está apto a atender, ou que, por ventura, não disponha de carga horária suficiente para o atendimento das disciplinas propostas. A contratação de professores que se fizer necessária ocorrerá mediante contratação direta para o cumprimento de carga horária determinada, tendo o seu valor fixado em R$ 50,00 por hora. 6.1 RELAÇÃO DE DOCENTES. Quadro 3 - Relação dos professores potencialmente comprometidos com a implantação do Curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR. DOCENTE Adalberto Luiz de Paula Adriana Sbardelotto Di Domenico Alessandro Jaquiel Waclawovsky Alfredo de Gouvêa GRADUAÇÃO TITULAÇÃO Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. Em Agronomia Licenciada em Matemática Eng. Agrônomo M.Sc em Matemática Licenciado em M.Sc. em Agronomia e Dr. Em Ciências Agrárias M.Sc. e Dr. em Agronomia Eng. Agrônomo D.E D.E D.E D.E Ciências Agrícolas Almir Antônio Gnoatto REGIME DE TRABALHO M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E 75 76 Amanda Claro Química Gutierrez Américo Wagner Ciências Eng. Agrônomo Júnior André Ponzoni Angélica Signor Licenciatura em M.SC. Física da Matéria Física Condensada Eng. Agrícola M.Sc. Agronomia; Dr. Eng. Agrícola Eng. Agrônomo D.E 40hs D.E M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E Ramos Dalva Paulus Eng. Agrônoma M.Sc. e Dr. em Agronomia Daniela Estevans Licenciado em M.Sc. em Ciências Ciências Biológicas Biológicas/Botânica Licenciada em M.Sc. em Ciências Ciências Biológicas Biológicas e Dr. em Daniela Macedo Lima D.E M.Sc. Agronomia/Dr. (PósDoc) em Fitotecnia Mendes Celso Eduardo Pereira M.Sc. em Ciências e Dr. Em D.E D.E D.E Ciências Eleandro José Brun Eng. Florestal M.Sc. e Doutor em Eng. Florestal Everton Ricardi Licenciado em M.Sc. Agronomia/Produção Lozano da Silva Ciências Biológicas Vegetal Fernando Campanha Eng. Florestal M.Sc. Biologia Vegetal e Dr. Bechara Recursos Florestais Flares Tadeu de Liz Lic. Letras Esp. L. Portuguesa Jean Carlo Possenti Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. Ciência e Tecnologia de sementes Magnos Fernando Zootecnista D.E D.E D.E D.E M.Sc. Zootecnia D.E Ziech Maria Madalena D.E Eng. Cartográfica Santos da Silva M.Sc e Dr. em Ciências Geodésicas D.E D.E Sklarski Michele Potrich Ciências Biológicas M. Sc. Em Agronomia Paulo Cesar Eng. Agrônomo M.Sc. Solos, Dr. (Pós-Doc) Conceição Solos D.E Paulo Segatto Cella Zootecnista M.Sc. e Dr. Zootecnia D.E Paulo Sergio Pavinato Eng. Agrônomo M. Sc. em Ciência do Solo e D.E 76 77 Dr. Agronomia Raquel de Almeida Física M.Sc. em Física D.E Rocha Ponzoni Sérgio Miguel Mazaro Eng. Agrônomo M.Sc. e Dr. em Agronomia D.E Serinei Cesar Grigolo Eng. Agrônomo M.Sc. em Agronomia D.E Sidemar Pressotto Eng. Agrônomo M.Sc. Sociologia D.E Nunes Thomas Newton Eng. Agrônomo Martin M.Sc. Agronomia; Dr. em Produção Vegetal D.E 6.2 RELAÇÃO DISCIPLINAS/NÚCLEOS E DOCENTES MINISTRANTES Disciplina Núcleo Possível Docente Ministrante NÚCLEO DE ESTUDOS BÁSICOS – NEB Teoria Pedagógica 1 Teoria Pedagógica 2 Teoria Pedagógica 3 Teoria Pedagógica 4 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 1 Desenvolvimento Humano e Aprendizagem 2 Professor Pedagogo Professor Pedagogo Professor Pedagogo Professor Pedagogo Professor Externo Economia Política Economia Política 1 Economia Política 2 Economia Política 3 Questão Agrária Realidade Brasileira 1 Realidade Brasileira 2 Professor externo Professor externo Professor externo Professor externo Professor externo Professor externo Filosofia Filosofia 1 Filosofia 2 Filosofia 3 Professor externo Professor externo Professor externo Política Educacional Política Educacional 1 Política Educacional 2 Política Educacional 3 Professor Pedagogo Professor Pedagogo Professor Pedagogo Linguagens, Leitura, Interpretação e Produção de Textos Técnicas de Leitura e Interpretação de Professor Substituto Textos Técnicas de Produção de Textos Professor Substituto Libras 1 Professor da Área Libras 2 Professor da Área Teoria Pedagógica Professor Externo NÚCLEO DE ESTUDOS ESPECÍFICOS – NEE 77 78 Linguagens Mediações entre Forma Social e Forma Professor externo Estética Estética e Política Professor externo Ciências da Natureza e Matemática Ciências Humanas e Sociais Saúde, Sexualidade e Reprodução Tópicos de Matemática Ciências Agrárias Professor externo Professor externo Introdução ao Estudo da Área de Professor Externo Ciências Humanas e Sociais Conceitos Organizadores das Ciências Professor externo Humanas e Sociais Gestão da Unidade Familiar Produção Ecologia de Agroecossistemas ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências da Natureza e Matemática Tópicos de Geometria Elementar de Almir Antônio Gnoatto Everton Ricardi Lozano da Silva Professor Externo Fundamentos de Matemática Elementar Professor Externo Álgebra Linear e Geometria Analítica Funções Reais de uma Variável Real Ciências da Natureza e Cálculo Diferencial e Integral Estatística Matemática Educação Financeira Hidrodinâmica e Termodinâmica Genética O Organismo Animal Mecânica Professor Externo Professor Externo Professor Externo André Ponzoni Professor Externo Professor Externo Alessandro Jaquiel Waclawovsky Marcelo Marcos Montagner Professor Externo Introdução à Análise Real Professor Externo Estudo de Ecossistemas de Energia e Everton Ricardi Lozano da Silva Ciclos Biogeoquímicos Didática da Matemática Professor Externo Eletromagnetismo e Eletricidade Professor Externo Equações Diferenciais Aplicadas Professor Externo ÁREA DO CONHECIMENTO (ÊNFASE) Ciências Agrárias Tema Introdução à Botânica Contextual I – Introdução à Zoologia Estudos do Agropedologia 1 Meio Biofísico Fisiologia Vegetal Recursos Florestais na Propriedade Rural Tema Introdução à Fitotecnia Contextual II– Introdução à Zootecnia Sistemas de Agroclimatologia e Hidrologia Produção Tema Forragicultura Contextual III Daniela Estevan Professor Externo Professor Externo Américo Wagner Júnior Eleandro José Brun Professor Externo Professor Externo Adalberto Luiz de Paula Magnos Fernando Ziech 78 79 – Práticas Olericultura e Plantas Medicinais Agrícolas Agropedologia 2 Tema Fundamentos em Topografia Legislação Ambiental Contextual IV– Elaboração e Análise Ferramentas Projetos para Agricultura Familiar para o Desenvolvimento Rural desenvolvime Sistema de Cultivo e de Criação nto rural Celso Eduardo P. Ramos Professor Externo para Maria Madalena Santos da Silva Sklarski de Sidemar Pressotto Nunes Gestão de Processos Educativos Escolares Escola e Escola e Educação do Campo 1 Educação do Escola e Educação do Campo 2 Campo Organização Escolar e Método de Trabalho Pedagógico Organização Escolar e Trabalho Pedagógico 1 Organização Escolar e Trabalho Pedagógico 2 Organização Escolar e Trabalho Pedagógico 3 Serinei Cesar Grigolo Professor Externo Professor Substituto Professor Substituto Método de Professor Pedagogo Método de Professor Pedagogo Método de Professor Pedagogo Gestão de Processos Educativos nas Comunidades Projeto de Projeto de Desenvolvimento do Campo Professor Substituto Desenvolvime nto do Campo Sujeitos do Sujeitos do Campo Professor Externo Campo Métodos de Métodos de Organização e Educação Professor Substituto Organização Comunitária 1 e Educação Métodos de Organização e Educação Professor Substituto Comunitária Comunitária 2. Métodos de Organização e Educação Professor Substituto Comunitária 3. NÚCLEOS DE ATIVIDADES INTEGRADORAS – NAI Pesquisa Pesquisa 1 Pesquisa 2 Pesquisa 3 Pesquisa 4 Pesquisa 5 Trabalho de Conclusão de Curso 1 Trabalho de Conclusão de Curso 2 Professor Externo Professor Externo Professor Externo Professor Externo Professor Externo Professor Substituto Professor Substituto Práticas Pedagógicas Práticas Pedagógicas 1 Práticas Pedagógicas 2 Práticas Pedagógicas 3 Professor Pedagogo Professor Pedagogo Professor Pedagogo 79 80 Estágios Seminários Integradores Estágio Curricular Comunidade Estágio Curricular EJA Estágio Curricular Gestão e Docência Estágio Curricular Gestão e Docência Supervisionado 1 – Professor Pedagogo Supervisionado 2 – Professor Pedagogo Supervisionado 3 – Professor Pedagogo Supervisionado 4 – Professor Pedagogo Seminário Integrador 1 Seminário Integrador 2 Seminário Integrador 3 Seminário Integrador 4 Professor Externo Professor Externo Professor Externo Professor Externo 80 81 ANEXOS 81 82 ANEXO 1 REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR Proposta elaborada Com base no REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICOPEDAGÓGICA DOS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA DA UTFPR, pela equipe: Profª MSc. Vanice Schossler Sbardeloto Prof. Dr. Alfredo de Gouvêa Prof. Dr. Celso Eduardo Pereira Ramos Prof. MSc. Serinei Cesar Grigolo Abril, 2010. 82 83 REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR O Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), tendo em vista a Lei nº 9.394, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996 e a Lei nº 11.184, Lei de transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná em Universidade Tecnológica Federal do Paraná, de 07 de outubro de 2005, aprova o presente Regulamento, aplicável ao curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR. Capítulo I DA NATUREZA DOS CURSOS Art. 1º – O curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR deve ser estruturado de forma a atender o que estabelecem o Estatuto da UTFPR, as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Bacharelado e Licenciatura da UTFPR e demais diretrizes aplicáveis. Capítulo II DO CURRÍCULO E PROGRAMA DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO DO CAMPUS DOIS VIZINHOS DA UTFPR Art. 2º – O currículo pleno do curso de Licenciatura em Educação no Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR obedece ao disposto na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei 11.184 de 07 de outubro de 2005 e nas Resoluções específicas expedidas pelos órgãos competentes. § 1º – O currículo referido no caput do artigo é o conjunto de disciplinas e atividades constantes do curso, organizado em regime semestral de alternância – tempo/escola e tempo/comunidade – e apresentados com as respectivas denominações e localização por período, cargas horárias, ementas. § 2º – O currículo a que se refere este artigo, com as disciplinas ordenadas em obrigatórias e optativas, serão submetidas para aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e PósGraduação. § 3º – Deve ser elaborado Plano de Ensino para cada disciplina constante na matriz curricular de cada curso. Art. 3º – Os Planos de Ensino das disciplinas dos currículos, deverão conter no mínimo: a) objetivo geral da disciplina; b) objetivos específicos da disciplina; c) carga horária em aulas teóricas e/ou práticas, atividades práticas como componente curricular e total; d) ementa da disciplina; e) conteúdos programáticos; f) metodologia para aulas teóricas e/ou práticas e atividades práticas como componente curricular f) descrição dos critérios e forma de avaliação; 83 84 h) bibliografia (básica e complementar). Parágrafo único - No início de cada período letivo é obrigatória a divulgação aos alunos matriculados na disciplina, pelo docente, do conteúdo programático e critérios de avaliação. Art. 4º – Os Planos de Ensino deverão ser apresentados pelos professores e aprovados pela coordenação do curso a cada período letivo. Art. 5º – As alterações dos ementários e/ou dos currículos serão propostas pela coordenação de Curso e sua implantação dependerá de aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação. Parágrafo Único - As alterações a que se refere o caput deste artigo, só entrarão em vigor no período letivo seguinte ao da aprovação. Capítulo III DO REGIME ESCOLAR Art. 6º – O curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR será desenvolvido em regime semestral, em períodos de alternância em tempo/escola e tempo/comunidade, sendo o ano civil dividido em dois períodos letivos de, no mínimo, 100 (cem) dias de efetivo trabalho acadêmico em cada um, excluído o tempo reservado aos exames finais. § 1º – O Tempo Escola é o período de presença direta dos alunos em atividades na Universidade. Organiza-se esse tempo, conforme estratégias pedagógicas definidas em cada momento, com a coordenação, educadores e alunos. Cada módulo de conteúdos consiste de unidades didáticas oferecidas em meses concentrados de aulas, seguidas de um período em que o acadêmico retorna para o meio rural, para desenvolver atividades de campo (Tempo Comunidade). § 2º – O Tempo Comunidade se caracteriza por ser um tempo presencial dos alunos nas comunidades de origem, ou seja, nas propriedades rurais, na família, assentamentos, acampamentos, associações, organizações sociais, entre outras, realizando tarefas previstas em projetos que se originam de problemáticas locais e atividades construídas conjuntamente com os educadores do Curso. § 3º – O período destinado ao tempo/comunidade é parte integrante do período que compreende o semestre de efetivas atividades acadêmicas. § 4º – O Tempo Escola terá no mínimo 50% dos dias de efetivo trabalho acadêmico. § 5º – O Tempo Escola será composto de períodos de seis dias de presença direta dos alunos no Campus, com no máximo 54 aulas, sendo no máximo 9 horas/aulas diárias. Art. 7º – O Calendário Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, será elaborado anualmente pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional do Campus, e encaminhado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação para aprovação. Art. 8º – O detalhamento do Calendário Acadêmico será elaborado pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional do Campus Dois Vizinhos e nele deverão constar, no mínimo, os seguintes itens: I. período de matrícula; II. datas de início e término dos períodos letivos; III. datas de início e término de eventual período letivo especial; IV. período para pedidos de transferência por alunos provenientes de outras instituições; V. data limite para solicitação de equivalência ou convalidação de disciplinas; VI. data limite para cancelamento de matrícula em disciplina; 84 85 VII. período para realização de segunda chamada; VIII. período para realização dos exames finais; IX. datas limite para o lançamento de notas, freqüência e entrega dos diários de classe à divisão de registros acadêmicos; X. períodos para o planejamento das atividades de ensino; XI. dias letivos, feriados e recessos escolares; XII. período de férias dos docentes; XIII. datas de realização do processo seletivo para os cursos superiores da UTFPR; XIV. data limite para requerer trancamento total de matrícula; XV. data limite para requerer exame de suficiência em disciplina; XVI. data limite para requerimento de matrícula e validação das Atividades Complementares. Capítulo IV DA ADMISSÃO AO CURSO Art. 9° – A admissão no primeiro período do curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, far-se-á mediante processo seletivo, ou através de convênios específicos, nas datas previstas no Calendário Acadêmico. § 1º – O processo seletivo previsto no caput obedecerá às normas aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação, no tocante à forma e mecanismos de avaliação, seleção dos conteúdos e critérios de classificação por opção de inscrição. § 2º – O planejamento, execução e divulgação do processo seletivo para o Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR ficará a cargo de uma Comissão Permanente de Processo Seletivo designada pelo Reitor da UTFPR. § 3º – As normas do processo seletivo, as datas de execução, as vagas e a documentação necessária serão tornadas públicas através de Edital próprio, elaborado pela Comissão Permanente de Processo Seletivo e aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e PósGraduação. Capítulo V DO REGISTRO E MATRÍCULAS Art. 10 – Quando classificado e cumprindo as exigências previstas no Edital do Processo Seletivo a cada início de semestre o aluno será matriculado em todas as disciplinas do período do currículo em vigor do curso. Art. 11 – O aluno deverá matricular-se em todas as disciplinas previstas para cada período. § 1º – O coeficiente de rendimento do aluno será calculado de acordo com a expressão a seguir, levando-se em consideração todas as disciplinas cursadas integrantes da Matriz Curricular do seu curso CR = [Σ (MF.CH) / Σ CH] 10 Onde: CR = coeficiente de rendimento CH = carga horária total da disciplina MF = média final na disciplina, expressa na escala de 0 a 10 § 2º – As Atividades Complementares não serão computadas no cálculo do coeficiente de rendimento. 85 86 Art. 12 – Não será concedido o trancamento de matrícula no curso Art. 13 – Não será concedido o cancelamento de matricula em disciplinas salvo requerimento por motivos de saúde ou de força maior, devidamente comprovados, para análise pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional. Art. 14 – O cancelamento de matrícula ou a perda do direito à vaga no curso ocorrerá: I – por transferência para outra instituição de ensino; II – por expressa manifestação de vontade do aluno; III – se o aluno, por qualquer motivo, não obtiver aprovação em nenhuma disciplina do primeiro semestre ou ano letivo de ingresso; IV – se o aluno não efetuar sua matrícula ou trancamento de matrícula no curso em qualquer período letivo; V – por ato administrativo decorrente de motivos disciplinares; VI – por ato administrativo decorrente de processo de jubilamento; VII – se o aluno após concluir todos os pré-requisitos para a conclusão do curso não completar o estágio dentro do prazo máximo para jubilamento. § 1º – Entende-se por cancelamento de matrícula no curso ou cancelamento de curso a cessação total dos vínculos do aluno com a UTFPR. § 2º – O aluno que tiver sua matrícula cancelada no curso com fundamento nos incisos III, IV e V, poderá requerer seu reingresso, desde que devidamente justificadas as causas que provocaram o cancelamento, podendo ser reintegrado no período seguinte ao da ocorrência, contando o período da ocorrência para os prazos referidos no artigo 15 deste regulamento; § 3º – O requerimento e a justificativa serão examinadas pelo Diretor de Graduação e Educação Profissional ao qual o curso está vinculado. Art. 15 – A conclusão do curso Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR deverá ser obtida pelo discente dentro do prazo máximo de nove semestres. § 1º – Caso o discente não consiga concluir o curso dentro do prazo a que alude o caput deste artigo, será submetido a processo de jubilamento. § 2º – No caso de aluno portador de necessidades especiais que importem limitações da sua capacidade de aprendizagem e nos casos de força maior, assim julgado por Comissão designada para esse fim pelo Diretor do Campus, poderão ser dilatados até o limite de 50% (cinqüenta por cento), os prazos de que trata o caput deste Artigo. Art. 16 – Não será aceito o requerimento de matrícula do aluno, no período letivo em que se constatar que o mesmo atingiu o tempo máximo estabelecido no Artigo 15, deste Regulamento. Art. 17 – O aproveitamento de estudos e a convalidação de disciplinas já concluídas em outros cursos, dar-se-á conforme regulamentação em vigor, pelo Diretor de Graduação e Educação Profissional após análise por parte da coordenação do curso. §1° – As matérias desdobradas em diferentes disciplinas e não cumpridas integralmente, nos estudos anteriores, serão analisadas com base no parecer da coordenação de curso, observando a similaridade dos conteúdos e da carga horária com as disciplinas do currículo do curso pretendido. § 2°– Entende-se por equivalência a convalidação de disciplina na qual o aluno tenha sido aprovado, com conteúdo programático idêntico ou semelhante, cursada em outro registro, currículo, curso ou instituição, no mesmo nível de ensino. Deve ser analisada a identidade entre as disciplinas, analisando a compatibilidade dos conteúdos realizados no currículo de origem, mediante a aferição do respectivo programa, não deixando de levar em consideração a comparação entre o enfoque da disciplina nos dois currículos em questão, de forma a privilegiar a integralização e consolidação dos conhecimentos e habilidades indispensáveis à sua capacitação profissional. 86 87 § 3°– A equivalência não será negada por divergência na denominação, no prérequisito, na carga horária ou no percentual de correspondência de pontos do conteúdo programático das disciplinas, nem tampouco será concedida simplesmente por igualdade destas características. Art. 18 – A coordenação do curso, em conjunto com os Chefes de Departamento Acadêmico e Chefe de Departamento de Educação, fornecerão à Diretoria de Graduação e Educação Profissional antes de cada período letivo, as informações necessárias para montagem e publicação dos horários escolares, tais como disciplinas e turmas a serem ofertadas, as habilitações a que se destinam, o número de vagas e os horários correspondentes. Art. 19 - Será permitida a matrícula em disciplinas de enriquecimento curricular, condicionada à existência de vagas. § 1º – O pretendente à matrícula em disciplinas de enriquecimento curricular deverá requerê-la, anexando quando for o caso, o histórico escolar e comprovante de conclusão de curso ou declaração de matrícula. § 2º – O aluno matriculado em disciplina de enriquecimento curricular, ficará sujeito a todas as normas disciplinares e didático-pedagógicas da UTFPR, bem como ao recolhimento da taxa de materiais de laboratórios, quando couber. § 3º – Os alunos de que trata o parágrafo 1º, estarão dispensados da exigência de cumprimento dos pré-requisitos. § 4º – Ao aluno aprovado em disciplina de enriquecimento curricular, será fornecido certificado de aproveitamento com registro da carga horária e conteúdo programático, e quando for aluno da UTFPR, serão feitos os devidos registros no seu histórico escolar. § 5º – O aluno poderá solicitar enriquecimento curricular até o limite de 03 (três) disciplinas por período letivo. § 6º – É vedada a matrícula como enriquecimento curricular em Estágio Supervisionado, Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares. § 7º – As disciplinas cursadas como enriquecimento curricular não darão direito a certificado de conclusão de curso ou diploma. Art. 20 – A UTFPR aceitará a inscrição de aluno não regular para cursar: I – disciplinas isoladas, condicionado à existência de vagas; II – cursos seqüenciais. § 1º – Define-se como aluno não regular aquele que tenha concluído o ensino médio ou equivalente, não esteja cursando qualquer um dos cursos superiores da UTFPR e tenha sido selecionado em processo de seleção específico para cursar disciplinas isoladas do ensino superior ou curso seqüencial. § 2º – Define-se como curso seqüencial o conjunto de disciplinas inter-relacionadas dentro de um campo do saber, pertencentes a qualquer um dos currículos dos cursos superiores da UTFPR e desenvolvidas segundo legislação e/ou regulamento específico. § 3º – A Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente divulgará, no início de cada período letivo, a relação de cursos seqüenciais que poderão ser disponibilizados, bem como a relação de disciplinas nas quais poderão ser aceitas inscrições de alunos não regulares. Art. 21 – O processo de seleção de alunos não regulares para preenchimento das vagas previstas no parágrafo 3º do artigo anterior, será executado pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente e pautar-se-á em critérios específicos tornados públicos através de Edital próprio. Art. 22 – Após homologada a matrícula na instituição, todo aluno matriculado estará sujeito a todos os procedimentos definidos no Regulamento da Organização Didático-Pedagógica do Curso de Licenciatura em Educação do Campo do Campus Dois Vizinhos da UTFPR, no 87 88 Regulamento do regime disciplinar discente da UTFPR e demais regulamentos da instituição. Art. 23 – Ao aluno não regular que concluir com aprovação uma disciplina isolada será concedido certificado, com registro da carga horária e o conteúdo programático; e ao aluno não regular que concluir com aprovação um curso seqüencial será concedido certificado, conforme o tipo do curso seqüencial previsto em legislação e/ou regulamento específico. Capítulo VI DO ENSINO, DO RENDIMENTO ESCOLAR E DA APROVAÇÃO Art. 24 - O rendimento escolar será apurado através de: I – verificação da freqüência; II – avaliação do aproveitamento acadêmico. Parágrafo Único – É obrigatória a presença discente no mínimo em 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária das disciplinas ou trabalhos acadêmicos dos cursos ou programas, exceto quando adotadas tecnologias de ensino à distância aprovadas previamente pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação. Art. 25 – A aprovação em unidade curricular dar-se-á por uma Nota Final, proveniente de avaliações continuadas realizadas ao longo do semestre letivo e por freqüência. § 1º – Considerar-se-á para todos os efeitos, avaliação continuada, toda estratégia pedagógica aplicada no processo de avaliação da aprendizagem prevista no plano de ensino de cada unidade curricular. § 2º – Considerar-se-á aprovado por média, o aluno que tiver freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) e média parcial igual ou superior a 6,0 (seis), consideradas todas as avaliações previstas no plano de ensino da disciplina. § 3º – O aluno com Nota Final inferior a 6,0 (seis) e/ou com freqüência inferior a 75% será considerado reprovado. § 4º – Será propiciado ao aluno o acesso aos resultados das avaliações continuadas. § 5º – No caso de reprovação no período normal, o aluno poderá requerer a realização de avaliação especial, em até 60 dias após o início do período subseqüente. Art. 26 – As notas parciais deverão ser publicadas pelos professores, em locais previamente comunicados aos alunos com antecedência mínima de 03 (três) dias úteis da data marcada para a próxima avaliação. § 1º – O controle da divulgação dos resultados das avaliações será efetuado pelas coordenações de curso e/ou chefias de Departamento. § 2º – É assegurado ao aluno mediante solicitação ao professor, à coordenação do curso ou à chefia de Departamento acadêmico, o acesso à sua avaliação após correção, bem como aos critérios adotados para a correção. Art. 27 – No caso do aluno perder, por motivo de doença ou força maior, alguma avaliação parcial composta apenas de prova ou teste de conhecimentos, poderá ser solicitada à coordenação de curso, através de requerimento protocolado no Departamento de Registros Acadêmicos, anexando a devida comprovação, uma única segunda chamada por disciplina, no semestre ou ano letivo, desde que solicitada em até 10 (dez) dias corridos após a realização da avaliação. § 1º – A solicitação, via requerimento, prevista neste artigo poderá ser deferida ou não, após análise da coordenação do curso ou chefia do Departamento Acadêmico ao qual a disciplina esteja vinculada. § 2º – A avaliação versará sobre todos os conteúdos ministrados na disciplina durante o semestre letivo. 88 89 Art. 28 – Para efeito de verificação da freqüência não haverá abono de faltas ou dispensa de freqüência, salvo os casos previstos em lei. Art. 29 – É assegurado ao aluno o direito à revisão do resultado das avaliações, desde que esta seja requerida à coordenação do curso com a devida justificativa em até 10 (dez) dias corridos após a publicação do resultado. § 1º – A revisão de prova será efetuada por banca composta por pelo menos dois professores e pelo coordenador do curso do aluno, excetuando-se o professor cuja prova está sendo revisada. § 2º – Para efeito do que prevê o parágrafo anterior, a banca deverá ter disponível para análise e parecer: I – o instrumento de avaliação aplicado ao aluno com o respectivo gabarito; II – os critérios de avaliação utilizados pelo professor responsável pela disciplina. § 3º – O resultado da revisão da avaliação será informado ao aluno através de parecer fundamentado. Art. 30 – Para um melhor desenvolvimento do plano de ensino das disciplinas e por iniciativa do professor, poderá ser desenvolvido, concomitante ao período letivo, estudos de recuperação de conteúdos e notas. Art. 31 – O aluno que julgar possuir extraordinário conhecimento em disciplinas do curso, poderá ter abreviada a duração do mesmo mediante requerimento e execução de exame de suficiência na disciplina requerida, a ser aplicado por banca examinadora designada pelo Diretor de Graduação e Educação Profissional ao qual o curso está vinculado. § 1º – Será dispensado de cursar a(s) disciplina(s) requerida(s) o aluno que obtiver grau mínimo igual a 7,0 (sete) no exame de suficiência, devendo o fato ser registrado no histórico escolar. § 2º – O previsto neste artigo não se aplica a aluno que já tenha sido reprovado na disciplina requerida, e está limitado a 01 (um) pedido de exame de suficiência por disciplina. § 3º – O aluno deverá comprovar o seu conhecimento através de documentação específica a ser previamente analisada pela coordenação de curso. § 4º – O Exame de Suficiência não se aplica ao Estágio Supervisionado, Trabalho de Conclusão de Curso e Atividades Complementares. Capítulo VII DA TRANSFERÊNCIA E APROVEITAMENTO DE CURSO Art. 32 – A UTFPR poderá aceitar pedidos de transferência e de aproveitamento de curso, condicionados à existência de vagas e respeitado o estabelecido em regulamento específico. Art. 33 – A UTFPR concederá transferência, a pedido do aluno, em qualquer época do período letivo, desde que o mesmo não esteja em pendência com algum setor da Instituição ou respondendo a processo administrativo. Capítulo VIII DA MOBILIDADE ACADÊMICA 89 90 Art. 34 – A Mobilidade Acadêmica, interna, nacional ou internacional seguirá o estabelecido em regulamento específico. Capítulo IX DO ESTÁGIO Art. 36 – Os estágios serão do tipo Curricular Obrigatório. Art. 37 – As atividades de estágio curricular obrigatório seguirão regras próprias constantes em regulamento específico. Capítulo X DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Art. 39 – As atividades referentes ao Trabalho de Conclusão de Curso seguirão regras constantes em regulamento específico. Capítulo XI DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES Art. 40 – As Atividades Complementares seguirão regras constantes em regulamento específico. Capítulo XII DAS ATIVIDADES NOS PERÍODOS DE RECESSO ESCOLAR Art. 41 – Entre os períodos letivos regulares poderão ser desenvolvidos programas de ensino, pesquisa e extensão. Art. 42 – Verificada a necessidade e mediante proposta da coordenação do curso, a Diretoria de Graduação e Educação Profissional, poderá programar período letivo especial em regime intensivo, também denominado de “turma de período especial”, dentro dos prazos estabelecidos no Calendário Escolar. § 1º - O período letivo especial revestir-se-á, para efeito de integralização do curso, das mesmas características do período letivo regular, no tocante aos conteúdos programáticos, carga horária e avaliação. § 2º - O plano de ensino da disciplina a ser ministrada em “turma de período especial”, deverá ser previamente adequado às atividades em regime especial pelo professor que a ministrará, com supervisão da coordenação do curso. § 4º - O aluno poderá matricular-se em apenas uma disciplina em cada período letivo especial, salvo em situação de excepcionalidade previamente autorizada pela Diretoria de Graduação e Educação Profissional competente. 90 91 Capitulo XIII PRAZO PARA CONCLUSÃO DO CURSO E ACOMPANHAMENTO Art. 43 - O aluno do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UTFPR terá o prazo máximo para a conclusão do curso de 8 semestres. Art. 44 – Os alunos poderão cursar disciplinas fora do período de oferta normal em casos de dependência ou cancelamento de matrícula no semestre subseqüente. As disciplinas serão ofertadas de forma condensada ou semi-presencial. § 1º - Entende-se por regime semi-presencial a disciplina que será ministrada utilizando ferramentas de ensino à distância, sendo que as avaliações devem ser realizadas presencialmente durante o Tempo-Escola. § 2º - Entende-se por disciplina condensada aquela que será ofertada de forma intensiva e presencial. Capítulo XIV DOS GRAUS, DIPLOMAS E CERTIFICADOS Art. 45 – A UTFPR conferirá os seguintes diplomas e certificados: Idiploma de curso superior de formação específica; IIdiploma de graduação; IIIcertificado de conclusão de disciplina isolada ou de curso superior de complementação de estudos. IVcertificado por área de aprofundamento, conforme previsto no projeto do curso. Art. 46 – Serão conferidos graus relativos aos cursos, em consonância com a legislação vigente. Art. 47 – A cerimônia de colação de grau é ato solene da UTFPR e será realizada em sessão pública, em dia e horário previamente fixados. § 1º - Ao colar grau, os formandos prestarão juramento na forma estabelecida pela regulamentação específica. § 2º - O Reitor da UTFPR ou pessoa por ele designada, com a presença de no mínimo dois professores, poderá proceder à imposição de grau, em ato público, a formando(s) que não o tenha(m) recebido no ato solene e coletivo, lavrando-se termo subscrito pelo Reitor ou representante, pelos professores presentes e pelo(s) graduando(s). Capítulo XV DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 48 – Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela Pró-reitoria de Graduação e Educação Profissional, ouvido o Conselho de Ensino, Pesquisa e Pósgraduação no que couber. Art. 49 – O recurso contra decisões dos órgãos executivos ou colegiados deverá ser interposto pelo interessado, por escrito, no prazo máximo de 10 (dez) dias corridos, contados da data de ciência ou divulgação da decisão a recorrer, dirigido à Diretoria de Graduação e Educação Profissional do campus. 91 92 Art. 50 – O presente Regulamento entrará em vigor a partir da sua aprovação no Conselho de Ensino, Pesquisa e Pós-graduação. 92