18 Geral Anápolis, de 21 a 27 de março de 2014 Transporte urbano Retirar o terminal não resolve o problema do trânsito no centro Opinião é de um estudioso da matéria e que conhece os sistemas de várias cidades, após pesquisar em capitais e comunidades do porte de Anápolis. Ele sugere intervenções que podem melhorar o atual estado vivido em Anápolis Nilton Pereira P ara Rafael Martins, jornalista especializado em transporte de massas, autor de vários artigos para revistas e jornais do ramo, descentralizar o sistema de transporte coletivo não significa que sedeva retirar o Terminal Urbano do centro de Anápolis.“O Terminal teria um papel importante na conformação da nova rede que possa vir a ser adotada a partir do sistema tronco-alimentado, com outros terminais localizados fora da área central. Ele dará suporte para que a rede de transporte funcione de forma integrada, racionalizada e eficiente”, assegura o jornalista. De acordo com ele, certamente que o movimento de ônibus no na região central da Cidade diminuirá, mas ela ainda é o principal polo de convergência das viagens e, um terminal de integração na região, reduz os custos operacionais bem como auxilia na racionalização do sistema integrado de transporte. O deslocamento de um terminal de integração para outra área, segundo o especialista, leva em consideração os estudos de impacto ambiental, de vizinhança e de trânsito. Sem contar que se torna necessário um estudo de demanda para se saber que linhas comportarão o futuro terminal assim como o quantitativo da frota para atender à região. “E, um terminal sempre tem que ser projetado com uma demanda acima daquela estudada para atender ao atual número de usuários a fim de que a referida estação de embarque e desembarque acompanhe o crescimento da cidade e comporte novas linhas e serviços que serão ofertados futuramente” diz. Rafael Martins. Operacionalidade Ainda, de acordo com Rafael Martins, mesmo podendo ser simplificados e ter suas dimensões reduzidas, terminais, estações de transferência ou, até, pontos de parada com tratamento urbanístico adequado são equi- pamentos urbanos importantes de suporte aos sistemas integrados, oferecendo conforto, segurança e serviços de apoio aos usuários e aos operadores. “As dimensões e características funcionais destes equipamentosvariam em função do tamanho das comunidades, da característica da rede proposta e do modelo operacional de integração, dos volumes de oferta e de demanda, independentemente da adoção de sistemas de bilhetagem automática” justifica. Há, também, desvantagens em um sistema integrado de transporte na concepção tronco- Retirada do Terminal não resolve o problema dos engarrafamentos, segundo especialista -alimentado. A principal, na concepção do usuário, resistência dos usuários, troncais e alimentadores. dade. Com isso, realiza-se é chamada de ‘transbor- seccionamento de linhas É o princípio da raciona- um maior número de viado compulsório’, ou seja, consolidadas e perda de lização do sistema, que gens e têm-se maior capiuma troca forçada de veí- tempo ou de conforto na contempla, também, a im- laridade do sistema. Concluindo ele afirma culo (o passageiro é obri- viagem. Estes problemas plantação de corredores gado a desembarcar em devem ser eliminados ou, preferenciais e exclusivos, que qualquer alteração determinado ponto que pelo menos, minimizados, adequação da frota (tipo estrutural no sistema de pode ser uma estação de no planejamento da rede”, de ônibus) à demanda; ou transporte, seja a adoção seja,veículos de maior ca- de mais um terminal de conexão ou terminal de in- alega Rafael Martins. Ele diz mais que o siste- pacidade nos eixos tron- integração ou a implantegração para embarcar no segundo ônibus e seguir ma tronco-alimentado não cais, veículos normais tação de outro modal de até seu destino),“claro, significa o fim das linhas convencionais nas demais transporte, implica no resem ter de pagar uma se- diretas, mas um equilíbrio linhas e veículos menores desenho da rede de transgunda tarifa. Isto gera uma entre os serviços diretos, em áreas de baixa densi- porte urbano da cidade. Goianápolis Rodovias Historiador pede que o Governo se sensibilize para o problema, a fim de se evitarem dissabores Segundo a Agetop, as máquinas já estão operando em 10 trechos, com perspectivas de conclusão em curto prazo Da Redação Da Redação Morador denuncia descaso com Obras suspensas por causa a rodovia GO-415 das chuvas são retomadas O leitor, Júlio César Gomes de Souza, estudante e historiador, encaminhou ao CONTEXTO um e-mail, no qual denuncia “a falta de respeito para com a população de Goianápolis”. Ele se refere, no caso, ao estado precário em que se encontra a GO-415, que liga o Município a Anápolis. Conforme relata, de muito o Governo vem fazendo a promessa de recuperar a via que, conforme registrou nas imagens, estão completamente esburacadas, causando prejuízo de transtornos para os condutores de veículos A Rodovia esburacada é ameça à segurança dos usuários que utilizam a rodovia diariamente. De acordo com Júlio César, no ano de 2013 a Justiça determinou o recapeamento urgente dessa Go, com multa de R$ 1 mil por dia por não cumprir essa determinação, mas mesmo assim nada foi feito até hoje. Ele apela ao Governador Marconi Perillo, para que se sensibilize com a situação. “Se nosso município faz parte do Estado de Goiás, por que estamos esquecidos pela sua gestão?”, questiona. Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) já retomou as obras de reconstrução das rodovias do Estado, pelo programa Rodovida Reconstrução, que estavam suspensas em decorrência do período chuvoso. As máquinas estão operando em dez trechos, como, por exemplo, nas GO-010 e 118, nos trechos Vianópolis–Luziânia e Monte Alegre-Teresina de Goiás. Já as obras dos demais trechos estão em fase de mobilização de equipes e máquinas. São 2.178,1 quilômetros incluídos no Grupo 2 do Rodovida Reconstrução que envolvem 61 trechos, dos quais 27 já foram concluídos. Para a entrega deste grupo faltam apenas 781,1 quilômetros, ou seja, 35% do total. A expectativa é entregar todos os trechos ainda neste semestre. Somados aos mais de dois mil quilômetros executados no Grupo 1, já são quase quatro mil quilômetros de rodovias reconstruídas no Estado desde o início do programa em 2011. Até o final de 2014 o Governo entregará mais de 6,5 mil quilômetros de malha viária reconstruída. Nas duas etapas do Rodovida Reconstrução já foram investidos mais de R$ 1 bilhão. Trechos retomados GO-010, trecho Vianópolis-Luziânia; GO118, trecho Teresina de Goiás–Monte Alegre de Goiás; GO-118, trecho Monte Alegre de Goiás-Campos Belos – divisão GO/TO; GO-244, trecho São Miguel do Araguia-Novo Planalto; GO-244 Novo Planalto-Porangatu; GO 326/324, trecho Buriti de Goiás-Novo Brasil-Jussara; GO-444, trecho Entrocamento GO 060-Moiporá-Ivolândia;GO-215, trecho Edéia-Edealina-Pontalina; GO-319, trecho Entroncamento-GO 215 -Vicentinópolis; GO-060, trecho Nazário – Firminópolis.