CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG/UFU Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2008 – UFU 30 anos Sobre a modernização de Patos de Minas: experiências, conflitos e saberes na configuração do espaço1 Leonardo Latini Batista2 Universidade Federal de Uberlândia (UFU). AV. Engenheiro Diniz, 1178 – Cep 38400-902 – Uberlândia – MG – Brasil. Resumo: O processo de modernização no meio urbano ocorreu em vários locais com diferentes dimensões e sentidos para os sujeitos sociais que ali estavam envolvidos. Durante esse processo percebe-se a cidade como um lócus “privilegiado” de diversificados interesses envolvidos e percepções ante o processo de modernização. Assim, neste trabalho pretendemos trazer uma breve análise do processo de modernização em Patos de Minas no período de 1900 a 1916 e o resultado parcial da pesquisa que venho desenvolvendo. Durante esses anos houve uma série de obras, tanto de natureza privada quanto pública, que alteraram a cidade: edificação de escolas, ajardinamento de praças, abertura e calçamento de ruas, construção de Igrejas, do Paço Municipal, do cinema, do Matadouro Municipal, implantação do abastecimento de água e da rede de energia elétrica, dentre outras. A julgar pelos registros de documentos do período pode-se dizer que visavam a modernização e o melhoramento urbano para dar à cidade o “estatuto de moderna”. Desse modo, para que tais objetivos sejam alcançados deteremos como foco de análise as obras públicas desse período, privilegiando assim, a construção do Matadouro Municipal e os embates em torno dessa obra que foram travados anteriormente a estas datas, como os saberes que nortearam sua construção e os conflitos existentes nesta cidade em questão, de modo que serão privilegiadas como fontes “documentais” o jornal “O trabalho”, um livro do memorialista Antonio de Oliveira e o documento internacional de Hygiene e de educação que circulava nesta cidade provavelmente em 1884. Palavras-chave: Modernização, Patos de Minas, experiência, conflitos, saberes. Introdução Este estudo visa compreender e historicizar a modernização e a urbanização da cidade de Patos de Minas no período de 1900 a 1916, dando enfoque às obras públicas e aos saberes que nortearam estas obras. Desse modo, esta comunicação visa apresentar a pesquisa que venho desenvolvendo em nível de iniciação científica e as reflexões iniciais sobre esta investigação. Esta cidade situa-se na zona do Alto Paranaíba, região de Minas Gerais, e é hoje um ponto de referência para as cidades vizinhas em relação à saúde, educação, produção de café e soja, sendo um dos municípios mais ricos da região. Contudo, esta certa “hegemonia” de hoje não começou na contemporaneidade e sim num passado próximo. 1 Uma versão próxima a essa proposta foi apresentada no XVI Encontro Regional de História – Anpuh Minas Gerais realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre os dias 20 e 25 de julho. 2 Acadêmico do curso de Graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia e Bolsista de iniciação cientifica subsidiada pela Fapemig. Esta pesquisa está sob a orientação da professora doutora Josianne Francia Cerasoli e tem como título: Modernidade(s) e cidade(s): saberes, experiências e figurações urbanas. E é desenvolvida junto ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em História Política - Nephispo. 1 Desse modo, elegendo esta cidade como objeto de investigação podemos perceber como os citadinos usavam e se apropriavam do espaço desta, e quais os possíveis significados que este local possuía para os sujeitos sociais envolvidos no processo de modernização. Assim sendo, este texto é divido em duas partes a primeira visa apresentar a pesquisa de modo geral para em seguida apresentar uma breve e trivial reflexão sobre a cidade. Sobre a pesquisa e uma breve reflexão Para que haja um entendimento sobre esta pesquisa vale a pena dizermos que temos como objetos principais: compreender a construção do Matadouro Municipal e a gestão das águas. Compartilhamos que por meio destas obras de natureza pública temos, ao menos num primeiro momento, um ponto em comum: a junção de saberes que são de origens e aplicações diferentes, como os da medicina e da engenharia, e como estes afetam e transformam o espaço, às vezes de maneiras drásticas, afetando até mesmo os sujeitos sociais que estão inseridos nesse processo como executores, ou como os que percebem a transformação, uma vez que, como já dizia o combativo historiador francês Lucien Febvre, “sem problema não há historia”! Assim, apresento as problemáticas que foram levantadas neste projeto que são basicamente seis, apesar de não pararem de crescer. • A primeira versa em apreender quais os estilos estéticos e saberes que nortearam a construção do Matadouro Municipal e a gestão da águas os saberes e discursos envolvidos. • A segunda problemática tem como ponto central pensar a cidade de Patos de Minas e sua modernização em relação às outras cidades, neste período tidas como referência. • A terceira visa discutir sobre a afirmativa de que a modernidade é o domínio da técnica. • A quarta é uma tentativa de se pensar como os habitantes desta cidade percebiam as modificações urbanas. • A quinta está totalmente ligada à quarta, pois temos como ponto nodal entender se estes participavam das esferas decisórias destas obras e se sim, como participavam? • Aproximando a quarta e a quinta problemática, a sexta se funda na tentativa de apreensão de como estes sujeitos sociais entendiam essas obras, ou melhor, como estes viam estes melhoramentos urbanos? Parcialmente, não possuímos respostas decisivas, até o momento, para estas problemáticas. Sendo um pouco mais entusiasmado, o que possuímos são direções a serem melhor mapeadas por esta pesquisa, pois, como diz a historiador inglês E.P Thompson, há sempre evidências de algo3 ( lógica histórica) e é destas que queremos falar brevemente. Vale ressaltar que trabalhamos com fontes de naturezas diversificadas, no qual destacamos os jornais desta cidade, as correspondências oficiais emitidas pelo governo sediado em Ouro Preto e Belo Horizonte a Patos de Minas, Atas da Câmara Municipal, livros de memorialistas, dentre outras. Como explanei no início, a intervenção no espaço da cidade incorpora uma junção de conhecimentos que foram construídos anteriormente ao século XX. Estes saberes, a nosso ver, são uma fusão de diferentes esferas do conhecimento que, por meio das intervenções no espaço público, ou melhor, do melhoramento urbano estão aliados a saberes de médicos, engenheiros, arquitetos dentre outros. Olhando um pouco mais detalhadamente o livro do patense Geraldo da Fonseca escrito em meados de 1974 e o jornal O Trabalho de Patos de Minas notamos uma presença de médicos e engenheiros, como em várias cidades no período (Cerasoli)4, algumas vezes com nomes e sobrenomes de “estrangeiros” nesta cidade, como vemos na passagem do livro de Geraldo da 3 THOMPSON, E. P. A Miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Althusser. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1981. p. 48. 4 CERASOLI, Josianne Francia. Modernização no plural: obras públicas, tensões sociais e cidadania em São Paulo na passagem do século XIX para o XX. Tese (Doutorado em História), Campinas: IFCH-Unicamp, 2004. 2 Fonseca “abrimos um parênteses, para dizer que Santana de Patos tinha água encanada desde 1908(...) [ isto foi] realizado pelo engenheiro Max Hass...”5. Estes, para nós, detinham certa função de modelar o espaço urbano, fundamentando-se em um discurso norteado pela salubridade. Não obstante, este discurso não se resume somente ao campo retórico, pois consistia em desvanecer hábitos e costumes ditos como anti-higiênicos, uma vez que: Começamos então por essa relação homem-cidade. Ela tem sido sentida e avaliada de vários pontos de vista e, contudo, para sempre de um ponto comum – a cidade é “produto da arte humana”, simboliza o poder criador do homem, a modificação/transformação do meio ambiente, a imagem de algo artificial, de um artefato enfim. Contudo, é a forma como se compõem sobre a natureza, como aderem ao ambiente físico, que continua a ser matéria de polemica entre os que, profissionais ou não, se preocupam com a cidade.(...)6 Através dessa passagem Bresciani nos mostra como o próprio homem modifica as coisas em seu redor, uma vez que a cidade é um produto de forças diversificadas, que agem para transformá-la em relação ao meio ambiente físico, ou melhor, em relação a natureza. Desse modo, lembramos a metáfora de Karl Marx quando este difere o trabalho da abelha da do arquiteto, já que a primeira constrói sua colméia de forma natural, isto é, de modo instintivo e o arquiteto somente constrói algo que foi antes planejado e que ainda não foi necessariamente materializado7. Sendo assim, percebemos que a cidade é um ato da ação dos sujeitos e compartilhamos com está autora que a cidade é um “produto da arte humana”. Desse modo, a cidade salubre era um alvo a ser alcançado pelas reformas urbanas e pela própria urbanização sem excluir a própria noção de “modificação/transformação do meio ambiente”. Engenheiros, médicos, arquitetos dentre outros, atuaram efetivamente no “campo governamental”, pois eram também responsáveis em evitar e prevenir possíveis epidemias que assolavam, principalmente, as cidades européias e brasileiras no início de século XX e final do século XIX. Pensando desse modo, notamos que a cidade é um produto das correlações de forças dos diversos sujeitos inseridos, já que “simboliza o poder criador do homem”. Sendo assim, a suposta falta de higiene preocupava as autoridades patenses que incidiam seus medos contra as classes tidas como subalternas, uma vez que as doenças não alcançavam somente os populares, mas também os próprios membros da elite. Tratava-se, portanto, de medo de se contaminarem, e não de preocupação com os outros, assim, regiam estas relações sociais, como nos esclarece Myrian Lopes Bahia: “o projeto de higiene é operar um mutação na temporalidade e no tipo de espaço designado aos cuidados de doenças, as transmissíveis”8. Estas classes populares, dependendo da corrente historiográfica, são mais valorizadas frente às próprias elites, entretanto, não pretendemos fazer apologia a uma ou a outra, pois temos por convicção que compreender as classes sociais é importante para entendermos, minimamente, o processo histórico, senão cairemos em um reducionismo: o de captar somente uma parcela 5 FONSECA, Geraldo. Domínios de pecuárias e enxadachins: História de Patos de Minas. Belo Horizonte: Ingrabrás, 1974. p 250. 6 BRESCIANI, Maria Stella Martins. Cidade, cidadania e imaginário. In: SOUZA, Célia Ferraz de; PESAVENTO, Sandra Jatahy. Imagens Urbanas: os diversos olhares na formação do imaginário urbano, 1997, p. 13-14. 7 Nas palavras de Marx: “Uma aranha executa operações semelhantes a do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua colméia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim o processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador”. Ver em: MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. v.1. São Paulo. 1982, p. 202. 8 LOPES, Miriam Bahia. Porto, Porta, Poros. In: BRESCIANI, Maria Stella Martins (org). Imagens da cidade: séculos XIX e XX. São Paulo. Anpuh/Marco Zero/Fapesp, 1993, p. 61-75. p 6. 3 significativa da sociedade estudada, contudo fragmentada9, (isto é alertado pelo próprio historiador E.P Thompson no artigo “A História vista de baixo”). Ao debruçarmos sobre algumas fontes conseguimos visualizar como eram vistas as “classes populares” nesta cidade. Estas fontes traziam consigo um forte teor moral, contra os “ vagabundos e imorais”, como afirma Roberto Carlos dos Santos. Por meio dessas notamos também, o quanto estes incomodavam os poderes públicos, pois, a cidade os pertence, ainda que estivessem fora das fábricas em seu tempo ocioso, ou desempregados10, como nos apresenta Michelle Perrot. Ora, esta cidade ainda não era e nem é um pólo industrial, já que não possui indústrias e fábricas em grandes escalas. Assim levantamos a questão de onde teriam saído estes ditos “vagabundos”? Uma resposta parcial poderia indicar que estes sujeitos eram “fugitivos” de outras cidades, ou até mesmo do meio rural. Nesta cidade não podemos dizer que há uma separação dicotômica do meio rural com o urbano, pois se interagem e se cruzam para se complementarem. Livros de memorialistas, no qual destacamos o de Antônio Oliveira de Mello, nos mostra uma descrição e informações importantes sobre está cidade11. No entanto, sua narrativa parece anular as diferentes propostas em torno da cidade e até mesmo as tensões sociais existentes, uma vez que não compartilhamos com a idéia de que uma cidade deste porte onde as próprias classes tidas como hegemônicas possuíssem e compartilhassem as mesmas idéias. Assim, longe de ser uma cidade que possuía certa homogeneidade, esta cidade era marcada por disputas de diversos grupos. O jornal O Trabalho de 9 de dezembro 1906 narra a saga de “vagabundos” que ao decorrer da noite causavam um certo estardalhaço na cidade dando tiros para o alto, visto como: “desrespeito as auctoridades por parte de pessoas naturalmente desocupadas, que depois da nove horas, percorrem certas ruas dando tiros, trazendo o desassossego às famílias”12. Eis uma evidência das tensões existentes nesta cidade narrado no único jornal da cidade durante 1906. Remontando a idéia sanitária em uma circular enviada pelo poder legislativo provincial em 14 de maio de 1884, cujo nome é “Documento Internacional de Hygiene e de Educação que tem de abrir-se em Londres no dia 1º de maio do anno corrente”13 à cidade de Patos, mais diretamente ao presidente e aos vereadores, ambos da câmara municipal, observamos que a finalidade era chamar a atenção dos membros do Executivo e do Legislativo para a questão de higiene pública. Por ser um documento enviado de Ouro Preto, antiga capital da província de Minas Gerais que foi substituída por Belo Horizonte já no período republicano, podemos pressupor que foi enviada para outras cidades, revelando, porém, uma preocupação maior com as cidades mineiras. Este documento é divido em seis partes de agrupamentos do qual destacarei alguns pontos a nosso ver importantes. Neste mesmo texto, para termos algumas noções mais gerais, vale a pena ressaltar que este documento se refere também à alimentação, vestuário, casas para habitação, casas para escolas, fábricas e por último livros, aparelhos e objetos de educação. Em uma passagem deste documento percebemos que: tem por fim a exposição de conhecer do modo mais perfeito, não só os alimentos, o vestuário, a habitação, a escola e a officina em todos os países, sob o ponto de vista 9 Ele afirma que para entendermos as “origens” do partido trabalhista inglês temos que também notarmos a participação do partido liberal e conservador e sua atuação na Inglaterra. THOMPSON, E.P. Historia vista de baixo. In: ___. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas/SP: Ed. Da Unicamp, 2001, p.200. 10 PERROT, Michelle. Os Excluídos da História: operários, mulheres, prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 101-125. 11 Principalmente no livro: MELLO, Antonio de Oliveira. Patos de Minas: Minha Cidade. Patos de Minas: Editora da Academia Patense de Letras, 1978. 12 Citado em: SANTOS, Roberto Carlos dos. Urbanização, Moral e Bons Costumes: Vertigens da Modernidade em Patos de Minas. (1900 – 1960). Dissertação. (Mestrado em História)-Instituto de História, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2002. p 119-120. Jornal o trabalho. Patos, 9 de dezembro de 1906 p.2. 13 Documento internacional de Hygiene e de educação que tem de abrir-se em Londres no dia 1º de maio do anno corrente. Consultado no acervo particular de Altamir Fernandes. Enviada provavelmente em 1884. 4 hygienico, mas também os melhoramentos modernos nas escolas elementares de artes e officinas. Sobre este trecho destacamos dois itens a nosso ver importantes: os aspectos da higiene e do melhoramento urbano. A higiene adentra na ordem do dia, permeado pela “preocupação” das autoridades, com a condição dos sujeitos sociais que viviam nesta cidade. Porém, podemos pensar que este é um documento amplo que não se remete somente às cidades de Minas, que destaca uma tentativa de intervenção, para apreendermos as obras públicas no início do século XX em Patos de Minas. Percebemos que estas se encontravam sobre a égide discursiva da higiene e isto nos mostra uma evidência, a de que as construções efetivadas nesta cidade já possuíam uma estrutura de saberes anterior ao século XX, daí a importância de se pensar o Matadouro Municipal e a gestão da águas. Sobre a segunda parte, referente ao “melhoramento moderno”, percebemos, por um lado, que, mesmo antes da proclamação da República em meados de 1889, a idéia de moderno tentava se estabelecer frente ao que era dito antigo, por outro lado, notamos a questão do melhoramento que de certo modo vem mostrar um caminho percorrido por várias cidades brasileiras como Rio de Janeiro e São Paulo. Esta noção de melhoramento também vem de encontro a estas obras públicas destacadas acima e desse modo, notamos, mesmo de maneira trivial, o desenvolvimento técnico. Este documento ressalta também, como deveria ser a postura dos citadinos, seja ao se alimentarem, uma vez que as “ moléstias devidas a impropriedade e insalubridade dos alimentos” era Constante, seja na divisão do espaço da casa com a drenagem e “ construção, ventilação, esgotos, latrinas”, dentre outras. Sendo assim, notamos que este documento vinha trazer uma tentativa de disciplinar hábitos e costumes dos sujeitos sociais, já que apontava para a mudança da postura dos sujeitos sociais envolvidos. Assim, Marisa Varanda Teixeira Carpinteiro, ao analisar a condição das moradias operárias nos primeiros decênios do século XX, assinala que os: imbuídos de um “novo sentimento” com relação a cidade, olhar atento dos cientistas indicou os locais marcados pela ausência desses elementos positivos, isto é o ar e a água, os locais insalubres, assim denominados pelo saber médico, representam o grande perigo de contaminação para a população da cidade. Os cemitérios matadouros, hospitais e moradia da população pobre foram consideradas locais perigosos, pela falta de elementos necessários à saúde14. Desse modo, notamos que os diversos sujeitos estavam inseridos no espaço da cidade e nas intervenções urbanísticas presentes no discurso sanitarista, e também, que as tensões em torno da cidade não se resumem em uma narrativa homogênea que anula as tensões sociais, porém qual ou quais significados destes neste período? Como os citadinos se organizavam e como viam estas mudanças? Sinceramente ainda não sabemos, o que sabemos são evidências e caminhos laboriosos a serem perseguidos e investigados. Agradecimentos. Graças a Fapemig este projeto se tornou viável e possível, pois há uma série de dificuldades. Acredito que sem esta “ajuda” a pesquisa se tornaria muito mais difícil. Justiça seja feita, agradeço a minha orientadora professora doutora Josianne Francia Cerasoli por acreditar ser possível o desenvolvimento desta pesquisa e sua dedicação em me orientar. Agradeço também às pessoas que 14 CARPINTEIRO, Marisa Varanda Teixeira. Imagem do conforto: A casa operária nas primeiras décadas do século XX em São Paulo. In: BRESCIANI, Maria Stella Martins (org). Imagens da cidade: séculos XIX e XX. São Paulo. Anpuh/Marco Zero/Fapesp, 1993, p. 123-143. p 126 5 me auxiliaram nos arquivos e laboratórios de pesquisa que venho “visitando” como, por exemplo, no Patrimônio Histórico de Patos de Minas, a Alex Castro Borges e aos estagiários Luis de Freitas Araújo, Thais Azevedo Alves e Adriene dos Reis Alves. Ao professor Altamir Fernandes por disponibilizar constantemente seu acervo particular, ao professor Marcos Rassi pelos constantes incentivos e ao Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em História (LEPEH) na pessoa deste último professor e das estagiárias Janaina Pacheco e Adriene Silva. Referências. BRESCIANI, Maria Stella Martins. Cidade, cidadania e imaginário. In: SOUZA, Célia Ferraz de; PESAVENTO, Sandra Jatahy. Imagens Urbanas: os diversos olhares na formação do imaginário urbano, 1997. CARPINTEIRO, Marisa Varanda Teixeira. Imagem do conforto: A casa operária nas primeiras décadas do século XX em São Paulo. In: BRESCIANI, Maria Stella Martins (org). Imagens da cidade: séculos XIX e XX. São Paulo. Anpuh/Marco Zero/Fapesp, 1993, p. 123-143. CERASOLI, Josianne Francia. Modernização no plural: obras públicas, tensões sociais e cidadania em São Paulo na passagem do século XIX para o XX. Tese (Doutorado em História), Campinas: IFCH-Unicamp, 2004. FONSECA, Geraldo. Domínios de pecuárias e enxadachins: História de Patos de Minas. Belo Horizonte: Ingrabrás, 1974. LOPES, Miriam Bahia. Porto, Porta, Poros. In: BRESCIANI, Maria Stella Martins (org). Imagens da cidade: séculos XIX e XX. São Paulo. Anpuh/Marco Zero/Fapesp, 1993, p. 61-75. MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. v.1. São Paulo. 1982. MELLO, Antonio de Oliveira. Patos de Minas: Minha Cidade. Patos de Minas: Editora da Academia Patense de Letras, 1978. PERROT, Michelle. Os Excluídos da História: operários, mulheres, prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. SANTOS, Roberto Carlos dos. Urbanização, Moral e Bons Costumes: Vertigens da Modernidade em Patos de Minas. (1900 – 1960). Dissertação. (Mestrado em História)-Instituto de História, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2002. THOMPSON, E. P. A Miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Althusser. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1981. THOMPSON, E.P. Historia vista de baixo. In: ___. As peculiaridades dos ingleses e outros artigos. Campinas/SP: Ed. Da Unicamp, 2001. 6