XLIII CONGRESSO DA SOBER
“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”
Análise de viabilidade econômica na produção artesanal de aguardente
de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades rurais
Nome Autor
Melissa Watanabe – CPF 978238999-49
Universidade Federal do Paraná
Rua dos Funcionários,1540
[email protected]
Nome Autor
Wagner Choaire Sanches – CPF 64455149-04
Aluno do Curso de Pós-Graduação em Agronegócio – Universidade Federal do Paraná
Rua: Monsenhor Ivo Zanlorenzi nº 1668, Ap: 1004
[email protected]
4 - Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais
Apresentação em sessão e sem a presença de debatedor
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Ribeirão Preto, 24 a 27 de Julho de 2005
Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural
XLIII CONGRESSO DA SOBER
“Instituições, Eficiência, Gestão e Contratos no Sistema Agroindustrial”
Análise de viabilidade econômica na produção artesanal de aguardente de cana-deaçúcar em pequenas e médias propriedades rurais
Resumo
O presente estudo consiste na análise de viabilidade econômica na produção artesanal de
aguardente de cana-de-açúcar. A cachaça consagra-se como bebida nacional. Não mais
expressamente vinculada aos indivíduos marginalizados da sociedade, estando presente
em todos os níveis sociais. Numa escala de produção o projeto inicia em 60.000 litros
anuais até alcançar 120.000 litros, num prazo de cinco anos. Constatou-se que é um
negócio muito lucrativo no médio prazo (pay back = 46 meses), taxa interna de retorno
(TIR) de 51,15%, contudo é necessário um investimento inicial alto (R$ 312.000,00), além
da necessidade de uma provisão para capital de giro, já que o negócio começa a prover
lucros efetivamente a partir do terceiro ano de produção. Outra característica importante
é a viabilidade econômica em pequenas propriedades, a não necessidade de vastas áreas
de terra, pode ser um ponto positivo, pois apresenta um produto que tem um alto valor
agregado, porém apesar de ser viável economicamente em propriedades pequenas não
significa a necessidade de pouco investimento, muito pelo contrário, os resultados
mostraram a alta necessidade de investimento, mostrando aí um ponto significativo a ser
observado. Ao analisar o mercado externo faz-se fundamental a prospecção de novos
mercados, pois, a França é basicamente o único país importador do produto tendo desta
forma um alto poder sobre a transação comercial. Isso depende não só de ação de
produtores através de associações e fortalecimento da cadeia produtiva, bem como uma
ação política por parte de órgãos, governo e entidades de classe.
PALAVRAS-CHAVE: viabilidade econômica, cachaça, aguardente
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Análise de viabilidade econômica na produção artesanal de aguardente
de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades rurais
INTRODUÇÃO
A cachaça artesanal é um produto mais apurado pela destilação mais lenta,
alcançando um ótimo padrão de qualidade, que lhe abre um imenso mercado de
consumidores e apreciadores mais exigentes. Além disso, a exportação da cachaça ainda é
muito pequena. Apenas 1% do que é produzido no país é exportado, o que abre mais uma
possibilidade de mercado.
Comumente chamada de cachaça ou pinga a bebida é tipicamente brasileira e
seu aparecimento se confunde com o da produção açucareira no início da colonização do
país. A boa cachaça artesanal tem grande procura na zona rural e pela classe de menor
poder aquisitivo.
Entretanto, seu consumo tem se tornado cada vez maior nos centros urbanos e
nas classes mais favorecidas, estimulado pela oferta em crescimento de aguardentes com
elevados padrões de qualidade.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade econômica de implantação de
um Alambique para produção de aguardente artesanal, abordando as principais
características da produção artesanal de aguardente de cana de açúcar.
PANORAMA DA CACHAÇA
No início do século XX, a cachaça era ainda uma bebida discriminada socialmente.
Paulatinamente, a produção da cachaça se modifica. Os alambiques artesanais instalados
nas fazendas, que produzem em pequena escala, quase que para consumo interno, abrem
espaço para alambiques industriais, que exportam seu produto para todas as partes do país
e exterior.
A cachaça consagra-se como bebida nacional. Não mais expressamente vinculada
aos indivíduos marginalizados da sociedade, estando presente em todos os níveis sociais.
Sai dos fundos das cozinhas e ganha local nobre nas adegas residenciais, lado a lado com
as mais sofisticadas bebidas.
Pode-se classificar dois tipos principais de Aguardente de Cana, segundo
GRAVATÁ (2002):
1. A industrializada que, geralmente é feita de melaço, subproduto do açúcar,
misturado ou não a aguardente de outros grandes fornecedores, que produzem a cachaça
em destiladores contínuos atingindo milhares de litros por dia de produção.
2. A outra é a AGUARDENTE DE CANA ARTESANAL. Feita
exclusivamente do caldo da cana e em alambiques, fabricados em cobre martelado
manualmente. A cachaça é fabricada em bateladas e sem "misturas" e, é para este caso que
se apresenta o presente estudo.
A aguardente de cana artesanal é feita em alambiques tipo cebola, com uma
graduação alcoólica variando de 38 a 54% em volume a 20 graus Celsius, processada sem
uso de aditivos químicos e produzida normalmente em sistema familiar.
Minas Gerais, berço do desenvolvimento da Cachaça Artesanal de Alta
Qualidade, já conta com associações de classe, cooperativas, alambiques altamente
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sofisticados, adegas especializadas e até uma lei governamental que foi recentemente
aprovada e regulamentada pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, a lei
"Pró-Cachaça", com o objetivo de apoiar e incentivar os pequenos produtores de Cachaça
Artesanal. Apesar disso, Minas Gerais ainda é um Estado importador de Cachaça (60
milhões de litros/ano), sendo a oferta menor que a procura.
Os Alambiques Artesanais produzem em média 30.000 a 60.000 litros/ano e
em comparação aos industrializados que, em média produzem este volume em apenas um
dia, pode-se imaginar que nem de perto a produção atual pode atingir o mercado potencial
da Cachaça Artesanal de Qualidade.
Outro fator importante a ser considerado é a exportação do produto para o
mercado externo, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior no ano de 2003 foram
exportados 43 mil litros de aguardente e no ano de 2004 o total exportado foi de 133.200
litros mostrando aí um crescimento bastante significativo. Somente em Janeiro e Fevereiro
de 2005 o volume exportado chegou a 32 mil litros de aguardente. Sendo a França o
principal importador do produto.
MATERIAL E MÉTODOS
Os dados utilizados no presente trabalho foram coletados através de
informações baseadas em orçamentos e pesquisa no mercado em diferentes
estabelecimentos especializados. Para efetuar a análise foi utilizada uma unidade modelo
de produção de aguardente artesanal não existente, considerando uma produção inicial no
segundo ano de implantação do alambique de 60.000 litros de aguardente artesanal,
evoluindo até o sexto ano para 120.000 litros. O custo de produção da cana-de-açúcar foi
considerado o preço médio da região do Paraná de R$ 25,00 por tonelada produzida. Os
preços dos tipos de aguardente produzidos foram também buscados em mercados regionais
do Paraná. Os fluxos de caixa são produtos de várias planilhas de demonstrativos de
resultados do exercício, onde para o presente trabalho foi resumido em valores totais
anuais.
Os investimentos realizados são analisados pelo métodos da Taxa Interna de
Retorno (TIR) e do Pay Back. O horizonte trabalhado no presente estudo foi de 6 anos. Os
fluxos de caixa no ano 0 são os investimentos realizados. A análise de custo de
oportunidade do capital foi considerado uma taxa de juros de 10%. Adotou-se também três
níveis de preço da cachaça de acordo com o tempo de envelhecimento do produto.
VOLUME DE PRODUÇÃO, QUALIDADE E RECEITA DO PRODUTO
Para produzir 10.000 litros de cachaça são necessários 88 toneladas de cana.
Cada hectare de terra é capaz de produzir 70 toneladas de cana. Para atender a produção
proposta de 120.000 litros de cachaça, faz-se necessária 1.050 toneladas de cana e 15
hectares de terra para o plantio. Na tabela 1 apresenta os volumes de produção ao longo do
ano. Observa-se o crescente incremento da produção, no primeiro ano leva-se em conta o
plantio da cana-de-açúcar, no segundo ano a produção de 60 mil litros de cachaça
estabilizando a produção no sexto ano com 120 mil litros de cachaça.
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Tabela 1 – Volume anual de produção de cachaça
Ano
Ano I
Ano II
Ano III
Ano IV
Ano V
Ano VI
Volume de produção
Plantio da cana
60.000 litros
70.000 litros
90.000 litros
105.000 litros
120.000 litros
O projeto estará trabalhando com três tipos de cachaça: Uma linha mais
simples, apesar da qualidade artesanal, será vendida após ser envelhecida por seis meses.
Uma segunda linha terá um ano de envelhecimento e uma terceira com 2 anos de
envelhecimento, conforme pode ser observado na tabela 2.
Tabela 2 – Linha de produtos
Ano
Volume de produção
Ano I
Ano II
Ano III
Ano IV
Ano V
Ano VI
Plantio da cana
60.000 litros
70.000 litros
90.000 litros
105.000 litros
120.000 litros
Cachaça 1
(30%)
18.000
21.000
27.000
31.500
36.000
Cachaça 2
(50%)
30.000
35.000
45.000
52.500
60.000
Cachaça 3
(20%)
12.000
14.000
18.000
21.000
24.000
É necessário lembrar que a cachaça 2 que tem um ano para envelhecer e a
cachaça 3 que precisa de dois anos, estará armazenada em processo final de produção
(envelhecimento). A tabela 3 apresenta os respectivos produtos em estoque onde no sexto
ano apresentará 45 mil litros de cachaça tipo 3 e 60 mil litros de cachaça tipo 2.
Tabela 3 – Produtos armazenados
Ano
Ano II
Ano III
Ano IV
Ano V
Ano VI
Cachaça 2
30.000
35.000
45.000
52.500
60.000
Cachaça 3
12.000
26.000
32.000
39.000
45.000
Total
42.000
61.000
77.000
91.500
105.000
Na tabela 4 apresenta o plano de vendas para os três tipos de cachaça, no
presente trabalho levou em consideração a venda integral da cachaça produzida, não
mantendo estoques remanescestes.
Tabela 4 – Plano de vendas para os três tipos de cachaça em litros
Ano
Cachaça 1
Cachaça 2
Cachaça 3
Ano II
18.000
Ano III
21.000
30.000
Ano IV
27.000
35.000
12.000
Ano V
31.500
45.000
14.000
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Ano VI
36.000
52.500
18.000
A cachaça normalmente é vendida em garrafas de 700 ml. O preço
demonstrado é baseado em produtos semelhantes já existentes no mercado. Na tabela 5,
mostra as receitas obtidas com os três tipos de cachaça ao longo do horizonte do projeto.
Foi considerado o plano de venda das diferentes categorias de cachaças adequado ao
volume das garrafas e multiplicado pelo preço de mercado. Nota-se o ganho em valor
agregado significativo existente com a melhoria da qualidade (cachaça tipo 3).
Tabela 5 – Valor Total de Receitas nos Diferentes Tipos de Cachaça
Ano
Ano II
Ano III
Ano IV
Ano V
Ano VI
Total cachaça Tipo 1
(R$ 2,00/garrafa)
R$ 51.428,57
R$ 60.000,00
R$ 77.142,86
R$ 90.000,00
R$ 102.857,14
Total cachaça Tipo 2
(R$ 7,50/garrafa)
Total cachaça Tipo 3
(R$ 20,00/garrafa)
R$ 321.428,57
R$ 375.000,00
R$ 482.142,86
R$ 562.500,00
R$ 342.857,14
R$ 400.000,00
R$ 514.285,71
CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO CANAVIAL
O presente trabalho considerou o custo de produção da tonelada da cana R$ 25,00,
tem-se um custo total de R$ 13.200,00 no primeiro ano conforme apresentado na tabela 6.
Já no ano de estabilização do canavial o custo total é de R$ 26.400,00
Tabela 6 – Custo para produção da cana
Ano
Litros Cachaça
Cana p/ Prod. (Ton.)
I
60.000
528
II
70.000
616
III
90.000
792
IV
105.000
924
V
120.000
1056
VI
120.000
1056
Custo total
R$ 13.200,00
R$ 15.400,00
R$ 19.800,00
R$ 23.100,00
R$ 26.400,00
R$ 26.400,00
CUSTO TOTAL PARA IMPLANTAÇÃO DA FÁBRICA
Para os custos industriais da cachaça, considerou-se o investimento de compra de
móveis e equipamentos no mercado e a construção de instalações prediais para o mesmo,
conforme pode ser observado na tabela 7. Para a implantação da Fábrica faz-se necessários
um montante de R$ 177.625,00, levando em consideração o tamanho e a quantidade
produzida do produto final.
Tabela 7: Custos para a Implantação da Fábrica de cachaça
Descrições
Valor em Reais
Instalações prediais
R$ 20.000,00
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Móveis e utensílios
Veículos
Equipamentos de Produção
Equipamentos para engarrafamento
Despesas Pré-operacionais
TOTAL
R$ 3.500,00
R$ 40.000,00
R$ 95.405,00
R$ 17.720,00
R$ 1.000,00
R$ 177.625,00
CUSTO DE COMERCIALIZAÇÃO, DIVULGAÇÃO E IMPOSTOS
No custo de comercialização foram considerados os custos com embalagem ao
longo do horizonte do presente projeto e foi considerado também um custo de R$ 6.000,00
anuais de frete, que pode ser observado na tabela 8.
Tabela 8: Custo com Embalagens e Frete
Ano
Custo anual com
Custo anual com frete
Embalagens
II
R$ 12.857,16
R$ 6.000,00
III
R$ 15.000,00
R$ 6.000,00
IV
R$ 19.285,68
R$ 6.000,00
V
R$ 22.500,00
R$ 6.000,00
VI
R$ 25.714,32
R$ 6.000,00
Os custos com divulgação foram considerados valores como investimento inicial no
ano I: confecção de rótulos e logomarca em um valor de R$ 10.000,00, site para Internet
custando R$ 1.000,00, produção destinada à degustação de R$ 2.000,00 e compra de
literatura especializada no valor de R$ 1.000,00. Totalizando R$ 14.000,00.
Nos demais anos, foi estimado um gasto de divulgação mínimo, ou seja, sua
qualidade será sua maior propaganda. Esse custo estará em torno de R$ 1.800,00 anuais.
Os impostos foram considerados o Imposto sobre circulação de mercadorias
(ICMS) que é de 17,5% do valor da venda, Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
de 20% sobre o valor da venda; Funrural de 2,5% sobre o faturamento; Imposto de renda
pessoa jurídica de 1,2% sobre o lucro líquido e Juros do capital investido a 10% ao ano.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na tabela 8 apresenta os custos totais, subdivididos em custos fixos e custos
variáveis, as receitas totais e o custo por unidade vendida no horizonte do projeto.
Observa-se o alto custo inicial necessário não só no primeiro ano como também nos anos
subseqüentes. Porém ganha-se em escala de venda, tendo um custo unitário reduzido,
porém com bastante variação até a estabilização no sexto ano do projeto.
Tabela 8: Custos e receitas para a produção de aguardente artesanal ao longo de 6 anos.
Custo fixo
Custo
Custos totais Receitas
Custo por unidade
(R$)
variável (R$) (R$)
totais (R$) vendida(R$/garrafa)
ANO I
12.840,00
18.816,00
31.656,00
0,00
0,00
ANO II
42.767,00
69.926,29
112.693,29
12.857,14
7,51
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ANO III
ANO IV
ANO V
ANO VI
67.067,00
67.067,00
143.867,00
164.367,00
120.453,43
287.597,86
446.898,05
513.568,73
187.520,43
354.664,86
590.765,05
677.935,73
133.928,57
484.821,43
818.750,00
962.410,71
3,00
4,73
6,30
6,23
Na tabela 9 observa-se que o tempo de pay-back é de 45 meses, sendo adotado para
o ano 0 o investimento necessário para a implantação da produção, em seguida mostra-se
os valores totais dos fluxos de caixa do primeiro ao sexto ano. O presente estudo mostra
também uma taxa interna de retorno de 51,15%. Mostrando a viabilidade do projeto.
Tabela 9: Pay-back, fluxo de caixa e taxa interna de retorno para a implantação da fábrica
de aguardente.
Descriminação
Resultado Obtido
45 meses ou 3,75 anos
Pay back
Investimento Inicial
(R$ 312.000,00)
Fluxo Caixa ano 1
R$ 0,00
Fluxo Caixa ano 2
R$ 12.857,14
Fluxo Caixa ano 3
R$ 133.928,57
Fluxo Caixa ano 4
R$ 484.821,43
Fluxo Caixa ano 5
R$ 818.750,00
Fluxo Caixa ano 6
R$ 962.410,71
Taxa Interna de Retorno
52,15%
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS
Este estudo analisou a viabilidade econômica da produção de cachaça artesanal de
um alambique para a produção de três tipos de cachaça, numa escala de produção iniciouse em 60.000 litros anuais até alcançar 120.000 litros, num prazo de cinco anos.
Alguns itens importantes para o negócio devem ser considerados, como a
qualidade, o processo de produção visando um produto padronizado, marketing, registro de
marca, distribuição e a legislação.
Constatou-se que é um negócio muito lucrativo no médio prazo (pay back = 46
meses), contudo é necessário um investimento inicial alto, além da necessidade de uma
provisão para capital de giro, já que o negócio começa a prover lucros efetivamente a partir
do terceiro ano de produção.
Outra característica importante é a viabilidade econômica em pequenas
propriedades, a não necessidade de vastas áreas de terra, pode ser um ponto positivo do
presente trabalho, pois apresenta um produto que tem um alto valor agregado, porém
apesar de ser viável economicamente em propriedades pequenas não significa a
necessidade de pouco investimento, muito pelo contrário, os resultados mostraram a alta
necessidade de investimento, mostrando aí um ponto significativo a ser observado.
As análises realizadas não levaram em conta uma visão pessimista de produção da
cana ou quebra na produção do produto. Além disso, foi considerada também uma venda
para todo o produto produzido considerando um mercado garantido.
Ao analisar o mercado externo faz-se fundamental a prospecção de novos
mercados, pois, a França é basicamente o único país importador do produto tendo desta
forma alto poder sobre a transação comercial. Isso depende não só de ação de produtores
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entidades de classe.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
GRAVATÁ, Carlos Eduardo. Manual da Cachaça artesanal. Digital Marster
Assessoria Fonográfica e Produção de Mídia: Belo Horizonte. 4a Ed. CD-ROM.
SECEX, Secretaria de Comércio Exterior. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br
> Acesso em 30 de mar de 2005.
PRÓ-CACHAÇA – Programa Qualidade Cachaça de Minas, governo do Estado de
Minas Gerais. Disponível em http://www.agridata.mg.gov.br/cachaca. Acesso em
12 de agosto de 2004.
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