NATAL É PLENITUDE DE VIDA E AMOR
"Deus tanto amou a humanidade que enviou seu filho unigênito".
Natal é celebração de vida, de alegria e de nascimento. Não de um nascimento
qualquer, mas do próprio Filho de Deus. Na jovialidade do menino Deus que mansamente
chega, renascem as nossas esperanças num amanhã melhor.
O amor maior - Deus - se faz vida em Jesus Cristo, para que o viver dos homens se
explicite no amor e encontre o caminho da transcendência na fraternidade.
Natal é Deus vindo até nós se fazendo um conosco, Emanuel, A partir deste
acontecimento histórico, nasce em nós à certeza de que Deus não é alguém indiferente ou
perdido nas alturas totalmente alheio aos dramas humanos, Deus se comprometeu conosco, se
fez homem e veio viver no meio dos homens. Natal é justamente a celebração deste
compromisso divino que assume a humanidade na sua globalidade, para a salvação.
Celebrar o Natal é portanto, celebrar a chegada entre nós do Salvador, do Libertador
que veio trazer justiça, direito e paz aos homens. Sua vinda não nos salva mágica e
8utomaticamente, mas exige de nossa parte, uma opção radical por Ele, para que possa se
reencarnar e renascer cada dia no presépio de nosso coração. Se nosso ser for à manjedoura
acolhedora da vida divina, entenderemos mais profundamente o espírito do primeiro Natal
impresso na atitude dos seus protagonistas. A fé e disponibilidade de Maria, o serviço
amoroso de José e a vibração dos Pastores. Tudo isto acontecendo longe de Jerusalém, num
contexto tão rústico e pobre: periferia, gruta, manjedoura, animais, etc.
Perante o Salvador que vem, o homem não pode estar indiferente. Ele precisa se
comprometer. É o lado humano do Natal que se planifica com o aspecto do divino que vem.
Por isso, o Natal é um brado forte para o homem se encontrar consigo, com o outro e com
Deus. Esse mesmo homem que não se relaciona filialmente com Deus e fraternalmente com o
outro, é alguém que se descobre sem Pai no céu e sem irmão na terra.
No Natal o amor de Deus se faz vida e esta vida desabrocha no amor. Como
profissionais da saúde ou agentes de Pastoral, cuidamos do que mais precioso o ser humano
recebeu como dom: A vida. Natal será sempre uma realidade vibrante quando nos
comprometemos com esta vida, gerando-a e cultivando-a no amor. Somos convidados a
sermos Natais para os outros, testemunhando este compromisso de amor-vida. Neste sentido,
somos desafiados a aprender da atitude expontânea da criança que vê a vida não como um
problema a ser resolvido pelo computador, mas como um mistério a ser descoberto e vivido
no amor a cada dia.
Somos Natais e sejamos arautos desta alegre notícia. "Glória a Deus nas alturas e paz
na terra aos homens de boa vontade".
Um feliz e Santo Natal. Um alvorecer de 1984 repleto de paz e realizações de vida.
Pe. Leocir Pessini
Diretor do ICAPS
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UMA PROPOSTA PARA VOCÊ...
Caro agente de Pastoral da Saúde, não importa se você é religioso ou leigo, casado ou
solteiro, moço ou velho, os Camilianos têm uma proposta a lhe fazer.
Nós somos uma Ordem que tem S. Camilo de Léllis, declarado pela Igreja celeste
padroeiro dos doentes, hospitais e enfermeiros. Atuamos no campo preventivo, curativo,
formativo e espiritual (Pastoral da Saúde).
Temos este CARISMA e gostaríamos que outros compartilhassem dele. A nossa
proposta, então, é neste sentido. Já que você trabalha no setor saúde, você está identificado
conosco. Você também é portador deste carisma. Gostaríamos de conservá-lo, desenvolvê-lo,
atualizá-lo e encarná-lo junto com você através do trabalho pastoral, de reuniões, artigos,
estudos, livros, pesquisa, cursos, reflexões, intuições etc., enfim, crescer junto neste espírito
tão humano, tão eclesial, tão evangélico.
Para pertencer a este grupo que irá se constituir e que poderíamos chamar de "GRUPO
CAMILIANO ou CAMILIANOS", basta que você nos escreva ou que se comunique conosco
dizendo que a proposta bate com seu desejo e começaremos o processo que juntos iremos
aperfeiçoando. Estamos levantando as disponibilidades. Fazendo a listagem dos interessados.
Sabemos que há muita gente neste Brasil com este carisma, com este dom. Iremos
desperta-los, uni-los e juntos fazer a caminhada camiliana, a caminhada samaritana.
A vida em função da vida!
Os Camilianos
JOÃO PAULO II NO HOSPITAL SÃO CAMILO
- Alguns trechos do discurso de João Paulo II, por ocasião da visita ao Hospital São Camilo
de Roma em 3 de julho de 1983.
"São Camilo foi um dos Santos que mais intensamente viveu o mistério da redenção
no seu acontecer cotidiano através da cruz e por inspiração divina formou uma nova escola de
caridade, instituindo a Ordem e a Família Camiliana".
" Um contemporâneo de São Camilo de Léllis, informa-nos que o Santo ao lado do
doente, participava a tal ponto de sua condição que ‘adorava o enfermo como a pessoa do
Senhor”. Não está porventura escrito no Evangelho: 'Sempre que fizestes isto a um destes
meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo
o fizestes (Mt 25,40)?
"Recordada do mandato de Cristo, a Igreja fez-se promotora, desde as suas origens, da
assistência sócio-sanitária, reconhecendo na solicitude, pelo mundo do sofrimento um dos
dados qualificantes da ação redentora".
“Em quem sofre, a conversão é uma necessidade, que atinge as raízes da existência,
recupera os valores humanos essenciais, santifica o lugar do sofrimento, torna-se
evangelização. A renovação, além disso torna-se no doente o núcleo mesmo da esperança não
só no que se refere à sua saúde, mas não raro”.
Também para a orientação geral de vida e para as perspectivas sobre as quais orientar o
caminho".
"Os lugares de assistência e de cura são lugares de vida e todos os que nele trabalham
não podem, não devem esquecer que estão a serviço da vida, de toda a vida e da vida de
todos".
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 1984
- Do Texto base da Campanha da Fraternidade de 1984 "Para que todos tenham vida". Tratase de um precioso subsidio de reflexão para os que estão envoltos
Na área da Saúde, quer como profissionais ou agentes de Pastoral.
n.° 118:
"Milhões de enfermos sofrem deformações físicas, males Incuráveis, doenças
crônicas. Esses irmãos aguardam da Igreja uma palavra de esperança, um gesto fraterno. São
muitas as dores do mundo: nos hospitais, hospícios, asilos de velhos, prisões orfanatos. Há
mendigos na rua, há famílias que não têm onde morar, há mulheres ultrajadas. Outros, e são
muitos, não sofrem enfermidades do corpo, mas sentem-se desencorajados diante da vida,
carentes de uma presença fraterna".
n.° 120:
"Os irmãos sofredores são o grande tesouro da Igreja. Assumem a dor livremente e fazem dela
uma fonte de santificação e bênção para si e para os outros. Não
assumem o sofrimento por gosto masoquista. Assumem coma meio de redenção. Embora
procurando dele se livrar não reclamam contra ele inutilmente. Sofrem com amor. A esses
enfermos e demais sofredores se dirige o Papa João Paulo II: “Aprendem a antepor a razão da
vida à própria vida". As chagas de Cristo que eles trazem em seus corpos os tornam
plenamente conscientes da grandeza e do poder paterno de Deus revelado na cruz e na
ressurreição do Senhor Jesus. Por essa razão eles sabem entregar-se inteiramente a Deus,
unindo o próprio sacrifício ao de Jesus, o Servo Sofredor, que com as próprias feridas curounos a todos (Is 53,5). A Igreja confia na oração dos irmãos enfermos, velhos e abandonados.
A dor deles não tem sentido em Cristo. “Ela é para nós bênção e coragem. É incentiva e
esperança".
n.° 130:
"Uma pergunta simples e direta se apresenta às pessoas e comunidades: estamos
produzindo vida, e vida em plenitude? Ou estamos sendo veículos e instrumentos de morte
para nossos irmãos e para nós mesmos, por causa do nosso egoísmo e omissão? É um
questionamento que pede exame pessoal e comunitário sobre a qualidade de vida, e exige de
todas, com a força do Evangelho, uma avaliação honesta da própria caminhada e de tudo o
que está acontecendo ao redor de cada um".
COMO AGIR DIANTE DO SENHOR QUANDO SOFREMOS?
se tudo o que tenho é realmente teu Senhor...
O primeiro passo é sermos honestos conosco mesmos e com o Senhor quando
sofremos. Isto significa nomear os sentimentos que temos, pelos verdadeiros nomes. Devo me
encarar como sou. Se estou com raiva, devo reconhecê-la. Se sinto raiva, por exemplo, não
devo escondê-la de mim ou do Pai, e sim, chama-la de raiva e evitar de suavizá-la com
eufemismos. Se é raiva, é raiva e esconder a realidade deste fato, seria mentir.
Conhecer o que está acontecendo comigo sempre me faz sentir melhor. Uma
explicação inteligente das transformações físicas pela qual o adolescente passa acalmar a seus
medos. Um anúncio delicado da aproximação da morte, tem
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dado paz a muitas pessoas gravemente enfermas. Mentir, pelo contrário, não ajuda ninguém e
não leva a nada de bom.
O Pai me conhece muito bem quando me sinto irado, porque ele conhece as
profundezas do meu coração. Admitindo que Ele conhece o mais íntimo de meu ser, posso
admitir mais facilmente o sentimento de raiva. Não tenho razões para negá-lo.
Por que recusar de negar a realidade?
Porque se escondo a verdade, arrisco fechar as portas abertas para a cura integral.
Quando necessito de cuidados médicos, mostro ao médico justamente meus ferimentos. Não
os escondo mostrando-lhe somente o que é saudável. Recusando de reconhecer ou mesmo
nomear a ira e o ressentimento pelos verdadeiros nomes, estaria escondendo minhas feridas ao
Senhor. E se alguma coisa necessita de cura, é precisamente esta espécie de ferida. O tumor
deve
ser reconhecido, do contrário pode tornar-se maligno - um câncer mortal. "O homem que vive
na verdade aproxima-se da luz", diz João (Jo 3,21).
Pensamos freqüentemente que agradaremos ao Senhor somente com nossas melhores
oferendas (vitórias, alegrias, criatividade, saúde, família, filhos, etc. etc...). Esquecemos que
somos pecadores, capazes de oferecer somente presentes imperfeitos e ambíguos.
Esquecemos que Jesus veio entre nós para os pecadores e não para os justos (Mt 9,13), como
o Bom Samaritano (Lc 10); cheio de amor e compaixão para com os doentes e necessitados.
Desta forma nossos melhores presentes são justamente nossas feridas, mesmo que não
entendamos o significado disto. O melhor presente que podemos dar ao médico que cuida
zelosamente de nossa saúde é mostrar-lhe nossas feridas, nossas doenças e confiar em suas
mãos.
Nosso Senhor é realista. Ele nos toma como somos e onde estamos... e ele tem o poder
de nos resgatar de qualquer situação. Não acreditamos que ele "desceu aos infernos",
significando isto segundo um teólogo alemão, que Ele pode resgatar-nos de qualquer lugar
uma vez que não existe lugar em que o Senhor não tenha domínio? Não é o ódio uma espécie
de inferno? E Ele nos prometeu que estaria "sempre conosco" (Mt 28,20).
Se realmente acredito que "tudo o que tenho pertence a vós" se minha fé faz com que
as palavras de Jesus sejam minhas como um filho ou filha do mesmo Pai, tenho que dar ao
Senhor tudo que possuo, incluindo os sentimentos como eles são agora e não como gostaria
que fossem. O Pão que é oferecido, é sempre pobre, mas assim que é oferecido ao Pai e
assumido pela sua palavra ele torna-se o corpo eucarístico de Jesus.
Desta forma devo não somente expressar-me como sinto, mas oferecer-me a mim
mesmo ao Pai. O simples fato de expressar-me sinceramente já é uma oferenda, mas posso ir
além disso, tentando fazer uma oferenda consciente de todos meus sentimentos, que são
tesouros escondidos.
"Tomai Senhor: Este é meu corpo agora; este é meu sangue agora". Neste momento
não tenho outro corpo e sangue para te oferecer. Pelo menos eles realmente pertencem a vós".
Isto traz à nossa mente o poema de Dietrich Bonhoeffer na prisão: "Quem quer que eu seja
Senhor, vós sabeis que pertenço a vós".
Posso dizer ao Pai: "Lembrai-vos de Jó; mas sobretudo lembrai-vos de vosso filho
Jesus. Embora eles fossem perfeitos tiveram a ousadia de perguntar: Por quê? Lembrai-vos
deste vosso filho enfraquecido pela doença e permita-me
perguntar "Por quê?". Deixe-me contar tudo. Se permitistes esta questão a eles - homens
justos - como poderia faze-lo diferentemente para com uma pessoa pecadora e imperfeita?
"Pai, quando sofro não ajudo ninguém simplesmente gritando, questionando com
milhares de porquês, como uma criança sem controle e entendimento. Estou certo de que me
ouves como um Pai paciente que bondosamente ouve seu filho. Fazeis, muito mais, porque
sois o Pai ‘do qual
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toda paternidade deriva’ (Ef 3,14). Assim dou-lhe tudo isto: minha revolta, meus
ressentimentos, meu ódio, mesmo que eles sejam dirigidos a vós. Para um mero observador
poderia parecer que vós sois o alvo; mas na realidade vós sois o único cujas mãos estão
abertas para receber meus oferecimentos, todos eles. Estais sempre pronto para recebê-los,
porque eles são precisamente meus ferimentos.
"Sim, meu Pai, nosso Pai, tudo que tenho ê realmente vosso". Ao dizer
verdadeiramente, "Tomai Senhor" expressamos todos os nossos sentimentos. Dizemos a Ele
toda a história sem mudar uma única palavra dos sentimentos que explodem das nossas
corações. Com Ele podemos nomear pessoas, lugares e tempos. Por que florear palavras com
meu Pai?
"O próprio Pai vos ama", afirmou Jesus (Jo 16,27), consequentemente falo a Ele como
se estivesse falando ao meu melhor amigo. Esta maneira de nos expressar a Deus revelará o
grau de nossa fé e esperança e seu amor por nós. Algumas vezes estaremos conscientes desta
fé e esperança, Se estamos conscientes ou não, não importa tanto. O que é mais importante
quando se ama é agir de acordo com o amor. Isto reforçará nossa fé no sentido de que o Pai vê
a profundeza das nossas feridas, debaixo das nossas palavras, que seu amor sem limites, aceita
sem julgamento ou condenação seu filho(a) que tem sido ferido tão profundamente; que Ele
pode curar e trabalhar com aquele ferimento como Ele o fez com o assassinato de seu Filho,
que Ele pode produzir graça de tão pobre pão. Talvez estaríamos abertas a acreditar que Ele já
está transformando nossa oferenda "transubstanciando" nosso pão e vinho. Ele não demora
em transformar o que nós temos e quem nós somos.
(Condensado do livro: WOLF, Pierre, May bate God?, Paulist Press, New York, Pg79, p. 4348)
TUAS PALAVRAS SÃO ORAÇÕES EM TEMPO DE DOENÇA
Arnaldo Pangrazzi
ORAÇÃO DO CARDÍACO
- Senhor, Foi algo que aconteceu tão de repente. Comecei a sentir dores no peito. Fiquei
assustado e por um instante senti o mundo todo sobre mim.
- Estou melhor agora. Sinto-me quase em condições de voltar para casa.
- Penso, no entanto que deverei permanecer mais alguns dias no hospital.
- Estava envolto com mil atividades que me é extremamente difícil permanecer inativo nesta
cama. Sempre tive tanta saúde. Nunca pensei que pudesse adoecer desta forma. Estou
preocupado com a minha família, com os que dependem de mim, com meu trabalho.
Francamente estou inquieto sobre o que o futuro reserva para mim.
- Senhor, acalmai minhas ansiedades e medos ao pensar no amanhã. Ajudai-me a aceitar as
minhas limitações e apreciar cada dia que vivo aceitando os desafios e acolhendo as
oportunidades de crescimento que me concedeis.
- Senhor, ajudai-me a interiorizar a atitude expontânea da criança que vê a vida não como um
problema a ser resolvido, mas como um mistério a ser descoberto a cada dia.
AMÉM!
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ORAÇÃO DA SABEDORIA
- Deus nosso pai, verdadeiramente aprendemos a apreciar a luz, na medida em que nos
defrontamos com a escuridão.
- Aprendemos a valorizar o que somos e temos somente após termos sido feridos pela perda.
- Assim acontece comigo. Sempre vivi como se fosse viver milhares de anos. Sem grandes
preocupações, fazia as coisas corriqueiras e sempre existia amanhã. Com esta doença o
amanhã tornou-se uma interrogação. A principio minha tentação foi de maldizer o mundo por
reservar-me tal sorte. Refletindo um pouco, vi que isso não me ajudaria em nada. Comecei a
meditar, rever, relembrar. .
- Gradualmente minha doença foi ensinando-me muita coisa e nunca aprendi tanto em tão
pouco tempo. Sinto a necessidade de viver cada dia plenamente, porque hoje é meu tempo
concreto de crescer na fé e desabrochar no amor. Tenho necessidade de fazer as coisas que
sempre adiava.
- Verbalizo sentimentos que sempre temi antes expressar e fazendo isso descubro que as
plantas são mais verdes e o céu é mais azul, como nunca antes disso.
- Finalmente toquei no coração da vida. Descobri como as pessoas tornaram-se importantes
para mim e que as pequenas coisas na vida são as mais importantes. Meu desapontamento
transformou-se em descoberta e meu silêncio em oração. Obrigado Senhor.
Amém.
ORAÇÃO DE CONFIANÇA
- Senhor, ajudai-me a crer que atrás das nuvens existe o sol, mesmo quando chove. Ajudai-me
a acreditar que as árvores secas do outono, carregarão folhas novas se eu for paciente o
suficiente em esperar.
- Senhor, ajudai-me a descobrir que o único caminho para atingir o cume da montanha e
aceitai passar pelas profundezas do vale. A única maneira que a vela ilumina e partilha sua luz
é ir gradualmente morrendo para si.
- Senhor, ensinai-me a abandonar as seguranças que me tornam inseguro e ensinai-me a
superar os medos que me deixam ansioso e impaciente.
- Na verdade estou preocupado porque sempre estive no controle das coisas e agora já não
mais, pois sou controlado. É extremamente difícil sentir-me vulnerável. Fico irritado e
desejaria que tudo fosse diferente.
- Mas, este é teu mundo Senhor, não somente meu. Estou aqui para servir-te. Preciso
compreender a mensagem das minhas imperfeições.
- Coloco-me nas tuas mãos Senhor, como uma criança que se sente segura nas mãos de sua
mãe. Ajudai-me a confiar no que não posso controlar, a caminhar aonde não posso ver, e crer
que atrás das negras nuvens anunciando tempestade, existe teu brilhante sol nascente. AMÉM.
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