Em Teste COMO TESTÁMOS 20 MARCAS €6 ÇA POUPAN te s te Pro Atum em lata Sal em excesso e rótulos incompletos são pontos essenciais a melhorar nas amostras em conserva Testámos 20 marcas de atum em óleo. MICROBIOLOGIA Em laboratório, fizemos provas de incubação e determinámos a flora esporolada (Bacillaceae), para testar a estabilidade e esterilidade nas conservas. FRESCURA Determinámos o pH (medida da acidez), o ABVT (azoto básico volátil total) e a histamina, que pode causar problemas alérgicos. oucos produtos são capazes de superar a rapidez de preparação e o preço do atum. Mas há que ter atenção ao interior das conservas: descobrimos, nalgumas marcas, pouco peixe e sal a mais. Por fora, rótulos pouco claros e incompletos. Por ano, os portugueses compram 99 milhões destas latas tradicionais, o que prova o quão enraizado está o consumo do atum. Face ao fresco, o enlatado é mais calórico. Já o teor em proteínas do atum mantém-se. P Défice de peso Os pesos indicados nas embalagens podem não estar correctos: em quatro amostras, os desvios são acentuados. Os fabricantes deveriam estar mais atentos. Nalguns casos, sobretudo na marca Calvo, a quantidade de peixe estava abaixo das expectivas: 64% face ao peso líquido declarado. A maioria dos produtos não apresentava defeitos significativos. Mas nas quatro amostras com apreciação média, encontrámos uma quantidade significativa de fragmentos soltos. Fresco, mas salgado Nenhuma amostra revelou problemas de frescura. Podemos confiar na qualidade do peixe. Já no que se refere ao sal adicionado, um dos critérios em conta, o panorama muda de figura. Mais de metade das marcas não passou no nosso teste, por ultrapassarem claramente o recomendável. Uma embalagem de 120 RÓTULOS POUCO PRÁTICOS E INFORMATIVOS U defeito Um encontrado: pedaços soltos na conserva gramas com 80 gramas de peixe contém, em média, 0,8 gramas de sal. Tal significa cerca de 15% do valor máximo diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Algumas amostras poderiam conter menos água. Quanto mais água, menos peixe estará no interior das latas. A marca Dia foi penalizada neste aspecto. O mercúrio, metal pesado que se encontra no ambiente, tende a acumular-se em maiores concentrações nos peixes predadores e de maiores dimensões, caso do atum. A maioria das amostras apresentavam valores muito baixos. Realizámos análises microbiológicas para averiguar a estabilidade e esterilidade das conservas. Todos os produtos estavam irrepreensíveis. Analisámos a informação obrigatória, bem como outras interessantes para o consumidor A rotulagem nutricional surge, na maioria das embalagens, mas nem sempre da forma mais útil para o consumidor. Esta informação é apresentada, na maioria das vezes, por 100 gramas de peso líquido escorrido. Mas seria mais adequado aparecer também por dose. vezes, enquadramento legal para o fazerem e, quando o há, nem sempre é respeitado. Não faça destas alegações um critério de escolha. Menções ao ómega 3 são inúteis Informações de carácter compulsivo como as relativas ao ómega 3 são dispensáveis. Não existe, muitas Identificámos as espécies para confirmar se se tratava mesmo de atum. Não registámos incongruências a este nível. Também verificámos se substâncias nocivas que eventualmente estivessem na embalagem (Bisfenol-A, BFDGE e BADGE) podem migrar para o alimento. Não detectámos problemas. 99 Boas sensações Atum bom e barato a integrar na rede da ementa semanal milhões de Um painel profissional avaembalagens liou o aspecto, cor, cheiro, vendidas por ano textura e paladar característicos das 20 amostras de atum que analisámos. O meses de atum deve ter uma textura maturação firme, tenra e suculenta. para o atum em Uma má textura pode deconserva obter ver-se a factores como a má características qualidade do produto ou a organolépticas um deficiente controlo da ideais temperatura durante a esterilização. Em geral, o nosso painel apreciou as amostras analisadas. Mas o resultado global da análise sensorial da Boa Pesca, Auchan e Dia ficou-se pelo médio. Por exemplo, a primeira foi considerada “insípida”. 3a6 Data de fabrico esquecida Facilitar a escolha adequada e o correcto consumo e conservação são objectivos dos rótulos. As informações devem ser completas, claras e verdadeiras. As denominações de venda dos produtos Pitéu e Aliada não permitem saber a apresentação do produto no interior da lata. Todas as outras marcas indicam tratar-se de atum em posta. A data de fabrico não consta em nenhuma conserva, mas é uma informação importante. O atum precisa de um período de maturação entre 3 a 6 meses para alcançar as características organolépticas ideais. Sem aquela data, como Julho/Agosto 2010 • 315 Proteste 21 Em Teste Atum A nossa selecção Microbiologia Análise sensorial Rótulo QUALIDADE GLOBAL (%) RESULTADOS Mercúrio MARCA GUIA, E. Leclerc PREÇO (€) Boa quantidade de peixe. Mas há que reduzir o sal e melhorar o fabrico. € 0,36 Água lher Como esco peixe fresco www.deco. os vide proteste.pt/ Excelente na quantidade de peixe e frescura. Critérios a melhorar: sal em excesso e água a mais. € 0,37 Sal Peso Comparámos o líquido (peixe e óleo) com o real e o peso líquido escorrido (peixe). O peso líquido por embalagem anunciado é sempre de 120 gramas, excepto a Nixe e Aliada (80 gramas x3). TOP BUDGET INTERMARCHÉ, ECOMARCHÉ Frescura Preço Recolhemos em Março de 2010. A marca Corretora só se vende no arquipélago dos Açores. ATUM EM ÓLEO É CONTINENTE, MODELO Defeitos QUADRO COMO USAR Irrepreensível nos defeitos e na frescura. Nota negativa: peso líquido inferior ao anunciado. Entre € 0,75 e € 0,95 Quantidade de peixe Sem defeitos nem problemas de frescura. Poderia ter menos sal e água e mais peixe. € 0,59 VASCO DA GAMA 70 Peso MARCA GUIA E. LECLERC 75 100 g de peixe 86 Embalagem 86 0,59 0,73 C C A A C C A A A B 86 VASCO DA GAMA 0,75 -0,95 0,85 - 1,08 D B A A B C A A A C 86 BOM PESTISCO 0,98 - 1,22 C A A A C B A A A D 85 1 - 1,24 Defeitos Verificámos, entre outros, se havia corpos estranhos, zonas queimadas ou oxidadas, coloração anormal, restos de pele, escamas e espinhas. Também determinámos a quantidade de migalhas ou fragmentos. GENERAL 0,84 - 1,05 0,97 - 1,21 A B A A C C A A B B 79 CORRETORA 0,74 - 0,99 0,92 - 1,23 D C A B E A A A A E 76 ECO+, E. Leclerc 0,49 - 0,50 0,56 - 0,57 A B A A D C A A B B 76 RAMIREZ 0,72 - 1,08 0,92 - 1,38 D C A A E C A A A D 76 Mercúrio Contaminante ambiental que se acumula em especial nos peixes predadores e de maior dimensão, como o atum. PINGO DOCE Melhor do Teste Escolha Acertada Escolha Económica Muito bom Bom Médio Medíocre Mau Boa qualidade 22 Proteste 315 • Julho/Agosto 2010 É, Continente, Modelo NIXE, Lidl ALIADA, El Corte Inglês RIANXEIRA A A B A D C A A B B 75 1,09 - 1,19 0,63 - 0,68 A B C A B B A A B C 75 B B A B A C C A B B 75 A A A A E C A A B C 74 B C B B D B A A B C 70 0,37 0,40 0,58 - 0,59 0,67 - 0,68 1,65 0,87 0,88 - 1,15 1,10 - 1,44 TOP BUDGET, Intermarché, Ecomarché 0,36 0,40 B A C B D B A A B C 70 CONTINENTE, Continente, Modelo 0,59 0,70 B B B A C C C A B B 69 CALVO 0,78 - 1,19 1,01 - 1,55 D D A A E C A A B D 64 PITÉU 0,58 - 0,99 0,56 - 0,95 C A C B E A A A B D 64 POLEGAR, Jumbo, Pão de Açúcar 0,37 - 0,53 0,47 - 0,67 C B C B E B A A B D 64 BOA PESCA, Intermarché, Ecomarché 0,53 - 0,58 0,62 - 0,68 B B B A B C C A C C 58 AUCHAN, Jumbo, Pão de Açúcar 0,59 0,65 C A B B E B A A C D 56 DIA, Minipreço 0,53 0,60 A B B A E D C A C C 51 www.deco.proteste.pt Prato rico, fresco e rápido PROTESTE ENTREVISTA O equilíbrio entre peixe, leguminosas e vegetais a bom preço. € 0,36 + 1 lata de atum 120 gramas s Recolha o óleo da -o ue loq co e latas no óleão € 0,68 Feijão frade cozido, ovo, cebola, alface e tomate € 1,04 pode o consumidor avaliar? Sete embalagens não referiam o peso líquido escorrido (a quantidade de alimento que realmente se come). A Corretora não dava indicações sobre uma coisa nem outra. Na maioria, o tipo de óleo não é especificado. “Óleo vegetal” foi a designação vencedora. Mas há vários tipos, com diferentes propriedades organolépticas e nutritivas. Apenas 6 rótulos aconselhavam como conservar. Um bom exemplo é a Calvo. Seis euros para apreciar atum Se optar pelas nossas Escolhas Acertadas, a marca é e a Top Budget, está a poupar cerca de € 6 por quilo, ao preço mínimo, face à Rianxeira. Por embalagem, poupa 70 cêntimos. Na mesma marca, detectámos, diferenças de preço consideráveis. A Calvo é um exemplo. Por embalagem, encontrámos uma diferença de 41 cêntimos. Se, de cada vez que for à loja mais cara comprar 4 conservas, está a pagar mais 1,64 euros. ¬ 4 DICAS A CONSERVAR NA LOJA E EM CASA O atum pode integrar a sua ementa semanal. Escorra o óleo da embalagem Na loja, e antes de abrir, certifique-se de que a lata de atum não está abaulada, amolgada, furada ou com manchas estranhas. Não compre produtos que expostos ao sol ou em locais húmidos. 1 abrir, certifique-se de que 2 Após o produto tem aspecto, cheiro e sabor característicos. Se não consumir todo o conteúdo, coloque o resto no frigorífico em recipiente fechado, até 1 dia. Ao abrir a lata, o produto deixa de ser uma conserva. 3 Conserve as embalagens em local fresco e seco. A humidade pode corroer a embalagem e o calor alterar as características gustativas. 4 190 kcal por 80 gramas Produto com elevado conteúdo calórico, devido ao teor em gordura. No atum em conserva ao natural, o valor desce para 90 kcal/80 gramas. 25% de proteínas Elevado teor em proteínas. Aminoácidos de boa qualidade. 15% de gordura No atum fresco, o teor é baixo, mas elevado em conserva, dado absorver parte do líquido de cobertura (o óleo). www.deco.proteste.pt Miguel Machete, coordenador do Programa de Observação para as Pescas dos Açores (POPA) “Consumidores devem exigir seriedade na certificação” Qual a principal intervenção do programa ao nível da pesca do atum? Através de observadores embarcados, o POPA recolhe informação sobre a pescaria de atum e as espécies associadas. O programa detém uma base de dados com mais de 2 mil registos, única na Europa, e à qual recorrem muitos grupos e entidades ligadas ao sector, desde investigadores até pescadores e a administração. Permite uma monitorização da pescaria e tem um papel pedagógico na comunidade piscatória. Como analisa as certificações Dolphin Safe e Friend of the Sea? A mais-valia é clara, sobretudo nos mercados em que se destacam os produtos certificados, oriundos de pescarias sustentáveis. A administração regional é reconhecida pelo esforço de monitorização dos recursos. Os armadores e pescadores recebem mais-valias, por verem os produtos certificados. Já os consumidores podem e devem exigir seriedade na certificação ecológica. Se os processos de avaliação da pescaria, rastreabilidade dos produtos e certificação não forem claros e sólidos, deve exigir informação às indústrias ou retalhistas ou às entidades certificadoras. Como analisa o facto de várias espécies de atum se encontrarem em extinção? A exigência dos mercados mundiais tornou-se excessiva. Há comércio de luxo, como o de atum rabilho para sushi no mercado internacional de Tóquio. Há centenas ou milhares de cercadores e palangreiros de superfície, a pescarem atum nas águas do Atlântico Sul, Pacífico, Índico. Muitas embarcações capturam mil toneladas de atum em poucos dias. É natural que as populações de peixe se comecem a ressentir seriamente. Julho/Agosto 2010 • 315 Proteste 23 Em Teste Empresas em silêncio Falta transparência na maioria das 7 empresas da indústria do atum que contactámos Apenas duas em sete empresas da indústria conserrveira responderam ao nosso questionário sobre res-ponsabilidade social: Calvo e Rianxeira. As marcass Ramirez, Bom Petisco, Pitéu, Vasco da Gama, Gene-ral e Corretora guardaram para si os pormenores so-bre práticas sociais e ambientais. A marca Rianxeira destaca-se por aplicar requisitoss sociais ao longo da cadeia de abastecimento aos forrnecedores da indústria conserveira e pesqueira. Este e grupo realiza auditorias internas só aos fornecedoress directos e afirma implementar as normas de gestão o de segurança e higiene ocupacional. Também asse-gura empregar trabalhadores locais na frota pesquei-ra e promover formação profissional. Empregar gen-te local na frota pesqueira, dar formação profissional, investir na capacidade de frotas locais e no apoio social e comunitário são prioridades sustentadas pela A pesca de arrasto é proibida: destrói ecossistemas marinhos. A pesca mais sustentável e artesanal é o salto e vara VIAGEM GLOBAL COM AS ESPÉCIES DE ATUM A “pesca ao cerco” é a forma mais comum ao nível internacional, que corresponde a cerca de 60% da produção de atum. A pesca “palangre” e “salto e vara” têm, cada uma, 14 por cento. Nos Açores, o “salto e vara” predomina. Se as técnicas de pesca mais agressivas se mantiverem, o futuro de algumas espécies ficará comprometido. 24 Proteste 315 • Julho/Agosto 2010 Habitat das espécies Thunnus orientalis Thunnus albacares Katsuwonus pelamis Thunnus alalunga Thunnus obesus Thunnus maccoyii Exploração 21% Intensiva Moderada 50% 21% Excessiva Espécies em risco 8% www.deco.proteste.pt ANÁLISE ÉTICA DAS MARCAS Avaliámos a ética com base em várias fontes Para avaliar as políticas de responsabilidade social das marcas de atum, enviámos questionário à Bom Petisco, Pitéu, Corretora, General, Calvo, Ramirez, Rianxeira e Vasco da Gama. Recolhemos informação em páginas na Internet das empresas, relatórios de várias organizações sectoriais e entrevistas a organizações (Coalition for Fair Fisheries Arrangements, International Seafood Sustainability Foundation e com representante do Programa de Observação para as Pescas dos Açores. Calvo. Tal como a Rianxeira, declara impôr aos fornecedores as convenções da Organização Internacinal do Trabalho. A Calvo refere ainda que o controlo das pescas é realizado por observadores do Instituto Espanhol de Oceanografia e outras autoridades consoante a zona de pesca. Poucos benefícios As marcas de atum enlatado compram a matéria-prima, regra geral congelada. Um número limitado de grandes compradores provenientes de empresas distribuidoras de larga escala exerce o poder de oligopólio face a um número limitado de produtores. Apurámos que cerca de 10 países em desenvolvimento estão envolvidos no enlatamento e transformação de atum para os mercados europeus. Mas as comunidades locais gozam de poucos benefícios económicos e sociais oriundos da exploração dos recursos naturais do atum. O mercado de atum europeu gera bastante emprego na Europa e em países do Sul, como África, Ásia e América Latina. Cerca de 500 mil pessoas dependem da indústria do atum para subsistir. O Grupo Calvo, por exemplo, fornece-se em grande parte da sua própria frota, recorrendo a Espanha e Salvador para processar o peixe e enlatá-lo. Por sua vez, o Grupo Rianxeira, com uma frota reduzida, abastece-se de atum junto de armadores e empresas de trading, e processa e enlata em Espanha e na Guatemala. A falta de transparência das 5 empresas que não responderam impediu a recolha de informação sobre outros países de origem do atum, além da Zona Económica Exclusiva dos Açores. As marcas internacionais divulgam uma política de sustentabilidade formal. A Calvo, por exemplo, focaliza-se no cumprimento das regras de pesca, impacto dos ecossistemas, operações de pesca e traçabilidade para assegurar o fornecimento de atum numa cadeia sustentável. As iniciativas das empresas para assegurar as boas práticas nos países em desenvolvimento são essenciais para reduzir os impactos negativos junto das populações. O corte e limpeza do atum, por exemplo, implicam resíduos e contaminação da água. www.deco.proteste.pt Latas sem informação sobre a origem e espécies de atum Para tal, empresas internacionais recorrem a países onde as normas ambientais são mais débeis. Depois, importam as postas de atum limpas e cortadas. Certificação invisível na embalagem As certificações ao nível da empresa envolve requisitos no processo produtivo. Embora com a certificação Dolphin Safe, a Calvo não a ostenta nas suas latas de atum. O mesmo sucede com a Rianxeira, também certificada pela Friend of the Sea, igualmente ausente dos rótulos das conservas. Estas marcas sustentam impôr o uso de barcos autorizados de acordo com a lista adoptada pela Regional Fisheries Mangement Organizations. Nos Açores, a pesca é certificada com o Dolphin Safe e Friends of the Sea, o que garante que a pesca do atum é sustentável. O método artesanal “salto e vara” é o mais usado: respeita o equilíbrio ecológico e biológico das especies e o desenvolvimento das populações locais. ¬ À PESCA DE SÍMBOLOS ÉTICOS Marine Stewardship Council, Dolphin Safe e Friends of the Sea certificam a implementação de práticas e sistemas de pesca sustentáveis Da captura até ao consumidor, a traçabilidade é assegurada pela MSC. Atesta que toda a cadeia respeita as normas nacionais e internacionais. Em Portugal, o Lidl está referenciado com um produto com esta certificação. A certificação Dolphin Safe surgiu para garantir de que os golfinhos não seriam afectados pela pesca do atum. Aquele cetáceo seria utilizado, por exemplo, nos Açores, como isco. Nos anos 90, a indústria atuneira açoriana adoptou esta certificação. A pesca nos Açores foi a primeira no Mundo com certificação Friends of the Sea. Quatro espécies de atum capturadas no arquipélago dos Açores são certificadas pelo Friends of the Sea. Friends of the Sea Marine Stewarship Council Dolphin Safe Consumidores exigem Os requisitos sociais na cadeia de abastecimento de atum assumem contornos muito fracos. Exigimos que as marcas adoptem e implementem políticas transparentes inspiradas nas convenções da Organização Mundial do Trabalho e que verifiquem o cumprimento de forma independente. Para o consumidor fazer uma escolha consciente, as marcas devem disponibilizar infor- mação sobre as políticas de responsabilidade social e iniciativas onde estão envolvidas. O consumidor tem ainda o direito a saber que espécies de atum estão na conserva e as zonas de captura e métodos de captura. Transparência das políticas e práticas das empresas e informação de traçabilidade asseguram a escolha de marcas sustentáveis e socialmente responsáveis. Julho/Agosto 2010 • 315 Proteste 25