DIAGNÓSTICO DE HIV ENTRE IDOSOS
REALIZADOS PELO LACEN-BA, 2006-2010
Luziangela Martins Carvalho Lima*
Max José Pimenta Lima**
Leonardo Assis Bertollo***
Ana Marcia Suarez Fontes****
Resumo
A sexualidade durante o envelhecimento vem sendo pouco conhecida e entendida pela sociedade
e até pelos próprios idosos, levando a uma desinformação quanto à possibilidade dessa população
contrair doenças sexualmente transmissíveis. O objetivo deste estudo é conhecer a ocorrência de
positividade de testes de HIV em idosos, diagnosticada pelo Laboratório Central do Estado da Bahia
(LACEN-BA), no período entre 2006 e 2010, levando em consideração o gênero, a faixa etária, o
número de registros reagentes por cada ano de ocorrência. Os resultados encontrados mostraram
que, na Bahia, assim como no restante do Brasil, os idosos do sexo masculino são os mais atingidos.
Já em relação ao período de maior infecção, encontra-se entre os anos de 2006 e 2008. Após esse
período, houve uma redução de idosos infectados, e a faixa etária mais acometida está entre 60 e 70
anos. Conclui-se que mudar as concepções das pessoas idosas, principalmente no tocante às suas
crenças e suas atitudes, se faz necessário. Somente políticas públicas de saúde claras e eficientes, que
transcendam o problema, poderão mudar esse cenário de aumento de HIV entre idosos.
Palavras-chave
Aids. Idoso. HIV. Envelhecimento.
1. Introdução
Segundo Kalache (1999 apud ZORNITTA, 2008),
a velhice pode ser definida como sendo um pro-
cesso de progressivas modificações biológicas, psicológicas e sociais ao longo da vida de uma pessoa.
O envelhecimento refere-se a grupos etários específicos, por exemplo, aqueles com idade acima de
* Enfermeira, Pós-graduada em UTI pela Atualiza Cursos. E-mail: [email protected]
** Mestre em Odontologia, Professor de Bioquímica da Escola Bahiana de Medicina e Saúde. E-mail: maxpl@
hotmail.com
** Farmacêutico, Laboratório Central do Estado da Bahia. E-mail: [email protected]
*** Doutoranda e Mestre em Biotecnologia e Medicina Investigativa da Fiocruz, Pesquisadora da Fiocruz-Ba.
E-mail: [email protected]
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60 anos, contudo, o processo de envelhecimento
começa antes mesmo de que venhamos a nascer e
continua ao longo da vida.
Chegar à velhice nas décadas anteriores era privilégio para poucos. No século XX, esse cenário
mudou, houve um aumento na expectativa de
vida que, atualmente, ultrapassa os 80 anos, trazendo novas possibilidades à velhice, como casamento acima dos 60 anos, a volta à produtividade, aos estudos em diferentes níveis, aproveitar
com plenitude a aposentadoria, antes considerada uma sentença de morte lenta (REZENDE et
al., 2009).
A sexualidade no envelhecimento ainda é um tema
negligenciado pela medicina, pouco conhecido e
entendido pela sociedade, pelos próprios idosos e
pelos profissionais de saúde. A sexualidade é uma
atividade que contribui significativamente para a
qualidade de vida do idoso, pois esse é capaz de ter
relação e de sentir prazer (BALLONE, 2001 apud
VIANA; MADRUGA, 2008). No entanto, com
o aumento da expectativa de vida e, consequentemente, da atividade sexual, observou-se uma
maior incidência e prevalência de certas doenças,
dentre elas, a AIDS (VIANA; MADRUGA, 2008).
As intervenções farmacológicas contra a disfunção erétil vêm aumentando a atividade sexual e,
presumivelmente, a promiscuidade, entre idosos
(SOUZA, 2008).
A AIDS (Acquired Immunodeficiency Syndrome),
no Brasil, surgiu no início da década de 1980,
com o primeiro caso diagnosticado em São Paulo, espalhando-se rapidamente. Os primeiros casos ocorreram entre homossexuais e prostitutas,
que ficaram conhecidos como o lócus da doença,
e também os indivíduos que recebiam transfusão
sanguínea e os usuários de drogas injetáveis, como
os disseminadores e desviantes das normas sociais.
No início, foi tratada como a doença configurada
pela morte (GODOY et al., 2008; SALDANHA;
FELIX; ARAÚJO, 2008)
Sua disseminação foi muito rápida, grupos, antes
não identificados como passíveis de contaminação
pelo HIV, passaram a integrar o cenário epidemiológico da doença, configurando uma forma diferente da forma de contágio inicial (SALDANHA;
ARAÚJO; SOUZA, 2009).
Após 30 anos do início da epidemia, os “novos idosos” com AIDS tiveram que esconder sua doença
até da família, carregando um tríplice preconceito:
por ser idoso, por ter Aids e por ser um idoso com
AIDS, ou seja, sexualmente ativo (ZORNITTA,
2008; OLIVEIRA; ARAUJO; SALDANHA, 2011).
O número elevado de idosos infectados deve-se
a não adoção de medidas preventivas contra as
doenças sexualmente transmissíveis, assim como
o receio em ter seu desempenho sexual comprometido e da idosa em descartar o risco de gravidez
(PEREZ; GASPARINE, 2005; TOLEDO, 2010).
Diante do exposto, questiona-se aqui: qual é a ocorrência de positividade de HIV em idosos na Bahia?
O objetivo deste estudo é conhecer essa realidade,
diagnosticada pelo LACEN-BA no período entre
2006 e 2010, levando em consideração o percentual
de infectados. Para tal, utilizaram-se as variáveis:
gênero, faixa etária, número de registros reagentes
por cada ano de ocorrência, além de identificar em
qual período de 2006-2010 houve maior índice de
infecção. Os resultados poderão servir como subsídio e incentivo ao planejamento das ações de saúde visando ao combate da contaminação pelo HIV
em idosos no Estado da Bahia.
2. Metodologia
Trata-se de um estudo no campo da epidemiologia,
descritivo, quantitativo, de corte transversal e retrospectivo, elaborado a partir de dados primários
dos registros do Sistema do Laboratório Central
Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz (LACEN-BA),
situado na Rua Waldemar Falcão, 123, Candeal –
Salvador, Bahia.
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A população de estudo foi composta por todos os
casos diagnosticados pelo LACEN-BA no período
de 2006 a 2010, em pessoas acima dos 60 anos de
idade. Segundo a Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de
1994, capítulo I, Artigo 2º “Da Finalidade — Considera-se idoso, para os efeitos desta Lei, a pessoa
maior de sessenta anos de idade”. Segundo a Lei
n.10.741, de 1o de outubro de 2003, Título I —
Disposições Preliminares — Art. 1º: “É instituído
o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”.
Foram utilizados como critérios de inclusão neste
estudo 100% dos casos positivos de HIV, diagnosticados pelo LACEN-BA, no período de 2006 a
2010, acima dos 60 anos de ambos os sexos.
Os dados foram coletados no laboratório de Virologia, através do módulo da pesquisa científica
do SMART (software do LACEN-BA), no mês
de outubro de 2011, usando-se uma planilha semiestruturada no programa da Microsoft Excel
(APÊNDICE A), elaborada pelos próprios autores da pesquisa, contemplando as variáveis: faixa
etária, gênero e número de registros reagentes
entre os períodos de 2006 a 2010. A análise dos
dados foi realizada com o uso de medidas estatísticas de frequência simples, os resultados, apresentados através de gráficos e tabelas, e, por fim,
tecidas as considerações com base nos objetivos
propostos.
Os aspectos éticos contemplados neste estudo foram baseados na Resolução nº 466/2012, que diz
respeito à dignidade humana, observando-se os
referenciais básicos como autonomia, não maleficência, beneficência, justiça, fidelidade, veracidade e confidencialidade, visando a assegurar os
direitos e deveres referentes à unidade científica,
aos sujeitos da pesquisa e ao Estado; e também no
Código de Ética de Enfermagem, artigo 91, que
consiste em respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem como os direitos autorais
no processo de pesquisa, especialmente na divulgação dos seus resultados. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Faculdade de Ciências e Tecnologia de Salvador
(APÊNDICE B) com protocolo nº 3575.
3. Resultados e Discussão
A coleta dos dados revela que, no período de
2006 a 2010, o LACEN-BA realizou um total de
8.502 exames para diagnóstico de HIV, sendo
destes 4.454 do sexo masculino e 4.048 do sexo
feminino.
No entanto, para a realização do nosso estudo,
foram descartados 96 exames considerados indeterminados, pois o método de dosagem realizado
pelo LACEN-BA não conseguiu precisar se era
reagente ou não reagente, necessitando de uma
nova coleta de sangue. Assim, o total de exames
considerados para pesquisa foi de 8.406, sendo
4.393 do sexo masculino e 4.013 do sexo feminino (Tabela 1).
Tabela 1. Ocorrência de exames de anti-HIV realizados pelo LACEN-BA de 2006 a 2010
REALIZADOS
INDETERMINADOS
TOTAL
Masculino
4.454
61
4.393
Feminino
4.048
35
4.013
Total
8.502
96
8.406
Fonte: Elaborado pelo Autor.
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Os resultados reagentes encontrados na Bahia,
nos idosos, pelo LACEN-BA, vão ao encontro dos
resultados do restante do Brasil, onde um maior
número de casos também é encontrado no sexo
masculino. O fato de o número de casos de AIDS
em maiores de 60 anos de idade se concentrar em
maior quantidade no sexo masculino pode ser justificado pelo fato de que os homens recorrem com
maior frequência aos serviços de profissionais do
sexo e utilizam recursos farmacológicos para aumentar a atividade sexual (SALDANHA, 2011).
etárias, observa-se que houve um crescimento de-
No Brasil, na década de 1980, quando surgiu o primeiro caso de AIDS, ao período de junho de 2010,
contabilizou-se um total de 592.914 casos, sendo
385.818 homens e 207.080 mulheres. Em relação às
regiões, as que tiveram um percentual maior foram
a Região Sudeste, com 58% dos infectados, a Região Sul, com 19,5%, e a Região Nordeste, 12,5%.
Já as regiões Centro-Oeste e Norte tiveram um menor percentual, com 5,7%, 4,2%, respectivamente
(BRASIL, 2010).
vez que os programas de prevenção ao combate da
Embora a AIDS em idosos ainda tenha um percentual menor de casos comparado às demais faixas
determinados, 1.326, não reagentes e 39, reagentes
nominado de “leve envelhecimento da epidemia”.
No início, a população idosa quase não foi atingida
pelo HIV, nos primeiros cinco anos, foram registrados apenas quatro casos diagnosticados em pessoas com 60 anos ou mais no Brasil (GODOY et
al., 2011; MALAFAIA, 2011).
Com o aumento da longevidade e da atividade sexual no País, a população idosa acaba por correr
um risco maior de contaminação pelo HIV, uma
contaminação pelo vírus não têm como foco esse
nível etário da população (SILVA, 2004; MINAYO;
COIMBRA, 2011).
Em relação ao número de testes realizados no período de 2006 a 2010, o ano com mais testes feitos foi 2007, com 2.046, sendo 30 indeterminados,
1.956, não reagentes e 60, reagentes, e o ano em
que se realizou menos testes foi 2009, com 11 in(Tabela 2).
Tabela 2. Ocorrência do resultado de anti-HIV em exames realizados pelo LACEN-BA, entre 2006 a 2010
2006
2007
2008
2009
2010
Reagente
46
60
65
39
22
Não reagente
1.870
1.956
1.607
1.326
1.415
Indeterminado
20
30
29
11
6
Total
1.936
2.046
1.701
1.376
1.443
Fonte: Elaborado pelos Autores.
A totalidade de resultados reagentes no período
2006-2010 foi de 232 casos, sendo 135 (58,2%)
do sexo masculino e 97 (41,8%) do sexo feminino. Entre os anos de 2006 e 2008, houve aumento
nos resultados reagentes para HIV (46%, 60% e
65%, respectivamente), já nos anos subsequentes,
houve decréscimo dos resultados reagentes (39%
e 22%, respectivamente). Entre os resultados por
ano, houve sempre um maior número de casos
para o sexo masculino, com exceção do ano de
2008 (Tabela 3). Já em relação às faixas etárias, os
indivíduos de ambos os sexos, entre 60 e 70 anos,
tiveram um maior número de casos reagentes em
todos os anos analisados.
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Tabela 3. Ocorrência de exames anti-HIV com resultados reagentes em exames realizados pelo LACEN-BA,
distribuídos por sexo, ano e faixa etária
SEXO
IDADE
M
2006
2007
2008
2009
2010
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
60 - 70
21
70
24
70,6
24
77,4
24
85,7
9
75
M
71 - 80
5
16,7
7
20,6
6
19,4
1
3,6
2
16,7
M
81 - 90
3
10
1
2,9
0
0
2
7,1
1
8,3
M
> 91
1
3,3
2
5,9
1
3,2
1
3,6
0
0
30
100
34
100
31
100
28
100
12
100
Total
F
60 - 70
12
75
21
80,8
27
79,4
6
54,5
5
50
F
71 - 80
3
18,8
2
7,7
5
14,7
3
27,3
4
40
F
81 - 90
1
6,3
1
3,8
1
2,9
1
9,1
0
0
F
> 91
0
0
2
7,7
1
2,9
1
9,1
1
10
Total
16
100
26
100
34
100
11
100
10
100
Total Geral
46
60
65
39
22
TOTAL
135
97
232
Fonte: Elaborado pelos Autores.
As campanhas publicitárias de conscientização
para o sexo protegido têm sido de fundamental
importância na mudança das práticas sexuais, sobretudo para os homossexuais, que modificaram
seus hábitos, principalmente com o uso de preservativos, além de reduzirem o número de parceiros.
Assim, houve declínio no número de pacientes
portadores de HIV/AIDS desse grupo. Por outro
lado, houve elevação de casos positivos entre os
heterossexuais, que se consideravam distantes dos
riscos por acreditarem se tratar de doença relacionada à homossexualidade.
No grupo dos heterossexuais, está incluída a grande parte dos idosos, para os quais as campanhas
não os tinham como grupo-foco, ou seja, não
havia a preocupação em alertá-los. Isso pode ser
comprovado com o aumento de casos de HIV em
todo o mundo e também no Brasil. A não inclusão
desse grupo etário em campanhas de prevenção
fez com que tais indivíduos se sentissem à margem do risco de serem contaminadas pelo HIV, e
assim continuassem se expondo, desprotegidos,
em suas relações sexuais (BRASIL, 2010).
Em relação à Bahia, no período de 2006 a 2008,
houve aumento crescente de casos de HIV, mas
que decresceram nos anos subsequentes. Tais
resultados podem ser atribuídos às campanhas
publicitárias que começaram a ser veiculadas
na mídia, a partir de dezembro de 2008, com o
lançamento da campanha, pelo governo federal, com o slogan “Sexo não tem idade. Proteção
também não”. Diferentemente dos anos anteriores, o público-alvo da campanha de prevenção e
combate à AIDS do Ministério da Saúde foram os
homens acima dos 50 anos de idade, faixa etária
na qual o contágio pelo vírus vinha se elevando
frequentemente.
Os distúrbios de ereção dificultam o uso dos preservativos e as condições da mucosa vaginal, no
período pós-menopausa, predispõem a mulher à
escarificação, que promove a transmissão do HIV.
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Nesta faixa etária, a baixa imunidade pode favorecer o surgimento da infecção sintomática (SOUZA, 2008; LAZZAROTTO, 2011).
Em nosso estudo, para melhor visualização dos
resultados, os idosos foram separados por décadas de idade acima de 60 anos e a faixa que
mais teve ocorrência de resultados de anti-HIV,
reagentes, foi de 60 a 70 anos, com decréscimo
nas outras faixas. O aumento progressivo da expectativa de vida e a melhora das condições socioeconômicas do País aumentaram a qualidade
de vida do idoso, bem como a atividade sexual,
por isso, as campanhas publicitárias devem ser
focadas para essa população, que necessita de informações da mesma forma que os outros grupos etários (ARAÚJO, 2007; FEITOSA; SOUZA;
ARAÚJO, 2011).
Vale ressaltar que o jovem de hoje será o idoso
de amanhã e, devido às terapias antirretrovirais
altamente ativas (coquetel), os pacientes jovens
passam a ter uma maior sobrevida, porém, com
isso, começam a negligenciar o uso da proteção
individual nas relações sexuais, portanto, não irão
contrair a AIDS na velhice, chegarão à velhice
com ela.
4. Conclusão
As dificuldades de abordagem sobre sexo e DST/
AIDS na terceira idade decorrem do fato de esses temas representarem um tabu para a população em geral e também para os profissionais de saúde, que revelam dificuldades em abordar tais questões em seus
atendimentos, ou mesmo supor que essas doenças
não possam acometer as pessoas dessa faixa etária.
Aliadas a isso, as terapias de reposição hormonal,
também para mulheres, visam a oferecer uma vida
sexual mais cheia de estímulos, com muito prazer
e liberdade pelo maior período de tempo possível.
Contudo, nas propagandas desses produtos não se
tem uma campanha que alerte as idosas sobre os
riscos de contrair AIDS pela via sexual.
Mudar as concepções das pessoas idosas, principalmente no tocante às suas crenças e suas atitudes, não
é fácil, somente políticas públicas de saúde claras e
eficientes e que compreendam a magnitude e a transcendência do problema, direcionando a prevenção
especialmente aos idosos com vistas à contaminação
pelo HIV, eliminando mitos e preconceitos com relação a esse público, é que poderão mudar esse cenário
de aumento de AIDS nas pessoas acima de 60 anos.
HIV DIAGNOSIS AMONG ELDERLY PERFORMED BY LACEN-BA, 2006-2010
Abstract
Sexuality during aging, has been little known and understood by society and by the elderly, leading to misinformation about the possibility of sexually transmitted diseases incidence among this
population . The aim of this study was to determine the incidence of HIV positivity in the elderly,
diagnosed by LACEN-BA in the period 2006 and 2010, taking into account gender, age, number of
records for each year of reagent occurring between 2006 to 2010. The results show that in Bahia as
the rest of Brazil so with older males are the most affected. In relation to the period of infection is
higher among the years 2006 to 2008, and thereafter there was a reduction of infected elderly, and
the most affected age group is between 60 and 70 years. It is concluded that changing conceptions
of the elderly, especially regarding their beliefs and attitudes is not easy, only public health policies
and efficient clear that transcend the problem, you can change this scenario of HIV in the elderly.
Keywords
AIDS. Elderly. HIV. Aging.
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 2, n. 2, jul./dez. 2015 | 83
LIMA, L.M.C.; LIMA, M.J.P.; BERTOLLO, L.A.; FONTES, A.M.S. | Diagnóstico de HIV entre idosos realizados pelo LACEN-BA, 2006-2010
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