8º EnTec – Encontro de Tecnologia da UNIUBE / 28 a 30 de outubro de 2014 Análise morfométrica do córrego das Flecheiras 1 2 3 4 5 6 Gislene ; Jéssica ; Joicy ; Leticia ; Patrícia ; Francienne Gois Oliveira 1 Acadêmicas de Engenharia Ambiental, Universidade de Uberaba. ([email protected]) 6 Professora na Universidade de Uberaba, Minas Gerais, Brasil.([email protected]) 1, 2, 3, 4, 5 1 - Introdução A água é um recurso peculiar, não somente pela sua amplitude de utilização, mas também por ser um indicador ambiental da qualidade do solo, comumente alterado pelo homem (TONELLO et. al., 2009). A Bacia Hidrográfica passa a ser a unidade de planejamento, integrando políticas para a implementação de ações conjuntas, visando o uso, a conservação e a recuperação das águas (BRASIL - PNRH, 1997). O funcionamento hidrológico de uma bacia está relacionado aos processos geomorfológicos de formação que resultam, em: sua área, formas geométricas, do relevo, diferentes declividades, densidade de drenagem, entre outros parâmetros, bem como aos processos hidrológicos tais como: precipitação local e regional, escoamento superficial das águas das chuvas, infiltração, fluxo de base, deflúvio, vazão e, suas inter-relações com o meio (Rodrigues et al, 2013). As características morfométricas do padrão de drenagem e do relevo refletem algumas propriedades do terreno, como infiltração e deflúvio da água das chuvas, e expressam estreita correlação com a litologia, estrutura geológica e formação dos elementos que compõem a superfície terrestre, de acordo com (PISSARRA et al. 2004). O objetivo deste trabalho é apresentar a caracterização morfométrica da Bacia Hidrográfica do Córrego das Flecheiras. 2 - Materiais e métodos A Gestão de Recursos Hídricos é muito dinâmica e tem atraído diversos interesses, o que torna os Comitês, ambientes que exigem conhecimento, aplicação e transparência. A bacia hidrográfica do córrego das Flecheiras (Figura 1) localiza-se no município de Buritizal/SP ( IBGE 1:50.000, folha Buritizal SF-23-V-A-I-2), de onde foram extraídos os dados para realização dos cálculos morfométricas. A bacia deságua no Rio Grande. O clima da região é Tropical de Altitude Cfb de acordo com a classificação climática de Koppen. Pertence ao Bioma Cerrado. Figura 1. Bacia Hidrográfica do Corrego das Flecheiras Para análise da área de estudos foram calculados os índices: Índice de Circularidade: Onde: Ic-índice de circularidade; A-área de drenagem[m 2 ] ; P-perímetro [m]. Índice de Sinuosidade do Curso d’ água: Onde: Is-índice de sinuosidade; Cp- comprimento principal [m]; Ct-comprimento do talvegue [m]. Coeficiente de Compacidade: Onde: Kc-coeficiente de compacidade; perímetro [km] e A – área da bacia [km²]. P- Fator de Forma:. Onde: Kf-coeficiente de forma; A-área de drenagem [km²];C-comprimento da bacia [km]. Para os parâmetros de forma, circularidade e compacidade podem ser observado a interpretação dos resultados encontrados. Tabela 1 Valores e a interpretação dos resultados quanto ao: fator de forma (Kf), índice de circularidade (Ic) e, coeficiente de compacidade (Kc) da bacia. www.uniube.br/entec UNIUBE Campus Aeroporto – Uberaba/MG 8º EnTec – Encontro de Tecnologia da UNIUBE / 28 a 30 de outubro de 2014 Fatores Kf Valores e Classificação 1,0-0,75 0,75-0,50 0,50-0,30 < 0,30 Ic Kc Formato 1,0-0,80 0,80-0,60 0,60-0,40 1,0-1,25 1,25-1,50 1,50-1,70 Redonda Mediana Oblonga < 0,40 > 1,70 Comprida Alta Media Baixa Interpretação Tendea tendea tendea ambiental da tendea conservação enchentes enchentes enchentes bacia Fonte: Villela e Matos (1975) adaptado por Rodrigues et al (2013). Densidade de Drenagem: Onde: Dd – densidade de drenagem [km.km-2]; Cc – comprimento dos canais da bacia [km]; A – área da bacia [km² ]. O resultado encontrado para o parâmetro densidade de drenagem pode ser interpretado de acordo com a Tabela 2. Tabela 2. Valores e a interpretação dos resultados da densidade de drenagem de acordo com os critérios Dd Tipo Interpretação ambiental da bacia < 1,5 Baixa Baixo escoamento superficial e maior infiltração 1,502,5 Media Tendência mediana de escoamento superficial. 2,5-3,0 Alta > 3,0 Muito alta Alta tendência ao escoamento e enxurradas. Alta tendência ao escoamento superficial, enxurradas e erosão. Fonte: de Horton (1945), Strahler (1957), França (1968) e Rodrigues, et al (2013). 3 - Resultados e discussão A bacia hidrográfica do Córrego das Flecheiras apresentou as seguintes características: Curso principal = 7,78 Km Afluentes = 1,99 Km Curso total = 9,77 Km Perímetro da bacia = 9,5 Km Área total da bacia = 4,43 Km2 Comprimento talvegue = 3,5 Km Quanto aos índices morfométricos foram encontrado os valores de 1,26 para Kc; Kf de 0,73, Ic = 0,62; Dd = 1,76 Km.Km-2 e Is = 2,22 De acordo com a interpretação da Tabela 1, tratase de uma bacia mediana com média tendência a enchentes e com relação a densidade de drenagem, por meio da Tabela 2, confirma-se que que a bacia tem tendência mediana ao escoamento superficial. 4 - Considerações finais Uma bacia hidrográfica é um ecossistema, portanto é de extrema importancia entendermos seus significado. Na análise morfométrica, foram encontrados valores que mostraram as caracteristicas da bacia. Pelo indice de compacidade, circularidade, fator e densidade mostrou que a bacia é media com tendencia a enchentes, de formato mediano. 5 - Referências BRASIL. Politica Nacional de Recursos Hídricos. Lei n.º 9.433, do dia 08 de janeiro,1977. FRANÇA, G. V. Interpretação fotográfica de bacias e redes de drenagem aplicada a solos da região de Piracicaba. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo; 1968. HORTON, R.E. Erosinal development of streams and their drainage basin: hydrophysical approach to quantitative morphology. Geological Society of America Bulletin 1945; 56(3): 275-370. PISSARA, T. C. T; POLITANO, W; FERRAUDO, A. S. Avaliação de características morfométricas na relação solo-superfície da bacia hidrográfica do córrego Rico, Jaboticabal (SP). Revista Brasileira de Ciências do Solo 2004; 28: 297-305. RODRIGUES, V. A., et al. Análise morfométrica da microbacia do Ribeirão das Araras – SP. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, Garça, SP, v.21, n.1, p. 25-37, 2013. TONELLO, K. C. Análise hidroambiental da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães, MG. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2005. 85 p. www.uniube.br/entec- UNIUBE Campus Aeroporto – Uberaba/MG