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Sábado 29 de Março de 2008
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Fernando Tamayo Madurga enfoca os
investimentos do Fortuny no município
Depois da audiência com a governadora Yeda Crusius, esteve ontem, em Sant’ Ana do
Livramento, o diretor de Energia Renovável do Grupo Fortuny, Fernando Tamayo Madurga.
Ele participou de uma série de contatos, por intermédio do advogado e empresário Antônio
Badra, diretor de A Platéia e RCC FM, bem como falou no programa Conversa de Fim de
Tarde, a respeito dos investimentos que o Grupo Fortuny, da Espanha, pretende realizar no
Estado Gaúcho. Foi sabatinado pela bancada e deu todas as informações. O executivo
madrilenho visitou a área onde está projetado o parque eólico de Livramento, na Fazenda
Santo Antônio, em Cerros Verdes, e conheceu a Pousada Vento Haragano. Madurga esteve
com a governadora Yeda Crusius, na segunda-feira (11), apresentando os projetos de
construção de três parques eólicos no Rio Grande Sul, em Jaguarão, Sant’Ana do Livramento
e Piratini.
Juntos, os três parques teriam capacidade de geração de até 223 megawattes (MW) para
serem inseridos no sistema elétrico nacional como energia complementar. O investimento é
estimado em US$ 500 milhões (algo como R$ 900 milhões) em um primeiro momento, com
possibilidade de aporte de mais US$ 200 milhões ao longo de 20 anos. As obras devem
começar em 2010, com previsão de término para o ano seguinte e de oferta de cerca de
três mil empregos, entre diretos e indiretos. Segundo informou o diretor de Energia
Renovável do Grupo Fortuny, os direitos sobre os projetos foram adquiridos em dezembro
de 2007, da espanhola Gamesa.
Casado, pai de dois filhos, o jovem espanhol Fernando Tamayo Madurga, 30 anos, torcedor
do Real Madrid, natural de Madrid, atua como executivo do Grupo Fortuny, e respondeu às
questões a seguir, sendo esta a primeira parte:
A Platéia - Que impressão teve da governadora?
Madurga - Boa. Muito boa. Não só dela, mas de parte de todas as forças políticas e
lideranças que estavam em Porto Alegre. Ela nos deixou claro que quer lutar para promover
a energia eólica no seu Estado, a exemplo do que há em todos os países.
A Platéia - O que leva para a Espanha desse contato?
Madurga - Volto para a Espanha contente e esperançoso. Acredito que os frutos sejam
positivos. Saio para Porto Alegre amanhã (hoje), às 5h30min e de lá, para o Rio, onde tenho
vôo para Madrid, mas já conversei com o presidente da empresa, passando a ele os
resultados da jornada aqui. Com o envolvimento, espero que os projetos eólicos dêem à luz
em breve.
A Platéia - Há outros projetos, além dos que foram comprados da Gamesa aqui no Estado?
Madurga - Não. Não existem outros projetos do gênero do Fortuny no Brasil. Estamos
investindo nos três parques, algo como R$ 900 milhões.
A Platéia - Quais os entraves para efetivar os projetos?
Madurga - A energia eólica, embora tenha benefícios pela sua pureza, correção ambiental, é
uma energia um pouco mais cara que a convencional, térmica, hidroelétrica ou derivada da
biomassa. Esse é o ponto. Perde em competitividade para as demais fontes alternativas,
mas o governo brasileiro já está ciente disso.
A Platéia - O que falta para alavancar o processo de produção de energia eólica com
veemência?
Madurga - Penso que para que a energia eólica possa seguir uma expansão no Brasil,
somente com a concretização de um posicionamento do governo federal investindo nessa
fonte. Não se descarta o que ocorre em todos os países que desenvolveram a eólica, como a
Espanha, os subsídios. É uma situação temporária, pois há toda uma realidade de evolução
nos processos, tecnologias, pesquisas, que vêm sendo desenvolvidas, proporcionando que,
em um futuro de curto prazo, seja possível para a eólica atingir o mesmo nível de
competitividade, preços, etc. Tecnologia e processos estão avançando muito e num período
curto de tempo será uma energia competitiva em nível mundial.
A Platéia Essa dificuldade inicial é considerada natural?
Madurga - Sim. Pois hoje é fato, o custo para produzir energia eólica é mais caro do que
para a produção em outros sistemas. O preço de remuneração, para vender essa energia,
deve ser maior, mas, para o consumidor, isso não vai fazer diferença na ponta final. A partir
da Espanha, há uma referência, mas existem ações em outros países, Estados Unidos,
Romênia, Bulgária e Turquia. Na Europa é uma realidade de produção. Há potência de 16
mil megawatts, mas em 16 grandes centrais eólicas. Não é como as demais formas, que
mantêm grandes unidades, essa é a diferença em relação às usinas térmicas de carvão ou
hidrelétricas.
A Platéia - Como está o desenvolvimento na Europa?
Madurga - Espanha, Alemanha e outros europeus já estão avançando significativamente,
com boa escala de produção. A Europa começa a ver como energia convencional, em função
das reduções de custos que vêm sendo registradas e da qualidade e pureza, pois há o
aspecto social, ambiental, entre uma série de outros fatores fundamentais.
A Platéia - Por que a maioria dos investimentos partiram da Espanha?
29/03/2008 19:55
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Madurga - Por que a Espanha tem tecnologia avançada e mantém pesquisa, tendo havido
investimento do governo nessa linha de produção. Lá pelo fim dos anos 80, 90, o governo
incentivou projetos de ponta em nível tecnológico. Fez avançar o setor. Estimulou,
possibilitando o surgimento de grandes empresas, solificadas, como a Gamesa, de quem o
Fortuny comprou os projetos aqui no Rio Grande do Sul.
A Platéia - E no Brasil, qual sua impressão sobre o futuro?
Madurga - É boa. Há grande oportunidade para a eólica no país inteiro. No Rio Grande do
Sul, especialmente, se registra boa força do vento, constância, entre outros pontos técnicos,
há boas linhas de transmissão de energia. O que falta é o Brasil incentivar a produção. Se
tiver que o governo subsidiar para que isso aconteça e um alinhamento com as demais
fontes ocorra, garantindo a eólica um espaço significativo, terá que ser assim. Depende do
enfoque de cada governante.
A Platéia - Do total da energia usada na Espanha, por exemplo, quanto é eólica, em
percentual?
Madurga - Algo como 7%. Os parques eólicos não produzem intensidade, produzem
potência.
A Platéia - Em termos de mercado e preços, qual a tendência para o médio prazo?
Madurga - Na Europa já temos uma realidade diferenciada. Há uma série de programas para
um setor bastante maduro. Há tecnologia em expansão, pesquisa e investimento, por
exemplo, com a Espanha investindo em pesquisas para reduzir os custos, tornando a
energia mais barata, o mesmo ocorrendo na Alemanha. Há também outros países nessa
corrida, como Estados Unidos e a China. Em termos de preços, considerando-se a moeda
base e a relação com o euro e o dólar, os preços são bastante similares.
A Platéia - Falando de custos, porque a energia eólica resulta mais cara do que a produzida
em outras fontes alternativas?
Madurga - Uma boa pergunta. Hoje já existe um preço menor do que no início, graças ao
setor estar mais maduro. Mas é preciso observar que os aerogeradores subiram preço, pois
as indústrias que os fabricam tiveram aumento na matéria-prima. Subiu o preço do aço e do
ferro, da fibra de vidro, entre outros muitos componentes. Unindo essa situação a uma forte
demanda por energia, em especial a resultante de fontes mais limpas, como a éolica, os
preços tendem a se manter em alta. Os preços das máquinas e seus componentes
aumentaram gradativamente. Estamos convencidos de que quando a oferta se nivele com a
demanda, será possível uma realidade de preços mais competitiva para o setor.
A Platéia - Qual o valor oferecido hoje pelo governo brasileiro?
Madurga - Nos leilões gerais, realizados anteriormente, em junho e julho e nos que
ocorrerão, o preço por Megawatt hora de energia é de R$ 140,00. Isso é insuficiente para
custear a produção de energia eólica, pois, como disse, os custos são muito altos. Depende
de muito investimento.
A Platéia - Qual o valor aceitável para a energia eólica?
Madurga - Trabalhamos com uma realidade de custo e o preço a ser pago não pode ser
inferior a R$ 180,00 por Megawatt/hora.
A Platéia - É difícil que chegue a esse valor nos leilões futuros?
Madurga - Não. Não acho difícil chegar a esse patamar. O governo federal se deu conta no
Proinfa, que aquilo que havia sido realizado em termos de busca de interessados em
produzir energia não foi satisfatório. Precisa de produção complementar de energia. Precisa
estimular a produção. Se quer satisfazer ao setor, deve atender as demandas. É uma lógica.
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DANIEL BADRA/AP
Da esq. para a dir.: Henrique Bachio, Cleizer Maciel, Fernando Madurga e Fernando Moura,
ontem, no programa
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DANIEL BADRA/AP
Da esq. para a dir.: Antônio Badra, Martin Antônio Cunha de Oliveira, Fernando Madurga e o
prefeito Wainer Machado
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