Diario de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 08:05 Diario Urbano Fratura É de apreensão o clima no Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, entre os funcionários depois de um paciente, na emergência psiquiátrica, ter agredido uma assistente social na terça-feira. Ela sofreu fratura no nariz. Entidades médicas reclamam da falta de recepcionistas e vigilantes. UTIs sem técnicos A queixa em Caruaru é pela falta de técnicos de enfermagem no Hospital Mestre Vitalino. Famílias de pacientes em estado grave se desesperaram, no fim de sábado, quando souberam que UTIs do hospital estavam sem receber pessoas de outras unidades, como UPAs. Eram poucos os técnicos. Folha de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 07:32 Fogo Cruzado Governo não tem mais gordura para queimar A exemplo de Dilma Rousseff, o governador Paulo Câmara também demorou para se convencer de que a crise econômica é grave, e que inevitavelmente teria reflexos no caixa dos Estados e municípios. A gravidade começou a ser alertada ainda em 2013 pelo então governador Eduardo Campos, porém o próprio PSB não dava muita importância ao que ele dizia. Achava que era discurso de candidato a presidente da República, pela oposição. E só. O próprio Paulo Câmara não levou muito a sério suas advertências porque fez promessas na campanha eleitoral que se sabia serem inexequíveis. Quando a crise chegou, determinou à Secretaria da Fazenda o corte de R$ 1 bilhão no orçamento deste ano, o que será um “deus-nos-acuda” no 1º escalão porque não há mais “gordura” para queimar. O que podia ser cortado já foi, e mesmo assim com muito sacrifício porque deixou hospitais até sem papel higiênico e viaturas policiais sem combustível. Folha de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 07:32 Paciente agride funcionária O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) deve acionar, ainda hoje, o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Saúde cobrando providências para a situação de abandono encontrada no Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano, localizado no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. Representantes do órgão estiveram, ontem, na unidade para apurar a violência sofrida por uma funcionária. Segundo a denúncia, a assistente social, que prefere não se identificar, foi agredida com um soco no rosto por um dos pacientes que aguardava atendimento, sofrendo fraturas. Além das falhas estruturais, a entidade aponta a ausência de agentes de segurança e a sobrecarga nas escalas de trabalho, fatores que representam um risco a toda a população. Procurada pela Folha, a direção do Hospital Ulysses Pernambucano informou que o incidente não possui relação com a questão de segurança na unidade. Conforme o posicionamento, o caso envolveu uma paciente em crise psicótica, já medicada e contida. Diario de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 08:05 Psicólogo lança livros durante congresso O psicólogo, professor e escritor Spencer Júnior lança hoje os livros A saúde do idoso e O homem precário. A noite de autógrafos acontecerá às 19h30 no hotel Onda Mar, Boa Viagem, na abertura do 1º Seminário de Psicologia e sua Diversidade. Jornal do Commercio - PE 26/08/2015 - 08:17 Repórter JC Saúde e saneamento Apesar da lei federal 11.445/2007, que define a Política Federal de Saneamento Básico, 40 milhões de pessoas não têm acesso a água potável no Brasil e só 46% dos domicílios têm coleta de esgoto, grande parte sem tratamento, segundo a Agência Nacional de Águas. A precarização do saneamento ambiental favorece doenças como a hepatite A, cólera, dengue e malária. Segundo o Datasus, de janeiro a setembro de 2014, o país registrou 212 mil internações por doenças diarreicas (50% no Nordeste). Esses dados revestem de importância a 1ª Conferência Livre de Saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que ocorre hoje, no Recife, para discutir novas propostas para as políticas públicas de saneamento e saúde ambiental no Brasil. “A Conferência Livre é um importante canal de mobilização pelo caráter participativo e democrático”, analisa o presidente do evento, João Henrique Rangel. Jornal do Commercio - PE 26/08/2015 - 08:17 Cursos de medicina com menos leitos Cerca de 60% dos municípios que abriram novas escolas médicas desde 2013 têm menos leitos por aluno do que o recomendado, aponta levantamento divulgado ontem pelo Conselho Federal de Medicina. Dos 42 municípios que receberam essas escolas, 25 possuem menos de cinco leitos para cada aluno de medicina matriculado, conforme parâmetros do Ministério da Educação (MEC). Em 18 municípios, ou 42% do total, também não há equipes de saúde da família em quantidade suficiente para acolher os alunos. Portaria do MEC que regula a abertura destas escolas determina que haja até três alunos para cada equipe. Em um dos casos analisados, no entanto, o número de alunos chega a 20 para cada uma das dez equipes cadastradas. No fim de 2013, a pasta editou uma nova portaria que flexibiliza as regras e determina que, caso não haja estrutura suficiente no próprio município, as escolas poderiam utilizar leitos em cidades próximas, mas com base nos mesmos parâmetros. Neste caso, dos 42 municípios que receberam as novas escolas médicas, cinco ainda estão em regiões com menor oferta de leitos do que o exigido, ou menos de cinco leitos por aluno, segundo o CFM. Outros três também não cumprem o parâmetro necessário de equipes de saúde da família. Os dados são até junho deste ano. O estudo mapeou indicadores disponíveis nas bases de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), do Ministério da Saúde, IBGE e MEC. Para o presidente do CFM, Carlos Vital, a falta de infraestrutura próxima das escolas para a atuação prática dos alunos compromete o aprendizado. “O ideal é que, quanto mais próximo, melhor, porque o aluno vai ter deslocamentos diários mais fáceis. Em Goiás, há escolas com campos de prática a 400 km de distância”, afirma. Ele critica o que chama de uma sequência de flexibilizações das regras para a abertura de novos cursos de medicina. Além da portaria que prevê a possibilidade de utilizar estrutura de outros municípios, Vital faz ressalvas a uma nova portaria publicada pelo MEC neste ano que, embora inclua a análise do número de leitos entre os critérios a serem observados, não traz dados objetivos como referência. NOVAS ESCOLAS O levantamento aponta ainda que, entre 2003 e 2015, o número de escolas médicas dobrou no país, passando de 126 para as atuais 257. Um número que pode aumentar nos próximos meses. Em junho, o governo anunciou a abertura de novos cursos de medicina em instituições privadas de 36 municípios do interior do país. Um novo edital dos ministérios da Educação e Saú- de para cursos em outros 22 municípios também está em andamento. Folha de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 07:32 Conselho critica novos cursos Cerca de 60% dos municípios que abriram novas escolas médicas desde 2013 têm menos leitos por aluno do que o recomendado, aponta levantamento divulgado ontem pelo Conselho Federal de Medicina. Dos 42 municípios que receberam essas escolas, segundo o estudo, 25 possuem menos de cinco leitos para cada aluno de medicina matriculado, conforme parâmetros do MEC (Ministério da Educação). Em 18 municípios, ou 42% do total, também não há equipes de saúde da família em quantidade suficiente para acolher os alunos durante o aprendizado da atenção básica. Portaria do MEC que regula a abertura destas escolas determina que haja, no máximo, três alunos por equipe. Em um dos casos analisados, o número de alunos chega a 20 para cada uma das equipes cadastradas. No fim de 2013, a pasta editou nova portaria que flexibiliza as regras e determina que, caso não haja estrutura no município, as escolas poderiam utilizar leitos em cidades próximas. Neste caso, dos 42 municípios que receberam as novas escolas médicas, cinco ainda estão em regiões com menor oferta de leitos do que o exigido, ou menos de cinco leitos por aluno, segundo o CFM. Os dados são até junho deste ano. O estudo mapeou indicadores disponíveis nas bases de dados do Cnes (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), do Ministério da Saúde, além do IBGE e MEC. Para o presidente do CFM, Carlos Vital, a falta de infraestrutura próxima das escolas compromete o aprendizado. “O ideal é que, quanto mais próximo, melhor. Em Goiás, há escolas com campos de prática a 400 km de distância.” Ele critica o que chama de “flexibilizações” para novos cursos. Entre 2003 e 2015, o número de escolas médicas no país passou de 126 para 257. Folha de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 07:32 Contaminação de água é descartada O Instituto Adolfo Lutz descartou a contaminação da água do Colégio Jatobá, na cidade de Santo André, São Paulo, onde 51 crianças, com idades entre 1 e 12 anos, foram internadas com sintomas de infecção gastrointestinal. De acordo com a prefeitura, quatro estudantes precisaram ser internados em unidade de terapia intensiva (UTI). O resultado do exame de cultura das fezes de quatro dos pacientes internados foi positivo para a bactéria Shiguella sonnei, que ataca o intestino. A principal suspeita é que algum alimento possa ter provocado o surto. As respostas para as amostras de alimentos da escola, colhidas entre segunda-feira e quarta-feira, devem ser divulgados hoje. Os testes analisam também amostras colhidas entre os funcionários do colégio. A escola permanece fechada para desinfecção. Em nota, a instituição informou que está “à disposição para qualquer esclarecimento”. Ainda há três estudantes na UTI. Folha de Pernambuco - PE 26/08/2015 - 07:32 Folha do Leitor WhatsApp da Folha O curso de odontologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está parado. A denúncia foi feita por estudantes da instituição por meio do nosso WhatsApp. “Desde a última segunda-feira, um comunicado oficial da coordenação informa que tanto as aulas teóricas quanto as práticas estão paradas. Estamos no meio de uma greve forçada”, conta Alex Machado, aluno do nono período de odontologia e presidente do diretório acadêmico do curso. “O nosso curso tem uma necessidade especial. Precisamos do trabalho dos técnicos para manipulação e esterilização dos instrumentos, mas eles estão em greve há dois meses. Tem um pouco mais de um mês que não estamos realizando atendimento. A clínica está sem funcionar. Várias pessoas estão sem atendimento, pessoas que precisam de cuidado especializado, em sua maioria pessoas carentes”, esclarece Alex. O universitário acrescenta que a clínica está sem material. “Isso inviabiliza o atendimento e a nossa formação. A partir do 5º período já temos aulas práticas, que compõem a maior parte do curso, que possui 10 períodos. O calendário da UFPE segue, mas essa parada prejudica quem está nos últimos períodos. Estamos preocupados”.