Peso dos órgãos de ovinos confinados recebendo bagaço de cana Lucas Guedes Silva1, André da Cruz França Lema2 1 Acadêmico de Medicina Veterinária Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO), Campus Fernandópolis Fone / Fax: +55 17 9603 6636 2 Faculdade de Medicina Veterinária e Agronomia Universidade Camilo Castelo Branco (UNICASTELO), Campus Fernandópolis Fone / Fax: +55 17 3465 4200 [email protected], [email protected] Palavras-chave: confinamento, borregos, componentes extra carcaça Tema: Produção animal Resumo - O cultivo da cana-de-açúcar tende a suprir as necessidades de uma população, fornecendo, por exemplo, etanol, açúcar, cachaça, álcool para fins domésticos, entre outros produtos. A obtenção desses inúmeros produtos leva a produção de resíduos agroindustriais, os quais podem ser utilizados na nutrição animal, principalmente o bagaço ou bagacinho de cana, como é popularmente conhecido. Pode ser encontrado na forma in natura e na forma hidrolisado. Dentre os ruminantes que podem ser alimentados com bagaço de cana, podem-se citar os ovinos. Os órgãos extra-carcaça tem relação direta com o rendimento da carcaça dos ovinos, seja qual for o modo de criação. Nutricionalmente existem poucos estudos comparando o bagaço in natura com o hidrolisado na alimentação dos ruminantes, motivo que justificou a realização desta pesquisa. O objetivo deste trabalho foi comparar a diferença de peso dos diferentes órgãos extra carcaça de ovinos recebendo dietas completas cujo volumoso era o bagaço de cana-de-açúcar in natura ou hidrolisado. Este experimento foi conduzido nas dependências da UNICASTELO, Campus Fernandópolis, Estado de São Paulo. Os tratamentos utilizados foram: BH (animais alimentados com bagaço hidrolisado) e BIN (animais alimentados com bagaço in natura). Os animais experimentais eram cordeiros mestiços desmamados, com idade e peso médio de 60 dias e 23,4 kg. Cada tratamento continha seis animais, mantidos em sistema de confinamento, recebendo dieta total no cocho, na proporção de 30%volumoso e 70% concentrado, até atingirem o peso de abate de 30 kg. O parâmetro avaliado foi à diferença de peso dos componentes extra carcaça como: sangue, patas, couro, cabeça, conjunto pulmão-traquéia-coração, sistema digestivo (SD) cheio, SD vazio, fígado, omento, rins e gordura circundantes, de ovinos confinados recebendo BH ou BIN como única fonte de volumoso. Os resultados obtidos, respectivamente para os tratamentos BH e BIN foram 1,4 e 1,3 kg de sangue, 0,84a e 0,76b kg das patas, 3,1 e 3,1 kg de couro, 1,7 e 1,7 kg da cabeça, 0,74 e 0,75 kg do conjunto pulmão-traquéia-coração, 7,1b e 7,9ª kg de SD cheio, 3,9 e 3,6 kg de SD vazio, 0,62ª e 0,55b kg de fígado, 0,22 e 0,18 kg de omento e 0,27ª e 0,20b kg de rins e gordura circundantes. Não foram evidenciadas diferenças (P>0,05) entre os parâmetros sangue, couro, cabeça, conjunto pulmão-traquéia-coração, omento e SD vazio avaliados para os diferentes tratamentos. Foram evidenciadas diferenças (P>0,05) entre os parâmetros patas, SD cheio, fígado e rins e gorduras circundantes. Isso provavelmente se deve pelo fato do corte dos órgãos extra carcaça ter sido realizado por diferentes magarefes, o que criou a diferença entre o peso destes órgãos. Por outro lado dificilmente cortes dos órgãos extra carcaça pode ser realizada pelo mesmo profissional em linha de abate de cordeiros. Esta pequena diferença que ocorreu entre pesos dos órgãos extra carcaça não é considerada significativa em relação ao rendimento de carcaça dos ovinos aos diferentes tratamentos. Pelos resultados obtidos pode se concluir que a engorda de ovinos usando bagaço de cana-de-açúcar hidrolisado ou in natura não demonstra diferença significativa no peso dos órgãos extra carcaça. Encontro de Pós-Graduação e Iniciação Científica – Universidade Camilo Castelo Branco 31