RELATÓRIO TÉCNICO - UNIDADE DE RADIOTERAPIA CETTRO
Endereço: SHLS, Quadra 716, Lote 01, Brasília, DF
CNPJ:
Licença Sanitária nº:
1. Memorial do Projeto
Trata-se da instalação de uma nova unidade de radioterapia a partir de uma reforma
com uma ampliação no subsolo do prédio denominado Pio X, no SHLS, onde antes
funcionava uma unidade de hemodinâmica e parte de uma unidade de imagenologia do
antigo Hospital Unimed.
1.1. Situação Atual
O Cettro – Centro de Câncer de Brasília não possui hoje uma unidade de radioterapia,
só atuando na área de oncologia com atividades de quimioterapia e cirurgias oncológicas.
No subsolo do prédio em questão, havia uma unidade de imagenologia e uma outra de
hemodinâmica e, com a desativação do Hospital da Unimed neste local, todo o subsolo
encontra-se hoje inoperante.
A OHB – Organização Hospitalar Brasília, dona do prédio, está em fase final da
construção de um novo prédio destinado a consultórios que será interligado ao Ed. Pio X.
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1.2. Proposta
A proposta para o atual projeto é ocupar no subsolo/semi-enterrado do Ed. Pio X na
antiga área de hemodinâmica e parte da imagenologia que se encontram desativadas, como
já dito e implantar ali uma nova unidade de radioterapia do Cettro. Para tanto, também será
construído uma nova área para abrigar a sala de do acelerador linear, tendo em vista as
peculiariades estruturais desta sala.
A unidade foi projetada com quatro áreas de trabalho, ou seja, recepção e espera de
pacientes com acesso exclusivo, consultas e preparo do paciente, tratamento, e área de
serviços e de funcionários com acesso diferenciado do da recepção. Todas estas áreas são
estanques de forma a organizar os fluxos. Foi prevista uma entrada e saída de pacientes
acamados. Por este acesso também se dará a entrada de funcionários e eventual entrada e
saída do acelerador linear.
A unidade contará com somente um acelerador linear e não fará procedimentos de
braquiterapia. Terá ainda dois consultórios para consulta inicial e também para o
acompanhamento dos pacientes em tratamento, uma área para preparo de pacientes (troca
de curativos, troca de cânulas etc.), além de uma área para preparo de moldes e máscaras
para proteção de pescoço e cabeça dos pacientes quando da emissão de radiação.
A OHB – Organização Hospitalar Brasília, pretende em um futuro próximo, alocar no
restante do pavimento uma unidade de imagenologia, uma vez que as duas unidades se
interagem.
O processo de simulação do tratamento dos pacientes será feito no tomógrafo de
empresas terceirizadas dentro do complexo da OHB – Organização Hospitalar Brasília e
também no próprio acelerador, até que a nova unidade de imagenologia anexa à radioterapia
seja implantada.
A locação da radioterapia neste local vai ao encontro das necessidades de uma
unidade como esta, que requer uma área muito grande, no solo e com poucas atividades de
longa permanência anexas, haja vista a emissão da radiação pelo equipamento. Também foi
observado que com a construção do novo prédio, haverá energia suficiente para as novas
instalações, uma vez que neste novo prédio haverá uma grande subestação elétrica,
geradores e “no-breaks”.
LOCAL DA RADIOTERAPIA
Vale ressaltar que o acesso de pacientes se dará pelos elevadores do Ed. Pio X, bem
como está prevista uma interligação entre o prédio novo (garagem) e o Ed. Pio X, no sentido
de haver uma saída para acesso direto de ambulâncias, caso necessário.
Enfim, todas as precauções foram tomadas para tornar as instalações seguras, com
fluxos corretos dos pacientes e funcionários, entrada e saída do equipamento de radioterapia
e dentro de todas as normativas. Neste sentido o projeto contou com a consultoria do físico
médico, Dr. Samuel Avelino, CNEN FT 0276, além de engºs calculistas e civil, médicos
radioterapeutas, oncologistas e de técnicos do fabricante do equipamento, pois trata-se de
um projeto complexo envolvendo diversas ações.
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2. Atividades Assistenciais
- consultas médica para o planejamento, programação e acompanhamento da terapia;
- simulação do tratamento em tomógrafo externo e no próprio acelerador linear da
unidade;
- preparação do paciente antes das terapias;
- realização de procedimentos de enfermagem;
- planejamento e programação de procedimentos radioterápicos (cálculos, moldes,
máscaras, etc.);
- aplicar radiações ionizantes para fins terapêuticos através do acelerador linear da
unidade;
- prestação de atendimento de emergência;
- realização de processamento de imagem;
- realização de assistência social aos pacientes e seus familiares;
- execução de serviços administrativos da unidade;
- registro da movimentação dos pacientes e dos serviços clínicos da unidade,
documentação, informação e arquivamento dos prontuários dos pacientes;
- limpeza e higiene da unidade, bem como gerenciamento dos resíduos sólidos.
Observações:
 Os pacientes que necessitem procedimentos de emergência de maior complexidade
serão referenciados para o Hospital Santa Lucia ou Hospital Santa Luzia;
 Os materiais serão esterilizados pela empresa Esterilav.
 As atividades de processamento de roupa dos pacientes e funcionários serão feitas
pela empresa Esterilav.
3. Suprimento de Insumos
3.1 - A unidade fará uso do suprimento de energia elétrica do prédio existente e do
que está sendo construído, em especial sistema de emergência composto por um grupo
gerador e no-breaks;
3.2 - O fornecimento de água será suprido pelos reservatórios do Ed. Pio X que é
abastecido pela CAESB. Quanto à destinação de esgoto, o estabelecimento também se liga a
rede coletora e de tratamento da CAESB;
3.3 - Todos os ambientes são climatizados de acordo com a NBR 7256 da ABNT, com
renovação de ar;
3.4 - O abastecimento de gases medicinais será feito por empresa fornecedora
especializada. Os recipientes de gases ficam na área descoberta, em local apropriado e são
canalizados até os locais de uso. A distribuição interna será toda canalizada, sem tubulação
aparente. Os tipos de postos (oxigênio, ar comprimido e vácuo) e o número destes atende ao
disposto na norma ABNT NBR 12.188 e Resolução da ANVISA RDC 50/2002;
4. Especificação de materiais de acabamento
Os materiais de acabamento serão iguais aos existentes no local.
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Brasília, 09 de março de 2012.
Autor do projeto arquitetônico
Arqtº Flávio de C. Bicalho
Proprietário e RT da Unidade
Dr. Murilo Buso
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RDC 50 – Modelo Relatório Técnico Item 2.2